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Mercado de
Capitais e Bolsa
de Valores
Universidade do Sul de Santa Catarina
Mercado de
Capitais e Bolsa
de Valores
UnisulVirtual
Palhoça, 2015
Créditos
Mercado de
Capitais e Bolsa
de Valores
Livro didático
Designer instrucional
Carmelita Schulze
UnisulVirtual
Palhoça, 2015
Copyright © Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por
UnisulVirtual 2015 qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.
Livro Didático
332.6
T16 Tambosi Filho, Elmo
Mercado de capitais e bolsa de valores : livro didático / Elma
Tambosi Filho, Claudio Alvin Zanini Pinter ; design instrucional
Carmelita Schulze. - 2.ed.rev. e ampl. – Palhoça : UnisulVirtual, 2015.
177 p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7817-769-0
Introdução | 7
Capítulo 1
Introdução ao Mercado de Capitais | 9
Capítulo 2
Estrutura do Sistema Financeiro Nacional | 27
Capítulo 3
Títulos e valores mobiliários | 55
Capítulo 4
Mercado Acionário | 63
Capítulo 5
Derivativos - Mercados Futuros | 85
Capítulo 6
Teoria das Carteiras | 99
Capítulo 7
Análise de Ações | 143
Considerações Finais | 173
Referências | 175
Prezado(a) estudante,
Por meio desse livro didático você ficará conhecendo as características gerais
do Mercado de Capitais e Bolsa de Valores, pois dá subsídios para o domínio
dos principais conceitos que pertencem a esse mundo de negócios. E faz isso ao
apresentar a estrutura e o funcionamento de instituições financeiras, técnicas de
minimização de riscos e maximização de retornos, modelos de seleção de ativos,
dentre outros assuntos. Todo esse conteúdo é apresentado visando a qualificar
competências e habilidades indispensáveis para a sua formação profissional para
atuar em mercado de capitais e bolsa de valores.
Logo, esse livro busca contribuir para formar profissionais capazes de atuar em
empresas públicas ou privadas, embasados em conhecimento técnico na área de
gestão econômica e financeira capazes de tomar decisões eficazes no mercado de
capitais. Nesse sentido, esse livro foi estruturado em sete capítulos. Acompanhe
um resumo do que se pretende realizar em cada um desses capítulos.
No capítulo 1, intitulado de “Introdução ao Mercado de Capitais”, você
compreenderá a importância e a função do Mercado de Capitais e Bolsa de
Valores no que ser refere ao desenvolvimento econômico e social de um país.
Também saberá calcular os custos inerentes às aplicações no mercado acionário.
Introdução ao Mercado de
Capitais
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Capítulo 1
Seção 1
Poupança e Investimento
Título é um Em economia, poupança é a “parte da renda nacional ou
documento individual que não é utilizada em despesas, sendo guardada
que certifica a
e aplicada depois de deduzidos os impostos” (SANDRONI,
propriedade de um
bem ou de um valor. 1999). Portanto, poupar significa economizar, não gastar. Já
Pode ser qualquer investimento é “aplicação de recursos (dinheiro ou títulos)
papel ou certificado em empreendimentos que renderão juros ou lucros, em
representativo de
valor mobiliário
geral a longo prazo” (SANDRONI, 1999).
(Ação, letras de
câmbio, dentre O ato de poupar é diferente do ato de investir. Poupar é
outras). não gastar, abster-se do consumo. Por meio de um bom
planejamento financeiro, você poderá decidir pelos gastos
do dia a dia de forma consciente, tais como alimentação,
vestuário, energia elétrica, conta de telefone, combustível, remédio, uso do cartão
de crédito, cheque especial, dentre outro). Recomenda-se poupar, no mínimo,
10% de sua receita. Diferentemente, o ato de investir é aplicar o dinheiro que
você economizou, visando retorno do capital investido para aumentar a riqueza,
que poderá ser a curto, médio ou longo prazo.
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
De acordo com Oliveira (1979), os fatores que afetam as decisões de poupar são:
capacidade de poupar, desejo de poupar, e as oportunidades para poupar.
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Capítulo 1
12
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Seção 2
Por que estudar Mercado de Capitais?
Com o processo de globalização da economia, que resultou em um incremento
no intercâmbio entre os países, cada vez mais o Mercado de Capitais vem
conquistando uma crescente importância no cenário financeiro internacional.
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Capítulo 1
Você precisa compreender que o investidor busca sempre uma melhor rentabilidade
para o seu investimento. Portanto, o Mercado trabalha na possibilidade de uma
maior ou menor rentabilidade, o que vai determinar a sua oscilação. Por exemplo,
quanto mais rentável se mostrar uma empresa com ações mais caro serão suas
ações, e, consequentemente, mais investimentos ela terá e vice-versa.
Sendo assim, você precisa saber que a atuação das variáveis macroeconômicas
é importante para a tomada de decisão por parte dos investidores. O equilíbrio
macroeconômico dará sustentação para todo tipo de investimento, já que essas
variáveis atingem as empresas e outros investimentos.
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Seção 3
Qual a principal função do Mercado de Capitais?
Como você acabou de acompanhar, o Mercado de Capitais é um importante
instrumento para o crescimento econômico e financeiro do país. Esse Mercado tem
a finalidade de dar liquidez, ou seja, garantias na distribuição de valores mobiliários
(Ações), com o propósito de viabilizar o processo de capitalização das empresas.
Mercado de Bolsa
As empresas que desejarem ter suas ações negociadas na Bolsa devem solicitar
aval junto à Comissão de Valores Mobiliários, e, para obter o registro na Bolsa,
devem submeter-se aos critérios exigidos.
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Capítulo 1
Mercado de Balcão
O mercado de balcão não organizado não tem lugar físico determinado e nele
qualquer título poderá ser negociado. Os negócios são executados diretamente entre
as partes sem a interveniência de qualquer órgão controlador ou regulador do mercado.
Seção 4
Por que investir na Bolsa de Valores?
Você precisa entender que quando investimos na compra de Ações, nos
tornamos sócios da empresa, e, com esses recursos, as empresas têm condições
de investir em novos equipamentos, contribuindo, assim, para um aumento
na produção de bens, que, por sua vez, pode gerar aumento na renda do
trabalhador, proporcionando também possibilidade de crescimento econômico.
Exemplo:
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Dicas do professor
Fique de olho: a tendência de Ativos com preços muito elevados é que desçam.
Seção 5
Como investir em Ações?
Investir em ações implica realizar pesquisas preliminares que permitam ao
investidor uma maior confiabilidade na aplicação que pretende fazer, mesmo sem
a garantia de retorno esperado.
NEGOCIAÇÃO
Compra e Venda de Ações
OPERADORES
CLIENTES CLIENTES
VENDA COMPRA
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Capítulo 1
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Faz o
Procura uma cadastro Déposito em
corretora Bovespa conta corrente
Informações
Escritório pessoais e Transferências de recursos
Telefone documentos por DOC ou TED
Internet
Fonte: BM&FBOVESPA,2012.
Seção 6
Custos para investir no Mercado de Ações
O investidor deverá conhecer e calcular os principais custos operacionais devidos
à manutenção de contas e à realização de negócios no mercado de ações da
BM&FBOVESPA.
A tabela a seguir permite uma visualização da incidência das taxas nas operações
de ações, fornecendo informações relevantes sobre o custo das operações.
É importante ressaltar que toda a compra e toda e venda de ações implica
19
Capítulo 1
Optamos por esta tabela para facilitar a compreensão do cálculo das corretagens
que incidem sobre o total do volume das negociações com ações. Mas ela é
só um exemplo com dados fictícios, para compreensão didática do assunto. É
necessário estar em constante consulta nos sites da Bolsa e da Receita Federal
para obter as taxas sempre atualizadas. Além disso, algumas corretoras oferecem
taxas de corretagem e custódia diferenciadas aos seus investidores.
Importante, então, ressaltar que toda a compra e toda e venda de ações implica
em pagamento de taxas de emolumentos, destinadas à Bolsa. Acompanhe:
Operações Day trade: 0,025% - compra e venda da mesma ação, pela mesma
corretora, na mesma quantidade e no mesmo dia.
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Imposto de Renda: incide sobre os ganhos líquidos das operações. Consulte o site
da Receita Federal e mantenha-se atualizado das taxas para cada tipo de operação.
Exemplo:
Tabela 2. Exemplo para cálculo de taxas de emolumentos e os valores líquidos, referentes à compra e
à venda de ações
Custódia - 10,80
21
Capítulo 1
Para obter o resultado líquido, serão debitados todos esses valores na conta-
corrente do investidor, aquela informada por este no momento do seu cadastro
na corretora de ações, no terceiro dia útil após a efetivação do negócio, o que no
jargão dos investidores é representado por: – D+3.
Subtotal <7.612,00>
Custódia - 10,80
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Compra Venda
Imposto de Renda
Valor Venda Líq. = Venda Bruta (40.000,00) – Desp. Oper. ( 225,21 + 14,00) 39.760,79
Valor Compra Total = Compra Bruta (30.000,00) + Desp. Oper. (175,21 + 10,50) = 185,71 30.185,71
Ganho Líquido = Valor Venda Líquida (39.760,79) – Valor Compra Total (30.185,71) 9.575,08
Curiosidades: “Por maior que seja o talento ou esforço, algumas coisas exigem
tempo: não dá para produzir um bebê em um mês engravidando nove mulheres”.
(Warren Buffett - grande investidor do mundo de ações e milionário).
