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BREVES CONSIDERACOES SOBRE O

CIRPC
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
 Lei nº 15/2002 de 26 de Junho - Lei de Bases do
SistemaTributário Moçambicano
 Lei nº 2/2006, de 22 de Março - Lei Geral Tributária
 Lei n.º 34/2007, de 31 de Dezembro - Código do Imposto
sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas
 Decreto n.º 9/2008 de 16 de Abril - Regulamento do
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Colectivas
 Lei 20/2009, de 10 de Setembro - Alterações ao Código
do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas
 Lei 4/2012, de 23 de Janeiro - Alterações ao Código do
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas
 Lei 19/2013, de 23 de Setembro – Alterações ao Código
do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas
2
1. Natureza do IRPC – art.1 do CIRPC

O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas


Colectivas – IRPC, é:
 Directo – tributa o rendimento e riqueza
obtidos;
 Pessoal – devido pelas sociedades comerciais ou
entidades equiparadas
 Incide sobre o valor global anual dos
rendimentos, mesmo quando provenientes de
actos ilícitos – a proveniência não importa para
efeitos fiscais.
 Periódico e proporcional – proporcional aos
rendimentos obtidos
2. Incidência pessoal e âmbito de sujeição

2.1. INCIDÊNCIA PESSOAL


 As sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, cooperativas,
empresas publicas e demais pessoas colectivas de direito publico;
 As entidades desprovidas de personalidade jurídica com ou sem direcção
efectiva em território moçambicano;

2.2 BASE DE TRIBUTAÇÃO DE ENTIDADES RESIDENTES


a) TRIBUTA O LUCRO (art. 4, nº1, a) CIRPC) e arts. 17 a 41) para:
Sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, cooperativas,
empresas públicas e demais entidades colectivas residentes, que
exercem a título principal uma actividade de natureza comercial,
industrial ou agrícola

b) TRIBUTA O RENDIMENTO GLOBAL (art. 4, nº1, b) e arts. 42 e 43


CIRPC) para:
Pessoas colectivas residentes, que não exercem a título principal uma
actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola (ex: fundações e
associações).
2. Incidência pessoal e âmbito de sujeição

2.3 BASE DE TRIBUTAÇÃO DE ENTIDADES NÃO RESIDENTES

c) TRIBUTA O LUCRO IMPUTÁVEL AO ESTABELECIMENTO (art.


4, nº 1, c) e art. 44)
Estabelecimento estável sito em Moçambique de entidades não-
residentes

d) TRIBUTA O RENDIMENTO DAS DIVERSAS CATEGORIAS


CONSIDERADAS PARA EFEITOS DE IRPS (art. 4, nº 1, d) e art.
45) para:
Entidades não residentes sem estabelecimento estável em
território moçambicano
2. Incidência pessoal e âmbito de sujeição
ÂMBITO DA OBRIGAÇÃO DE IMPOSTO

• Residentes – Obrigação Pessoal. Sujeição pela totalidade dos seus


rendimentos, incluindo os obtidos fora de Moçambique (Tributação
de base mundial - world wide income tax). Ver art. 5, nº 1.
 Considera-se residente em território moçambicano, para efeitos
fiscais no ano a que respeitam os rendimentos, aquele que
permanecer por mais de 180 dias. (v.artigo 9 da Lei de Bases)

Não-residentes – Obrigação Real: Sujeição pelos rendimentos obtidos
em Moçambique (art. 5, nº 2)
• Elenco exaustivo dos rendimentos considerados obtidos em
Moçambique (art. 5, nºs 3, 4 e 5)
=
 Os imputáveis a estabelecimento estável situado em Moçambique
+
 Rendimentos referidos nas alíneas do art. 5, nº 3.
EXTENSAO DA OBRIGACAO DO IMPOSTO –

Condições diferentes de tributação em relação à normal

 Base de sujeição
1) Chama os rendimentos para serem tributados em Moçambique
apesar destes não terem sido obtidos ou as prestações de serviço
não terem sido feitas em Moçambique, pelos não residentes.
2) Tributa esses rendimentos pelo facto de o devedor (beneficiário do
serviço) estar situado em território moçambicano. (vide nº 3 do
artigo 5 do CIRPC)

 Quais rendimentos?
Rendimentos realizados ou utilizados em território moçambicano.
(vide vii da alinea c) do nº 3 do artigo 5 do CIRPC)

 Forma de tributação
Pelo mecanismo de retenção na fonte, nos termos do nº 2 do artigo
67 do CIRPC
REGIME DE TRANSPARENCIA FISCAL art.6
SOCIEDADES ISENTAS DO IMPOSTO CUJO LUCRO É
TRIBUTADO NAS DECLARACOES INDIVIDUAIS DOS SÓCIOS

1. É imputada aos sócios, integrando-se, nos termos da legislação


que for aplicável, no seu rendimento tributável para efeitos de IRPS
ou IRPC, consoante o caso, a matéria colectável, determinada nos
termos deste Código, das sociedades a seguir indicadas, com sede ou
direcção efectiva em território moçambicano, ainda que não tenha
havido distribuição de lucros:
 Sociedades civis não constituídas sob forma comercial;
 Sociedades de profissionais;
 Sociedades de simples administração de bens…

Forma de imputação:
2. A imputação a que se refere o número anterior é feita aos sócios
ou membros nos termos que resultarem do acto constitutivo das
entidades aí mencionadas ou, na falta de elementos, em partes
iguais.
REGIME DE TRANSPARENCIA FISCAL art.6
SOCIEDADES ISENTAS DO IMPOSTO CUJO LUCRO É
TRIBUTADO NAS DECLARACOES INDIVIDUAIS DOS SÓCIOS

 Sociedades civis não constituídas sob forma comercial, as sociedades


de pessoas que não visam a prática de actos de comércio e que estão
subordinadas à lei civil;
 Sociedade de profissionais, a constituída para o exercício de uma
actividade profissional constante da lista da Classificação das
Actividades Económicas Moçambicanas por Ramos de Actividade (CAE),
em que todos os sócios sejam profissionais dessa actividade e desde que
estes, se considerados individualmente, ficassem abrangidos pela
categoria dos rendimentos do trabalho independente para efeitos do
IRPS;
 Sociedade de simples administração de bens, a sociedade que limita a
sua actividade à administração de bens ou valores mantidos como
reserva ou para fruição ou à compra de prédios para habitação dos seus
sócios, bem como aquela que conjuntamente exerça outras actividades e
cujos proveitos relativos a esses bens, valores ou prédios atinjam, na
média dos últimos três anos, mais de 50% da média, durante o mesmo
período, da totalidade dos seus proveitos;
MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA
COLECTÁVEL (Art. 16)
 1- Método directo/declarativo (nº 1)
Com base na declaração do contribuinte, controlada pela
Administração Tributária

 2 - Métodos indirectos (nº 3)

a) No art. 46
– Factos (art. 92 da LGT): Inexistência de contabilidade; Falta
ou atraso na escrituração; Recusa de exibição, ocultação,
destruição, falsificação ou viciação da contabilidade e demais
documentos; existência de várias contabilidades; erros e
inexactidões ou indícios fundados de que a contabilidade não
reflecte a exacta situação patrimonial e o resultado.
– Critérios (art. 93 LGT): margens médias de lucro, taxas
médias de rendibilidade, coeficientes técnicos, elementos de
outros impostos ou de outros sujeitos passivos, matéria
colectável do ano mais próximo...
b) No art. 47: Regime simplificado determinação do lucro
tributável – Tributa com base em índices que recai sobre o valor
das vendas.
REGIMES DE APURAMENTO DA MATÉRIA
COLECTÁVEL
 Contabilidade organizada – Obrigatório para todas as
empresas públicas, sociedades anónimas e em comandita
por acções, estabelecimentos estáveis de não residentes; e
para as restantes sociedades que no ano anterior
obtiveram um volume de negócios superior a
2.500.000,00Mt (art. 75).

