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Direito Fiscal Aulas Práticas

Sérgio Varela Alves

Cone do direito fiscal: relação entre o sujeito ativo e o sujeito passivo, a relação jurídico-
tributária. – ativo: entidade que tem direito a exigir o cumprimento da obrigação de
tributação; passivo: tem dever de cumprir a obrigação tributária.

Albert Hansel

Elementos:

◦ Sujeito Ativo;

◦ Sujeito Passivo;

◦ Incidência Objetiva;

◦ Todos os Elementos Contribuem para a Quantificação do Imposto:

◦ Taxa.

O Estado português é um Estado Fiscal, Ex: em 100 € cobrados pelo Estado, 90€ são impostos.

Existem Estados Produtores, que vivem à base da produção, Ex: Angola e petróleo.

Tipos de Tributos no Ordenamento Português:

165.º/1 i) CRP

Esse regime geral das taxas, no Art 165.º/1 i) CRP, existe? Não, existe o regime geral das taxas
das autarquias locais – L 53-E/2006 de 29 de dezembro. Também não há regime para as
contribuições financeiras.

Só temos 3 tipos de tributos:

◦ Impostos;

◦ Taxas;

◦ Contribuições Financeiras.

APD: Há uma verdadeira tripartição, e que fruto da variedade do termo contribuições


financeiras, cabe à Doutrina e Jurisprudência, cabe-lhes densificar o que isto é, visto que a CRP
permite a criação de novos tipos de tributos que são diferentes dos impostos e Taxas.

Casalta Nabais: Ou temos tributos unilaterais ou bilaterais. Se o tributo for unilateral,


reconduz-se aos impostos, se for bilateral, reconduz-se ao regime das taxas.

LGT, Art 3.º

Os tributos fiscais, são todos os que têm como finalidade principal ou secundária a
arrecadação de receitas. Dento destes, temos os parafiscais, cuja finalidade é a mesma, mas o
sujeito ativo, ao invés de ser o Estado em sentido lato (Estado, RA e autarquias locais), o
sujeito ativo será outra entidade pública.
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Classificação:

O que é um imposto? Os impostos servem para servir despesas gerais. Nunca são consignados.
São tributos de caracter unilateral, sem contraprestação pública, direta e imediata que servem
necessidades financeiras gerais. São pagos em pecúnia (Art 40.º/1 LGT).

São tributos extrafiscais, aqueles que têm como finalidade extrafiscal uma finalidade principal
que não é a arrecadação de receitas.

Ex: Impostos do Pecado- álcool, tabaco, jogo.

Como se distingue um imposto de uma taxa e das contribuições financeiras?

APD: Mesmo que o tributo tenha como finalidade principal a arrecadação de receitas, se se
continuarem a verificar todos os outros pressupostos de existência de um imposto, continua a
ser imposto, mas extrafiscal, nomeadamente quando a sua receita não é consignada. Ex:
tabaco não é consignado ao IPO; para que fosse contribuição financeira seria necessário
consigna-lo ao IPO.

TC: Acórdão 70/92 de 24 de fevereiro, adota um critério finalístico – só são impostos os


tributos que sigam finalidades fiscais.

Problema  Se não são impostos os tributos extrafiscais, não são sujeitos a reserva de lei.

Como são os impostos quantificados?

Critério Estrutural Quantificação

Impostos unilateral capacidade contributiva- ad valorem

Taxas bilateral

Capacidade contributiva: pode ser demonstrada pelo objeto- rendimento, património ou


consumo.

Ad Valorem: sobre o valor de.

Ex: o uso da 25 e Abril é igual para todos os carros.

Classificações do Objeto do Imposto:

Art 104.º CRP

◦ Rendimento;

◦ Património;

◦ Consumo.

 n.º1: CRS, n.º2: CRC, n.º4: Consumo, n.º3 Património.

Qual destes três é mais justo e porquê? Tem-se a ideia que os de rendimento são os mais
justos porque assentam sobre o rendimento líquido, ou seja, proveitos menos gastos.
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Rendimento Acréscimo/Líquido: proveitos menos gastos. Mais justos, porque permitem essas
deduções.

Rendimento Fonte: uma determinada entidade é tributada pelo simples facto de exercer uma
determinada atividade.

Rendimento Presumido: modo como a atividade é exercida. São ambos conceitos arcaicos e
não utilizados atualmente, Ex: os barbeiros eram antigamente tributados pelos números de
cadeiras. É intrinsecamente injusto, pois se as 3 cadeiras estiverem vazias eu pago o tributo na
mesma.

Impostos sobre o Consumo: IVA e impostos especiais sobre o consumo (IEC’s).

Os impostos do rendimento podem ser mais justos, mas tal não implica que nestes não se
considere a justiça social.

IVA tem 3 taxas.

Património tem o imposto Mortágua.

Rendimento: IRS e IRC

Consumo: IVA e parcelares, IEC’s

Imposto sobre o Património ou Riqueza

◦ Estáticos: com base na detenção de património. Ex: IMI;

◦ Dinâmicos: com a transmissão do património. Ex: IMT;

◦ Gerais;

◦ Parcelares.

Porque é que não há um imposto geral sobre o património em Portugal? 104.º CRP

Porque se considera que seria arbitrária a avaliação do património mobiliário, pois o seu preço
é demasiado volátil.

TCAlemão: Acórdão BVerfgE93

Impostos: unilaterais – capacidade contributiva; ad valorem  Ac. TC 70/92, 24 do 2

Contribuições Financeiras

Unilaterais: distinguem-se dos impostos porque têm de ser consignadas.

Bilaterais: têm um sinalagma difuso, com base no princípio da proporcionalidade


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Ana Paula Dourado e Casalta Nabais: as unilaterais observam reserva de lei

APD: quanto às bilaterais, determina que elas terão de ser quantificadas pelo princípio da
proporcionalidade, mas no mínimo, o seu quantum máximo deverá estar estabelecido na lei.
Pois em regra temos receitas de dadas entidades publicas.

Taxa Municipal de Proteção Civil: considerada inconstitucional. Criava-se um tributo para uma
eventualidade remota de precisar daquele serviço. Devia ter sido uma contribuição financeira
unilateral.

165.º/1 g) CRP: receitas locais são uma série de impostos criados pela AR e taxas –
contribuições financeiras não são da competência das autarquias locais.

 As contribuições financeiras são híbridas.

Resolução dos Casos Práticos:

◦ Sempre que se suscitar a classificação de um tributo: inicia-se por classificar o tributo,


independentemente o tributo que seja;

◦ Depois disso, fala-se dos princípios e doutrina. No caso de imposto, classifica-se;

◦ Jurisprudência relativa ao que se encontra no caso.

1- i) 165.º/1 i) CRP+4.º LGT (1, 2 ou 3 consoante o tributo).

Temos uma taxa, mas para o ser, tem de ser bilateral ou unilateral.

Lei 53/3: Assembleia Municipal pode criar taxas.

De acordo com a jurisprudência do acórdão Ac. TC. 70/92 de 24 do 2, contudo, como ele é
tributado nos prédios ad valorem, temos um imposto ou uma contribuição financeira
unilateral. Esta última não pode ser porque é reserva de lei e não é permitido que as
contribuições financeiras sejam receitas das autarquias locais.

Temos um imposto oculto e a criação desta taca é inconstitucional.

Ex: contribuição financeira bilateral – recolha do lixo.

ii) Se é sobre uma ponderação média dos valores de IRS, o valor da taxa não será o mesmo
para todos, pois o IRS implica valores diferentes. Trata-se então de um tributo imposto.

O que é um benefício fiscal? 2.º n.º1 do Estatuto dos Benefícios Fiscais.  há sempre violação
de um princípio da igualdade (13.º crp), e como se justifica? Tem de haver no caso concreto,
outro princípio ou direito que se sobreponha a essa violação do princípio da igualdade. O
modo como eles procedem estão no 2.º/2 EBF.

Podem ser criados com recursos a diversas técnicas – só usamos a isenção.

É uma exceção às normas de incidência, prossegue finalidades extrafiscais. Sobesamento é


feito pelo princípio da proporcionalidade em sentido lato, 18.º CRP. É necessário? Adequado?
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Análise de custo benefício – como é exceção, há uma despesa fiscal, porque algo que devia ser
cobrado não o é. Tal é compensado?

Princípio do bem-estar social – tem de ter um benefício para a comunidade como um todo.

Princípio do ganho/mérito- com aquele benefício fiscal, está-se a premiar uma conduta
benéfica para a vida da comunidade.

Resolução de Casos Práticos:

1- (continuação) 2.º/1 e 2 do Estatuo dos Benefícios Fiscais.

Temos um benefício fiscal, que implica uma violação do princípio da igualdade no 13.º, tendo
de haver um princípio ou interesse que se sobreponha no caso concreto.

Qual seria o interesse em causa? Uma questão de direito à habitação, proteção das famílias
com menos património, etc.

1.º princípio da proporcionalidade em sentido amplo;

2.º Bem-estar;

3.º Ganho ou mérito.

Não passava na adequado do princípio da proporcionalidade porque não existe esse valor de
imoveis em Lisboa, sendo que não teria qualquer aplicação, sendo inútil tal benefício fiscal.

ii) Estamos perante um benefício fiscal pois estamos perante uma isenção de um imposto.
Implica uma exceção às normas de incidência tributária, etc. Base no Art 18.º CRP, na sua tripla
vertente. Princípio do bem-estar e ganho ou mérito. Uma vez que não há democracia sem
partidos, estamos a defender o EDD. Em relação à necessidade, os juízes quase nunca
chumbam medida por via do critério da necessidade, a menos que haja uma alternativa muito
melhor do que esta ou então passa sempre. Problema: não pode vir o juiz dizer para criar
outro benefício pois entrava na reserva.

Custo-benefício: a receita cessante, não se superioriza aos benefícios dos partidos políticos
para a comunidade como um todo.

