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AUXILIAR FISCAL

Módulo II
5 ISS - IMPOSTO DE COMPETÊNCIA
DO MUNICÍPIO
Compete aos municípios instituir o Imposto sobre Serviços (ISS), também
conhecido por Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).

Regido pela Lei Complementar 116/2003 e a Lei 11.438/1997.


Ver Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=htJRooRop5o

5.1 CONTRIBUINTE: CADASTRO


São contribuintes do ISS todos os prestadores de serviços, pessoas físicas ou
jurídicas, obrigadas à inscrição no cadastro dos contribuintes, que recolhem
o tributo mensalmente. Tratando-se de prestador de serviço não inscrito no
Cadastro Econômico da Prefeitura, ele deverá ter o ISS devido retido na fonte
por seu tomador.

5.2 FATO GERADOR: MUNICÍPIO EM QUE O


IMPOSTO É DEVIDO
Conforme prevê a Lei Complementar nº 116/2003, o ISS tem como fato gerador a
prestação de serviços constantes na lista anexa, ainda que esses não se constituam
como atividade preponderante do prestador. O imposto incide também sobre o
serviço proveniente do exterior do país ou cuja prestação se tenha iniciado no
exterior.
Somente pode ser cobrado ISS daqueles serviços previstos na lista desta lei
complementar e que não estejam compreendidos na área do ICMS. Com a finalidade
de evitar conflito de competência entre os municípios, o art. 3º da Lei Complementar
nº 116/2003 considera o serviço prestado e o imposto devido no local do
estabelecimento do prestador. Já o art. 4º considera estabelecimento prestador o
local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar o serviço. Assim, em
regra, o município competente para exigir o ISS é aquele no qual o serviço é
realizado.
5.3 LISTA DE SERVIÇOS - LEI
COMPLEMENTAR Nº 116/2003
Ver PDF anexo a pasta (é igual a lista que a Fabiana deixou comigo para
acompanhar os serviços que tem retenção, porém nessa lista da Lei só tem os
códigos e descrição dos serviços).

5.4 BASE DE CÁLCULO


O Art. 7º da Lei Complementar nº 116/2003 prescreve que a base do cálculo
do imposto é o preço do serviço (Ver vídeo anexo na pasta).

5.5 ALÍQUOTA
A alíquota máxima do ISS está prevista na Lei Complementar nº 116/2003. É
de 5%. Isto significa que os municípios podem criar alíquotas, para o ISS, de
até 5%.

5.6 OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS


Pagar o ISS é uma obrigação principal. As demais obrigações legais que os
contribuintes do imposto estão sujeitas são chamadas de obrigação
acessória. Dentre as principais obrigações acessórias do contribuinte do ISS
estão a de requerer sua inscrição nos Cadastros e manter e utilizar em cada
um dos seus estabelecimentos os livros contábeis, diário e razão, e os livros
fiscais estabelecidos neste Regulamento.
Também é obrigação acessória a emissão de nota fiscal; a entrega de
declarações e guias, referentes a informações fiscais sobre os serviços
prestados e/ou tomados; o requerimento da baixa de sua inscrição no caso
de encerramento definitivo de suas atividades no Município; a emissão de
recibo de retenção de ISSQN por ocasião do recebimento.

5.7 EMISSÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS


Cada município tem uma legislação específica para emissão de documentos
fiscais relativos ao ISS. Pegando o município de São Paulo como exemplo, é
possível ver que o prestador de serviço poderá emitir Nota Fiscal Eletrônica,
Nota Fiscal Convencional ou outro Documento Fiscal, conforme decreto
municipal. Em Curitiba (PR), o município utiliza-se da Nota Fiscal de
Serviços Eletrônica.

5.8 APURAÇÃO
(Portanto, podemos conceituar a apuração de impostos como a rotina com o objetivo de recolher
corretamente todos os tributos devidos por uma organização.)

Cada município estabelece uma forma de apuração do ISS. Em Porto Alegre


(RS), por exemplo, existem três formas de apuração: com base no número de
veículos – exclusivo para o transporte escolar e empresas de táxi incide 15
UFMs por veículo/mês; com base no número de profissionais – exclusivo para
as sociedades de profissionais liberais, que se enquadrem no artigo 20 da LC
7/73 – incide 35 UFMs por profissional/mês, podendo ser sócios, empregados
ou não; e com base na receita bruta, que atinge os demais contribuintes.

5.9 PRAZO DE RECOLHIMENTO


Também cabe a cada município instituir o prazo para recolhimento do ISS. Em
Curitiba (PR), por exemplo, o recolhimento se dá até o dia 10 de cada mês
sobre a receita de serviços do mês anterior. Este mesmo prazo é adotado pelo
município de São Paulo (SP). (Em Boituva é até o dia 10 ao mês subsequente
a emissão da NFS-e, em Porto Feliz é dia 20, em Salto dia 10, etc.).