 Regime simplificado de escrituração –


Contribuintes não obrigados à contabilidade organizada e
que por ela não optem e tenham um volume de negócios
igual ou inferior a 2.500.000,00Mt (art. 75, nº 2, 76 e 77)

 Regime simplificado de determinação do lucro


tributável – Contribuintes não obrigados à contabilidade
organizada que não optem por ela, nem pelo regime
simplificado de escrituração (art. 47)
A relação entre a fiscalidade e a contabilidade
Princípio da realização versus princípio da relevância

 EMPRESAS COM CONTABILIDADE ORGANIZADA:

DO RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO AO LUCRO


TRIBUTÁVEL (Art.17 CIRPC)
Resultado Líquido do Exercício (RLE)
+
Variações Patrimoniais Positivas não reflectidas no RLE e que
concorrem para o Lucro Tributável
-
Variações Patrimoniais Negativas não reflectidas no RLE e que
concorrem para o Lucro Tributável
+ ou –
Correcções Fiscais
=
Lucro Tributável
Princípio da realização versus princípio da
relevância

COMPONENTES POSITIVAS DO LUCRO TRIBUTÁVEL:

1 - Proveitos ou ganhos do exercício (art. 20 CIRPC)


Proveitos ou ganhos de operações de qualquer natureza (normais
ou ocasionais, básicas ou acessórias). Elenco exemplificativo.
2 - Variações patrimoniais positivas não reflectidas no RLE e
não excluídas no art. 21 do CIRPC

COMPONENTES NEGATIVAS DO LUCROTRIBUTÁVEL:

1 - Custos ou perdas do exercício (art. 22 do CIRPC)


Critério da indispensabilidade para a formação dos proveitos ou
ganhos sujeitos a IRPC ou para a manutenção da fonte geradora.
Elenco exemplificativo.
2 - Variações patrimoniais negativas não reflectidas no RLE e
não excluídas no art. 24 do CIRPC
REMUNERAÇÕES DO TRABALHO A TRABALHADORES, A
TÍTULO DE PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS

Base legal (art. 24, nºs 2 a 5 CIRPC)


REGRA:
Na empresa – variação patrimonial negativa
dedutível ao RLE do exercício a que respeita (art. 24,
nº 2 do CIRPC).
Na pessoa do trabalhador ou membro de órgão
social - rendimento de trabalho dependente do ano
em que é recebido ou colocado à disposição (art. 3,
nº 1 do CIRPS).
Condição: Pagamento das gratificações até ao
final do ano seguinte.
Em caso de não pagamento até ao final do
ano seguinte: liquida IRPC de exercícios anteriores
igual ao que deixou de ser liquidado + juros
compensatórios ( art. 24, nº 5 CIRPC).
REMUNERAÇÕES DO TRABALHO A MEMBROS DOS
ÓRGÃOS SOCIAIS, A TÍTULO DE PARTICIPAÇÃO NOS
RESULTADOS

 EXCEPÇÃO (Requisitos cumulativos):


Gratificações a órgãos de administração que detenham ≥
1% do capital social (1) e cujo montante seja superior ao
dobro da remuneração mensal auferida no exercício
(art. 24, nºs 3 e 4 do CIRPC).

 Na empresa – A parte que excede o dobro da remuneração


mensal é equiparada a lucros distribuídos. Não é
fiscalmente dedutível.
 Na pessoa do membro de órgão de administração =
rendimentos de capitais.

(1) Cômputo da participação no capital: participação do


próprio, cônjuge, ascendentes ou descendentes até ao 2º
grau.
FORMAS DE UTILIZAÇÃO DOS BENS
 1. Proprietário – O proprietário amortiza/reintegra o bem,
distribuindo o custo de aquisição ou o valor de reavaliação pelo seu
período de vida útil, de acordo com as taxas de amortização legais (v.
Decreto 72/2013, de 23 de Dezembro que substitui a Portaria nº 20
817 de 27.01.68).
 2. Em Locação Financeira - O bem é reintegrado no balanço do
locatário como se este fosse o proprietário. Princípio da substância
sobre a forma. É o locatário que suporta o risco da perda ou
deterioração do bem (art. 23, nº1 b)).
 3. Locação Operacional - Não há limites à dedução das rendas,
excepto tratando-se de aluguer sem condutor de viaturas ligeiras de
passageiro ou mistas. Limite da renda dedutível: Remissão para o
limite das reintegrações fiscalmente aceites (art.36, nº 1, h)).
REGIME FISCAL:
A parte da renda relativa à amortização financeira é fiscalmente
dedutível até ao montante da amortização que poderia ser aceite
como custo no caso de aquisição directa (art. 36, nº 1 h) CIRPC). A
parte da renda relativa a outros encargos não tem esta limitação
fiscal. Mas, tratando-se de viaturas ligeiras de passageiros, toda a
renda tem a limitação fiscal de 50% (art. 36, nº 4 CIRPC).
IRPC – REGIME DAS MAIS E MENOS – VALIAS (Art.
37 a 39)
Âmbito: Transmissão onerosa (incluindo permuta),
sinistros e afectação a fins alheios de elementos do activo
imobilizado.

Cálculo (arts.37 e 38): [Valor Realização – encargos] –


[(Valor aquisição – amortizações praticadas) x correcção
monetária].

Não tributação das mais-valias por reinvestimento do


valor de realização na aquisição, fabricação ou
construção de imobilizado corpóreo até ao 3º ou 4º
exercício seguinte (art.39) .Ver exemplo

Reinvestimento parcial.
Não concretização do reinvestimento até ao final do
prazo: Paga a título de IRPC de exercícios anteriores o
imposto que deixou de ser liquidado + juros
compensatórios. (art.39)
Diferenças definitivas – custos e proveitos não aceites
1. Tratamento dos subsídios (art.º 18 n° 9 do CIRPC) : Deve ser registado
como proveito, durante os períodos necessários para compensar os
custos com eles relacionados.

DGI, Anastácio H. Mubai


Diferenças definitivas – custos e proveitos não aceites

2. Gratificações a trabalhadores e membros dos orgãos sociais e


membros da administração da empresa, que não sejam sócios
directa ou indirectamente, com mais de 1% do capital social (al.
m) do art.º 22 e n°s 2 e 3 do artigo 24, ambos do CIRPC) :

Não há limitação para qualquer forma de remuneração a


trabalhadores, membros dos orgãos sociais, cabendo-lhes tributação
na esfera pessoal e nenhum encargo fiscal para a empresa.

Implicações fiscais: Tais remunerações são fiscalmente aceites,


cabendo limitação até ao dobro da remuneração mensal apenas aos
membros da administração que directa ou indirectamente tenham
participações iguais ou superiores a 1%.

DGI, Anastácio H. Mubai


Diferenças definitivas – custos e proveitos não aceites

3. Contribuições para fundos de pensão e quaisquer regimes de


segurança social e outras realizações de utilidade social, (n.2 do
art.º 23 e artigo 32, conj. n.1 do artigo 31, ambos do CIRPC) :

a) Tais contribuições, apesar de serem considerados rendimentos do


trabalho dependente, serão aceites como custo fiscal se forem forem
feitos para a generalidade dos trabalhadores e forem de difícil ou
complexa individualização quanto aos beneficiários.
b) A gestão e disposição das importâncias despendidas não
pertençam à própria empresa e;
c) Os contratos de seguros sejam celebrados com empresas de
seguros que possuam sede, direcção efectiva ou estabelecimento
estável em território moçambicano e os fundos de pensões ou
equiparáveis sejam constituídos de acordo com a legislação nacional

DGI, Anastácio H. Mubai


Diferenças definitivas

4. IRPC como custo (art.º 36 n° 1 a) do CIRPC): O IRPC não deve ser


registado nas contas de custo. Encontram-se correcções de
impostos em sede de auditoria, IRPC sobre juros, estimativas de
IRPC, retenções na fonte, entre outros.