Estamos a premiar as pessoas que se envolvem na vida política.

 Resulta do 16.º/4 da Lei das Finanças Locais, que as autarquias podem conceder
benefícios fiscais – mas conceder e criar são distintos. Mas temos a reserva de lei.
Pode conceder, porque foram criados pela AR, que deixou nas esferas das autarquias
locais, que certos e determinados benefícios fiscais pudessem ser concedidos por
estas.

Não existem isenções de taxas – temos é isenções de impostos.

Relação Jurídico Tributária:


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18.º/1: entidades públicas territoriais.

Segurança Social é um instituto público, que se podem enquadrar.

Representação: entidades públicas e privadas, Ex: portagens.

Sujeito Ativo é sempre só um.

APD: considera que o 18.º/3 tem um sentido mais amplo. Quando se fala em prestação
tributária, é de caracter formal ou material. Sujeito passivo é quem tem o dever de cumprir
com uma prestação formal ou material – suportar economicamente o tributo e obrigação
declarativa.

18.º/4 b) conjunto de intervenientes sem que para isso se tornem sujeitos passivos.

a) repercussão legal: Saldenha Sanches: há repercussão legal quando quem suporta


economicamente o tributo e quem o entrega ao Estado (imposto indireto).

Quando se fala em consumidores finais, há contribuinte

Contribuinte de facto: alguém que suportaria economicamente um tributo, mas não teria
quaisquer direitos. Problema: este conceito é ajurídico, extrajurídico – porque num estado de
direito democrático, não há forma de pagar tributos ou ter direitos.

Este conceito não existe no ordenamento jurídico português, sendo que o artigo está mal
escrito.

Outros Sujeitos Passivos:

◦Contribuinte;

◦ Substituto;

◦ Substituído;

◦Responsável Tributário.

A substituição tributária funciona pelo mecanismo da retenção da fonte: 20.º e 34.º LGT.

Quando uma entidade procede ao pagamento de um rendimento, retém na fonte um x de


imposto. 2 tipos de retenção na fonte:

◦Por conta do imposto devido no final;

◦A título definitivo.

Exemplo do salário é o primeiro tipo exposto. Porque retém x a título na fonte de IRS. Mas no
caso do IRS, findando o ano fiscal, temos de apresentar o modelo 3, onde se fazem reduções à
coleta, etc. Depois de feitas as contas. Se eu já tiver pago o tributo que deveria pagar, não
tenho mais nada a pagar. Se por ventura, tenho de pagar ais ao Estado do que devia, vou
receber x do Estado. Se por ventura e após feitas as contas, chegar à conclusão que devia ter
pago mais impostos, terei de pagar mais.
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Só se faz acerto do imposto ao final.

Aquando é a título definitivo, tem de haver taxas liberatórias, porque libera o sujeito passivo
do cumprimento de quaisquer outras obrigações tributárias.

Exceção: uma substituição que não opera por retenção da fonte – Ex: taxa audiovisual de
financiamento da RTP – é uma contribuição financeira unilateral.

Ao contrário do 34.º, a liquidação do tributo é feita aquando da cobrança de um bem ou


prestação de um serviço.

Surge no século XIX no UK.

Responsável tributário:  a definição está correta, 22.º/4

22.º/2: draga do legislador, sendo que só o n.º4 deste artigo menciona a responsabilidade
tributária – só há quando alguém responde pela divida de outrem. Quando é o sujeito passivo
originário que responde, não há responsabilidade tributária.

Casalta Nabais: tem uma noção mais ampla, sendo que a responsabilidade implica do sujeito
passivo originária e do responsável em sentido estrito.

Tem de ser distinta da responsabilidade civil e criminal.

Responsabilidade solidária vs subsidiária: na primeira a autoridade pode demandar qualquer


um dos devedores solidários; na segunda temos de respeitar uma hierarquia, tendo de se
executar o sujeito passivo subsidiária – 23.º/1.

Efetiva-se por reversão do processo de execução fiscal – semelhante à responsabilidade do


direito civil, 23.º/2: só posso executar o património do devedor subsidiário se o património do
originário for insuficiente.

Excussão prévia: a autoridade tributária olha para os diversos indivíduos e tenta compreender
qual tem melhor situação financeira. E invoca-se este artigo, para primeiro ir ao devedor
principal.

28.º/3: 2 deveres distintos:

◦ Retenção;

◦ Entrega.

Pode acontecer que nem retenha nem entregue, ou que retenha e não entregue.

28.º/1- aplica-se quer a retenções na conta por conta do imposto devido final ou a título
definitivo. Se houve retenção, mas não houve entrega, o responsável tributário é o substituto
e o substituído fica desonerado.

28.º/2: Só se aplica a imposto devido final  se não houver nem retenção nem entrega e a
retenção for a título definitivo? 22.º/3: o substituído é só subsidiariamente responsável.

APD: isto não devia ser subsidiário, pois no caso do incumprimento, não há retenção nem
entrega a título definitivo porque a responsabilidade devia ser solidária. Nas retenções na
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fonte a título definitivo, não há obrigação de declarar rendimento ou sequer de o englobar. No


caso dos residentes, se a retenção não for feita, corremos o risco de haver dissipação do
património. Seria ainda mais problemática quanto aos não residentes, pois só temos soberania
sobre território português, portanto a menos que haja um acordo com o outro Estado, não
pode haver execução. Mesmo na UE, mesmo não havendo retenção nem entrega e a mesma
seja a título definitivo, a responsabilidade deve ser solidaria entre o substituto e o substituído.

24.º - quando o subsidiário não tem património, serão os administradores, gerentes, etc. 
não opera automaticamente, tem de se provar a culpa, tendo de ser uma culpa funcional.

Tem de ser um gestor diligente – 64.ºn.º1 CSC.

As pessoas coletivas são de responsabilidade limitada porque respondem limitadamente, à


priori só responde pelas dividas tributárias, as pessoas coletivas. Só se efetiva a
responsabilidade dos gestores se o património for insuficiente ou inexistente.

1.º quem foi a pessoa responsável;

2.º se foi ou não diligente.

24.º/1: No pacto societário ou por decisão da AG, é nomeado o gerente ou administrador de


direito. É o que consta nas atas ou no pacto social como nomeado. O gerente de facto, é o que
não constando nem em atas nem em pactos societários, exerce as funções de gerente.

a) e b): porquê da diferença do ónus da prova. Se o facto constitutivo da divida tributária tiver
tido lugar enquanto eu era gerente ou administrador mas o prazo de entrega desse tributo
tenha tido lugar quando eu não era gerente, ónus de prova pela culpa cai na autoridade
tributária; mas na aliena b), se o facto constitutivo com o prazo da entrega tiver ocorrido
quando era administrador, terei de ser eu a provar que não foi por culpa minha que o
património da sociedade se tornou insuficiente. Ex: SA

Terei que ver, olhando para a organização daquela empresa em concreto, quem era a pessoa
responsável por aquela obrigação tributária. Já não há técnicos oficiais de contas, são
contabilistas certificados. Abre-se a porta a quem exerça funções técnicas de ser
responsabilizado. Ex: CFO

Princípio da Legalidade

Princípio de preferência ou precedência da lei onde se encontra também um direito de


resistência -103.º CRP

Temos direito de resistência quando não há precedência de lei, é um meio de autotutela de


direitos:

◦ Ou quando não se pode recorrer a uma autoridade publica;

◦ Ou quando não se pode recorrer a autoridade pública em tempo útil.

Quer o Art 2.º como o 3.º da CRP, determinam que temos um Estado de Direito Democrático.
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Vertente Da Competência da Divisão Vertical

165.º/1 i)

Leis da Autorização Legislativa: 165.º/2 Requisitos:

◦ Objeto;

◦ Extensão;

◦ Duração.

Muitas destas autorizações são dadas com a aprovação do OE, caducando dia 31 de dezembro.

Ac. TC 358/92: Tripla Função- para que não estejamos perante um cheque em branco dado ao
governo e para que se cumpra a reserva de lei:

◦ Conteúdo Material Bastante;

Finalidade, ou seja, na ótica do delegante.

◦ Linhas de Orientação Genérica;

Fins Genéricos na Ótica do Delegado.

◦ Informação genérica das informações na lei de autorização legislativa.

Na ótica do particular. Quando leio a lei de autorização legislativa não tenho de saber logo a lei
final, mas tenho de saber no mínimo, com um juízo de prognose aproximado quais as
mudanças que podem surgir no ordenamento jurídico.

Só temos de determinar isto para benefícios fiscais e garantias dos contribuintes. Com os
impostos, basta o 103.º/2 2ª parte, a incidência (an) ou a taxa (quantum).

Regiões Autónomas:

127.º/1 i)

Teses entre Regionalistas e Centristas + APD

227.º

Resulta claro da CRP que as RA têm o poder de criar impostos e de adaptar o sistema fiscal das
especificidades das regiões autónomas.

Teixeira Ribeiro

Autarquias Locais:

288.º/4: margam de discricionariedade, embora restrita.

Podem criar taxas.

Pode a Assembleia Municipal de Lisboa criar benefícios fiscais?


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16.º/4 Lei das Finanças Locais: a lei das autarquias locais, podem conceder benefícios fiscais
que têm que ver com benefícios próprios, quando a AR assim o decidiu. Porém o poder
tributário é derivado. Podem nos termos de uma lei.

Reserva Material ou Princípio da Tipicidade

An + Quantum

An: de um ponto de vista restrito, objeto e sujeito passivo.

APD: A incidência do 103.º/2 tem de ser interpretada num sentido amplo, para o An acarretar.

An  Sujeito Ativo, Sujeito Passivo, Objeto e Elementos que contribuem para a quantificação
do imposto – é deste modo que deve ser interpretado o termo “incidência”.

Resolução do Caso 3:

1-ºCategorizar o tributo.

