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RECUPERAÇÃO

DE CRÉDITOS NO
SIMPLES
NACIONAL
Instrutora: Mônica Porto
COMPOSIÇÃO DOS ANEXOS
ANEXO ATIVIDADE
ANEXO 1 COMÉRCIO – VENDA DE MERCADORIAS
ANEXO 2 INDUSTRIA – VENDA PELA INDUSTRIA
ANEXO 3 SERVIÇOS GERAIS
ANEXO 4 SERVIÇOS DE CESSÃO DE MÃO DE OBRA
ANEXO 5 SERVIÇOS ESPECIALIZADOS
ANEXOS
ANEXO TRIBUTO TRIBUTO TRIBUTO TRIBUTO TRIBUTO TRIBUTO
ANEXO 1 IRPJ CSLL CPP PIS COFINS ICMS
ANEXO 2 IRPJ CSLL CPP PIS COFINS ICMS/IPI
ANEXO 3 IRPJ CSLL CPP PIS COFINS ISS
ANEXO 4 IRPJ CSLL PIS COFINS ISS
ANEXO 5 IRPJ CSLL CPP PIS COFINS ISS
SIMPLES NACIONAL
Uma empresa via de Regra não é um ANEXO, ela tem atividades naquela anexo.
Essas atividades podem ser em um ou mais anexos no determinado mês.
OBJETIVO
- Reduzir Tributos na forma da Lei
- Recuperar possíveis tributos pagos indevidamente
- Compliance
CALCULO DO SIMPLES
NACIONAL
CALCULO
Lei 123 - Art. 18. O valor devido mensalmente pela
microempresa ou empresa
de pequeno porte optante pelo simples nacional será
determinado mediante aplicação das alíquotas
efetivas, calculadas a partir das alíquotas nominais constantes
das tabelas dos anexos I a V desta lei complementar,
sobre a base de cálculo de que trata o § 3o deste artigo, obse
rvado o disposto no § 15 do art. 3o.
§ 1o Para efeito de determinação da
alíquota nominal, o
sujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada
nos doze meses anteriores ao do período de apuração.
A alíquota efetiva é o resultado de: RBT12xAliq-PD,
RBT12

RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores


ao período de apuração;
Aliq: alíquota nominal constante dos anexos I a V desta lei complementar;
PD: parcela a deduzir constante dos anexos I a V desta lei complementar.
Encontraremos agora o Simples Nacional:

Simples = RB mês x Alíquota Efetiva


ANEXO 1
DISTRIBUIÇÃO DOS TRIBUTOS
SEGREGAÇÃO DAS RECEITAS
§ 4o-A. O contribuinte deverá segregar, também, as receitas: (Incluído pela Lei
Complementar nº 147, de 2014)
I - decorrentes de operações ou prestações sujeitas à tributação concentrada em uma única
etapa (monofásica), bem como, em relação ao ICMS, que o imposto já tenha sido recolhido
por substituto tributário ou por antecipação tributária com encerramento de tributação;
II - sobre as quais houve retenção de ISS na forma do § 6o deste artigo e § 4o do art. 21
desta Lei Complementar, ou, na hipótese do § 22-A deste artigo, seja devido em valor fixo
ao respectivo município;
SEGREGAÇÃO DAS RECEITAS
III - sujeitas à tributação em valor fixo ou que tenham sido objeto de isenção ou redução
de ISS ou de ICMS na forma prevista nesta Lei Complementar;
IV - decorrentes da exportação para o exterior, inclusive as vendas realizadas por meio
de comercial exportadora ou da sociedade de propósito específico prevista no art. 56
desta Lei Complementar;
V - sobre as quais o ISS seja devido a Município diverso do estabelecimento prestador,
quando será recolhido no Simples Nacional
NÃO INTEGRA BASE DE CALCULO DO SIMPLES
ISS FIXO
Poderá ser FIXO pelos Escritórios de Contabilidade, desde que previsto na Legislação do seu
município (Consultar Código Tributário Municipal)

XIII - ISS devido:


c) em valor fixo pelos escritórios de serviços contábeis, quando previsto pela legislação
municipal;