5.10 CASOS DE RETENÇÃO: LEI


COMPLEMENTAR Nº 116/2003
Art. 6º Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir de
modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa,
vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter
supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação, inclusive
no que se refere à multa e aos acréscimos legais. §1º Os responsáveis a que
se refere este artigo estão obrigados ao recolhimento integral do imposto
devido, multa e acréscimos legais, independentemente de ter sido
efetuada sua retenção na fonte. §2º Sem prejuízo do disposto no caput e
no §1º deste artigo, são responsáveis: (Vide Lei Complementar nº 123, de
2006). I – o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do
País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País; II – a pessoa
jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos serviços
descritos nos subitens 3.05, 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.14, 7.15, 7.16,
7.17, 7.19, 11.02, 17.05 e 17.10 da lista anexa. (ver também a tabela da Fabiana)

5.11 CASOS DE RETENÇÃO: LEI DO


MUNICÍPIO DE RECIFE (LEI Nº 14.361/81)
(variando conforme cada município)

Art. 32. O recolhimento do imposto será efetuado nos órgãos arrecadadores,


através do Documento de Arrecadação Municipal-DAM, em modelo aprovado
pelo Poder Executivo, nos seguintes prazos: I - mensalmente, nas datas
fixadas pelo Secretário de Finanças, nas hipóteses dos artigos 20, 22 e 26 e
quando se tratar do imposto descontado na fonte; II - Semestralmente, nas
datas fixadas pelo Secretário de Finanças, no caso do artigo 23; III - 24 (vinte
e quatro) horas, após ocorrido o fato gerador, quando se tratar de diversões
públicas, cujo prestador do serviço não tenha domicílio neste Município. § 1º
O recolhimento do imposto descontado na fonte ou, em sendo o caso, a
importância que deveria ter sido descontada, far-se-á em nome do
responsável pela retenção, observando-se quanto ao prazo do
recolhimento, o disposto no inciso I deste artigo. § 2º Independentemente dos
critérios estabelecidos neste artigo, poderá a autoridade administrativa,
atendendo à peculiaridade de cada atividade e às conveniências do fisco e do
contribuinte, adotar outras modalidades de recolhimento, inclusive em
caráter de substituição.

5.12 PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS


PELOS TOMADORES DE SERVIÇOS: ANÁLISE
GERAL
(lembra a substituição tributária do ICMS imposto retido pelo tomador/ tomador ficar sempre dê olho na responsabilidade
da retenção do serviço)

A legislação federal do ISS prevê que, dentre as hipóteses onde o imposto


será devido, está o local do estabelecimento do tomador.

A norma prevê casos em que o tomador de serviço é responsável pelo


crédito tributário, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou
atribuindo-a a este em caráter supletivo.
Quando ele for o contribuinte substituto, ficará responsável por reter na fonte
e recolher o ISS devido ao município. A legislação, com a finalidade de facilitar
a arrecadação do tributo, atribuiu ao tomador a obrigação de reter o imposto,
quando pagar o serviço, para repassar aos cofres públicos.

6. PIS/COFINS
O Programa de Integração Social (PIS) foi criado pela Lei Complementar nº
07/70, visando promover a integração do trabalhador na vida e no
desenvolvimento da empresa, tentando materializar a participação do
trabalhador nos lucros das empresas. A COFINS é uma contribuição que incide
sobre o faturamento e tem por fundamento o art. 195, I, b, da Constituição
Federal.
Ler artigo sobre PIS: https://blog.contaazul.com/glossario/pis-programa-de-
integracao-social/
Ler artigo sobre COFINS: https://blog.nubank.com.br/o-que-e-cofins/
Ver vídeo sobre: https://www.youtube.com/watch?v=PkDlCHE5Ils
Ver vídeo sobre: https://www.youtube.com/watch?v=XL-mRHOd7ek

6.1 CRÉDITOS/DÉBITOS
Os créditos do PIS e COFINS, escriturados por pessoa jurídica que tenha auferido
receitas submetidas ao regime de tributação não cumulativa dessa contribuição,
poderão ser utilizados na dedução, na escrita contábil da pessoa jurídica, dos débitos
da contribuição decorrentes de suas receitas tributadas.

Dos valores de contribuição para o PIS/Pasep e Cofins apurados, a pessoa jurídica


submetida à incidência não cumulativa poderá descontar créditos, calculados
mediante a aplicação das alíquotas de 7,6% (Cofins) e 1,65% (Contribuição para o
PIS/Pasep), sobre os valores:

• Das aquisições de bens para revenda efetuadas no mês;


• Das aquisições, efetuadas no mês, de bens e serviços utilizados como insumos na
fabricação de produtos destinados à venda ou na prestação de serviços, inclusive
combustíveis e lubrificantes;
• Dos bens recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda tenha integrado o
faturamento do mês ou de mês anterior, e tenha sido tributada no regime de
incidência não cumulativa; das despesas e custos incorridos no mês, relativos: à
energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica; a aluguéis de
prédios, máquinas e equipamentos, utilizados nas atividades da empresa; a
contraprestação de operações de arrendamento mercantil pagas a pessoa jurídica,
exceto quando esta for optante pelo Simples.

• Dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a


máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado
adquiridos a partir de maio de 2004, para utilização na produção de bens destinados
à venda, ou na prestação de serviços;
• Dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a
edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, adquiridas ou
realizadas a partir de maio de 2004, utilizados nas atividades da empresa.

6.2 BASE DE CÁLCULO


A base de cálculo do PIS e da COFINS é o valor do faturamento.

6.3 ALÍQUOTAS ORDINÁRIAS


A alíquota ordinária aplicada para a COFINS é de 7,6%, enquanto ao PIS
incide a alíquota de 1,65%.

6.4 ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS /


IMPORTAÇÃO
A Lei 10.865/2004, que dispõe sobre a Contribuição para os Programas de
Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público e a
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social incidentes sobre a
importação de bens e serviços e dá outras providências, prescreve sobre as
alíquotas diferenciadas no caso de importação.

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