As taxas que são verdadeiramente taxas não estão subsumidas à reserva de lei. A taxa que
aqui está incide sobre o preço das refeições e das estadias, logo, o tributo é quantificado ad
valorem, e deste modo, não haverá outra prestação alguma divisível e presente  varia o
valor do tributo consoante varie o preço da estadia ou da refeição.

Os impostos devem ser criados por lei, 165.º/1 i) e uma vez que o caso determina que o
mesmo é criado por DL simples, temos uma inconstitucionalidade orgânica por violação do
165.º/1 i) pois o Governo não tinha competência.

Ex: O afluxo crescente dos turistas implica para as cidades – As taxas sobre as dormidas
existem e esto generalizadas, e a razão para a cobrança da taxa. As zonas ficam sujas e
aumentam a despesa da cidade. Os turistas aumentam o stress do funcionamento dos
transportes públicos, e usufruem de sítios, lugares e bens públicos, e logo é licita a criação
destas taxas sobre dormidas.

Estava cumprido o an e o quantum se a lei de autorização legislativa fosse a descrita? Não,


nem no an nem no quantum, não determina o sujeito ativo ou passivo e os elementos que
contribuem para a quantificação do imposto não são especificados.

1- A existência de conceitos vagos e indeterminados não implica a violação da reserva de lei,


mas se o conceito for vago e indeterminável, temos uma reserva de lei.

Decorre do 9.º CC, que tem de resultar da letra da lei um conjunto de interpretações possíveis,
se pelo contrário o conceito for vago, indeterminado e indeterminável – o simples uso desse
conceito implica uma violação da reserva de lei.

É consensual:

◦ Porque, diploma infra legislativo (regulamento, portaria, decroe lei regulamentar, etc.) que se
pode vir determinar conceitos vagos e indeterminados que constem da lei, mas que sejam
determináveis;
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◦ Ou então é lícito remeter também a densificação de conceitos meramente técnicos.

Ex: conceito de luxo.

2- Isenção

Como já identificamos que em causa está um imposto, a isenção de um imposto é um


benefício fiscal – Art 2.º EBF.

Temos sempre uma violação do princípio da igualdade, Art 13.º CRP, efetivam-se por via dos
mecanismos do 2.º/2 EBF e por via de isenções.

Terá de ser feito o balanço pelo princípio da proporcionalidade, 18.º CRP, face à sua tripla
vertente.

Casalta Nabais e Viera de Andrade: a razão justificativa da reserva de lei é a interferência não
ativa por parte do Estado na esfera privada dos cidadãos. No benefício fiscal faz-se o contrário,
pois é uma norma desoneradora, benéfica aos cidadãos e já não se encontra justificada a
reserva de lei

APD: não concorda porque no artigo apenas menciona benefícios ficais. E no 165.º/1 i)
determina não apenas no caso de ser oneradora. Não faria também sentido numa lógica de
hierarquia das fontes.

Se fosse uma taxa podia a portaria criar uma isenção? Em termos técnico-jurídicos só há um
verdadeiro benefício fiscal quando se esteja a isentar de um imposto. Porque não faria sentido
que, não estando as taxas cometidas a reserva e lei, a isenção dessas taxas pudesse estar
cometida à reserva de lei. As isenções de taxas que o sejam, não são benefícios fiscais.

Resolução do Caso 4:

1- Não tem autorização para tributar as despesas e por isso temos uma inconstitucionalidade
orgânica.

2- Valor Nominal como conceito indeterminado – no entanto passa porque é claro.

Valor de Mercado não, pois não é suficientemente densificado.

3- Altera IRC quando a autorização é dada para o IRS. Quando à uma alipta tão elevada, é
necessário verificar se é confisco.

TEDH: nestes casos, temos confisco se incidir numa situação de 50%.

Neste caso não chega aos 50%, e a tributação autónoma, incide sobre despesas avulsas. Não
se aplica o raciocínio do TEDH, porque não incide sobre o rendimento.

4- Se estou a remeter para portaria a lista das prestações que são tributadas, há violação do
103.º/2 2ªparte pois não se pode por portaria definir o objeto do imposto.

5- Duas questões: uma vez que temos uma isenção de um imposto, estamos perante um
benefício fiscal – exceção ás normas de incidência tributária para a prossecução de fina díades
extrafiscais, implicando sempre a violação do principio da igualdade, tendo de haver no caso
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Sérgio Varela Alves

pratico outro direito que se lhe sobreponha, mas sempre com base no principio da
proporcionalidade.

Não é dada finalidade, sendo que temos uma inconstitucionalidade – material porque nem se
consegue identificar a finalidade – e orgânica, 103.º/2 2ª parte e 165.º/2 pois o Governo não
recebeu autorização para legislar sobre esta matéria.

Pelo princípio do bem-estar, beneficiar a construção naval parece não dizer nada sobre tal –
logo, inconstitucionalidade.

O Imposto de venda dos Imóveis é o IMT e o Governo não tinha autorização para isso.

Indirizzo: orientação política/finalidades – dentro das funções da AR.

 A reserva de lei em matéria fiscal está em crise – é que as matérias são de tal modo
técnicas que é impossível de densificar face ao Indirizzo. Mas o problema em si tem de
ser solucionado com base numa orientação. Mas os 230 deputados não têm
competência técnica para tal – e grande parte da legislação fiscal é efetuada pelo
Governo. – Mas a função de indirizzo continua a ser deles pois representam o povo.

Em causa está também um problema de densificação dos critérios: o valor objetivo é


determinado face aos elementos em causa.

“Localização”: perfeitamente determinável.

“Antiguidade”: igualmente.

“Equipamentos”: elevador, piscinas, jardins, etc. – o problema é que é o serviço de finanças


que vai efetuar isto, e por esse motivo, está a definir os elementos que contribuem para a
quantificação do imposto. Já não estamos a definir bem o objeto, mas sim como a tributação
destes imoveis será determinada em matéria coletada.

Pode estar a definir o objeto;  seria o serviço de finanças a determinar os elementos que
contribuem para a quantificação do imposto.

Só podem haver remissão de critérios técnicos ou determinação de conceitos vagos e


indeterminados, mas determináveis.

Em tese, supomos que a lei tem todos os critérios (localização, equipamentos, etc.), mas é a
portaria que vem dizer quanto vale cada um (10% equipamentos, etc.) – está a quantificar o
imposto e temos uma violação do An.

O poder tributário das autarquias locais tem de ser estreito. O grau de discricionariedade d
delegação tem de ser estreito, logo, os 2% são possíveis pois nem admite discricionariedade.

Em sede de IMI, existem isenções para zonas degradas. A maioria das situações são benefícios
condicionados. Porquê? Porque os proprietários ao serem isentados do pagamento desse
imposto, à partida terão maior disponibilidade para outras despesas. Ex: têm de recuperar o
imóvel. A finalidade é de reabilitação urbana.

Pode o Governo propor uma alteração legislativa em a matéria fiscal? Sim.


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Sérgio Varela Alves

Facto Tributário de Obrigação Única vs Facto Tributário Periódico

Obrigação única: constitui-se e conclui-se com um único facto ou negócio jurídico.

Periódica: não se conclui ou extingue com um único facto ou negócio jurídico.

Aplicação da Lei Nova

Retroatividade (própria ou forte): a LN aplica-se a um facto tributário que já tenha decorrido.

Retrospetividade (retroatividade fraca ou imprópria): o facto tributário já se tenha


constituído, mas ainda não se tenha concluído.

Tem de se atender se já se concluiu ou não o facto.

Taxas Liberatórias: 71.º CRS, retenção na fonte a título definitivo sem sujeição inerente(?). É
um facto tributário de obrigação única.

Taxas Autónomas: incidem sobre despesas avulsas, nomeadamente, 73.º CRS ou 88.º CSC.
Considerados factos tributários de obrigação única porque incidem sobre despesa, e uma vez
esta tributada, não faz sentido vir a lei nova alterar tal despesa.

IVA: para o consumidor final é uma obrigação única. Os comerciantes, no entanto, não vão
sempre entregar o IVA, a mais adotada é a política trimestral. – Temos um facto tributário de
obrigação única para o consumidor final e um facto tributário periódico para o comerciante 
é um facto tributário de obrigação única para efeitos da lei no tempo.

12.º LGT

12.º/1: A LN só se aplica para o futuro

12.º/3 LGT: que direitos, garantias e interesses são estes? Caducidade, 45.º/1 (prazo de 4
anos), prescrição, 48.º/1 (8 anos) e caso julgado. Só há caso julgado quando a decisão já não
seja passível de recurso tributários (não passível de decisão pelo STA).

Caducidade vs Prescrição: a caducidade preclude a possibilidade de exercer esse direito – em


fiscal é a possibilidade de liquidar esse tributo; a prescrição tem que ver com o decurso do
tempo, findo do qual é a própria obrigação tributaria que prescreve.

12.º/4: se sob o véu de uma suposta lei procedimental ou processual, a aquilo que se tiver a
fazer for alterar a determinação da matéria tributária, temos antes uma lei substantiva, o
principio da materialidade subjacente implica que tenhamos de saber que tipo de lei – se
materialmente for substantiva, aplica-se o seu regime e não o da leis procedimentais ou
processuais.

12.º/2: devemos ignorar este número, porque tem de se fazer uma interpretação conforme a
CRP, sendo que aquilo que proibia era as situações de retrospetividade, e esta é admitida pela
jurisprudência do TC, quer pela CRP.  princípio nata temporis, não consagrado no nosso
ordenamento jurídico.

A LGT não tem valor reforçado.

10.º/3 CRP: como cada autor chama algo diferente à retroatividade, qual é?
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Sérgio Varela Alves

TC: retroatividade forte. De acordo com o acórdão 127/2009, o TC diz-nos que a


retroatividade se encontra prevista no 103.º/3, é tão só a retroatividade forte. E interpreta o
103.º/3 como sendo uma regra – equacionando uma situação e tudo ou nada. Não é
necessário qualquer juízo valorativo, e aplica-se de imediato.