A Prefeitura PODERÁ COBRAR por PROFISSIONAL HABILITADO – CUIDADO


Porque as vezes ela pode cobrar pelos seus funcionários
OAB tem decisão que já é aceita em alguns municípios (Mas é via Judicial)
NÃO INTEGRA BASE DE CALCULO DO SIMPLES
ISS RETIDO
O ISS quando Retido deve ser informado na apuração do Simples Nacional e
segregada a Receita dele, para que não seja tributado novamente.
Dica importante é sempre checar com o cliente se ele realmente Recebe a NF cheia,
ou com algum desconto. Em alguns casos o Tomador é um Substituto Tributário
Obrigatório e retem na NF mesmo sem descrito na NF. E neste caso, pode até
descontar 5% direto (Previsto no CGSN).
NÃO INTEGRA BASE DE CALCULO DO SIMPLES
MONOFASIA
Produtos monofásicos são aqueles que, ao fazer parte de uma cadeia produtiva,
somente o primeiro da mesma realiza o pagamento tributário produto. Sobre eles
que incide uma parte do valor, para financiar o PIS e COFINS.

Usamos como referência a Tabela 4.3.10 da Receita Federal


- http://sped.rfb.gov.br/arquivo/show/1638
NÃO INTEGRA BASE DE CALCULO DO SIMPLES
MONOFASIA
•Bebidas frias - Águas, cervejas, refrigerantes e preparações compostas;
•Combustível - Gasolina, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo, querosene de aviação, biodiesel e
nafta;
•Álcool hidratado para fins carburantes;
•Veículos, autopeças, pneus, câmaras de ar;
•Medicamentos
• Perfumaria e Toucador – Perfumes, aguas de beleza, produtos de maquiagem lábios e olhos, cremes de
beleza, xampus, cremes de barbear, desodorante, fio dental e etc.
Na tabela de produtos monofásicos (link slide anterior), os produtos podem ser encontrados de acordo
com a sua Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), ou seja, pelo código listado.
MONOFASIA
Neste caso, a forma mais “fácil” de se encontrar os produtos vai ser procurar pelo
NCM ou usando sistemas de inteligência caso o cliente não consiga cadastrar os
produtos e enviar a listagem das vendas Monofásicas.

EX: NCM 3401.11.90 OU 3002.90.99


NÃO INTEGRA BASE DE CALCULO DO SIMPLES
ICMS ST
Produtos Sujeitos a Substituição Tributária do ICMS
Substituição tributária é um mecanismo de arrecadação de tributos utilizado
pelos governos federais e estaduais. O substituto tributário é o terceiro que a
lei obriga a apurar o montante devido e cumprir a obrigação de pagamento
do tributo “em lugar” do contribuinte.

-Lista dos Produtos Sujeitos a ST – Convênio 142/2018 (Lista Completa)


-Cada Estado pode ter seus produtos escolhidos para ST;
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - ICMS
Importante Lembrar que não quer dizer que o produto esteja sujeito a ST que o
ICMS foi pago antecipadamente.
Diferente da Monofasia, aqui não vamos olhar o NCM e sim o CFOP.
Uma vez que a ST pode depender de convênios os protocolos.
Neste caso, deverá se verificar se o produto veio com ST retido e pago.

Ex: CFOP 5403, 5405


ATENÇÃO
No caso da Recuperação de Créditos, um erro comum é
pedir a Restituição de ST e Monofásicos para todos os
produtos.
ATENÇÃO
Nem todo produto ST é Monofásico e o contrario também.

Então podemos ter produtos Monofásicos e ST, Produtos só


ST e Produtos só Monofásico.

Tem que segregar as Receitas.


