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RENDIMENTO DAS
PESSOAS COLETIVAS
Artigo 104.º n.º 2 da Constituição da República Portuguesa:
Princípio da
Princípio da igualdade
capacidade contributiva
PRINCÍPIO DO RENDIMENTO REAL
O princípio de tributação do rendimento real é uma concretização do
princípio da capacidade contributiva e do princípio da igualdade.
O QUE É O LUCRO
REAL?
O lucro real é o lucro empresarial ou contabilístico.
“Quase instintivamente ligamos este conceito ao lucro apurado num exercício,
o qual assentaria na diferença entre proveitos e custos verificados nesse
período. Este saldo, deduzido do imposto sobre os lucros é evidenciado na
contabilidade das empresas na conta 818 do Quadro de Contas do SNC.”
(BRÁS CARLOS, Impostos, Teoria Geral, p.78).
Porquê?
Será o lucro real um mito?
RENDIMENTO-PRODUTO RENDIMENTO-ACRÉSCIMO
TIPOS
Sociedades comerciais
Sociedades Civis
Cooperativas
Empresas públicas
Demais pessoas coletivas de direito público e privado: Estado, Regiões
Autónomas dos Açores e da Madeira, Autarquias Locais, partidos políticos,
sindicatos, associações patronais, fundações e associações sem fins
lucrativos, ACE’s, AEIE’s
AL. B) – OUTROS SUJEITOS PASSIVOS
EXEMPLOS:
SIM NÃO
SIM NÃO
REGRAS DE IRC
Pessoas com
sede ou direção
NÃO
Totalidade dos rendimentos,
efetiva em terr. incluindo os obtidos fora do
português território português
- pessoas coletivas;
com sede ou direção efetiva em território português, e
que não exerçam, a título principal, uma atividade de natureza comercial,
industrial ou agrícola.
SIM NÃO
Artº 53º, nº 2:
n.º 7
Ao rendimento global são dedutíveis os gastos comprovadamente relacionados
com a realização dos fins de natureza social, cultural, ambiental, desportiva ou
educacional prosseguidos, desde que não exista qualquer interesse direto ou
indireto dos membros dos órgãos estatutários.
ISENÇÕES EM IRC A REQUERIMENTO DOS INTERESSADOS
Nos termos do n.º 1 do artigo 10.º, estão isentas do IRC:
a) As pessoas coletivas de utilidade pública administrativa;
b) Afetação aos fins referidos na alínea anterior de, pelo menos, 50% do rendimento
global líquido que seria sujeito a tributação nos termos gerais, até ao fim do 4.º
período de tributação posterior àquele em que tenha sido obtido, salvo em caso de
justo impedimento no cumprimento do prazo de afetação, notificado ao diretor-
geral dos impostos, acompanhado da respetiva fundamentação escrita, até ao último
dia útil do 1.º mês subsequente ao termo do referido prazo;
a) Em caso algum distribuam resultados e os membros dos seus órgãos sociais não tenham, por
si ou interposta pessoa, algum interesse direto ou indireto nos resultados de exploração das
atividades prosseguidas;
b) Disponham de contabilidade ou escrituração que abranja todas as suas atividades e a ponham
à disposição dos serviços fiscais, designadamente para comprovação do referido na alínea
anterior.
ALTERAÇÕES 15 dias
CESSAÇÃO 30 dias
Até 15 de Julho
DOSSIER FISCAL
As ESNL não estão sujeitas - n.º 1 do art.º 106.º do CIRC, por remissão para o n.º 1 do
art.º 104.º
Taxa de tributação
SIM NÃO
REGRAS DE IRC
Pessoas com
sede ou direção
NÃO
Totalidade dos rendimentos,
efetiva em terr. incluindo os obtidos fora do
português território português
Com obrigação
Sem declarativa
Estabelecimento
ou
estável
Averiguar:
-Isenções do art.º 14º do CIRC;
-A existência de Convenção para Evitar a Dupla Tributação.
