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Imposto sobre o Rendimento

Imposto s/ rendimento das pessoas singulares (IRS)


(Docentes : Fernando Amado e Cristina Sá)

Leiria, Setembro 2022


Programa

• Generalidades
• Incidência real e pessoal
• Determinação da matéria coletável
• Taxas
• Liquidação, coleta e Deduções à coleta
• Pagamento, retenções na fonte e Pagamentos
por conta
• Obrigações Acessórias
• Fiscalização e garantias
• Os benefícios fiscais

•2
Generalidades

O imposto Único sobre o rendimento

Pessoas singulares
Pessoas coletivas

“O imposto sobre o rendimento pessoal visa a diminuição das


desigualdades e será único e progressivo tendo em conta as
necessidades e os rendimentos do agregado familiar” art. 104º nº1 da
CRP.

“O imposto sobre as empresas incide fundamentalmente sobre o lucro


real” art. 104º nº2.

•4
IRS
• Em vigor desde 1/1/89 Características
• CIRS aprovado pelo ❖ Incide sobre Rendimento
Decreto-Lei nº 442-A/88, ❖ Imposto Único
de 30 de Novembro
❖ Imposto Direto
❖ Imposto Pessoal
❖ Imposto Estadual
❖ Imposto Periódico
❖ Imposto Progressivo

•5
A reforma fiscal de 1989
DL 442-A/88 30 /11 – Aprova código do IRS

Objetivos da reforma:

Equidade
Eficiência
Simplicidade.

- Equidade, na perspectiva de que a tributação seja adequada à capacidade


contributiva de cada um, conforme o princípio constitucional da igualdade
tributária;

- Eficiência, de molde a que o imposto não constitua entrave ao


desenvolvimento económico do País, na perspectiva da sua abertura à
competição internacional, no contexto de um mercado cada vez mais global.

- Simplicidade, de forma a que se reduzam ao mínimo as suas prestações


acessórias, se facilite o cumprimento e se diversifiquem os meios e locais de
•6
pagamento do imposto.
Conceito de rendimento
Rendimento acréscimo de pendor pessoal ou subjetivo
Versus
Rendimento Produto de pendor real ou objetivo

O CIRS adotou tendencialmente a ótica do rendimento Acréscimo em que:

“Rendimento é todo o incremento patrimonial independentemente da sua proveniência,


nele se incluindo valorizações de ativo”. Por exemplo as mais valias.

Ou seja :

R = Consumo + Variação da riqueza

A metodologia do CIRS é a seguinte:


1ª fase - Faz um tratamento analítico por categoria
2ª Fase – Faz Tratamento unitário e global do rendimento
3ª fase – Aplicação duma estrutura única e progressiva das taxas (excetuam-se Tx específicas).

•7
IRS

RENDIMENTO ILIQUIDO DE CADA CATEGORIA

DEDUÇÕES ESPECIFICAS

RENDIMENTO LIQUIDO DE CADA CATEGORIA

DEDUÇÃO DE PERDAS

RENDIMENTO LIQUIDO TOTAL

ABATIMENTOS

RENDIMENTO COLECTAVEL

Separada Conjunta

DIVISÃO QF

TAXA

Separada Conjunta

MULTIPLICAÇÃO POR QF

COLECTA

•8 DEDUÇÕES Á COLECTA

IMPOSTO
Método de determinação do imposto
Incidência Pessoal

❑ ficam sujeitas a IRS as pessoas singulares que residam em


território português e as que, nele não residindo, aqui obtenham
rendimentos – conceito de sujeito passivo (art.º 13º), esquematicamente temos:
no território
português
residentes o IRS incide s/ os
rendimentos obtidos
fora do território
pessoas português
singulares

o IRS incide s/ os
não residentes no território português
rendimentos obtidos
– art.º 18º

•10
Incidência Pessoal

pessoas singulares residentes

integram um
pessoas sós
agregado familiar … ou são …

Regra - Imposto Opção - Existe a


apurado em relação a opção de tributação
cada cônjuge Conjunta

a situação familiar ou pessoal relevante p/ efeitos de


tributação é a que se verificar em 31/12/ano n – art.º 13º, n.º 7.

•11
Incidência Pessoal

O art. 13º do CIRS determina que como princípio geral são sujeitos
passivos de IRS :
a) As pessoas singulares
b) Que obtenham rendimento em Portugal
c) Residam ou não em território Português

1- Pessoas sós

2 - Com Agregado Familiar

2.1 -REGRA GERAL – Tributação Separada


•Se existir agregado familiar, o rendimento a tributar é o que resultar
em relação a cada cônjuge nos termos do art. 13º nº2.
2.2 Opção – Tributação conjunta
•No caso de opção por tributação conjunta, o imposto é devido pela
soma dos rendimentos das pessoas que constituem o agregado
•12 familiar
Agregado familiar

O agregado familiar é constituído por (nº3 do art. 13º)

a) Os cônjuges não separados judicialmente de pessoas e bens, ou os unidos de


facto, e os respetivos dependentes;

b) Cada um dos cônjuges ou ex-cônjuges, respetivamente, nos casos de separação


judicial de pessoas e bens ou de declaração de nulidade, anulação ou dissolução do
casamento, e os dependentes a seu cargo;

c) O pai ou a mãe solteiros e os dependentes a seu cargo;

d) O adotante solteiro e os dependentes a seu cargo.

•13
Dependentes

Consideram-se dependentes (nº4 do art. 13º)

a)Os filhos, adotados e enteados, menores não emancipados, bem como os menores
sob tutela;

b) Os filhos, adotados e enteados, maiores, bem como aqueles que até à maioridade
estiveram sujeitos à tutela de qualquer dos sujeitos a quem incumbe a direção do
agregado familiar, que não tenham mais de 25 anos nem aufiram anualmente
rendimentos superiores ao valor da retribuição mínima mensal garantida;

c)Os filhos, adotados, enteados e os sujeitos a tutela, maiores mas inaptos para o
trabalho e para angariar meios de subsistência, quando não aufiram rendimentos
superiores ao salário mínimo nacional mais elevado;

d) Afilhados civis

Desde que identificados pelo número fiscal de contribuinte.

•14
Art. 14º - Uniões de facto

Considera-se união de facto a circunstância de duas


pessoas viverem em comum e desta forma constituírem
uma célula familiar, sem que para o efeito exista qualquer
vínculo.

•15
Uniões de facto

❑ uniões de facto:
▪ preenchendo os pressupostos referidos na Lei 7/2001, de
11/05, as que pessoas que vivam nestas condições, podem optar
pela tributação com base nas regras dos casados;

▪ as mesmas regras podem, também, ser adoptadas pelas


pessoas que, vivendo em economia comum, cumpram as
condições constantes da Lei 6/2001, de 11/05;

▪ a aplicação deste regime decorre do cumprimento dos


pressupostos das Leis referidas, bem como da assinatura, por
ambos, da declaração de rendimentos, factos que os tornam
responsáveis solidários pelo cumprimento das obrigações
tributárias.
•16
➢ 1ª Situação - Para efeitos de IRS, consideram-se como constituindo
um agregado familiar:

a. João e Beatriz, irmãos, maiores, e uma sobrinha que com eles vive;
b. Rui e Ana, casados e um filho casado e desempregado;
c. José e Maria, casados e um menor sob sua tutela;
d. Paulo e Carla, divorciados e um filho de 20 anos, estudante;

✓ Resolução 1 – resposta c., de harmonia com o disposto no art.º


13º, n.º 3, al a), conjugado com o n.º 4, al a).

•17
•Artº 13 nº 5 e 6º– Conceito de DEPENDENTES

•A tributação dos dependentes no âmbito do agregado

familiar é:
•OBRIGATÓRIA:
•Quando o dependente tiver menos de 16 anos;
•Quando tiver mais de 16 anos e menos de 18 e aufira
rendimentos que não administra.

•FACULTATIVA:
•Quando o dependente tiver mais de 16 anos e aufira
rendimentos que administra;
•Quando o dependente tiver mais de 18 anos em qualquer
circunstância

•18
Dependentes - Tributação autónoma

•Tributação autónoma dos dependentes – Art. 13º, nº 6

•Os menores de 16 anos nunca podem optar por tributação


separada do agregado familiar;

•Os menores de 18 anos mas maiores de 16 anos podem


optar pela tributação separada se apenas auferirem
rendimentos cuja administração lhes pertença;
(rendimentos do trabalho Art.127º/1 C Civil)

•Os maiores de 18 anos podem sempre optar pela tributação


separada.

•19
➢ 2ª Situação - João e Emília são casados e com eles vive Marco,
filho de João que tem 14 anos. Admitindo que Marco é proprietário
de vários imóveis, adquiridos por herança, que geram rendas no
montante de 50.000€/ano, como devem ser declaradas estas
rendas e quem é o responsável pelo eventual imposto
apurado?
✓ Resolução 2 – Marco é menor e não tem a administração dos
rendimentos que aufere. Logo, não pode entregar declaração
autónoma – art.º 13º, n.º 5. Assim, e obrigatoriamente, tem que
integrar a declaração do pai com Emília. Sendo os cônjuges os
responsáveis pelo pagamento do imposto – art.º 13º, n.º 2.

•20
Art. 15º - Âmbito do imposto

• Quando residentes em território português, ficam


sujeitos, em relação aos rendimentos que obtenham
dentro ou fora deste território;

• Quando não residentes nesse território, apenas ficam


sujeitos apenas em relação aos rendimentos nele
obtidos.

•21
Art. 16º - Residência

São residentes em território português as pessoas que, no ano a que


respeitam os rendimentos:

a) Hajam nele permanecido mais de 183 dias, seguidos ou interpolados, em


qualquer período de 12 meses com início ou fim no ano em causa;

b) Tendo permanecido por menos tempo, aí disponham, num qualquer dia


do período referido na alínea anterior, de habitação em condições que façam
supor intenção atual de a manter e ocupar como residência habitual;

c) Em 31 de Dezembro, sejam tripulantes de navios ou aeronaves, desde


que aqueles estejam ao serviço de entidades com residência, sede ou
direção efetiva nesse território;

d) Desempenhem no estrangeiro funções ou comissões de carácter público,


ao serviço do Estado Português.

•22
Residência Parcial
• Permanência –Dia de presença em Portugal em qualquer dia completo ou
parcial que inclua dormida

• 1 - Um não residente que entre em território Nacional torna-se sujeito passivo :


– Não residente de 1 de Janeiro até ao dia anterior ao da chegada e
– Residente desde o dia da chegada até 31 de Dezembro
– Excepto se no ano anterior foi residente e neste caso é residente desde o inicio
do ano
2 – Um sujeito passivo residente Que sai:
- É não residente a partir do último dia de permanência
- Residente de 1 de Janeiro até ao último dia de permanência
- Contudo será residente todo o ano se cumulativamente verificar que
permaneceu em TN mais de 183 dias, e teve rendimentos apos a saída a menos
que prove que eles foram tributados na EU ou outro Estado cuja taxa não seja
inferir a 60% á de Portugal
Art. 18º Rendimentos obtidos em
Portugal
O critério de imputação varia em função da categoria de rendimento.

a) rendimentos do trabalho é o local onde é prestada a atividade;

b) rendimentos empresariais e profissionais é o local do estabelecimento ou


do exercício habitual da profissão;

c) rendimentos de capitais é o local do estabelecimento a que deva imputar-


se o pagamento;

d) rendimentos prediais e incrementos patrimoniais é o local onde os imóveis


se situam;

f) rendimentos de pensões é o local onde são pagas ou colocadas à


disposição

g) Outros rendimentos é o local a que deve imputar-se o pagamento

•24
Contitularidade de rendimentos

• Nos termos do art. Art. 19º os rendimentos que pertençam em comum a várias pessoas são
imputados a estas na proporção das respetivas quotas, que se presumem iguais quando
indeterminadas art.22º, nº2 a) e b).

Exemplo

Rendas recebidas por arrendamento de um prédio de propriedade de varias pessoas a declarar no


Anexo F da declaração Modelo 3 do IRS.

•25
Art. 20º Imputação especial
1- Decorre da existência da chamada transparência fiscal prevista no art. 6º do CIRC, Segundo a qual
as entidades nele previstas ficam excluídas da tributação em IRC
2 - Nessa medida deverão imputar aos seus membros (pessoas singulares ou coletivas) o respetivo
lucro ou matéria coletável.
3 - Segundo nº 2 art. 20º tal rendimento é de qualificar como rendimento da categoria B

4- Exemplo:

Supondo assim, que por exemplo um Contabilista Certificado é sócio com uma quota de 30%, duma
sociedade de profissionais. A sociedade tem uma matéria coletável é 10 000 € no exercício.

De acordo com este artigo 20º, este CCC deverá declarar 30% x 10000 € =3000 € de rendimento da
categoria B na sua declaração de rendimentos.

•26
Art. 21 - Incidência pessoal quanto ao
imposto retido na fonte

Substituição tributária verifica-se sempre:

a)Quanto aos rendimentos de trabalho dependente

b)Quanto aos rendimentos nas condições previstas no art. 71º do CIRS,


tributados a taxas liberatórias;

c)Quando o devedor dos rendimentos seja entidade que disponha ou


deva dispor de contabilidade organizada, em relação aos
rendimentos empresariais e profissionais (categoria B), de capitais
(categoria E), prediais (categoria F).

•27
Incidência Real

Categorias dos rendimentos:

A - Trabalho dependente – art.º 2º;


B – Profissionais e Empresariais – art.º(s) 3º e 4º;
E - Capitais – art.º(s) 5º, 6º e 7º;
F - Prediais – art.º 8º;
G - Incrementos patrimoniais – art.º(s) 9º e 10º;

H - Pensões – art.º 11º;

Delimitação negativa de incidência, “o que não está sujeito” – art.º 12º.

