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Empresário em nome individual

RENDIMENTOS
EMPRESARIAIS E
PROFISSIONAIS
CATEGORIA B

As empresas e profissionais individuais são sujeitos passivos de IRS pela Categoria B, cujos
rendimentos são apurados de acordo com as regras do Código do IRC.

Sobre as empresas, individuais e coletivas, com residência, sede ou direção efetiva em território
português, recaem obrigações relacionadas com o IRS, no âmbito da substituição tributária
(retenção na fonte).

Assim, as pessoas singulares, agindo no quadro de uma atividade empresarial ou profissional, e


as pessoas coletivas e entidades equiparadas, que paguem ou coloquem à disposição rendimentos
sujeitos a IRS, estão obrigadas a efetuar a retenção na fonte sobre esses rendimentos.
Regime simplificado vs contabilidade organizada:
Determinação ou apuramento do rendimento tributável:

Em geral:

A determinação dos rendimentos empresariais e profissionais (categoria B) em sede de IRS faz-se:


a) com base na aplicação das regras decorrentes do regime simplificado;
b) com base na contabilidade organizada.

Ficam automaticamente abrangidos pelo regime simplificado os sujeitos passivos que, no exercício da sua atividade, não tenham ultrapassado
no período de tributação imediatamente anterior um montante anual ilíquido de rendimentos desta categoria de 200 000 Euros.

Opção:

Os sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado podem optar pela determinação dos rendimentos com base na contabilidade.
Cessação da aplicação do regime simplificado:

A aplicação do regime simplificado cessa apenas quando:

a) o montante de 200 000 Euros seja ultrapassado em dois períodos de tributação consecutivos ou

b) quando o seja num único exercício, em montante superior a 25% (250,000,00€)

Em qualquer destes casos, a tributação pelo regime de contabilidade organizada faz-se a partir do período de tributação
seguinte ao da verificação de qualquer desses factos (art. 28.º do Código do IRS ).
Contabilidade organizada – admissibilidade de dedução de despesas e custos:

O valor tributável é o rendimento líquido de despesas (lucro) da empresa:

O valor tributável (valor sobre o qual incide a tributação) do empresário em nome individual, enquanto
tal, é o rendimento (proveitos, excedentes) da empresa líquido (deduzido) de despesas e custos. Ou
seja, o valor sobre o qual incide a tributação é apenas o montante correspondente ao lucro da
empresa.

Lucro tributável = lucro contabilístico (lucro apurado em conformidade com as regras da contabilidade):
Quais as despesas que são dedutíveis?

Na determinação do rendimento tributável do empresário em nome individual, enquanto tal (Categoria B), só são
considerados proveitos e custos aqueles que:

a) forem relativos a bens ou valores que façam parte do ativo da empresa individual do sujeito passivo ou

b) que estejam afetos às atividades empresariais e profissionais por ele desenvolvidas


Regime simplificado – não dedutibilidade de despesas – aplicação de coeficientes:

Se estiver sujeito ao regime simplificado, o empresário em nome individual não poderá deduzir
quaisquer despesas.

Nesse caso, a determinação do rendimento tributável obtém-se através da aplicação de determinados


coeficientes, via de regra, em função da faturação da empresa.
Retenção da Fonte

Trata-se de um instrumento de tributação que consiste no adiantamento do pagamento


do IRS quando lhe entregam os seus rendimentos salariais.
É responsabilidade do cliente efetuar uma declaração a ser entregue ao prestador de
serviços/fornecedor até o dia 20 de Janeiro do ano seguinte, indicando o total dos
rendimentos pagos e o valor retido na fonte. O prestador de serviços/fornecedor ficará
com um comprovativo dos valores retidos para poder deduzir esse montante ao valor a pagar ao
estado na sua declaração de rendimentos.
A quem se destina a retenção na fonte?

Este mecanismo tributário aplica-se apenas sobre valores decorrentes de determinadas


prestações de serviços. A retenção abrange tanto titulares singulares como sociedades, na
forma do IRS e IRC respetivamente, sendo variável entre ambos os impostos sobre rendimentos.