Noção de estabelecimento estável(art.º 5.º)
Qualquer instalação fixa através da qual seja exercida uma atividade de natureza
comercial, industrial ou agrícola. Ex: um local de direção, uma sucursal, um escritório...
Exemplos de erros:
Efeitos de erros matemáticos;
Erros na aplicação de políticas contabilísticas;
Descuidos ou interpretações incorretas de factos;
Fraude.
ERROS MATERIAIS, ERROS IMATERIAIS,
se puderem, individualmente ou mas feitos intencionalmente.
coletivamente, influenciar as (NCRF 4, §. 36).
decisões económicas dos utentes,
tomadas com base nas
demonstrações financeiras.
(NCRF 4, §. 5)
TIPOS DE ERROS
NCRF 4 – CORREÇÃO DE ERROS
APLICAÇÃO RETROSPETIVA
No primeiro conjunto de demonstrações financeiras autorizadas para
emissão após a sua descoberta
Excepção
As componentes positivas ou negativas consideradas como respeitando a
períodos anteriores só são imputáveis ao período de tributação quando na data de
encerramento das contas daquele a que deviam ser imputadas eram imprevisíveis
ou manifestamente desconhecidas.
PRINCÍPIO DA PERIODIZAÇÃO (ESPECIALIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS)
CASOS PRÁTICOS
I
A empresa XPTO, SA, quando lhe é solicitado o pagamento de uma
fatura por parte de um fornecedor deteta a falta de registo dessa
fatura. O documento respeita a um trabalho especializado faturado no
ano N-1.
CASOS PRÁTICOS
+
Variações patrimoniais
Deduzir:
Lucro tributável
-Prejuízos fiscais
-Benefícios fiscais
Matéria coletável
Taxas
Deduções à coleta:
Coleta -DTI
-Benefícios Fiscais
-Pagamentos Especiais por
Conta
Deduzir:
IRC Liquidado -Retenções na fonte
-Pagamentos por Conta
Imposto a pagar
ou a recuperar Acresce:
-Derrama
-Tributações Autónomas
Variações Patrimoniais
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS POSITIVAS
Concorrem ainda para a formação do lucro tributável as variações patrimoniais positivas não refletidas
no resultado líquido do período de tributação, exceto:
Nas mesmas condições referidas para os gastos, concorrem ainda para a formação do lucro tributável
as variações patrimoniais negativas não refletidas no resultado líquido do período de tributação,
exceto:
CASOS PRÁTICOS
CASOS PRÁTICOS
CASOS PRÁTICOS
CASOS PRÁTICOS
CASOS PRÁTICOS
•Neutralidade Fiscal
•Combate à evasão fiscal
•Eliminação da dupla tributação
Este regime é aplicável a:
• Sociedades civis não constituídas sob a forma comercial
• Sociedades de profissionais
• Sociedades de simples administração de bens, cuja maioria do
capital pertença direta ou indiretamente, durante mais de 183 dias
do exercício social, a um grupo familiar ou cujo capital social
pertença, em qualquer dia do exercício, a um número de sócios
não superior a cinco e nenhum deles seja pessoa coletiva de
direito público
Sociedades civis não constituídas sob a forma comercial
sociedades de pessoas que não visam a prática de atos de comércio e
que estão subordinadas à lei civil. Estas sociedades não têm
personalidade jurídica.
