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IMPOSTO DE RENDA - PESSOA JURÍDICA

RIR – REGULAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA DECRETO 3000/1999,


Lei nº9249, de 26 dezembro de 1995 e demais dispositivos citados

São contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) art. 146, RIR 3000/99:
I – as pessoas jurídicas;
II – as empresas individuais.
As disposições tributárias do IR aplicam-se a todas as firmas e sociedades, registradas ou
não.
As entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência sujeitam-se
às normas de incidência do imposto aplicáveis às pessoas jurídicas, em relação às operações
praticadas durante o período em que perdurarem os procedimentos para a realização de seu ativo e
o pagamento do passivo (Lei 9.430/1996, artigo 60).
As empresas públicas e as sociedades de economia mista, bem como suas subsidiárias,
são contribuintes nas mesmas condições das demais pessoas jurídicas (Constituição Federal, artigo
173 § 1º).
FORMAS DE TRIBUTAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS
As Pessoas Jurídicas, por opção ou por determinação legal, são tributadas por uma das
seguintes formas:
a) Simples Nacional.
b) Lucro Presumido.
c) Lucro Real.
d) Lucro Arbitrado.
DETERMINAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO
Art. 218. O imposto de renda das pessoas jurídicas, inclusive das equiparadas, das
sociedades civis em geral e das sociedades cooperativas em relação aos resultados obtidos nas
operações ou atividades estranhas à sua finalidade, será devido à medida em que os rendimentos,
ganhos e lucros forem sendo auferidos (Lei nº 8.981, de 1995, art. 25, e Lei nº 9.430, de 1996, arts.
1º e 55).
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo do imposto, determinada segundo a lei vigente na data de ocorrência do
fato gerador, é o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao período de apuração.
Como regra geral, integram a base de cálculo todos os ganhos e rendimentos de capital,
qualquer que seja a denominação que lhes seja dada, independentemente da natureza, da espécie
ou da existência de título ou contrato escrito, bastando que decorram de ato ou negócio que, pela
sua finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na norma específica de incidência do imposto.

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PERÍODO DE APURAÇÃO
O imposto será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos
de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de
dezembro de cada ano-calendário. À opção do contribuinte pela apuração do lucro real anual, implica
no recolhimento mensal dos tributos por estimativa e levantamento do Balanço em 31/12/xx para fins
de apuração do lucro real do exercício.
Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do imposto
devido será efetuada na data do evento.
Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação, a apuração da base de
cálculo e do imposto devido será efetuada na data desse evento.

ALÍQUOTAS E ADICIONAL
A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota de 15%
(quinze por cento) sobre o lucro real, apurado em conformidade com o Regulamento do Imposto de
Renda n. 3000/1999..
O disposto neste item aplica-se, inclusive, à pessoa jurídica que explore atividade rural.

ADICIONAL
A parcela do lucro real que exceder ao valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00
(vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita - se à incidência
de adicional de imposto de renda à alíquota de 10% (dez por cento).
O adicional aplica-se, inclusive, nos casos de incorporação, fusão ou cisão e de extinção da
pessoa jurídica pelo encerramento da liquidação.
O disposto neste item aplica-se, igualmente, à pessoa jurídica que explore atividade rural.
O adicional de que trata este item será pago juntamente com o imposto de renda apurado
pela aplicação da alíquota geral de 15%.

OPÇAO PELO PAGAMENTO MENSAL DO IMPOSTO POR ESTIMATIVA


As empresas submetidas ao regime de tributação com base no lucro real têm, portanto, a
opção pelo pagamento do imposto em bases estimadas mensais, apurando-se o lucro real
anualmente, com a possibilidade de suspensão ou redução do imposto com base em balanços ou
balancetes periódicos.
De acordo com o RIR 3000/1999, art. 230:
A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o pagamento do imposto devido em cada
mês, desde que demonstre, através de balanços ou balancetes mensais, que o valor acumulado já
pago excede o valor do imposto, inclusive adicional, calculado com base no lucro real do período em
curso (Lei nº 8.981, de 1995, art. 35, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º).

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Considerações:
 O imposto devido em cada mês, calculado em bases estimadas, deverá ser
pago até o último dia útil do mês subsequente;
 A alíquota do imposto de renda é a mesma da apuração trimestral (15%);
 A alíquota do adicional de 10%, também não se altera, sendo que o pagamento
desse adicional terá que ser feito mensalmente sobre a parcela do lucro estimado que
exceder r$ 20.000,00.