Art 2.º CRP – o princípio da segurança jurídica é uma construção puramente doutrinal, ou
seja, dentro do princípio da segurança jurídica temos duas vertentes: positiva, proteção da
confiança; negativa, proibição da retroatividade. É uma decorrência do princípio do Estado de
Direito Democrático.

Antes do 103.º/3 era necessário ter um juízo valorativo.

Se houver retroatividade forte – é inconstitucional.

Em situações de retrospetividade- temos de aferir a violação do princípio da confiança que


radica do 2.º CRP.

Quando é que temos uma violação do Princípio da Confiança? 4 requisitos:

◦ Estado teve de gerar nos privados expetativas de continuidade;

◦ Devem ser fundadas em legitimas, fundadas e boas razões (em geral a lei);

◦ Os privados devem ter feito planos de vida (investimento na confiança) com base em tal;

◦ Não devem existir razões de interesse publico que justifiquem em ponderação esta alteração.

APD: o 1.º e 4.º requisito fazem com que seja muito difícil proibir uma situação de
retrospetividade por violação da proteção da confiança. Porquê? A expetativa de continuidade
em direito fiscal é 0 pois os códigos estão sempre a alterar. E quanto ao interesse público basta
a necessidade de dinheiro.

Retrospetividade: Houve ou não violação do princípio da confiança? Averiguar os 4 requisitos,


com todas as ressalvas já efetuadas pela regente.

Leis Interpretativas: uma lei interpretativa para ser uma verdadeira lei interpretativa, ela tem
de caber no escopo da lei interpretada, sendo que por natureza as leis interpretativas são
sempre retroativas em sentido forte. É sempre admissível se for uma verdadeira lei
interpretativa, 13.º CC. Se pelo contrário a lei interpretativa tiver caracter inovatório, aplica-se
o que se aprendeu até agora na lei no tempo pois temos uma falsa lei interpretativa.

Normas Desonradoras: Casalta Nabais e Vieria de Andrade – como não implicam


interferência ativa na esfera dos privados, não tem de estar sujeitas à reserva de ei e podem
ter uma situação de retroatividade forte.

APD: continuam a estar submetidas à reserva de lei, mas uma vez que naos e frustra a
expetativa dos particulares é permitida a retroatividade forte das normas desoneradoras.

Qual é a querela do STA que a APD discorda, face às mais valias mobiliárias em sede de IRS?

Houveram algumas decisões contraditórias por parte dos tribunais administrativos e fiscais – e
deste modo é possível recurso a STA. É um acórdão de uniformização de jurisprudência.
Direito Fiscal Aulas Práticas
Sérgio Varela Alves

STA: para efeitos da aplicação da lei no tempo, as mais valias mobiliárias – o que temos é um
facto tributário de obrigação única. A lei só se pode aplicar para o futuro. Porquê? Analisando
o Art 10.º do CIRS, este diz que a mais valia resulta do valor de aquisição menos o valor de
realização, ou seja, o valor de compra menos o valor da venda. Pelo que onde está consagrado
o facto tributário é no Art 10.º  cada uma das mais valias deve ser considerada
individualmente, porque o sujeito passivo podia ter agido de outra forma se soubesse que a
lei poderia ter sido alterada. Procura não frustra as expetativas dos sujeitos passivos.

APD: 43.º/1 CIRS – o que é tributado não é cada mais valia tributada, mas sim o saldo positivo
que exista ao final do ano, ou seja, o facto tributário só se conluio no dia 31 de dezembro. 
Todo o corpo de fiscal concorda com a APD.

Resolução do Caso Prático 5:

a) Temos uma proposta de alteração a 1 de abril. Logo, se a lei foi aprovada no dia 1 de maio,
não tem problema face ao 12.º/1 LGT.

O IVA é um imposto plurifásico e neutro: imposto que melhor serve, até hoje, para combater
a fraude e a evasão fiscal.

b) temos uma situação de retrospetividade porque o facto ainda não se concluiu, sendo que
terá de ter havido o comportamento por parte do Estado que tenha alterado essa expetativa,
fundada em legitimas e boas razões, não há investimento da confiança e temos uma questão
de interesse público.

68.º CIRS

Deve-se suscitar uma situação de confisco, 61.º, 62.º e Acórdão da Hungria.

c) taxa única de 21%, 17% pequenas e médias empresas.

Tributação Autónoma: se a LN abrigar estes casos, 103.º/3 + Ac. 129/09.  se a LN não


abarcar estes factos tributários, 12.º/1 LGT

Despesas em que não é possível dispersar entre a esfera jurídica da empresa e dos
trabalhadores.

d) Só em casos extremos é que pode haver inconstitucionalidade por violação do princípio da


proteção da confiança. O facto tributário já se concluiu, sim ou não?

Se já se tiver concluído – retroatividade forte, inconstitucionalidade material.

Qual foi o comportamento adotado pelo Estado? Foi criado por lei este benefício fiscal –
investimento da confiança  há uma violação.

No máximo o argumento seria uma situação de crise.

Ponto 6) o problema prende-se na tributação de todas as mais valias independentemente de


ter sido tudo tributado ou não.

STA: as mais valias mobiliárias são obrigação única.

É retrospetividade para a regente e para o STA, pois é ‘independentemente’.


Direito Fiscal Aulas Práticas
Sérgio Varela Alves

Para APD, seria retrospetividade periódica. E seria igual para o STA.

Houve um comportamento por parte do Estado que gerou expetativas. Expetativas essas que
são fundadas em boas razões, pois o regime está no CIRS, e houve um investimento na
confiança quando as pessoas compraram as ações com base no sistema vigente. Quanto ao
sobpesamento, a LN retrospetiva só não é permitida se houver interesse publico que o
justifique – logo, ou esta razão é suficiente; ou que mesmo assim esta razão de interesse
publico não prevalece sobre a frustração das expetativas.

Leis interpretativas: se têm vários sentidos, eu particular posso interpretar de uma forma e o
Estado de outra – os particulares determinam que a sua legitima expetativa foi violada. Errado:
porque o que a lei interpretativa vem fazer é criar segurança jurídica ao acabar com esta
variedade de interpretações. Garante também o princípio de igualdade.

Tributação do Rendimento Real:

1º nota: o rendimento real está no 104.º/2 CRP, para as pessoas coletivas e por igualdade,
aplica-se também às pessoas singulares.

Resulta da diferença entre proveitos menos gastos e é aprovado segundo métodos diretos,
com base na cooperação do sujeito passivo.

APD: Só estamos dentro da tributação do rendimento real quando se determinam por


métodos direitos – com base na colaboração do sujeito passivo

Pessoas coletivas: todas têm de ter contabilidade organizada, e são obrigadas a declarar os
seus rendimentos.

Sujeitos Passivos: a colaboração é feita, não só por declarações avulsas em casos concretos
mas na entrega do modelo 3 ( no ano seguinte à obtenção dos rendimentos que se obtive em
IRS).

Empresas: proveitos- gastos

Sujeitos passivos: proveitos – gastos e acrescentamos deduções do CIRC.

Casalta Nabais: ainda estamos dentro da tributação do rendimento real, quando se presume o
rendimento dessa pessoa – só já não estaremos perante uma tributação do rendimento real
quando se usem critérios de um homem medio – objetivos. Ex: tabela no 89.º-A LGT.

 Todos concordam que a tributação tem de ser individualizada.

Proveitos são todos, incluindo os que provêm de atos ilícitos. Tudo o que é rendimento tem de
ser tributado.

Gastos: o grande óbice – um certo e determinado gasto é ou não dedutível.

O lucro contabilístico é igual ao lucro tributável? O lucro fáctico pressupõe que eu contabilizo
todos os proveitos e gastos. O lucro tributável, 17.º/1 CRC que concretiza o 104.º/2 CRP, é um
conceito jurídico e não fáctico – porque não é admissível a dedutibilidade de todas as despesas
por uma questão de combate ao abuso fiscal. Quer nas empresas como pessoas singulares,
temos limites á dedutibilidade.
Direito Fiscal Aulas Práticas
Sérgio Varela Alves

No caso das empresas, todos os gastos que se encontram previstos no 23.º-A CIRC. não são
dedutíveis – o artigo é taxativo. Quanto ao 23.º/2, é à priori dedutível, pois é meramente
exemplificativo. Clausula geral 23.º/1, onde é sempre aplicável.

Antes só eram indispensáveis os gastos indispensáveis para a empresa. De que se trata a


indispensabilidade? É o interesse. Quer a Doutrina como a Jurisprudência é consensual: se
forem incorridos no interesse da empresa. Aqueles que cumpram com o critério do business
purpose.  Ac. STA 779/12

Não podemos fazer um juízo de conveniência pois os juristas não fazem juízos de mérito –
temos de averiguar se temos uma relação causal.

O que é o interesse da empresa? De acordo com a Doutrina dos Atos Ultra Vires, só seriam
dedutíveis as despesas que tinham que ver com o objeto societário – está ultrapassada. Os
funcionários felizes são mais produtivos e por isso situações que visem a obtenção de lucro são
subsumíveis, Ex: pagar ginásios e cresces.  mas estes são os casos de fronteira, pois a
maioria dos casos é resolvido pelo 23.º e 23.º-A.

Quanto ao Art 23.º/2 c), em que à priori as despesas são dedutíveis – mas na prática: Ex: a
empresa A, que detém a B numa relação de domínio a 100 %, e contraí um empréstimo que
vai ser aplicado na totalidade há empresa B – STA: é pressuposto da tributação do rendimento
real uma tributação individualizada. Logo se tenho duas pessoas jurídicas distintas, com
personalidades jurídicas distintas, têm de ser tributadas individualizadas. Os gastos têm de
respeitar a uma pessoa especifica independentemente da relação de domínio.

