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Índice
Caso 2.............................................................................................................................................................................. 3
Caso 3.............................................................................................................................................................................. 4
Caso 4.............................................................................................................................................................................. 4
Caso 5.............................................................................................................................................................................. 5
Caso 6.............................................................................................................................................................................. 7
Caso 7.............................................................................................................................................................................. 7
Caso 8.............................................................................................................................................................................. 8
Caso 9.............................................................................................................................................................................. 9
Caso 10............................................................................................................................................................................9
Caso 10.......................................................................................................................................................................... 10
Caso 10.......................................................................................................................................................................... 12
Caso 1 Empreitada........................................................................................................................................................13
Caso n.º 2- Empreitada..................................................................................................................................................14
AULA EXTRA.................................................................................................................................................................. 16
RESOLUÇÃO DE CASOS
Identificar factos
1. interpelado para pagar, B diz que não tem o dever de o fazer, quer por não
ser o fim do mês, quer ainda, sobretudo, porque não foi fixado preço algum,
motivo pelo qual nada é devido. Terá razão?
Vigora princípio da autonomia das partes, normas supletivas (liberdade contratual)
Não é momento da entrega, interpelação por parte do vendedor, é o prazo de 1 mês
Decorrido o mês, se não pagar à mora
Risco transfere-se para o comprador com o contrato porque o contrato transfere o
direito
883º critérios para definir preço- a partida aplica-se o 3º critério
409º- partes podem convencionar que o direito se transmite com a entrega ou o pagamento do preço
Assunção Cristas- compra e venda nos termos do sistema do título e do modo, não havendo efeitos reais
Não tem razão porque é necessário um ato posterior, mas o direito não deixa de ser transmitido por via do contrato
Código dos valores mobiliários- 102º nº1, a transmissão não esta dependente só do contrato, mas do preenchimento
da declaração
REGENTE- título porque há uma transferência imediata do risco, comprador pode logo alienar os bens
A partir do consenso o comprador pode dar instruções ao vendedor que se não respeitar está em incumprimento (e
tem dever de indemnizar), podendo se responsabilizar o vendedor
Formalidades servem para opor o direito transmitido contra terceiros, encontram-se no plano da legitimidade e não
no plano do direito substantivo
Caso 2
No início do mês, Anacleto venda a Bento o seu apartamento e automóvel. Ficou acordado que a
entrega seria realizada na semana seguinte e o pagamento do preço no fim do mês.
Considere as seguintes questões de forma autónoma:
1. Bento recusa cumprir o contrato, invocando que o negócio foi celebrado por documento escrito.
Venda do apartamento é nula (875º, 286º, 220º), contrato de coisa móvel é válido (sem restrições de
forma, 219º)
Incumprir contrato conduz à mora
Possibilidade de redução (292º) e 884º (redução do preço)
2. No prazo convencionado, Anacleto procede à entrega das chaves do automóvel e do imóvel. No
entanto, Bento não procede ao pagamento do preço no fim do mês. Anacleto pretende agora
recuperar o imóvel e o veículo. É possível?
801º nº2, 886º (vendedor não pode resolver contrato) , por isso 817º (ação de incumprimento)
886º não permite resolver, necessita prazo admonitório
Motivo- não houve perda de interesse objetiva
3. Anacleto contratou uma transportadora para proceder ao envio das chaves do apartamento e do
automóvel. Agora, pretende que Bento suporte o valor correspondente. Quid iuris?
Quem tem de pagar o transporte é o vendedor
Despesas relativas à execução do contrato
878º é relativamente a despesas relativas à celebração do contrato como o registo, escritura, impostos (selo,
sobre transação de imóveis)… custos a cargo do comprador (formalidades para que a celebração seja válida)
Ratio- se o preço da venda for baixo, o vendedor ao acartar as despesas podia entrar em prejuízo,
evita-se diminuição do preço
Pode ser afastado por autonomia das partes
Caso 3
Ambrósio vende a Bento o seu precioso relógio. Fica acordado que o preço será afixado por Célio, avô
de Ambrósio e anterior proprietário do relógio.
Célio fixa o preço em 100 mil euros, pretendendo que o relógio continue no espólio familiar. Bento
entende que o preço indicado é injusto por corresponder a dez vezes o valor de mercado do objeto.
Quid iuris?