PROCEDIMENTO PARA CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA POR ESTIMATIVA


O imposto de Renda pago mensalmente pelo critério de estimativa deverá ser
calculado mediante a aplicação dos seguintes percentuais sobre a receita bruta auferida
mensal com base nas atividades do contribuinte:
Atividades da pessoa jurídica geradora da receita bruta – base Percentuais aplicáveis
de estimativa para os pagamentos mensais dos tributos do sobre a receita
Imposto de Renda
A atividade de revenda para consumo, de combustível 1,6%
derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural.
Prestação de serviços de transporte, exceto o de carga. 16%
Prestação de serviços de transporte de carga 8%
Instituições financeiras e entidades a elas equiparadas 16%
Prestação de serviços em geral, para os quais não esteja 32%
previsto percentual específico.
Prestação de serviços em geral, por empresas com receita 16%
bruta anual não superior a r$ 120.000,00, exceto serviços
hospitalares, de transporte e de profissões regulamentadas.
Venda de mercadorias ou produtos, exceto revenda de 8%
combustíveis para consumo.

CONCEITO DE RECEITA BRUTA E INCLUSÕES E EXCLUSÕES


São consideradas receita bruta: as vendas de mercadorias ou produtos, as receitas
provenientes da prestação de serviços, o resultado auferido nas operações de conta alheia, e as
receitas devem ser acrescidos os ganhos de capital, demais receitas e resultados
positivos. (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência)

EXCLUSÕES RECEITA BRUTA


 O IPI incidente sobre as vendas e ICMS devido pelo contribuinte substituto, no regime de
substituição tributária;
 As vendas canceladas e as devoluções de vendas;
 Os descontos incondicionais concedidos, que são aqueles constantes da nota fiscal de venda
dos bens ou da fatura e que não dependem de evento posterior à emissão do documento
fiscal.

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EXEMPLO DE APURAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA POR ESTIMATIVA
A empresa Doce Dia é obrigada apuração do lucro real para cálculo e pagamento do imposto de
renda, tendo optado pelo recolhimento mensal por estimativa e posterior apuração do lucro real
anual:
Em maio de 2018 suas receitas foram:
Vendas de Prestação de serviços
mercadorias
Receitas brutas 500.000,00 60.000,00

Deduções das receitas brutas


Imposto sobre produtos industrializados 50.000,00
Imposto sobre circulação e mercadorias 81.000,00
Imposto sobre serviços 3.000,00
Vendas canceladas e devoluções 15.000,00
Descontos incondicionais 4.000,00
Total das deduções 150.000,00 3.000,00

Receitas líquidas 350.000,00 57.000,00

Ganhos de capital no mês


Lucro na venda de imobilizado 30.000,00
Receita com locação de imóvel 2.000,00
Rendimentos auferidos nas operações 6.000,00
de mutuo com coligadas
Total de ganho de capital 38.000,00

Imposto de renda retido na fonte sobre 50,00


os ganhos de capital

Demonstração da apuração da base de cálculo do imposto de renda por estimativa:


Vendas de mercadorias Prestação de serviços
Receitas brutas 500.000,00 60.000,00

Deduções das receitas brutas


Imposto sobre produtos 50.000,00
industrializados

Vendas canceladas e devoluções 15.000,00


Descontos incondicionais 4.000,00
Total das deduções 69.000,00

Receitas líquidas 431.000,00 60.000,00


Aplicação do percentual sobre a 8% 32%
receita bruta
Lucro estimado=receitas líquidas x o 34.480,00 19.200,00
percentual
Total do lucro estimado 53.680,00
Acréscimo dos ganhos de capital 38.000,00
Base de cálculo do imposto mensal 91.680,00
Cálculo do Imposto de Renda
devido no mês por estimativa

Alíquota normal = 15% de R$ 13.752,00


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91.680,00
Adicional de 10% sobre o excesso 7.168,00
do lucro estimado r$ 91.680,00 em
relação ao limite mensal de r$
20.000,00 = 10% de r$ 71.680,00
Imposto de Renda apurado 20.920,00
Do montante apurado, r$ 20.920,00 o contribuinte pode deduzir os incentivos fiscais.
Supondo que houve gastos com o PAT, cujo limite para dedução está limitado a 4% do Imposto
de Renda calculado sobre a alíquota normal, a dedução poderia ser no máximo de r$ 550,08,
igual a 4% de r$ 13.752,00, que é o imposto de Renda devido calculado pela aplicação da
alíquota normal.
Portando, o imposto de renda final a ser recolhido, calculado sobre o lucro estimado de
maio/2018, seria:
Imposto de renda calculado com bases estimadas R$ 20.920,00
Dedução do incentivo fiscal (R$ 550,08)
Imposto de renda retido na fonte sobre os ganhos (50,00)
de capital
Imposto de renda a recolher R$ 20.319,92

