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S o b re o q u e e s t a m o s fa l a n d o?
Toda empresa, por lei, é obrigada a preparar a folha de pagamento dos seus colaboradores;
Entenda como calcular quais são os proventos e descontos mais comuns, a diferença para o
eSocial e como reduzir a sua folha de pagamento. Também baixe grátis uma planilha para auxiliar
sua empresa a gerenciar todos os funcionários.
Quer entender melhor o que é folha de pagamento e como encarar essa tarefa aparentemente burocrática para
acertar os ponteiros financeiros e tributários da empresa?
Neste artigo, você vai tirar toda as suas dúvidas sobre a folha de pagamento e ainda vai encontrar uma planilha
online completa para não passar trabalho:
Aproveite os tópicos a seguir e esclareça todas as suas dúvidas em relação à folha de pagamento. Boa leitura!
O que é folha de pagamento?
Folha de pagamento é a lista de remunerações pagas aos colaboradores de uma empresa. Também conhecido
como holerite, o documento transforma as informações trabalhistas de cada funcionário em dados contábeis para
calcular o pagamento líquido e bruto.
Já que o cálculo da folha exige conhecimentos de RH, leis trabalhistas e matemática financeira, ele costuma ficar a
cargo do departamento pessoal nas empresas.
Porém, muitas organizações optam por terceirizar o serviço e contam com o auxílio de uma empresa de
contabilidade, garantindo que todos os valores sejam precisos.
No Brasil, preparar a folha de pagamento dos funcionários é uma obrigação legal de qualquer empresa. Isso
porque ela tem função operacional, contábil e fiscal, além de funcionar como uma espécie de histórico do
colaborador dentro da empresa.
Como a folha retrata a atividade exercida e espelha a remuneração do trabalhador, ela pode ser utilizada na hora
de financiar um imóvel ou automóvel, por exemplo. O documento é, inclusive, uma exigência comprobatória para a
aposentadoria.
Para evitar complicações futuras, como processos trabalhistas, uma boa saída é adotar um sistema para gerenciar
esse processo. Dessa forma, sua empresa consegue manter a documentação organizada e automatiza os cálculos
da folha de pagamento — outro ponto em que se deve ter muita atenção para não errar.
O que diz a lei?
As empresas têm a obrigação de preparar a folha de pagamento de seus funcionários. Essa obrigatoriedade consta
no Regulamento da Previdência Social e está descrita no artigo 225 do decreto 3048/1999.
Empresas que não fazem a emissão desse documento e não guardam uma cópia das folhas enviadas aos
funcionários podem ser punidas com multas.
1. As empresas devem preparar as folhas de pagamento e manter uma via de cada (assim como dos
recibos de pagamento);
3. É preciso prestar contas das folhas de pagamento para o INSS e a Secretaria da Receita Federal.
Portanto, para fechar a folha de pagamento conforme os requisitos da legislação, é necessário seguir algumas
etapas. A fim de simplificar seu entendimento, elencamos um passo a passo para cada período específico:
Diariamente
Quando houver
No fechamento
Calcular a folha;
Conferir os lançamentos;
Ainda segundo o artigo 225 do decreto 3048/1999 (inciso I e § 9º), alguns requisitos devem constar na folha de
pagamento. São eles:
Informações do empregador;
Descontos realizados, como contribuição sindical, INSS, Vales, FGTS, entre outros;
Agrupamento dos segurados por categoria. Isso inclui empregado, trabalhador avulso, contribuinte
individual e contratados por prazo determinado;
A legislação estipula que a folha de pagamento deve ser entregue a cada colaborador até o quinto dia útil do mês
subsequente ao trabalhado. Por isso, é essencial adiantar o fechamento com tempo suficiente para não perder o
prazo.
Vale ressaltar que a elaboração mensal do holerite envolve outros compromissos. O prazo para o envio das
informações pelo eSocial, por exemplo, varia conforme o porte e faturamento de cada empresa, mas normalmente
ocorre no dia 7 do mês seguinte.
Outro prazo que merece atenção é para o recolhimento de encargos sociais. A contribuição do INSS deve ser feita
até o dia 20, enquanto o FGTS precisa ser realizado até o dia 7, ambos do mês posterior. Quanto ao recolhimento
referente ao 13° salário, este deve ser efetuado até o dia 20 de dezembro.