ENCARGOS
Para este efeito, considera-se grupo familiar o grupo NÃO
constituído por
DEVIDAMENTE
pessoas unidas por vínculo conjugal ou de adopção e bem assim de
DOCUMENTADOS
parentesco ou afinidade na linha recta ou colateral até ao 4.º gru,
inclusive
Natureza obrigatória
Não sujeição a PEC ou PC
Não sujeição a derrama
Dedução de prejuízos fiscais (n.º 7 do artigo 52.º)
OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS
Em 2016, foi constituída uma sociedade por quotas, cujo objeto social
contempla o exercício das atividades de consultoria fiscal e de comércio de
software de gestão. Como a sociedade nunca exerceu a atividade de venda
de software, em março de 2017 os sócios deliberaram proceder ao
arrendamento de parte das instalações que tinham sido adquiridas para
instalar uma loja, ocupando o restante com um novo escritório. Sabendo que
os três sócios exercem a atividade de consultores fiscais através da
sociedade, qual o enquadramento desta em relação ao regime de
transparência fiscal?
CASO PRÁTICO
Réditos Ganhos
-Vendas -Mais-valias
-Prestações de serviços -Subsídios à exploração
-juros, -Donativos
-Dividendos -Justo valor dos ativos
-royalties
Gastos (artigo 23.º)
“É hoje bastante consensual que a indispensabilidade dos gastos deve, num plano
geral, ser entendida como considerando dedutíveis aqueles que sejam incorridos no
interesse da empresa, na prossecução das respectivas actividades. Tem-se afastado,
pois, a interpretação do conceito de indispensabilidade como significando uma
necessária ligação causal entre gastos e rendimentos.”
Comissão da Reforma do IRC
DOCUMENTOS COMPROVATIVOS
Estabelece-se que o documento comprovativo da aquisição de bens ou serviços terá
de conter pelo menos os seguintes elementos:
(iv)preço e
(v)data de aquisição.
Sempre que nos termos do Código do IVA haja obrigação de emissão de fatura, esta
será o documento comprovativo exigível.
GASTOS ACEITES FISCALMENTE
Os relativos à produção ou aquisição de quaisquer bens ou serviços, tais como matérias
utilizadas, mão-de-obra, energia e outros gastos gerais de produção, conservação e
reparação;
Os relativos à distribuição e venda, abrangendo os de transportes, publicidade e
colocação de mercadorias e produtos;
De natureza financeira, tais como juros de capitais alheios aplicados na exploração,
descontos, ágios, transferências, diferenças de câmbio, gastos com operações de crédito,
cobrança de dívidas e emissão de obrigações e outros títulos, prémios de reembolso e os
resultantes da aplicação do método do juro efectivo aos instrumentos financeiros
valorizados pelo custo amortizado;
De natureza administrativa, tais como remunerações, incluindo as atribuídas a título de
participação nos lucros, ajudas de custo, material de consumo corrente, transportes e
comunicações, rendas, contencioso, seguros, incluindo os de vida, doença ou saúde, e
operações do ramo «Vida», contribuições para fundos de poupança-reforma, contribuições
para fundos de pensões e para quaisquer regimes complementares da segurança social,
bem como gastos com benefícios de cessação de emprego e outros benefícios pós-
emprego ou a longo prazo dos empregados;
GASTOS ACEITES FISCALMENTE
Despesas não documentadas — são aquelas que não apresentam ou têm por base qualquer
documento de suporte que as justifique. De regra são designadas por “despesas confidenciais” e
será o caso da saída de numerário de caixa ou de “saco azul” sem qualquer documento
justificativo ou de suporte para efectuar pagamentos sem emissão do correspondente recibo
Despesa ou encargos não devidamente documentados — são aquelas que têm suporte
documental; no entanto, este documento não se encontra na sua forma devida e exigida pela lei,
sendo exemplo a emissão de factura sem discriminação do material a que se refere não
cumprindo assim os requisitos formais dos documentos exigidos pelo código do CIRC e do IVA ou
o movimento financeiro existente no extracto bancário em que é possível identificar o seu
destinatário mas não é possível entender em termos quantitativos e qualitativos quais os bens ou
serviços que determinaram certo pagamento a determinada entidade.
Qualquer destas despesas acarretam para o contribuinte a não dedutibilidade para efeitos fiscais
(custos para determinação do lucro tributável).
