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Caso nº1
A é comerciante?
C é comerciante?
B é comerciante?
CASO 2
1ª questão, art. 2º Ccom= Obs leis avulsas.
Onde vamos procurar? Especialidade= regimes que fornecem ou não fornecem atos especiais/
podemos encontrar, para além dos atos prescritos no código comercial, omo regimes novos
de contratos que se assumem como comerciais, e leis avulsas que em parte regulam atos
materialmente comerciais.
O que são atos= contatos, negócios unilaterais e negócios jurídicos em sentido stricto sensu
ou ate factos jurídicos (ex: desastres naturais)
No concreto
1ª relação especial por um contrato de compra e venda (comprar a coisa= carrinha)
Ato de comercio em sentido objetivo
Compra de coisas para revender
+ no ponto de vista de quem revendeu = compra para utilizar
Ato de comercio em sentido subjetivo
Art. 2º/2ª parte- 13º/1 + 7º = profissão = actos de comercio 463º
CASO 2
1ª pergunta- se a compra da carrinha é um ato comercial? Objetivamente - 463º e 464º/2 e 3 +
230º CCom.
2ª pergunta- Se David e Elvira são comerciantes?
David= Não é comerciante 464º/3 /230º/ parágrafo 3º.
Elvira= 230º/2 464º/2 , E não é comerciante, por isso não pratica atos objetivamente
comerciais
D e E- regra da parcialidade quanto à responsabilidade 100º Ccom parágrafo único.
Obs: Compra e venda (não são comerciantes) + pratica um ato de comercio em sentido
objetivo e depois um ato acessório a este? Este último é também considerado um ato objetivo
(novos atos regulados pela acessoriedade).
RESPOSTA
1- A qualificação de saber que se é mais do que uma pessoa a responder e em que termos
depende da qualificação do ato como sendo de comércio ou não.
Aplica-se o regime da parcialidade do regime do art. 534º CCivil. Caso seja aplicável
o regime legal dos atos do comércio o regime é diferente (art. 100º CCom).
Ato em sentido objetivo- a compra da carrinha não é um ato em sentido objetivo.
464/1
Ato em sentido subjetivo- a compra da carinha não é um ato em sentido subjetivo-
vem excluir a aplicação do 230º/5 paragrafo 3.
ATO DA VENDA
Objetivo-
Subjetivo- SA, 13º/ 2ª parte, ato unilateralmente comercial
Art. 99º
Art. 100º paragrafo único.
A maior parte da doutrina não aceita a teoria do regime acessório. Teoria do acessório
CASO 3
Em 1º lugar, é necessário analisar a comercialidade dos atos:
----Compra dos quadros por F- ----
Art.2º 1ª parte- sentido objetivo
Art. 463º e 464º- A venda pela galeria já é um ato comercial (art. 230º/5). Se comprou para
revenda um objeto que era para uso pessoal, não é ato comercial objetivo (art. 464º/1)- venda
de F a J.
Art. 2º, 2ª parte- sentido subjetivo
F é advogado, sendo essa a sua profissão (profissional liberal) não é considerado
comerciante. Pressupostos para ser comerciante:
Prática reiterada
Lucrativa
Autónoma
Exclusiva
Por isso concluo que é um ato de natureza civil
CASO 5
Questão: saber se há solidariedade entre J e L ou se, pelo contrário, se aplica o regime da
parciariedade.
Sentido objetivo da comercialidade
Art. 2º/ 1ª parte Ccom
José e Luís (não são objetivamente comerciais 151º CODIGO DO IRS)
O contrato estabelecido entre eles e Matias não esta regulado no Ccom mas sim no CC art.
1207º. Empreitada- sendo um contrato de prestação de serviços não é um ato comercial.
Matias (sim, são objetivamente comerciais) a prestação de serviços de empreitada não esta
regulada no CCom (art. 463º e 464º) Para Menezes Cordeiro, Matias praticou um ato
comercial aplicando o art. 230/6- para Menezes Cordeiro, tem natureza objetiva e é uma lista
de atos de comércio.
Sentido subjetivo
Art. 2, 2ª parte Ccom
José e Luis (não são subjetivamente comerciais)
Art. 13º
São profissionais liberais pelo que não são considerados comerciantes, não praticam atos de
comércio. É defensível que sejam equiparados a comerciantes pois tinham um atelier.
Matias (art. 13º + 7º + 230º/6)
1. Tem capacidade de gozo e de exercício
2. Pratica atos comerciais
3. É a sua profissão (autonomia, lucro, exclusividade, prática reiterada)
Estamos perante um ato misto/unilateral- 99º
Art. 100º, paragrafo único- regra da parciariedade
II) aplica-se o DL 62/2013, nomeadamente os artigos 3ª/d), 4ª/3 a). M é empresa para efeitos
do diploma (3º d)), pois é uma entidade que não é pública e desenvolveu uma atividade
profissional autónoma, sendo pessoa singular.
Se a partir da receção é que começa a contar o prazo, a divida vence 30 dias após a receção
da fatura. A divida ficaria vencida a 15 de setembro.
Não se aplica a lei 24/96 porque J e L atuam com objetivos que não são alheios à sua
profissão. Não é propriamente uma relação entre um profissional e um comerciante. De
qualquer das formas é um uso comercial e não pessoal ou doméstico, é para satisfazer
necessidades da profissão, justifico isso com o DL 62/2013 (2º/2 a)), que equipara os
profissionais liberais às empresas.
2º/1 a); 4º/3 a) não pode exceder 60 dias salvo contrário;
III- Aplica-se subjetivamente a taxa comercial. Aplica-se o art. 102/ p.5. A taxa é de 8% em
conformidade com a portaria 277/2013, aplica-se este e o DL 62/2013. Caso contrário seria
7% (102º p. 3). Aviso 9939/2018 para o art. 9º.
DL: penalização de 40€ 7º dl 62/2013
CASO 6
A questão deste caso prende-se com o facto de saber se G e O respondem perante a dívida
como obrigação parciária ou solidária.
A primeira questão é se estamos perante um estabelecimento comercial? F está a abrir um
estabelecimento comercial, este é caracterizado por ser um conjunto de coisas corpóreas e
incorpóreas devidamente organizadas para a prática de comércio. Para isso, começa a adquirir
todo o material e equipamentos necessários ao seu funcionamento, inclusive realiza um
contrato de fornecimento de livros.
É um ato comercial em sentido objetivo? (2º/1ª parte) Sim.
É um ato subjetivamente comercial? (2º, 2ª parte) Segundo o professor Coutinho de Abreu
sim, houve prática reiterada de atos com o propósito do sujeito vir a ser comerciante: existem
atos de organização de um estabelecimento que indicam a sua atividade. Segundo o Professor
Menezes Cordeiro, são atos ou diligencias necessárias para a prática comercial.
Temos ainda o trespasse do estabelecimento. O trespasse implica a negociação de todos os
seus elementos, incluindo o ativo (conjunto de direitos e outras posições equiparadas) e o
passivo (obrigações contraídas pelo comerciante no exercício da atividade). As partes podem,
no domínio de autonomia privada, retirar alguns elementos de estabelecimento, mas, para que
haja trespasse, este não pode ficar descaracterizado e tem que ser possível o seu
funcionamento.
O trespasse é um ato objetivo: está regulado no 1112º CC, mas cabe na previsão do art.
2º/1ªparte se fizermos uma interpretação atualista. Menezes Cordeiro entende que são
comerciais os atos regidos por diplomas que visam a substituir o Ccom ou que o modificam e
se assumem como comerciais.