400º nº2, tribunal determina segundo equidade
Tendo em conta 883º
Terceiro deve complementar vontade das partes- não pode satisfazer interesses próprios mas sim das partes
do negócio
Terceiro não tem direito a determinação do preço portanto não o pode fazer segundo critérios próprios-
critérios definido pelas partes ou critério legal (equidade)
MC/ML- 280º nulidade
MAS consideramos que tal não se aplica porque há um critério egal atendível: equidade
Privilegiaria terceiro
Equidade
Forte- caso concreto, não aplicável porque é subjetivo
Fraco- devemos recolher do direito positivo valorações (EX: 883º) e adaptamos de acordo com
particularidade do caso
=Atender a valor de mercado e equilíbrio das prestações- 883º aplica-se indiretamente
400º nº2- aplicamos de forma direta porque ainda que texto não mencione determinação mal feita (Apenas
diz quando não é feita ou quando não é feita a tempo), visa acautelar patologias na determinação do preço
por terceiro
Aplicamos diretamente mas outros autores defendem aplicação da analogia
Parte afetada deve pedir declaração de nulidade de determinação do preço e a seguir a determinação
do preço pelo tribunal- deixa de haver determinação logo aplicamos 400º nº2
Caso 4
António é colecionador de obras surrealistas e pai de três filhos: Camila, Dário e Edmundo.
Em 2020, António vende a Bernardo, casado com Camila, o quadro "A Tentação de Santo Antão" de
Salvador Dali pelo preço de 200 mil euros. O negócio foi celebrado por escrito por insistência de
Dário, filho mais novo de António que na altura tinha 15 anos.
No dia seguinte, Edmundo, que desde sempre adorara a pintura, vê o quadro fixado na parede da sala
de estar de Bernardo, tomando, então, conhecimento do negócio.
Como o falecimento de António em 2022, Edmundo e Dário pretendem saber se podem reagir contra
o contrato celebrado. Quid iuris?
Compra e venda
Veda compra e venda a filhos ou netos- 877º
Norma excecional ao princípio da autonomia privada (liberdade de contratar)
Proibição relativa, temos como absoluta as praias porque viola 280º (“legalmente possível”)
Diferentes autores incluem ou não os genros
Pode incluir venda a descendentes por interposta pessoa- 579º nº2
Aplica-se analogicamente 877º e 579º? Não por causa do 11º
Interpretação extensiva- evitar situações de dificuldade de provar como espírito da norma
Motivo: afeta a legítima dos herdeiros face a outros herdeiros legitimários, evitando doações
inoficiosas com prejuízo na legítima
DISCUSSÃO DO REGIME DE BENS- se for comunhão de bens, o bem vendido é bem comum e fica na
titularidade da filha também
Se for separação de bens, não há bens comuns, é apenas do genro
Assim, alguns autores defendem que não é preciso estender aos genros
Ainda assim alguns consideram que se deve estender porque o cônjuge continua a ser
herdeiro legitimário mesmo que estejamos perante separação de bens, visto que há sempre um risco
Antunes Varela- bisnetos e bisavós não estão abrangidos
Jurisprudência considera admissível enquadrar genros e noras em regime de separação de bens através de
interpretação extensiva
Logo seria legítimo abranger bisnetos também
Caso dos namorados- considera-se como venda de terceiros por não haver relação de parentesco entre os
namorados, logo não é admissível uma interpretação extensiva visto que o namorado não será herdeiro
legitimário em circunstância alguma
1. Edmundo e Dário intentam uma ação judicial contra Bernardo. De seguida, Bernardo vende o
quadro ao filho do juiz responsável pelo processo. Quid iuris?
579º nº2, 876º, 579º nº3
876º norma remissiva para 579º, visto que a previsão não está completa
Caso 5
No stand de automóveis Carros Novos, Lda., Anacleto compra um carro por
20 mil euros.
Como não tinha dinheiro para pagar a pronto, o stand promove a celebração
de contrato de mútuo de 20 mil, valor que deveria ser restituído ao fim de 5
anos.
O contrato de concessão de crédito foi celebrado com a Créditos XPTO, S.A.,
sociedade financeira parceira comercial do stand.
O automóvel foi entregue, mas ficou acordado que o stand permanecia
proprietário até à restituição do capital em dívida.