Mensuração:
FONTES
1. NCRF 6, 7 e 11
2. Artigos 29.º a 33.º do Código do IRC
3. Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de setembro
ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Os ativos fixos tangíveis são recursos que uma empresa detém, com carácter
de permanência ou continuidade, não se destinando a ser vendidos ou
transformados no decurso das suas atividades normais. Não aceite
fiscalmente
MENSURAÇÃO INICIAL
CUSTO
=
Preço de compra
+
Custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo na sua localização e
condições necessárias para que o mesmo funcione da forma pretendida
+
Estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção do ativo Não aceite
+ fiscalmente
Restauração do local onde o mesmo está localizado
DEPRECIAÇÃO DE UM ATIVO FIXO TANGÍVEL
INÍCIO CESSAÇÃO
Quando o bem for classificado como
Quando o bem está disponível para uso detido para venda; ou
Na data em que seja desreconhecido
REGRA FISCAL
A que ocorrer mais cedo
A partir da entrada em
funcionamento ou utilização
CONTABILIDADE FISCALIDADE
-Método da linha reta - Método da linha reta
2 - Para efeitos do disposto na alínea d) do número anterior, o período máximo de vida útil é o
que se deduz das quotas mínimas de depreciação ou amortização, nos termos do n.º 4
do artigo 31.º-A, contado a partir do ano de entrada em funcionamento ou utilização dos elementos
a que respeitem.
PROVISÕES
Provisões ( al. h) do artigo 23.º)
NCRF 21
d) As constituídas com o objetivo de fazer face aos encargos com a reparação de danos
de caráter ambiental dos locais afetos à exploração, sempre que tal seja obrigatório
nos termos da legislação aplicável e após a cessação desta.
2 - A determinação das provisões referidas no número anterior deve ter por base as
condições existentes no final do período de tributação.
Artigo 39.º do 3 - Quando a provisão for reconhecida pelo valor presente, os gastos resultantes do
CIRC respetivo desconto ficam igualmente sujeitos a este regime.
4 - As provisões a que se referem as alíneas a) a c) do n.º 1 que não devam subsistir por
não se terem verificado os eventos a que se reportam e as que forem utilizadas para
fins diversos dos expressamente previstos neste artigo consideram-se rendimentos do
respetivo período de tributação.
Valor de uso.
Exemplos:
Custos legais
Imposto do selo
Custos de
Impostos sobre transações semelhantes
vender Custos de remoção do ativo
Custos incrementais diretos para colocar o ativo em condições de
venda
O valor de uso “é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, que se espere surjam do
uso continuado de um ativo ou unidade geradora de caixa e da sua alienação no fim da sua vida útil”
(…)
2 – Para efeitos do disposto no número anterior, o sujeito passivo deve obter a aceitação da
Autoridade Tributária e Aduaneira, mediante exposição devidamente fundamentada, a
apresentar até ao fim do 1.º mês do período de tributação seguinte ao da ocorrência dos
factos que determinaram as desvalorizações excepcionais, acompanhada de documentação
comprovativa dos mesmos, designadamente da decisão do competente órgão de gestão
que confirme aqueles factos, de justificação do respectivo montante, bem como da
indicação do destino a dar aos activos, quando o abate físico, o desmantelamento, o
abandono ou a inutilização destes não ocorram no mesmo período de tributação.
2 - O montante anual acumulado da perda por imparidade de créditos referidos na alínea c) do número
anterior não pode ser superior às seguintes percentagens dos créditos em mora:
a) 25% para créditos em mora há mais de 6 meses e até 12 meses;
b) 50% para créditos em mora há mais de 12 meses e até 18 meses;
c) 75% para créditos em mora há mais de 18 meses e até 24 meses;
d) 100% para créditos em mora há mais de 24 meses.