•28
Categoria A- Rendimentos de trabalho
dependente art. 2º

Rendimentos Pagos ou Postos à disposição provenientes de:

1- Trabalho por conta de Outrem

Contrato de trabalho – art. 1152º do código civil e Código do Trabalho (CT),


aprovado pela Lei n.º7/2009 de 12/2. Existe subordinação Económica e Jurídica

▪ Contrato legalmente equiparado;

▪ Contrato de aquisição de serviços em que se verifique trabalho subordinado( existe


autoridade e direção da entidade que ocupa a posição Ativa

▪ Exercício de função, serviço ou cargo público;

▪ Situações de pré reforma, pré aposentação ou reserva;

▪ Prestações atribuídas antes da passagem à situação de reforma;

▪ Prestações que continuem a ser devidas até verificação dos requisitos para a situação de
reforma
•29
Categoria A- Rendimentos de trabalho
dependente
São tributáveis em categoria A [nº 2 e 3, Artº 2º CIRS]:

1- Remunerações, subsídios, prémios e outros:


Ordenados, Vencimentos e salários, Pré-reforma, pré-aposentação
2- Subsídios e prémios
Residência, Refeição, Férias e Natal, doença, estudo, Prémios etc.
3- Outros
Gratificações
Comissões e percentagens de participação
Subsídios ou prémios
Senhas de Presença
Verbas para representação (Quando não sejam prestadas contas até ao fim do ano)
Indemnizações
Abonos para falhas
Ajudas de custo
Participações em multas

4- Rendimentos acessórios nomeadamente as regalias não incluídas na remuneração


principal conexas com a prestação do trabalho, nº 3 Artº 2º CIRS

•30
Equiparação a Remunerações por trabalho
Dependente
▪ 1 - Remunerações dos membros dos órgãos estatutários de pessoas colectivas
▪ 2- Remunerações Acessórias nelas compreendendo todos os direitos e benefícios art. 2º nº3
.
▪ Os abonos de família e respectivas prestações complementares, excepto na parte em que
não excedam os limites legais estabelecidos;
▪ O subsídio de refeição na parte em que exceder o limite legal estabelecido ou em que o
exceda em 60% sempre que o respetivo subsídio seja atribuído através de vales de refeição

▪ Com seguros e operações do ramo 'Vida', contribuições para fundos de pensões, fundos
de poupança-reforma ou quaisquer regimes complementares de segurança social constituindo
ou não direitos adquiridos. Isentos art. 18º do EBF no ano em que são dispendidos.

▪ Os subsídios de residência ou equivalentes ou a utilização de casa de habitação fornecida


pela entidade patronal;
▪ Os resultantes de empréstimos sem juros ou a taxa de juro inferior à de referência para o
tipo de operação
▪ Verbas para deslocações, viagens ou representação que não tenham sido
prestadas contas até ao termo do exercício (al.d)) ;
▪ Os ganhos derivados de planos de opções, de subscrição, de atribuição ou outros de
efeito equivalente, sobre valores mobiliários criados em benefício de trabalhadores e órgãos
sociais .
Equiparação a Remunerações por trabalho
Dependente
▪ Utilização pessoal pelo trabalhador ou membro de órgão social de viatura automóvel
que gere encargos para a entidade patronal, quando exista acordo escrito entre o
trabalhador ou membro do órgão social

▪ Aquisição pelo trabalhador ou membro de órgão social, por preço inferior ao valor de
mercado, de qualquer viatura que tenha originado encargos para a entidade patronal

▪ Abonos para falhas, na parte que exceda 5% da RM fixa

▪ As ajudas de custo e pagamento pela utilização de automóvel próprio ao serviço da


entidade patronal na parte em que excedam os limites legais ou os pressupostos da sua
atribuição

▪ Indemnizações pela constituição ou modificação da relação jurídica que


origine rendimentos do trabalho dependente al. e))
▪ Indemnizações pela cessação de contratos de trabalho, na parte em que
exceda limite definido na al. e) ; n.º 4 e n.º 5);
▪ Gratificações dos trabalhadores dependentes, atribuídos por outrém que não a
entidade patronal (al. g)). ( tributação taxa especial 10% art. 72º)
Exclusões da categoria A - art. 2º A

Não se consideram rendimentos do trabalho dependente:


a) As prestações efetuadas pelas entidades patronais para regimes obrigatórios
de segurança social
b) Beneficios de utilidade social recebidos nos termos do art. 43º do IRC e vales
de infância.
c) As prestações relacionadas exclusivamente com ações de formação
profissional dos trabalhadores.
d) As importâncias suportadas pelas entidades patronais com a aquisição de
passes sociais a favor dos seus trabalhadores.
e) As importâncias suportadas pelas entidades patronais com seguros de saúde
ou doença em benefício dos seus trabalhadores
f) As importâncias suportadas pelas entidades patronais com encargos,
indemnizações ou compensações, devidos pela mudança do local de trabalho na
parte que não exceda 10% da remuneração anual, com o limite de € 4.200 por
ano.
Exemplo: Remuneração 40.000 €. 10% x40.000=4.000 recebeu 4.100
Será tributado 4.100 – 4.000 = 100.
Nota:Só pode beneficiar uma vez em cada três anos.
Categoria A - Exclusões

• Ajudas de custo: < ou = limite legal

• Subsídios de refeição: <ou=4,77 € ou 7,63 € (vales de refeição)

• Abonos para falhas: < ou =(5%* Rem. fixas, excluindo diuturnidades*14)/12

• Abono de família e prestações complementares

• Subsídios de desemprego

• Subsídio de doença

• Indemnização por acidente de trabalho

• Importâncias recebidas por cessação de contrato de trabalho até ao limite


do valor que resulta da média das remunerações regulares dos últimos 12
meses multiplicado pelo número de anos ou fração

• Transporte em automóvel próprio até 0,36€ por km


•34
Limites de exclusão de tributação

2020 2021 2022

Subsídio de Refeição 4,,77 euros 4,77 euros 4,77 euros

Ajudas de Custo
Órgãos Sociais
- Deslocações no país 69,19 euros 69,19 euros 69,19 euros
- Deslocações no estrangeiro 100,24 euros 100,24 euros 100,24 euros
Outros
- Deslocações no país 50,20 euros 50,20 euros 50,20 euros
- Deslocações no estrangeiro 89,35 euros 89,35 euros 89,35 euros

Subsídios de viagem e de marcha (por Km)


Transporte em automóvel próprio
Transporte em veículos adstritos a carreiras de serviços públicos 0,36 euros 0,36 euros 0,36 euros
Transporte em automóvel de aluguer: 0,11 euros 0,11 euros 0,11 euros
- Um funcionário
- Dois funcionários
0,34 euros 0,34 euros 0,34 euros
- Três ou mais funcionários 0,14 euros por pessoa 0,14 euros por pessoa 0,14 euros por pessoa
0,11 euros por pessoa 0,11 euros por pessoa 0,11 euros por pessoa

•35
Qualificação do rendimento

➢ 3ª Situação - Qual o enquadramento no CIRS dos seguintes


rendimentos:
a) Remuneração auferida no âmbito de estágio Categoria A
profissional na Administração Pública; art.º 2º, n.º 1, al a)

b) Encargos suportados com a educação de Categoria A


um irmão do trabalhador, suportados pela art.º 2º, n.º 1, al a), n.º
empresa onde este trabalha; 3, al b) e n.º 11
c) Remuneração de um administrador de uma Categoria A
sociedade anónima; art.º 2º, n.º 3, al a)
d) Subsídio de desemprego; Não é tributado

e) Subsídio de doença, na parte paga pela


Segurança Social; Não é tributado

•36
Exemplo Prático
Remunerações Acessórias tributáveis

➢ 5ª Situação – Joana, empregada na caixa do Modelo, tem um


vencimento mensal de 1.000€, acrescido de 75€ de abono para
falhas. Qual o valor mensal sujeito a IRS?

a. 1.000,00€;
b. 1.075,00€;
c. 1.100,00€;
d. 1.016,70€.

✓ Resposta d., porque,


1.000€ + [75€ - (5% x 1.000€ x 14 / 12)] = 1.016,70€, art.º 2º, n.º 3, al c).

•37
Deduções Específicas

Conceito

• Correspondem a deduções ao rendimento bruto de cada categoria, e representam o “encargo ou


esforço” necessário para obter o rendimento.

• Através dessas deduções é possível discriminar qualitativamente uns rendimentos em detrimento


de outros, reconhecendo-se implicitamente o contraste entre “o esforço de ganhar a vida pelo
trabalho” e a “passividade de viver de rendimentos de capitais”

•38
Categoria A – Deduções Específicas - art. 25 CIRS

1 – Dedução fixa de 4.104 €;

2 - Se as contribuições pagas forem superiores a este limite, são aceites na totalidade (nº 2 Artº 25º).

3 - Indemnizações pagas pelo trabalhador por rescisão contratual por ordem judicial ou acordo
judicialmente homologado.

4 - Quotizações sindicais (sem contrapartida p/ despesas de saúde, educação, com o limite de 1% s/


rendimento bruto. Este valor é aceite em 150% bruto. (após a aplicação do limite).

5 – O valor de 4.104 € pode ser elevado para 75% do RMMG, desde que a diferença resulte de
despesas para Quotizações de Ordens Profissionais suportadas pelo sujeito passivo de categoria A e

indispensáveis à atividade, exercida exclusivamente por conta de outrem, ou seja 4.275 €.


Determinação do Rendimento liquido da categoria A

➢ 6ª Situação – Amélia, solteira, com um dependente a seu cargo,


durante o ano de 2021, recebeu um ordenado mensal fixo de
1.500€, tendo-lhe sido deduzidas contribuições para a Segurança
Social no valor de 2.310€. Qual o montante do rendimento
englobado?

✓ Resolução 6 – as contribuições para a Seg. Social são inferiores à


dedução específica estabelecida de 4 104€, logo é este o valor que
vai ser deduzido ao rendimento bruto obtido – art.º 25º, n.º 1, al a),
ou seja:
(1.500€ x 14) – 4 104 = 16 896€

•40
Categoria A – Deduções Específicas - art. 25 CIRS

•41
Rendimentos Empresariais e Profissionais
- art.3º CIRS

1 - Atividade comercial, industrial ou pecuária …

2 - Rendimentos auferidos no exercício, por conta própria, de qualquer atividade de Prestação de


Serviços incluindo os de carácter cientifico, técnico ou artístico qualquer que seja a sua natureza
mesmo que conexos com uma actividade comercial ou indutrial

3 - Propriedade intelectual ou industrial ou prestação de informação de experiência adquirida - Know


how- auferida pelo próprio autor

4- Rendimentos prediais no âmbito da atividade

5- Rendimentos capitais no âmbito da atividade

6- Mais-valias no âmbito da atividade (excepto as de bens imóveis)

7- Indemnização conexa com a atividade

8- Cessão temporária de exploração de estabelecimento

9- Subsídios no âmbito da atividade

10- Atos isolados referentes a atividades comerciais e prestação de serviços


Contrato de Prestação de Serviços

• Segundo art. 1154º a 1156º do C. Civil

– “ ..é aquele segundo o qual, alguém se obriga a realizar para outrem determinada obra
a troco de determinada quantia”

– Existe assim uma obrigação de obter certo resultado em função de trabalho, intelectual
ou braçal com ou sem remuneração

– É ainda uma forma de trabalho autónomo não vinculada, correndo o risco por parte de
quem o presta

•43
Rendimentos Empresariais e Profissionais

1-Actos isolados (nº3 do artº 3º) - Rendimentos que não resultem de uma
prática previsível e reiterada.

2- Imputação especial (rendimentos de transparência fiscal) previstos no artº


20º CIRS

3 - Momento da tributação:

3.1 - Se tiver contabilidade organizada

a) aplica o principio da especialização dos exercícios (art. 18 do CIRC)

3.2- Se não tiver contabilidade organizada

a) No momento em que seja obrigatória a emissão de fatura ( Art. 8º


IVA)
b) Se não for obrigatória no momento em que é pago ou posto à
•44 disposição do titular.
Rendimentos Empresariais e Profissionais
(Exclusões)
1 - Os provenientes das atividades agrícolas, quando o valor dos proveitos ou receitas,
isoladamente, ou em cumulação com o valor dos rendimentos brutos da categoria B ou doutras
categorias que devam ou tenham sido englobados, não exceda por agregado familiar quatro vezes
e meia o valor anual do IAS, art. 3º nº4, ou seja em 2022 (443,20 x 12) x 4,5 = 23 932,80 €.

2 – Valores recebidos a título de reembolso de despesas em nome e por conta de clientes – por
ex.: no caso dos advogados, apenas serão tributadas no ano seguinte se não forem prestadas as
contas finais até ao fim desse ano art. 3º nº7.

3 - indemnizações por lesão corporal, doença ou morte pagas pelo Estado ou Associações
mutualistas ou ainda decorrentes de contrato de seguro ou ainda por decisão judicial art. 12º )

4 -Os rendimentos resultantes de entradas para capital com o património empresarial, se


cumpridos os requisitos – art.º 38º, - Neutralidade Fiscal.

•45
Rendimentos Empresariais e Profissionais

Categoria B – art.º(s) 3º e 4º

❑ Determinação do rendimento líquido, através:


. 1 - da contabilidade organizada – art.º 28º e 33º;
. 2 - do regime simplificado – art.º 28º e 31º:
- pela regra geral – art.º 31º, n.º 2;
- pelas regras da categoria A – art.º 28º, n.º 8;
. 3 - de atos isolados (contabilidade organizada ou simplificado) – art.º 30º.
.4 - Imputação especial – art.º 20º Transparência Fiscal.

•46
Formas de determinação do rendimento art. 28º

1 - A determinação dos rendimentos empresariais e profissionais faz-se da seguinte forma:

a) Com base na aplicação das regras decorrentes do regime simplificado;


b) Com base na contabilidade.

2 - Ficam abrangidos pelo regime simplificado os sujeitos passivos que não ultrapassem no período
anterior um montante anual ilíquido de rendimentos desta categoria em € 200 000.

3 - Os sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado podem optar pela determinação dos
rendimentos com base na contabilidade.

4 - A opção pelo regime de contabilidade deve ser formulada pelos sujeitos passivos na
a) Na declaração de início de atividade; ou
b) Até ao fim do mês de Março do ano em que pretendem alterar a forma de determinação do rendimento,
mediante a apresentação de declaração de alterações.
c) Esta mantém-se válida até que o sujeito passivo proceda à entrega de declaração de alterações, a qual
produz efeitos a partir do próprio ano em que é entregue, desde que seja efetuada até ao final do mês de
março.
5 - A aplicação do regime simplificado cessa apenas quando os 200 000 € forem ultrapassados em dois
anos consecutivos ou um só quando o montante for superior a 25%.
6 - Se os rendimentos auferidos resultarem de serviços prestados a uma única entidade, o sujeito passivo
pode, em cada ano, optar pela tributação de acordo com as regras estabelecidas para a categoria A.
Enquadramento

✓ 7ª Situação – Maria, em 2020, indicou na sua declaração de início de atividade um volume de


vendas estimado de 201.000€. Como ficou o seu enquadramento, nesse ano, para efeitos de
IRS e como poderá ter ficado em 2021?

