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IPGEST
TRABALHO DE FISCALIDADE
Docente:
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Luanda, 2022
Instituto Politécnico de Gestão, Logistica e Trasportes
IPGEST
TRABALHO DE FISCALIDADE
Docente:
___________________________
Luanda, 2022
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Dedicatória
Epígrafe
Agradecimentos
Primeiramente agradeço a Deus todo poderoso pela sua proteção e cuidado que
sempre me tem concedido e as suas incontáveis benção em minha vida.
De seguida agrademos aos meus pais pelo esforço que têm evidenciado em prol
da minha formação, não só como estudante mas também como pessoa.
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Resumo
A implementação do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) em Angola,
aprovado pela Lei n.º 7/19, de 13 de agosto, tornou-se um tema com significativa
relevância no seio da sua sociedade. A expectativa por parte do Estado Angolano
resumia-se em dois preceitos, por um lado a garantia de proximidade com as diretrizes
da SADC – comunidade Africana da qual é membro – e por outro, a implementação da
designada “Máquina Fiscal”. No entanto, a expectativa por parte dos cidadãos era de
que a implementação do IVA alavancaria o encarecimento do seu nível de vida e a isto
acresce a situação económica financeira que o país está a atravessar.
Objectivo Geral
O presente trabalho tem como objectivo de conhecer a importância da inclusão
do IVA no sistema tributário Angolano.
Objectivos Específicos
Identificar os impactos pisitivos e negativos que a implementação do IVA trouxe sobre
o sistema tributário angolano destacando a importância da implementação do IVA
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Índice
Introdução..........................................................................................................................6
1- O Imposto sobre o Valor Acrescentado.................................................................7
2- Princípios estruturantes do IVA.............................................................................8
3- O sistema fiscal Angolano.....................................................................................9
4- O IVA Angolano..................................................................................................11
5- As vantagens do IVA em Angola........................................................................16
Conclusão........................................................................................................................18
Referâncias Bibliográficas...............................................................................................19
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Introdução
É pelos tributos que o Estado tem os seus maiores rendimentos, e dentro deles
encontramos os impostos, estes são sem sombra de dúvida uma das maiores fontes de
receitas de um Estado, isso quando são cobrados de forma equitativa e justa.
O que são então impostos? A doutrina define imposto como sendo uma
prestação pecuniária, definitiva, unilateral, estabelecida por lei não sancionatória,
exigida a detentores de capacidade contributiva, a favor de uma entidade que exerça
funções públicas.
Conhecer o imposto, o que ele significa, qual a sua classificação, qual a sua
história, em que princípio está baseado, quais as características-chaves são questões
importantes para levarmos a um melhor esclarecimento.
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1- O Imposto sobre o Valor Acrescentado
O sucesso do IVA fala por si, como vimos, diversos países optaram por este
imposto e os que não o fizeram tiveram os seus impostos de consumos influenciados
por ele. Este êxito nada tem que ver com as competências governamentais, mas sim com
a capacidade de arrecadação de receitas, a estrutura em que está apoiado e as
características natas do imposto.
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natural deste imposto. A neutralidade faz com que as escolhas tanto do produtor como
do consumidor não sejam influenciadas em função do imposto, independentemente das
fases do circuito, a carga fiscal manter-se-á.
Este princípio permite que o IVA não interfira nas tomadas de decisões dos
agentes económicos, tanto do lado do produtor, como do consumidor final. Isto
acontece porque permite ao produtor a escolha do que produzir e como produzir, ou
seja, não influencia a organização do processo produtivo, a chamada neutralidade
no produto. Devido ao método de dedução do imposto, excluído o valor do imposto da
sua atividade, o método de crédito aderente a este princípio permite um IVA sem efeitos
cumulativos ao longo da cadeia de distribuição e produção, dando ao imposto uma
fluidez quase que natural.
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igualdade horizontal e igualdade vertical, ou seja, a obrigação do pagamento de
imposto pressupõe a capacidade contributiva a que cada cidadão está sujeito, deste
modo a igualdade vertical consiste em que distintos impostos, para os que auferem uma
capacidade contributiva distinta, e a igualdade horizontal pressupõe uma igualdade de
impostos para os que auferem a mesma capacidade contributiva. Mas como se processa
esse princípio em sede de IVA?