Quem define se há ou não retenção na fonte é a entidade prestadora de serviço,


contudo, se o cliente não possuir contabilidade organizada, não é aplicada a retenção
sobre o valor do serviço faturado.
As entidades com contabilidade organizada estão obrigadas a reter parte do rendimento que pagam aos trabalhadores independentes.
Estas são as taxas de retenção na fonte aplicáveis aos trabalhadores independentes (art. 101.º do CIRS):

•25% para os rendimentos previstos na tabela de atividades profissionais prevista no artigo 151.º do CIRS, como médicos, advogados ou
arquitetos.

•20% para rendimentos auferidos por residentes não habituais em território português, através de atividades de elevado valor
acrescentado, com carácter científico, artístico ou técnico, definidas na Portaria n.º 12/2010.

•16,5% para os rendimentos provenientes de propriedade intelectual (escritores, por exemplo), industrial ou de prestação de informação
sobre experiência nos setores comercial, industrial ou científico;

•11,5% para os trabalhadores independentes que não estão previstos na tabela de atividades profissionais do artigo 151.º do CIRS, e
sobre os rendimentos derivados de atos isolados e subsídios ou subvenções, auferidos no exercício, por conta própria, de qualquer
atividade de prestação de serviços.
Qual é a maior vantagem?
• poderão pagar menos imposto ao Estado, quando entregarem as suas declarações de rendimentos
(e despesas). - Parte do pagamento já foi feito ao longo do ano.

• A adesão a este regime pode ser útil sobretudo para quem utiliza facturas-recibo (antigos recibos verdes), mesmo
que o rendimento seja inferior a 10.000€ anuais.

• Ao optar por fazer a retenção na mesma, liberta-se da preocupação de pagar um valor alto, de uma vez só, quando
entregar o IRS entre Abril e Maio.

Desvantagem?

• Como prestador de serviços, ao fazer retenção recebe menos pelo pagamento do serviço.
• Fica com menos dinheiro em caixa para aplicar em outros projetos, pagar despesas, entre outros.
IVA – isenção (13 500€):

Beneficiam da isenção do IVA os sujeitos passivos que, não possuindo nem sendo
obrigados a possuir contabilidade organizada para efeitos do IRS ou IRC… não
tenham atingido, no ano civil anterior, um volume de negócios superior a 13 500
Euros (treze mil e quinhentos euros)
Empresário em nome individual

REGIME
CONTRIBUTIVO
“Trabalhadores Independentes”
Empresário em nome individual
Início da Atividade

O primeiro enquadramento no regime contributivo dos trabalhadores independentes só produz efeitos no


primeiro dia do 12.º mês posterior ao do início de atividade.

Significa que nos primeiros 12 meses o trabalhador está dispensado de pagar contribuições.

Se o trabalhador independente cessar a atividade nos primeiros 12 meses, a contagem do prazo de isenção
é suspensa.

É atribuída automaticamente. Não impede que possa ser requerida a sua antecipação.
Empresário em nome individual
Após a isenção

Declaração dos rendimentos: É efetuada trimestralmente, através do envio da declaração


trimestral. A declaração trimestral tem de ser enviada até ao último dia de abril, julho, outubro e
janeiro, com os rendimentos recebidos nos três meses imediatamente anteriores.

Taxa contributiva: 21,4%, que incide sobre a base de incidência contributiva mensal;

Pagamento de contribuições: As contribuições são pagas mensalmente, entre os dias 10 e 20


do mês seguinte àquele a que respeitam
Empresário em nome individual
Cessação ou suspensão

Condições de atribuição:
• Encerramento da empresa ou cessação da atividade profissional de forma involuntária

•Cumprimento do prazo de garantia: 720 dias de exercício de atividade (como trabalhador independente

com atividade empresarial ou como gerentes ou administradores), com o correspondente registo de

remunerações num período de 48 meses imediatamente anterior à data da cessação da atividade

(contabilizado desde janeiro de 2013, com taxa a 34,75%)

•Situação contributiva regularizada perante a Segurança Social, do próprio e da empresa

•Perda de rendimentos que determine a cessação de atividade

•Inscrição no centro de emprego da área de residência, para efeitos de emprego.


Empresário em nome individual

Prazo para requerer


O subsídio é requerido no prazo de 90 dias consecutivos a contar da data da cessação da
atividade profissional.
A entrega do requerimento depois do prazo de 90 dias, mas durante o período legal de
concessão das prestações, determina a redução no respetivo período de concessão, pelo tempo
correspondente ao atraso verificado.
Antes de apresentar o requerimento, o beneficiário deve efetuar a inscrição para emprego
naquele centro de emprego.

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