Podia levar a situações de abuso. Enquanto se permitia a dedutibilidade deste tipo de gastos,
ocorria na prática a existência de situações em que as empresas em situações de domínio
estavam sediadas em paraísos fiscais. O direito não pode ser indiferente à realidade.

Exceção: SGPS – Sociedade Gestoras de Participações Sociais, DL 495/88, Art 5.º/1 c) e 5.º/2,
prevê-se que podem contrair empréstimos, que depois são aplicados ás sociedades filhas, pois
é da sua própria natureza, visto que gerem as participações sociais que têm sobre outras
empresas.

APD: A crítica não é a mais correta, pois poderá ser do interesse da empresa proceder a todas
as operações que impliquem obter menos lucro para ser menos tributado ou desviar para um
paraíso fiscal. É um gasto artificial, aferido casuisticamente.

 Art 23.º/1 adquiriu uma nova redação desde 2014 – mas os tribunais aplicam
igualmente, usando na mesma o critério da indispensabilidade.

◦ Determinação dos Rendimentos por Métodos Indiretos

Próxima aula: determinação dos rendimentos por métodos indiretos – porque tudo isto até
agora é quando as coisas correm bem.
Direito Fiscal Aulas Práticas
Sérgio Varela Alves

Art 13.º DL que aprovou o código do IRS – pois prevê um regime transitório Apara a tributação
das mais valias imobiliárias  não estão sujeitas a tributação de mais valias imobiliárias as que
resultem da aquisição de imoveis anterior à entrada em vigor do código.

Para que haja tributação do rendimento real, tem de haver, do outro reverso da medalha, uma
cooperação pro parte do sujeito passivo:

◦ Pessoas Singulares: IRS;

◦ Empresas: modelo 21, anual; mas nas empresas têm de ter contabilidade organizada.

Só é possível tributar o rendimento real se o sujeito passivo cooperar com a autoridade


tributária.

Determinação de rendimentos por vias de métodos indiretos: de aplicação subsidiária. – Non


Liquet, não é clara a situação do sujeito passivo, 81.º, 82.º, 83.º LGT

Art 87.º: 3 razões de ser para a aplicação de métodos indiretos:

◦ n.º1 a) - por opção do sujeito passivo: porque a CRP obriga que haja uma tributação pelo
rendimento real, se fosse obrigatório o regime simplificado, era contrario à CRP;

Vai haver presunções de despesa. 28.º CRS, e 86.º CRC

◦ Havendo uma violação de deveres formais ou de cooperação: 87.º, b) e) c)

◦ Manifestação futura: d) f) – discrepância entre os valores declarados pelo sujeito passivo e as


suas manifestações de fortuna.

A determinação por métodos indiretos não tem caracter sancionatório: tão só ainda estou a
tentar determinar o rendimento daquela pessoa, singular ou coletiva. Pelo que, o que será
feito, é uma comparação com o homem médio – um outro sujeito passivo que não incumpriu
com declarações formais, e não tenha manifestações de fortuna.

Se não se falar do homem médio temos uma situação de confisco.

Art 73.º LGT: tudo o que estamos a falar são presunções, e em Direito Fiscal são sempre iures
tanto – ou seja, são todas ilidíveis, passiveis de prova em contrário.  O tribunal já decidiu
que estas presunções não são inconstitucionais.

Art 87.º/1c), aplica-se? Deve ignorar-se esta aliena, pois menciona critérios técnicos objetivos.
Estes critérios nunca viram a luz do dia e por isso devem ignorar-se.  Deve ignorar-se
também Art 89.º que era para conjugar com este artigo.

A aliena a), conjuga-se com o 28.º CRS e com o 86.º CRC.

A alínea b) deve conjugar-se com o 88.º.

A alínea d) deve ser conjugado com o 89-º-A LGT.

Alínea e) é de aplicação independente, mas na prática 90.º.

Aliena f), números 5 e 11 do 89.º-A.


Direito Fiscal Aulas Práticas
Sérgio Varela Alves

O Art 90.º também é de aplicação independente, mas em comparação com todos os outros
modos de comparação de rendimentos, é o que é menos seguro, pois a autoridade tributária
tem de fundamentar, tendo de provar tudo o que está escrito neste artigo, do que aquilo que
está no 89.-A.

Art 74.º/3- princípio da prova; 88.º e 91.º- princípio do inquisitório.

Como se aplica a tabela do 89.º-A? O que é o rendimento padrão?

As pessoas que adquirem imoveis de valor igual ou superior a 250 mil euros, têm como
rendimento padrão 50 mil ou mais por ano.

Se eu auferir, 100 mil euros por ano e comprar um imóvel de 50 mil não é manifestação de
fortuna – só se eu auferir 50 mil euros por ano e comprar um imóvel de 250 mil euros.

Rendimento padrão:

◦ n.º1: 50 mil;

◦ n.º2: 25 mil, automovíeis ligeiros de passageiros e 5 mil nos motociclos;

◦ n.º3: nos barcos de recreio é 100% 25 mil;

◦ n.º4: Aeronaves de turismo é sempre manifestação de fortuna., 100%;

◦ n.º5: 25 mil;

◦ n.º6: 63.º-D, que por sua vez é para conjugar com a Portaria 150/2004.

Art 63.º-D: paraísos fiscais – e no n.º1: vai ser aprovada uma portaria de onde constam as
listagens de paraísos fiscais – 150/2004  quando temos um nome paradisíaco no caso
prático, temos de ver se está na portaria, há uma exceção há regra, pois estamos a falar de
rendimentos obtidos de um paraíso fiscal.

Ou seja, no n.º6, qualquer transferência para um paraíso fiscal vai ser contabilizado como
rendimento – basta estar envolvido o paraíso fiscal.

n.º2: pode ser considerado um paraíso fiscal quem não conste nesta tabela se acontecer o que
está neste número. Se a taxa de IRC for inferior a 2,6%, aquela região, mesmo que não conste
da portaria, é considerada paraíso fiscal.

n.º6: não se incluem os estados da UE.

Ex: herança da tia rica que morreu, está aqui, eu quero

Quando formos para o CRC, temos de ver como é que isto se executa.

Resolver caso prático


Direito Fiscal Aulas Práticas
Sérgio Varela Alves

Como vamos mexer com o código do crs, irc – e depois disso, resolvemos todos os casos
práticos menos o 10

Resolução do Caso Prático Difícil:

 Resolução vai ser enviada para o email.

IEC’S : imposto especial sobre o consumo

É parafiscal e estadual nos termos do 3.º/1 LGT e à priori teremos um imposto, Art 4.º/1 LGT

Com base no critério finalístico pelo TC, não é imposto, e logo não está sujeito a reserva de lei.

Casalta Nabais: isto é um imposto com base no regime de impostos – bilateral regime das
taxas, unilateral, regime dos impostos.

APD: contribuição financeira unilaterais devido à consignação de receitas.

Por último, se o tributo é ad valorem, nunca poderia ser uma taxa. E visto que não há uma
contraprestação de grupo, não há um sinalagma difuso e por isso não é uma contribuição
financeira.

Ou é expressamente DL autorizado ou se for simples temos uma inconstitucionalidade


orgânica.

Portaria: determinação de critérios meramente técnicos – como determinar a percentagem de


açúcar.

Os benefícios fiscais estão sujeitos a reserva de lei, por violação do Art 103.º/2 2º parte.

Necessidade: há ma alternativa mais viável? Ou há uma mesmo muito viável ou então não nos
metemos nisto devido à separação de poderes.

Benedita: inversão do ónus da prova

Têm em conflito o dever fundamental de pagar impostos – tese de Doutoramento de Casalta


Nabais

Questão do Banco: Se eles praticaram um crime não foi porque o Banco foi à falência que este
se apaga.

Segunda causa justificativa: causas naturais – ex: incêndios.

Último Parágrafo: certo.

Última: falsa lei interpretativa

Como funciona o CIRS:

Determinação da Incidência Pessoa: 13.º/1+15.º (atores do caso prático)

Elementos de conexão: residência e fonte.

Eu sou residente? 16.º/1 – regra geral – mais de 183 dias: resulta do Art 4.º do comentário
deste artigo do CMOCDE.
Direito Fiscal Aulas Práticas
Sérgio Varela Alves

Se aparecer só uma pessoa tudo certo, passamos para a incidência real.

Mas, com base no 13.º/2, a regra em Portugal é de que a tributação é separada – ou seja, tem
que ver com a logica de uma tributação individual, de que cada pessoa deve ser tributada
pelos rendimentos que ela obtenha e numa logica de rendimento real, deve deduzir os gastos
que também tenha.

Exceções: é necessário ponderar o 13.º/4 e 5

◦ n.º4: o que é um agregado familiar para efeitos de direito fiscal – conceito mais restrito do
que o de direito da família, porque na alínea a), determina os cônjuges e os seus dependentes
 que se encontram no n.º5, os descendentes.

13.º/5 b): previsto devido a “nós” - só se pode ser dependente até aos 25 anos de idade. 
evita abusos.

Esta dependência é um desvio à tributação individualizada porque os nossos pais têm muitas
despesas connosco que não seria justo não poder deduzi-las.

Se eu souber tudo sito, vou ver a incidência real – Art 1.º:

◦ Categoria A: relações jurídico-laborais (contrato de trabalho);

◦ Categoria B: exercício de profissões laborais e os recibos verdes;

◦ Categoria E: frutos civis (juros);

◦ Categoria F: arrendamento de Imóveis;

◦ Categoria G: residual, com um conjunto de rendimentos anda semelhantes entre si


(tributação das mais valias e a imputação de rendimentos determinados por métodos
indiretos).

◦ Categoria H: pensões/reformas.

1.º passo: determinação do rendimento líquido pela categoria – 1.º qual é o rendimento? Ex:
professor: 1.º + 2.º/1 a), mas tenho direito às deduções especificas do 25.º e ss – aos proveitos
que eu tenho, posso deduzir os gastos que eu tenho para usufruir esses proveitos, 2.º- 25.º
(Artigo 1.º).