São comerciantes? O professor Coutinho de Abreu diz que basta a prática de ações com o
propósito de os sujeitos virem a ser comerciantes. Neste caso, há pratica de atos de comercio
e atos de organização de uma empresa comercial. Se seguíssemos essa doutrina, G e O seriam
comerciantes. Assim sendo, respondem solidariamente, segundo o regime do artigo 100º
Ccom. Assim, G e O podem ser demandados na totalidade da dívida por F e aquele que pagar
a totalidade da divida terá direito de regresso relativamente ao outro.
O empréstimo em analise seria tido como comercial na medida em que a coisa cedida seria
destinada a atos mercantis segundo o art. 394º.
O estabelecimento comercial pode ainda, ser dado em garantia, pode operar como objeto de
garantia.
- “quem pode trespassar pode dar como garantia” pois quem pode o mais pode o menos
segundo o professor Menezes cordeiro.
- O estabelecimento pode ser dado em garantia e continuar a funcionar normalmente, numa
situação fundamental para o bom decurso da operação.
- Pode ser dado em penhor pelo seu próprio titular - tratar-se-á de um penhor mercantil, sendo
pois suficiente, em termos do 398º §único uma entrega simbólica.
- Art.782/2 CPC é possível a penhora de estabelecimento comercial sem que afete o seu
funcionamento
O penhor confere ao credor o direito à satisfação do seu crédito, com preferência sobre os
demais credores, pelo valor de certa coisa móvel, ou pelo valor de créditos ou outros direitos
não suscetíveis de hipoteca; o bem ou o direito penhorados podem pertencer ao devedor ou
terceiro. O penhor das coisas constitui-se pela entrega da coisa empenhada ou do documento
que confira disponibilidade dela.
Penhor – Garantia real (garantia pessoal seria a Fiança) que incide sobre det. coisa móvel ou
sob créditos ou outros direitos que não são suscetíveis de hipoteca. Ato de empenhar, dar
como garantia.
Penhora - Efeito de penhorar. Apreensão judicial dos bens ou rendimentos do executado para
pagamento aos credores – processo de execução
Hipoteca – Garantia real que confere ao credor o direito de ser pago com prioridade. A
hipoteca tem de estar registada. Incide sobre bens registados na conservatória do registo
predial.
1. Voluntaria
2. Judicial
CASO Nº2
Manuel Rocha explora, desde há vários anos, um café na zona do Saldanha, em Lisboa,
chamado “Manuel Rocha dos Cachorros”. O negócio que, no início, apenas dava para
“sobreviver” tornou-se pujante quando passou a incluir no seu menu, o famoso cachorro
quente “kamikaze” com uma receita única e original que atraia gente de todo o país e também
do estrangeiro, após uma reportagem publicada no The New York Times. Manuel Rocha que
começava a achar-se velho e cansado para o negócio, decide vendê-lo a Maria Botelho. Para
o efeito, as partes limitaram-se a assinar um contrato no qual se estabelecia o seguinte:
Manuel da Rocha vende a Maria Botelho o café sito na Praça Duque de Saldanha pelo valor
de EUR 1.500.000,00. O contrato foi celebrado no dia 10 de outubro de 2017. No dia 11 de
outubro, já com a chave do café, Maria Botelho repara que, durante a noite, Manuel Rocha
tinha retirado do café metade das cadeiras (deixando as mesas) e tinha levado consigo a
receita do cachorro “kamikaze”.
Além deste espanto, Maria Botelho, que, entretanto, tinha contratado uma equipa de
profissionais de restauração, fica estarrecida quando encontra os trabalhadores que tinham
sido contratos anteriormente por Manuel Rocha à porta do café e prontos para trabalhar, pois
considera que, uma vez vendido o café, os trabalhadores “vão à sua vida”.
No dia 12 de outubro, Manuel Rocha entrega a Maria Botelho uma carta onde refere que esta
deverá deixar de utilizar o nome “Manuel Rocha dos Cachorros” e dar outro nome ao café.
Na sexta-feira 13 de outubro, Sebastião proprietário do imóvel onde se localizava o café, fica
estarrecido com a carta que recebeu de Manuel Rocha a desejar “boa sorte” com a nova
proprietária do café. Espantado, Sebastião dirige-se a Maria Botelho dizendo que quer que o
imóvel de volta até ao final do mês e “já agora” as dez rendas que Manuel Rocha lhe ficou a
dever. Como se a desgraça já não fosse suficiente, Rui Vieira aparece a cobrar a dívida de
fornecimento de salsichas, presuntos e enchidos, referindo que Manuel Rocha lhe disse que
após a venda do café, ele não tinha mais nada a pagar e que deveria pedir o pagamento dos
fornecimentos a Maria Botelho, dando-lhe desde já nota de que não tenciona voltar a fornecer
qualquer produto àquele café, declarando extinto o contrato de fornecimento que duraria até
2019. Maria Botelho fica preocupada porque Rui Vieira é o único fornecedor daqueles
exclusivos produtos.
Quid iuris?
Em primeiro lugar temos que ver se estamos perante um estabelecimento comercial:
Conjunto de coisas corpóreas e incorpóreas devidamente organizadas para a prática do
comércio. Digamos que corresponde grosso modo a uma ideia de empresa, sem o elemento
humano e de direção.
Elementos do estabelecimento
Ativo: conjunto de direitos e outras posições equiparáveis, afetas ao exercício do comércio; O
estabelecimento abrange:
Coisas corpóreas, incorpóreas, aviamento e clientela.
Coisas corpóreas- direitos reais de gozo, direito de arrendamento. Ficam, pois, abrangidas
quaisquer coisas que, estando no comércio, sejam, pelo comerciante, afetas a esse exercício.
Coisas incorpóreas: direito à firma ou nome do estabelecimento e outros aspetos que, embora
à partida não patrimoniais, consintam, todavia, uma comercialidade limitada. Aquando da
negociação de um estabelecimento, é evidente que os referidos fatores incorpóreos poderão
ser determinantes para encontrar um valor. Há estabelecimentos que vale, sobretudo pelo
nome que tenham ou pelas marcas ou patentes que acarretam. Há que incluir direitos a
prestações provenientes de posições contratuais (contratos de trabalho, fornecedores)
Aviamento e clientela: aviamento corresponde à mais-valia que o estabelecimento representa
em relação à soma dos elementos que o componham, isoladamente tomados: ele traduziria,
deste modo, a aptidão funcional e produtiva do estabelecimento. A clientela, por seu turno,
equivale ao conjunto, real ou potencial, de pessoas dispostas a contratar com o
estabelecimento considerado, nele adquirindo bens ou serviços.
Passivo: adstrições ou obrigações contraídas pelo comerciante, poer esse mesmo exercício.
Inclui-se no estabelecimento embora seja frequente, em negócios de transmissão, limitá-los
ao ativo.
Podemos concluir com estes dados que estamos perante um estabelecimento comercial.
Estamos perante um trespasse? Objeto de trespasse é um estabelecimento. O trespasse é
definível como transmissão da propriedade de um estabelecimento por negócio inter vivos.
Forma: 1112º/3 está preenchida.
Objeto de trespasse é um estabelecimento: mas que não tem de ser comercial (em sentido
jurídico) - está preenchido.
O senhorio tem direito de preferência, só é possível o seu exercício se estiver preenchido o
requisito da comunicação 1112º/4.