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Capítulo 1
Nas operações day trade. não há isenção de imposto de renda sobre ganhos de
capital. Recomenda-se consultar o site da Receita Federal para obter as taxas
atualizadas desta operação.
Compra Venda
Imposto de Renda
Valor Venda Líq. = Venda Bruta (40.000,00) – Desp. Oper. ( 225,21 + 10,00) 39.764,79
Valor Compra Total = Compra Bruta (30.000,00) + Desp. Oper. (175,21 + 7,50) = 182,71 30.182,71
Ganho Líquido = Valor Venda Líquida (39.764,79) – Valor Compra Total (30.182,71) 9.582,08
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Seção 7
Principais participantes do Mercado Acionário
Entre os principais participantes do Mercado Acionário, que é regulamentado
pela Comissão Valores Mobiliários, temos:
O que é hedge?
São operações com a finalidade de proteção. A palavra hedge vem do
inglês que significa cerca, ou seja, proteção.
É uma posição oposta àquela que se possui no mercado físico, ou seja,
um produtor de café precisa se proteger da queda nos preços, sendo
assim, assume posição vendida no mercado futuro, como se assim
estivesse vendendo sua safra antecipadamente.
Normalmente, hedges são operações realizadas com derivativos que têm
por objetivo proteger posições de carteiras ou aplicações contra risco de
perdas de valor causados por variações nos preços, câmbio, taxa de juros
etc. Esta operação caracteriza-se por assumir uma posição no mercado de
derivativos inversa a do mercado à vista.
O que é commodity?
Mercadoria física com valor econômico, negociada em bolsas de
mercadorias. Exemplo: cereal, metal, petróleo etc.
Manipulador – força uma alta ou baixa de preço de uma Ação na Bolsa sem
que tenha ocorrido nenhum fato relevante na empresa a que pertence essa
Ação ou na economia do país de modo geral. Utiliza “laranjas” para forçar
essa alta ou queda de preços de ações negociadas na Bolsa. Este indivíduo é
nocivo ao mercado. É considerado crime, estando sujeito a punições severas.
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Capítulo 1
A atuação dos agentes envolvidos fora dos parâmetros legais está sujeita a
punições previstas pela legislação vigente.
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Capítulo 2
Estrutura do Sistema
Financeiro Nacional
27
Capítulo 2
Seção 1
O que é o Sistema Financeiro Nacional?
O Sistema Financeiro Nacional é composto de instituições responsáveis pela
captação de recursos financeiros, pela distribuição e circulação desses recursos e
também pela regulação de todo o processo envolvido nisso.
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Política Fiscal: Define e aplica impostos e taxas sobre agentes econômicos, bem
como sobre os gastos do Governo. Além disso, influi na política monetária, no fluxo
de caixa e na concessão de crédito.
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Capítulo 2
Você precisa concluir, então, que entre as principais funções desse sistema, estão
a de incentivar a poupança, a de transformar a poupança em créditos especiais
visando às atividades produtivas, e a de administrar essas aplicações, criando um
Mercado para elas de modo a levar o desenvolvimento da economia com um todo.
Seção 2
Instrumentos da Política Monetária
Emissão de moeda
A autoridade monetária intervém diretamente no Mercado monetário, contraindo
ou expandindo o volume de moeda na economia.
O poder dos bancos de criar moeda (escritural) deve-se em razão dos depósitos
e das retiradas não serem iguais. Assim, o banco poderá ficar por algum tempo
com o dinheiro que possui a mais que o dinheiro retirado para empréstimos.
Depósito Compulsório
São depósitos bancários que as instituições financeiras são obrigadas a depositar
no Banco Central. O objetivo é evitar que o volume de dinheiro em circulação no
país seja alto, o que poderia pressionar a inflação para cima.
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
31
Capítulo 2
Depósito 1 90 9 81
Fórmula: 1
% Imposto compulsório
1/10% = 1/0,10 = 10
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Redesconto
A política para o Redesconto em vigor está definida nos artigos 4º, inciso XVII e
10, inciso V, da Lei 4.595, de 1964, na Resolução CMN 2.949, de 4.4.2002, e na
Circular 3.105, de 5.4.2002, com as respectivas atualizações.
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Capítulo 2
Liquidez eficaz
2 0
0
1
Banco Central Banco Central Liquidez volta
vende títulos compra títulos a ser eficaz
compra reais vende reais
O Banco Central do Brasil compra e vende títulos públicos federais dando a estes
o efeito de quase-moeda, para otimizar a liquidez do Sistema financeiro. Com
isso, regula a taxa de juros e antecipa ações para controle de liquidez.
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Seção 3
Quais os principais órgãos que compõem o
SFN, sua estrutura e funcionamento?
De acordo com a obra TOP – Mercado de Valores Mobiliário Brasileiro, da Comissão
de Valores Mobiliários (2014), o atual Sistema Financeiro Brasileiro baseia-se,
principalmente, nas reformas bancária e do Mercado de Capitais (lei nº 4.595, de 31-
12-1964, e lei nº 4.728, de 14-7-1965), quando foram constituídos como autoridades
monetárias o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central do Brasil.
Você precisa saber que, na teoria, essas autoridades monetárias citadas acima não
deveriam ser confundidas com instituições do Governo, tal como o Banco do Brasil.
Historicamente, o Banco do Brasil funcionou como emissor de moeda, auxiliando
no fechamento de contas entre as autoridades monetárias e o Tesouro Nacional.
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Capítulo 2
No CMN, funciona:
Observe a composição dos órgãos normativos, das entidades supervisoras e dos operadores.
Quadro 2.1 – Composição dos órgãos normativos, das entidades supervisoras e dos operadores do SFN
Instituições Demais
financeiras instituições
Banco Central do financeiras
captadoras de
Conselho Brasil - Bacen Outros intermediários
depósitos à
Bancos de
Monetário vista financeiros e
Câmbio
Nacional – administradores de
CMN Comissão recursos de terceiros
Bolsas
de Valores Bolsas de
demercadorias
Mobiliários - valores
e futuros
CVM
continua
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Conselho Superintendência
Nacional de Nacional de
Entidades fechadas de previdência complementar (fundos de
Previdência Previdência
pensão)
Complementar - Complementar -
CNPC PREVIC
Essa função é delegada ao Banco Central do Brasil, que atua como órgão
executivo, e à Comissão de Valores Mobiliários, que tem a função de normatizar e
regulamentar o Mercado Acionário e de Balcão.
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Capítulo 2
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Agora você já conhece quais são as principais funções do Banco dos Bancos.
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Capítulo 2
Compare:
Duas realidades
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
O controle da SEC (órgão que regula o mercado de capitais americano) é mais rígido que o
da CVM (que rege o mercado brasileiro)
SEC CVM
Busca de dados
Um sistema armazena
dados sobre operações
realizadas por insiders, Não há sistema eletrônico de coleta e cruzamento de
que rapidamente informações. Os funcionários perdem tempo manipulando dados
são cruzados com a dispersos.
variação anormal do
valor das ações.
Transparência
Os dados de operações
realizadas por insiders
estão disponíveis na As informações de operações individuais de insiders deixaram de
internet - o que pode ser públicas em 2005 - sob a alegação de que os dados serviriam
dar a investidores e a ações de sequestradores.
analistas pistas de
atuações irregulares.
Quebra de sigilo
A instituição consegue
obter em até dois dias
A Justiça pode demorar até um ano para autorizar a quebra de
na Justiça autorização
sigilo bancário e telefônico - o que pode levar ao arquivamento de
para quebrar sigilo
casos por falta de prova.
bancário e telefônico do
investigado.
Punição
A comprovação de
uso de informação
A CVM pode demorar em média dois anos para concluir as
privilegiada pode levar
investigações e a Justiça outros dez anos para decidir pela prisão
um insider à cadeia em
do acusado.
até seis meses após o
início das investigações.
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Capítulo 2
encontra-se no 73º lugar no ranking dos países mais corruptos, de acordo com o
índice de transparência internacional. Isso precisa ser mudado. Acredita-se que a
escola seja fundamental no direcionamento da construção da ética de valores.
Operadores do SFN
Banco do Brasil
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Bancos Comerciais
De acordo com a Resolução CMN 2.099/94, os Bancos devem ser constituídos sob
a forma de sociedade anônima (sociedade por ações) e na sua denominação social
deve constar a expressão “Banco”. Os Bancos Comerciais são as instituições
financeiras mais tradicionais, que operam uma rede de agências, captam depósitos
à vista, de livre movimentação, depósitos a prazo, e disponibilizam recursos para
financiar, a curto e médio prazo, às pessoas físicas e às empresas. Podem ser
instituições públicas ou privadas.
Cooperativas de Crédito
Agências de Fomento
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Capítulo 2
Bancos de Câmbio
Bancos de Desenvolvimento
Bancos de Investimento
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
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Capítulo 2
Instituições Auxiliares
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Sociedades Seguradoras
Sociedades de Capitalização
Fundos de Pensão
Fonte: TOP – Mercado de Valores Mobiliário Brasileiro, da Comissão de Valores Mobiliários (2014).
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Capítulo 2
Seção 4
FGC - Fundo Garantidor de Crédito Origens
A partir da década de 90, as autoridades monetárias no mundo demonstram
preocupação com a estabilidade do Sistema Financeiro, implantando
mecanismos de controle e proteção ao Sistema visando oferecer aos
depositantes maior confiança e solidez.
II Depósitos de poupança;
Operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
X
de 2012 por empresa ligada.
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Fonte: http://www.fgc.org.br/
Seção 5
O que é Coaf?