Rendimento Líquido por Categoria: Art 28.º/1 + 31.º, e com base neste ultimo, n.º1 b)
(profissões liberais – 151.º), se eu optar pelo regime simplificado, terei um coeficiente de
0,75% - se eu auferir 1000 euros, vou ter de rendimento liquido, 750 euros – tem de ser por
opção do titular.

Contabilidade organizada: 28.º/1 b) – será para conjugar com o 32.º  a sua matéria
coletável da categoria B é com base no IRC (gasto dedutível ou não).

As deduções especificas têm que ver com o rendimento específico.


Direito Fiscal Aulas Práticas
Sérgio Varela Alves

Eu vou ter os rendimentos líquidos de todas as categorias: somar tudo  Englobamento,


22.º/1, obtendo o rendimento coletável.

Vou para a tabela do 68.º - 2 hipóteses: é para conjugar com o 69.º e temos um novo desvio 
n.º1 deste 69.º - temos tributação conjunta. Sendo assim feito, tenho de multiplicar a matéria
coletável por 2.

Agora tenho a coleta: tenho de fazer as deduções, 78.º e ss. 78.º/2: deduzo as retenções na
fonte, e é aqui, que eu percebo que é uma retenção na fonte por conta de um imposto devido
ao final. 3 coisas:

- Tenho mais tributo para pagar;

- Se estou quite;

- Se recebo reembolso.

Rendimentos não previsto a englobamento: 71.º e 72.º - 71.º sujeitos a taxas liberatórias
(juros do depósito bancário).

71.º vs 72.º: o último tem taxas especiais, que tão só serão aplicadas ao final, quando for
aplicada a tabela do 68.º, que por operação do legislador, decidiu-se tributar a alíquotas
diferentes os rendimentos do 72.º.

Resolução do Caso Prático 6:

A coleta mínima é o rendimento fonte do antigamente, Ex: barbearia funcionada por número
de cadeiras. É impossível determinar o rendimento créscimo sem colaboração do sujeito
passivo.

Rendimento real, 104.º/2, não sendo admissível uma coleta mínima do ordenamento
português porque teríamos uma inconstitucionalidade material de acordo com esse artigo.

Existo logo pago impostos – não é admissível no ordenamento português

Pagamento especial por conta: 106.º CIRC, e quando este apareceu, dizia-se que o Estado
estava a criar coleta mínima – toda e qualquer pessoa coletiva tem de entregar um mínimo de
850 euros por ano, 106.º/1 a)  surge com o DL 44/98 que diz que tem como intento o
combate a prática evasivas de rendimentos.

O tecido material português tem que ver com pequenas e médias empresas familiares, sendo
que não costumam ter lucro, satisfazendo-se com o salário da empresa – ou deixa de dar
fatura ou diminui os gastos  sem lucro não se paga IRC.

O Estado sabendo desta realidade, ou oficializava as pequenas medias empresas ou criavam o


pagamento especial por conta – permite ao estado que toda e qualquer empresa tem de pagar
um x.
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Sérgio Varela Alves

Não é uma coleta mínima devido ao 23.º/ 2 e) CRC: são dedutíveis gastos ficais – para
determinação do lucro podemos deduzir quaisquer impostos, mas temos que precisar – há
uma antecipação.

Nota: é óbvio que não posso deduzir ao IRS o próprio e dai o 87.º-A (derrame estadual) –
sobretaxa para empresas com lucro tributável com base em certos valores.

Exceção: 106.º/11 – se tivermos a situação tributaria regularizada nos últimos 2 anos, são
dispensados do pagamento especial por conta.

Benefícios Fiscais: se já se constituiu e extinguiu – retroatividade forte; se ainda não –


retrospetividade, 4 critérios do 128/08 do TC – violação da proteção do princípio da proteção
da confiança e Estado de Direito.

Pode eliminar assim desta forma os benefícios fiscais? Posso eu, para o futuro, eliminar sem
mais, os benefícios ficais?

Os benefícios fiscais têm caracter excecional. 2.º/1 EBF

Os benefícios fiscais servem para incentivar certas condutas – uma vez atingido o objetivo, é
para terminar com o benefício fiscal. A sua revogação para o furto não é problemática e a
legitima expetativa é que têm caracter temporário, e esse benéfico fiscal vai deixar de existir.

Certas e determinadas empresas só sobrevivem como fruto de alguns benéficos fiscais. E


acabam por se prolongam no tempo - incorreto. Existem é consequências práticas e
juridicamente é admissível.

Há alguma legitima expetativa? Os sujeitos podem dizer que têm direito a benefícios fiscais?
Não, não eles não são ad eternum e devem ser eliminados assim que o objetivo for cumprido.

Temos no 3.º parágrafo um método indireto de tributação. Temos uma manifestação da


capacidade contributiva da pessoa que não é congruente com o que apresenta. Não pode
haver violação do princípio da tributação real, não temos violação de deveres declarativos e
por isso temos a única situação, sinais exteriores de riqueza, ou seja, situações em que o
rendimento declarado não bate certo com o estilo de vida da pessoa em concreto.  73.º LGT;
são sempre ilidíveis.

Os métodos indiretos, não têm caracter sancionatório, porque o que se quer fazer
verdadeiramente é tributar os direitos daquela pessoa – mas para isso não podem ser
maximalistas, têm que ver com o critério médio (o bom pai de família) – em média, quais os
rendimentos que aquela pessoa tem?

Ac. 84/2003 do TC: estes métodos indiretos não são inconstitucionais, porque se
fundamentam em critérios médios, e ou em manifestações de riqueza ou violação dos deveres
de cooperação do sujeito passivo.

Viagens: é um sinal exterior de riqueza? Depende do tipo de viagem, assim é indeterminável.


Supondo que é o passe de metro, por 40 euros. Tem um rendimento inferior de 400 euros, fica
aquém, mas não pode é ir além ou temos confisco, porque a determinação tem que ver com o
Direito Fiscal Aulas Práticas
Sérgio Varela Alves

homem médio. O salário mínimo é 600 euros, tenho e auferir menos de 400 para ser um sinal
de riqueza. Se for uma viagem ao Brasil por mil euros – aí já tem que ganhar mais que o salário
mínimo – não temos prova em contrário que foi em trabalho, sendo do seu bolso e a lazer.

Esta parte não tem resolução certa – estamos dentro do rendimento padrão ou estamos numa
conceção maximalista?

Cartões de Crédito: 100 euros, sendo que podemos ter confisco porque não é homem médio.

Telemóvel: 20 euros, não há muitas pessoas afetadas.

Discotecas: 50 euros, tenho um rendimento de 500?

Último Parágrafo: Tributa-se ou não rendimentos decorrentes de práticas ilícitas no


ordenamento jurídico português? Sim.

Fruto do 10.º LGT, como o próprio 1.º IRS e 1.º IRC dizem que se tributa tudo, inclusivamente o
que seja proveniente de práticas ilícitas.

Na dúvida tributa-se todo e qualquer rendimento.

Estamos a tributar um rendimento a uma alíquota de 50% - ou seja, confisco – 61.º e 62.º CRP.

Será que neste caso, há uma situação de confisco? As despesas ilícitas serão não
documentadas, à priori.

Despesas Não Documentadas: em sede de IRS, 73.º/1 e a alíquota é de 50%; CRC, a alíquota é
de 50%. Art 88.º, determina que uma empresa que tenha despesas não documentadas – as
despesas documentadas de uma pessoa que tenha prejuízo são tributadas a 60%.

A diferença entre as despesas não documentadas e confidenciais: entre 1990 e 2008,


autonomizava-se no ordenamento jurídico português as despesas não documentadas das
confidenciais – como provar que é não confidencias? Entregando um documento, o que
implicava a existência de um documento – logo uma absorveu a outra, e agora é tudo não
documentado.

Qual é o racional que está por trás de uma empresa ter despesas não documentadas?

◦ Espionagem industrial das grandes empresas, para as restantes não verem onde se gasta o
dinheiro;

◦ Esquecer do documento;

◦ Práticas ilícitas.

São dedutíveis? 23.º-A/1b) – não só não se deduz a despesa, como a mesma será tributada a
50%.

Diferença entre uma despesa não documentada e outra indevidamente documentada?


Alínea b) e c)  a aliena c) remete para o 23.º/4, requisitos de uma fatura para que se tenha a
despesa por documentada. Ou seja, se uma despesa for não documentada, não é dedutível e é
sujeita a tributação autónoma. Indevidamente documentada, há um documento, mas esse
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Sérgio Varela Alves

não cumpre com os requisitos do 23.º/4 e por isso só não é não dedutível e não é sujeita a
tributação autónoma.

Esta questão só se coloca em 2 casos:

◦ Todas as pessoas coletivas têm de ter contabilidade organizada – todas as suas despesas
devem ser justificadas por documento, salvo regime simplificado.

◦ As pessoas singulares, tal só se aplica às que têm contabilidade organizada – rendimentos da


categoria B, ou optaram por este regime ou mais de 200 000 euros por ano.

Sempre que tenhamos contabilidade organizada, temos uma conta no banco – e tem exfluxos
ou influxos financeiros – dinheiro que entra e sai; se uma saída, exfluxo, que não tem suporte
documental é não documentada.

Serão dedutíveis somente asa despesas ilícitas, ou se a finalidade de uma despesa ilícita for
ilícita? Alínea d) – não será dedutível.

Ex: Jantar no Gambrinos, a despesa em si não é ilícita, mas a finalidade em si é ilícita, porque
tenciona “comprar-me”.