DOUTRINA PEDRO ALBUQUERQUE- 796º nº1, foi feita a entrega da coisa logo o risco dividido
pelas partes (repartição na suportação do risco)
MOTIVO: “transferência do domínio” -transfere-se direito real de domínio (controlo
material), objetivo é enquadrar as situações de reserva de propriedade
Comprador tem de pagar até ao fim (cumprir a obrigação), caso não o faça, o vendedor pode
executar o património
Vendedor perde a garantia real- não pode ter a coisa de volta, ainda que possa ir ao património
do comprador, tendo em conta que perde o direito de garantia, começa a concorrer com os
demais credores em posição de igualdade
Caso 6
Aníbal, agricultor, vendeu a Beatriz, comerciante, a totalidade da sua produção mensal de alface, a
mil euros mês, durante um ano. É sabido que Aníbal, por via de regra, produz cerca de 1 tonelada de
alface por mês.
a) Porém, no mês de abril, em razão do mau tempo prolongado, Aníbal apenas produziu 700 kg
de alface. Apesar disso, Aníbal exige de Beatriz o pagamento dos mil euros relativos aquele
mês. Quid iuris?
Bem futuro, aquisição depende de colheita
Perceber se atribuíram carácter aleatório- se SIM, preço é devido (880º nº2), logo B tem de pagar, se NÃO
cumprimento parcial e redução do preço
880º difere do 881º porque no 881º refere-se MENÇÃO DA INCERTEZA
b) Imagine agora, em alternativa que Aníbal apenas tinha produzido 700 kg de alface no mês de
abril por não ter utilizado nos meses de fevereiro e de março as dosagens adequadas de
pesticidas. Quid iuris?
Impossibilidade culposa imputável ao devedor- 801º- aplica-se 798º e 799º relativamente à
presunção de culpa
Não se aplica o 886º porque não está em causa a falta de pagamento do preço
801º nº2- pode resolver o contrato segundo o 432º ou restituir o preço pago
INTERESSE CONTRATUAL POSITIVO E NEGATIVO- ambos dizem respeito a lucros cessantes e danos emergentes
POSITIVO- devemos colocar o lesado na posição que este estaria se o contrato tivesse sido cumprido
É possível acumular- 892º, finalidade de punir o vendedor, excecionalmente, compra e venda de bens alheios ou
onerados
Caso 7 (corresponde à 2.ª hipótese do livro de caso práticos do Senhor Professor Tiago
Soares da Fonseca):
Carlos vendeu a Diogo, um terreno para construção por 10 milhões de euros,
indicando, além da respetiva localização, que o mesmo tinha 10 mil m2.
a) Passado sete meses, Diogo verifica que o terreno apenas tinha 9 mil m2. Exige
de Carlos mais mil m2, ou, em alternativa, aquilo que considera ter pago a
mais, mas este recusa.
Divergência entre medida referida e a medida do terreno
Não foi por medida quadrada- interesse global
Divergência é superior a 1 vigésimo (500m2)- redução do preço
Reduz 500 mil euros correspondente à parte que D não recebeu
Bem imóvel – 1 ano para reclamar, 890º nº1
c) Suponha que, no mesmo dia e no mesmo cartório, Carlos tinha vendido a Diogo
dois terrenos: um por 2 milhões de euros com 2 mil m2; outro por 1 milhão de euros,
com mil m2. Posteriormente, vem a verificar-se que, afinal, cada um dos terrenos tem
1500 m2.
Quid Iuris?
Alternativa 1:
Compensação- 889º, 500 a mais num compensar 500 em falta no outro- compensação entre
faltas e excessos
NÃO SE PODE APLICAR PORQUE NÃO É UM PREÇO UNITÁRIO MASSSS
PODEMOS INTERPRETAR que em cada mil metros há um preço único ainda que não haja
um preço unitário (interpretação extensiva)
Alternativa 2:
Diferença excede um vigésimo (5%) e não havendo venda fixada com preço por unidade
888º nº2- preço reduzido em ambos os preços
Caso 8
Amílcar, aficionado por relógios, compra a Bento um relógio por 3.000 euros para o
usar no casamento da irmã. Fica acordado que Amílcar pode devolver o bem no prazo
de um mês se não se encontrar satisfeito com a compra.
Ao fim de uma semana, depois do casamento, Amílcar pretende devolver o relógio a
Bento, referindo que nunca pretendeu adquirir o bem.
Quid iuris?
Compra e venda a contento na segunda modalidade- se coisa não agradar ao comprador pode
devolver, tendo direito a resolver o contrato
Ao fim de uma semana pretende devolver relógio
Intenção da Amílcar demonstra comportamento abusivo- tem de indemnizar se houver danos
Direito de Amílcar não pode exceder limites de boa fé e abuso de direito
CONSEQUÊNCIA- não pode exercer direito de resolução
334º abuso de direito
Caso 9
António, jovem médico, decide mudar-se para a Irlanda, frustrado com a brutal perda
de poder de compra em Portugal.