Perdas por imparidade em créditos (artigo 28.º-B.º)
NORMA ANTI-ABUSO
a) Em processo de execução, após o registo a que se refere a alínea b) do n.º 2 do artigo 717.º do
Código de Processo Civil;
b) Em processo de insolvência, quando a mesma for decretada de carácter limitado ou quando for
determinado o encerramento do processo por insuficiência de bens, ao abrigo da al. d) do n.º 1 do
artigo 230.º e do artigo 232.º, ambos do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas, ou
após a realização do rateio final, do qual resulte o não pagamento definitivo do crédito;
c) Em processo de insolvência ou em processo especial de revitalização, quando seja proferida
sentença de homologação do plano de insolvência ou do plano de recuperação que preveja o não
pagamento definitivo do crédito;
d) Nos termos previstos no SIREVE, após celebração do acordo previsto no artigo 12.º desse
regime;
e) No âmbito de litígios emergentes da prestação de serviços públicos essenciais, após decisão
arbitral;
f) Nos termos do regime jurídico da prestação de serviços públicos essenciais, os créditos se
encontrem prescritos e o seu valor não ultrapasse o montante de € 750,00.
ACTIVOS INTANGÍVEIS
Excluem-se:
-Intangíveis adquiridos no âmbito de operações de fusão, cisão ou entrada de activos, quando seja
aplicado o regime especial previsto no artigo 74.º;
-Goodwill respeitante a participações sociais;
-Intangíveis adquiridos a entidades residentes em país, território ou região sujeito a um regime fiscal
claramente mais favorável constante de lista aprovada por portaria do membro do Governo responsável
pela área das finanças.
MAIS E MENOS VALIAS
De acordo com o artigo 46.º do Código do IRC, consideram-se
mais-valias ou menos-valias realizadas os ganhos obtidos ou as
perdas sofridas mediante transmissão onerosa, qualquer que
seja o título por que se opere e, bem assim, os decorrentes de
sinistros ou os resultantes da afectação permanente a fins
alheios à actividade exercida
Respeitantes a…
…. Ativos fixos tangíveis, ativos intangíveis, ativos
biológicos que não sejam consumíveis e propriedades
de investimento, ainda que qualquer destes ativos tenha
sido reclassificado como ativo não corrente detido para
venda;
e
+- VALIA = VR - VC
Considera-se valor de realização (art. 46º):
Em que:
VR – Valor de realização
CA – Custo de aquisição
DAC – Depreciações acumuladas contabilísticas
Imp – Imparidades fiscalmente dedutíveis
CDM – Coeficiente de desvalorização monetária
VIATURAS LIGEIRAS DE PASSAGEIROS OU MISTAS
Valor de aquisição
Devem considerar-se no valor de aquisição das partes de
capital, positivamente ou negativamente:
As entregas de sócios para cobertura de prejuízos, as
quais são imputados proporcionalmente a cada uma as
partes de capital detidas; e
O montante entregue aos sócios por redução do capital
social até ao montante do valor de aquisição, o qual é
imputado proporcionalmente a cada uma das partes de
capital detidas.
PARTES DE CAPITAL
- universal – aplicável ao
investimento horizontal – aplicável
independentemente do
às distribuições de
país ou região em que - horizontal –
este se materialize, salvo lucros e àsaplicável
mais-valias.
às
as indispensáveis distribuições de
normas antiabuso lucros e às mais-
valias
LUCROS PAGOS AO EXTERIOR (artigo 14.º)
SOCIEDADE
PORTUGUESA
REQUISITOS:
a) O sujeito passivo detenha, directa ou indirectamente, uma
SOCIEDADE
participação no capital ou nos direitos de voto da entidade que
A distribui os lucros ou reservas não inferior a 10%;
b) A titularidade das partes sociais ser detida ininterruptamente por um
período não inferior a um ano;
Dividendos c) O sujeito passivo não esteja abrangido pelo regime da
e Mais-valias transparência fiscal;
d) A entidade que distribui os lucros ou reservas esteja sujeita e não
isenta de IRC, do imposto do jogo, de um imposto referido no artigo
SOCIEDADE 2.º da Diretiva n.º 2011/96/UE, do Conselho, de 30 de Novembro,
ou de um imposto de natureza idêntica ou similar ao IRC e a taxa
B legal aplicável à entidade não seja inferior a 60% da taxa “normal”
do IRC (como esta passou a ser de 21%, a taxa mínima desse
imposto terá de ser de 12,6%);
e) A entidade que distribui os lucros ou reservas não seja “off-shore”.