LUCROS DISTRIBUÍDOS
Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a partir do mês de
janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, não
estão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do
imposto de renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliado no país ou no exterior (Art.
10, Lei 9249/95).
LUCRO REAL
A sistemática de tributação sob o Lucro Real é disciplinada pelos artigos 246 a 515
do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/1999).
São obrigadas a tributação com base no lucro real as Pessoas jurídicas art. 246 do
RIR/1999:
I - cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de vinte e quatro milhões
de reais, ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a doze meses;
II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,
sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio,
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de
crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;
III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à
isenção ou redução do imposto;
V - que, no decorrer do ano-caledário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de
estimativa, na forma do art. 222;

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VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a
receber, compras de direitos creditórios resultante de vendas mercantis a prazo ou de prestação de
serviços (factoring);
Parágrafo único. As pessoas jurídicas não enquadradas nos incisos deste artigo poderão
apurar seus resultados tributáveis com base nas disposições deste Subtítulo.

LUCRO REAL – OPÇÃO – POSSIBILIDADE


As pessoas jurídicas, mesmo se não obrigadas a tal, poderão apurar seus resultados
tributáveis com base no Lucro Real. Assim, por exemplo, uma empresa que esteja com pequeno
lucro ou mesmo prejuízo, não estando obrigada a apurar o Lucro Real, poderá fazê-lo, visando
economia tributária (planejamento fiscal).

OCORRÊNCIA DE SITUAÇÃO DE OBRIGATORIEDADE AO LUCRO REAL DURANTE O ANO


CALENDÁRIO
A pessoa jurídica que houver pago o imposto com base no lucro presumido e que, em
relação ao mesmo ano calendário, incorrer em situação de obrigatoriedade de apuração pelo lucro
real por ter auferido lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior, deverá apurar o
IRPJ e CSLL sob o regime de apuração do lucro real trimestral, a partir inclusive, do trimestre da
ocorrência do fato. Base: artigo 2º do Ato Declaratório Interpretativo 5/2001 SRF.

CONCEITO DE LUCRO REAL


Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou
compensações prescritas ou autorizadas pelo Regulamento (Decreto Lei 1.598/1977, artigo 6º).
A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período
de apuração com observância das disposições das leis comerciais (Lei 8.981/1995, artigo 37, § 1º).
O lucro líquido do exercício referido no conceito acima é a soma algébrica do lucro
operacional, dos resultados não operacionais e das participações, e deverá ser determinado com
observância dos preceitos da lei comercial. Portanto, o lucro líquido é aquele definido no artigo 191,
da Lei 6.404/1976, porém, sem as deduções do artigo 189 (prejuízos contábeis acumulados e
provisão para o imposto sobre a renda).
Observar o que diz o decreto nº 3000/1999 em seus artigos citados a baixo:
Art. 249. Na determinação do lucro real, serão adicionados ao lucro líquido do período de apuração
(Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º, § 2º):
I - os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores
deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com este Decreto, não sejam dedutíveis na
determinação do lucro real;