Verificando os elementos, temos que auferir se estão preenchidos:
Ativo
Coisas Corpóreas- direitos reais de gozo, direito de arrendamento. Poderia colocar-se a
questão das cadeiras serem um elemento essencial da identidade do estabelecimento (1112/3),
apesar deste artigo, não podemos concluir que as cadeiras são um elemento essencial da
identidade deste estabelecimento.
Coisas incorpóreas: direito à firma ou nome do estabelecimento e outros aspetos que,
embora à partida não patrimoniais, consintam, todavia, uma comercialidade limitada. Quanto
à não transmissão da receita, este integra o “know-how”, e o facto de Manuel a ter retirado,
afeta a aptidão funcional. Perdendo o aviamento, o estabelecimento perde a aptidão
funcional.
No que concerne aos contratos de trabalho, em princípio transmitem-se para o novo
estabelecimento comercial 1112/2 a) a contrario. Os trabalhadores podem não querer
trabalhar, logo têm que dar o seu consentimento, presumimos que houve consentimento pois
apareceram para trabalhar, por isso Maria fez mal em te contratado novo pessoal.
286- A Direito da oposição ao trabalhador
O nome da empresa transmite-se com o trespasse, bem como a marca, por isso Manuel não
pode exigir que Maria deixe de usar o nome “Manuel Rocha dos Cachorros”. Firma
Quanto às dívidas: Na vigência do atual CC, a jurisprudência e a doutrina dominantes negam
a transmissão automática das dívidas. De harmonia com o artigo 595.º CC, a transmissão a
título singular de dívidas referentes a estabelecimento só pode verificar-se por acordo entre
trespassante e trespassário. O acordo do credor é um requisito imprescindível para a
transmissão da dívida. O acordo do credor deve traduzir-se numa declaração expressa de que
libera o antigo devedor do seu débito (artigo 595.º, n.º2).
MC- vai tudo, situações jurídicas ativas e passivas.
Quanto ao contrato de fornecimento:
Este contrato transmite-se com o estabelecimento?
Para o prof Coutinho de Abreu não se transmite com o estabelecimento o contrato de
fornecimento (porque não é uma situação de facto com valor económico), no entanto, visto
ser o único fornecedor daquele produto poderá questionar-se a sua inclusão como elemento
essencial àquele estabelecimento.
Para o prof OA- as situações jurídicas de um estabelecimento dividem-se em:
Comuns - seriam as que, mesmo tendo sido geradas pela exploração, por si só nada tem que
ver com esta. Se forem suprimidas ou separadas do estabelecimento a sua característica
funcional mantém-se, (ex: dividas)
Exploracionais – estão intrinsecamente ligadas a exploração e dá como exemplo o contrato de
fornecimento de matéria prima. Incluir-se-iam dividas anteriores do contrato de
fornecimento. Assim, para o professor Oliveira Ascensão as dividas indissociáveis do
estabelecimento transmitem-se tacitamente. APLICA-SE
Se tiver havido um verdadeiro trespasse, teria que ter havido uma comunicação previa
1112/3.
Não existisse um verdadeiro trespasse (perdeu aviamento, know how etc) resultaria que não é
necessário apenas a comunicação, mas sim o conhecimento 1112/.
CASO Nº 3
Rosa há vários anos explora uma loja de telemóveis e outros equipamentos informáticos
na zona da Praça de Espanha. Cansada de tanta inovação tecnológica, decide vender a sua
loja a Henrique que, concluído o curso de Direito, considera que o melhor é desenvolver a
área tecnológica à boleia das start-ups. Com o encaixe da venda da loja, Rosa que, entretanto,
tinha casado com um técnico de reparação de telemóveis e tablets decide abrir uma loja de
venda de capas e acessórios e de reparação de telemóveis e tablets perto de Chelas.
Henrique, que tinha um apreço especial por Direito Comercial, fica agastado com a situação e
resolve intentar uma providência cautelar para, de imediato, encerrar a exploração da loja
aberta por Rosa e o marido.
Quid iuris?
Elementos do estabelecimento
Ativo: conjunto de direitos e outras posições equiparáveis, afetas ao exercício do comércio; O
estabelecimento abrange:
Coisas corpóreas, incorpóreas, aviamento e clientela.
Coisas corpóreas- direitos reais de gozo, direito de arrendamento. Ficam, pois, abrangidas
quaisquer coisas que, estando no comércio, sejam, pelo comerciante, afetas a esse exercício.
Coisas incorpóreas: direito à firma ou nome do estabelecimento e outros aspetos que, embora
à partida não patrimoniais, consintam, todavia, uma comercialidade limitada. Aquando da
negociação de um estabelecimento, é evidente que os referidos fatores incorpóreos poderão
ser determinantes para encontrar um valor. Há estabelecimentos que vale, sobretudo pelo
nome que tenham ou pelas marcas ou patentes que acarretam. Há que incluir direitos a
prestações provenientes de posições contratuais (contratos de trabalho, fornecedores)
Aviamento e clientela: aviamento corresponde à mais-valia que o estabelecimento representa
em relação à soma dos elementos que o componham, isoladamente tomados: ele traduziria,
deste modo, a aptidão funcional e produtiva do estabelecimento. A clientela, por seu turno,
equivale ao conjunto, real ou potencial, de pessoas dispostas a contratar com o
estabelecimento considerado, nele adquirindo bens ou serviços.
Passivo: adstrições ou obrigações contraídas pelo comerciante, poer esse mesmo exercício.
Inclui-se no estabelecimento embora seja frequente, em negócios de transmissão, limitá-los
ao ativo.
Podemos concluir com estes dados que estamos perante um estabelecimento comercial.
Estamos perante um trespasse? Objeto de trespasse é um estabelecimento. O trespasse é
definível como transmissão da propriedade de um estabelecimento por negócio inter vivos.
Forma: 1112º/3 está preenchida.
Não é possível serem verificados os elementos ativos e passivos porque não há descrição do
espaço. Não é possível ver se a forma é verificada- pressupõe-se que sim
Objeto de trespasse é um estabelecimento: mas que não tem de ser comercial (em sentido
jurídico) - está preenchido.
O senhorio tem direito de preferência, só é possível o seu exercício se estiver preenchido o
requisito da comunicação 1112º/4.
Quanto ao dever de não concorrência: para MC, Coutinho de Abreu e Nuno Aureliano
MC: O dever de não concorrência do trespassante perante o trespassário, quando não seja
expressamente pactuado, poderá ser uma exigência da boa fé. Impõe-se, ex bona fide e como
dever pós-eficaz, uma obrigação de não concorrência, a qual apenas pode ser ponderada caso
a caso. A sua violação pode acarretar deveres de cessar a concorrência indevida e de
indemnizar o lesado, reconstruindo a situação que existiria se não fosse a violação perpetrada.
Coutinho de Abreu: Obrigação de não concorrência decorrendo implicitamente dos
negócios de alienação das empresas (sem necessidade, portanto, de qualquer estipulação ad
hoc) é desde há muito reconhecida pela jurisprudência e doutrina de largo número de países,
tendo sido recebida, também, entre nós. O trespassante de estabelecimento (e, eventualmente,
uma ou outra pessoa mais) fica em princípio obrigado a, num certo espaço e durante certo
tempo, não concorrer com o trespassário (e sucessivos adquirentes) – nomeadamente, fica
vinculado a não iniciar atividade similar à exercida através do estabelecimento trespassado.
Têm sido avançados variados fundamentos para a obrigação: princípio da boa fé na execução
dos contratos, princípio da equidade, usos do comércio, concorrência leal, garantia contra
evicção, dever de o alienante entregar a coisa alienada e assegurar o gozo pacífico dela.