CRÉDITO DE IMPOSTO POR DUPLA TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL
+
Variações patrimoniais
Deduzir:
Lucro tributável
-Prejuízos fiscais
-Benefícios fiscais
Matéria coletável
Taxas
Deduções à coleta:
Coleta -DTI
-Benefícios Fiscais
-Pagamentos Especiais por
Conta
Deduzir:
IRC Liquidado -Retenções na fonte
-Pagamentos por Conta
Imposto a pagar
ou a recuperar Acresce:
-Derrama
-Tributações Autónomas
DEDUÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS (artigo 52.º)
Os prejuízos fiscais apurados em determinado período de tributação, nos termos das disposições
anteriores, são deduzidos aos lucros tributáveis, havendo-os, de um ou mais dos 5 períodos de
tributação posteriores,
….à exceção dos sujeitos passivos que exerçam, diretamente e a título principal, uma atividade
económica de natureza agrícola, comercial ou industrial e que estejam abrangidos pelo Decreto-
Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro, os quais podem fazê-lo em um ou mais dos doze períodos
de tributação posteriores.
Período de N.º de períodos de Período limite de
apuramento dedução dedução
2013 5 2018
2014 12 2026
2015 12 2028
2017 5 ou 12 2022 ou 2029
2018 5 ou 12 2023 ou 2030
LIMITES AO REPORTE DE PREJUÍZOS FISCAIS
2. Implica a perda do reporte de prejuízos a alteração de, mais de 50% do capital social ou
da maioria dos direitos de voto, com exceção dos seguintes casos:
- Alterações de detenção direta para indireta e vice-versa;
- Alterações decorrentes de operações efetuadas ao abrigo do regime de neutralidade fiscal;
- Alterações decorrentes de sucessões por morte;
- Quando o adquirente seja trabalhador ou membro dos órgãos sociais da sociedade, pelo menos,
desde o início do período de tributação a que respeitam os prejuízos.
RESULTADO DA LIQUIDAÇÃO (ARTIGO 92.º)
As entidades que exerçam, a título principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola, bem como as não residentes com estabelecimento estável em território português, o
imposto liquidado nos termos do n.º 1 do artigo 90.º, líquido das deduções previstas nas alíneas a)
e b) do n.º 2 do mesmo artigo, não pode ser inferior a 90% do montante que seria apurado se o
sujeito passivo NÃO USUFRUÍSSE de benefícios fiscais e dos regimes previstos no n.º 13 do artigo
43.º.
EXCLUEM-SE:
Lucro tributável
Taxas (em percentagens)
(em euros)
De mais de 1 500 000 até 7 500 000 3
De mais de 7 500 000 até 35 000 000 5
Superior a 35 000 000 9
O pagamento especial por conta (PEC) passa a ser dedutível à colecta até ao sexto período de
tributação, deixando o reembolso, no final desse período, de depender de inspecção fiscal.
De acordo com as disposições transitórias, a redacção dada ao artigo 93.º do Código do IRC
aplica-se aos pagamentos especiais por conta relativos aos períodos de tributação que se
iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2014.
Os sujeitos passivos podem ainda ser reembolsados da parte que não foi deduzida ao abrigo do
mesmo preceito no final do período aí estabelecido, mediante requerimento do sujeito passivo,
dirigido ao chefe do serviço de finanças da área da sede, direcção efectiva ou estabelecimento
estável em que estiver centralizada a contabilidade, apresentado no prazo de 90 dias a contar do
termo daquele período (dispensada a inspecção).