Considerar que as retenções na fonte efectuadas sobre a empresa


são adiantamentos de IRPC e como vão ser deduzidas ao IRPC
liquidado, no M/22, registar numa conta de adiantamentos nas
contas do Estado (44).

DGI, Anastácio H. Mubai


Diferenças definitivas

5. Impostos e quaisquer outros encargos que incidam sobre


terceiros que a empresa não esteja legalmente autorizada a
suportar (art.º 36 n° 1 b) do CIRPC): Encargos judiciais de
colaboradores, retenções na fonte de IRPC e de IRPS que deviam ser
deduzidas nos pagamentos a terceiros, IVA suportado e que seja
dedutível, multas e coimas de terceiros, entre outros.

DGI, Anastácio H. Mubai


Diferenças definitivas

9. Multas e demais encargos pela pratica de infrações que não


tenham origem contratual (art.º 36 n° 1 c) do CIRPC): Há encargos
evitáveis como a de não resposta atempada a uma solicitação, da
Administração Tributária, multas por falta de entrega de uma
declaração (guia), calendarizáveis, multas de trânsito, por falta de
seguro automóvel, por falta de triângulo, entre outros.

DGI, Anastácio H. Mubai


Diferenças definitivas

10. Indeminizações pela verificação de eventos cujo risco seja


segurável (art.º 36 n° 1 d) do CIRPC): A contratação de seguros visa
o outsorcing do risco de gestão de um bem. Danos próprios,
independentemente do risco ser ou não segurável, são aceites como
custo. A franquia a suportar pelo segurado, este encargo deverá ser
considerado como gasto na determinação do lucro tributável por
enquadramento no art. 22.. do CIRPC e, portanto não será
adicionado.

DGI, Anastácio H. Mubai


Diferenças definitivas

10. Encargos evidenciados em documentos emitidos por sujeitos


passivos com numeros de identificação fiscal inexistente ou
inválido ou por sujeitos passivos cuja cessação tenha sid
declarada: (q) n° 1 do art.º 36 do CIRPC):

Implicações fiscais: Custo não aceite fiscalmente e com impacto


em IVA – não dedutível e com responsabilidade subsidiária, nos
termos do n. 5 do artigo 18 do CIVA.

DGI, Anastácio H. Mubai


Diferenças de temporárias

1. Perdas estimadas em obras de carácter plurianual que se


encontram em curso (art.º 36 n° 1 m) do CIRPC): No caso de
encargos plurianuais que sâo reconhecidos antecipadamente por
força de uma norma contabilística e que nâo sejam aceites
fiscalmente no período em que o foram reconhecidos, podem estes
ser objecto de reposição.

Implicações fiscais: Este gasto é tributável no ano em que ocorre,


podendo ser reversível, quando realizados mas a sua apropriada
reversão dependem da forma como foram relatados nos períodos
anteriores.

DGI, Anastácio H. Mubai


Diferenças temporárias

Implicações fiscais: Qualquer destes gastos são tributáveis no ano


em que ocorrem, podendo ser reversíveis, quando realizados mas a
sua apropriada reversão dependem da forma como foram relatados
nos períodos anteriores. Esta colocação é valida quando tratar-se de
ganhos da mesma natureza.

1. Redução do valor do mercado de activo tangível de investimento


(art.º 36 n° 1 j) do CIRPC);
2. Despesas previstas no art.º 22 alíneas k) e l) do CIRPC) – encargos
com campanhas publicitarias e encargos de aumento de capital,
transformação jurídica das sociedades, prospecção, pesquisas,
estudos e (art.º 36 - A n° 1 do CIRPC);
3. Actualização da valorização de produtos agrícolas e de outros
activos biológicos não enquadráveis no art.º 18 n°7 do CIRPC;
4. Anulação de efeito do método de equivalência patrimonial (art.º 18
n° 8 CIRPC);
DGI, Anastácio H. Mubai
Diferenças temporárias

5. Diferenças de câmbio não realizadas (art.º 22 c) do CIRPC);

6. Provisões ou perdas por imparidade não dedutíveis ou para além


dos limites legais (art.º 28 e 29 do CIRPC);

DGI, Anastácio H. Mubai


Tratamento das diferenças cambiais e
reposição das diferenças cambiais

CIRPC

DGI, Anastácio H. Mubai


Diferenças de cambio à luz dos PGC´s
Contextualização:

1. O Decreto 36/2006, de 21 de Setembro, que


aprova o Plano Geral de Contabilidade (PGC) e
revoga a Resolução 13/84, de 14 de Dezembro,
anterior PGC, no Capítulo IV relativo aos critérios
valorimétricos – créditos e débitos, determina no
ponto 3.2:

DGI, Anastácio H. Mubai


Diferenças de cambio à luz dos PGC´s
Contextualização:

“Nos créditos e débitos de médio e longo prazos, as


diferenças de câmbio desfavoráveis deverão ser registadas
na conta 4.9.2.3 – Diferenças de câmbio favoráveis, e na
conta 1.9.2.3 – Diferenças de câmbio desfavoráveis,
quando existam espectativas razoáveis de que o ganho ou
a perda são reversíveis. Posteriormente, e à medida que
os pagamentos ou recebimentos forem sendo realizados,
far-se-á a sua transferencia para as contas 7.8.4
diferenças de câmbo favoráveis e 6.8.4 diferenças de
câmbio desfavoráveis, consoante exista ganho ou perda
efectivos.”

DGI, Anastácio H. Mubai


Diferenças de cambio à luz dos PGC´s
Contextualização:

2. O Decreto 70/2009, de 22 de Dezembro, que


aprova o Sistema de Contabilidade para o Sector
Empresarial (SCE) baseado nas NIRF’s, e introduz
ajustamentos ao PGC aprovado pelo Decreto
36/2006, aprovando o PGC-NIRF e PGC-PE,
respectivamente, determina:

DGI, Anastácio H. Mubai


Diferenças de cambio à luz dos PGC´s
Contextualização:

2.1 O PGC-PE: No ponto 2.3 - Mensuração dos


elementos das Demonstrações financeiras, relativo às
diferenças cambiais mantém a determinação do
Decreto 36/2006 diferindo da referência das contas.

2.2 O PGC-NIRF: nos parágrafos 22 a 24 da NCRF 23 –


Efeitos de alterações em taxas de câmbio determina
que devam ser reconhecidos na Demonstração de
resultados e reconhece no parágrafo 36 da mesma
norma que estas diferenças podem ter efeitos fiscais.

DGI, Anastácio H. Mubai
Diferenças de cambio à luz do IRPC
Contextualização:

O CIRPC aprovado pela Lei 34/2007, de 31 de


Dezembro, na alínea c) do nº 1 do artigo 20,
alterado pela Lei 20/2009, de 10 de Setembro,
considera proveitos ou ganhos os resultantes de,
entre outros, diferenças de câmbio, desde que
realizadas.

DGI, Anastácio H. Mubai


Diferenças de cambio à luz do IRPC
Contextualização:

Nestes termos, entendem-se realizadas as


diferenças cambiais apuradas:
a) Na data de pagamento efectivo;
b) Na data do recebimento efectivo; ou
c) Na data de compensação de saldos

e não na data de da simples actualização cambial


dos mesmos.

DGI, Anastácio H. Mubai


Diferenças de cambio à luz do IRPC
Contextualização:

As diferenças de câmbio favoráveis e ou


desfavoráveis, apuradas da aplicação da taxa de
câmbio no final do período de tributação às
dividas a pagar ou a receber, expressas em
moeda estrangeira, de que resultem proveitos ou
ganhos/ custos ou perdas, não são aceites para
efeitos fiscais, pois não são realizadas, logo
deverão ser acrescidas (as perdas) e deverão ser
deduzidos (os ganhos).