Esta obrigação de não concorrência tem, é claro, limites. Ela justifica-se apenas na medida
em que seja necessária para uma entrega efetiva do estabelecimento trespassado. Tem de ter,
por conseguinte, limites objetivos, espaciais e temporais. De contrário, haveria violação do
princípio da liberdade de iniciativa económica (artigo 61.º CRP) e das regras de defesa da
concorrência. Os sujeitos passivos da obrigação não ficam evidentemente proibidos de
exercer qualquer atividade económica. Não podem é reiniciar o exercício (de modo
sistemático ou profissional) de uma atividade concorrente com a exercida através da empresa
trespassada, de uma atividade económica no todo ou em parte igual ou sucedânea. Todavia,
estes sujeitos não ficam impedidos tão-somente de adquirir (para exploração) estabelecimento
com objeto similar ao do alienado. Depois, a obrigação implícita de não concorrência tem
limites espaciais e temporais: vale apenas nos lugares delimitados pelo raio de ação do
estabelecimento trespassado, e durante o tempo suficiente para se consolidarem os valores de
organização e/ou de exploração da empresa transmitida na esfera de um adquirente-
empresário razoavelmente diligente. Se os obrigados a não concorrer violarem a obrigação,
pode o trespassário exercer os direitos previstos nas normas respeitantes ao não cumprimento
das obrigações.
NUNO Aureliano- Nega a existência de existir uma obrigação de não concorrência e conclui
pela não existência de tal proibição. Este autor começa por constatar que a obrigação
implícita de não concorrência não se encontra regulada entre nós.
Contudo, admite que essa realidade “não é óbice (obstáculo) à construção da obrigação de
não concorrência” visto que poder-se-ia sempre fundamentar a sua existência à luz do nosso
sistema.
Ainda assim, para Aureliano “tudo está em saber então, se essa fundamentação é, de facto,
adequada”. Para este é indiscutível o valor que a clientela assume no momento da negociação
e “deve a clientela assumir relevo na análise da existência ou não duma obrigação implícita
de não concorrência”. Considera que o ponto de partida está em admitir que existe uma
“simples lacuna […] que cumpre integrar”, atendendo a todas as regras do nosso sistema,
nomeadamente ao art. 3.º do CCom. que prescreve que “se as questões sobre direitos e
obrigações comerciais não puderem ser resolvidas, nem pelo texto da lei, nem pelo seu
espírito, nem pelos casos análogos nela previstos, serão decididas pelo direito civil”. Não
existindo lei nem, por consequência imediata, espírito de lei, temos de recorrer a casos
análogos existentes no direito comercial e só depois de debelada esta fase podemos fazer
intervir a lei civil.”
Aureliano recorre à analogia com o art. 9.º do DL 178/86 de 3 de julho (contrato de
agência). Concomitantemente, estabelece uma comparação com a situação do
trabalhador subordinado (art. 36.º da anterior LCT, que se espelha agora no atual art.
136.º do CT).
Para além destes dois argumentos, é invocado o argumento relacionado com a liberdade
de iniciativa económica privada, consagrada no art. 61.º, n.º, 1 da CRP.
Conclusão:
Limites objetivos (Nas palavras de Coutinho de Abreu “não podem é (re) iniciar o exercício
(de modo sistemático ou profissional) de uma atividade concorrente com a exercida através
da empresa trespassada, de uma atividade económica no todo ou em parte igual ou
sucedânea): atividade em si – Rosa não pratica a mesma atividade nem é concorrente pelo
que não faz concorrência a Henrique.
Limites espaciais (circunscrição: Coutinho de Abreu, apontou que tais limites “[valem]
apenas nos lugares delimitados pelo raio de ação do estabelecimento trespassado” Nuno
Aureliano refere que “será virtualmente impossível e irrealista a fixação a priori de uma área
geográfica para a atuação da obrigação de não concorrência sem que esta se revele puramente
arbitrária”): Chelas e praça de Espanha estão a uma distância que no meu entender me parece
bastante para que o marido de Rosa possa abrir a loja sem interferir com a obrigação de não
concorrência.
Limites temporais (Coutinho de Abreu refere que tal obrigação vale apenas “durante o
tempo suficiente para se consolidarem os valores de organização e/ou de exploração da
empresa transmitida na esfera de um adquirente-empresário razoavelmente diligente”) – não
temos informação.
Noutros ordenamentos já foram consagrados prazos legais que determinam a duração da
obrigação de não concorrência, nomeadamente em Itália onde foi estabelecido um prazo legal
de 5 anos. Parece-me que, nesta matéria, assiste razão aos autores que consideram que o
prazo dependerá exclusivamente do facto de o estabelecimento se ter consolidado, ou não,
nas mãos do adquirente e, por isso, só em concreto pode ser determinado. Considero que essa
consolidação dependerá muito do tipo de estabelecimento em causa.
O facto de o caso dizer “Entretanto”, na minha perspetiva é inconclusivo, e ao ser
inconclusivo deduzi que se encontrava preenchido a consolidação do estabelecimento”.
Se tivesse violado:
Se aquele que transmite a empresa se restabelecer, violando a obrigação de não concorrência,
o adquirente da empresa pode exercer os direitos previstos nas normas relativas ao não
cumprimento das obrigações, maxime, indemnização por perdas e danos, resolução
contratual, ação de cumprimento, sanção pecuniária compulsória e exigência de encerramento
do novo estabelecimento, arts. 798.º, 801.º, n.º, 2, 817.º, 829.º-A, 829.º, n.º, 1, respetivamente
e todos do Código Civil. Violada esta obrigação pode recorrer-se aos artigos enunciados
anteriormente, desde logo, o art. 829.º, n.º, 1 do CC, como regra de direito comum.
Naturalmente esta aplicação deve ser realizada com as necessárias adaptações quando
efetuada no âmbito do direito comercial. De acordo com este artigo pode ser pedido o
encerramento do estabelecimento. É ainda conferida à parte lesada a possibilidade de ver
ressarcidos os seus danos através de uma indemnização, nos termos dos arts. 798.º, e de
resolver o contrato ou ver restituída a sua prestação, nos termos do art. 801.º, n.º, 2.
Para além desta possibilidade, a violação da obrigação de não concorrência leva a que o
adquirente possa exigir judicialmente o cumprimento da obrigação, nos termos do art. 817.º.
Pode ainda, após ordem judicial de encerramento da empresa concorrente, ser aplicada
sanção pecuniária compulsória, de acordo com o art. 829.º- A do CC.
CASO PRÁTICO N.º 7
Albano tomou de arrendamento a Belarmina e Carmelinda um espaço no qual instalou um
snack-bar, em 1999, a que chamou “Albanaria”. Segundo Albano, o espaço nunca tinha sido
usado para qualquer atividade, pelo que Albano teve de comprar e pagar todos os móveis e
produtos necessários ao funcionamento do seu snack-bar.
Em 2004, Albano, farto de servir tostas mistas, decidiu passar o negócio ao seu primo, Diogo.
Para o efeito, contactou Belarmina e Carmelinda para saber se nada tinham a opor e, para sua
grande surpresa, estas comunicaram-lhe que se opunham terminantemente a tal transmissão,
dizendo-lhe: «Não queremos cá esse seu primo que, toda a gente sabe, é um caloteiro!».
Perante esta recusa, Albano não teve outro remédio senão continuar a servir tostas mistas.
Recorrendo a todas as forças que lhe restavam, promoveu o nome da Albanaria, melhorou o
serviço e passou a anunciar “as melhores tostas do mundo!”.
