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08-05-2023

Operações triangulares e
“falsas triangulares”

Operações triangulares e “falsas triangulares”:

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Operações triangulares e “falsas triangulares”:


O sujeito passivo português fatura ao sujeito passivo suíço determinadas mercadorias,
mas, por ordem deste, entrega-as diretamente na Holanda.

Apesar do sujeito passivo português faturar os bens a uma empresa suíça, não pode
aplicar a isenção do artigo 14º do CIVA para as exportações, uma vez que os bens não
saem do território da União Europeia, não lhe sendo, por isso, aplicáveis as normas que
regulam as exportações.

O sujeito passivo português também não efetua uma transmissão intracomunitária à


empresa suíça, se este não estiver devidamente registado para efeitos de IVA num
Estado membro;

Assim, sujeito passivo português deverá emitir uma fatura à empresa da suíça com
liquidação de IVA português correspondente aos bens transmitidos.

Operações triangulares e “falsas triangulares”:

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Operações triangulares e “falsas triangulares”:


O sujeito passivo português (PT1) fatura ao sujeito passivo português (PT2), e este fatura
a um sujeito passivo sueco. Os bens são expedidos pelo sujeito passivo português (PT1)
diretamente para o sujeito passivo da Suécia.

A venda do sujeito passivo português (PT1) ao sujeito passivo português (PT2) constitui
uma operação realizada no território nacional, consequentemente sujeita a IVA e dele
não isenta.

Não lhe é aplicável qualquer isenção, nem do artigo 14º do RITI, que o adquirente é um
sujeito passivo português, nem do artigo 14.º do CIVA, uma vez que os bens não saem
do território da União Europeia.

Operações triangulares e “falsas triangulares”:


Igualmente não lhe é aplicável a isenção regulada pelo artigo 6.º do Decreto-Lei n.º
198/90, de 19 de junho, uma vez que a operação subsequente, traduzida na fatura do
sujeito passivo português (PT2) ao sujeito passivo sueco, não constitui uma exportação
de bens.

A venda de sujeito passivo português (PT2) ao sujeito passivo sueco pode beneficiar da
isenção prevista na alínea a) do artigo 14.º do RITI, desde que o sujeito passivo sueco
esteja abrangido por um regime de tributação das aquisições intracomunitárias na
Suécia e tenha fornecido a passivo português (PT2) o respetivo número de identificação
fiscal. Esta operação é incluída na declaração periódica (campo 7) e na Declaração
Recapitulativa (operação tipo 1), com a identificação do cliente sueco (NIF da suécia).

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Operação “falsa” triangular

Operação “falsa” triangular


O sujeito passivo português fatura ao sujeito passivo italiano e aí devidamente
identificado, determinados bens, mas, por ordem deste, coloca-os diretamente na Suíça.

Uma vez que os bens são expedidos diretamente para um país terceiro (Suíça), têm de
ser submetidos aos normais procedimentos de exportação.

A fatura do sujeito passivo português ao sujeito passivo italiano é isenta de IVA, nos
termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 14.º do CIVA. Essa isenção deve ser comprovada
nos termos do artigo 29.º do CIVA, com a declaração aduaneira de exportação.

Esta operação é identificada no campo 8 do quadro 06.

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Operação “falsa” triangular


Exemplo :
Um fornecedor português vende bens a um adquirente português, cuja expedição é do
Brasil para Angola, não passando pelo território nacional.

Esta operação não é tributada em território nacional devido aos bens não entrarem em
Portugal, nos termos do nº 1 do artigo 6º do CIVA.

Deve ser incluída no campo 8 do quadro 06, pois é uma operação que confere direito à
dedução nos termos da alínea b) do nº 1 do artigo 20º do CIVA.

Operação triangular
Transmissões de bens não tributadas por aplicação das regras de simplificação das
operações triangulares, quando os bens transmitidos pelo sujeito passivo português
foram expedidos de um fornecedor de um Estado-Membro para um adquirente, sujeito
passivo, de outro Estado-Membro, que não Portugal:

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Operação triangular

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Operação triangular
Os bens são vendidos por um sujeito passivo italiano (IT) a um sujeito passivo português
(PT), efetuando este a revenda dos mesmos bens a um sujeito passivo francês (FR). O
transporte ou expedição dos bens é efetuado diretamente de Itália para França.