DGI, Anastácio H. Mubai


Diferenças de cambio à luz do IRPC
Contextualização:

As diferenças de câmbio favoráveis e ou


desfavoráveis, apuradas da aplicação da taxa de
câmbio no final do período de tributação às
dividas a pagar ou a receber, expressas em
moeda estrangeira, de que resultem proveitos ou
ganhos/ custos ou perdas, não são aceites para
efeitos fiscais, pois não são realizadas, logo
deverão ser acrescidas (as perdas) e deverão ser
deduzidos (os ganhos).

DGI, Anastácio H. Mubai


Reposição das diferenças de cambio à
luz do IRPC

Quando no exercício seguinte, aquando do


respectivo pagamento, recebimento ou
compensação, há que regularizar as respectivas
contas de cambio desfavorável/favorável não
realizadas por contrapartida de diferenças de
cambio realizável, como no exercício anterior as
diferenças de cambio favorável/desfavorável não
foram aceites como gastos e ou rendimento, a sua
regularização ou reversão não são novamente
tributadas, pois já foram tributadas
anteriormente.
DGI, Anastácio H. Mubai
Exercício exemplo de diferenças cambiais e
reposição de diferenças cambiais

CIRPC

DGI, Anastácio H. Mubai


Diferenças de cambio à luz do IRPC
Considerando a posição das dívidas a fornecedores, faça o
reporte adequado das diferenças cambiais e as necessárias
reposições das diferenças cambiais, quando aplicável,
conforme abaixo se indica:

Descrição Posição das dívidas em cada ano

Divida A Divida A Divida B Divida B Divida B Divida B


2015 2016 2014 2015 2016 2017
USD USD EUR EUR EUR EUR
Divida 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000

Cambio 30 34 32 36 40 38

Pagou 0,00 60.000 0,00 40.000 50.000 10.000

DGI, Anastácio H. Mubai


Diferenças de cambio à luz do IRPC

Descrição Posição das dívidas em cada ano


Divida A 2015 USD Divida A 2016 USD
Divida 100.000 100.000
Cambio 30 34
Pagou 0,00 60.000
Dif. Cambiais 0,00 400.000
Contabilidade
Não realizadas 0,00 400.000
Realizadas 0,00 240.000
Dif. Cambiais 0,00 160.000
Modelo 22

DGI, Anastácio H. Mubai


Reposição das diferenças de cambio à
luz do IRPC
Quando no exercício seguinte, aquando do
respectivo pagamento e ou recebimento há que
regularizar as respectivas contas de cambio
desfavorável/ favorável não realizadas por
contrapartida de diferenças de cambio realizável,
como no exercício anterior as diferenças de
Cambio favorável/desfavorável não foram aceites
como gastos e ou rendimento, a sua regularização
ou reversão não são novamente tributadas, pois já
foram tributadas anteriormente.

DGI, Anastácio H. Mubai


Reposição das diferenças de cambio à
luz do IRPC

Descrição Posição das dívidas em cada ano


Divida A 2015 Divida A 2016 USD Divida A 2017 USD
USD
Divida 100.000 100.000 100.000
Cambio 30 34 34
Pagou 0,00 60.000 40.000
Dif. Cambiais 0,00 400.000 0,00
Contabilidade
Não realizadas 0,00 400.000 0,00
Realizadas 0,00 240.000 160.000
Dif. Cambiais 0,00 160.000 (160.000)
DGI, Anastácio22
Modelo H. Mubai
Decisões de investimento
Poupanças que podem vir de aspectos ligados às decisões
de investimentos:

Dupla Tributação Económica dos lucros: trata-se da tributação


do mesmo rendimento – o lucro da sociedade - na empresa e no
sócio. Podem-se eliminar ou atenuar das seguintes formas:

1) Eliminação (a 100%) da Dupla Tributação Económica


dos lucros distribuídos (Art. 40 do CIRPC)
 Implicações fiscais: Aqui a taxa do imposto reduz em 100%

2) Atenuação da Dupla Tributação Económica dos lucros


distribuídos (Art. 64 do CIRPC)

Implicações fiscais: Aqui a taxa do imposto reduz em 60%

H. Mubai
Decisões de investimento
1) Eliminação (a 100%) da Dupla Tributação Económica
dos lucros distribuídos (Art. 40 do CIRPC)

Condições para aplicar este artigo:


1. Sejam as duas entidades (a que paga e a que recebe os
dividendos da outra) residentes em território nacional;
2. A participação social relativamente aos dividendos pagos
seja de pelo menos 20% do capital social da outra
empresa, por um período igual ou superior a 2 anos.

Tratamento fiscal a considerar:


1. Registar como proveito o dividendo recebido;
2. Deduzir na Declaração de rendimento esse dividendo;

Este dividendo não se sujeita a retenção na fonte, nos


termos da alínea c) do artigo 68 do CIRPC
H. Mubai
Decisões de investimento

1) Eliminação (a 100%) da Dupla Tributação Económica


dos lucros distribuídos (Art. 40 do CIRPC)

1. As participações das reservas técnicas das


sociedades e mútuas de seguros e as sociedades de
capital de risco, não necessitam de cumprir os requisitos
de percentagem e prazo (nº 2). E as sociedades gestoras de
participações sociais não necessitam de cumprir o
requisito da percentagem (nº 3).
2. Há dispensa de retenção na fonte (art. 68, c) do
CIRPC).

H. Mubai
Decisões de investimento

2) Atenuação da Dupla Tributação Económica dos


lucros distribuídos (Art. 64 do CIRPC)
Participações inferiores a 20%

Para as participações não compreendidas no art.


40, é concedida um crédito de imposto (dedução à
colecta) igual a:

(Lucros distribuídos x taxa do IRPC / 1 - taxa


do IRPC) x 60% .
O montante deste crédito de imposto é adicionado ao
lucro tributável (art. 53, nº 1 a).

H. Mubai
Decisões de investimento

 Exemplo de atenuação da DTE:


 Uma sociedade “A” participante recebeu 300.000,00Mt de
lucros da sociedade participada “B”, correspondente a 15%
de participação.

 Como calcular o credito de imposto por Atenuação da


DTE?
 [(Lucros distribuídos x taxa do IRPC) / (1- taxa do IRPC)] x 60%
 [300.000x32%/(1-0,32)]
 = (96.000/0,68)x60%
 = 141.176,47x60%
 = 84.705,88Mt a adicionar ao Lucro tributável nos termos do
a) do numero 1 do artigo 53 conjugado com artigo 64, ambos
do CIRPC e o mesmo valor correspondera a dedução a
colecta.

H. Mubai
Decisões de investimento
 Exemplo (continuação):
 Se tem de adicionar 84.705,88Mt ao Lucro tributável nos termos do a)
do numero 1 do artigo 53 conjugado com artigo 64, ambos do CIRPC,
então ficara 300.000, que já esta nas DF’s mais aquele valor que
totaliza 384.705,88Mt.

 Então,
 Imposto liquidado: 384.705,88Mt x 32% =
123.105,88Mt
 Valor a deduzir a colecta =
84.705,88Mt
 Valor do imposto real pago =
38.400,00Mt

 O que vem a provar que há de facto um beneficio fiscal de 60%,


tributando apenas 40%. De outra forma temos: 300.000,00Mtx32% =
96.000,00Mt o que seria normalmente cobrado.
300.000,00Mtx32%x60% =57.600,00Mt valor do imposto que deixa
H. Mubai
de pagar.
Asante sana.
Khanimambo.
Obrigado.