Dois anos mais tarde (2006), porém, um seu cliente de longa data, Ernesto, disse-lhe entre
duas dentadas numa tosta: «Oh Albano, se estás assim tão farto disto, eu dou conta do recado!
A Belarmina e a Carmelinda são loucas por mim!». Dito isto, logo ali acordaram no preço,
apertaram as mãos e deram o negócio por concluído.
Quem não gostou da situação foi Filipa, filha única de Albano que queria ficar com a
Albanaria e tinha planos para expandir o negócio, abrindo outras “Albanarias” por toda a
cidade. Albano, desolado, disse-lhe: «Oh filha, se eu soubesse... Agora é tarde para isso, mas
não te preocupes: ajudo-te a abrir um snack-bar igualzinho a dois quarteirões daquele: vamos
chamar-lhe Nova Albanaria e vamos recuperar “as melhores tostas de Lisboa”!».
1. Imagine que, perante a tentativa de Albano de “passar o negócio” ao seu primo,
Belarmina e Carmelinda pretendiam reagir. Segundo estas, o contrato celebrado não
era de arrendamento, mas de “cessão de exploração”: contrariamente ao afirmado por
Albano, com o gozo do espaço foi igualmente cedido mobiliário e equipamento
identificado num anexo ao contrato. Não existiam, porém, empregados e clientela.
Quid iuris?
2. Ignorando a pergunta anterior: Precisava Albano do consentimento das senhorias para
transmitir a sua posição a Diogo? E como é que as senhorias se poderiam proteger
face à perspectiva de ter um caloteiro como arrendatário?
3. O que transmitiu Albano a Ernesto?
4. Ernesto está furioso com a traição de Albano ao ajudar a filha a abrir a Nova
Albanaria ali tão perto. O que pode fazer?
5. Imagine por fim que Albano tinha também arrendado um armazém de apoio ao
funcionamento da Albanaria. Pode trespassá-lo a sua filha para apoio ao funcionamento
da Nova Albanaria?
1.
Estamos perante um trespasse? Objeto de trespasse é um estabelecimento. O trespasse é
definível como transmissão da propriedade de um estabelecimento por negócio inter vivos.
Forma: 1112º/3 está preenchida. Não é possível ver se a forma é verificada- pressupõe-se que
sim.
Não é possível serem verificados os elementos ativos e passivos porque não há descrição do
espaço.
Objeto de trespasse é um estabelecimento, conjunto de coisas corpóreas e incorpóreas
devidamente organizadas para a prática do comércio. Analisando os elementos, pode
concluir-se que há coisas corpóreas, como direitos reais e pessoais de gozo, no entanto, não
existem coisas incorpóreas, pois naquele espaço nunca existiu um negócio, logo não há
marca, know-how nem posições contratuais. Não há aviamento funcional pois não existe
negócio.
Assim, não há trespasse.
Afastado o trespasse, há que ir ao regime da Cessão de exploração (1109ºCC)
O senhorio tem direito de preferência, só é possível o seu exercício se estiver preenchido o
requisito da comunicação 1112º/4.
No caso de ser Trespasse, B e C não teriam de dar autorização.
CESSÃO DE EXPLORAÇÃO E ARRENDAMENTO COMERCIAL
II - Configura um contrato de cessão de exploração de estabelecimento ou locação de
estabelecimento, o contrato pelo qual uma das partes cede à outra por determinado prazo e
mediante pagamento duma contrapartida mensal, o direito de exploração de estabelecimento
comercial de snack-bar, transferindo para esta última o mobiliário e equipamento
indispensáveis ao seu funcionamento, apesar de ainda não ter havido aí clientela nem até
então ter sido aí exercida qualquer atividade.
III - A cessão de exploração pode recair sobre um estabelecimento de que nada ainda existe,
como sobre um estabelecimento incompleto, que não está concluído, mas em via de formação
bem como sobre um estabelecimento cuja exploração ainda se não tenha iniciado ou esteja
interrompida.
IV - Confrontando o arrendamento comercial e a cessão de exploração ou locação de
estabelecimento, constituem pontos de contacto e de comunhão a existência de uma
transferência com carácter oneroso e de feição temporária, mas ocorre uma distinção
essencial e definidora que se radica no seguinte facto: enquanto no arrendamento comercial o
locador transfere para o locatário o direito de gozo de um prédio, na locação de
estabelecimento o detentor do estabelecimento transfere para o cessionário o gozo e fruição
de uma unidade comercial, com todas as marcas e feições distintivas que acompanham esta
figura de direito comercial.
V - Assim, haverá arrendamento comercial se o titular do local se limitar a pôr à disposição
do locatário o gozo e fruição da instalação, ou seja, uma configuração física apta ao exercício
da atividade mercantil visada; e já haverá cessão de exploração se o prédio já se encontrar
provido dos meios materiais indispensáveis à sua utilização como empresa, designadamente
móveis, máquinas, utensílios que tornem viável, mediante a simples colocação de
mercadoria, o arranque da exploração comercial mas não será indispensável que o
estabelecimento já antes estivesse em exploração.
Neste caso estamos, portanto, perante uma cessão de exploração.
Verifica-se, sem qualquer dúvida, que houve um acordo entre a Belarminda e Carmelinda,
enquanto dona e possuidora de um estabelecimento comercial, e Albano, tendo por objeto a
transferência para este da exploração daquele estabelecimento comercial, englobando a
transmissão de instalações, utensílios e outros elementos que o integravam, feita juntamente
com o gozo do prédio, passando a funcionar como um snack-bar, sendo que essa
transferência tinha uma duração temporariamente delimitada e era feita mediante título
oneroso.
Não se colocam, pois, dúvidas de que o que foi transmitido foi um estabelecimento instalado
em prédio da Belarminda e Carlmelinda, sendo irrelevante que o mesmo não tivesse sido
antes aberto ao público, porquanto o que essencialmente importa para chegar á conclusão que
determinada organização constitui um estabelecimento comercial é a prova da sua aptidão
para entrar em funcionamento, como tal, ou seja, dentro do fim para que foi criado e não a de
que a sua exploração se tenha iniciado já. Ou seja, o que releva é o facto de o estabelecimento
já ter existência, e no caso dos autos provou-se que o mesmo já se encontrava apto a ser
explorado como snack-bar.
2. Neste caso estamos perante uma cessão de exploração, pelo que é não só exigida a
comunicação num prazo de um mês 1109/2, bem como a autorização do senhorio sendo que,
à falta do mesmo permite que B e C possam resolver o contrato.
Elementos do estabelecimento
Ativo: conjunto de direitos e outras posições equiparáveis, afetas ao exercício do comércio; O
estabelecimento abrange:
Coisas corpóreas, incorpóreas, aviamento e clientela.
Coisas corpóreas- direitos reais de gozo, direito de arrendamento. Ficam, pois, abrangidas
quaisquer coisas que, estando no comércio, sejam, pelo comerciante, afetas a esse exercício.
Coisas incorpóreas: direito à firma ou nome do estabelecimento e outros aspetos que, embora
à partida não patrimoniais, consintam, todavia, uma comercialidade limitada. Aquando da
negociação de um estabelecimento, é evidente que os referidos fatores incorpóreos poderão
ser determinantes para encontrar um valor. Há estabelecimentos que vale, sobretudo pelo
nome que tenham ou pelas marcas ou patentes que acarretam. Há que incluir direitos a
prestações provenientes de posições contratuais (contratos de trabalho, fornecedores)
Aviamento e clientela: aviamento corresponde à mais-valia que o estabelecimento representa
em relação à soma dos elementos que o componham, isoladamente tomados: ele traduziria,
deste modo, a aptidão funcional e produtiva do estabelecimento. A clientela, por seu turno,
equivale ao conjunto, real ou potencial, de pessoas dispostas a contratar com o
estabelecimento considerado, nele adquirindo bens ou serviços.