Antes de abandonar o país, vende, por 750 mil euros, um apartamento em Lisboa a
Boris, nómada digital e investidor imobiliário.
O jovem médico pretendia regressar um dia a Portugal. Assim, fica acordado que,
mediante o pagamento de 1 milhão de euros, António pode resolver o contrato nos
próximos 10 anos.
a) Em 2024, António informa Boris, por telefone, que pretende reaver o imóvel. Boris
comunica que já vendeu o apartamento a Charles. Quid iuris?
b) Em 2024, o imóvel é destruído por um terramoto. Dias antes, o apartamento tinha
sido avaliado em 1,5 milhões de euros. Pode António resolver o negócio e exigir uma
indemnização pelo valor da avaliação?
Caso 10
Andreia adquiriu a Bernardo uma máquina de lavar louça, tendo sido convencionada a reserva de propriedade e
acordo que o preço devido, no valor de 1000 euros, seria pago em vinte mensalidades, de 50 euros.
Por último, convencionaram as partes que “em caso de incumprimento de Andreia, Bernardo tem direito a
receber 2000 em alternativa ao preço devido”.
Analise, de forma autónoma das demais, cada uma das seguintes situações:
Não. 934º. É uma falta de pagamento de uma só prestação que não excede 1/8 do preço. Bernardo só poderia
utilizar o 808º e ss
781º regra geral não se aplica mas sim o 934º que se aplica a situações de compra e venda, sendo norma especial
face regime regra do 781º
Crédito ao consumo- DL133/2009 uma das partes qualifica-se como comerciante e a outra como consumidor
934º norma geral- este diploma consagra regime especial, legislador pretendeu consagrar regime de maior
proteção ao consumidor (Deveres acrescidos de informação, informação por escrito, regime especial de resolução de
contrato e perda de benefício do prazo nomeadamente o 20º)
2. Andreia pagou a primeira mensalidade, apesar de tardiamente, e depois voltou a esquecer-se de pagar a
segunda mensalidade.
Não houve perda de tutela de confiança
5. Suponha que tinham sido acordadas, ao invés de vinte mensalidades, apenas cinco.
Resolva autonomamente cada uma das seguintes sub-hipóteses, mencionado os direitos
de Bernardo:
a. Andreia falta no pagamento de uma das mensalidades.
Excede 1/8 do preço pode ser aplicado o 934º
Resolução ainda não é possível porque não estamos perante incumprimento definitivo, mas
pode recorrer à exigência antecipada (que cobre a mora e incumprimento definitivo)
c. Andreia falta ao pagamento de primeira mensalidade, mas ainda não tinha havido a
entrega da máquina de lavar a louça.
5 prestações com o mesmo valor
Sem entrega da coisa
Com reserva de propriedade
934º nº1 2º parte não precisa entrega da coisa
Não se aplica regime de mais tutela de 934º- 886º não houve entrega da coisa- aplica-se regime
801º
Não se aplica 934º, aplica-se 781º por exceder 1 oitavo do preço
c. Andreia falta ao pagamento da primeira mensalidade, mas não tinha havido reserva
de propriedade, nem entrega do eletrodoméstico.
Admite que não é seu mas que pode vendê-lo- venda de bens alheios, 892º negócio nulo
b) Pedro desloca-se à casa e gostou muito de um quadro. Maria diz a Pedro que
aquele quadro “era seu”, mas que poderia vendê-lo por 100 euros. Este aceita.
Quando soube do sucedido, Nuno exige o quadro de volta a Pedro, que, por sua
vez, se recusa. Maria, contudo, diz que não pode fazer nada e se a pretensão de
Nuno for a Tribunal, o mesmo terá de declarar a nulidade do contrato.
Bem vendido por M pode não ter sido entregue ao comprador- ação de ineficácia
do negócio entre vendedor e comprador
902º aplica-se quando apenas uma parte do objeto é alheio (EX: coleção de livros, 1 deles não
pertence à mesma pessoa)
c) Maria vende a bicicleta de Nuno a Ruben, tendo dito a este último que
Nuno lhe tinha prometido, por contrato, vender-lha. Posteriormente,
contudo, veio a suceder que Nuno vendeu a referida bicicleta a Sara.