O Coaf, Conselho de controle de atividades financeiras, é um órgão de
deliberação coletiva com jurisdição em todo território nacional, criado pela Lei
nº 9.613, de 3 de março de 1998.
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Capítulo 2
Lavagem de dinheiro
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Cada vez mais o Coaf tem agido para inibir este tipo de crime que é
totalmente nocivo a sociedade.
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Capítulo 2
Seção 6
Acordo da Basiléia
O Acordo da Basiléia, denominado International Convergence of Capital
Measurement and Capital Standards, também designado por Acordo de Basilia ou
Basilia I, foi um acordo firmado em 1988, na cidade de Basilia (Suíça).
Comitê da Basileia
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
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Capítulo 3
55
Capítulo 3
Seção 1
Definição de título e algumas classificações
Você já estudou que títulos são papéis que pagam taxas de juros numa data
futura ao seu possuidor. E que título de renda fixa é um exemplo de como é
realizada uma operação de empréstimo em que o tomador do dinheiro oferece um
papel como comprovante da operação, fixando juro, prazos e condições para a
devolução do capital ao possuidor do título, não é mesmo?
Lembre-se de que os títulos podem ser públicos, quando emitidos por órgãos de
Governo, ou privados, se emitidos por empresas ou instituições financeiras privadas.
Pois bem, saiba que nos títulos pré-fixados a taxa de juro é conhecida. Ao comprar o
título, o investidor já sabe quanto vai receber no vencimento. No pós-fixado, o título é
corrigido pelo índice de inflação ou taxa de juro vigente na data do pagamento.
Outra diferença que você pode observar é entre título de renda fixa e título de
renda variável. Nos títulos de renda fixa, o valor dos rendimentos é estabelecido
por meio de contrato, enquanto nos títulos de renda variável, é incerto,
dependendo do comportamento do ativo escolhido.
Nesse caso, é importante ressaltar que os títulos de renda fixa embutem um risco
menor do que os títulos de renda variável para o seu possuidor.
Agora que você retomou alguns conceitos importantes sobre títulos, siga para o
estudo da caracterização de valores mobiliários.
Seção 2
Caracterização de valores mobiliários
Você sabia que valores mobiliários também são títulos ou contratos que dão
direito de participação, de parceria ou mesmo de remuneração a seu possuidor,
cujos rendimentos se originam do esforço de terceiros?
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Isso implica uma mudança significativa na forma como esses títulos podem ser
ofertados e negociados no mercado.
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Capítulo 3
De fato, em relação aos títulos que não são mobiliários e citados no texto dessa
lei, temos que, se a captação é feita por entes governamentais ou por instituições
financeiras (regulamentadas pelo Banco Central do Brasil), com a responsabilidade
destas, não há razões para se pleitear a tutela da Comissão de Valores Mobiliários.
Seção 3
O que são fundos de investimentos? E quais os
tipos?
Fundos de investimento são condomínios constituídos com o objetivo de realizar
a aplicação coletiva dos capitais de seus participantes. São regidos por um
regulamento e têm uma assembleia geral dos participantes para a análise do
investimento dos recursos.
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
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Capítulo 3
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Seção 4
O que são debêntures?
Debêntures são títulos, com garantia própria, que conferem ao seu titular direito
de crédito contra o emitente, sobre o valor nominal e os juros nela estabelecidos.
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Capítulo 4
Mercado Acionário
Seções de estudo Seção 1: O que são ações, seus tipos e formas?
Seção 2: Qual a função do Mercado primário e secundário
de ações?
Seção 3: Como se dá o funcionamento das modalidades
operacionais à vista, a termo e opções?
Seção 4: Ibovespa e demais índices setoriais
Seção 5: Qual a influência do Mercado Acionário no
contexto macroeconômico?
Seção 6: Considerações sobre a eficiência de Mercado.
Seção 7: Modelo de Análise de Retorno (Modelo de Gordon)
Seção 8: Cálculo do Ajuste de cotações: P ex/B; P ex/D e
P ex/S.
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Capítulo 4
Seção 1
O que são Ações, seus tipos e formas?
Você sabe que ações são títulos de renda variável, emitidos por sociedades
anônimas e representam a menor fração de capital social de uma empresa?
Pois então, saiba que esse valor mobiliário dá direito de propriedade a seu
possuidor de parte de uma empresa. Já a sua rentabilidade, é variável e
determinada pelo lucro obtido pela empresa, que é em parte distribuído ao
acionista por meio dos dividendos. O restante é adicionado ao patrimônio
líquido da empresa, que terá mais capacidade de produção e, como
consequência, maiores chances de aumentar seus lucros.
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
• Quaisquer alterações: (i) as disposições do artigo 9º, do art 4º, do caput do art.
10, dos arts. 11, 14 e 15, do inciso III do art. 18, dos parágrafos 1º e 2º do art.
27, do inciso X do art. 33, do inciso XII do art. 39 ou do Capítulo VII; ou ainda (ii)
de direitos atribuídos pelo Estatuto à ação de classe especial.
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Capítulo 4
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Seção 2
Qual a função do Mercado primário e
secundário de ações?
Para termos de classificação, o Mercado Acionário é dividido em Mercado
primário e secundário. Acompanhe a seguir a função de cada Mercado.
Mercado primário
O Mercado primário é o local onde as empresas obtêm recursos para seu
crescimento através da subscrição de novas ações. A finalidade primordial desse
Mercado é de estimular o fluxo de poupança em direção aos investimentos
produtivos, promovendo, como consequência, o crescimento das empresas.
67
Capítulo 4
Mercado secundário
O Mercado secundário é o segmento no qual são efetuadas as operações de
compra e venda de Ações e debêntures que são lançadas no Mercado primário.
O Mercado de Balcão tem por objetivo incentivar que empresas novas coloquem
suas ações para o público e que se realize o contato destas com o Mercado.
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Você sabia que pode ser sócio da Bolsa? Para isso, precisa comprar uma ação.
Seção 3
Como se dá o funcionamento das Modalidades
operacionais do mercado de ações à vista, a
termo, opções e contratos futuros?
Agora você já está preparado para entender as modalidades operacionais do
mercado de ações. Comecemos com a seguinte pergunta:
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Capítulo 4
Opções são ativos que fornecem ao seu titular o direito de comprar ou vender as
ações a um preço de exercício preestabelecido. No caso de opções de compra, esse
direito pode ser exercido em qualquer data durante o seu período de negociação.
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Já o titular de uma opção de venda, paga um prêmio e pode exercer sua opção
de compra da ação apenas na data de vencimento, ou pode revendê-la no
Mercado durante o período de validade da opção.
Você deve saber que alguns fatores afetam o preço do prêmio como o valor
intrínseco da ação-objeto de negociação, pois, se a ação no Mercado à vista tem
um comportamento de alta ou de baixa, isso será refletido no preço do prêmio.
71
Capítulo 4
Seção 4
Ibovespa e demais índices setoriais
Os índices do Mercado Financeiro avaliam a flutuação média do nível geral das
cotações instantaneamente, oportunizando aos investidores uma radiografia em
“tempo real” das tendências do Mercado, subsidiando a tomada de decisão.
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
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Capítulo 4
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
D D+1
10000 10200 +2
Quanto maior a participação neste índice, maior será a oscilação deste ativo em
relação ao Ibovespa.
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Capítulo 4
No "Bovespês", mico é uma empresa de baixa liquidez e com fortes oscilações (thinkstock).
Fonte: Infomoney,2013.
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Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Seção 5
Qual a influência do Mercado Acionário no
contexto macroeconômico?
Agora você vai descobrir porque existe uma relação muito estreita entre as
variáveis macroeconômicas e o Mercado Acionário.
Veja agora o que escrevem Krugman e Obstfeld (1999) em relação a essa variável.
Exemplo:
Imagine que, para você comprar U$ 1,00 (um dólar), tivesse que desembolsar R$
2,00 (dois reais).
Você necessita de R$ 1,00 (um real) para comprar U$ 1,00 (um dólar). O que
aconteceria? O dólar ficaria depreciado e o real apreciado. Certo?
77
Capítulo 4
Além disso, o investidor prefere colocar seu capital em renda fixa e garantir
ganhos elevados, sem o risco do Mercado de Ações. O resultado é uma
diminuição do volume de negócios na Bolsa de Valores.
Neste momento procure responder por que os juros são tão altos no Brasil.
78
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Outro problema está ligado à política monetária que é guiada pelo cumprimento
das metas de inflação, que faz com que os juros altos inibam o investimento no
setor produtivo.
O Brasil é ainda muito propenso às crises externas e isso faz com que as cotações
do dólar sejam pressionadas para cima sempre que há turbulência no exterior.
Além disso, taxas elevadas atraem o investidor interno, que coloca o seu capital em
renda fixa, reduzindo a procura por dólares, o que contribui para o controle da inflação.
Agora você já tem mais subsídios e pode entender essa complexa relação, não é mesmo?
Estude, na seção seguinte, algumas considerações sobre a eficiência de Mercado.
Seção 6
Considerações sobre a eficiência de Mercado
Alguns dos princípios da hipótese de eficiência do Mercado podem ser
encontrados em um trabalho desenvolvido pelo francês Louis Bachelier em 1900.
79
Capítulo 4
Para o autor, eficiência fraca não permite que um investidor obtenha ganhos
em excesso com base em dados históricos de preços e volumes de negociação.
Você deve entender por ganhos ou retornos em excesso a possibilidade de se
obter lucros extraordinários valendo-se de um conjunto de informações de uma
empresa sobre a qual compra-se ações, por exemplo.