Atualmente, as fronteiras dos países estão cada vez mais ligadas, a existência de
convenções, tratados e o fluxo de turismo entre eles faz com que as trocas comerciais
fluam. Dado a este facto fica a questão em torno deste imposto, quanto à tributação das
transações e prestações de serviços transfronteiriças.
Este imposto incidia sobre o consumo, somente quando o bem fosse exposto
para este ato, sendo através da produção ou do fabrico de bens, importação de
mercadorias, arrecadação e da utilização dos bens ou matérias-primas fora do
processo produtivo e que tivessem benefícios fiscais associados. De carácter
indireto, tributando apenas o uso das riquezas ou dos rendimentos, monofásico, pois a
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sua liquidação acontecia apenas numa única vez, no momento em que o bem era
introduzido no consumo, não sofrendo liquidação nas fases subsequentes (casos há em
que era liquidado o IC sobre bens e serviços que eram compostos por outros bens e
serviços, já tendo sido liquidados, gerando um «efeito cascata», violando assim o
princípio da neutralidade em regra característico de uma tributação indireta). Gerando
assim a implementação do IVA.
Foram previstas para esta reforma duas fases, sendo que a primeira tinha um
carácter transitório e como objetivo a clarificação e racionalização do imposto. Esta
entrou em vigor em 1 de janeiro de 2012, pelo Decreto Presidencial. Tornando o
imposto de consumo mais simples, moderno e com alterações-chaves da lei anterior,
este foi marcado por um alargamento da incidência objetiva do imposto, para se poder
incluir novas prestações de serviços, simplificar de forma clara o conceito de sujeito
passivo e as suas responsabilidades.
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4. O IVA Angolano
O IVA é um imposto justo, neutro, com uma base tributária abrangente e com
exigências muito específicas. A sua aplicação demanda dos órgãos da administração um
bom, eficaz e organizado sistema de fiscalização. Por isso, o Estado angolano teria de
implementar mudanças e capacitar os seus quadros de modo a responder à
demanda que acompanha este imposto.
É pela Lei n.º 7/19, de 24 de abril, que o IVA deu entrada no sistema fiscal de
forma oficial, aprovando o CIVA e determina a sua entrada em vigor a 1 de julho de
2019. Entretanto, a 13 de agosto, o governo lançou a Lei n.º 17/19 que altera o CIVA e
determina a sua entrada em vigor em 1 de outubro de 2019, estando na base desta
alteração problemas organizacionais, então desde 1 de outubro de 2019 que temos o
IVA como modelo de tributação indireta do consumo.
Tem uma taxa única de 14%, entretanto, abrange situações de isenções completa
ou tributação a taxa zero, existindo também uma taxa de 2%, a aplicável à Cabinda, de
acordo com o respectivo regime especial. O método do reporte, a semelhança do que
vimos em Moçambique, é também aqui adotado como regra geral, e a preferência para o
princípio da tributação do destino para as operações internacionais.
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Esta taxa é aplicável aos bens considerados essenciais, como o feijão, o leite,
alguns arrozes, o milho, os açúcares de cana, o sabão em barra, entre outros;
Existe uma divisão das categorias, tendo uma limitação aos sujeitos que
usufruem do regime normal e uma maior abrangência na rede de sujeitos com pequenas
e médias empresas, fazendo esta parte do regime especial ou transitório, existindo
também regime específicos como é o caso dos regimes das sociedades investidoras
petrolíferas, o regime de não sujeição, o regime especial de Cabinda, etc.
O IVA angolano apesar das suas bases europeias, teve do legislador a atenção
para adaptá-lo à realidade nacional, comportando o seu leque regras especiais para o
sector petrolífero, uma possibilidade de a Administração Fiscal poder corrigir o preço
praticado quando seja manifesto que o valor da contraprestação, faturada ou paga pelo
adquirente dos bens ou destinatários dos serviços é inferior ao preço corrente de
mercado.
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• Reeducação dos contribuintes;
• Fiscalização das empresas com um sistema desorganizado
contabilístico;
• Falta de qualificação por parte dos contabilistas e auditores;
• A necessidade de um sistema informático, quer na AGT quer nas
empresas;
• A inexistência de um software de faturação certificado pela
Administração Tributária;
Regime Geral
Ainda que não sejam obrigadas a liquidar e a deduzir o IVA nas suas operações,
estas entidades podem optar por aderir ao Regime Geral se assim o entenderem.