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II - os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração
do lucro líquido que, de acordo com este Decreto, devam ser computados na determinação do lucro
real.
Parágrafo único. Incluem-se nas adições de que trata este artigo:
I - ressalvadas as disposições especiais deste Decreto, as quantias tiradas dos lucros ou de
quaisquer fundos ainda não tributados para aumento do capital, para distribuição de quaisquer
interesses ou destinadas a reservas, quaisquer que sejam as designações que tiverem, inclusive
lucros suspensos e lucros acumulados (Decreto-Lei nº 5.844, de 1943, art. 43, § 1º, alíneas
"f", "g" e "i ");
II - os pagamentos efetuados à sociedade civil de que trata o § 3º do art. 146 quando esta for
controlada, direta ou indiretamente, por pessoas físicas que sejam diretores, gerentes, controladores
da pessoa jurídica que pagar ou creditar os rendimentos, bem como pelo cônjuge ou parente de
primeiro grau das referidas pessoas (Decreto-Lei nº 2.397, de 21 de dezembro de 1987, art. 4º);
III - os encargos de depreciação, apropriados contabilmente, correspondentes ao bem já
integralmente depreciado em virtude de gozo de incentivos fiscais previstos neste Decreto;
IV - as perdas incorridas em operações iniciadas e encerradas no mesmo dia (day-trade),
realizadas em mercado de renda fixa ou variável (Lei nº 8.981, de 1995, art. 76, § 3º);
V - as despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores, ressalvado o
disposto na alínea "a" do inciso II do art. 622 (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso IV);
VI - as contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e planos de
saúde, e benefícios complementares assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor
dos empregados e dirigentes da pessoa jurídica (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso V);
VII - as doações, exceto as referidas nos arts. 365 e 371, caput (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13,
inciso VI);
VIII - as despesas com brindes (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso VII);
IX - o valor da contribuição social sobre o lucro líquido, registrado como custo ou despesa
operacional (Lei nº 9.316, de 22 de novembro de 1996, art. 1º, caput e parágrafo único);
X - as perdas apuradas nas operações realizadas nos mercados de renda variável e de swap,
que excederem os ganhos auferidos nas mesmas operações (Lei nº 8.981, de 1995, art. 76, § 4º);
XI – o valor da parcela da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS,
compensada com a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, de acordo com o art. 8º da Lei nº
9.718, de 1998 (Lei nº 9.718, de 1998, art. 8º, § 4º).
Art. 250. Na determinação do lucro real, poderão ser excluídos do lucro líquido do período de
apuração (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º, § 3º):
I - os valores cuja dedução seja autorizada por este Decreto e que não tenham sido
computados na apuração do lucro líquido do período de apuração;
II - os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do
lucro líquido que, de acordo com este Decreto, não sejam computados no lucro real;

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III - o prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração anteriores, limitada a compensação a
trinta por cento do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas neste Decreto, desde
que a pessoa jurídica mantenha os livros e documentos, exigidos pela legislação fiscal,
comprobatórios do prejuízo fiscal utilizado para compensação, observado o disposto nos arts. 509 a
515 (Lei nº 9.065, de 1995, art. 15 e parágrafo único).
Parágrafo único. Também poderão ser excluídos:
a) os rendimentos e ganhos de capital nas transferências de imóveis desapropriados para fins
de reforma agrária, quando auferidos pelo desapropriado (CF, art. 184, § 5º);
b) os dividendos anuais mínimos distribuídos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento
(Decreto-Lei nº 2.288, de 1986, art. 5º, e Decreto-Lei nº 2.383, de 1987, art. 1º);
c) os juros produzidos pelos Bônus do Tesouro Nacional - BTN e pelas Notas do Tesouro
Nacional - NTN, emitidos para troca voluntária por Bônus da Dívida Externa Brasileira, objeto de
permuta por dívida externa do setor público, registrada no Banco Central do Brasil, bem assim os
referentes aos Bônus emitidos pelo Banco Central do Brasil, para os fins previstos no art. 8º do
Decreto-Lei nº 1.312, de 15 de fevereiro de 1974, com a redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.105, de
24 de janeiro de 1984 (Lei nº 7.777, de 19 de junho de 1989, arts. 7º e 8º, e Medida Provisória nº
1.763-64, de 11 de março de 1999, art. 4º);
d) os juros reais produzidos por Notas do Tesouro Nacional - NTN, emitidas para troca
compulsória no âmbito do Programa Nacional de Privatização - PND, controlados na parte "B" do
LALUR, os quais deverão ser computados na determinação do lucro real no período do seu
recebimento (Lei nº 8.981, de 1995, art. 100);
e) a parcela das perdas adicionadas conforme o disposto no inciso X do parágrafo único do art.
249, a qual poderá, nos períodos de apuração subseqüentes, ser excluída do lucro real até o limite
correspondente à diferença positiva entre os ganhos e perdas decorrentes das operações realizadas
nos mercados de renda variável e operações de swap (Lei nº 8.981, de 1995, art. 76, § 5º).
Art. 510. O prejuízo fiscal apurado a partir do encerramento do ano-calendário de 1995 poderá
ser compensado, cumulativamente com os prejuízos fiscais apurados até 31 de dezembro de 1994,
com o lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas neste Decreto, observado o limite
máximo, para compensação, de trinta por cento do referido lucro líquido ajustado (Lei nº 9.065, de
1995, art. 15).

CSLL - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO


A contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL ou CSSL) foi instituída pela Lei 7.689/1988,
para que todas as pessoas jurídicas e as equiparadas pela legislação do imposto de renda
contribuíssem para financiamento da Seguridade Social.
Aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento estabelecidas para o
imposto de renda das pessoas jurídicas, mantidas a base de cálculo e as alíquotas previstas na
legislação em vigor (Lei 8.981, de 1995, artigo 57).