Essas anomalias são vistas como padrões regulares que, sob a hipótese de
mercados eficientes, não deveriam existir, mas, por outro lado, sua existência não
possibilita que seus conhecedores vençam constantemente o Mercado.
Curiosidades
Cuidado com a massa no mercado acionário: a tendência da massa é errar.
Seção 7
Modelo de Análise de Retorno
(Modelo de Gordon)
Criado em 1956, o Modelo de Gordon e Shapiro objetiva a atualização do preço
de ações, considerando que o fluxo de dividendos seja contínuo e que o ganho
de capital não incida sobre a avaliação da ação. Esta análise de fluxo de caixa
descontado pressupõe o crescimento de dividendos a uma taxa constante.
80
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
De acordo com Assaf Neto (2000), O valor de um título é definido pelo valor presente
de seus fluxos de caixa esperados (futuro). Ao adquirir ações, o investidor tem a
expectativa de receber dividendos e uma valorização de seu preço de mercado.
Uma avaliação dessa situação é processada por meio do fluxo de caixa descontado,
o qual é complementado, para certas hipóteses de crescimento, pelo modelo de
Gordon. Em essência, o modelo admite que o valor de um ativo é determinado
pelo valor presente de seus fluxos de caixa futuros, descontados a uma taxa
que remunera o investidor no nível de risco assumido. Os fluxos de caixa são
representados no modelo pelos dividendos esperados, quantificados com base em
projeções dos percentuais de distribuição de lucros e em suas taxas de crescimento.
Exemplo
Retorno:
2,50 = 0,20 + 2,70
1+K 1+K
2,50 = 2,90
1+K
K = 16,0%
Po = Dn + Pn
(1 + K) n
(1 + K)n
81
Capítulo 4
PV = Valor presente
PV = 1.000,00 = R$ 100.000,00
0,01
Fonte: ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000, p. 228-230.
- Crescimento Constante:
Po = DR , Ks > g
Ks - g
- Crescimento Zero:
Po = DT
Ks
82
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Seção 8
Cálculo de Ajuste de cotações: P ex/B; P ex/D e
P ex/S.
Para poder efetuar ajustes do preço das cotações, precisamos entender alguns
conceitos básicos:
Trata-se de uma operação na qual uma ação da empresa é dividida em novas ações.
Esta decisão tem como objetivo principal oferecer maior liquidez para as ações,
aproximando o seu valor de Mercado.
Exemplo
Imagine um ativo sendo cotado a R$ 136,00 cada ação. Se a empresa decidir efetuar
um desdobramento de ações onde cada acionista que possui 01 ativo passar a ter
mais três ações, ficando com um total de 04 ações. Logo o preço ajustado passará
a R$ 34,00 cada ação. É possível que os investidores “aceitem” este novo preço de
cotação como sendo mais barato e possam influenciar pela procura por este ativo e
consequentemente poderá influenciar uma tendência de alta.
Inplit (Agrupamento)
O inplit pode ocorrer em casos que o valor de negociação seja muito baixo, de
maneira que o agrupamento destas ações seja o único modo de garantir a menor
unidade de valor (R$ 0,01).
Exemplo
Se o preço de uma ação é de R$ 0,01, após o inplit, 10 ações se agruparão em 1
única ação, onde o preço será de R$ 0,10.
83
Capítulo 4
Após este fato, o Mercado poderá estar sobrevalorizando ou não este ativo. A
força dos compradores ou dos vendedores irá definir uma tendência neste dia
deste papel até o final do pregão.
84
Capítulo 5
85
Capítulo 5
Seção 1
O que são derivativos?
Derivativos são instrumentos financeiros que dependem do valor de outro ativo,
tido como ativo de referência. Portanto, um contrato derivativo não apresenta
valor próprio, derivando-se do valor de um bem básico (commodities, ações,
taxas de juros, dentre outros).
86
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
HEDGE DE COMPRA
Operação indicada para quem deseja proteger o preço de aquisição
do café (matéria-prima), estabelecendo, antecipadamente, o preço do
produto (torrefador).
HEDGE DE VENDA
Operação indicada para quem deseja proteger sua produção de uma
possível queda de preços até o momento de sua comercialização,
garantindo assim sua margem de lucro (produtor).
É importante notar que este exemplo trata de uma estratégia básica de hedge.
Conclusão:
O resultado obtido no mercado futuro irá compensar o resultado da comercialização
no mercado a vista. Isso é explicado pela convergência de preços no vencimento,
ou seja, ao se aproximar do vencimento do contrato futuro sua cotação se aproxima
do preço a vista. Dessa forma, quando o resultado no mercado futuro for positivo,
você terá uma receita menor na venda do café no mercado a vista. Se for negativo,
você terá uma perda no mercado futuro, que será compensada pelo aumento da
receita da venda do café. Você irá perceber que o preço final da saca de café será
aquele previsto no início da operação.
Alavancagem
Alavancagem é um instrumento que exige menos capital do que a compra do ativo
à vista. Assim, ao adicionar posições de derivativos a seus investimentos, você
pode aumentar a rentabilidade total destes a um custo mais barato, uma vez que
não é necessário desembolso de 100% no ato das operações deste Mercado.
87
Capítulo 5
Especulação
Tomar uma posição no mercado futuro ou de opções sem uma posição
correspondente no Mercado à vista. Nesse caso, o objetivo é operar a tendência de
preços do mercado. Os Especuladores são clientes do Mercado Futuro, podem
ser pessoas físicas ou jurídicas que buscam ganhos nesses mercados voláteis.
Arbitragem
Tirar proveito da diferença de preços de um mesmo produto/ativo negociado
em mercados diferentes. O objetivo é aproveitar as discrepâncias no processo
de formação de preços dos diversos ativos e mercadorias e entre vencimentos.
Exemplo:
88
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
O preço a termo de uma Ação é obtido pela sua cotação no Mercado à vista,
acrescida de uma parcela de juros. Os juros são fixados livremente pelo Mercado
e determinados pelo prazo de contrato a termo. As garantias solicitadas nesta
operação são mais altas que no Mercado futuro.
89
Capítulo 5
90
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Seção 2
Qual a função dos Mercados Futuros?
Compra Vende
Vende Compra
91
Capítulo 5
preço à vista está ficando mais barato que o preço no mercado futuro. Significa que
estará sendo debitado diariamente esta diferença na conta corrente do comprador.
Contudo, não precisa é necessário esperar o “futuro”. Basta efetuar uma operação
inversa e se encerrará esta operação. O contrário também procede.
Seção 3
Por que participar dos Mercados Futuros?
Você sabia que os Mercados Futuros desempenham um importante papel, já que
têm sua história diretamente vinculada à necessidade de controle do risco e de
alterações nos preços dos Ativos.
92
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Seção 4
Como se calcula o ajuste diário nas operações
de Mercado?
Mercado Futuro é o Mercado em que as partes assumem um compromisso de
compra ou venda para liquidação em data futura, tendo como característica
básica o sistema de gerenciamento de posições. Neste mercado, utilizase o
ajuste diário do valor dos contratos, o qual se transforma em ganho ou prejuízo
diário para as respectivas posições e as margens de garantia.
93
Capítulo 5
Exemplificando:
Um investidor comprou hoje, D0, no Mercado Futuro de Ações, 10.000 ações PETR3,
a R$ 36,00 por Ação, com vencimento para o próximo mês. O preço de ajuste do dia,
calculado após o fechamento do pregão, foi de R$ 35,92. Neste caso, tem-se:
94
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Neste caso, o comprador será creditado em R$ 380,00 porque sua posição está
valorizada em relação ao dia anterior, e vendedor será debitado em R$ 380,00,
porque sua posição está desvalorizada.
Exercício:
O Sr. Ademar comprou dez contratos futuros de soja cotados a R$ 51,00 por
saca de 60 Kg no início do pregão do mercado futuro. No final do dia, a saca de
60 Kg de soja fechou cotada a R$ 52,00 (preço de ajuste). Cada contrato futuro
de soja envolve a negociação de 450 sacas de 60 Kg. Calcule o valor do ajuste
diário.
95
Capítulo 5
Cálculo do ajuste diário: (51,00 x 450 x 10) - (52,00 x 450 x 10) = R$ 4.500,00
229500 - 234000
No dia seguinte à compra, será creditado em sua conta-corrente o valor R$ 1.350,00
referente ao valor de ajuste diário. Não é preciso vender o contrato para receber
esse ajuste. Se você decidir manter sua posição a futuro em aberto, não vendendo
seus seis contratos, a sua conta-corrente sofrerá um novo ajuste no dia seguinte.
Para o vendedor é realizado uma operação inversa, ou seja, será debitado o valor
de R$ 4.500,00.
Na próxima seção, compreenda qual é a relação entre preço à vista e preço futuro.
96
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Seção 5
Qual a relação entre preço à vista e preço futuro?
Um prêmio para cada Normalmente, os preços em Mercados Futuros são
tipo de operação, o cotados da mesma maneira que no Mercado Físico.
prêmio é calculado de
forma diferente. Isso Como já foi dito, os contratos futuros podem ser
rendeu para Black
negociados para muitos meses de vencimento. Esse
Sholes o Prêmio Nobel
de Economia, em 1997. mecanismo permite que a negociação varie em função
Com isso, o investidor da Bolsa e do contrato para períodos determinados
será capaz de autorizados pela Bolsa.
identificar se o prêmio
está supervalorizado É importante que você saiba que os preços futuros
ou subvalorizado no
mercado.
carregam um prêmio sobre os preços à vista e esse
prêmio reflete o custo de carregar uma posição física até a
data de liquidação do contrato.
