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IPGEST
TRABALHO DE FISCALIDADE
Impostos e a Dupla
Tributação
Docente:
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Luanda, 2022
Instituto Politécnico de Gestão, Logistica e Trasportes
IPGEST
TRABALHO DE FISCALIDADE
Impostos e a Dupla
Tributação
Docente:
___________________________
Luanda, 2022
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Índice
Introdução......................................................................................................................... 4
Impostos e Dupla tributação............................................................................................. 5
Dupla Tributação Internacional (DTI).............................................................................. 6
Dupla Tributação em Angola e os ADTs assinados......................................................... 8
Benefícios dos Acordos da dupla Tributação ADT com outros países.......................... 11
Conclusão........................................................................................................................12
Referências Bibliográficas...............................................................................................13
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Introdução
A tributação pode ser realizada pelo país onde a actividade decorreu, onde o
contribuinte é residente, ou onde a entidade produtora de rendimento está situada; e/ou o
país onde as pessoas físicas ou jurídicas obtêm o rendimento, ou onde os proprietários
do activo que produz o rendimento têm a sua residência ou domicílio. Uma ocorrência
pode ser considerada como um evento tributável pelo país onde o rendimento ou sua
propriedade é proveniente (país de fonte), mas igualmente pelo país de residência,
porque o rendimento é acumulado ou a propriedade pertence a um de seus residentes.
Neste Trabalho abordou-se apuradamente sobre os impostos e a dupla tributação anivel
internacional e nacional concretamente em Angola, e seus beneficios.
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Impostos e Dupla tributação
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Dupla Tributação Internacional (DTI)
No mundo existem mais de três mil acordos tributários em vigor, e quase todos
se resumem em dois modelos influentes que são:
Nesta conformidade, e caso não haja coordenação entre Estados por meio, por
exemplo, de um acordo de assistência mútua, podem-se gerar situações de dupla
tributação. Dentre outros, os acordos tributários internacionais prosseguem os seguintes
objectivos:
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i.) Eliminar as barreiras e as infracções transfronteiriças de natureza
tributária que afectam o comércio;
ii.) Fomentar a cooperação entre as administrações tributárias com
objectivo de impedir a fraude e evasão fiscal a nível internacional;
iii.) Contribuir para maximizar a riqueza global e assegurar uma
distribuição equitativa dos recursos;
iv.) Aumentar o fluxo de investimento entre as partes.
Com efeito, percebe-se que a dupla tributação internacional pode ser eliminada,
total ou parcialmente, quando exista um acordo com este objectivo celebrado entre
Angola e o Estado de residência do contribuinte.
Note-se que pode existir a dupla tributação económica que não se confunde com
a dupla tributação jurídica. A dupla tributação económica verifica-se sempre que o
imposto de um Estado seja incidente sobre o mesmo período e rendimento na esfera de
dois sujeitos passivos distintos. O factor de distinção entre a dupla tributação jurídica e
a dupla tributação económica respeita ao aspecto subjectivo, em que a dupla tributação
jurídica respeita ao mesmo sujeito passivo e a dupla tributação económica refere-se a
sujeitos passivos distintos.
Enfim, faz notar que, nos termos destes acordos, podem ser atribuídas
competências exclusivas para tributar determinados rendimentos apenas a um dos
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Estados Contratantes, nomeadamente o Estado de residência ou o Estado fonte dos
rendimentos.
Os Acordos para evitar a Dupla Tributação celebradas por Angola contêm vários
mecanismos a que os contribuintes poderão recorrer para eliminar ou mitigar, total ou
parcialmente, essa dupla tributação internacional.
Uma vez que os não residentes estão sujeitos à IRT, IAC e IPU (rendas) sobre os
rendimentos obtidos em território angolano, serão estes os rendimentos passíveis de
gerar situações de dupla tributação internacional em Angola.
Por exemplo, será este o caso do não residente que aufere um salário pago por
uma empresa sediada em território nacional.
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2- Os rendimentos decorrentes de actividades profissionais e de
outras prestações de serviços (incluindo de carácter científico, artístico, técnico e
de intermediação na celebração de quaisquer contratos), realizadas ou utilizadas
em território angolano, desde que devidos por entidades que tenham residência,
sede direccção efectiva ou estabelecimento estável em Angola a quem deva
imputar-se o pagamento.
Por exemplo, o não residente que aufere juros de um depósito a prazo subscrito
junto de uma instituição de crédito com sede em Angola ou dividendos de uma empresa
sediada em território nacional e em que esses juros não constituam encargo de
estabelecimento estável situado fora deste território relativamente à atividade exercida
por seu intermédio.
Por exemplo, o não residente que recebe rendas pelo arrendamento ou cedência
de exploração de imóveis de que seja proprietário em Angola.
Quando uma empresa de um país investe em outro, surge a questão sobre qual
jurisdição tributa e que partes da receita vai tributar, de todo o retorno que o
investimento gera. Assim, os países assinam tratados fiscais ou Acordos para evitar a
Dupla Tributação (ADT) entre si para resolver essas e outras questões. Um dos
objetivos é impedir que o mesmo rendimento seja tributado duas vezes: a chamada
"dupla tributação".
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Os ADT poderão contemplar um de dois mecanismos de eliminação da dupla
tributação internacional, dependendo dos termos concretos do ADT e do tipo de
rendimento em questão:
2- Método da isenção:
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Adicionalmente os ADT poderão atribuir competência exclusiva, para tributar
determinados rendimentos apenas a um dos Estados contratantes, o Estado de
residência, ou o Estado fonte dos rendimentos.
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Conclusão
Da abordagem feita conlui-se que a dupla tributação ocorre quando dois ou mais
países cobram mais de uma vez o mesmo imposto sobre lucros, dividendos, juros,
royalties ou serviços. Entre as várias interpretações da dupla tributação destaca-se o
conflito típico resultante do princípio da localização geográfica do sujeito passivo do
imposto, colocando em causa a jurisdição da residência e da fonte.
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Referâncias Bibliográficas
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internacional/
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https://agt.minfin.gov.ao/PortalAGT/#!/sala-de-imprensa/noticias/9413/
importancia-dos-acordos-tributarios-internacionais
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custos-e-beneficios-96518.html
https://recipp.ipp.pt/bitstream/10400.22/17035/1/
DM_BeatrizRufino_MSOL_2020.pdf
https://www.ucm.minfin.gov.ao/cs/groups/public/documents/document/aw4x/
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https://www.ey.com/pt_ao/tax/dupla-tributacao-um-problema-ainda-distante-
para-angola
https://abreuadvogados.com/conhecimento/publicacoes/artigos/convencao-para-
evitar-a-dupla-tributacao-entre-portugal-e-angola/
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