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Desta forma, além do IRPJ, a pessoa jurídica optante pelo Lucro Real, Presumido ou
Arbitrado deverá recolher a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), também pela forma
escolhida.
Não é possível, por exemplo, a empresa optar por recolher o IRPJ pelo Lucro Real e a CSLL
pelo Lucro Presumido.
Escolhida a opção, deverá proceder á tributação, tanto do IRPJ quanto da CSLL, pela forma
escolhida.

BASE DE CÁLCULO DA CSLL


LUCRO REAL
A base de cálculo para as pessoas jurídicas optantes pelo lucro real é o lucro contábil,
ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação.

ALÍQUOTAS DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – Lei 7689/1988


Art. 3o A alíquota da contribuição é de: (Redação dada pela Lei nº 11.727, de
2008) (Produção de efeitos)
I - 20% (vinte por cento), no período compreendido entre 1o de setembro de 2015 e 31 de
dezembro de 2018, e 15% (quinze por cento) a partir de 1o de janeiro de 2019, no caso das pessoas
jurídicas de seguros privados, das de capitalização e das referidas nos incisos I a VII e X do § 1o do
art. 1o da Lei Complementar no 105, de 10 de janeiro de 2001; (Redação dada pela Lei nº
13.169, de 2015) (Produção de efeito)
II - 17% (dezessete por cento), no período compreendido entre 1o de outubro de 2015 e 31
de dezembro de 2018, e 15% (quinze por cento) a partir de 1o de janeiro de 2019, no caso das
pessoas jurídicas referidas no inciso IX do § 1º do art. 1º da Lei Complementar nº 105, de 10 de
janeiro de 2001; (Redação dada pela Lei nº 13.169, de 2015)
III - 9% (nove por cento), no caso das demais pessoas jurídicas. (Incluído pela Lei nº
13.169, de 2015) (Produção de efeito)

APURAÇÃO ANUAL DO LUCRO REAL E OPÇÃO PELO PAGAMENTO MENSAL DA


CSLL POR ESTIMATIVA

BASE DE CÁLCULO – Art. 22 da Lei 10.684/2003


A base de cálculo da CSLL, devida pelas pessoas jurídicas optantes pela sistemática de
recolhimento mensal (estimativa) corresponderá a:
 12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços hospitalares e
de transporte;
 32% para:
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de transporte;
b) intermediação de negócios;
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c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer
natureza;
d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica,
gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de
direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
A porcentagem a ser aplicada sobre a receita bruta, para o cálculo da CSLL pelo regime de
estimativa, deverá ser observada as atividades exercidas pelo contribuinte pessoa jurídica geradora
da receita, conforme demonstrativo abaixo.
Vendas de Prestação de serviços
mercadorias
Receitas brutas 500.000,00 60.000,00

Deduções das receitas brutas


Imposto sobre produtos industrializados 50.000,00

Vendas canceladas e devoluções 15.000,00


Descontos incondicionais 4.000,00
Total das deduções 69.000,00

Receitas líquidas 431.000,00 60.000,00


Total das receitas liquidas 491.000,00
Aplicação da alíquota para determinar a 12% 32%
base de cálculo
Base de cálculo =receitas líquidas x 12% 51.720,00 19.200,00

Acréscimo dos ganhos de capital 38.000,00


Base de cálculo da contribuição social 108.920,00

Alíquota da contribuição social 9%


Contribuição social do mês por estimativa r$ 9.802,80
96.920,00 x 9%

LUCRO PRESUMIDO
O contribuinte poderá optar pelo regime tributário do Lucro Presumido observadas as
condições abaixo (Art. 7º da Lei 12.814 de 2013):
a) cuja receita total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$
78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil
reais) multiplicado pelo número de meses em atividade no ano-calendário anterior, quando inferior a
12 (doze) meses.
b) que não estejam obrigadas à tributação pelo lucro real em função da atividade exercida
ou da sua constituição societária ou natureza jurídica.

LUCRO PRESUMIDO – CSLL (Art. 20, Lei 9249/95 e suas alterações)


A base de cálculo da CSLL, devida pelas pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido
corresponde a:
10
12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços hospitalares e de
transporte;
32% para:
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e transporte;
b) intermediação de negócios;
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer
natureza.

DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA

Da receita bruta poderão ser deduzidas as vendas canceladas, os descontos


incondicionalmente concedidos e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do
comprador ou contratante, e do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviços seja mero
depositário (IPI e ICMS Substituição Tributária).
A receita bruta poderá ser considerada pelo regime de caixa, desde que o critério seja
adotado também para o IRPJ, PIS e Cofins.
ADIÇÕES A BASE DE CÁLCULO
Deverão, ainda, ser somadas á base de cálculo da CSSL no Lucro Presumido:
1. os ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de
receitas não compreendidas na atividade, inclusive:
a) os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas
controladoras, controladas, coligadas ou interligadas, exceto se a mutuária for instituição autorizada
a funcionar pelo Banco Central do Brasil;
b) os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias permanentes em
sociedades coligadas e controladas, e de participações societárias que permaneceram no ativo da
pessoa jurídica até o término do ano-calendário seguinte ao de suas aquisições;
c) os ganhos auferidos em operações de cobertura ("hedge") realizadas em bolsas de
valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;
d) a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica,
deduzida dos encargos necessários à percepção da mesma;
e) os juros relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;
f) as variações monetárias ativas;
Nota: A partir de 01.01.2000, as receitas decorrentes das variações monetárias dos direitos
de créditos e das obrigações, em função da taxa de câmbio, serão consideradas, para efeitos da
base de cálculo, entre uma das seguintes opções:
1. no momento da liquidação da operação correspondente ("regime de caixa"); ou
2. pelo regime de competência,
Aplicando-se a opção escolhida para todo o ano-calendário.

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g) juros remuneratórios do capital próprio pagos ou creditados por sociedade da qual a
empresa seja sócia ou acionista.
2. Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda
fixa e renda variável.
3. O resultado do cálculo do preço de transferência, decorrentes de operações externas
de exportação ou mútuo com empresas vinculadas ou domiciliadas em países com tributação
favorecida. Nesta hipótese, será somada 12% da diferença da receita de exportações e o valor
integral da receita com mútuo apurados segundo as regras do IRPJ.

RECEITA BRUTA - REGIME DE COMPETÊNCIA OU REGIME DE CAIXA VINCULADO A


OPÇÃO DA TRIBUTAÇÃO DO IRPJ
Se a empresa apurar o IRPJ no Lucro Presumido segundo o regime de caixa sobre a receita
bruta, deverá proceder ao cálculo da tributação pela CSLL também pelo regime de caixa.
No caso de ter optado pela tributação do IRPJ pelo regime de competência, fará a apuração
da CSLL segundo este regime.
Ou seja, a escolha entre regime de caixa e regime de competência, no IRPJ, vincula a forma
de apuração da CSLL.
A pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido fica obrigada a adotar a
Escrituração Contábil Digital - ECD, nos termos do Decreto nº 6.022, de 2007, em relação aos fatos
contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014, se distribuírem, a título de lucro, sem incidência
do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte, parcelas do lucro ou dividendos superiores ao valor da
base de cálculo do Imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita.
Além disto, em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2016, passar a ser
também obrigatório o envio da ECD caso a pessoa jurídica optante pelo lucro presumido não se
utilize da prerrogativa prevista no parágrafo único do art. 45 da Lei nº 8.981, de 1995. Parágrafo
único do referido art.: O disposto no inciso I deste artigo não se aplica à pessoa jurídica que, no
decorrer do ano-calendário, mantiver livro Caixa, no qual deverá estar escriturado toda a
movimentação financeira, inclusive bancária.

LUCRO ARBITRADO – DECRETO 3000/1999


HIPÓTESES DE ARBITRAMENTO
Art. 529. A tributação com base no lucro arbitrado obedecerá as disposições previstas neste
Subtítulo.
Art. 530. O imposto, devido trimestralmente, no decorrer do ano-calendário, será determinado
com base nos critérios do lucro arbitrado, quando (Lei nº 8.981, de 1995, art. 47, e Lei nº 9.430, de
1996, art. 1º):
I - o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na
forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela
legislação fiscal;
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II - a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou
contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para:
a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou
b) determinar o lucro real;
III - o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da
escrituração comercial e fiscal, ou o Livro Caixa, na hipótese do parágrafo único do art. 527;
IV - o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido;
V - o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar o
lucro da sua atividade separadamente do lucro do comitente residente ou domiciliado no exterior (art.
398);
VI - o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis
recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os
lançamentos efetuados no Diário.