✓ Resolução 7

1 - Em 2020, decorrente do volume de negócios estimado, foi tributada de acordo com o regime de
contabilidade organizada - art.º 28º, n.º 1 e 10);

2 .- em 2021, pode manter a contabilidade organizada, se:

a). tivesse obtido, em 2020, um volume de vendas superior a 200 000 € ou

b) No caso de não ter ultrapassado esse valor, tivesse feito a opção pela contabilidade
organizada até ao final do mês de Março, de 2021, pelo regime de contabilidade

•48
Regime Simplificado

Rendimento tributável obtém-se através da aplicação dos seguintes coeficientes:

a) 0,15 às vendas de mercadorias e produtos, bem como às prestações de serviços efetuadas no


âmbito de atividades hoteleiras e similares, restauração e bebidas;
b) 0,75 aos rendimentos das atividades profissionais especificamente previstas na tabela a que se
refere o artigo 151.º;
c) 0,35 aos rendimentos de prestações de serviços não previstos nas alíneas anteriores;
d) 0,95 aos rendimentos cedência da propriedade intelectual ou industrial ….rendimentos de de
capitais imputáveis a atividades geradoras de rendimentos empresariais, ao resultado positivo de
rendimentos prediais, ao saldo positivo das mais e menos-valias e aos restantes incrementos
patrimoniais;
e) 0,30 aos subsídios ou subvenções não destinados à exploração;

f) 0,10 aos subsídios destinados à exploração e restantes rendimentos da Categoria B não previstos
nas alíneas anteriores;

g) 1 (um) ou seja 100%, aos rendimentos decorrentes de prestações de serviços efetuadas pelo
sócio a uma sociedade abrangida pelo regime da transparência fiscal, nos termos da alínea b) do n.º
1 do artigo 6.º do Código do IRC.

2 - Os sujeitos passivos prestadores de serviços, podem deduzir, até à concorrência do rendimento


líquido desta categoria, os montantes comprovadamente suportados com contribuições obrigatórias
para regimes de proteção social, na parte em que excedam 10% dos rendimentos brutos.
Regime Simplificado -Regras
1 – A regra geral deste regime é aplicar os coeficientes ao valor do rendimento

2- No caso especifico dos Prestadores de Serviços art. 31 nº1 al) b) e c) a dedução ao rendimento
depende também da existência de despesas reais pelo que a fórmula de cálculo é a seguinte:

RLB= (PSx coef.) + (15% x PS – Despesas) Se (15% x PS – Despesas) > 0

RLB= (PSx coef.) Se (15% x PS – Despesas) < 0

RLB – Rendimento Liquido da categoria B

Despesas:

- 4104 € dedução especifica da categoria A

- Despesas com pessoal na atividade

- Despesas com imóveis na atividade

- Rendas de Imóveis

- Valor de 1,5% do VPT de imóvel afeto

- Outras despesas comunicadas (eletricidade, água etc.)


Regime Simplificado Art. 31º CIRS

• Os subsídios não destinados à exploração são tributados em partes iguais durante cinco anos.

• Terminando o regime simplificado as frações destes subsídios ainda não tributadas são tributadas no
último ano deste regime.

• Apuramento das mais valias a tributar são calculadas com base nas quotas mínimas de amortização.

• Os coeficientes TÉCNICOS aplicáveis aos prestadores de serviços são reduzidos em 50% e 25% no
período de tributação do início da atividade e no período de tributação seguinte, desde que, nesses
períodos, o sujeito passivo não aufira rendimentos das categorias A ou H (exceto se tiver havido
cessação de atividade à menos de 5 anos).

• Quando por força da remissão do art. 32º tendo havido lugar a benefício por reinvestimento e este não
foi concretizado a parte proporcional não reinvestida deve ser tributada e agravada em 15%

• 4 - As profissões de desgaste rápido podem deduzir, até à concorrência do rendimento líquido desta
categoria seguros pagos art. 27º
Rendimento de sócio de sociedade
transparente
9ª Situação - Manuel obteve em 2021, prestações de serviços no valor de 50.000€, dos quais 10.000€
são provenientes de serviços prestados à sociedade transparente A de que é sócio em 50%. O Manuel
teve despesas da atividade devidamente documentadas de 6000 €.

A sociedade A apurou, relativamente a esse exercício, uma matéria coletável de 30.000€

Resolução 9–

Rendimento líquido da Categoria B do Manuel

40000€ X 75% + (15% x 40 000- 6000)= 30.000€

10000€ x 1 = 10.000

Matéria coletável imputada = 30.000€ x 50% = 15.000€

Rendimento líquido da Categoria B

= 30.000€ + 10.000€ + 15.000€= 55.000€

•52.
➢ 10ª Situação – Pedro, economista, sabe que no ano de 2021, no
exercício da sua atividade por conta própria, vai receber 4000€.
Pretende saber qual o rendimento que irá ser sujeito a imposto, no
final do ano. Não teve despesas

✓ Resolução 10 – O rendimento é calculado nos termos do art.º 31º,


n.º 1 b) e nº 13 , por aplicação dos coeficientes nele estabelecidos.
Assim, tratando-se de prestação de serviços o coeficiente aplicável
é de 0,75:
4.000€ X 0,75 +(15%x4000-4104)=
Diferença negativa (15%x4000-4104)= - 3544 logo
4.000€ X 0,75 + (0)= 3 000€

•53
Artigo 30.º - Atos isolados

Um ato isolado facto que não resulta de uma prática previsível ou


reiterada

1 - Os sujeitos passivos que pratiquem atos isolados estão sempre


dispensados de dispor de contabilidade organizada por referência a esses
atos.

2- Na determinação do rendimento tributável dos atos isolados:

a) Aplicam-se os coeficientes previstos para o regime simplificado, quando o


respetivo rendimento anual ilíquido seja inferior ou igual a € 200 000;

b) Sendo o rendimento anual ilíquido superior a € 200 000, aplicam-se, com


as devidas adaptações, as regras aplicáveis aos sujeitos passivos com
contabilidade organizada.
•54
➢ Situação 11ª:

Vamos supor Maria, com 26 anos de idade, estudante universitária, presta,


em 2022, um serviço na área da publicidade. A empresa Y paga o valor de
3.500 euros. Não aufere qualquer outro rendimento.

Suportou as seguintes despesas :


• Refeições = 450 €
• Aquisição de livros técnicos = 2.000 €
• Viagens em transportes públicos = 250 €

• Rendimento a tributar será:


O rendimento liquido B = 3.500x35%+(15%x3500- 2700 )=
– O rendimento liquido B = 3.500x35%+(0)=1225

•55
Rendimentos da cat. B obtidos de uma só
entidade
Opção pela categoria A art. 28 º nº8

A opção é anual

➢ Situação 12ª – Supondo O Sr. José que obtém, em 2022, exclusivamente de


uma única entidade, no âmbito do seu trabalho por conta própria, como
engenheiro, o rendimento bruto de 5.000€. TSU foi 550 €

1 - Na tributação conforme as regras da categoria A, temos :


Dedução específica desta categoria art.º 25.º, nº1, a) é 4 104€
Rendimento liquido = 5000 € - 4 104 € =896

2 - Se não optasse tinha duas hipóteses:


A) regime simplificado o rendimento seria 5000x75% + (15%x5000-4104)=
5000x75% + (0)= 3750
Por força art. 31º nº2 >>>>> RL = 3750 – 50* =3700

B) Contabilidade organizada deveria deduzir ao rendimento os custos


* Excedente = TSU – 10% x RB >> 50 = 550 - 10% x 5000 art. 31º nº2 RL
Contabilidade organizada – art 32

Art. 32 – Remissão para o CIRC

A determinação do rendimento coletável não abrangido pelo regime simplificado é efetuada com base no
lucro real e de acordo com as regras do CIRC, com exceção das regras do “Participation Exemption”.

A regra geral é a seguinte:

Lucro tributável = RL +-VP+-CF

• RL – Resultado Líquido

• VP – Variações Patrimoniais

• CF - Correções Fiscais
•57
Encargos não Dedutíveis (art. 33)

1 - As remunerações dos titulares de rendimentos da categoria B, assim como outras prestações a título
de ajudas de custo, utilização de viatura própria ao serviço da atividade, subsídios de refeição e outras
prestações de natureza remuneratória, não são dedutíveis para efeitos de determinação do rendimento
da referida categoria.

2 - Quando o sujeito passivo afete à sua atividade empresarial e profissional parte do imóvel destinado à
sua habitação, os encargos dedutíveis com ela conexos referentes a amortizações ou rendas, energia,
água e telefone fixo não podem ultrapassar 25% das respetivas despesas devidamente comprovadas.

3 Se o sujeito passivo exercer a sua atividade em conjunto com outros profissionais, os encargos
dedutíveis são rateados em função da respetiva utilização ou, na falta de elementos que permitam o
rateio, proporcionalmente aos rendimentos brutos auferidos.

•58
Rendimento Liquido – Contabilidade Organizada

Situação 14
O Sr. Leitão é economista e em 2021 faturou 150.000 Euros em serviços de consultoria de gestão e desenvolve
a sua atividade profissional no seu domicílio. Sabe-se ainda que está no regime de contabilidade organizada. Neste
ano registou os seguintes custos:
a)Despesas de pessoal 40.000 € (inclui 2000 € de ajudas de custo atribuídas ao empresário)
b)Deslocações e estadias 20.000 €
c)Despesas de telefone fixo 4.000 €
d)Material de escritório 2.000 €.
Contabilidade Fiscalidade

Prestação de serviços 150.000 150.000

Pessoal * 40.000 38.000


Deslocações 20.000 20.000
Telefone ** 4.000 1.000
mat. Escritorio 2.000 2.000

tot. custos 66.000 61.000

lucro 84.000 89.000

Rendimento Líquido de B (RLb) = RLc +-VP+-CF


= 84 000+2000+3000
*Ajudas de custo 2000
** telefone (75% x 4000=3000
Resumo da categoria B

•60
Rendimentos de capitais

São frutos e demais vantagens económicas pecuniários ou em


espécie procedentes de elementos patrimoniais art. 5º nº1.

– Em regra juros e lucros decorrentes de Aplicações de Capital

• 􀀾

•61
Presunções – Art 6º CIRS

1- Nos Mútuos e Aberturas de Crédito presume-se que são


remunerados à taxa de juro legal;

2 - Presumem-se como lucros ou adiantamento de lucros quaisquer


débitos nas contas de sócios que não resultem de pagamento de
remunerações ou reembolso de empréstimos;

3 - Nas letras e livranças presume-se que se trata de um Mútuo


quando o credor não for comerciante;

4 - A presunção é afastada ( ilidida) quando existir:


● Ato administrativo
● Decisão judicial
● Declaração do Banco de Portugal ou
● Reconhecimento pela DGCI

•62
Momento de tributação

[Artº 7º] Considera-se que o Facto Gerador ocorre :

► Momento do vencimento, quando se tratar de juros de Mútuos,


aberturas de crédito, depósitos, títulos de dívida ou suprimentos

►Momento do Pagamento ou colocação à disposição, quando se


tratar de lucros, valor da partilha, associação em participação e à
quota, certificados e fundos de investimento

► Momento do Apuramento do quantitativo, quando se tratar de


Reporte, cedência de direitos e reembolso antecipado de depósitos

► Momento da Liquidação, quando se tratar de Swaps

•63
Tributação dos lucros recebidos

Art. 5º - Rendimentos de Capitais

A) Os lucros e reservas colocados à disposição dos associados ou titulares e adiantamentos por


conta de lucros art. 5º nº2 h) são rendimentos de capitais

B) A sua liquidação é efetuada por retenção na fonte à taxa liberatória de 28% art. 71º nº1 .

C) Existe a opção de englobamento art. 71º nº6

Art. 40º -A - Dupla tributação económica

Os lucros devidos por pessoas coletivas sujeitas e não isentas do

IRC são no caso de opção pelo englobamento para os residentes, considerados em apenas 50% do
seu valor.

•64
Exemplo de Opção de englobamento

➢ Situação 16
➢ S1 - A Sra Ana é sócia Gerente da Empresa Alfa Lda. Em 2021 sabe-se que teve da
categoria A um rendimento Liquido de 10 000. A empresa nesse ano colocou á
disposição dos sócios lucros distribuídos, tendo recebido 30 000 € que foram objeto
de retenção na fonte em 28% ou seja 8400 €. Pretende Agora saber se deve ou não
englobar os lucros que recebeu. Qual a sua opinião ?.
➢ S2 - Admita agora que o rendimento da categoria A seria de 80 000 Opão de
englobamento
✓ Resolução 16 – Tem duas hipóteses H1 – Englobar e H2 – Não Englobar
✓ H1- Englobar
✓ - O rendimento tributável será 10 000+ 50%x30000=25000
✓ - O IRS = 20261x22,621%+(25 000- 20261)*35%= 6241,89
✓ H1- Não Englobar
✓ O rendimento tributável é de 10 000 ás taxas gerais e 30 000 á taxa Liberatória
✓ O IRS = 7091x14,5%+(10000-7091)x23%= 1697,27 + 28%x30 000=10 097,27
✓ Conclusão: Tem interesse em englobar
•65
➢ 17ª Situação – A sociedade “Portas & Postigos, Lda.”, está a
efetuar, em 2021, o pagamento de lucros. Pretende saber como
deve proceder?
O sócio titular do rendimento, pretende igualmente saber se tem
que declarar esses lucros, à semelhança do que aconteceu em
anos anteriores.
✓ Resolução 17 – a firma tem que efetuar retenção na fonte à taxa de
28% - art.º 71º, n.º 1, e o;

- sócio não tem que declarar estes rendimentos – art.º 58º al a),
podendo optar pelo seu englobamento, caso em que teria que
incluir este 50% deste rendimento na sua declaração - art.º 40º - A.