Aqui, estão incluídos também outros aspectos de gestão, como o controle da folha de ponto, contratos, bancos de
horas e outros.
Além disso, os profissionais do setor são os mais aptos a seguir as diretrizes legais que explicamos nos tópicos
anteriores, já que eles têm conhecimento e experiência amplos sobre a legislação trabalhista.
A folha de pagamento é um documento importante para a empresa e seus colaboradores. Vamos dividir esse
tópico em duas partes para facilitar seu entendimento:
A folha de pagamento é obrigatória e faz parte das exigências fiscais de órgãos como a Receita Federal e o
Ministério do Trabalho.
Logo, deixar de realizar o cálculo e registrar as informações é uma atitude que acarreta multas e passivos
trabalhistas.
Lembre-se que a folha, assim como outros documentos fiscais, é uma forma de comprovar que sua empresa está
conforme a lei.
Junto à importância jurídica e fiscal, a folha também é essencial para a estratégia do negócio. Isso porque
empresas com uma boa gestão de pagamentos têm mais eficiência no controle de custos e na análise de
investimentos em mão-de-obra.
Para quem trabalha com você, a folha de pagamento serve como um elemento de transparência, onde ele pode
ver detalhes sobre o salário.
Além de servir como um atestado de que o pagamento está correto, apresentar a folha para o funcionário evita
questionamentos sobre a parte financeira e ajuda a construir relações de confiança.
Conforme já comentamos, a folha também é importante para o colaborador atestar sua renda (algo comum
quando as pessoas pedem linhas de crédito em bancos ou financeiras) e solicitar a aposentadoria.
Cálculo da folha de pagamento
Nas empresas, o cálculo da folha de pagamento é constituído pela soma de todos os registros financeiros de um
funcionário: salários, vencimentos, descontos e bônus. Nessa conta, devem entrar itens como as horas extras, os
descontos de benefícios — vale-transporte e alimentação, por exemplo —, e a incidência de impostos.
Fica a cargo da contabilidade transformar todos os fatores envolvidos na relação de trabalho em valores
numéricos, expressos por meio de códigos, referências e percentuais, que têm como resultado a folha de
pagamento.
Se você não é especialista, não precisa compreender essa linguagem contábil, mas é interessante conhecer como
o documento é elaborado.
1. Classificação do funcionário
Para iniciar o cálculo, o colaborador é classificado de acordo com sua categoria. Esta, por sua vez, é regulamentada
por uma Convenção Coletiva, a partir da qual devem ser seguidas as normas base para calcular os valores da folha.
A etapa seguinte consiste na observação da folha de ponto de cada funcionário, onde devem estar documentadas
horas trabalhadas, horas extras, jornadas adicionais ou descanso remunerado. Também é necessário checar se
houve faltas no mês e se elas foram justificadas.
Quando há justificativa da ausência, por meio de atestado médico em caso de doença, por exemplo, a falta pode
ser abonada. Caso contrário, deve ser feito o desconto no pagamento bruto.
No cálculo da folha de pagamento, devem ser contabilizados os descontos do Instituto Nacional de Seguro Social
(INSS), para assegurar os benefícios mensais na aposentadoria do funcionário.
Outros encargos sociais também são considerados, como a dedução do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS). Com base nesse cálculo, é feito o desconto do Imposto de Renda.
Por fim, ainda é necessário descontar os valores de benefícios legais, a exemplo do vale-refeição, vale-transporte
ou contribuição sindical, para então identificar o valor líquido a ser repassado ao trabalhador no fim do mês.
Como você viu acima, são muitos detalhes para ficar de olho, não? Mas calcular salário, INSS e horas extras dos seus
funcionários pode ser uma tarefa mais simples do que você imagina, desde que você use a ferramenta certa para
fazer isso.
Por isso, trouxemos no artigo de hoje uma planilha de folha de pagamento (modelo em Excel), disponibilizada
gratuitamente para download.
Clique aqui para fazer o download da planilha e depois siga a leitura para entender a sua importância e como
montá-la de uma forma eficiente.