O sujeito passivo português (PT) considera uma aquisição intracomunitária de bens, pela
fatura emitida pelo fornecedor italiano, contudo não procede à autoliquidação e
dedução do IVA, uma vez que os bens não entram dentro do território nacional. Por essa
aquisição, indica o valor tributável no campo 14 do quadro 06 Declaração Periódica do
IVA.

Pela transmissão de bens efetuada ao sujeito passivo francês, o sujeito passivo


português não realiza uma transmissão intracomunitária a partir do território nacional,
sendo o valor da fatura emitida indicado no campo 8 da do quadro 06 Declaração
Periódica do IVA.

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Operação triangular
Na declaração recapitulativa, o sujeito passivo português (PT) indica a transmissão de
bens efetuada ao cliente, sujeito passivo francês, com a indicação do respetivo Estado-
Membro, número de identificação fiscal do adquirente (FR) e valor tributável,
identificando a operação na coluna 5 com o código 4, respeitante às operações
triangulares.

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Prestações de serviços não tributadas por aplicação


das regras de localização previstas no artigo 6º:
Para as prestações de serviços enquadradas na regra geral da alínea a) do nº 6 do artigo
6º do CIVA (a contrario), quando o adquirente for um sujeito passivo com sede,
estabelecimento estável ou domicilio num país ou território terceiro

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Prestações de serviços não tributadas por aplicação


das regras de localização previstas no artigo 6º:
Exemplo :
Uma oficina portuguesa efetua uma reparação de um automóvel pertencente a uma
empresa da suíça, tendo-se o adquirente identificado como um sujeito passivo,
fornecendo o número de identificação fiscal.

Esta operação não é tributável pela aplicação da alínea a) do nº 6 do artigo 6º do CIVA (a


contrário), devendo ser incluída no campo 8 do quadro 06, por o adquirente ser um
sujeito passivo de um país terceiro.

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Prestações de serviços não tributadas por aplicação


das regras de localização previstas no artigo 6º:
Exemplo:
Um advogado português presta um serviço de apoio jurídico a uma empresa brasileira,
relativamente ao enquadramento legal de um potencial negócio a realizar em Portugal.

Esta operação não é tributável pela aplicação da alínea a) do nº 6 do artigo 6º do CIVA (a


contrário), devendo ser incluída no campo 8 do quadro 06, por o adquirente ser um
sujeito passivo de um país terceiro.

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Para as prestações de serviços enquadradas nas exceções às regras gerais do nº 6


do artigo 6º do CIVA, que não sejam consideradas tributáveis em território nacional

Para as prestações de serviços enquadradas nas exceções às regras gerais do nº 6 do


artigo 6º do CIVA, que não sejam consideradas tributáveis em território nacional

Exemplo :

Uma empresa de construção civil portuguesa realiza uma obra sobre um imóvel situado
em Angola, sendo o adquirente uma outra empresa portuguesa. Esta operação não é
tributável pela aplicação da alínea a) do nº 7 do artigo 6º do CIVA, devendo ser incluída
no campo 8 do quadro 06.

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Para as prestações de serviços enquadradas nas exceções às regras gerais do nº 6


do artigo 6º do CIVA, que não sejam consideradas tributáveis em território nacional
Exemplo :

Uma empresa de construção civil portuguesa realiza uma obra sobre um imóvel situado
em Espanha, sendo o adquirente um sujeito passivo espanhol. Esta operação não é
tributável pela aplicação da alínea a) do nº 7 do artigo 6º do CIVA, devendo ser incluída
no campo 8 do quadro 06.

Exemplo :

Um contabilista português presta serviços de aconselhamento fiscal a uma pessoa


singular, residente nos Estados Unidos da América, na sua esfera particular, relativo ao
possível enquadramento no regime dos residentes não habituais previsto no CIRS. Esta
operação não é tributável pela aplicação da alínea c) do nº 11 do artigo 6º do CIVA,
devendo ser incluída no campo 8 do quadro 06.

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