NÃO INTEGRA BASE DE CALCULO DO SIMPLES
MATERIAIS APLICADOS EM OBRAS
RESOLUÇÃO 140 CGSN - Materiais aplicados na OBRA – Desde que
comprovados e as subempreitadas;
§ 17. No caso de prestação dos serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da
lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116, de 2003, o valor: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 23; Lei Complementar nº 116, de
2003, art. 7º, § 2º, inciso I, e Lista de Serviços, itens 7.02 e 7.05)
I - dos serviços será tributado de acordo com o Anexo III ou Anexo IV desta
Resolução, conforme o caso, permitida a dedução, na base de cálculo do ISS,
do valor dos materiais fornecidos pelo prestador do serviço, observada a
legislação do respectivo ente federado;
NÃO INTEGRA BASE DE CALCULO DO SIMPLES
MATERIAIS APLICADOS EM OBRAS
Lei 116 (Lei do ISS) - Art. 7o A base de cálculo do imposto é o preço do
serviço.
§ 2o Não se incluem na base de cálculo do Imposto Sobre Serviços de
Qualquer Natureza:
I - o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços previstos nos
itens 7.02 e 7.05 da lista de serviços anexa a esta Lei Complementar;
NÃO INTEGRA BASE DE CALCULO DO NO SN
SALÃO PARCEIRO
VI - para o salão-parceiro de que trata a Lei nº 12.592, de 18 de janeiro de 2012,
os valores repassados ao profissional-parceiro, desde que este esteja devidamente
inscrito no CNPJ;
NÃO INTEGRA BASE DE CALCULO DO NO SN
SALÃO PARCEIRO
§ 18. A receita obtida pelo salão-parceiro e pelo profissional-parceiro de
que trata a Lei nº 12.592, de 2012, deverá ser tributada: (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 3º, §§ 1º e 16; art. 18, § 4º)
I - na forma prevista no Anexo III desta Resolução, quanto aos serviços e
produtos neles empregados; e
II - na forma prevista no Anexo I desta Resolução, quanto aos produtos e
mercadorias comercializados.
NÃO INTEGRA BASE DE CALCULO DO NO SN
SALÃO PARCEIRO
§ 2º O salão-parceiro de que trata a Lei nº 12.592, de 2012 deverá emitir
documento fiscal para o consumidor com a indicação do total das receitas de
serviços e produtos neles empregados e a discriminação das cotas-parte do
salão-parceiro e do profissional-parceiro, bem como o CNPJ deste. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I)
§ 3º O profissional-parceiro emitirá documento fiscal destinado ao salão-
parceiro relativamente ao valor das cotas-parte recebidas. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I)
§ 6º Será considerada como receita auferida pelo MEI que atue como profissional-parceiro de que trata a Lei nº
12.592, de 2012, a totalidade da cota-parte recebida do salão-parceiro. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
18-A, § 14)
§ 7º O salão-parceiro de que trata a Lei nº 12.592, de 2012, não poderá ser MEI. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 18-A, § 14; art. 25, § 4º; art. 26, §§ 1º e 2º
FATOR R
A Recuperação de Créditos usando o Fator R também é possível.
Uma empresa que foi tributada no ANEXO IV, ser retificado para ser tributada no
ANEXO III.

A medida que se verifica que o montante pago a título de folha de pagamento e


encargos seja superior a 28%.
Neste caso temos que revisar todas as folhas de pagamento, encargos pagos, FGTS,
13º, Férias, Rescisões e mais o CPP do DAS e fazer toda uma apuração e verificar a
possibilidade de proceder com as retificações.
RETIFICAÇÃO
Uma vez identificado alguma recuperação de crédito:
- Levante o Valor a Ser recuperado;
- Levante o período possível a ser retificado (Últimos 5 anos, 2018 para cá para
Fator R);
- Peça uma procuração eletrônica para acompanhar, retificar e etc;
- Faça um Contrato de recuperação com a Empresa, porque o recurso entrará na
Conta dele! Peça que mantenha a procuração ativa durante o contrato.
- Proceda com as retificações possíveis;
PEDIDOS DE RESTITUIÇÃO - ECAC
USO DE INTELIGÊNCIAS PARA RECUPERAÇÃO
Alguns sistemas usam a inteligência para ajudar nas recuperações de créditos:

- Sistemas com consulta de NCM (Ajudam, mas não muito);


- Sistemas de Recuperação de Crédito fazem boa parte do trabalho sozinhos;
- Sistemas de Recuperação não vão ajudar em todas as situações;
- Excel é importante também;
- Faça uma lista padrão e use processos no Trello por exemplo para todo mês fazer
da mesma maneira e não incorrer erros ou esquecimentos;
PRINCIPAL MOTIVO DA RECUPERAÇÃO
É manter a saúde financeira das empresas, não pode-se colocar as empresas em
risco. Então não faça nada que não esteja previsto na legislação.

Caso a Empresa possua débitos, a recuperação irá abater dos créditos


compensando assim com os débitos (Analise isso antes, já que ele poderá não “ver” o
recurso entrar na conta);
Os tributos só podem ser abatidos em seus respectivos tributos. Ex: Não dá para
abater impostos federais com municipais e nem Estaduais e vice-versa.
DÚVIDAS E QUESTÕES

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