Assim, os preços a futuro tendem a manter uma relação muito próxima com os
preços à vista no período de liquidação do contrato. Então, dá para concluir que
fatores que afetam os preços futuros, neste período, seriam os mesmos afetando
o Mercado Físico do produto negociado, e, como consequência, variações nos
preços à vista causariam reações correspondentes nos preços futuros.
Desse modo, a próxima pergunta que surge é a que segue como título de nossa
próxima seção.
97
Capítulo 5
Seção 6
Quais são as garantias básicas de negociação
do mercado futuro?
Todo sistema de compensação é administrado pela Clearing house, que é
responsável por fiscalizar a compensação financeira de todos os contratos
negociados na BM&FBOVESPA.
•• dinheiro;
•• ações;
•• carta fiança bancária;
•• títulos públicos ou privados.
98
Capítulo 6
99
Capítulo 6
Seção 1
Qual a importância da Teoria de Carteiras para
o Mercado Acionário?
Um dos tópicos que vem merecendo muita atenção por parte dos estudiosos das
áreas acadêmicas e financeira é o ramo de gerenciamento de carteiras de Ativos
financeiros, uma vez que os agentes econômicos, em geral, procuram avaliar tais
carteiras, sempre observando aquela que lhes proporcione maior rentabilidade
esperada para um dado nível de risco.
Seção 2
Definição de risco sistemático e risco não
sistemático
No Mercado Financeiro, há dois tipos de riscos: risco não sistemático e risco sistemático.
100
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
De acordo com Halpern (2006), esse tipo de risco é único de cada empresa,
independente da economia ou política. Veja alguns exemplos:
Para Halpern (2006), este tipo de risco é resultante de crises políticas, escândalos,
grande oscilações nas taxas de juros, guerras, alterações nas alíquotas de
imposto pelo Governo, revoluções, falta de credibilidade por parte do consumidor,
classificação do risco país, crises cambiais, crises financeiras nacionais ou
internacionais, entre outros.
Você precisa saber que esses riscos causam grande volatilidade dos Mercados
Financeiros, fazendo com que as empresas, os investidores e os indivíduos
busquem sempre maior proteção em relação ao risco, estimando modelos mais
consistentes estatisticamente e, como consequência, realizando previsões
financeiras mais acuradas.
O coeficiente beta pode ser visto como uma medida de volatilidade relativa dos
retornos de um Ativo em relação aos retornos do Mercado.
101
Capítulo 6
Curiosidades
Não seja teimoso: não imagine que o Mercado mudará sua trajetória
porque isso será bom para você. Procure Ações nas quais haja questões e
dúvidas levantadas sobre os seus lucros. Isso é o que nos diz Willian Gofen
– US$ 2.5 bilhões em fundos e seguradoras.
Seção 3
O que diz a Teoria de Carteiras de Markowitz?
A Teoria de Carteiras de Markowitz (1952) observa que, de uma forma genérica,
os investidores individuais procuram diversificar as suas aplicações não
concentrando os seus recursos financeiros
102
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Em que:
Por outro lado, a soma das ponderações que compõem a carteira avaliada ( j )
deverá ser igual à unidade ou 100%, tal qual mostra a expressão a seguir.
Por sua vez, o risco de uma carteira funciona como uma importante regra no
desenvolvimento da escolha de uma carteira ótima.
Tal risco é mensurado por meio da variância ou do desvio padrão dos retornos
dos Ativos que fazem parte do portifólio. Nesse caso, a variância de uma carteira
pode ser calculada por meio da seguinte expressão:
Agora, você já tem informações suficientes para começar a construir sua própria carteira.
Seção 4
Quais os objetivos da Teoria de Carteiras?
Markowitz mostra que a análise de carteiras inicia-se com a análise de títulos
individuais e termina com a obtenção da carteira eficiente que melhor atenda
aos objetivos do investidor.
103
Capítulo 6
104
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
105
Capítulo 6
Passo 1.1) Para isso recomenda-se que você observe o seguinte modelo:
Passo 1.2) Você deverá repetir este procedimento para cada retorno, isto é, para
cada mês de cada ativo, o que iremos demonstrar a seguir:
continua
106
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Passo 1.3) Feito isso, com esta planilha aberta no excel, você deverá inserir o
símbolo do percentual da seguinte forma:
Passo 1.4) Lembre-se de manter o mesmo número de casas decimais conforme a tabela 1.
Para isso, selecione os retornos dos ativos, clique com o botão direito do mouse
e, no ícone Formatar células, selecione Número na categoria Porcentagem, e
registre o número de casas decimais desejadas.
107
Capítulo 6
108
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Passo 3.1) Para calcular a variância de uma carteira você deverá utilizar a
ferramenta do excel, ir em análise de dados – covariância e selecionar os ativos e
clicar em OK para apresentar o resultado, de acordo com o modelo sugerido:
Matriz de Covariância
CRUZ3 EMBR4
CRUZ3 0,006143
Onde:
CRUZ3 0,006143
EMBR4 0,006337
109
Capítulo 6
Exemplo:
A B C D E F G
1 CRUZ3 EMBR4 CRUZ3 EMBR4 VARIÂNCIA RISCO RETORNO
2 100 0 1 0 0,006143 0,078379 0,028017
3 99 1 0,99 0,01 0,005968 0,077251 0,027825
4 98 2 0,98 0,02 0,005796 0,076130 0,027632
5 97 3 0,97 0,03 0,005627 0,075016 0,027439
6 96 4 0,96 0,04 0,005463 0,073909 0,027247
7 95 5 0,95 0,05 0,005301 0,072810 0,027054
8 94 6 0,94 0,06 0,005144 0,071719 0,026862
9 93 7 0,93 0,07 0,004990 0,070637 0,026669
10 92 8 0,92 0,08 0,004839 0,069564 0,026476
11 91 9 0,91 0,09 0,004692 0,068500 0,026284
12 90 10 0,9 0,1 0,004549 0,067446 0,026091
13
14 CRUZ3 EMBR4 MATRIZ DE CONVARIÂNCIA
15 MÉDIA 2,801733% 0,875540% CRUZ3 EMBR4
16 CRUZ3 0,006143
17 EMBR4 -0,002724 0,006337
18
110
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
D3 : ƒx = SOMA (B3:C3)
A B C D
1
2 Ativo CRUZ3 EMBR4 TOTAL
3 Decisão 0% 0% 0%
4 Variância da Carteira
5 Retorno da Carteira
6 Desvio Padrão
Matriz de Covariância
CRUZ3 EMBR4
CRUZ3 0,006143
Matriz de Covariância
CRUZ3 EMBR4
111
Capítulo 6
A B C D E F G
1 Matriz Covariância CRUZ3 EMBR4
2 Ativo CRUZ3 EMBR4 TOTAL CRUZ3 0,006143257 -0,0027244
3 Decisão 0% 0% 0% EMBR4 -0,0027244 0,006336629
4 Variância da Carteira 0
5 Retorno da Carteira
6 Desvio Padrão
B5 : ƒx = SOMARPRODUTO(B3:C3;F5:G5)
A B C D E F G
1 Matriz Covariância CRUZ3 EMBR4
2 Ativo CRUZ3 EMBR4 TOTAL CRUZ3 0,006143257 -0,0027244
3 Decisão 0% 0% 0% EMBR4 -0,0027244 0,006336629
4 Variância da Carteira 0
5 Retorno da Carteira 0 Média 2,80173% 0,87554%
6 Desvio Padrão
A B C D E F G
1 Matriz Covariância CRUZ3 EMBR4
2 Ativo CRUZ3 EMBR4 TOTAL CRUZ3 0,006143257 -0,0027244
3 Decisão 0% 0% 0% EMBR4 -0,0027244 0,006336629
4 Variância da Carteira 0
5 Retorno da Carteira 0 Média 2,80173% 0,87554%
6 Desvio Padrão 0
112
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
113
Capítulo 6
Pede-se:
1.2) Obtenha a matriz de covariância dos ativos VALE5, CSNA3, NATU3 e PETR4.
1.5) Apresente em uma tabela os coeficientes Alfa, Beta, classificação do Beta e o Risco
114
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Para este cálculo, recomenda-se que você insira o símbolo do percentual nos
ativos citados acima conforme visto aqui anteriormente. Observe na tabela.
115
Capítulo 6
Você irá obter a matriz de covariância dos ativos com o símbolo do percentual.