•66
Art. 8º - Rendimentos prediais (categoria F)

1- São rendimentos prediais as rendas dos prédios rústicos, urbanos e mistos


pagas ou colocadas à disposição dos respetivos titulares, quando estes não
optarem pela sua tributação no âmbito da categoria B.

A renda, ou preço locativo, enquanto elemento constitutivo do contrato de


arrendamento é uma prestação retributiva, periódica, e que consiste no
pagamento ao senhorio de um preço pelo direito temporário de uso e fruição da
coisa imóvel arrendada.

Art.º 1022.º cc (Noção) – Locação é o contrato pelo qual uma das partes se
obriga a proporcionar à outra o gozo temporário de uma coisa mediante
retribuição.

Art.º 1023.º cc (Arrendamento e aluguer) – A locação diz-se arrendamento


quando versa sobre coisa imóvel, aluguer quando incide sobre coisa móvel.

•67
Tipos de rendimentos

• Cedência do uso de prédio

• Rendas de prédios rústicos, urbanos ou mistos (pagos ou colocados à


disposição)

• Aluguer de equipamentos e mobiliário instalados num prédio

• Subarrendamento (Diferença entre renda recebida e a renda paga ao


senhorio)

• Uso de bens imóveis para publicidade

• Cedência de uso de partes comuns em prédios em regime de propriedade


horizontal

• Constituição, a título oneroso, de direitos reais de gozo temporário sobre


prédios rústicos, urbanos ou mistos
• As indemnizações que visem compensar perdas de rendimentos desta
•68 categoria
Deduções específicas

Aos rendimentos brutos prediais deduzem-se:

1- Todos os gastos efetivamente suportados e pagos pelo sujeito


passivo para obter ou garantir tais rendimentos, com exceção dos gastos
de natureza financeira, dos relativos a depreciações e dos relativos a
mobiliário, eletrodomésticos e artigos de conforto ou decoração

2 – No caso de propriedade horizontal, são dedutíveis, relativamente a


cada fração ou parte de fração, outros encargos que, nos termos da lei,
o condómino deva obrigatoriamente suportar e que sejam efetivamente
pagos pelo sujeito passivo

3 - Na sublocação, a diferença entre a renda recebida pelo sublocador e


a renda paga por este não beneficia de qualquer dedução .
➢ 19ª Situação - O Sr. António tem uma loja arrendada a uma
empresa pelo valor de 1.000€. Todos os meses e no dia certo, a
empresa transfere para conta bancária do proprietário a renda do
respectivo mês, que corresponde a:
a. 150€;
b. 800€;
c. 750€;
d. 1.000€.

✓ Resolução 19 – resposta c., de harmonia com o disposto no art.º


101º, n.º 1, al e)

•70
➢ 20ª Situação – Por outro lado , o Sr. António é proprietário de um
prédio rústico, no qual se encontra colocado um painel publicitário
da firma “ABC, Lda.”, que lhe paga 1.200€ mensais. Esta verba,
constitui, para feitos de IRS,
a. um rendimento da cat. B, sujeito a retenção na fonte à taxa de 20%;
b. um rendimento da cat. B, sujeito a retenção na fonte à taxa de 10%.
c. um rendimento da cat. F, não sujeito a retenção na fonte, porque
o Sr. António não tem contabilidade organizada;
d. um rendimento da cat. F, sujeito a retenção na fonte à taxa de 25%.

✓ Resolução 20 – resposta d., de harmonia com o disposto no art.º


101º, n.º 1, al e), conjugado com o art.º 8º, n.º 2, al d).

•71
Incrementos patrimoniais (categoria G) art. 9º

• São considerados Incrementos Patrimoniais:

► Mais-Valias que não sejam consideradas nas categorias B, E ou F

► Indemnizações para reparação de Danos Não - Patrimoniais (excepto se houver decisão judicial ou acordo
homologado judicialmente

● Lucros Cessantes (ressarcimento dos benefícios líquidos não obtidos em consequência da lesão ex. uma
máquina que avaria por falta de energia e deixa de produzir; );

► Importâncias auferidas pela assunção de obrigações de não concorrência

► Acréscimos patrimoniais não justificados (definidos nos artºs 87º, 88º e 89º-A da LGT)

As indemnizações devidas por renúncia onerosa a posições contratuais ou outros direitos inerentes a contratos

•72
relativos a bens imóveis
Conceito de Mais Valias

1 - São ganhos ou rendimentos ocasionais ou fortuitos,

- Que não resultam de uma atividade pré-ordenada ou dirigida à sua obtenção,

- Correspondem em geral a quaisquer valorizações ocorridas em bens ou direitos,

• 2 - Regime Transitório da Categoria G [Nº5 do Artº 5º D.L. 442-A/88]

• Os ganhos que não eram sujeitos ao imposto de mais-valias, criado pelo Código das Mais-Valias,

• Ganhos derivados da alienação a título oneroso de prédios rústicos afetos ao exercício de uma
atividade agrícola ou da afetação destes a uma atividade comercial ou industrial

• Estes ganhos só ficam sujeitos a IRS se a aquisição dos bens ou direitos a que respeitam tiver
sido efetuada depois da entrada em vigor o CIRS

• Ex: Casas de habitação e partes sociais

•73
ART. 10º - Mais/Menos Valias

Factos geradores

-Alienação onerosa de direitos reais sobre bens imóveis e Afetação de bens (móveis e imóveis) do
património particular a uma atividade profissional ou empresarial do S.P.

-Alienação de partes sociais e outros instrumentos financeiros

-Alienação de propriedade intelectual ou industrial

-Cessão onerosa de posições contratuais e outros direitos sobre imóveis (trespasse)

-Operações com instrumentos financeiros derivados

Cessão onerosa de créditos, prestações acessórias e prestações suplementares


Atualização monetária

1 - Recurso à atualização monetária do valor de aquisição visa


compensar os efeitos inflacionistas reduzindo assim o valor da mais
valia (art. 50º CIRS)

2- Aplicável aos imóveis e partes sociais

3 - A data de aquisição é a que constar do título aquisitivo

- Nos casos de construção é a data relevante para efeitos de


inscrição na matriz
- ou
- No caso de transferência é a data da mesma.

•75
Mais valia imobiliária

-As mais valias obtidas sobre imóveis resultam da diferença entre:


Valor de realização

Valor de aquisição atualizado.

Ponderados de outras despesas de compra, detenção e venda.

MV = (Vr – (Va x Cf + Ev + Da + Dal) )x 50%

Vr = Valor de realização (artºs 44.º e 52.º);

Va = Valor de aquisição (art.ºs 45.º a 49.º)

Cf = Coeficiente de desvalorização da moeda (art.º 50.º);

Ev = Encargos com a valorização dos bens (art.º 51.º, a) );

Da = Despesas com a aquisição (art.º 51.º, a) );

Dal = Despesas com a alienação (art.º 51.º, alíneas a) e b) );

vigor do CIRS.
•76
Reinvestimento valor de realização
• 1 - O reinvestimento corresponde à aquisição de outro imóvel em resultado da venda
de um outro.

• 2 – Exclusão tributária art. 10º nº 5 do CIRS determina que se excluem da tributação os


ganhos provenientes da transmissão onerosa de imóveis destinados à habitação própria e
permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar, nas seguintes condições :

• a) Se o valor de realização ou o VPT se superior, deduzido da amortização de eventual


empréstimo contraído para a aquisição do imóvel for reinvestido,

• b) desde que tal reinvestimento seja efetuado entre os 24 meses anteriores e os 36


meses posteriores contados da data da realização,

• c) Na aquisição de outro imóvel, de terreno para a construção de imóvel ou na construção,


ampliação ou
• d) Aquisição de um contrato de seguro ou de uma adesão individual a um fundo de
pensões aberto, ou ainda para contribuição para o regime público de capitalização art. 10º
nº7 (a partir de 2019).

• 3 - No caso de reinvestimento parcial do valor de realização o benefício respeitará apenas à


parte proporcional dos ganhos correspondentes ao valor reinvestido
Exclusão de beneficio por reinvestimento

• Não haverá lugar ao benefício quando

• a) Tratando-se de reinvestimento na aquisição de outro imóvel, o adquirente o não afete à sua


habitação ou do seu agregado familiar, até decorridos doze meses após o reinvestimento;

• b) Nos demais casos (construção por exemplo), o adquirente não requeira a inscrição na matriz do
imóvel ou das alterações decorridos 48 meses desde a data da realização, devendo afetar o imóvel à sua
habitação ou do seu agregado até ao fim do quinto ano seguinte ao da realização;

• C) Se na aquisição do contrato de seguro ou a adesão a um fundo de pensões o reinvestimento não for


efetuado no prazo de seis meses ou se, em qualquer ano, o valor das prestações recebidas
ultrapassarem anualmente 7,5% do valor investido. Neste caso ganho será tributado no ano em que se
conclua o prazo para reinvestimento, ou que seja ultrapassado o referido limite, respetivamente.

• d) O imóvel tenha recebido subsídio dos Estado em mais de 30% do VPT e seja vendido antes de dez
anos.
Situação 21

O contribuinte X vendeu no ano 2021 o seu apartamento onde residia por um


valor de venda de 150 000 €. O apartamento foi comprado pelo preço de 100
000 €. Suponha um coeficiente de desvalorização monetário de 1,05.Não
houve quaisquer outras despesas. Qual o valor da Mais-Valia ?

MV = 150 000 - 100 000 x 1,05 = 45 000 €

Ainda de acordo com o nº 2 do art. 43º, o valor de 45 000 € é reduzido a 50%,


ou seja 22 500 €. Assim temos três hipóteses :

a) Caso o contribuinte não tenha declarado a pretensão de reinvestir o valor de


realização, nos termos do nº 5 do art. 10º, o valor de 22 500 €, deveria ser
englobado com as restantes categorias de rendimento.

b) Caso tenha declarado reinvestir 100% será excluído da tributação.

C) Caso tenha declarado reinvestir X % será tributado em (1-X)x22500.


•79
➢ 22ª Situação – François alienou, em 2021, o prédio que tinha à
renda em Portalegre. Supondo que obteve uma mais-valia de
50.000€, qual o montante que vai ser sujeito?

✓ Resolução 22 – A mais-valia em questão fica sujeita pelo montante


de 50.000€. Na medida em que a redução prevista no art.º 43º, n.º
2, não se aplica a não residentes em TN.

•80
➢ 23ª Situação – Jorge e Beatriz, por 150.000€ e 4 anos após a
compra, alienaram em 2021 a casa que haviam comprado em 2002,
por 100.000€. Após a venda, amortizaram o que restava do
empréstimo que tinham contraído para a sua aquisição, no valor de
30.000€. No mesmo ano adquiriram novo imóvel para habitação
própria e permanente, no valor de 140.000€, com recurso ao
crédito:
1ª hipótese: no montante de 20.000€
2ª hipótese: no montante de 40.000€

•81
✓ Resolução 23–
. cálculo da mais-valia = V realização – (V aquisição x Coef. desv.) =
= 150.000,€ - (100.000€ x 1,07 (art.º 50º)) = 43.000€

. cálculo do valor a reinvestir =


= V realização – amort. empréstimo p/ aquisição imóvel alienado =
= 150.000€ - 30.000€ = 120.000€

. cálculo do valor reinvestido =


1ª hipótese: V compra – V empréstimo contraído =
= 140.000€ - 20.000€ = 120.000€, logo,
120.000€ - 120.000€ = 0€, reinvestimento total.
•82
✓ Resolução 23 (cont.) –
. cálculo do valor reinvestido =
2ª hipótese: V compra – V empréstimo contraído =
= 140.000€ - 40.000€ = 100.000€, logo,
100.000€ - 120.000€ = - 20.000€, por reinvestir.

. cálculo a tributar na 2ª hipótese =


= 100.000€ / 120.000€ = 83,3% - % reinvestida – art.º 10º, n.º 7,
43.000€ x 83,3% = 35.819€ - reinvestimento parcial
Valor sujeito = (43.000€ - 35.819€) x 50% = 3.590,50€

•83
Mais valias mobiliárias

• Conceito de valores mobiliários

– São documentos emitidos por empresas ou outras entidades


que representam direitos e deveres e que podem ser
negociados (comprados vendidos ou trocados)

– Exemplos acções, quotas, títulos de participação, unidades de


participação etc.

•84
Mais valias mobiliárias

Forma de cálculo:
Pela diferença entre o valor de realização e o valor de aquisição, líquidos da
parte qualificada como rendimento de capitais para os casos das al a), b) e c)
do n.º 1 art 10º;

MV = Vr – (Va + Dal)

VR-Valor de Realização
VA-Valor de Aquisição
Dal – despesas de alienação

O saldo das mais valias de partes de capital de micro e pequenas empresas


não cotadas na bolsa de valores, quando positivo, é igualmente considerado
em 50% do seu valo
Tributação :
á taxa autónoma 28% art. 72º nº1 c)
•85
Não residentes isentos art. 27 EBF em regra mas com restrições
Momento da tributação das mais valias

• Regra Geral:
– No momento da prática do facto gerador

– Casos especiais:
• -No caso de compra, venda ou troca presume-se que o
ganho é obtido logo que verificada a tradição ou posse dos
bens ou direitos

• No caso de afectação de bens do património particular para


a actividade empresarial ou profissional o ganho só se
considera obtido no momento de ulterior alienação onerosa
ou de nova transferência para o património geral. Distingue
» Sujeição (afectação)
» Exigibilidade (princípio da realização)
•86
Apuramento das mais/menos valias

• 1 - O valor dos rendimentos qualificados como mais-valias é o correspondente ao saldo apurado entre as
mais-valias e as menos-valias realizadas no mesmo ano.

