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Formas de Tributação de uma empresa

O sistema tributário nacional congrega um emaranhado de leis e regulamentações que o tornam


muito complexo. Assim, faz-se necessário tentarmos resumi-lo, lembrando, contudo, que serão adotadas
regras gerais, sem serem considerados casos específicos. Nosso objetivo é deixar bem definidas as esferas
nas quais as empresas estão sujeitas a efetuar o pagamento de tributos e contribuições.
No processo de constituição legal de uma empresa, esta deve cadastrar-se para fins de fiscalização
nas esferas federal, estadual e municipal, portanto, em principio, há de tributar* nessas três esferas de
governo. Cabe ressaltar que a tributação na esfera federal não esta amarada à forma de tributação na
esfera estadual ou municipal, e vice-versa, pois os impostos são independes para cada esfera de governo.
*Se a empresa for exclusivamente prestadora de serviço, não será necessário cadastrar-se na esfera
estadual, pois não tributara o ICMS. Se a empresa for exclusivamente mercantil, não precisara pagar
tributos ao município, tendo, porem, que se cadastrar nessa instancia.

7.1 Tributação federal


Segundo o Decreto nº 3.000, de 1999, a empresa pode fazer a opção pela tributação federal, condicionada
a alguns fatores, entre os quais podemos destacar o ramo de atividade e o faturamento anual.

7.1.1 Simples Federal


A Lei nº 9.317*, de 05 de dezembro de 1996, foi a que fez vigorar o Sistema Integrado de Pagamento de
Impostos e Contribuições de Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte – Simples, definindo-se, a
partir de então, condições ara o enquadramento das microempresas e empresas de pequeno porte. As
medidas simplificou a apuração dos impostos e das contribuições das empresas, mas não as desobrigou de
continuarem atentas a outras variáveis que podem ser mensuradas pela escrituração contábil.

7.1.2 Lucro presumido


Enquadram-se nesse tipo de tributação as empresas que não estão obrigadas ao lucro real. Também é
considerada uma forma de tributação simplificada do imposto de renda das pessoas jurídicas,
regulamentada nos termos do Artigo 56 e artigos seguintes do RR de 1999, pois se baseia em presunções
de lucro.
No regime de lucro presumido, a apuração de IR e da CSLL é feita trimestralmente, por períodos
encerrados em 31 de março. 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, ou quando for o caso, por
ocasião de inserção, fusão, cisão ou encerramento de atividades da pessoa jurídica.
A opção pela tributação com base no lucro presumido é manifestada por ocasião do pagamento da
primeira quota ou da quota única do imposto devido no primeiro trimestre do ano-calendário, vencível no
último dia de abril.

Nessa forma de tributação, o contribuinte faz o pagamento dos tributos levando em consideração a
criação de uma base de calculo que é chamada de lucro presumido e determinada mediante a aplicação
de percentuais de
7.1.3 Lucro real
Essa tributação trata de um regime que tem por finalidade funcionar como uma espécie de regra
geral, pois todas as empresas, sem exceção, podem tributar por este regime que pode ser trimestral ou
anual. Ao optar pela apuração anual, o contribuinte estará obrigado ao pagamento do Imposto de Renda
e da Contribuição Social sore o lucro liquido de forma mensal, o qual é calculado em base estimada
(presunção do lucro sobre a receita mensal) **, sendo-lhe facultada a redução ou a suspensão desse
pagamento por meio da apuração real do lucro por balancete de verificação.

7.1.4 Lucro arbitrado


Podemos defini-lo como uma forma de apuração da base de calculo de Imposto de Renda utilizada pela
autoridade tributaria ou pelo contribuinte. É aplicável pera autoridade tributaria quando a pessoa jurídica
deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou presumido, conforme
o caso, ou como alternativa de tributação do próprio contribuinte. Quando conhecida a receita bruta e
desde que ocorrida qualquer das hipóteses de arbitramento prevista na legislação fiscal, o contribuinte
pode efetuar o pagamento do imposto de Renda correspondente com base nas regras do lucro arbitrado.

7.2 Tributação estadual


A competência de tributar delega aos estados alguns tributos que são cobrados os contribuintes que
desenvolvem atividades vinculadas ao seu território estadual. Tal delegação esta pautada no Artigo 155 da
Constituição Federal, de 1988:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

I - transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos;

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte


interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior;

III - propriedade de veículos automotores.

7.3 Tributação municipal


A competência de tributar delega aos munícipios alguns tributos que são cobrados dos contribuintes que
desenvolvem atividades vinculadas ao seu território municipal. Tal delegação esta pautada no Artigo 156
da Constituição Federal, de 1988:
Art. 156 Compete aos municípios instituir impostos sobre:
I – propriedade predial e territorial urbana;
II – transmissão “inter vivos”, a qualquer titulo, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;
III – serviços de qualquer natureza, não compreendido no art. 155, II, definidos e lei
complementar.

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