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Se a empresa não estiver registada como Grande Contribuinte e tiver um volume
de negócios superior a 250 000 USD, pode optar por este Regime da Tributação
Simplificada durante o período transitório de 2019 e 2020. Ao fazê- lo, não liquidará
IVA nas faturas de venda, nem poderá deduzir o IVA das faturas de compra, mas terá de
entregar um mapa com uma lista de todas as compras, com identificação dos
fornecedores e faturas, indicação dos valores totais dos documentos e montantes de
imposto. Além disso, estará obrigado a pagar até 4%, aplicável sobre o volume de
negócios. No entanto, a 1 de janeiro de 2021, serão aplicadas as leis do CIVA com
carácter obrigatório a todos os sujeitos passivos. É uma solução bastante inteligente
tendo em conta a realidade económica do país e as condições dos pequenos
contribuintes, uma maneira de preparar tais sujeitos para o regime normal.
4.1 Incidência
Incidência objetiva
Incidência Subjetiva
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produção, de comércio ou de serviços, profissões liberais, atividades
extrativas, agrícola, aquícola, apícola, avícola, pecuária, piscatória e silvícola);
Não havendo uma explicação clara por parte do legislador, do que é uma
atividade económica independente, «a doutrina faz uma interpretação e denomina como
sendo uma exclusão do regime, os sujeitos que se encontrem vinculados por qualquer
relação jurídica, que estabeleça veículos de subordinação no que diz respeito as
condições de trabalho e de remuneração e a responsabilidade da entidade patronal».
4.2 Taxas
O IVA em Angola conta com uma taxa única de 14%, existe também uma taxa
de 0 % para as operações isentas que conferem direito à dedução. Os contribuintes
sujeitos ao Regime Transitório contam com uma taxa de 7% sobre a faturação recebida
em cada trimestre. De acordo com as condições desfavoráveis de afastamento
geográfico de Cabinda em relação ao restante território, o governo achou e bem, a
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concessão de um regime especial aduaneiro, portuário e de transmissão de bens para
esta província, tendo esta uma taxa de IVA de apenas 2%.
A escolha por uma taxa única traz consigo diversas vantagens, entre elas a
redução dos encargos de gestão do imposto pela Autoridade Tributária, permite obter
maiores ganhos de eficiência, maiores níveis de receita, maior simplificação das regras
de incidência e de cobrança e evita fraudes, vindas da diferenciação de taxas de
imposto. Por isso, pode dizer-se que a simplificação do IVA traz uma vantagem
competitiva do imposto, isto é, a taxa única na tributação dos bens e serviços prestados
é neutra, eliminando distorções na concorrência entre produtos equivalentes. Implica
também uma menor gestão para as empresas, sendo um sistema muito mais simples e
que demanda um menor número de agentes administrativos focados nas exigências
fiscais. Angola tem uma das taxas do IVA mais baixas da SADC.
A taxa única não trás apenas vantagens, uma das desvantagens é, sem dúvida, a
ligada com as classes com um rendimento mais baixo, que no caso de Angola são mais
da metade da população. Para esta classe que tem a totalidade dos seus rendimentos
virados para o consumo torna-se quase incomportável uma taxa única, nota-se na prática
tal mudanças, entretanto o legislador criou as isenções para os produtos considerados
por este essenciais, cabe saber se na prática tal solução tem tido bons resultados.
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O IVA impede esta “dupla tributação”, por ter uma taxa que se aplica apenas ao
valor acrescentado em cada fase do processo. Por exemplo, com uma taxa de IVA de
14%, quando um supermercado vende 1.000Kz em mercadoria, ele entregará ao Estado
Angolano 140Kz subtraído do valor de IVA que ele suportou na compra das
mercadorias ao produtor.
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Conclusão
Por último, mas não menos importante, devemos ter atenção à distribuição das
receitas obtidas, para que a razão de ser de um imposto, não seja esquecida e as
necessidades básicas da população sejam o alvo principal.
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Referâncias Bibliográficas
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