Passivo: adstrições ou obrigações contraídas pelo comerciante, poer esse mesmo exercício.
Inclui-se no estabelecimento embora seja frequente, em negócios de transmissão, limitá-los
ao ativo.
Podemos concluir com estes dados que estamos perante um estabelecimento comercial.
4. Objeto de trespasse é um estabelecimento. O trespasse é definível como transmissão da
propriedade de um estabelecimento por negócio inter vivos.
Forma: 1112º/3 está preenchida.
Não é possível serem verificados os elementos ativos e passivos porque não há descrição
do espaço. Não é possível ver se a forma é verificada- pressupõe-se que sim
Objeto de trespasse é um estabelecimento: mas que não tem de ser comercial (em sentido
jurídico) - está preenchido.
O senhorio tem direito de preferência, só é possível o seu exercício se estiver preenchido
o requisito da comunicação 1112º/4.
MC: O dever de não concorrência do trespassante perante o trespassário, quando não seja
expressamente pactuado, poderá ser uma exigência da boa fé. Impõe-se, ex bona fide e
como dever pós-eficaz, uma obrigação de não concorrência, a qual apenas pode ser
ponderada caso a caso. A sua violação pode acarretar deveres de cessar a concorrência
indevida e de indemnizar o lesado, reconstruindo a situação que existiria se não fosse a
violação perpetrada.
Assim, pode, designadamente, exigir indemnização por perdas e danos (artigo 798.º CC),
ou resolver o contrato de trespasse (artigo 801.º, n.º1 CC), ou intentar ação de
cumprimento (artigo 817.º CC) e requerer sanção pecuniária compulsória (artigo 829.º-
A), ou exigir que o novo estabelecimento do obrigado seja encerrado (artigo 829.º, n.º1
CC).
5. O armazém era essencial? Parece que não, era apenas um armazém de apoio. Não se
sabe se caracterizava o estabelecimento. Saber se o armazém condicionava o
estabelecimento para funcionar como tal- parece-nos que não.
CASO 8
INSOLVÊNCIA
CONCEITOS:
Art. 81º/1- com a declaração da insolvência essa pessoa fica… Exceção à regra é o
223º
Como se escolhe o admin. da insolvência- 52º CIRE, é nomeado pelo juiz de entre os..
53º CIRE- pode designar outra pessoa para aquele mesmo cargo..
O juiz tem sempre a cargo um dever de vigiar tem que pedir contas pelo exercício do
cargo. Tem que controlar. Este admin da insolvencia tem sempre um papel central.
Execuçao ou não execução dos contratos que ainda não estiverem integralmente
cumpridos 102º.
O admin. da insolvência tem direito a remuneração art. 60º- 22º e ss da Lei 22/2013.
Tem uma remuneração fixa e outra variável.
Instituto de gestão financeira- apoia quem não tem património nem rendimentos (tem
um regulamento a parte.
56º/1+ 168º/2
17-a CIRE
Requerente da insolvência pode ser responsabilizado em que medida? ART. 22º
CASO PRÁTICO N.º 9
A Praia e Campo, S.A. (PCSA) anda pelas ruas da amargura. Durante o passado inverno,
tendo em conta a sua atividade sazonal, decidiu investir os proveitos obtidos no verão em
ações do Banco Possível e Provavelmente Nacionalizado (BPPN). Estas ações do BPPN,
praticamente o único ativo da PCSA, desvalorizaram fortemente nos últimos meses, e a
probabilidade de uma recuperação está completamente afastada. As dívidas, essas sim,
acumulam-se: a vários fornecedores, a instituições de crédito e ao Estado. Estes credores
começam a perder a paciência e equacionam requerer a declaração de insolvência da PCSA.
Caso decidam avançar, em 2016, (i) um dos sócios da PCSA invocaria um crédito por
suprimentos efetuados, (ii) o Banco Menos invocaria um crédito hipotecário, (iii) um
fornecedor de tendas de campismo invocaria um crédito relativo ao preço de bens alienados e
(iv) a Administração Tributária invocaria um crédito relativo ao Imposto Municipal sobre as
Transmissões Onerosas de Imóveis devido pela aquisição da sede da empresa, em 2012. (v) E
o administrador da insolvência, a nomear pelo tribunal, também quererá cobrar os respetivos
honorários...
a) A calma com que Telma e Luísa estão a lidar com a situação financeira da RF será passível
de censura, caso esta última venha a ser declarada insolvente?
Telma e Luísa apresentam-se numa situação de insolvência, um processo de execução
universal, que tem 3 finalidades essenciais (1º CIRE): satisfação dos credores, liquidação do
património do devedor, repartição do produto obtido pelos credores.
Face ao art. 604º do CC e estando os credores em patamar de igualdade a insolvência visa
exatamente a primazia pelas posições dos credores que foram prejudicados com esta situação
- satisfação parcial dos interesses dos credores. Tratamento igualitário dos credores.
Cumpre referir que a rainha dos frangos LDA, é uma sociedade anónima pelo que é um
sujeito passivo da insolvência segundo o art. 2º/1/e) e 1º/2 CSC. Esta possibilidade de ser
alvo de processo de insolvência não se identifica com a personalidade judiciaria, mas sim
com critérios de autonomia patrimonial.
Quando à situação de insolvência vivida por Telma e Luísa esta poderá ser de dois tipos:
atual e iminente, pois a última é equiparada à primeira. O critério para aferição da mesma
será o critério do cash flow ou seja: está em situação de insolvência o devedor que se
encontre impossibilitado de cumprir as suas obrigações vencidas (art. 3º/1)
A utilização deste critério prende-se exatamente com a impossibilidade de sustentar que
estaria insolvente apenas pelo passivo ser superior ao ativo (balance sheet) na medida em
que, tendo em conta a situação financeira, pode-se recorrer ao crédito para colmatar essa
situação.
Neste caso, Telma e Luísa encontram se numa situação de insolvência iminente, tendo os
mesmos efeitos da insolvência atual no caso de apresentação pelo devedor à mesma (3º/4).
Assim, Telma e Luísa tinham o dever de se apresentar a insolvência segundo o art. 18º dentro
dos 30 dias seguintes a data do conhecimento ou da data em que devesse conhece-la.
Como não se apresentaram à mesma ou incumprem o prazo, estamos perante uma situação de
presunção de insolvência culposa segundo o art. 186º/1 e 3 e 3º/a) incorrendo ainda em
responsabilidade civil, penal (228º/1 e 229º/a) Código Penal) - consequências da preterição
do dever de apresentação da insolvência.
189º 2 c + 189º 2 d + crime
Requisitos da PI - 23º ss
Legitimidade para requerer a declaração de insolvência - 20º Efeitos da declaração de
insolvência - 81º/1.
- transferência dos poderes de adm e disposição para adm de insolvência - atos depois da
dec de insolvência são ineficazes - apreensão documento - 149 - vencimento imediato das
dividas - 91º Resolução em beneficio da massa
Visa a satisfação ainda que parcial das dividas dos credores.
b) Caso a RF venha ser declarada insolvente em Janeiro de 2016, será que a sociedade
Frango Gorducho, S.A. (FG) pode compensar um crédito sobre a RF de que é titular,
emergente do fornecimento de frangos durante o primeiro semestre de 2015, com uma
dívida decorrente do fornecimento de almoços pela RF aos trabalhadores da FG,
durante Setembro e Outubro de 2014? Ambos os créditos deveriam ser pagos nos 30
dias seguintes ao fim do prazo do correspondente fornecimento.