EXCLUSÕES
Não haverá pagamento especial por conta no ano de início de actividade e no seguinte
As sociedades sujeitas ao regime de transparência fiscal não estão sujeitas a PEC
• Os sujeitos passivos que não efetuem o pagamento até ao final do terceiro mês do
respetivo período de tributação, desde que as obrigações declarativas previstas
nos artigo 120.º e 121.º, relativas aos dois períodos de tributação anteriores, tenham
sido cumpridas nos termos neles previstos.
Volume de Valor de cada prestação do pagamento especial por conta
negócios de n-1
Até € 850 – Pagamento por Conta de n-1
€85 000 2
Mais de €85 000
até € 850 + (Vol. Neg. n-1 x 1% - € 850) x 20% - Pag. Conta n-1
€ 34 660 000 2
Superior a
€ 34 660 000 € 70 000 – Pagamento por Conta de n-1
2
PAGAMENTO POR CONTA
(artigo 104.º)
a)Em três pagamentos por conta, com vencimento nos meses de Julho, Setembro e Dezembro do
próprio ano a que respeita o lucro tributável ou, nos casos dos n.ºs 2 e 3 do artigo 8.º, no 7.º, 9.º e
12.º meses do respectivo período de tributação.
Os pagamentos por conta serão abatidos ao IRC global, liquido das deduções a que se refere o n.º
2 do artigo 90.º do CIRC e, se dessa dedução resultar valor negativo, a empresa terá direito a
reembolso, igual ao valor absoluto correspondente a esse valor negativo adicionado dos
pagamentos por conta.
CÁLCULO DOS PAGAMENTOS POR CONTA RELATIVOS AO PERÍODO DE 2013 E
SEGUINTES:
Os pagamentos por conta dos sujeitos passivos cujo volume de negócios do período de
tributação imediatamente anterior àquele em que se devam efectuar esses pagamentos seja
igual ou inferior a € 500.000 correspondem a 80% do montante do imposto referido no número
anterior, repartido por três montantes iguais, arredondados, por excesso, para euros.
Os pagamentos por conta dos sujeitos passivos cujo volume de negócios do período de
tributação imediatamente anterior àquele em que se devam efectuar esses pagamentos seja
superior a € 500.000 correspondem a 95% do montante do imposto referido no n.º 1, repartido
por três montantes iguais, arredondados, por excesso, para euros
Devem apresentar o Anexo A da declaração modelo 22, sendo o cálculo da derrama aí efectuado, de
acordo com n.º 2 do artigo 14.º da referida Lei.
Nestes casos, o lucro tributável imputável à circunscrição de cada município é determinado pela
proporção entre a massa salarial correspondente aos estabelecimentos que o sujeito passivo nele
possua e a correspondente à totalidade dos seus estabelecimentos situados em território nacional.
DERRAMA – TAXA REDUZIDA
De acordo com o previsto no n.º 10 do artigo 18.º da referida lei, os municípios podem
deliberar o lançamento de uma taxa reduzida de derrama para os sujeitos passivos cujo
volume de negócios no ano anterior não ultrapasse os € 150.000,00.
Neste caso, coexistirão duas taxas no respectivo município: a taxa normal, aplicável à
generalidade dos sujeitos passivos e uma reduzida, sendo esta aplicável apenas àquele
universo, pelo que o campo 364 do Quadro 10 deve ser preenchido em conformidade com
a taxa aplicável.