• 2- O saldo das mais valias imobiliárias , respeitante às transmissões efetuadas por residentes é
tributado:

a) Pela totalidade (100%) quando

a) os imóveis tenham beneficiado de apoio não reembolsável concedido pelo Estado,

b) o valor seja superior a 30% do valor patrimonial tributário do imóvel para efeitos de IMI

c) e estes sejam vendidos antes de decorridos 10 anos sobre a data da sua aquisição.

b) Por 50% da mais nos restantes casos

3- O saldo das mais valias mobiliárias b) do n.º 1 do artigo 10.º, relativo a micro e pequenas empresas

não cotadas nos mercados regulamentado ou não regulamentado da bolsa de valores, quando positivo, é
igualmente considerado em 50% do seu valor
Regras para apuramento do saldo das mais valias

• Valor de realização
• Data de Aquisição
• Valor de aquisição
• Englobamento obrigatório para MV imobiliárias
• Tributação autónoma com opção englobamento para as mobiliárias.
• Reporte de saldo negativo
• Cinco anos para as imobiliária art. 55º nº1 c)
• Cinco anos para a mobiliarias art. 55º nº1 d)

•88
Valor de Realização

• Conforme art. 44º:


– Regra geral
• Contraprestação obtida

– Casos especiais:
• No caso de troca o valor dos bens recebidos acrescido de
eventual recebimento ou deduzido de eventual pagamento
em dinheiro

• Na expropriação é o valor de indemnização

• Actos de Afectação inter patrimonial o valor de mercado

• No caso de bens imóveis prevalece o valor subjacente á


•89
liquidação de IMT se superior
Data de Aquisição

Conforme art. 43º nº 6

a) Em regra a data de aquisição

b) No caso de valores mobiliários caso a propriedade tenha sido


adquirida pelo sujeito passivo por incorporação de reservas ou por
substituição daqueles, é a data de aquisição dos valores mobiliários
que lhes deram origem;

c)A data de aquisição de acções resultantes da transformação de


sociedade por quotas em sociedade anónima é a data de aquisição das
quotas que lhes deram origem;

d)Nas permutas de partes de capital, o período de detenção


corresponde ao somatório dos períodos em que foram detidas as
partes de capital entregues e as recebidas em troca.

•90
Valor de aquisição

• De direitos reais sobre imóveis

– A título oneroso art. 46º nº1


• Nos adquiridos Valor que serviu á liquidação do IMT

• Nos construídos Valor do terreno acrescido dos custos de


construção

– A título gratuito art. 45º


• O valor de aquisição corresponde ao considerado para efeitos
de imposto de selo

• No caso de direitos reais sobre imóveis adquiridos por doação


isenta art. 6º al e) o valor de aquisição é o valor patrimonial
constante da matriz até dois anos anteriores á doação.

•91
Valor de aquisição

• De valores mobiliários art. 48º

• No caso de valores mobiliários cotados - o custo documento ou a


menor cotação

• No caso de quotas e valores mobiliários não cotados - custo


documentado ou valor nominal

• Planos de opções - o valor dos bens ou direito á data da atribuição

• De Outros bens e direitos art. 49º

• No caso de propriedade intelectual ou industrial e instrumentos


financeiros derivados art.10 nº1 c) e e) - o preço pago pelo alienante

•92
Correção monetária e despesas conexas

• 1 -A correção monetária art.50º


– A atualização monetária visa excluir da tributação as mais valias
nominais

• 2-Despesas Conexas art. 51º


– Ao valor de aquisição acrescem :
• Encargos de valorização últimos 12 anos
• Despesas de aquisição e alienação.
• 3 -Despesas Conexas art. 51º referentes a imóvel que tenha beneficiado
de subsidio não reembolsável apenas são dedutíveis na parte que
exceder tal subsidio. Ou seja:

• Subsidio recebido 3000 €


• Despesas com a valorização 5000 €
• Despesas dedutíveis = 5000-3000= 2000
Dedução de Perdas nas mais valias art. 55º

1- Menos valias Imobiliárias, só podem ser reportadas aos cinco anos


seguintes àquele a que respeita e no montante de 50% art. 43º nº2,
deduzindo-se aos rendimentos líquidos da mesma categoria.

2- Menos valias mobiliárias , das operações previstas nas alíneas b),


e), f) e g) do n.º 1 do artigo 10.º, podem ser reportadas para os cinco
anos seguintes, aos rendimentos com a mesma natureza, quando o
sujeito passivo opte pelo englobamento.

3 - Quando a determinação do rendimento for efetuada nos termos dos


artigos 87.º, 88.º ou 89.º-A da lei geral tributária, não há lugar à
dedução do resultado negativo apurado em qualquer categoria de
rendimentos, sem prejuízo da sua dedução nos anos seguintes, dentro
do período legalmente previsto.

•94
Outros incrementos Patrimoniais

• 1 - Indemnizações :

– De reparação de danos não patrimoniais ou morais (excepto os


fixados judicialmente) (ofensa á honra ou bom nome)

– Danos emergentes não comprovados (renúncia de um contrato)

– Lucros cessantes (por exemplo, não vender um produto por falta


de stock; uma máquina que deixa de produzir por falta de
electricidade; um advogado que tem seu voo trocado e perde a
hora de uma audiência, etc. )

• 2 - Importâncias recebidas por compromissos de não concorrência

• 3 - Acréscimos Patrimoniais não justificados


•95
➢ 26ª Situação – José adquiriu em 2021 um Mercedes XPTO, ligeiro
de passageiros, no valor de 75.000€. A sua D.R.’ s evidencia
15.000€ de rendimentos líquidos. Pode haver aplicação de
Métodos Indirectos ?
✓ Resolução 26 – Sim. Porque, de acordo com a tabela do art.º 89º-A,
da LGT, o rendimento padrão de José é de 37.500€ (50% x
75.000€).

Porque a diferença entre o rendimento padrão e o rendimento


declarado é superior em 30%, há recurso à avaliação indirecta.

Admitindo que não há prova em contrário, nem recurso com


provimento, a imputação na cat. G far-se-á pelo montante de
22.500€ (37.500€ - 15.000€).

•96
Art. 11- Pensões (Categoria H)

Conceito fiscal de pensão

– Corresponde a uma prestação pecuniária periódica que não seja


auferida em razão da prestação de trabalho dependente ou
independente.

•97
Art. 11- Pensões (Categoria H)

► Pensões de aposentação, reforma, velhice, invalidez ou sobrevivência

-Aposentação - Funcionários e agentes civis do Estado

-Reforma - Funcionários e agentes militares do Estado bem como

Trabalhadores em geral

- invalidez ou sobrevivência – Incapacidade para o trabalho ou garantia condições


mínimas por morte de alguém com que tenha vínculo casamento ou filiação

► Pensões de alimentos

Prestações indispensáveis ao sustento

► Prestações de companhias de seguros, fundos de pensões ou outros (complementos de


reforma), que não sejam considerados rendimentos de trabalho dependente

► Outras pensões ou subvenções


Deduções específicas art. 53º

[Nº1] As pensões iguais ou inferiores a 4 104 por titular deduzem-se na totalidade.

[Nº2] Se a pensão for superiores ao valor do nº1, a dedução a aplicar é € 4 104 .

[Nº4] Quotizações sindicais são igualmente dedutíveis (sem contrap. p/ desp. saúde,
educação,...), com o limite, por sujeito passivo, de 1% do RBH. Este valor é aceite em
150%.

As contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e para subsistemas legais


de saúde, na parte que exceda 4104

•99
Delimitação negativa da incidência

O IRS não incide sobre art. 12º CIRS:

1- Indemnizações devidas em consequência de lesão corporal, doença ou morte etc ….e danos não-
patrimoniais (excepções previstas na al.b) nº1 artº 9º CIRS

2 -Prémios literários, artísticos ou científicos quando não envolvam a cedência dos direitos de autor e
desde que atribuídos em concurso.

3 -Rendimentos de profissionais de espetáculo ou desportistas tributados em IRC.

4- Subsídios p/ manutenção ou despesas extraordinárias de Centros Reg. Seg. Social, SCML ou IPSS em
serviço social.

5 -Bolsas desportivas atribuídas por entidades oficiais, como o Ministério que tutela o desporto, as
federações das modalidades, o COP e o CPP. Exceto para estas duas últimas, o limite anual de não
incidência é de 5 vezes o RMMG. Bem como compensações a desportistas juízes e árbitros não
profissionais até ao limite de 2375 €.

6 - Prémios atribuídos a praticantes de alta competição por classificações relevantes em provas


desportivas de elevado prestígio e nível competitivo.

•100
Delimitação negativa da incidência

7 - Incrementos Patrimoniais resultantes de transmissões gratuitas sujeitos a Imposto do Selo, bem como os
que se encontram expressamente previstos nas normas de delimitação negativa do I.S.

8 - Exclusão de tributação para estudantes até cinco vezes o IAS (5 x 438,81* =


2194,05 ) em relação aos rendimentos que respeitem as seguintes condições:

• • a) Sejam auferidos por estudantes considerados dependentes;


• • b) Que frequentem estabelecimento de ensino integrado no sistema nacional de
educação ou reconhecido como tendo fins análogos pelos ministérios competentes;
• • c) Que se enquadrem na categoria A ou na categoria B como prestações de serviços,
incluindo atos isolados.

• * IAS de 2021.Para 2022 é de 443,20 €

•101
Englobamento
• Conceito e regra Geral art. 22 nº1 e 2.

• 1 - Consiste na operação aritmética de somar os rendimentos das diversas categorias


.
• 2- No caso de Contitularidade, o englobamento faz-se nos seguintes termos:

• a) Nos rendimentos da categoria B, cada contitular engloba a parte do rendimento liquido


que lhe couber, na proporção das respetivas quotas;

• b) Tratando-se de rendimentos das restantes categorias, cada contitular engloba os


rendimentos ilíquidos e as deduções legalmente admitidas, na proporção das respetivas
quotas.

• 3 - Não são englobados para efeitos da sua tributação:


• a) Os rendimentos auferidos por sujeitos passivos não residentes em território português,
sem prejuízo do disposto nos n.ºs 13 e 15 do artigo 72.º;

• b) Os rendimentos referidos nos artigos 71.º e 72.º º auferidos por residentes em território
•102 português, sem prejuízo da opção pelo englobamento e do englobamento obrigatório neles
previsto.
Englobamento
• 1- Ainda que não englobados para efeito da sua tributação, são sempre incluídos para efeito
de determinação da taxa a aplicar aos restantes rendimentos, os rendimentos isentos, quando
a lei imponha o respectivo englobamento

• 2- Quando o sujeito passivo exerça a opção de englobamento fica, por esse facto,
obrigado a englobar a totalidade dos rendimentos da mesma categoria de rendimentos

• 3 -Quando o sujeito passivo aufira rendimentos que dêem direito a crédito de imposto por
dupla tributação internacional artigo 81.º, os correspondentes rendimentos devem ser
considerados pelas respetivas importâncias ilíquidas dos impostos sobre o rendimento pagos
no estrangeiro

• 4 - Quando a lei imponha o englobamento de rendimentos isentos temos:

• a) Os rendimentos isentos são considerados, sem deduções, para determinar as taxas a


aplicar ao restante rendimento coletável;

• b) Quando seja de aplicar o disposto no artigo 69.º, o quociente da divisão por 2 dos
rendimentos isentos é imputado proporcionalmente à fracção de rendimento a que
•103
corresponde a taxa média e a taxa normal.
Englobamentos de Rendimentos

• Os rendimentos de dependentes com guarda conjunta (n.º 9 do artigo 13.º) , devem


os mesmos ser incluídos:

• a) pela totalidade no agregado em que se integram ou

• b) Ser divididos em partes iguais a incluir, respetivamente, em cada uma das


declarações dos sujeitos passivos, em caso de residência alternada estabelecida em
acordo de regulação do exercício das responsabilidades parentais em vigor no último
dia do ano a que o imposto respeita.

• C) Neste último caso de residência alternada, devem os sujeitos passivos, comunicar


no Portal das Finanças, até 15 de fevereiro do ano seguinte àquele a que o imposto
respeita, a existência de residência alternada prevista no referido acordo de
responsabilidade parentais.
•104
Art. 55º Comunicabilidade das perdas
(síntese)
• 1 – O resultado líquido negativo em qualquer categoria só é dedutível aos seus resultados líquidos
positivos da mesma categoria nos anos seguintes:

• a) O resultado líquido negativo apurado na categoria B só pode ser reportado, de harmonia com a parte
aplicável do artigo 52.º do Código do IRC, aos 12 anos seguintes àquele a que respeita;

• b) O resultado líquido negativo apurado em determinado ano na categoria F só pode ser reportado aos
seis anos seguintes àquele a que respeita;

• c) As menos valias imobiliárias (n.º 2 do artigo 43.º) só pode ser reportada aos cinco anos seguintes
àquele a que respeita;
• d) As menos valias mobiliárias (alineas b), c), e), f), g) e h) do n.º 1 do artigo 10.º, pode ser reportado
para os cinco anos seguintes quando o sujeito passivo opte opte ou seja obrigado a englobar esses
rendimentos.

• 2- Ao rendimento tributável, determinado no âmbito do regime simplificado, podem ser deduzidos


os prejuízos fiscais apurados em períodos anteriores àquele em que se iniciar a aplicação do regime.

• 3 - Quando a determinação do rendimento for efetuada nos termos dos artigos 87.º, 88.º ou 89.º-A da lei
geral tributária, não há lugar à dedução do resultado negativo apurado em qualquer categoria de
rendimentos.
•6
Abatimentos

Artigo 56.º-A - Sujeitos passivos com deficiência

1 - Os rendimentos brutos de cada uma das categorias A, B e H


auferidos por sujeitos passivos com deficiência são considerados, da
seguinte forma:
a) Apenas por 85% nos casos das categorias A e B;
b) Apenas por 90% no caso da categoria H

2 - A parte do rendimento excluída de tributação não pode exceder,


por categoria de rendimentos, € 2.500.
➢ O Sr. João tem uma pensão mensal de 950€, como em resultado da
junta médica a que foi submetido no passado mês de Julho, lhe foi
atribuído um grau de invalidez de 69%, pretende saber qual o
valor do rendimento líquido a englobar no final do ano?

✓ Resolução
1º - remunerações do ano 2021 = 950€ x 14 = 13.300,00€
2º -% rendimento isento 2021= 13.300€ x 10%* = 1 330,00€
3º - rendimento a englobar no ano de 2021 = 11 970,00€
4º - dedução especifica do ano de 2021 = 4 104,00€
5º - rendimento liquido a englobar no ano 2021 = 7.866,€
•107 * art. 56º tributação de 90% com limite de 2500 €.Está dentro do limite.
Processo de determinação do rendimento
colectável

- Declaração de rendimentos art. 57º

Declaração Modelo 3 e Anexos

Situações de contitularidade da cat.B incumbe ao administrador apresentar a declaração


mencionando os restantes contitulares Anexo I

Declaração de reinvestimento sendo caso disso

Sempre que, no mesmo ano, o sujeito passivo tenha, em Portugal, dois estatutos de residência,
deve proceder à entrega de uma declaração de rendimentos relativa a cada um deles.