Matriz de Covariância
VALE5 0,01283781
Matriz de Covariância
VALE5 CSNA3 NATU3 PETR4
116
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
F2 : ƒx = SOMA (B2:C2)
A B C D E F
1 Ativos VALE5 CSNA3 NATU3 PETR4 TOTAL
2 Decisão 0% 0% 0% 0% 0%
3 Variância da Carteira
4 Retorno Esperado
5 Desvio Padrão
b. Variância da Carteira:
B3 : ƒx = SOMARPRODUTO(MATRIZ.MULT(B2:E2;H2:K5);B2:E2)
A B C D E F G H I J K
1 Ativos VALE5 CSNA3 NATU3 PETR4 TOTAL ATIVO VALE5 CSNA3 NATU3 PETR4
2 Decisão 0% 0% 0% 0% 0% VALE5 0,012817 0,008024 0,006026621 0,008402291
3 Variância da Carteira 0 CSNA3 0,008024 0,010494 0,00416424 0,011064493
4 Retorno Esperado NATU3 0,006027 0,004164 0,010983864 0,005218494
5 Desvio Padrão PETR4 0,008402 0,011064 0,005218494 0,018296162
6
7 Meses VALE5 CSNA3 NATU3 PETR4
8 Janeiro 2,5150% 2,4320% 10,9300% 0,1170%
9 Fevereiro 28,5860% 15,7150% 3,0400% 13,4080%
10 Março 5,4700% 7,4990% 16,2770% 22,6530%
11 Abril -4,5770% -1,4540% -5,8620% -0,1680%
12 Maio -2,6690% 17,8000% -8,5500% 22,9500%
13 Junho -11,7850% 4,6980% -8,7400% -8,7180%
14 Julho 11,3540% 14,7320% 5,0110% 1,2970%
15 Agosto 1,8610% -0,8640% 8,8020% -9,1580%
16 Setembro 6,4350% 19,1980% 17,6410% 14,3630%
17 Outubro 1,4370% 8,9220% 13,6700% 16,1140%
18 Novembro -12,2520% -9,8620% -17,7110% -5,6940%
19 Dezembro -14,3610% -14,2420% 1,4170% -22,3110%
20 MÉDIA 1,0012% 5,3812% 2,9938% 3,7378%
21
117
Capítulo 6
c. Retorno da Carteira:
B4 : ƒx = SOMARPRODUTO(B2:E2;B20:E20)
A B C D E F G H I J K
1 Ativos VALE5 CSNA3 NATU3 PETR4 TOTAL ATIVO VALE5 CSNA3 NATU3 PETR4
2 Decisão 0% 0% 0% 0% 0% VALE5 0,012817 0,008024 0,006026621 0,008402291
3 Variância da Carteira 0 CSNA3 0,008024 0,010494 0,00416424 0,011064493
4 Retorno Esperado 0 NATU3 0,006027 0,004164 0,010983864 0,005218494
5 Desvio Padrão PETR4 0,008402 0,011064 0,005218494 0,018296162
6
7 Meses VALE5 CSNA3 NATU3 PETR4
8 Janeiro 2,5150% 2,4320% 10,9300% 0,1170%
9 Fevereiro 28,5860% 15,7150% 3,0400% 13,4080%
10 Março 5,4700% 7,4990% 16,2770% 22,6530%
11 Abril -4,5770% -1,4540% -5,8620% -0,1680%
12 Maio -2,6690% 17,8000% -8,5500% 22,9500%
13 Junho -11,7850% 4,6980% -8,7400% -8,7180%
14 Julho 11,3540% 14,7320% 5,0110% 1,2970%
15 Agosto 1,8610% -0,8640% 8,8020% -9,1580%
16 Setembro 6,4350% 19,1980% 17,6410% 14,3630%
17 Outubro 1,4370% 8,9220% 13,6700% 16,1140%
18 Novembro -12,2520% -9,8620% -17,7110% -5,6940%
19 Dezembro -14,3610% -14,2420% 1,4170% -22,3110%
20 MÉDIA 1,0012% 5,3812% 2,9938% 3,7378%
21
B5 : ƒx =B3ˆ0,5
A B C D E F G H I J K
1 Ativos VALE5 CSNA3 NATU3 PETR4 TOTAL ATIVO VALE5 CSNA3 NATU3 PETR4
2 Decisão 0% 0% 0% 0% 0% VALE5 0,012817 0,008024 0,006026621 0,008402291
3 Variância da Carteira 0 CSNA3 0,008024 0,010494 0,00416424 0,011064493
4 Retorno Esperado 0 NATU3 0,006027 0,004164 0,010983864 0,005218494
5 Desvio Padrão 0 PETR4 0,008402 0,011064 0,005218494 0,018296162
6
7 Meses VALE5 CSNA3 NATU3 PETR4
8 Janeiro 2,5150% 2,4320% 10,9300% 0,1170%
9 Fevereiro 28,5860% 15,7150% 3,0400% 13,4080%
10 Março 5,4700% 7,4990% 16,2770% 22,6530%
11 Abril -4,5770% -1,4540% -5,8620% -0,1680%
12 Maio -2,6690% 17,8000% -8,5500% 22,9500%
13 Junho -11,7850% 4,6980% -8,7400% -8,7180%
14 Julho 11,3540% 14,7320% 5,0110% 1,2970%
15 Agosto 1,8610% -0,8640% 8,8020% -9,1580%
16 Setembro 6,4350% 19,1980% 17,6410% 14,3630%
17 Outubro 1,4370% 8,9220% 13,6700% 16,1140%
18 Novembro -12,2520% -9,8620% -17,7110% -5,6940%
19 Dezembro -14,3610% -14,2420% 1,4170% -22,3110%
20 MÉDIA 1,0012% 5,3812% 2,9938% 3,7378%
21
118
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
A B C D E F G H I J K
1 Ativos VALE5 CSNA3 NATU3 PETR4 TOTAL
2 Decisão 0% 0% 0% 0% 0%
3 Variância da Carteira 0
4 Retorno Esperado 0
5 Desvio Padrão 0
6
7 Meses VALE5 CSNA3 NATU3 PETR4
8 Janeiro 2,5150% 2,4320% 10,9300% 0,1170%
9 Fevereiro 28,5860% 15,7150% 3,0400% 13,4080%
10 Março 5,4700% 7,4990% 16,2770% 22,6530%
11 Abril -4,5770% -1,4540% -5,8620% -0,1680%
12 Maio -2,6690% 17,8000% -8,5500% 22,9500%
13 Junho -11,7850% 4,6980% -8,7400% -8,7180%
14 Julho 11,3540% 14,7320% 5,0110% 1,2970%
15 Agosto 1,8610% -0,8640% 8,8020% -9,1580%
16 Setembro 6,4350% 19,1980% 17,6410% 14,3630%
17 Outubro 1,4370% 8,9220% 13,6700% 16,1140%
18 Novembro -12,2520% -9,8620% -17,7110% -5,6940%
19 Dezembro -14,3610% -14,2420% 1,4170% -22,3110%
20 MÉDIA 1,0012% 5,3812% 2,9938% 3,7378%
21
f. Clicar em Resolver:
Variância da 0,007553984
Carteira
Retorno 0,039686159
Esperado.
Lembrando que este modelo solicitava para apresentar uma tabela os coeficientes
Alfa, Beta, classificação do Beta e o Risco não sistemático dos ativos VALE5,
CSNA3, NATU3 e PETR4
119
Capítulo 6
Para obter estes dados, você deverá utilizar o excel, análise de dados –
ferramenta regressão. Deve-se calcular um ativo de cada vez e relacionar com o
Ibovespa. Os dados de retorno não devem conter o símbolo do percentual, ou
seja, são os mesmos dados informados na pergunta do modelo, ou seja tabela 2.
Ativo VALE5:
120
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Estatística de regressão
R múltiplo 0,835408365
R-quadrado
0,66769785
ajustado
Observações 12
ANOVA
F de
gl SQ MQ F significação
Total 11 1540,53688
Resultados de resíduos
1 0,726206675 1,78879332
2 13,40684102 15,179159
3 10,00021899 -4,530219
4 -4,92310819 0,34610819
5 1,446242695 -4,1152427
6 -9,23558198 -2,549418
7 8,317554172 3,03644583
continua
121
Capítulo 6
8 -5,48055543 7,34155543
9 14,24817343 -7,8131734
10 8,625956696 -7,1889567
11 -13,8216178 1,56961785
12 -11,2963302 -3,0646698
=VAR(SELECIONE OS DADOS DA
RISCO NÃO SISTEMÁTICO 42,3077451
COLUNA RESÍDUOS)
Risco Não Sistemático Variância
•• Usemos então agora o ativo CSNA3, para realizar esse mesmo procedimento.
CSNA3
Estatística de regressão
R múltiplo 0,845321899
R-Quadrado 0,714569112
Observações 12
ANOVA
F de
gl SQ MQ F significação
Total 11 1268,68993
122
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
C114 : ƒx =VAR(C102:C113)
A B C
97
98
99 RESULTADOS DE RESÍDUOS
100
101 Observação Previsto(a) CSNA3 Resíduos
102 1 5,128682294 -2,696682294
103 2 16,77278364 -1,057783644
104 3 13,64462372 -6,145623721
105 4 -0,058849578 -1,395150422
106 5 5,789861551 12,01013845
107 6 -4,018815662 8,716815662
108 7 12,0995023 2,632497696
109 8 -0,570730293 -0,293269707
110 9 17,54534435 1,652655648
111 10 12,38269557 -3,46069557
112 11 -8,229982468 -1,632017532
113 12 -5,911115434 -8,330884566
114 Risco Não Sistemático 32,92029934
Estatística de regressão
R múltiplo 0,707874502
R-Quadrado 0,50108631
Observações 12
ANOVA
F de
gl SQ MQ F significação
Total 11 1386,29642
123
Capítulo 6
RESULTADOS DE RESÍDUOS
Previsto(a)
1 2,772736421 8,15726358
2 12,96546432 -9,9254643
3 10,2272124 6,0497876
4 -1,76819802 -4,093802
5 3,351503305 -11,901503
6 -5,23457602 -3,505424
7 8,874681901 -3,8636819
8 -2,21627561 11,0182756
9 13,64172957 3,99927043
10 9,122576677 4,54742332
11 -8,92084395 -8,790156
12 -6,89101099 8,30801099
62,8765693
Risco Não Sistemático
Estatística de regressão
R múltiplo 0,785903388
R-Quadrado 0,617644135
Observações 12
124
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
ANOVA
F de
gl SQ MQ F significação
Total 11 2209,7418
C153 : ƒx =VAR(C141:C152)
A B C
136
137
138 RESULTADOS DE RESÍDUOS
139
140 Observação Previsto(a) PETR4 Resíduos
141 1 3,427954886 -3,310954886
142 2 17,71511913 -4,307119133
143 3 13,8769067 8,776093303
144 4 -2,937080737 2,769080737
145 5 4,239213424 18,71078658
146 6 -7,795908753 -0,922091247
147 7 11,98106237 -10,68406237
148 8 -3,565151863 -5,592848137
149 9 18,6630413 -4,300041296
150 10 12,32853691 3,785463093
151 11 -12,96295686 7,268956859
152 12 -10,1177365 -12,1932635
153 Risco Não Sistemático 76,80979449
Agora que você concluiu o estudo do modelo de Markowitz com quatro ativos,
basta preencher a tabela abaixo com os resultados obtidos, respondendo o item
1.5 da página 114.