Vantagens da planilha de folha de pagamento
Ter a planilha de folha de pagamento alimentada todos os meses dá a sua empresa uma direção clara sobre as
despesas que ela tem com cada funcionário. São dados importantes na hora de pensar em um aumento ou até
para fazer novas contratações ou cortes.
Outro detalhe: se você paga os salários com variáveis, a planilha é imprescindível. De maneira simples, você
consegue notar rapidamente o rendimento do contratado, colocar os valores em gráficos, se preciso, ver oscilações
e projetar metas, com referência nos rendimentos fixos e sazonais.
O empreendedor também precisa se planejar para os pagamentos de 13º salário e a remuneração das férias. Não se
pode pensar nesse pagamento apenas nos últimos meses, pois dessa forma a probabilidade de ter problemas é
grande.
Para usar o modelo disponibilizado, você pode abri-lo em diferentes softwares, como Excel ou Planilhas do Google,
online ou offline.
Nessa hora, vale a pena lembrar de todas as vantagens de trabalhar na nuvem: segurança, acesso de qualquer
lugar, colaboratividade e atualização automática a cada alteração.
Vamos nos concentrar nas três primeiras abas: Modelo, IRPF e INSS e Cadastro Deptos.
Aba Cadastro
Aqui você deve relacionar as áreas da organização. Assim, cria-se um padrão para cada setor, o que evita que um
mesmo setor receba dois nomes diferentes. Por exemplo: “Financeiro” e “Finanças” se referem ao mesmo
departamento, mas, com uma nomenclatura diferente, atrapalham a visualização dos dados da planilha.
Aba Modelo
Primeiro, concentre-se na parte dos Impostos/Custos. Ali, você deve inserir os valores de parâmetro do vale-
transporte e do INSS e seus percentuais. É possível acrescentar linhas de impostos ou custos caso haja outros
parâmetros, como vale-alimentação ou plano de saúde com coparticipação.
Para cada linha, é preciso criar uma coluna de mesmo nome na tabela de funcionários. Você também deve fixar a
fórmula para o cálculo ser feito de forma automática.
Depois, tenha atenção com a folha de pagamentos em si. Para facilitar as contas, as colunas Vale-transporte e INSS,
referentes às linhas da tabela Impostos/Custos, e a Total de Descontos são calculadas automaticamente, dando
como resultado o Salário Líquido.
Ou seja, você deve preencher apenas as colunas Nome, Departamento (escolher algum da aba Modelo) e Salário
Bruto.
Frequência: confirme se o funcionário compareceu ao trabalho conforme previsto, sem faltas não
justificadas. As ausências não justificadas podem ser descontadas proporcionalmente do valor bruto do
salário;
INSS: calcule o INSS, que pode variar entre 7,65 a 11%, dependendo do valor do salário. O teto da
Previdência precisa ser verificado, porque a contribuição é calculada sobre esse patamar máximo para
quem ganha mais do que o limite;
Imposto de renda: considere como base de cálculo o valor do salário deduzido do INSS para calcular o
Imposto de Renda. Deduções com dependentes, descontos com faltas, atrasos e pensão alimentícia
também precisam ser considerados;
Outros descontos: eventuais descontos relativos a direitos e benefícios também entram na conta,
como vale-transporte, adiantamento salarial (vale), contribuição sindical e convênio médico;
Agora que você está analisando de fato a sua folha de pagamento, é importante verificar todos os custos
envolvidos e, sempre que possível, reduzi-los. Isso não significa demitir, mas tomar medidas inteligentes de
contenção de gastos.
Uma das medidas que podem ser adotadas é a criação de um banco de horas. Esse instrumento de Recursos
Humanos permite a redução do pagamento de horas extras, que elevam entre 50% e 100% o valor da hora de
trabalho do colaborador.
Mas cuidado: a mudança não deve ser imposta sobre os colaboradores sem um diálogo aberto. Vale a pena
conversar, apresentar seu ponto de vista e entender, na prática, como a alteração vai influenciar tanto em custos,
quanto em produtividade.
A ideia é convencer os colaboradores de que aqueles minutos extras podem resultar em dias de folga no final do
ano para o incremento das férias ou feriados prolongados. Além de demonstrar flexibilidade do empregador, o
banco de horas pode ser visto como um acréscimo à qualidade de vida no trabalho.