•108
Declaração Modelo 3 e Anexos

• Rosto – Declaração Mod 3


• Anexo A - rendimentos do trabalho dependente e de pensões;
• Anexo B - rendimentos empresariais e profissionais de sujeitos passivos abrangidos pelo
regime simplificado ou que tenham praticado atos isolados;
• Anexo C - rendimentos empresariais e profissionais de sujeitos passivos tributados com
base na contabilidade organizada;
• Anexo D - imputação de rendimentos de entidades sujeitas ao regime de transparência
fiscal e de heranças indivisas;
• Anexo E - rendimentos de capitais;
• Anexo F - rendimentos prediais;
• Anexo G - mais-valias e outros incrementos patrimoniais;
• Anexo G1 - mais-valias não tributadas;
• Anexo H - benefícios fiscais e deduções;
• Anexo I - rendimentos de heranças indivisas;
• Anexo J - rendimentos obtidos no estrangeiro;
• Anexo L - rendimentos obtidos por residentes não habituais;
• Anexo SS - Anexo SS - Segurança Social de trabalhadores independentes
•109
Dispensa de declaração art. 58º
• 1 - Dispensa
• a) Apenas tenham Rendimentos tributados pelas taxas previstas no artigo 71.º e
não optem, quando legalmente permitido, pelo seu englobamento;
• b) Rendimentos de trabalho dependente ou pensões, desde que o montante total
desses rendimentos seja igual ou inferior a € 8.500
• c) Aufiram subsídios ou subvenções no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC)
de montante anual inferior a quatro vezes o valor do IAS, e rendimentos tributados
pelas taxas liberatórias e trabalho dependente ou pensões cujo montante não
exceda, isolada ou cumulativamente, € 4.104;
• d) Atos isolados cujo montante anual seja inferior a quatro vezes o valor do IAS,
desde que não aufiram outros rendimentos ou apenas aufiram rendimentos de
taxas liberatórias.
• 2- Não dispensa
• a) Optem pela tributação conjunta;
• b) Aufiram rendas temporárias e vitalícias que não se destinam ao pagamento de
pensões enquadráveis nas alíneas a), b) ou c) do n.º 1 do artigo 11.º;
• c) Aufiram rendimentos em espécie;
• d) Aufiram rendimentos de pensões de alimentos a que se refere o n.º 5 do artigo
Declaração Automática 58º - A
• 1 - Autoridade Tributária e Aduaneira, tendo por base os elementos informativos relevantes de
que disponha, disponibiliza no Portal das Finanças:
• a) Uma declaração de rendimentos provisória por cada regime de tributação, separada e
conjunta quando aplicável,
• b) A correspondente liquidação provisória do imposto; e
• c) Os elementos que serviram de base ao cálculo das deduções à coleta.

• 2 - A - declaração automática de rendimentos aplica-se aos contribuintes que preencham


cumulativamente as seguintes condições a definir por decreto regulamentar art. 58-A nº8:

• a) Apenas tenham auferido rendimentos do trabalho dependente ou de pensões ( com exclusão de pensões
de alimentos), bem como de rendimentos previstas no artigo 71.º do Código do IRS e não englobem se
permitido;
• b) Obtenham rendimentos apenas em território português, cuja entidade devedora ou pagadora esteja
obrigada à comunicação de rendimentos e retenções prevista no artigo 119.º do Código do IRS;
• c) Não aufiram gratificações previstas na alínea g) do n.º 3 do artigo 2.º do Código do IRS;
• d) Sejam considerados residentes durante a totalidade do ano a que o imposto respeita;
• e) Não detenham o estatuto de residente não habitual;
• f) Não usufruam de benefícios fiscais, exceto os relativos à dedução à coleta do IRS por valores aplicados
em planos de poupança-reforma e ao regime do mecenato
• g) Não tenham pago pensões de alimentos;
• h) Não tenham deduções relativas a ascendentes;
Artigo 59.º - Tributação de casados e de unidos de
facto

1 - Na tributação separada cada um dos cônjuges ou dos unidos de facto, caso não
esteja de tal dispensado:,

a) Apresenta uma declaração da qual constam os rendimentos de que é titular


b) Declara 50% dos rendimentos dos dependentes que integram o agregado.

2- Na tributação conjunta

a) Os cônjuges ou os unidos de facto apresentam uma declaração da qual consta a


totalidade dos rendimentos obtidos por todos os membros que integram o agregado
familiar;
b) Ambos os cônjuges ou unidos de facto devem exercer a opção na declaração de
rendimentos;
c) A opção só é considerada se exercida dentro dos prazos sendo válida apenas para o
ano em questão
d) Tendo a opção sido exercida dentro de prazo, nos termos da alínea anterior, a
mesma pode ser mantida ainda que seja apresentada declaração de substituição fora de
prazo.
Prazos art. 60º
• A declaração modelo 3 é entregue conforme art. 60º CIRS:

• a) O prazo de entrega do IRS é único, entre 1 de abril e 30 junho, art. 60º


nº1.

• b) A declaração é ainda apresentada nos 30 dias imediatos à ocorrência


de qualquer facto que determine alteração dos rendimentos já declarados
ou implique, relativamente a anos anteriores obrigação de os declarar.

•113
Artigo 63.º - Agregado familiar
• 1 - Se, durante o ano tiver falecido um dos cônjuges, o cônjuge sobrevivo, não separado de
facto, deve proceder ao cumprimento das obrigações declarativas de cada um deles, podendo
optar pela tributação conjunta
• 2 - Se durante o ano a que o imposto respeite se constituir o agregado familiar ou se dissolver
por declaração de nulidade ou anulação do casamento, por divórcio ou por separação judicial
de pessoas e bens, a tributação dos sujeitos passivos é feita de harmonia com o seu estado
civil em 31 de dezembro, nos termos seguintes:

• a) Se forem divorciados ou separados judicialmente de pessoas e bens, devem englobar os


rendimentos próprios e a sua parte nos rendimentos comuns
• b) Se forem casados, não separados judicialmente de pessoas e bens, e optarem pela
tributação conjunta, devem ser englobados todos os rendimentos próprios de cada um dos
cônjuges e os rendimentos comuns.

• 3 - Se em 31 de Dezembro se encontrar interrompida a sociedade conjugal por separação


de facto, cada um dos cônjuges engloba os seus rendimentos próprios, a sua parte nos
rendimentos comuns.

• 4- Falecimento de titular de rendimentos art. 64º, - rendimentos de bens transmitidos em


consequência de falecimento e obtidos posteriormente á data do mesmo são imputados aos
herdeiros na proporção das quotas
Taxas e Liquidação

• Taxa é um elemento da norma tributária que determina


o “quantum” do imposto. No IRS temos:

– Taxas gerais
– Taxa adicional de solidariedade
– Taxas liberatórias
– Taxas Especiais
– Taxas de tributação autónoma

• Liquidação corresponde à aplicação da taxa ao


rendimento coletável
•115
Taxas Gerais – Englobamento art. 68º
Ano 2022

Taxas (percentagem)
Rendimento coletável
Normal Média

(A) (B)
Até 7116 14,50 14,500

De mais de 7116 até 10736 23,00 17,366

De mais de 10736 até 15216 26,50 20,055

De mais de 15216 até 19696 28,50 21,976

De mais de 19696 até 25076 35,00 24,770

De mais de 25076 até 36757 37,00 28,657

De mais de 36757 até 48033 43,50 32,141

De mais de 48033 até 75009 45,00 36,766

Superior a 75009 48,00

O quantitativo do rendimento coletável, quando superior a € 7116, é dividido em


duas partes, nos seguintes termos: uma, igual ao limite do maior dos escalões que
nele couber, à qual se aplica a taxa da coluna B correspondente a esse escalão;
outra, igual ao excedente, a que se aplica a taxa da coluna A respeitante ao escalão
imediatamente superior
Taxas Gerais – Tabela prática
Ano 2020 e 2021

Alternativa de cálculo
Rendimento coletável Taxa normal Taxa média
com a parcela a abater (€)

até € 7.116 14,50% 14,50% -

Mais de € 7.116 até € 10.736 23,00% 17,366% 604,86 €

Mais de € 10.736 até € 15.216 26,50% 20,055% 980,62 €

Mais de € 15.216 até € 19.696 28,50% 21,976% 1.284,99 €

Mais de € 19.696 até € 25.076 35,00% 24,770% 2.565,21 €

Mais de € 25.076 até € 36.757 37,00% 28,657% 3.066,79 €

Mais de € 37.757 até € 48.033 43,50% 32,141% 5.455,84 €

Mais de € 48.033 até € 75.009 45,00% 36,766% 6.176,56 €

Superior a € 75.009 48,00% - 8.426,51 €


Calculo da coleta (cont)

Método de cálculo

1 - Sujeitos Passivos casados ou unidos de facto- Tributação conjunta

1.1- Cálculo da coleta pela aplicação do Artº 68º:


Divide em duas partes:

(1ª Valor do limite do escalão anterior a que aplica a taxa média (coluna B)
+
2ª Excedente (Rendimento coletável /2 – limite superior do escalão anterior) a
que aplica a taxa Normal do escalão (Coluna A) ) x 2

1.2 - Calculo da coleta pela aplicação da tabela prática:

((Rendimento coletável /2) x Taxa normal do escalão – Parcela a abater)x2


•118
Calculo da coleta (cont)

3 - Sujeitos Passivos Não Casados

3.1- Cálculo da coleta pela aplicação do Artº 68º:


Divide em duas partes:

(1ª Valor do limite do escalão anterior a que aplica a taxa média (coluna B)
+
2ª Excedente (Rendimento coletável a que aplica a taxa Normal do escalão
(Coluna A))

3.2 - Calculo da coleta pela aplicação da tabela prática:

((Rendimento coletável x Taxa normal do escalão – Parcela a abater)

•119
Exemplo de aplicação ano 2021

1º Exemplo Residente no Continente, S.P. não casado


1.1 Tabela do código art. 68º

Rendimento Líquido Colectável = 35.421,86 >>>>6º escalão

Maior dos escalões contidos -> 5º escalão limite 25 076

35.421,86 – 25076 = 10 345,86

25 076x 24,77% = 6 211,33


10 345,86x 37% = 3 827,97
Total 10 039,30

1.2 Tabela prática

35421,86 x37% - 3066,79 =10 039,30

Obteve-se assim o mesmo resultado por ambos os métodos


Taxa Adicional de solidariedade

Artigo 68.º-A - Taxa Adicional de solidariedade

O quantitativo da parte do rendimento coletável que exceda € 80.000, quando superior a €


250.000, é dividido em duas partes: uma, igual a € 170.000, à qual se aplica a taxa de 2,5%; outra,
igual ao rendimento coletável que exceda € 250.000, à qual se aplica a taxa de 5%.

Taxas
Rendimento coletável (euros)
(percentagem)
De mais de 80 000 até 250 000 2,5
Superior a 250 000 5

•121
Mínimo de existência art. 70º
• 1 – Da aplicação das taxas estabelecidas no artigo 68.º não pode resultar, para os titulares de
rendimentos predominantemente originados em trabalho dependente, em atividades previstas
na tabela aprovada no anexo à Portaria n.º 1011/2001, de 21 de agosto, com exceção do
código 15, ou em pensões, a disponibilidade de um rendimento líquido de imposto inferior a 1,5
x 14 x (valor do IAS=438,81 ) = 9215,01 €. O IAS para 2021 é de 438,81

• Mas o nº4 do art. 70º diz que o valor assim resultante, não pode ser inferior ao ordenado
mínimo, que em 2021 é de 665 € por mês, logo 665x14=9310 anual logo considera-se este
valor.
• Exemplo I - Um rendimento auferido em 2021 no montante 9500 € da categoria A

• A colecta é (9500- 4104) x 14,5%=782,42

• Rendimento Líquido 9500 – 782,42 =8 717,58


• Valor mínimo Rendimento Liquido a manter é 9310 € logo a
• Correção de coleta 9310 – 8717,58 =592,42 €
• Colecta final de IRS = 782,42- 592,42 = 190 €
Mínimo de existência art. 70º
• 2 - Não são aplicadas as taxas estabelecidas no artigo 68.º:
• a) Se rendimento igual ou inferior a € 11 320 e houver três ou quatro dependentes;
• b) Se rendimento igual ou inferior a € 15560 e houver cinco ou mais dependentes.

• 3- Nos casados e unidos de facto, caso não optem pela tributação conjunta, os valores
referidos no número anterior são reduzidos para metade, por sujeito passivo.

• 4 – Existe uma salvaguarda desde 2018 segundo a qual o valor de rendimento líquido de
imposto não pode, por titular, ser inferior ao valor anual da retribuição mínima mensal.

• Exemplo II

• Supondo que o salário mínimo tinha subido para € 650 e que a IAS se mantinha em € 428,90 ,
o mínimo de existência seria € 9006,90 e o salário mínimo anual seria € 9100. Se não existisse
este mecanismo de salvaguarda, o contribuinte teria de pagar IRS sobre os € 93,10
de diferença entre o salário mínimo e o mínimo de existência do IRS.
•Artigo 71.º - Taxas liberatórias
•1 - Estão sujeitos a retenção na fonte a título definitivo, à taxa liberatória de 28%:

•a) Os rendimentos de capitais obtidos em território português, por residentes ou não residentes,

•b) Os rendimentos de valores mobiliários pagos ou colocados à disposição dos respetivos titulares,
residentes em território português, devidos por entidades que não tenham aqui domicílio a que possa
imputar-se o pagamento, por intermédio de entidades que estejam mandatadas por devedores ou titulares ou
ajam por conta de uns ou outros (ex. dividendos distribuídos REN - Espanha).