BASE DE CÁLCULO
Arbitramento pelo Contribuinte
Art. 531. Quando conhecida a receita bruta (art. 279 e parágrafo único) e desde que ocorridas
as hipóteses do artigo anterior, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto
correspondente com base no lucro arbitrado, observadas as seguintes regras (Lei nº 8.981, de 1995,
art. 47, §§ 1º e 2º, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º):
I - a apuração com base no lucro arbitrado abrangerá todo o ano-calendário, assegurada,
ainda, a tributação com base no lucro real relativa aos trimestres não submetidos ao arbitramento, se
a pessoa jurídica dispuser de escrituração exigida pela legislação comercial e fiscal que demonstre o
lucro real dos períodos não abrangidos por aquela modalidade de tributação;
II - o imposto apurado na forma do inciso anterior, terá por vencimento o último dia útil do mês
subseqüente ao do encerramento de cada período de apuração.
Base de Cálculo quando não conhecida a Receita Bruta
Art. 535. O lucro arbitrado, quando não conhecida a receita bruta, será determinado através
de procedimento de ofício, mediante a utilização de uma das seguintes alternativas de cálculo (Lei nº
8.981, de 1995, art. 51):
I - um inteiro e cinco décimos do lucro real referente ao último período em que a pessoa
jurídica manteve escrituração de acordo com as leis comerciais e fiscais;
II - quatro centésimos da soma dos valores do ativo circulante, realizável a longo prazo e
permanente, existentes no último balanço patrimonial conhecido;
III - sete centésimos do valor do capital, inclusive a sua correção monetária contabilizada como
reserva de capital, constante do último balanço patrimonial conhecido ou registrado nos atos de
constituição ou alteração da sociedade;
IV - cinco centésimos do valor do patrimônio líquido constante do último balanço patrimonial
conhecido;
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V - quatro décimos do valor das compras de mercadorias efetuadas no mês;
VI - quatro décimos da soma, em cada mês, dos valores da folha de pagamento dos
empregados e das compras de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem;
VII - oito décimos da soma dos valores devidos no mês a empregados;
VIII - nove décimos do valor mensal do aluguel devido.
§ 1º As alternativas previstas nos incisos V, VI e VII, a critério da autoridade lançadora,
poderão ter sua aplicação limitada, respectivamente, às atividades comerciais, industriais e de
prestação de serviços e, no caso de empresas com atividade mista, ser adotados isoladamente em
cada atividade (Lei nº 8.981, de 1995, art. 51, § 1º).
§ 2º Para os efeitos da aplicação do disposto no inciso I, quando o lucro real for decorrente de
período de apuração anual, o valor que servirá de base ao arbitramento será proporcional ao número
de meses do período de apuração considerado (Lei nº 8.981, de 1995, art. 51, § 2º, e Lei nº 9.430,
de 1996, art. 1º).
§ 3º No caso dos incisos I a IV, deverá ser efetuada atualização monetária até 31 de dezembro
de 1995 (Lei nº 8.981, de 1995, art. 51, § 3º, e Lei nº 9.249, de 1995, art. 4º).
§ 4º No caso deste artigo, os coeficientes de que tratam os incisos II, III e IV, deverão ser
multiplicados pelo número de meses do período de apuração (Lei nº 9.430, de 1996, art. 27, § 1º).
§ 5º Na hipótese de utilização das alternativas de cálculo previstas nos incisos V a VIII, o lucro
arbitrado será o valor resultante da soma dos valores apurados para cada mês do período de
apuração (Lei nº 9.430, de 1996, art. 27, § 2º).