H. Mubai
DUPLA TRIBUTAÇÃO ECONÓMICA DOS
LUCROSDISTRIBUIDOS (art. 40) – ELIMINAÇÃO
I - ELIMINAÇÃO ( DEDUÇÃO DE 100% DOS
LUCROS) :
 Conceito: Tributação do mesmo rendimento –
o lucro da sociedade - na empresa e no sócio
 Sociedades participantes e participada
sujeitas e não isentas de IRPC, ambas
residentes;
e
Participação ≥ a 20% do capital
e
Titularidade ≥ a 2 anos
SOCIEDADE LUCRO SOCIEDADE
PARTICIPANTE PARTICIPADA
EM MOC. EM MOC.
DUPLA TRIBUTAÇÃO ECONÓMICA DOS
LUCROSDISTRIBUIDOS (art. 40)

Condições para aplicar este artigo:


1. 1. Sejam as duas entidades (a que paga e a que recebe os
dividendos da outra) residentes em território nacional;
2. 2. A participação social relativamente aos dividendos
pagos seja de pelo menos 20% do capital social da outra
empresa, por um período igual ou superior a 2 anos.

Tratamento fiscal a considerar:


1. Registar como proveito o dividendo recebido;
2. Deduzir na Declaração de rendimento esse dividendo;

Este dividendo não se sujeita a retenção na fonte, nos


termos da alínea c) do artigo 68 do CIRPC
DUPLA TRIBUTAÇÃO ECONÓMICA DOS LUCROS
DISTRIBUIDOS (art. 40)

ELIMINAÇÃO DA DTE (ART. 40).


1. As participações das reservas técnicas das
sociedades e mútuas de seguros e as sociedades de
capital de risco, não necessitam de cumprir os requisitos
de percentagem e prazo (nº 2). E as sociedades gestoras de
participações sociais não necessitam de cumprir o
requisito da percentagem (nº 3).
2. Há dispensa de retenção na fonte (art. 68, c)).
DUPLA TRIBUTAÇÃO ECONÓMICA DOS LUCROS
DISTRIBUIDOS (art. 40)

ATENUAÇÃO DA DTE (ART. 64) Participações


inferiores a 20%

Para as participações não compreendidas


no art. 40, é concedida um crédito de
imposto (dedução à colecta) igual a:
(Lucros distribuídos x taxa do IRPC / 1- taxa
do IRPC) x 60% . O montante deste crédito de
imposto é adicionado ao lucro tributável (art.
53, nº 1 a).
DUPLA TRIBUTAÇÃO ECONÓMICA DOS LUCROS
DISTRIBUIDOS (art. 40)

 Exemplo:
 Uma sociedade “A” participante recebeu 300.000,00Mt de
lucros da sociedade participada “B”, correspondente a
15% de participação.

 Como calcular o credito de imposto por DTE?


 [(Lucros distribuídos x taxa do IRPC) / (1- taxa do IRPC)] x
60%
 [300.000x32%/(1-0,32)]
 = (96.000/0,68)x60%
 = 141.176,47x60%
 = 84.705,88Mt a adicionar ao Lucro tributável nos termos
do a) do numero 1 do artigo 53 conjugado com artigo 64,
ambos do CIRPC e o mesmo valor correspondera a
dedução a colecta.
DUPLA TRIBUTAÇÃO ECONÓMICA DOS LUCROS
DISTRIBUIDOS (art. 40)
 Exemplo (continuação):
 Se tem de adicionar 84.705,88Mt ao Lucro tributável nos termos do a)
do numero 1 do artigo 53 conjugado com artigo 64, ambos do CIRPC,
então ficara 300.000, que já esta nas DF’s mais aquele valor que
totaliza 384.705,88Mt.

 Então,
 Imposto liquidado: 384.705,88Mt x 32% =
123.105,88Mt
 Valor a deduzir a colecta =
84.705,88Mt
 Valor do imposto real pago =
38.400,00Mt

 O que vem a provar que há de facto um beneficio fiscal de 60%,


tributando apenas 40%. De outra forma temos: 300.000,00Mtx32% =
96.000,00Mt o que seria normalmente cobrado.
300.000,00Mtx32%x60% =57.600,00Mt valor do imposto que deixa
de pagar.
DUPLA TRIBUTAÇÃO ECONÓMICA DOS LUCROS
DISTRIBUIDOS (art. 40)
 O mesmo mecanismo de dedução é também aplicado,
independentemente da percentagem de participação e do
prazo em que esta tenha permanecido na sua
titularidade, às seguintes sociedades:
1) Sociedades de seguros e mútuas de seguros, relativamente
aos rendimentos de participações sociais em que tenham
sido aplicadas as reservas técnicas;
2) Sociedades de capital de risco;
3) Sociedades de participações sociais;
4) Sociedades associadas em participação, constituídas como
sociedade comercial ou civil sob a forma comercial,
cooperativa ou empresa pública, com sede ou direcção
efectiva em território moçambicano, independentemente do
valor da sua contribuição, relativamente aos rendimentos,
que tenham sido efectivamente tributados, distribuídos por
associantes residentes no mesmo território
DUPLA TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL – DTI (Art. 65)

 A dupla tributação internacional é aplicável apenas


quando na matéria colectável tenham sido incluídos
rendimentos obtidos no estrangeiro.
 Para além das Convenções celebradas com alguns países
para evitar a dupla tributação, o CIRPC prevê a
possibilidade de eliminar ou atenuar a DTI suportada por
sujeitos passivos residentes que auferem rendimentos no
estrangeiro e que aí sejam tributados, podendo deduzir à
colecta do IRPC o menor dos seguintes valores:
1) O montante do imposto sobre o rendimento pago no
estrangeiro;
2) A fracção do IRPC, calculado antes da dedução,
correspondente aos rendimentos que no país em
causa possam ser tributados.
 Sempre que não seja possível efectuar a dedução
correspondente a DTI, por insuficiência de colecta no
exercício em que os rendimentos obtidos no estrangeiro
foram incluídos na base tributável, o remanescente pode
ser deduzido até ao fim dos cinco anos seguintes.
DUPLA TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL (Art. 65 conj. Art 53)

 MEDIDA UNILATERAL

MONTANTE DO CRÉDITO = DEDUÇÃO À COLECTA DO


IRPC DA MENOR DAS SEGUINTES IMPORTÂNCIAS:
1. Imposto sobre o rendimento pago no estrangeiro;
2. Fracção do IRPC correspondente aos rendimentos
tributáveis no estrangeiro, incluindo as limitações por
força de convenção para eliminar a dupla tributação.
Ver também a CORRECÇÃO FISCAL do art. 53, nº 1, b)

 INSUFICIÊNCIA DE COLECTA NO EXERCÍCIO:


O remanescente pode ser deduzido até ao fim dos cinco
exercícios seguintes.
DUPLA TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL (Art. 65) - EXEMPLO

A sociedade Mestre, Lda., com sede em Moçambique, obteve


no ano N rendimentos no valor de 200.000MT, provenientes
de um empreendimento na Tanzânia, sobre os quais pagou
nesse país imposto sobre o rendimento no valor de
40.000MT. Moçambique não celebrou, com a Tanzânia,
convenção para eliminar a dupla tributação. Assim:

1) Imposto pago no país de origem do rendimento:


40.000MT;

2) Imposto a pagar em Moçambique (200.000 x 32%):


64.000MT;

A dedução à colecta por DTI a que a Mestre, Lda. tem direito


corresponderá à menor das importâncias, portanto ao valor
do imposto pago na Tanzânia 40.000 MT, que será deduzido
à colecta (campo 304 do M/22).
REGRAS DE PAGAMENTO (art.º 27.º a art.º 30 do Regulamento do
CIRPC)

Pagamento por Conta - PC


 Os sujeitos passivos apresentam, anualmente, a declaração de modelo oficial

(Modelo 22) relativa aos rendimentos auferidos no ano anterior e outros

elementos informativos relevantes para a sua concreta situação tributária.