•2 - Estão sujeitos a retenção na fonte a título definitivo, à taxa liberatória de 25%, os seguintes rendimentos
obtidos em território português por não residentes:

•a) Os rendimentos do trabalho dependente e todos os rendimentos empresariais e profissionais, ainda que
decorrentes de atos isolados;

•b) Os rendimentos de capitais – Direitos propriedade intelectual e cedência de uso equipamentos

•c) As pensões;

•d) Os incrementos patrimoniais – indemnizações por danos não patrimoniais e assunção de não
concorrência .
•Artigo 71.º - Taxas liberatórias
5- Aos rendimentos de trabalho dependente e empresarial mensalmente pagos ou colocados à disposição
dos respetivos titulares não residentes não é aplicada qualquer retenção na fonte até ao valor da retribuição
mínima mensal garantida, quando os mesmos resultem de trabalho ou serviços prestados a uma única
entidade, aplicando-se a taxa aí prevista à parte que exceda esse valor. (A partir 2019).

6 - O titular dos rendimentos deve comunicar à entidade devedora, através de declaração escrita, que não
auferiu ou aufere o mesmo tipo de rendimentos de outras entidades residentes em território português ou de
estabelecimentos estáveis de entidades não residentes neste território.

7- As taxas previstas nos números anteriores incidem sobre os rendimentos ilíquidos, excepto no que se
refere às pensões, as quais beneficiam da dedução prevista no artigo 53.º, sem prejuízo do que se disponha
na lei, designadamente no Estatuto dos Benefícios Fiscais.

•8 - Os rendimentos de capitais podem ser englobados para efeitos da sua tributação, por opção dos
respetivos titulares, residentes em território nacional, desde que obtidos fora do âmbito do exercício
de atividades empresariais e profissionais
FISCALIDADE EMPRESARIAL

• Taxas Especiais art. 72º


•1 - São tributados à taxa autónoma de 28%:

•a) As mais-valias imobiliárias e direitos conexos auferidas por não residentes em


território português que não sejam imputáveis a estabelecimento estável nele situado;

•b) Outros rendimentos auferidos por não residentes em território português que não
sejam imputáveis a estabelecimento estável nele situado e que não sejam sujeitos a retenção
na fonte às taxas liberatórias]

•c) O saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias mobiliárias ;

•d) Os rendimentos de capitais não sujeitos a retenção na fonte á taxa Liberatória

•e) Os rendimentos prediais.

•2- Contratos de arrendamento de prazo variável podem ver reduzida a taxa de 28% entre
2 p.p e 18 p.p em função do prazo dos contratos . Art. 72º nº 2 a 5 . Apenas a partir de
2019.
•126
FISCALIDADE EMPRESARIAL

• Taxas Especiais art. 72º (cont)


•3 - São tributados autonomamente à taxa de 25% rendimentos imputáveis a estabelecimento
estável e ainda rendimentos de trabalho e pensões quando não sujeitos a retenção na fonte
auferidos por não residentes.

•4 - As gratificações auferidas pela prestação ou em razão da prestação de trabalho, quando não


atribuídas pela entidade patronal a 10%

•5- As pensões de alimentos, quando enquadráveis no artigo 83.º-A, são tributadas


autonomamente à taxa de 20%.

•6 - Rendimentos de residentes não habituais das categorias A e B auferidos em atividades de


elevado valor acrescentado, com carácter científico, artístico ou técnico, são tributados à taxa de
20% . Caso se trate de pensões (categoria H) a tributação é de 10%.

•7) Existe a opção de ENGLOBAMENTO para os residentes, nas mais valias, capitais e
prediais pensões de alimentos.

•127
FISCALIDADE EMPRESARIAL

• Taxas especiais
•1 - Os residentes noutro Estado membro da União Europeia ou EEE Espaço Económico Europeu,
com rendimentos tributados neste artº 72º podem optar, pela aplicação das taxas previstas no art.
68º .Nesse caso deverão ser adicionados os rendimentos obtidos fora do território nacional para
efeito de calculo da taxa aplicável.

•2 - Os acréscimos patrimoniais não justificados de valor superior a € 100.000, são tributados à


taxa especial de 60%.

•3 - São tributados autonomamente à taxa de 35%:

•a) Os rendimentos de capitais, devidos por entidades não residentes sem estabelecimento
estável em território português, que sejam domiciliadas em paraísos fiscais.

•b) Mais valias em títulos de dívida e unidades de participação cujo emitente seja entidade não
residente sem estabelecimento estável em território português, que seja domiciliada em paraíso
fiscal.

•c) Mais valias imobiliárias obtidas por residentes em paraísos fiscais

•128 •
Carga Fiscal e dia da “Libertação fiscal”

Exemplo: Sujeito passivo solteiro com rendimento coletável de €350 000

Coleta – artigo 68.º


RL = 350 000 –0,11x €350 000 = 311 500
[(€ 350 000 –0,11x €350 000)- 75009] x 48% + 75009*0,36766% = 141 093,50

Taxa Adicional de solidariedade art. 68º A

(€ 250 000 – 80 000) x 2,5% = €170000 x 2,5% = 4 250


(€ 311 500 – €250 00) x 5% = € 61500 x 5% = 3 075
Total da taxa de solidariedade: 4250 + 3075 = 7 325€

•129
FISCALIDADE EMPRESARIAL

Carga Fiscal e dia da “Libertação fiscal”

Rendimento bruto €350 000

TSU € 38 500

IRS (base) € 141 093,50

Taxa de solidariedade € 7 325

Total de impostos 186 918,50

Rendimento líquido € 163 081,50

Taxa global = (186 918,5/350 000)=53,4% ou seja a carga fiscal

N.º de dias de trabalho “social” = 195 a partir do dia 196º “ está


liberto de imposto”
•130
Taxas de Tributação Autónoma Artº 73º
• I - Regime de contabilidade organizada

• 1 - Despesas não documentadas no âmbito da categoria e regime de contabilidade


organizada são tributadas autonomamente à taxa de 50%.

• 2- Os encargos dedutíveis relativos a despesas de representação e de viaturas ligeiras de


passageiros
– a) Viatura cujo custo de aquisição seja inferior a € 20 000, motos e motociclos, à taxa de
10%;
• b) Viatura cujo custo de aquisição seja igual ou superior a € 20 000, à taxa de 20%.

• 3- Ajudas de custo e com compensação pela deslocação em viatura própria do trabalhador ao
serviço da entidade patronal, não facturadas a clientes, exceto se foram tributadas no IRS do
beneficiário. Tributação Autónoma de 5%

• 4 - 35% x Pagamentos a entidades localizadas em paraísos fiscais


Taxas de Tributação Autónoma Artº 73º

• II - Regime simplificado

• 1- Tributação autónoma Não se aplica nº 8 art. 73º

a)Aos encargos com viaturas, representação


b)Ajudas de custo e KM em viatura própria.

• 2 – Tributação autónoma aplica-se apenas:

• As despesas confidenciais nº1 art. 73º

• Pagamentos a entidades localizadas em paraísos fiscais nº6 art. 73º

• • Estas tributações autónomas acrescem ao valor obtido após aplicação das taxas do Artº
68º CIRS, obtendo-se, então, o valor final da Coleta.

•132
Competência e procedimentos de liquidação
• A liquidação do IRS compete à Direcção-Geral dos Impostos art. 75º

• 1-A liquidação do IRS processa-se nos termos seguintes art. 76º :

• a)Tendo sido apresentada a declaração até 30 dias após o termo do prazo legal, a liquidação
tem por objeto o rendimento coletável declarado

• b)Não tendo sido apresentada declaração, a liquidação tem por base os elementos de que a
Direcção-Geral dos Impostos disponha;

• c)Sendo superior aos disponíveis pela A.T considera-se a totalidade do rendimento líquido da
categoria B obtido pelo titular do rendimento no ano mais próximo que se encontre
determinado.
Prazos de Liquidação art. 77º

• Até 31 de Julho, com base na declaração apresentada


nos prazos referidos no n.º 1 do artigo 60.º;

• Até 30 de Novembro, no caso previsto na alínea b) do


n.º 1 do artigo 76.º

•134
Deduções à colecta art. 78º
• Natureza familiar nº1 art. 78º
• a) Aos dependentes e aos ascendentes que vivam em comunhão de habitação
• b) Às despesas gerais familiares;
• c) Às despesas de saúde e com seguros de saúde;
• d) Às despesas de educação e formação;
• e) Aos encargos com imóveis;
• f) Às importâncias respeitantes a pensões de alimentos;
• g) À exigência de fatura;
• h) Aos encargos com lares;
• i) Às pessoas com deficiência; ]
• j) À dupla tributação internacional;
• k) Aos benefícios fiscais. ;
• l) Ao adicional ao imposto municipal sobre imóveis

• Deduções de natureza financeira nº2 art.78º


• ► Pagamentos por conta
• ► Retenções na Fonte.
• ► Apenas os pagamentos por conta e retenções na fonte podem originar reembolso no caso
da coleta ser inferior ás restantes deduções á coleta
FISCALIDADE EMPRESARIAL

• Deduções à colecta art. 78º (cont


As deduções em geral só podem ser realizadas:

a) Mediante a identificação fiscal dos dependentes, ascendentes, colaterais ou


beneficiários

b) As deduções só são aceites com documentos comunicados pelos emitentes à


Autoridade Tributária e Aduaneira tais como:

•i) Fatura, fatura-recibo ou recibo, emitidos nos termos do Código do IVA

•ii) Outro documento, quando o fornecedor dos bens ou prestador dos serviços esteja
dispensado daquelas obrigações.
.

•136
Deduções à colecta art. 78º (cont )
• Limites:
• A soma das deduções à coleta previstas nas alíneas c) a h) e k) do n.º 1 não pode exceder,
por agregado familiar:
• a) Para contribuintes que, depois de aplicado os divisores previstos no artigo 69.º, tenham um
rendimento coletável inferior a € 7116, sem limite;
• b) Para contribuintes que, depois de aplicado os divisores previstos no artigo 69.º, tenham um
rendimento coletável superior a € 7116 e inferior a € 75009, o limite resultante da aplicação da
seguinte fórmula:

• € 1.000 + [(€ 2.500 - € 1.000) x [valor mínimo 1º escalão art. 68ºA - Rendimento Coletável]/
• (valor mínimo 1º escalão art. 68ºA - valor do primeiro escalão art. 68)
• Ou seja:
• € 1.000 + (€ 2.500 - € 1.000) x (80000 - Rendimento Coletável) / (80000 - € 7116)

• c) Para contribuintes que, depois de aplicado os divisores previstos no artigo 69.º, tenham um
rendimento coletável superior a € 80000, o montante de € 1.000.

• c) Majoração para os agregados com três ou mais dependentes a seu cargo, os limites
previstos no número anterior são aumentados em 5% por cada dependente ou afilhado civil
que não seja sujeito passivo do IRS.
Artigo 78.º-A - Deduções dos dependentes e
ascendentes
• a) Por cada dependente, o montante fixo de € 600;

• No caso de haver separação do casal e houver responsabilidade parental conjunta e a


residência alternada a dedução é de 300 € para cada sujeito passivo.

• b) Por cada ascendente que viva efetivamente em comunhão de habitação com o


sujeito passivo, o montante fixo de € 525.

• Majoração por dependentes temos:

• a) Acréscimo de 126 € se houver apenas um dependente que não ultrapasse três anos
idade e 63 € caso haja separação com residência alternada ; ou
• b) Acresce € 300,00 e € 150,00 respetivamente para o 2º e seguintes dependentes
naquelas condições (não ultrapasse 3 anos idade)
• Ou seja, a dedução com dois dependentes com menos de três anos é de € 726,00
(600,00 + 126,00) mais € 900,00 (600,00 + 300,00) .
• c)Se os dependentes tiverem entre 4 a 6 anos o acréscimo é de 175 € e 75 €
respetivamente para o 2º e seguintes
• Majoração por ascendentes temos
• b) € 110 no caso de existir apenas um ascendente.
Artigo 78.º-B - Dedução das despesas gerais
familiares
• 1- À coleta do IRS devido pelos sujeitos passivos é dedutível um montante correspondente
a 35% do valor suportado por qualquer membro do agregado familiar, com o limite global
de € 250 para cada sujeito passivo de despesas comunicadas ou emitidas no portal das
finanças, enquadradas em qualquer sector de actividade, excluindo as de saúde,
educação e imóveis

• 2 - A dedução à coleta opera no ano em que as faturas foram emitidas e comunicadas


á AT.

• 3- Faturas devem conter o seu número de identificação fiscal .

• 4 - As faturas titulam aquisições efetuadas fora do âmbito da sua atividade


empresarial ou profissional.

• 5 - O valor das deduções à coleta é apurado pela Autoridade Tributária e Aduaneira com
base nas faturas que lhe forem comunicadas, por via eletrónica, até ao dia 25 de fevereiro
do ano seguinte ao da sua emissão.

• 5 - No caso de famílias monoparentais, a dedução é de 45% do valor suportado por


qualquer membro do agregado familiar, com o limite global de € 335.
Artigo 78.º-C - Dedução de despesas de saúde

• 1 - À coleta do IRS é dedutível um montante correspondente a 15% do valor suportado a


título de despesas de saúde por qualquer membro do agregado familiar, com o limite
global de € 1.000

• 2- Que conste de faturas que titulem prestações de serviços e aquisições de bens, isentos
de IVA ou tributados à taxa reduzida, comunicadas à Autoridade Tributária e
a Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3, CAE - Rev. 3, aprovada
pelo Decreto-Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, nos seguintes setores de atividade:
• i) Secção Q, classe 86 - Atividade de saúde humana;
• ii) Secção G, classe 47730 - Comércio a retalho de produtos farmacêuticos, em estabelecimentos
especializados;
• iii) Secção G, classe 47740 - Comércio a retalho de produtos médicos e ortopédicos, em
estabelecimentos especializados;
• iv) Secção G, Classe 47782 - Comércio a retalho de material ótico em estabelecimentos especializados
• 3 - Que correspondam a prémios de seguros ou contribuições pagas a associações
mutualistas ou a instituições sem fins lucrativos que tenham por objeto a prestação de
cuidados de saúde .
• 4 - Que conste de faturas que titulem prestações de serviços e aquisições de bens,
tributados à taxa normal do IVA, pelos emitentes que estejam enquadrados nos setores de
atividade referidos , desde que devidamente justificados através de receita médica.
• 5- É excluída eventual comparticipação ou reembolso de despesas.
Artigo 78.º-D - Dedução de despesas de formação e educação

• 1 - À coleta do IRS é dedutível um montante correspondente a 30% do valor das despesas de


formação e educação por qualquer membro do agregado familiar, com o limite global de € 800:
• a) Que conste de faturas que titulem prestações de serviços e aquisições de bens, isentos de
IVA ou tributados à taxa reduzida, comunicadas à Autoridade Tributária e
Aduaneira Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3
• i) Secção P, classe 85 - Educação;
• ii) Secção G, classe 47610 - Comércio a retalho de livros, em estabelecimentos
especializados;
• iii) Secção G, Classe 88910 - Atividades de cuidados para crianças, sem alojamento

• b) Refeições escolares fornecida por fornecedor identificado como tal e despesas com
rendas de imóveis com estudantes

• 2 - São ainda dedutíveis nesta rubrica, 30% das despesas com arrendamento de imóveis , com
limite de 300 € que poderá acrescer ao limite de 800 mas com limite de 1000 €. Estas
despesas apenas são elegíveis se o estudante tiver o seu domicilio a uma distância superior a
50 km e as despesas sejam comunicadas.
Artigo 78.º-E - Dedução de encargos com imóveis

• É dedutível á coleta do IRS um montante de 15% do valor suportado por qualquer


membro do agregado familiar:

• a) Rendas até ao limite de € 502 suportadas pelo arrendatário de prédio urbano ou


da sua fração autónoma ao abrigo do NRAU para fins de habitação permanente.