Situações especiais:
São sujeitas ao regime dos n.os 1 ou 2, consoante os casos, sendo as taxas aplicáveis,
respetivamente, 35 % ou 55 %, as despesas correspondentes a importâncias pagas ou devidas, a
qualquer título, a pessoas singulares ou coletivas residentes fora do território português e aí
submetidas a um regime fiscal claramente mais favorável a que se refere o n.º 1 do artigo 63.º-D da Lei
Geral Tributária, ou cujo pagamento seja efetuado em contas abertas em instituições financeiras aí
residentes ou domiciliadas, salvo se o sujeito passivo puder provar que correspondem a operações
efetivamente realizadas e não têm um caráter anormal ou um montante exagerado.
IRC - Tributações Autónomas - lucros distribuídos a s.p. isentos
Taxas de tributação
Custo de aquisição autónoma
c/ lucro c/ prejuízo
Inferior a € 25 000 10% 20%
Superior ou igual a € 25 000 e inferior a € 35
27,5% 37,5%
000
Superior ou igual a € 35 000 35% 45%
Excluem-se os encargos relacionados com:
a)Viaturas automóveis relativamente às quais tenha sido celebrado o acordo previsto no n.º 9) da
alínea b) do n.º 3 do artigo 2.º do Código do IRS.
Conceito de encargos relacionados com viaturas ligeiras de passageiros, motos e
motociclos:
depreciações,
rendas ou alugueres,
seguros,
manutenção e conservação,
combustíveis e
impostos incidentes sobre a sua posse ou utilização.
Taxas reduzidas
• No caso de viaturas ligeiras de passageiros híbridas plug-in, as taxas referidas nas
alíneas a), b) e c) do n.º 3 são, respetivamente, de 5 %, 10 % e 17,5 %.
• No caso de viaturas ligeiras de passageiros movidas a GPL ou GNV, as taxas
referidas nas alíneas ), b) e c) do n.º 3 são, respetivamente, de 7,5 %, 15 % e 27,5
%.
Regras gerais:
todas as taxas de tributação autónoma são agravadas em 10 pontos
percentuais para sujeitos passivos que apresentem prejuízo fiscal no
período de tributação a que respeitem quaisquer dos factos tributários
que lhes dão origem relacionados com o exercício de uma actividade de
natureza comercial, industrial ou agrícola não isenta de IRC.
Podem optar pelo regime simplificado de determinação da matéria colectável, os sujeitos passivos
residentes, não isentos nem sujeitos a um regime especial de tributação, que exerçam a título
principal uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola e que verifiquem,
cumulativamente, as seguintes condições:
Se, entretanto, o valor dos rendimentos vier a ultrapassar o limite de € 200 000 estabelecido para
o enquadramento no regime simplificado, este já não será aplicável, uma vez que os efeitos da
alteração se produzem a partir do início do próprio período de tributação em que o limite é
excedido.
a) 0,04 das vendas de mercadorias e produtos, bem como das prestações de serviços
efetuadas no âmbito de atividades de restauração e bebidas e de atividades
hoteleiras e similares, com exceção daquelas que se desenvolvam no âmbito da
atividade de exploração de estabelecimentos de alojamento local na modalidade de
moradia ou apartamento;
e) 0,95 dos rendimentos provenientes de contratos que tenham por objeto a cessão ou
utilização temporária da propriedade intelectual ou industrial ou a prestação de
informações respeitantes a uma experiência adquirida no setor industrial, comercial ou
científico, dos outros rendimentos de capitais, do resultado positivo de rendimentos
prediais, do saldo positivo das mais e menos-valias e dos restantes incrementos
patrimoniais;
No período de tributação do início de actividade, este limite tem uma redução de 50%, ou seja, é de € 2
436.
Mais e menos-valias
Não são aplicáveis aos sujeitos passivos a que se aplique o regime simplificado as
seguintes tributações autónomas:
N.º do artigo
Base de aplicação de taxas de tributação autónoma
88.º
7 Despesas de representação
9 Ajudas de custo e deslocações em viatura própria do trabalhador
11 Lucros distribuídos a sujeitos passivos total ou parcialmente isentos
13 Indemnizações e gratificações a gestores, administradores ou gerentes
FIM