Esta declaração deve ser entregue até ao último dia útil do mês de Maio do

ano seguinte àquele a que respeitem os rendimentos.

Em três pagamentos por conta, com vencimento nos meses de Maio, Julho
e Setembro, do próprio ano a que respeita o lucro tributável (ou no quinto,
sétimo e nono mês no caso de entidades que adoptem período diferente do
ano civil) sendo este calculado pela aplicação da percentagem de 80% sobre
o imposto liquidado no exercício anterior deduzido das retenções na fonte.
PC = (80% x IRPC liquidado n – 1 ) - Retenções na Fonte
3
Sendo que: IRPC Liquidado = Matéria Colectável x Taxa do IRPC
REGRAS DE PAGAMENTO (art.º 27.º a art.º 30 do Regulamento do
CIRPC)

Pagamento Especial por Conta - PEC


Em três pagamentos especiais por conta, com vencimento nos meses
de Julho, Agosto e Outubro, incidindo o mesmo sobre o montante que
será igual à diferença entre o valor correspondente a 0,5% do
respectivo volume de negócios, com limite mínimo de 30.000,00 MT e
máximo de 100.000,00 MT e o montante de pagamento por conta
efectuados no ano anterioraté ao termo do prazo fixado para
apresentação da declaração periódica de rendimentos, pela diferença
positiva que exista entre imposto total calculado e as importâncias
entregues por conta.

 Volume de Negócios
 Até 6.000.000,00 MT
 30.000,00MT – Pagamentos por conta no ano anterior (n-1)
 Entre 6.000.001,00 MT ate 20.000.000,00MT
 0,5% * VN – Pagamento por conta N-1
 Mais de 20.000.000,00 MT
 100.000,00 MT – Pagamentos por conta no ano anterior(n-1)
Retenções na fonte do IRPC

Os não residentes, que não tenham estabelecimento


estável, são tributados pelo mecanismo de retenção na
fonte (às taxas previstas no artigo 62 do CIRPC), a titulo
definitivo (n.2 do artigo 67 do CIRPC), e não recaem sobre
eles outras obrigações.

Procedimento: reter o IRPC e pagar ao não


residente a diferença.

H. Mubai
3. Liquidação do imposto

Momento de retenção na fonte do IRPC (n.5 artigo 67 do


CIRPC)
a) Ocorre no acto do pagamento;
b) Na data de vencimento, ainda que presumido;
c) Na data da sua colocação à disposição;
d) Na data da sua liquidação ou do apuramento do respectivo
quantitativo, consoante os casos, ou;
e) Tratando-se de comissões, pela intermediação na
celebração de quaisquer contratos, no acto do seu
pagamento ou colocação à disposição.

Devendo as importâncias retidas ser pagas nos termos e


prazos estabelecidos no CIRPS

H. Mubai
NOTAS COMPLEMENTARES AO IRPC

QUESTOES LEVANTADAS A PEDIDO DOS


FORMANDOS
ARRENDAMENTO DE IMOVEIS
. 1. Tratamento em sede do Imposto sobre os rendimentos
IRPS/IRPC:

 Regra geral, há obrigatoriedade de efectuar a retenção na fonte do IRPS ou IRPC,
relativamente aos rendimentos da 4ª categoria, rendimentos prediais, à taxa de 20%,
quando a entidade devedora dos mesmos disponha ou deva dispor de contabilidade
organizada, nos termos do disposto no nº 3 do art. 65 do CIRPS, aprovado pela Lei
33/2007 de 31 de Dezembro e alinea c) do nº 1 do art. 67 conjugado com nº 1 do artigo
62, ambos do CIRPC, aprovado pela Lei 34/2007 de 31 de Dezembro, respectivamente.

 Excepção, não existe obrigação de efectuar a retenção na fonte do IRPC ou IRPS,


quando este tenha a natureza de imposto por conta, relativamente aos rendimentos
obtidos por sociedades de gestão de imoveis próprios e que não se encontrem sujeitas ao
regime de transparência fiscal nos termos da alínea c) do nº 1 do art. 6, conforme o
estabelecido na alínea f) do art. 68 do CIRPC.
ARRENDAMENTO DE IMOVEIS
2. Incidência do IVA na locação de imóveis:
 Regra geral, a locação de imóveis está sujeita à tributação em
IVA, nos termos do disposto na al.a) do nº1 do artigo 1
conjugado com o nº1 do artigo 4 do código do IVA (CIVA),
aprovado pela Lei 32/2007, de 31 de Dezembro.

 Excepção, coloca-se para a locação de imóveis para fins de
habitação e para fins comerciais, industriais e de prestação de
serviços em imóveis situados nas zonas rurais, isenta do IVA,
nos termos do nº5 do artigo 9 do código do IVA (CIVA),
aprovado pela Lei 32/2007, de 31 de Dezembro.
VENDA DE IMOVEIS
 SISA
A transmissão onerosa do direito de propriedade ou de figuras parcelares desse
direito, sobre bens imoveis esta sujeito a SISA. (v. Decreto 46/2004, de 27 de
Outubro.
 IVA
Isento, do IVA nos termos do d) do numero 12 do CIVA, aprovado pela lei
32/2007, De 31 de Dezembro.

 IRPS/IRPC
Tributam-se as mais-valias, havendo-as, nos termos do regime previsto nos
artigos 37 a 39 do CIRPC e, regras previstas nos números 1 e 2 do artigo 40 do
CIRPS.
 SELO
COMO TRIBUTAR OS RENDIMENTOS DE TITULOS
DE INVESTIDORES RESIDENTES E NÃO
RESIDENTES
 IRPS
 Retenção a titulo definitivo
 Os rendimentos de títulos, em geral, não são englobados para efeitos de
tributação. Pelo que, a retenção efectuada tem a natureza definitiva. (v. números
3 do artigo 26 e 1 do artigo 57, ambos do CIRPS)
 Opção pelo englobamento
 Podem os sujeitos passivos residentes optar pelo englobamento, para efeitos de
tributação. (v. números 5 dos artigos 26 e 57, ambos do CIRPS)
 Nota: os sujeitos passivos que para que seja considerada como tendo optado pelo
englobamento devem obter o certificado de rendimentos da entidade pagadora daqueles
contendo a declaração expressa dos sujeitos passivos autorizando a AT a verificar junto
daquelas entidades pagadoras, se em seu nome ou de seus familiares, existem naquele
período outros rendimentos. (v. artigo 44 do RCIRPS)
COMO TRIBUTAR OS RENDIMENTOS DE TITULOS
DE INVESTIDORES RESIDENTES E NÃO
RESIDENTES
 IRPC
 Para não residentes
 As retenções sobre os rendimentos de títulos e todos os
outros, tratando-se de não residentes tem a natureza
definitiva. (v. números 3 do artigo 67 do CIRPC)
 Para residentes
 Entende-se, pelo disposto na alínea c) do numero 1 do artigo
67 do CIRPC, que a retenção deve ser feita nos mesmos
termos definidos no CIRPS. Pelo que, há quem entenda que a
opção de englobamento ou não estende-se para os
contribuintes de IRPC.
TRATAMENTO DO GOODWIL
 IRPC/IRPS
• Goodwill é a expectativa de benefícios económicos futuros provenientes
de um conjunto de activos.

 A discussão do tratamento do Goodwill só faz sentido nas


entidades com contabilidade organizada, quer sujeitas ao
IRPC ou do IRPS.
 O regime de amortizações e reintegrações aprovado pelo
Decreto 72/2013, de 23 de Dezembro, determina na
alínea a) do numero 2 do artigo 16 que o Goodwill e o
trespasse não são amortizáveis a não ser em casos de
deperecimento efectivo reconhecidos pela Administração
Tributaria.
Questões levantadas pelos formandos

Questões levantadas pelos formandos

© Anastácio Mubai, 2016


Questões levantadas pelos formandos

1. Qual e o tratamento das despesas confidenciais


ou não devidamente documentadas, a luz da
legislação fiscal?