Ruben pretende agora que Maria lhe devolva o preço que pagou pela
mesma, assim como uma indemnização que alega ter sofrido.
Nuno é proprietário
Responsabilidade contratual
799º presunção de culpa- terá de ser demonstrado pelo R que M incumpriu obrigação de
diligência
Caso 10
Ana, através de uma plataforma de venda de produtos particulares usados on-line, vendeu a Bernardo, por 300
euros, o seu telemóvel, metade do que custa novo.
Cinco meses e uma semana depois do negócio, por transvio dos correios, Bernardo lá recebeu o aparelho em sua
casa e verificou que o mesmo não liga. Após ter colocado o aparelho a carregar, Bernardo constatou que, apesar
de ligar e ter acesso à internet, o telemóvel não permitia fazer, nem tão-pouco, receber chamadas.
Quatro semanas depois, na sequência de deslocação a uma loja de marca, as suspeitas de Bernardo confirmaram-
se: o processador do aparelho estava avariado e tinha de ser substituído por um novo, no valor de 300 euros.
A) Bernardo escreveu a Ana a pedir-lhe o pagamento de 300 euros pelo arranjo do aparelho. Esta, porém,
recusa-se, alegando que já passou tempo demais, que hoje em dia os telemóveis só servem para navegar
na Internet, que Bernardo poderia fazer chamadas pelo WhatsApp e, por fim, que nem sequer sabia que o
processador do telemóvel estava avariado, uma vez que já não lhe dava uso há mais de dois anos.
Coisa defeituosa- vícios impeditivos da realização do fim a que lhe é destinado, falta das qualidades
necessárias para realização do fim a que se destina
Dentro do padrão de normalidade- 913º nº2, desonera comprador de ter de fazer prova
Situação de incumprimento- direito de exigir reparação da coisa ou substituição
Apenas na situação de substituição se pode fazer valer de desconhecer sem culpa do vício
B) Bernardo, em alternativa ao pedido anterior, opta pela anulação do negócio, juntamente com uma pretensão
indemnizatória.
Prazos do 916º
Caso 1 Empreitada
Sara é uma ilustre advogada da nossa praça, com escritório numa fração dos anos 40, em Lisboa.
Tendo perdido uma ação de Direito da Família, de uns largos milhares de euros, Sara enviou a referida sentença a
Telmo Sabe de Família, professor de Direito. Analisada a referida sentença, Telmo Sabe de Família foi da opinião
de que a mesma padecia de diversos erros de Direito, justificando-se a interposição de recurso. Sara, depois de
consultar o seu cliente, decidiu contratar um parecer a Telmo.
Porém, atrapalhado com as aulas da faculdade, consultas jurídicas, mestrados e família (a sua!), Telmo fez o dito
parecer apressadamente, inclusivamente não atendendo aos factos provados na sentença, extremamente
relevantes para fundar a ilegalidade do aresto.
Saram tendo recebido o parecer no último do prazo, limitou-se a anexá-lo às suas alegações de recurso, só se
apercebendo das falhas do mesmo dois meses mais tarde, quando foi notificada do acórdão da Relação e dos
comentários no mesmo ao parecer.
Confrontada com um pedido de Telmo do pagamento de honorários, no valor de 10000 euros, Sara marca uma
reunião com os demais sócios da sociedade para decidir o que fazer.
Quid iuris?
II
Abel e Bruna celebraram um contrato mediante o qual o primeiro se obrigou a
construir um jardim de 10.000 m2 na moradia de Bruna, pelo preço de 100.000,00 €, a
liquidar no momento da entrega do jardim.
Abel entregou um orçamento para a execução dos trabalhos que incluía, para além do
trabalho de ajardinamento do espaço, o fornecimento de materiais e plantas.
No decurso dos trabalhos, Abel e Bruna acordaram a instalação de um sistema de rega
e no fornecimento de duas bombas de água para se colocar no jardim.
6) No fim do projeto, Bruna apresentou uma fatura de 100.000,00€ pela construção
do jardim e de 20.000,00€ pela instalação do sistema de rega e das duas bombas
de água. Bruna recusa-se a pagar a segunda fatura. Quid iuris?
Empreitada
Dupla exigência para exigir aumento do preço
Alteração não é de iniciativa do empreiteiro- houve acordo entre empreiteiro e dono da obra
Temos novo contrato de empreitada ou então modificação contratual do contrato de empreitada
(407º)
1211º remete para 883º e seus critérios de definição de preço
AULA EXTRA