125
Capítulo 6
Seção 5
Modelo Sharpe
O modelo foi desenvolvido por Willian Sharpe, em 1964. O estudioso ganhou
o Prêmio Nobel de Economia, em 1990, junto com Merton Miller y e Harry
Markowitz, por seus trabalhos na área Financeira.
De acordo com Assaf Neto (2012, p. 305), por retratar a relação de risco e retorno,
o índice Sharpe é um “indicador de eficiência dos investimentos”, em que
defende-se que as carteiras com maior risco devem apresentar um prêmio maior,
justamente pelo risco mais elevado.
Prêmio pelo risco é a diferença entre a taxa de juros de uma aplicação com risco
e de uma aplicação sem risco. Uma vez que exista essa diferença, quando o
investidor opta pelo risco, ele merece ser compensado.
Cálculo:
IS = ( Ri -Rf ) / (σi )
Em que:
•• IS = Índice Sharpe
•• Ri = Retorno do Ativo
•• Rf = Retorno Livre de Riso ( Risk-Free )
•• σi = Risco do Ativo ( a letra grega sigma representa volatilidade )
Exemplo 1
Caso I
126
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Logo:
IS = 2,4480
Caso II
Logo:
IS = 1,8
O resultado indica que o fundo com risco apura 1,8 % do prêmio de risco para
1% de risco adicional incorrido no período. Reforçando, o índice de Sharpe reflete
a relação direta entre o retorno (prêmio pelo risco) e o risco de um investimento.
127
Capítulo 6
Logo:
ISg = 6,3507
D1 0,34% 0,61%
D2 -0,9% -1,4%
D3 0,29% 0,61%
D4 -0,07% -0,12%
D5 0,98% 1,94%
Média
0,128% 0,328%
(RP – RF)
Desvio Padrão
0,688% 1,219%
( σp)
Em que:
IS = Índice Sharpe
Neste caso, pode-se concluir que a carteira II foi mais eficiente porque pagou
uma remuneração maior (prêmio de risco) por unidade de risco assumido. É
mais conveniente para um investidor que submete-se a um risco maior, ou
seja, um investidor agressivo.
128
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Taxa de Retorno
(Prêmio pelo Risco) 3,9 % 6,5 % 8,7 %
(RP – RF)
Desvio Padrão
0,5 % 1,30% 1,30%
( σp)
Exemplo 3
Desvio Padrão = 8%
A carteira é composta com 80% de ativo com risco e 20% de ativo sem risco.
Determine:
129
Capítulo 6
Desenvolvimento do exercício:
b. Índice de Sharpe
•• IS = Rj - Rf
σRj
IS = 15,6 % - 6% = 1,5
6,4%
Salientamos que o resultado indica que o fundo com risco apura 1,5 % do
prêmio de risco para 1% de risco adicional incorrido no período. Reforçando, o
índice de Sharpe reflete a relação direta entre o retorno (prêmio pelo risco) e o
risco de um investimento.
130
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Vamos praticar?
RISCO NÃO
ATIVO ALFA BETA SISTEMÁTICO
131
Capítulo 6
Passo a passo:
DECISÃO
MÉDIA DA
CARTEIRA
VARIÂNCIA DA
CARTEIRA
DESVIO PADRÃO
DA CARTEIRA
132
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
CRUZ3
EMBR4
133
Capítulo 6
CRUZ3
EMBR4
134
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
CRUZ3
EMBR4
135
Capítulo 6
Variância da 24,250758
Carteira
Este modelo está sugerindo aplicar 64,87 % no ativo CRUZ3 e 35,13% no ativo EMBR4.
Desafio 2 – vamos tentar fazer com quarto ativos, utilizando a mesma base de
dados que foi calculado através do Modelo de Markowitz?
136
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
137
Capítulo 6
RISCO NÃO
ATIVOS ALFA BETA CLASSIFICAÇÃO SISTEMÁTICO
138
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
139
Capítulo 6
140
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
MÉDIA DA 3,417119775
CARTEIRA
VARIÂNCIA DA 12,06636583
CARTEIRA
DESVIO 3,473667489
PADRÃO
141
Capítulo 7
Análise de Ações
143
Capítulo 7
Seção 1
Por que estudar a análise fundamentalista
de Ações?
Os analistas fundamentalistas preocupam-se com os dados reais da empresa,
como produtividade, modernidade da planta, Mercado de seus produtos, inserção
na economia internacional, nível de endividamento, capacidade de crescimento
dadas às expectativas macroeconômicas do país etc.
Em muitas situações, o preço de Mercado para a Ação não coincide com seu
valor real em razão da ineficiência do Mercado na avaliação desse título.
Mas é importante você compreender também que o preço justo de uma Ação se
fundamenta na expectativa de lucros no decorrer do período analisado.
Na teoria, o momento certo para a compra de uma Ação é quando o preço dessa
Ação estiver baixo para compra e alto para venda.
144
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Seção 2
Principais indicadores da Análise Fundamentalista
Para Cavalcanti (2005), a Análise Fundamentalista é uma metodologia para determinar
o preço justo de uma Ação nas expectativas dos resultados dos preços futuros.
Indicadores
a) Preço/lucro – conhecido como PL
Exemplo
Preço R$ 10,00
Lucro: R$ 5,00
Preço/lucro = 10/5 = 2 (dois anos para obter o retorno sobre o investimento, se
tudo permanecer como está). Dessa forma, 1/2 = 0,50 x 100 = obterá 50% de
retorno sobre o capital investido por ano.
145
Capítulo 7
Outro exemplo:
1. A Construtora Beta esperava obter R$ 3,00 de lucro por Ação no ano de 2010.
Essa expectativa baseava-se na análise da tendência dos lucros históricos da
empresa e nas condições esperadas na economia e na indústria. O índice médio
preço/lucro para empresas do mesmo setor é 6. Supondo que os investidores
aceitem essas informações como adequadas, o valor das ações da empresa, em
reais, é?
Solução:
Lucro: R$ 3,00
Índice médio Preço/Lucro, famoso P/L = 6
Onde:
Preço = 6
Lucro
Preço = 6
3
Preço = R$ 18,00
Exemplo:
Empresa A
P/VPA = 1,8
Empresa B
P/VPA = 3,7
O P/VPA indica quanto o mercado paga para cada real que os acionistas
investiram na empresa.
146
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Cabe lembrar que a legislação exige que seja distribuído, no mínimo, 25% do
lucro líquido, após as deduções legais.
Exemplo:
A empresa Sorriso S. A. tem lucro de R$ 1,00 por ação e distribui R$ 0,35 por ação
de dividendos. O Pay-Out é de 35%.
Este resultado representa que a empresa distribuiu aos acionistas 35% do lucro e
reinvestiu o restante, ou seja, 65% do seu lucro líquido no período.
Dividendos pagos por ação / Preço da ação – Avalia o quanto isso representa em
relação ao preço da ação, ou seja, quanto que a ação rendeu em proventos para
os acionistas.
147
Capítulo 7
Exemplo:
A empresa Sorriso S. A. tem seu preço cotado no mercado a R$ 10,00 por ação e
distribui dividendos de R$ 0,55 por ação. Vejamos:
Px NxG X 100
É importante comparar a outros ativos. Quanto maior o índice maior será a
liquidez da ação.
148
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
149
Capítulo 7
Presença
Volume Número de Negociabili- N.º de Neg.
Ações Presenças (relativa) Liquidez
R$ Negócios dade (N) (relativo) (G)
(P)
Milhões
•• LAJIDA (EBITDA) – Lucro antes dos juros, impostos sobre renda, incluindo
contribuição social sobre o lucro líquido, depreciação e amotização.
•• JAJIR – (EBIT) – Lucro antes dos juros e impostos sobre renda,
incluindo contribuição social sobre o lucro líquido.
150
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Exemplo:
Empresa Beta
Empresa Alfa
(valores em
(valores em milhões de reais)
milhões de reais)
151
Capítulo 7
Fórmula:
Exemplo:
h) BETA – -
152
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Classificação do Beta:
No entanto, quando o mercado estiver em queda, esta ação da carteira com beta
maior que 1 terá uma queda mais significativa que a queda do índice do mercado.
Observe a tabela abaixo, do ativo hipotético PINT3 e Ibovespa, para obter o beta.
153
Capítulo 7
154
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
6. Clique em Ok.
7. No canto direito da planilha do Excel, quando você selecionar
Dados,aparecerá o ícone Análise de Dados...>Depois, selecione
Regressão.
8. Surgirá na tela a imagem abaixo, então observe as instruções para
inserção dos dados (contidas nos balões) e clique nos ícones:
Rótulos, Intervalo de saída (indique a linha do Excel na qual sairá a
resposta) e finalize com OK, no canto superior direito.