As despesas confidenciais ou não devidamente


documentadas são um custo não aceite fiscalmente e
tem dois tratamentos:

►Deve ser corrigido na declaração de rendimento (M/22


ou M/10) adicionando ao lucro tributável, que vai se
sujeitar à taxa de imposto da empresa, nos termos da
alínea g) do nº 1 do artigo 36 e artigo 23, ambos do
CIRPC;

►Deve sujeitar-se imediatamente à taxa autónoma de


35%, nos termos do nº 4 do artigo 61 do CIRPC
© Anastácio Mubai, 2016
Questões levantadas pelos formandos

2. As operações isoladas, quais são as considerações


fiscais que se devem ter em conta?

“Os sujeitos passivos que pratiquem uma só


operação tributável nas condições referidas nas
alíneas b) e c) do nº 1 do artigo 2 deverão apresentar
a declaração junto da respectiva entidade
competente até ao fim do mês seguinte ao da
conclusão da operação.” (Artigo 33 do CIVA)

►Na alínea b) do nº1 do artigo 2 faz referencia as


pessoas singulares ou colectivas que, não exercendo
uma actividade, realizem, também de modo
independente, qualquer operação tributável;

►Na alínea c) do nº1 do artigo 2 faz referencia as


pessoas singulares ou colectivas não residentes e sem
estabelecimento estável ou representação, que, ainda de
modo independente, realizem qualquer operação
tributável;
© Anastácio Mubai, 2016
Questões levantadas pelos formandos

3. As operações isoladas, quais são as considerações fiscais


que se devem ter em conta?
► Entende-se que deve ser entregue pela entidade que prestou o serviço, no
mês seguinte;

► Do ponto de vista formal o legislador previu apenas que tais declarações só


podem ser apresentadas por aqueles que não exercem uma determinada
actividade económica e as entidades não residentes sem estabelecimento
estável ou representação.

► A declaração de operações isoladas foi concebida para cumprir a obrigação


de pagamento de IVA, o que não isenta o cumprimento das obrigações em
sede do IRPC e IRPS;

► Se se efectuarem despesas desta natureza, sem documento plausivel, o


facto de liquidar o IVA não torna tais despesas devidamente documentadas.

© Anastácio Mubai, 2016


Questões levantadas pelos formandos

4. Para retenção na fonte de rendimento, porque


há diferenciação de taxas?

► A diferenciação de taxas foi estabelecida pelo legislador


dentro dos códigos de impostos sobre o rendimento, o
CIRPC e o CIRPS, essencialmente por motivos estratégico
e económicos;

► As taxas de retenção na fonte estão previstas, para o


IRPC, no artigo 62 do CIRPC e para o IRPS, no artigo 57,
65 e 65-A do CIRPS;

► A diferenciação de taxas de retenção na fonte são também


causadas pela aplicação dos Acordos para Evitar a Dupla
Tributação entre países, que são instrumentos legais que
o Governo moçambicano assinou com esses países,
designadas de Convenção para Evitar a Dupla Tributação
e Evasão Fiscal, que prevê taxas reduzidas ou
simplesmente isenta da retenção na fonte.

© Anastácio Mubai, 2016


Questões levantadas pelos formandos

5. As despesas de viagem e alojamento suportadas


com colaboradores que não sejam da empresa mas
que estejam ao serviço da empresa, podem ser
registados e aceites fiscalmente?

► As despesas podem ser registadas mas há dois


aspectos que devem ser levados em conta:
► A alinea b) do nº3 do artigo 17 do CIRPC estabelece
que a contabilidade deve reflectir todas as
operações realizadas pelo sujeito passivo;
► O artigo 22 do CIRPC só considera custos ou perdas
os que comprovadamente forem indispensáveis para
a realização dos proveitos ou ganhos sujeitos a
imposto ou para a manutenção da fonte produtora;

© Anastácio Mubai, 2016


Questões levantadas pelos formandos

6. Qual é a diferença entre o pagamento por conta


e o Pagamento Especial por Conta?
► Os pagamentos por conta (PPC) corresponderão a 80%
do montante do imposto liquidado no ano
imediatamente anterior, liquido das retenções na
fonte. Pagamentos por conta são adiantamentos de
imposto sobre lucros que se vai ter no final do ano.

► PPC = 80%*(32% do IRPC – retenção na fonte)/3


► Aqui a base usada é o IRPC liquidado (os 32%);

► O Pagamento Especial por Conta (PEC) é igual à


diferença entre o valor correspondente a 0.5% do
respectivo volume de negócios, com o limite mínimo de
30.000,00 MT e máximo de 100.000,00 MT, e o
montante do pagamento por conta efectuados no ano
anterior.

► PEC = (0,5%*VNn-1[30.000;100.000] - PPC n-1)/3


©► AquiMubai,
Anastácio a base
2016 usada é o volume de negócios.
Questões levantadas pelos formandos

7. Qual e a diferença entre IVA suportado, IVA


dedutível, IVA não dedutível, e o IVA suportado
que que tratamento fiscal a dar a nível de custos?
► IVA suportado é o imposto incidente sobre as
operações tributáveis que efectuaram (imposto
suportado nas compras);

► IVA dedutível é a parte do IVA suportado, sobre as


operações tributáveis nas compras que é dedutível ou
que é permitido deduzir;

► IVA liquidado é o IVA que reflecte a situação final do


contribuinte, dado pela diferença dos valores do IVA
das vendas + IVA de não residentes que a empresa
deve liquidar e o IVA suportado nas compras que seja
dedutível.

► O valor do IVA suportado e que legalmente não seja


dedutivel, é registado como custo, numa conta em
separado
© Anastácio ou na correspondente conta de compras
Mubai, 2016
Questões levantadas pelos formandos

8. Qual é o tratamento que será dado a nível fiscal


das situações de rendimentos contratados pelo
valor liquido e que depois tenha de se encontrar o
valor bruto e pagar impostos?

O IRPC/IRPS, é um imposto directo que incide sobre os


rendimentos obtidos. (Vide artigos 1 do CIRPC e do CIRPS)

► “Não são dedutíveis, para efeitos de determinação do


lucro tributável os seguintes encargos, mesmo quando
contabilizados como custos ou perdas do exercício:
► Os impostos e quaisquer outros encargos que incidam
sobre terceiros que a empresa não esteja legalmente
autorizada a suportar;” (alínea b) do nº1 do artigo 36
do CIRPC)
► O rendimento contratado e pago na realidade, quando
se combina o valor líquido, é o valor que o prestador
de serviços leva na mão, mas a empresa regista o
valor bruto como custo. Logo, há imposto suportado
por conta de outrem.
© Anastácio Mubai, 2016
Alterações na legislação fiscal – CIRPC, aprovado pela Lei
34/2007, de 31 de Dezembro

CIRPC
►Lei nº20/2009, de 10 de Setembro (Introduz o grosso das alterações para introduzir
filtros que mitigam o impacto da introdução das NIRF’s);
►Decreto 68/2009, de 11 de Dezembro (Define os métodos de valorimetria das
existências);
►Lei 4/2012, de 23 de Janeiro (Não tem alterações com impacto em NIRF’s);
►Lei 19/2013, de 23 de Setembro (Não tem alterações com impacto em NIRF’s).