Natureza Jurídica da Tributação Autónoma:

1.ª a tributação autónoma é um modo de representação: se no ordenamento jurídico


português tributo todos os rendimentos mesmo que ilícitos, do outro lado da despesa não
documentada, pode estar esse rendimento ilícito – tributo na esfera jurídica de quem o paga
porque não consigo fazer na de quem o paga;

2.º a tributação autónoma tem uma finalidade anti-abuso: em todos os documentos da OCDE
e inclusive o TJUE já se pronunciou sobre as clausulas anti-abuso – gerais ou especificas – e é
unanime, que as clausulas anti-abuso podem ser ilidíveis;

3.º a tributação autónoma tem uma natureza sancionatória: princípio do non bis in idem;

4.º a tributação autónoma é um imposto autónoma: cedular, de taxas proporcionais ou


progressivas que incide sobre despesas avulsas, à semelhança do que acontece com os IE’s. –
SVA concorda.

Resolução do Caso 7:

Começar sempre o caso: são sujeitos passivos de IRS, as pessoas singulares que ou residem em
território português ou aqui obtêm rendimentos. Se for a primeira, rendimento global, 15.º/1,
se dor a outra, 15.º/2, rendimento de fonte.

Residência 16.º/1 a).

Agregado familiar: regra da tributação separada, 13.º/2, sendo que o agregado familiar é
constituído pelos cônjuges e respetivos descendentes 13.º/4 a). Se forem cônjuges, mas o caso
não o determina. Ex cônjuges, alínea b) – pode continuar a fazer parte do agregado familiar,
relativamente aos dependentes a cargo.
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Sérgio Varela Alves

Pai do António, à contrario n.º4, os assentes não fazem parte.

Não sabemos se António e Maria são ou não cônjuges, mas sabemos que são dependentes,
salvo se os 3 filhos tiverem mais de 25 anos ou já não forem dependentes.

Incidência Real: António: 1.º + 2.º/1 a), contrato de trabalho devido a salário, mais 22.º/1, mas
poderá ter tributação conjunta, aplicando-se a taxa da tabela do 68.º - caso fosse residente.

Mas e se ele não for? Taxa liberatória de 25%.

Maria: 1.º, categoria B porque era profissão liberal. 28.º - se se aplicar o regime simplificado,
temos de aplicar em conjugação com o 31.º/ b) – escolher o CAE (código da atividade
económica) – artigo 151.º: todas as profissões liberais.

Se pelo contrário, ela tiver contabilidade organizada, 28.º/1 b) + 38.º(?) para o CIRC – depois
de no código do IRC ter a categoria do rendimento líquido dela, voltamos ao IRS, porque ela
não passa a ser uma pessoa coletiva – sujeito a englobamento 22.º, 69.º/1 e 68.º que caiba no
caso.

Sendo não residente 61.º/4 a) taxa liberatória 25%.

Retenção da Fonte Categoria A – António: 99.º-F/1; Categoria B: 101.º/1-B

 No 101.º-B: podemos optar por dispensar a retenção na fonte.

Depósito a Prazo:

71.º/1-A e 71.º/1 d): depende da sede da entidade que paga os juros, Portugal ou não.

71.º/8 ou 72.º/12: se for residente em Portugal pode optar pelo englobamento – opcional
quando, com base na tabela do 68.º.

Art 3.º/1 d): uma vez que se refere no enunciado que houve contacto com várias despesas.

Se optarmos por conta na unidade (?) categoria B, remetendo para o CIRC – ou são dedutíveis
ou não, salvo se auferir mais de 200 000 euros, sendo sujeito a contabilidade organizada.

Advogados, 60.º/10

Não residente, 25%, alíquota

Quantos aos juros e dividendos, temos rendimentos de capitais.

Quanto aos juros, 5.º/2b) onde não há deduções especificas, 40.º e ss, sendo aplicada a taxa
liberatória de 28% ou 20%. Só fazemos uma retenção.

Sedes em Portugal ou residência em Portugal. – se aplico o código de irs não posso aplicar
fora de Portugal.

71.º/8 e 72.º/12: fazem com que os artigos 71.º e 72.º não sejam inconstitucionais, devido ao
54.º/1.

Quando é que compensa fazer englobamento? 68.º.  A taxa média só atinge os 28.º para
quem aufira um valor de 25 000 euros ano.
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Sérgio Varela Alves

Tudo igual face aos englobamentos.

Se o rendimento se situasse num paraíso fiscal, como seria o caso resolvido?

71.º/16.º b) ex vi 71.º/1 a) – mais artigos que permitem saber quando temos um paraíso fiscal
da LGT, alíquota de 35%  Portaria 150/2004 – por 103.º-D LGT

Conclusões: os regimes para residentes e não residentes diferem.

Resolução do Caso da Mais Valia:

Mais valia como rendimento da categoria B, 9.º e 10.º

Taxa do 72.º/1 c) – taxa especial. Podendo o sujeito passivo residente optar pelo seu
rendimento 72.º/2

Artigo 72.º/16 b)

Se ficar com retenção na fonte 72.º à contrário 101.º (ou 71.º)

No artigo 72.º não há retenção na fonte.

No caso das mais valias imobiliárias: artigo 43.º/2 LGT.

Redução à coleta: 78.º c), e quanto aos encargos pelo pai – não está no agregado familiar, mas
78.º-A n.º1 c)  É mais um desvio à tributação individualizada.

 71.º, 72.º e 73.º e artigos das categorias: é necessário ler.

Despesas de Representação e Ajudas de Custo:

Resolução da Questão Prévia do email:

Ajudas de Custo:

Diz-nos o 88.º/9 que a alíquota é de 5%. Tal é dedutível? 105 (porque os 5 nunca são
dedutíveis).

Quanto eu vou pagar de tributação autónoma nunca é dedutível.

Quando dizem que não são dedutíveis, o que não é dedutível na realidade são os 5%, sendo
que os 100 são dedutíveis consoante o 23.º/1 (clausula geral).

23.º-A h): quanto às ajudas de custo, só são dedutíveis as que são justificadas.
Nomeadamente, porque, o meu trabalhador vai ter uma agenda do automóvel onde
contabiliza as suas deslocações, porque só serão dedutíveis as que tenham que ver com
deslocações a cliente sou n interesse da empresa – prova fazendo prova dos critérios do 23.º
h).
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Sérgio Varela Alves

Despesas de Representação:

28.º/7, alíquota de 10%. A despesa final vai ser de 110.

23.º/1 a despesa foi ou não feita em representação da empresa (a clausula geral é sempre
aplicável) Afeta as tributações das ajudas de custo e da tributação.

Resolução do Caso Prático 8:

Os titulares de órgãos são categoria A.

Temos remunerações fixas e variadas: direito do trabalho – nunca posso diminuir as fixas, mas
sempre as variadas. O salário base nunca pode ser alterado.

Porém salario é uma coisa e prestações acessórias são outra, todas as que se encontram no
artigo: n.º1: contrato de trabalho; n.º3: todas as remunerações acessórias, que em situação de
crise podem ser cortadas ao trabalhador (subsidio de alimentação, por exemplo).

Se houver acordo escrito: se o automóvel vai ser tributado na esfera jurídica da pessoa
singular ou excluir da esfera da pessoa coletiva. A existência ou inexistência deste acordo, é
que vai determinar a tributação do rendimento.

Consideração com este tipo de rendimentos, os pagamentos em espécie, 24.º. As


remunerações não têm de ser todas pagas em pecúnia.

Automóvel: categoria A.

Subsidio de Almoço: 2.º/3 b) n.º2 - O limite máximo é de 4 euros e 77 cêntimos. E caso haja
cartão de refeição o limite é de 7, 73.

As diferenças entre os 7 e os 4,77 vai ser deduzido na categoria A.

Não pago imposto até ao 7,73, só pago depois de exceder.  ou seja, até este valor é do
patrão, se houver excedente é meu.

Entidade patronal paga o alojamento- subsídio de alojamento.

2.º/3/b)/6: deslocações ao Dubai – é o lazer; se for em prol da empresa já não é rendimento da


categoria A. Se for outro tipo d viagens pode ser ajudas de custo ou despesas de
representação.

Há uma pessoa singular que recebe e uma pessoa coletiva que paga: 2 partes.

◦ Pessoa Coletiva: cábula do IRC.

1.º temos o Artigo 1.º - todos os rendimentos são tributados CIRC.

2.º ao contrário do IRS, não temos categorias, todos os rendimentos. Tudo o que acresce na
esfera jurídica da pessoa coletiva é rendimento. Tudo tributado da mesma maneira – de
acordo com a tributação do lucro real no 17.º/1 do CIRC que é uma concretização do 104.º/2
CRP.

23.º/2: em princípio dedutíveis; 23.º-A: taxativas, quais não são.


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3.º Quem são os sujeitos passivos: Art 2.º - incidência subjetiva.

2.º/1 a): sociedades comerciais que tenham sede e direção efetiva em território português.

4.º como são dedutíveis os lucros, 17.º/1.

Duas normas muito importantes do CIRC:

5.º O que é um estabelecimento estável, Art 5.º? Qual é a diferença entre uma filial e
sucursal?

Quando vimos que 71.º/1 a) do IRS, dizia retenção na fonte a título definitivo se tiver sede ou
estabelecimento estável – por via do 5.º do CIRC, atribuímos personalidade tributaria a
entidades que não têm personalidade jurídica (filial e não sucursal). O que ocorre é que tendo
sede na Alemanha e em Portugal só sucursais, o artigo 5.º (e o Art 2.º vendo que são sujeitos
passivos de IRC), os estabelecimentos são tributados como pessoas coletivas.

6.º Art 6.º que fala de transparência fiscal: sociedades de pessoas (ex: escritório de
advogados).

O objetivo é que as sociedades de pessoas, que em regra exercem profissões liberais, pessoas
com autonomia técnica e científica. A matéria coletável dessas sociedades de pessoas é
determinada nos termos do CIRC, mas o rendimento é imputado na esfera dos sócios como
rendimento da categoria B, de acordo com a sua quota.

Resolução da Parte da Empresa no Caso Prático:

Todos os seus rendimentos são tributáveis, 1.º.