155
Capítulo 7
Estatística de regressão
R múltiplo 0,743053527
R-Quadrado 0,552128544
Tabela 1 - RESUMO DOS RESULTADOS
R-quadrado ajustado 0,507341398
Observações 12
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Total 11 1376,881
156
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Seção 3
Por que estudar a Análise Gráfica ou Técnica de
Ações?
Os analistas gráficos avaliam o que se deve esperar de uma Ação com base em
seu desempenho passado, e por uma repetição do padrão de comportamento
que ocorre com o preço de alguma Ação.
157
Capítulo 7
Teoria de Dow
Charles Henry Dow foi um dos pioneiros da Análise Técnica e fez importantes
contribuições para o estabelecimento de seus fundamentos. Para Dow, no
preço, está contido todas as informações relevantes, uma vez que as médias
descontam tudo.
O movimento dos preços pode ser dividido em três tendências, conforme Matsura
(2006):
Para quem desejar se aprofundar mais sobre a Teoria Gráfica, Matsura (2006, p.
121) registra, em forma de poema, que cada nome “estranho” merece estudo
do modelo para o investidor que pretende obter a certificação profissional nesta
área na condição de Analista Técnico. Isso é apenas um começo de uma grande
caminhada. Segue o poema.
158
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Seção 4
Alguns indicadores da Escola Técnica ou Gráfica
Índice de Força Relativa – IFR
Fórmula:
FR = Força Relativa
159
Capítulo 7
Quanto maior for a força relativa dos compradores, mais o IFR se aproxima de 100;
e quanto maior for a força relativa dos vendedores, mais o IRF se aproxima de zero.
O IFR poderá ser calculado de nove, catorze, 21 dias ou de períodos mais longos.
Variação
de um dia Média das Méda das
Data Fechamento Altas Baixas
para o Altas Baixas
outro
13/6/2008 45,9
Observe que, no dia 26/06/2008, o IFR é 41,35, indicando para o investidor aguardar.
Abaixo de trinta, este representa uma tendência para o investidor comprar Ação.
Vamos demonstrar passo a passo como obter o Índice de Força Relativa – IFR.
160
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
No dia 17/06/2014, cujo valor é R$ 46,25, deverá deduzir do dia anterior, ou seja,
16/06/2014, que corresponde a R$ 45,80.
4. Força Relativa
FR = Média das variações dos fechamentos em ALTA
Média das variações dos fechamentos em BAIXA
3,39/9 0,376667
IFR = 41,35
161
Capítulo 7
Interpretação do resultado:
Significa que o investidor deverá aguardar! Caso o resultado obtido fosse trinta ou
inferior, seria uma indicação de compra, e setenta ou mais, uma indicação para
vender este ativo. Certamente, nenhum indicador deve ser usado isoladamente
para tomada de decisão nos investimentos acionários. A combinação com outros
indicadores, bem como com outra Escola de Análise, é sempre salutar.
Suporte e resistência
Veja no gráfico
Fonte: http://www.operefuturos.com.br/analise-grafica/figuras-graficas/suporte-e-resistencia/#.VJIszCvF8YQ
Veja no gráfico.
Fonte: http://www.operefuturos.com.br/analise-grafica/figuras-graficas/suporte-e-resistencia/#.VJIszCvF8YQ
162
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Fonte: http://www.operefuturos.com.br/analise-grafica/figuras-graficas/suporte-e-resistencia/#.VJIszCvF8YQ
163
Capítulo 7
164
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Estocástico
Este indicador foi desenvolvido por George C. Lane, em meados de 1957. Tem
como objetivo principal demonstrar quando uma ação está com tendência de
alta e de baixa, alertando o investidor para tomada de decisão. Em virtude dos
movimentos de preços ser muito alto, sugere-se a utilização deste indicador a
curto prazo. É bom lembrar que não é bom a utilização de um único indicador
para investimento em ações, pois num Mercado de risco, quanto mais
informações você tiver, melhor. Este indicador flutua entre zero e cem.
Fórmula:
%k = (U – B) x 100
(A – B)
Em que:
U = última cotação
Última
Ação Nome Abertura Fechamento Máxima Mínima
negociação
%k = (U – B) x 100
(A – B)
%k = 15,95 - 15,65 x 100 = 0,30 = 0,79 x 100
16,03 - 15,65 0,38
%k = 79%
165
Capítulo 7
Interpretação:
Última
Ação Nome Abertura Fechamento Máxima Mínima
negociação
%k = (U – B) x 100
(A – B)
Candlestick
166
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Exercício:
167
Capítulo 7
Seção 5
Análise do modelo CAPM
(Capital Asset Price Model)
O modelo CAPM foi desenvolvido com base em uma série de hipóteses simplificadoras
que parecem pouco realistas, como, por exemplo, a hipótese de que os indivíduos
tomam suas decisões de investimento para um único período de tempo.
Sharpe (1963) mostra que a versão original e mais simples do CAPM é formulada
com base nas seguintes hipóteses:
168
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Desse modo, pela busca de melhores resultados, os investidores passaram a dar mais
importância ao gerenciamento de carteiras, juntamente ao comportamento dos fatores
que influenciam os riscos dessas carteiras, de modo que esses riscos pudessem ser
reduzidos significativamente, sem prejuízo da riqueza esperada do investidor.
Pois saiba que o método para responder essa pergunta tem sido, nos últimos
trinta anos, a realização dos mais diversos testes empíricos, principalmente no
Mercado de Ações, para verificar se suas previsões são válidas.
Ao longo de todos esses anos, diversas respostas têm sido dadas e a grande
maioria delas dando suporte às suas previsões, mas com pequenas modificações
no modelo original.
169
Capítulo 7
Com essa breve introdução, você pôde ter uma ideia de como funciona o modelo
CAPM.
Exercício
Beta = 0,94419
170
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Exercício 2
KI = RF + I (ERM – RF)
Onde:
Considerando o risco da empresa Porto Feliz (BETA = 1,6, ERM = 21% A TAXA RF
= 13%), qual deve ser a taxa K para retorno da metalúrgica X?
KI = RF + I (ERM – RF)
KI = 0,13 + 1,6 (0,21 – 0,13)
kI = 0,13 + 1,6 (0,08)
KI = 0,13 + 0,0128
kI = 0,2580 x 100
KI = 25,80%
Exercício 3
Considere que uma ação apresenta um Beta = 2, ou seja, seu risco sistemático é
o dobro do mercado como um todo. A taxa livre de risco da economia é de 6% e
a expectativa dos investidores é que o prêmio pelo risco de mercado atinja 8%.
Solução:
B = 2,0
RF = 6%
RM – RF = 8%
RM = 14% (6% + 8%)
Logo, a taxa de retorno requerida (RJ) pelos investidores desta ação atinge a:
RJ = RF + B (RM - RF)
RJ = 6% + 2 (14% - 6%)
RJ = 6% + 2 (8%)
RJ = 6% + 16%
RJ = 22%
171
Capítulo 7
De acordo com Assaf Neto (2012, p. 300), o retorno esperado desta ação deve
ser, no mínimo, igual a 22%, que representa a taxa mínima de atratividade
para o investimento desta ação. Observe que, se a taxa de retorno da ação
for efetivamente igual aos 22% exigidos, o alfa é nulo, demonstrando um
desempenho igual ao indicado pelo CAPM.
Para obter o alfa, você poderá efetuar, por meio do exce, a análise de dados –
Regressão –, e o mesmo procedimento para calcular o beta. O resultado do Alfa
fica numa linha acima do Beta, que você já aprendeu a calcular.
172
Considerações Finais
Para você colher os bons frutos desta caminhada que se inicia, não pare por aí:
fique atento às ofertas dos cursos de especialização, mestrado e doutorado que a
UNISUL oferece e continue aprimorando-se constantemente através do ensino,
da pesquisa e da extensão.
173
Referências
COSTA JR., N. C. A. da. Será que beta ainda é válido para explicar as
variações nas rentabilidades médias das ações? 20º ENCONTRO ANUAL DA
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ADMINISTRAÇÃO. Finanças: pp-335-348, 1996.
FAMA, E. F. Efficient Capital Markets. Journal of Finance, New York, Vol. 25,
pp.383-417, 1970.
175
KRUGMAN, P.; OBSTFELD, M. Economia internacional: teoria e política. São
Paulo: Makron Books, 1999.
PIMENTA, Ângela. A nova xerife do mercado. Revista Exame. Ed. 0897, jul. 2007.
176
Sobre o Professor Conteudista
177
Mercado de Capitais e Bolsa de Valores
Esse livro visa a apresentar as regras gerais do
funcionamento do mercado de capitais e a sua
importância para a economia. Nesse viés apresentará o
que são Ações, Títulos e Valores Mobiliários, e buscará
ensinar o cálculo das taxas e impostos envolvidos nas
negociações do mercado acionário, o qual é parte do
mercado de capitais. Apresenta também o que é o Sistema
Financeiro Nacional, seu modo de funcionamento e sua
relação com as Bolsas de Valores
Busca-se também ensinar a selecionar ativos no Mercado
de capitais, visando a minimizar o risco e maximizar o
retorno dos investimentos por meio da teoria de Markowitz
e de Sharpe. Pretende dar subsídios para análise,
interpretação e cálculo dos principais indicadores da
Escola Fundamentalista - Beta, P/L, P/VPA,
Dividendo Yeld e Ebitda -, e Análise
Técnica, visando à tomada de decisão
para investimento em ações.
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