RF fora declarada insolvente em 2016, e pretende-se compensar um credito com a sociedade
FG.
Cumpre analisar em primeiro lugar como se classifica o crédito da sociedade FG para com
RF? Segundo o art. 47º trata-se de crédito sobre a insolvência (que difere de divida da massa
insolvente), pois foi adquirido antes da data da declaração da mesma, em 2015. Será dito
como um crédito comum (47º c) não beneficiando de nenhuma garantia real ou subordinação.
Tendo em conta o exposto cumpre analisar se é possível compensar os créditos emergentes
desta relação FG e RF. Segundo o art. 99º os titulares dos créditos so podem compensa-los
com dividas à missa desde que (apenas um pode estar preenchido):
1. Pressupostos anteriores à data declaração de insolvência - verifica-se
2. Requisitos do 847º:
1. Crédito exigível e não decorrer contra ele exceção dilatórias - verifica-se
2. Coisas fungíveis (207º) - dinheiro por dinheiro - verifica-se
Neste caso a compensação seria possível.
Só produz efeitos depois de declarada a contraparte.
À cautela a reclamação de créditos deve ser feita na mesma.
(Não é possível compensar dividas a massa e créditos subordinados)
CONTRATOS COMERCIAIS
CONTRATOS DE DISTRIBUIÇÃO
Tal verifica-se pois Aníbal tem o dever de promover a venda de produtos cosméticos
da marca Beauty for ever que lhe retribui 7,5% do preço vendido de cada produto.
Quanto a forma não é exigida nenhum forma especial mas na prática , os contratos
em causa assumem a forma escrita ou que derivem de simples adesão a cláusulas contratuais
gerais. Se o contrato, por decisão das partes for reduzido aa escrito, fica sujeito a registo
(10º/e) código de registo comercial).
2. Segundo Aníbal, mesmo que o contrato ficasse sem efeito, ele teria de ser compensado
pela clientela que criou. Afinal de contas, a BFE continuaria a receber os proveitos do
seu trabalho por muitos e bons anos: as farmácias que ele “mimou” ao longo de anos
continuariam a fazer encomendas sobre encomendas...
R: Na hipótese Aníbal tem razão, o contrato de agência pode acarretar clientela para a BFE ,
que se manterá após a cessação do contrato, sendo justo e necessário compensar a quantia
pelo enriquecimento proporcionado ao principal. É este o sentido do art. 33º.
Não se considera verdadeira indemnização porque não torna indemne [sem dano],
consistindo numa mera compensação pela angariação de clientela. Não há dano, nem sequer
ilicitude, pelo que não existe uma indemnização proprio sensu.
Permite-se, todavia, a restituição do enriquecimento do principal com a angariação de
clientela, pelo agente: não constitui enriquecimento sem causa porque, na verdade, há causa,
embora a lógica seja semelhante.
Há ainda uma tutela do agente, além do restabelecimento do equilíbrio do principal:
pretende-se que o último não “descarte” o primeiro após obter o que pretendia, a clientela. O
agente é considerado, pelo RJCA, a parte mais fraca e carece, por isso, de especial tutela. É
uma indemnização cumulável com outras a que haja direito [indemnização por denúncia ou
indemnização por incumprimento].
Para que tal direito de indemnização de clientela se possa concretizar é necessário que
estejam, cumulativamente preenchidos os seguintes pressupostos presentes no art. 33º/1:
1. O agente tenha angariado novos clientes para a outra parte ou aumentado
substancialmente o volume de negócios com a clientela já existente;
2. A outra parte venha a beneficiar consideravelmente, após a cessação do contrato, da
actividade desenvolvida pelo agente;
3. O agente deixe de receber qualquer retribuição por contratos negociados ou concluídos,
após a cessação do contrato, com os clientes referidos na alínea a).
Cumpre analisar se estes requisitos estão preenchidos:
1. Verifica-se - Pois os clientes continuarão a fazer encomendas.
4. Verifica-se - O que sucede pelo mesmo razão acima apresentada.
5. Verifica-se - Pela cláusula iii) parte final do contrato de agência celebrado.
Estando todos os requisitos preenchidos, a indemnização é calculada equitativamente-
art. 34º, com um limite máximo: não pode exceder uma retribuição anual, calculada nos
termos médios aí referidos, ficando todavia, possível a inconstitucionalidade deste preceito,
por violação da propriedade privada, caso o prejuízo seja muito superior.
Mas, apesar de tudo o que vimos anteriormente, o art. 3º do artigo 33º refere que a
indemnização em causa não é devida se o contrato tiver cessado por razoes imputáveis ao
agente. Ora, se admitirmos que cessou por razoes subjectivas, Aníbal nada tem a receber.
- a norma e imperativa
- Pressupostos cumulativos
- Nao e uma verdadeira indemnização
- Ml desconta juros e publicidade no 34 - livro de indemnização de clientela
- Admite se que com convenção das partes se possa ficar o montante do 34
- Imputável ao agente ou cedeu posição contratual a terceiro ?
3. O advogado de Aníbal sustentou ainda que este deveria reclamar à BFE a comissão
contratualmente prevista por cada produto vendido por esta às farmácias do centro do
país através da loja online criada em 2013.
R: Agencia não se confunde com comissão (266º ccom), o comissário é um mandatário sem
representação , embora pratique os actos no interesse e por conta do mandan, actua em seu
próprio nome, ao contrario do agente ao qual foram conferidos poderes para celebrar
negócios juridicos actua em nume do principal.
Do acordo com o art. 16º/1 o agente tem direito a uma comissão pelos contratos que
promoveu e, bem assim, pelos contratos concluídos com clientes por si angariados, desde que
concluídos antes do termo da relação de agência, ficando cobertas as situações de contratação
direta entre o principal e o cliente angariado.
Segundo número 2 do mesmo preceito o agente tem direito à comissão (que é uma
percentagem que se dá a quem intervém numa operação comercial, uma gratificação) por atos
concluídos durante a vigência do contrato se gozar de um direito de exclusivo para uma zona
territorial ou um círculo de clientes e os mesmos tenham sido concluídos com um cliente
pertencente a essa zona ou círculos de clientes.
O direito de comissão detém um regime protetor do agente segundo o art. 18,
estabelecendo algumas concretizações.
O agente tem ainda direito a outras prestações retributivas como:
1. Comissão especial relativa ao encargo de cobrança - 13º f)
6. Comissão especial pela convenção del credere - 13º f)
7. Compensação pela cláusula pôs-eficaz de não concorrência - 13º g).
Numa loja online não há intermediários, tratando se de um caso de distribuição
direta1.
As partes podem estipular a obrigação de não concorrência por acordo, com condições e
limites:
1. documento escrito
1. Ok
8. não pode exceder dois anos
2. Errado
9. Circunscreve se à zona ou ao círculo de clientes confiados ao agente (direito exclusivo a
favor do agente, na vigência do contrato, se circunscreve segundo o art. 4).
O limite temporal dos dois anos é o mais indicado? Igual ao adotado pelo conselho das
comunidades europeias e o mesmo do código comercial alemão.
7. As coisas correram bem entre a ECB e Aníbal durante pouco mais de um ano. No
final de 2015, a ECB enviou uma carta a Aníbal denunciando o contrato com uma
antecedência de 10 dias. Aníbal está novamente incrédulo: fez investimentos
avultadíssimos na promoção dos produtos da ECB e na constituição de stocks, de
acordo com o plano de negócios desenhado em conjunto com a ECB.