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ATIVIDADE PARA REFLEXÃO
1- Assinale as alternativas incorretas:
a) O fato gerador do imposto de renda restringe-se à obtenção de renda em decorrência da
aplicação de capitais;
b) Entende-se por disponibilidade econômica ou jurídica, de maneira resumida, a obtenção de
um conjunto de bens, valores e/ou títulos por uma pessoa jurídica, passíveis de serem
transformados ou convertidos de imediato em numerário;
c) O imposto de renda é um tributo direto, de competência da União;
d) Em relação às pessoas jurídicas; a ocorrência do fato gerador se dá pela obtenção de
resultados positivos (lucros) em suas operações industriais, mercantis, comerciais e de
prestação de serviços, além dos acréscimos patrimoniais decorrentes de ganhos de capital e
outras receitas não operacionais;
e) Para estar sujeita à tributação pelo Imposto de renda, a disponibilidade não precisa se
caracterizar como efetivamente adquirida, cogitando-se sua incidência se houver apenas a
potencialidade de ser adquirir tais disponibilidades.
2- Assinale a alternativa correspondente ao conceito de lucro real:
a) É uma forma simplificada de apuração da base de cálculo dos tributos como o Imposto de
Renda e da contribuição social, restritas aos contribuintes que não estão obrigados ao regime
de apuração de tributação com base no estimado;
b) É um recurso utilizado pelas autoridades fiscais, quase sempre como ultima alternativa, que
só deve ser aplicado quando houver ausência absoluta de confiança na escrituração contábil
do contribuinte;
c) É uma opção do contribuinte, quando há falta ou insuficiência de elementos concretos que
permitam a identificação ou verificação da base de cálculo utilizada na tributação pelo lucro
presumido;
d) É o lucro líquido do período apurado na escrituração comercial, denominado lucro contábil
ajustado pelas adições, exclusões e compensações autorizadas pela legislação do Imposto
de Renda.
3- Assinale a alternativa incorreta, em relação ao lucro presumido:
a) A empresa optante pela tributação do lucro presumido pode estar recolhendo
desnecessariamente mais tributos, visto que, se fosse efetuada a escrituração contábil, esta
poderia demonstrar uma situação de PREJUÍZO REAL, ou seja, não haveria lucro real para
servir como fato gerador dos tributos;
b) Optando pelo lucro presumido, a base de cálculo do imposto de renda e contribuição social é
o faturamento da pessoa jurídica, o que facilita a apuração dos tributos e representa, sempre,
a opção mais vantajosa para o contribuinte;
c) A introdução pelo fisco do conceito de lucro presumido visou facilitar a apuração da base de
cálculo, para algumas empresas, para apuração e recolhimento dos tributos do Imposto de
Renda e contribuição social;
d) As pessoas jurídicas que podem se utilizar dessa opção para a tributação estariam
dispensadas, para efeitos somente de apuração do valor do Imposto de Renda e contribuição
social, da obrigatoriedade da escrituração contábil e levantamento periódico das
demonstrações contábeis.
4- Assinale a alternativa incorreta, com relação ao lucro arbitrado:
a) O arbitramento do lucro, é via de regra, uma prerrogativa das autoridades fiscais. O
arbitramento do lucro representa, quase sempre, maior carga tributária para a pessoa jurídica;
b) O fisco não pode-se valer da alternativa do arbitramento do lucro quando o contribuinte
obrigado à apuração do lucro real optar indevidamente pela tributação pelo lucro presumido;
c) O fisco pode desconsiderar a escrituração contábil se houver indícios de utilização de
documentos comprobatórios falsos e manipulações no faturamento;
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d) O fisco pode-se valer da alternativa do arbitramento do lucro quando o contribuinte recusar-
se a apresentar os livros e documentos contábeis e fiscais;
e) O fisco pode-se valer da alternativa do arbitramento do lucro quando o contribuinte não
mantiver um sistema de custos integrado e coordenado com a contabilidade; são apuradas
significativas fraquezas nos controles de estoques, nos bens do ativo imobilizado, falta de
escrituração do eLalur do registro de inventário físico ou mesmo o atraso na escrituração
contábil e fiscal.
5- A empresa Indústria, Comércio e Assistência técnica de aparelhos náuticos Ltda. Icatan, está
obrigada à tributação pelo lucro real, tendo escolhido a opção da apuração lucro real anual,
mensalmente, apura e recolhe o Imposto de Renda com base em estimativa sobre suas
receitas. Com base nas informações a seguir, assinale a alternativa correspondente ao
Imposto de Renda a recolher com base no lucro estimado de maio de 2018, considerando
que as vendas de mercadorias sofrem tributação de 8% e os serviços prestados são
tributados em 32%.

Vendas de mercadorias Prestação de serviços


Receitas brutas 600.000,00 40.000,00

Deduções das receitas brutas


Imposto sobre produtos industrializados 30.000,00
Imposto sobre circulação e mercadorias 102.600,00
Imposto sobre serviços 2.000,00
Vendas canceladas e devoluções 10.000,00
Descontos incondicionais 4.000,00
Total das deduções

Receitas líquidas
Ganhos de capital no mês
Lucro na venda de imobilizado 20.000,00
Receita com locação de imóvel 3.000,00
Rendimentos nas operações de mutuo 5.000,00
com coligadas
Total de ganho de capital

Imposto de renda retido na fonte sobre 100,00


os ganhos de capital
a) R$ 17.000,00
b) R$ 18.000,00
c) R$ 19.220,00
d) R$ 19.320,00
e) R$ 20.000,00

6) Considerando os dados informados na questão de número 5, calcule a contribuição social.

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