81 DGI, Anastácio H. Mubai


Alterações na legislação fiscal CIRPC
 Contratos de construção – NCRF 10 – NIC 11
Alteração da Lei nº 20/2009, de 10 de Setembro
Artigo

NCRF 10 Quando for provável que os custos do contrato excedem o rédito total do contrato,
Parag. 24 a perda (ou prejuízo) esperada deve ser imediatamente reconhecido em
resultados.
36º - 1 – m) As perdas estimadas nos contratos de construção não são fiscalmente dedutíveis

 Agricultura e activos biológicos – NCRF 11 – NIC 41


Alteração da Lei nº 20/2009, de 10 de Setembro, Decreto 68/2009, de 11 de
Artigo
Dezembro.
5º - 2 Determina quais os critérios de valorimetria das existências que são aceites: FIFO,
Custo medio ponderado ou custo específico.
18º Estabelece o tratamento fiscal da produção agrícola e outros activos biológicos, o
método de valorização dos activos, bem como a forma como os proveitos e custos são
periodizados

20º Tributação de proveitos ou ganhos decorrentes da valorização de activos biológicos

22º Aceitação de custos ou perdas decorrentes da valorização de activos biológicos

DGI, Anastácio H. Mubai 82


Alterações na legislação fiscal CIRPC
 Impostos sobre o rendimento correntes e diferidos – NCRF 12 – NIC
12
Alteração da Lei nº 20/2009, de 10 de Setembro.
Artigo

20º Os custos e proveitos bem como as variações patrimoniais associadas a impostos


sobre o rendimento não são fiscalmente dedutíveis ou tributáveis
21º
24º

 Provisões – NCRF 24 – NIC 37

Artigo Alteração da Lei nº 20/2009, de 10 de Setembro.

28º Quando as provisões tiverem sido reconhecidas pelo valor descontado, os reforços das
provisões decorrentes da passagem do tempo, ainda que contabilizados como gasto
financeiro, deverão ser considerados como reforço de provisões, aplicando-se os
critérios das respectivas provisões

DGI, Anastácio H. Mubai 83


Alterações na legislação fiscal
CIRPC
 Activos intangíveis – NCRF 14 – NIC 38

Artigo Alteração da Lei nº 20/2009, de 10 de Setembro.

22º Custos de pesquisa, custos com campanhas publicitárias, entre outros, previstos na
NCRF 14 contabilizados como custos do exercício são considerados para efeitos
36º-A fiscais durante 3 exercícios
(novo)
36º Despesas com publicidade apenas são fiscalmente dedutíveis até ao limite de 1% do
volume de vendas resultante da actividade normal do respectivo exercício

36º-A Definição de campanha publicitária como os gastos realizados em acções de


(novo) lançamento de marcas, produtos e/ou serviços com projecção económica num
horizonte temporal superior a um ano

DGI, Anastácio H. Mubai 84


Alterações na legislação fiscal
CIRPC
 Activos tangíveis de investimento – NCRF 16 – NIC 40

Artigo Alteração da Lei nº 20/2009, de 10 de Setembro.

20º- 3 –b) Os proveitos e ganhos bem como os custos e perdas resultantes do aumento do
justo valor de activos tangíveis de investimento não são tributados ou deduzidos
36º-1 – j)
para efeitos fiscais

 Imparidade de activos – NCRF 18 – NIC 36

Artigo Alteração da Lei nº 20/2009, de 10 de Setembro.

20º O proveito resultante de uma anulação de amortizações extraordinárias (perda por


imparidade) será tributado se o custo tiver sido aceite fiscalmente pela Autoridade
Tributária de Moçambique

DGI, Anastácio H. Mubai 85


Alterações na legislação fiscal
CIRPC
 Concentrações de actividades empresariais – NCRF 21 – NIRF 3

Artigo Alteração

20º Os proveitos e ganhos resultantes de uma concentração de actividades empresariais (


“goodwill" negativo) reconhecidos como proveitos do exercício não são tributados

 Investimentos em associadas – NCRF 20 – NIC 27, 28, 31

Artigo Alteração

18º Proveitos ou ganhos e custos ou perdas assim como outras variações patrimoniais
decorrentes da adopção do método da equivalência patrimonial na valorização de
investimentos em associadas não são considerados para efeitos fiscais

40º Redução do limite da eliminação da dupla tributação económica dos lucros distribuídos
para 20%

DGI, Anastácio H. Mubai 86


Alterações na legislação fiscal
CIRPC
 Benefícios dos empregados NCRF 19 – NIC 19

Artigo Alteração

22º Os custos relacionados com a participação nos lucros e gratificações a membros de


órgãos sociais e trabalhadores da empresa são considerados como custos fiscais
desde que pagos ou colocados à disposição até ao fim do exercício subsequente

 Diferenças de câmbio NCRF 23 – NIC 21

Artigo Alteração

20º Os proveitos e ganhos bem como os custos e perdas decorrentes de diferenças de


câmbio apenas relevam para efeitos fiscais desde que realizadas
22º

DGI, Anastácio H. Mubai 87


Alterações na legislação fiscal
CIRPC
 Instrumentos financeiros NCRF 25 – NIC 32, 39 NIRF 7

Artigo Alteração

18º Os proveitos e custos financeiros decorrentes do método do custo amortizado são


considerados no resultado fiscal do período a que respeitam

20º Apenas são tributados ou aceites os proveitos e os custos decorrentes de alterações


no justo valor de instrumentos financeiros quando os respectivos justos valores tiverem
36º
sido determinados com referência a uma Bolsa de Valores

24º As variações patrimoniais negativas decorrentes de reclassificações contabilísticas,


nomeadamente para passivos, não concorrem para a determinação do lucro tributável

36º Os custos relacionados com distribuição de dividendos não são fiscalmente dedutíveis

DGI, Anastácio H. Mubai 88


Alterações na legislação fiscal
CIRPC
 Provisão para créditos de cobrança duvidosa NCRF 24 – NIC 37

Artigo Alteração

22º Actualização da terminologia das provisões de activos para perdas por imparidade. A
alteração da terminologia de provisão para perdas do valor das existências para
28º
Ajustamento do valor realizável não foi actualizada, embora o efeito das correções se
mantenha.

 Subsídios do governo – NCRF 26 – NIC 20

Artigo Alteração

18º Proveitos relacionados com subsídios do governo são tributados no exercício a que
respeitam, sendo imputáveis numa base sistemática durante os períodos necessários
para compensar os custos relacionados

DGI, Anastácio H. Mubai 89


Alterações na legislação fiscal
CIRPC
 Rédito NCRF 28 – NIC 18

Artigo Alteração

20º Os proveitos tratados no artigo 20º são considerados para efeitos de determinação do
lucro tributável pelo valor da transacção

DGI, Anastácio H. Mubai 90


Alterações na legislação fiscal
CIRPC
 Outras alterações
 Artigo 26º - Sobre as taxas de amortização e reintegração
 Número 5 – clarifica que as taxas de amortização e reintegração
 Clarificação da legislação

 Artigo 41º-A
 Introdução dos requisitos de transmissibilidade de prejuízos fiscais,
condicionando a autorização do Ministro das Finanças

 Artigo 68º
 Eliminação da dispensa de retenção na fonte anteriormente prevista na
alínea h) – rendimentos obtidos pelos fundos de pensão e da aplicação das
provisões técnicas das empresas seguradoras.

DGI, Anastácio H. Mubai 91


Alterações na legislação fiscal

Regulamento do CIRPC

92 DGI, Anastácio H. Mubai


Alterações na legislação fiscal
Regulamento do CIRPC
 Valorimetria de existências – inventários e activos biológicos NCRF 11

Artigo Alteração

5º Referência específica aos critérios valorimétricos fiscalmente aceites, nomeadamente


os métodos custo médio ponderado, FIFO (First In First Out) e custo específico

5º Referência específica aos critérios valorimétricos dos activos biológicos, aceitando o


critério do justo valor menos os custos estimados no ponto de venda

DGI, Anastácio H. Mubai 93

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