R: O contrato celebrado entre a ECB e Aníbal foi um contrato de concessão. Concessão: o
concessionário celebra efetivamente compras para revendas, em nome e por conta própria,
mediante a remuneração que resulta do lucro. O concessionário é a face mais visível do
contrato, representando a marca em causa para uma determinada circunscrição geográfica,
normalmente.
Aplica-se o art. 28 por analogia.
28/1/b) - Estes prazos não se aplicam por serem demasiado curtos em face dos
investimentos que estes contratos envolveram.
Pre aviso - 28/4
- alínea c) - depende da jurisprudência - 12 meses, 9 meses, 6 meses, são
todos superiores ao da alínea c) do 28
Será de exigir, à luz do princípio da boa fé e da proibição do abuso de direito que o contrato
só possa ser denunciado depois de decorrido um período de tempo razoável e não
imediatamente ou pouco tempo após o início de vigência. O pré-aviso destina se a evitar
ruturas bruscas com prejuízo para o outro contratante
Requisitos
1. Declaração unilateral reptícia
10. Uma parte poe termo.
11. Contrato indeterminado no tempo
Indemnização de clientela (33º Agencia) - a indemnização pressupõe um dano (162º CC);
compensação ao agente, pela vantagem que ele criou ao principal, devido à angariação de
novos clientes que levou ao aumento de volume de negócios.
8. Carlota, quando percebeu que Aníbal não teria onde cair morto, logo o trocou por
Fausto, jovem empresário de sucesso que pretende abrir um restaurante igualzinho aos
H4 que estão já espalhados por Lisboa e não sabe que contrato deve celebrar para o
efeito
R: Deve celebrar um contrato de franquia. No contrato de franquia o franqueador atribui ao
franqueado a possibilidade [o direito e a obrigação] de usar nomes, insígnias, processos de
fabrico e comercialização de uma determinada marca, definindo os parâmetros através dos
quais a distribuição deve ser processada.
Com origem nos EUA, dada a dimensão geográfica do país, este tipo de contrato de
distribuição surge enquanto resposta quando inviáveis os métodos de distribuição
convencionais.
O franqueador pode fiscalizar o franqueado, obtendo uma percentagem sobre as vendas [uma
“renda”, enfim: royalties].
- à aplicação analógica do RJCA ao contrato de franquia
1. Como qualifica o contrato celebrado entre Cimentos Forte, Lda., Pedra e Cal, S.A.,
Edifica, S.A. e JB? Quais as partes do contrato de empreitada celebrado entre a FMM e
o CCC?
São contratos comerciais ou não? CA- são atos meramente económicos; MC- estes contratos
são objetivamente comerciais (interpretação de cariz histórico).
Consórcio- o regime consta do DL 231/81 de 28 de julho, o qual define no seu art.1º o
consórcio como sendo o contrato pelo qual duas ou mais pessoas, singulares ou coletivas, que
exerçam uma atividade económica se obrigam entre si a, de forma concertada, realizar certa
atividade ou efetuar certa contribuição com fim de prosseguir objetivos.
Objeto- realização de um empreendimento
Forma- escrita
Consórcio externo (5º/2)
Regra geral- só produz efeitos jurídicos perante os próprios.
Quais as partes envolvidas no problema?
Partes do consórcio (Cimentos Forte, Pedra e Cal e JB?) - não se obrigam a realizar a obra
(não podem porque o terreno não é deles); obrigam-se a organizar-se (prestações típicas de
coordenação). Todos têm a obrigação de fornecer bens da mesma espécie.
JB tem o problema do 4º/2 e 20º/1.
Art. 4º/2 é imperativo? Sim – 1º argumento proibição do fundo comum; 2º argumento 4º/1
fala em norma supletiva, logo parece que o 4º/2 é exceção.
Consórcio não gera realidade com autonomia patrimonial (daí não ser possível haver fundos
próprios, para não causar problemas).
Cláusula do JB: não é válida, logo JB não é parte do consórcio, prestação atípica do JB é de
financiamento. (é nula, 294º CC). Nulidade parcial (292º CC).
JB age apenas como chefe.
Art. 15º/1 é imperativo: pretende proteger o tráfego (confiança)
Art. 5º/2: consórcio externo.
2. A sociedade Moreira e Carvalho, Lda. moveu uma ação de responsabilidade civil
contratual contra JB exigindo-lhe o pagamento dos valores acordados com Cimentos
Forte, Lda. entendendo que, tratando-se de uma subempreitada para a realização de
uma obra do CCC, os membros do consórcio seriam solidariamente responsáveis pelas
obrigações assumidas. Os familiares do trabalhador da Pedra e Cal, S.A. que morreu na
obra seguiram-lhe o exemplo. Quid juris?
Contrato de empreitada: Moreira e Carvalho Lda (devedor da obra); Cimento Forte
O devedor era só um, não seria necessário ir ao art. 19º. Não há qualquer solidariedade
3. Oito meses após o início da obra, o pavilhão não estava ainda concluído, mas o preço
da empreitada já estava todo pago. Poderia a FMM exigir à Pedra e Cal, S.A. a
totalidade do valor devido a cláusula penal?
Artigo 19º/2- retira-se deste artigo que, fixada uma cláusula penal, se presume solidária a
obrigação dele recorrer.
513 CC- parciariedade
Se o ato for comercial- 100 CCom.
AUGUSTO
Regime do penhor bancário dl. 29:833 mercantil
Dl 32: 032
Pacto comissório- 694ºCC
Questão da insolvência
…Créditos…
Direito do dinheirinho
Direito bancário institucional- direito das instituições de credito (Banco de Portugal e
supervisionado pelo PCE). MC- tem parte publica, mas também tem privada
Direito bancário Material- todos os atos praticados por particulares, é um direito privado. Há
determinadas leis RJLF, está documentado na lei, mas há muita coisa que não está regulada
(abertura de conta)
Princípios
MC-
1º Diferenciação conceitual- temos um deposito bancário que em nada se assemelha
ao deposito civil 1161º CC. Este tem que ter algo que o precede (abertura de conta), o
dono do dinheiro passa a ser do banco (banqueiro) no momento do depósito. Regime
do penhor de conta bancária- não há qualquer apossamento, ao contrario do civil.
2º Princípio da simplicidade- tem que haver um uso intensivo da informática, das
cláusulas contratuais gerais, mas não dispensa algum formalismo, limita-se muitas
vezes à assinatura pelo cliente. Decorre muitas vezes da própria unilateralidade
aparente.
3º Principio da ponderação bancária (MC)- os valores levam a que a interpretação a
que decorre o negocio jurídico.. …
O banco prefere sempre uma garantia pessoal do que uma garantia real.
Como se inicia a relação bancária geral? Relação duradoura, que se dá com a abertura de
conta. Há elementos eventuais (deposito bancário, cheques, transferências, etc).
Contrato de abertura de conta- fixa as margens fundamentais. Não há nenhum regime legal
completo, é um regime assente por clausulas contratuais gerais. Aviso nº2/2013 do Banco de
Portugal, visa prevenir o branqueamento de capitais que é cada vez mais apertado.
Distinção entre conta singular (abre uma conta e é só minha) e conta coletiva (distingue-se
em 3 tipos: solidária, conjunta ou mista).
CONTA COLETIVA:
Solidária- se puder ser movimentada só por uma pessoa
Conjunta- movimentos só podem existir de forma conjunta
Mista- pelo titular