• b) Juros até ao limite de € 296 , de dívidas de habitação , por contratos celebrados


até 31 de dezembro de 2011.
• c) Juros referentes a prestações em contratos de habitação com cooperativas de
habitação, bem como referentes a rendas de contrato de locação financeira,
celebrados até 31 de dezembro de 2011 até ao limite de € 296

• Tais encargos devem constar em faturas que titulem prestações de serviços, isentos
de IVA e comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira enquadradas, de acordo
com a Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3, atividade da
secção L, classe 68200 - Arrendamento de bens imobiliários
Limites aos encargos com imóveis nº 4 e 5
do art. 78º - E
• Os limites nesta rubrica podem ser elevados em função do rendimento:
• 1- Para o arrendamento NRAU
• a) 1º Escalão Rendimento até 7091 pode atingir € 800;
• b) Entre 7091 – 30 000 o limite é o resultante da aplicação da seguinte fórmula:

€( 30.000 - Rendimento Coletável)


• € 502 + (€ 800 - € 502) x
€ 30.000 - valor do primeiro escalão

• 2- Para Juros de Contratos antes de 2011


• a) até 7091 € 450 €
• b) Entre 7091 – 30 000 o limite resultante da aplicação da seguinte fórmula:

€ (30.000 - Rendimento Coletável)


€ 296 + (€ 450 - € 296) x
€ (30.000 - valor do primeiro escalão)
Artigo 78.º-F - Dedução pela exigência de fatura

• 1 - É dedutível á coleta do IRS um montante de 15% do IVA suportado por


qualquer membro do agregado familiar, com o limite global de € 250 por agregado
familiar,

• 2 – As despesas devem constar em faturas comunicadas à Autoridade Tributária e


Aduaneira pelos emitentes que estejam enquadrados, de acordo com a
Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3, CAE - Rev. 3, dos
seguintes setores de atividade:
• a) Secção G, classe 4520 - Manutenção e reparação de veículos automóveis;
• b) Secção G, classe 45402 - Manutenção e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios;
• c) Secção I - Alojamento, restauração e similares, salvo se a fatura já tiver sido considerada para efeitos de
dedução como despesa de educação;
• d) Secção S, classe 9602 - Atividades de salões de cabeleireiro e institutos de beleza.
• e) Secção M, classe 75000 - atividades veterinárias.

• 3- É ainda dedutível nesta rubrica 100% do IVA dos passes mensais do agregado
familiar

• 4 – Esta dedução, pode ser atribuída a igrejas, ONG e outras pessoas coletivas
de utilidade pública a quem se tenha atribuído consignação de 0,5% da quota
do IRS.
Artigo 83.º-A - Importâncias respeitantes a pensões de alimentos

• 1- À coleta devida pelos sujeitos passivos são deduzidas 20% das importâncias
comprovadamente suportadas e não reembolsadas respeitantes a encargos com pensões de
alimentos a que o sujeito esteja obrigado por sentença judicial ou por acordo homologado
nos termos da lei civil. Excepto se o beneficiário fizer parte do agregado familiar ou em
relação ao qual existam as outras deduções previstas no art. 78º.

• 2- A dedução de encargos com pensões de alimentos atribuídas a favor de filhos,


adotados, enteados e afilhados civis, maiores, bem como àqueles que até à maioridade
estiveram sujeitos à tutela apenas se verifica se tiverem menos de 25 anos e rendimento
inferior á RMMG

•145
Artigo 84.º - Encargos com lares

• 1 - É dedutível á coleta do IRS um montante de 25% do valor suportado a título de


encargos com lares, nos termos do presente artigo, com o limite global de € 403,75.

• a) Os encargos devem constar de faturas de bens e serviços isentos de IVA ou


tributados à taxa reduzida, comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira ,
enquadradas, na Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3,
(CAE - Rev. 3), nos seguintes setores de atividade:
• i) Secção Q, Classe 873 - Atividades de apoio social para pessoas idosas e com
deficiência, com alojamento;
• ii) Secção Q, Classe 8810 - Atividades de apoio social para pessoas idosas e com
deficiência, sem alojamento;
• b) Que tenham sido objeto de comunicação

• 2- Esta dedução abrange, apoio domiciliário, lares e instituições de apoio à terceira


idade relativos aos sujeitos passivos, seus dependentes, ascendentes e
colaterais até ao 3.º grau que não possuam rendimentos superiores à retribuição
mínima mensal
Deduções à Colecta (cont)
• [Artº 87º] Dedução relativa às pessoas com deficiência

• [Nº1] São dedutíveis à colecta:


• • 4 x RMMG = € 1.900 por cada sujeito passivo com deficiência;
• • 2,5 x RMMG = € 1 187,50 por cada dependente com deficiência;
• • 2,5 x RMMG = € 1 187,5 por cada ascendente em comunhão de habitação com o
S.P. e que não aufira rendimento>pensão mínima

• [N º2] São igualmente dedutíveis à colecta:

• • 30% das despesas efectuadas com a educação e reabilitação do S.P. ou


dependentes com deficiência sem limite ;
• • 25% dos prémios com seguros de vida em que dependentes deficientes figurem
como primeiros beneficiários, com o limite de 15% da colecta do IRS

• [Nº4] Define pessoa deficiente como aquela com grau de incapacidade permanente
comprovado de 60% ou mais.

• Nº 6) É dedutível à colecta, a título de despesa de acompanhamento, uma


importância igual a quatro vezes o valor do IAS por cada sujeito passivo ou
dependente, cujo grau de invalidez permanente, devidamente comprovado pela
entidade competente, seja igual ou superior a 90%.
•147
O pagamento art. 97º
• 1- O IRS deve ser pago no ano seguinte àquele a que respeitam os rendimentos nos
seguintes prazos:

• a) Até 31 de Agosto, quando a liquidação seja efectuada no prazo previsto na alínea


a) do artigo 77.º (prazo normal da declaração)

• b) Até 31 de Dezembro, quando a liquidação seja efectuada no prazo previsto na


alínea c) do artigo 77.º (não ter havido declaração)

• 2- Não tendo havido declaração (alínea b) do n.º 1 do artigo 76.º) ao imposto são
acrescidos os juros compensatórios que se mostrarem devidos.

• 3- As importâncias efetivamente retidas ou pagas nos termos dos artigos 98.º a 102.º
(Retenções na Fonte e pagamentos por Conta) são deduzidas ao valor do imposto
respeitante ao ano em que ocorreu a retenção ou pagamento.

•148
Retenções na Fonte art. 99º– Categoria A e H

• 1 - São obrigadas a reter o imposto no momento do seu pagamento ou colocação à disposição dos
respetivos titulares as entidades devedoras:

• a) De rendimentos de trabalho dependente, com exceção dos rendimentos em espécie e Gratificações


não atribuídas pela entidade patronal;
• b) De pensões, com exceção das de alimentos.

• 2 - As entidades devedoras são obrigadas a solicitar e os titulares de rendimentos do trabalho


dependente e de pensões obrigados a apresentar os elementos sobre a situação familiar

• 3 - A retenção de IRS é efetuada sobre as remunerações mensalmente pagas ou postas à disposição dos
seus titulares, mediante a aplicação das taxas que lhes correspondam, constantes da respetiva tabela.

• 4- Considera-se remuneração mensal o montante pago a título de remuneração fixa, acrescido de


quaisquer outras importâncias que tenham a natureza de rendimentos de trabalho dependente, tal como
são definidos no artigo 2.º.

•149
Retenções na Fonte – Outras Categorias B, E,
FeG
• Entidades devedoras c/ contabilidade organizada [artº 101º, nº 1] :

• a) 16,5%, tratando-se de rendimentos da categoria B ( propriedade intelectual) e


incrementos patrimoniais, ( indemnizações por danos morais e de assunção de não
concorrência).
• b) 25%, tratando-se de rendimentos decorrentes das atividades profissionais
especificamente previstas na tabela a que se refere o artigo 151.º;- Profissionais
livres
• c) 11,5%, tratando-se de rendimentos da categoria B – Serviços industriais ,
subsídios e actos isolados não compreendidos na alínea anterior.
• d) 20%, tratando-se de rendimentos da categoria B auferidos em atividades de
elevado valor acrescentado, com carácter científico, artístico ou técnico, definidas em
portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças, por residentes
não habituais em território português.
• e) 25% tratando-se de rendimentos da categoria F

• e) Tratando-se de rendimentos referidos no artigo 71.º,- Taxas Liberatórias, a


retenção na fonte será feito ás taxas nele previstas pelas entidades devedoras
dos rendimentos ou as que os coloquem á disposição.
•150
Pagamentos por conta art. 102º
• 1-A titularidade de rendimentos da categoria B determina, para os respectivos sujeitos
passivos, a obrigatoriedade de efectuarem três pagamentos por conta do imposto devido a
final, até ao dia 20 de cada um dos meses de Julho, Setembro e Dezembro.

• 2 - A totalidade dos pagamentos por conta é igual a 76,5% do montante calculado com base na
seguinte fórmula:

• C x RLB- R
• RLT
• C = colecta do penúltimo ano, líquida das deduções a que se refere o n.º 1 do artigo 78.º,
• R= total das retenções efectuadas no penúltimo ano sobre os rendimentos da categoria B;
• RLB = rendimento líquido positivo do penúltimo ano da categoria B;
• RLT = rendimento líquido total do penúltimo ano

• 3- O valor de cada pagamento por conta é o valor assim obtido, divido por três e arredondado
por excesso para euros. Não é exigível se for inferior a € 50.
Limitação aos PPC
• 1 - Cessa a obrigatoriedade dos pagamentos por conta quando:

• a) Os sujeitos passivos verifiquem, que as retenções na fonte acrescidas dos


pagamentos por conta sejam iguais ou superiores ao imposto total que será devido;
• b) Deixem de ser auferidos rendimentos da categoria B
• c) Podem ser reduzidos os PPC pela diferença do IRS final estimado e os PPC já
efetuados

• 2 - Haverá juros compensatórios se se verificar que no final houver mais de 20% de


imposto que deixou de ser entregue
Exemplo ilustrativo
• Suponha o economista Manuel que em 2021 pretende conferir o PPC deste ano que lhe foi
liquidado pela AF.Sabe- se que em relação a 2019 temos a seguinte informação:

• C = 6.740,00
• R = 2 350 00 (retenções apenas da Cat B)
• Cat. RLB = 17.080,00;
• RLT = 26.073,00.

– PPC = 76,5% x [ C x ( RLB / RLT ) – R ]

• PPC= 76,5% x [6.740 x (17.080/26.073) – 2.350] = 1.579,93


• [Nº3] 1.579,93 / 3 = 526,64
• Arredondamos por excesso = € 527,00 (a pagar em Julho, Setembro e Dezembro/2021) até ao
dia 20 desses meses.

• Se o pagamento for inferior a 50, €, não é exigível.

• Admitindo por hipótese que apenas entregou o 1º PPC, mas que veio a verificar-se que deveria
ter entregue 1054, então tal originará juros compensatórios uma vez que deixou de entregar
527 ou seja
••153Entregou menos 50% do que deveria nº6 art. 102º.
Obrigações Fiscais

• DECLARATIVAS

– De Registo

– Periódicas

• DE PAGAMENTO

• CONTABILÍSTICAS

•154
Obrigações Declarativas
De registo - INÍCIO DE ACTIVIDADE

IRS IRC

Categoria B -SSociedades
(Rendimentos Comerciais
Empresarias e -SSociedades Civis
Profissionais) -OOut. Pessoas
IVA Colectivas

(Antes de Iniciar a Actividade)

•155
Obrigações Declarativas
De registo - ALTERAÇÕES
• Sempre que existam alterações nos elementos
já declarados
• A efectuar no prazo de 15 dias
• Situações aplicáveis mais frequentes :

PESSOAS SINGULARES
-Nome
-Morada
-Área de Actividade
-Enquadramento em IVA
(Vol. Negócios)
-Opção Regime de
Tributação (IVA/IRS)
-Opções e definições
relativas à Contabilidade
•156
Obrigações Declarativas

• A apresentar no prazo de 30 dias após a


verificação da cessação

• Pessoas Singulares - Quando encerrar a


actividade

•157
Obrigações Declarativas
PERIÓDICAS - ANUAIS

• IRS – Modelo 3

1 de Abril a 30 de Junho para todos os contribuintes e rendimentos.

• IRS / IRC / IVA / I.S. – Declaração Anual


(Informação Contabilística e Fiscal)
Até 15 de Julho

•158
Obrigações Contabilísticas

ESCRITURAÇÃO

• PESSOAS SINGULARES (CAT. B)
- São obrigadas a possuir Contabilidade Organizada, se não
estiverem no Regime Simplificado de Tributação
- Se estiverem no Regime Simplificado têm que possuir
livros de registo (IVA)

•159
Obrigações Contabilísticas

FACTURAÇÃO

• As pessoas singulares titulares da Categoria B – Rendimentos


Profissionais

• As pessoas colectivas que exerçam actividades de produção,


comércio ou serviços

São obrigadas a emitir factura ou documento equivalente,


nos termos do Artº 36 do Código do IVA

•160

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