Sociedade comercial 2.º/1 a) – sujeito passivo de IRC.

Uma vez que se tributa todos os rendimentos, o óbice da questão é saber quais são as
despesas dedutíveis. Tem que se ver tudo o que se veio para o sujeito passivo pessoa singular.

Automóvel: se tiver havido aquele acordo escrito do 2.º/3 b) n.º 9 seria dedutível para a
empresa, porque afalamos de remunerações, pelo 23.º/2 d) CIRC. Mas não havia acordo
escrito.

Há alíquota especial ou aplico o 87.º? Se houver tributação autónoma é o 88.º.

Usava para uso pessoal o carro.

Resolução do Caso 8:

Quando vimos o automóvel na esfera jurídica do Joaquim, este é da categoria A. Se não houver
acordo escrito, em vez de ficar na sua esfera fica na da pessoa coletiva, 88.º CRC.

23.º/2 d): será uma remuneração, sendo que estas são dedutíveis.

Se calhar no 23.º-A, nunca é dedutível.


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Sérgio Varela Alves

A despesa foi para uso pessoal, sendo que se for para isso, foi no interesse do administrador e
não do da empresa.

 Não era para suscitar, mas: Nos casos das ajudas de custo, tenho de determinar que
estou a ter uma despesa com as deslocações dos meus trabalhadores, sendo só
dedutível se cumprir com o 3.º/4.

Subsídio de Alimentação e Residência: se não diz que é para uso pessoal, 23.º/2 d) 
remuneração

Temos um caso de substituição e responsabilidade tributária.

Ónus da Prova

Aula Extra de Dúvidas:

◦ IRC:

Art 2.º: temos ou não um sujeito passivo de IRC

1.º+3.º: o que vou tributar- todos os rendimentos e lucro tributável – sendo este último o
17.º/1, variações patrimoniais ativas, consagração do rendimento real 104.º/2 CRP

É ou não dedutível aquele gasto, 23.º/2 à priori dedutível, 23.º/1, clausula geral, 23.º-A e 28.º
em caso de tributação autónomo

Aplico a alíquota do 57.º - 21%

Exceto de regime de transparência fiscal 6.º

◦ APD: Categoria E da taxa de juro em sede de IRS

◦ trabalhador de oficina por conta própria, 3.º/1 b) – profissionais liberais; a) atividades


empresariais 151.º: conjugar com o 28.º, contabilidade organizada ou não + 31.º (com regime
simplificado) que remete para o CRC.

Presunção de despesa do 31.º: aliena c) do 35.º

◦ Agregado familiar basta cônjuges, sendo que não é necessário descendentes

◦ 78.º-A a) CRS, se tivermos 2 cônjuges que optam pela tributação separada – é 600 por
dependente, se houver tributação separada é como se fossem divorciados  não demos isso

◦ SÓ VAI SAIR ALIENA B) PROFISSÃO LIBERAL


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Sérgio Varela Alves

◦ PARECE QUE VAI SAIR SEGUROS 2.º/11 Pode atribuir coisas ao agregado familiar

Entidade patronal tem despesa com seguro de saúde, sendo que este não é para o empregado,
mas para toda a família- continua a ser da categoria A mesmo que seja para toda a família

2.º-A/1 alínea e) – desde que tenha caracter geral, sendo que se não tiver é um rendimento da
categoria A – se eu atribuir a todos os funcionários, caracter geral, não é da categoria A e é
excluído de tributação.

2.º/3alíena b) n.º3 subalínea 3 – seguros no ramo de vida são de categoria A – salvo se tenha
caracter geral

◦ Nos termos do Art 3.º/2 temos em conta o poder de atração da categoria B – todos os que aí
estão – se tiver em causa uma atividade profissional, mas pelo contrario eu fizer do
arrendamento de imoveis profissão, temos poder de atração da categoria B – Mas só se fizer
do comercio profissão.

◦ os rendimentos prediais são todos categoria F exceto se eu quiser que sejam tributados pela
categoria B , sendo que para isso tenho de ter estabelecimento aberto - sujeito passivo é que
tem de ver na sua ideia se vale a pena ou não

Ex: 72.º alíquota de 22 % da categoria F, mas não tenho lugar pelas mesmas deduções da
categoria B – mas tem de abrir atividade da categoria B

◦ TER EM CONSIDERAÇÃO: RENDIMENTOS DA CATEGORIA A DE TITULARES DE ÓRGÃOS


SOCIAIS, RENDIMENTOS DA CATEGORIA B, NOMEADAMENTE DE PROFISSONAIS LIBERAIS,
RENDIMENTOS DA CATEGORIA E, NOMEADAMENTE JUROS DE DEPOSITOS

TER EM CONSIDERAÇÃO A NÃO RETENÇÃO DE QUALQUER COISA, E COM PARAÍSOS FISCAIS


PARA A PESSOA SINGULAR

QUANTO À PESSOA COLETIVA- REDUTIBILIDADE DE UM GASTOS– DEDUTIVEL OU NÃO? – HÁ


OU NÃO A APLICAÇÃO DE UMA DAS ALINEAS DO 87.º FRUTO DE ALGO QUE AÍ PODE ESTAR –
DETERMINAÇÃO DE RENDIMENTOS DA PESSOA COLETIVA POR METODOS INDIRETOS  12
VALORES  QUID IURIS

8 VALORES  DE BORLA, DIZ ELE – APROVA-SE UMA SERIE DE COISAS POR PORTARIA, PODE
SER NÃO PODE, TALVEZ? – HÁ MISTURA COM APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO E CRIAÇÃO DE
UM BENEFÍCIO FISCAL.

ATENÇÃO: REGIME DO RESIDENTE NÃO HABITUAL Art 16.º/8- residência – SE NOS 5 ANOS
ANTERIORES EU NÃO RESIDIR EM PORTUGAL, E AGORA RESIDO, POSSO ESTAR INSERIDO NO
REGIME DOS RESIDENTES NÃO HABITUAIS 72.º/10 – OS RESIDENTES NÃO HABITUAIS VÃO TER
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Sérgio Varela Alves

UMA ALIQUOTA ESPECIAL, NOMEADAMENTE VÃO SER TRIBUTADOS 72.º/10 – HÁ TAXA DE


20%

TERÁ DE EXERCER UMA DAS ATIVIDADES DO PRECEITO DE ELEVADO VALOR ACRESCENTADO –


EVAs – PORTARIAS 12/10 – NÃO É QUALQUER PESSOA, SOMENTE ESTAS – A RAZÃO DE SER DA
CRIAÇÃO DESTE REGIME, É PARA ATRAIR OS QUADROS ALTAMENTE QUALIFICADOS PARA
PORTUGAL DANDO-LHES TRIBUTAÇÃO MAIS FAVORAVEL.

◦ Despesa documentada 23.º/3 e 4 – e não haja problema, tem de ter estes elementos. A
despesa não documentada, não só está sujeita a tributação autónoma, como no caso das
pessoas coletivas, não é sequer dedutível – 23.º-A n.º1 b). A indevidamente documentada, é a
que está documentada mas não cumpre com os números 3 e 4 do 23.º.  23.º-A n.º1 c)

CLAUSULA GERAL ANTIABUSO NÃO SAI

◦ Indispensabilidade: o gasto tem de ser incorrido no interesse da empresa – atividade


dedutiva ou não dedutiva.

◦ Portaria 150/2004 – remissão de um artigo da LGT – paraísos fiscais

◦ Art 6.º CIRC – tudo é um regime de transparência fiscal, ou seja, se estivermos perante uma
das pessoas coletivas aí previstas, em vez de aplicar a alíquota de 21% (87.º), este artigo 6.º/1
b) (por exemplo, pessoas coletivas especiais – escritório de advogados, etc.) – nestes casos
faço todo o processo mas este artigo determina que o determinado, o lucro de 100 000,
independentemente da quota de cada sócio e vou imputar na sua esfera de pessoa singular a
parcela que ele teve do lucro e pronto, acabou que ele não disse como a imputação era
efetuada.

◦ 1.º incidência pessoa

2.º incidência real

Art 5.º/2 b) – são rendimentos da categoria E, os juros decorrentes quer da ordem como a
prazo – tributado como: 1º : 71.º/1 aliena a) retenção na fonte a titulo definitivo se a entidade
empregadora residir em PT

72.º/1 d): aplica-se quando eu estiver a receber juros de Crédite Agricole – que é na França

1º - a primeira hipótese é residente

2.º não é residente

Eventualidade dos juros advirem de um paraíso fiscal;

71.º/16 a) se eu fizer a retenção na conta a titulo definitivo ou 72.º/16 a)


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Se houver retenção a título definitivo, 71.º/16 – ou se não, 72.º/16- e a primeira só ocorre se a


entidade empregadora residir em Portugal com soberania de estado português pois a
soberania apenas vigora em território português.

Nunca se esquecer do ESTABELECIMENTO ESTÁVEL – SUCURSAIS 5.º CIRC NÃO TÊM


PERSONALIADE JURIDICA, MAS TÊM PERSONALIDADE TRIBUTÁRIA

A taxa liberatória aplica-se automaticamente, a especial é só quando for o rendimento.

◦ Despesas de representação: comes e bebes

Um jantar de natal 23.º/1 – não representa a empresa, pois resulta do 28.º/7 – para haver
despesa de representação, faço um jantar de natal com empregadores, clientes, fornecedores,
etc. – se for só com os trabalhadores não representa nada – dedutível ou não? Depende da
situação financeira da empresa e do quantum daquela jantarada.

NOTA: SOU ALUNO DE MÉRITO E RECEBO UMA BOLSA, ISTO É TRIBUTÁVEL? 12.º/2 CIRS DIZ
QUE NÃO, E EM QUE CONDIÇOES NÃO O É.

◦ Ajudas de custo são rendimentos da categoria A da pessoa singular? Art 2.º, depende dos
limites legais.

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