Outra medida interessante nesse momento de análise e racionalização de custos é a terceirização. Mais uma vez,
vale ressaltar que o objetivo aqui não é demitir, e sim aproveitar os recursos da melhor maneira possível.
Em 2017, foi aprovada uma nova legislação sobre o tema, que permite às empresas brasileiras a terceirização não
apenas da atividade-meio, mas também da atividade-fim.
Na prática, trata-se de uma oportunidade interessante para atender demandas extras em certos momentos de
crescimento acelerado, por exemplo.
Há uma previsibilidade grande dos custos: não há o desembolso de salários e outras obrigações trabalhistas —
que ficam a cargo da contratada.
Mas há cuidados que precisam ser tomados. Você já ouviu falar em responsabilidade subsidiária? Se a empresa
contratada não conseguir arcar com os direitos trabalhistas dos colaboradores que trabalharam para você, o
compromisso recai sobre o seu negócio.
Os proventos nada mais são do que os benefícios e valores pagos aos funcionários. Eles devem constar na folha de
pagamento e precisam ser discriminados um a um, para não ficar nenhuma dúvida tanto para a contabilidade
quanto para o colaborador.
Confira quais são os proventos que precisam estar presentes no documento, a seguir:
Além dos proventos, a folha de pagamento informa sobre os valores descontados do salário bruto.
Veja quais são os mais importantes e os detalhes sobre o lançamento na hora do cálculo:
A desoneração da folha de pagamento é uma mudança na forma como as empresas podem recolher tributos
relacionados. A ideia é reduzir a carga tributária para contribuir com o desenvolvimento dos negócios.
As mudanças na legislação brasileira (registradas nas leis 13.161/2015 e 12.546/2011) permitiram às empresas
substituir a contribuição previdenciária por um tributo calculado em cima da receita bruta.
As empresas pagavam tributos ao INSS de uma única forma: 20% sobre o valor total em remuneração para os
funcionários. Em 2015, essa regra foi revista e outra alternativa foi criada: a desoneração.
Como ficou?
A desoneração surgiu como uma nova forma de calcular os tributos. Em vez de aplicar a regra dos 20% sobre o total
da folha, a quantia é calculada com base na receita bruta, usando uma alíquota que varia entre 1% e 4,5% conforme
o segmento empresarial.
Inicialmente, a regra seria válida apenas até o final de 2023, contudo, o Projeto de Lei 334/23 estendeu a
desoneração até 31 de dezembro de 2027.
Quero desonerar minha folha. O que preciso saber?
Antes de fazer qualquer mudança, saiba que o cálculo é feito com base no imposto de Contribuição Previdenciária
sobre a Receita Bruta (CPRB). O valor é pago via Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF).
1. Confecção de calçados;
3. Call centers;
4. Empresas de comunicação;
5. Construção civil;
O eSocial é uma plataforma digital do Governo Federal que chegou em 2018 para substituir o envio de 15
obrigações trabalhistas. Sua criação deixou a prestação de contas mais simples e o controle das autoridades mais
eficiente.
Porém, é preciso entender que ele não é o mesmo que uma folha de pagamento digital. Na verdade, a folha faz
parte dele.
O preenchimento de dados no eSocial é complementar ao registro da folha de pagamento. Feito isso, ela deve
ser enviada à ferramenta. Somente após o envio é que a folha estará, de fato, fechada.
Como se trata de um processo rígido e que não pode conter erros, a recomendação é integrar o sistema de cálculo
de folha de pagamento com o eSocial.
Agora que você já entendeu a importância de manter o processo de fechamento da folha organizado, está na hora
de estender esse padrão para outros setores da empresa.
Com o ERP da Conta Azul, você mantém sob controle setores como financeiro, vendas, estoque e contabilidade.
Tudo isso de forma integrada: por exemplo, quando você recebe por uma venda, esse valor é registrado
automaticamente no financeiro.
Além disso, é possível emitir notas fiscais, gerar relatórios e automatizar diversos processos manuais, o que libera
tempo na sua agenda para focar em atividades estratégicas.
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ESCRITO POR
Equipe Conta Azul
Este conteúdo foi produzido pela equipe da Conta Azul, composta por especialistas do mercado B2B e pesquisadores sobre gestão,
finanças, tecnologia e áreas relacionadas.
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