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UNIVERSIDADE KIMPA VITA

INSTITUTO POLITÉCNICO

CURSO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

ANTE-PROJECTO DO TRABALHO DE FIM DO CURSO

PROCEDIMENTOS A UTILIZAR PARA O ENCERRAMENTO DE CONTAS NAS EMPRESAS


ENQUADRADA NO REGIME DE EXCLUSÃO DO IVA

CASO: Ala Nova Geração, Lda Localizada Na Provincia Do Uíge (2020 á 2021)

POR

AFONSO MENDES ANDRÉ

MANUEL FONSECA LENDULA MUTANGE


UIGE / 2022

UNIVERSIDADE KIMPA VITA

INSTITUTO POLITÉCNICO

CURSO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

PROCEDIMENTOS A UTILIZAR PARA O ENCERRAMENTO DE CONTAS NAS EMPRESAS


ENQUADRADA NO REGIME DE EXCLUSÃO DO IVA

CASO: Ala Nova Geração, Lda Localizada Na Provincia Do Uíge (2020 á 2021)

POR

AFONSO MENDES ANDRÉ

MANUEL FONSECA LENDULA MUTANGE

Trabalh
o de fim do curso elaborado e apresentado a
Universidade Kimpa Vita, para obtenção do
grau de licenciado em Contabilidade
egestão
Orientador: Msc, Dalne António

UÍGE / 2022
ESTRUTURA PRÉVIA DO TRABALHO

Dedicatória

Agradecimento

Epígrafe

Resumo

Abstract

Lista de Abreviaturas

Índice Geral

0 - Introdução

0.1-Problemática

0.2-Hipóteses

0.3-Delimitação do trabalho

0.3.1-Objectivo do trabalho

0.3.2- Objectivo geral

0.3.3-Objectivos específicos

0.4 -Escolha e interesse do tema


05 - Dificuldades encontradas

0.6 - Estrutura do trabalho

CAPITULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

1.1- Iva em Angola

1.1.1- caracterização e os regime de tributação do iva em Angola

1.1.2- Clasificação do volume de negocio para o enquadramento nos regime de tributação do


iva em Angola

1.1.3-

1.1.3.1

1.1.3.1.1

1.1.3.1.2
1.1.3.2

1.1.3.2.1

1.1.3.2.1

1.1.3.3

1.1.3.3.1

1.1.3.3.2

1.1.4-Bens que não liquidam iva em Angola

1.2.1 – Taxas do Iva envigor em Angola

1.2.1.1-taxa geral

1.2.1.2 - taxa sobre importação de insumos agricolas e sobre os produtos de cesta


basica

1.2.1.3-taxa sobre as transmissão e importação de bens na provincia de cabinda

1.2.1.4-taxa para o contribinte do regime simplificado

1.2.1.5-taxa sobre retenção efectuada pelos terminais de pagamento automatico(TPA)

CAPITULO II- PROCEDIMENTOS PARA O ENCERRAMENTOS DE CONTAS

2.1-Conceito de procedimento

2.1.1- Tipos de procedimentos

2.1.2 Tipos de docies para o encerramentos de contas

2.1.2.1 docie fiscal

2.1.2.2 docie permanente

2.1.2.3 docie corrente

2.1.2- encerramento de contas

2.1.2.1-Em regime de exclusão do iva

2.1.2.2-Em regime simplificado do iva

2.1.2.3-Em regime geral do iva

2.1.3-imposto industrial em angola

2.1.3.1-incidencia real ou objectiva


2.1.3.2 – incidencia pessoal ou subjectiva

2.2- Determinação da materia colectavel

2.2.1- proveitos e ganhos

2.2.2-custos e perdas

2.2.3-Obrigações declarativa

2.3-A presentação da declaração modelo 1

2.3.1-regime geral

2.3.2-regime simplifica

CAPITULO III- APRESENTAÇÃO DA EMPRESA EMPRESA ALA


NOVA GERAÇÃO

3.1-Breve Historial da empresa


3.1.1- Localização da empresa

3.1.2- Visão da empresa

3.1.3- Missão da empresa

3.1.4 - Valores da empresa

3.2.1 - Organigrama da empresa

3.2.2- Encerramento de contas – NGUINACONTAS ,LDA , no período de 2020 á 2021.

Conclusão

Sugestões

Bibliografia

Apêndices
0-Introdução

De acordo com (Fernado Gonçalves 2021, p102), a firma que o regime de exclusão
estão excluido do ambito do iva os contribuintes com volume de negocio ou operações de
importações inferior ou igual a 10.000.000kz,nos doze meses anterior , mas continuam a
liquidar e pagar imposto de selo à taxa de 1% sobre os recibos de quitação.

Os sujeitos passivos afecto à industria transformadora devem, obrigatóriamente estar


enquadrados no regime geral do iva independentemente do seu volume de negocios ou
operações de importação.

Nos dias atuais a maior procupação dos contribuinte , é saber qual é o imposto apagar
segundo o regime que esta enquadrada, com o parecimento do regime de tributação do
imposto sobre valor a crescentado surge nova era do codigo geral tributario em Angola , e
novas leis a vulsa para dar suporte naquilo que é a reforma tributaria em Angola.

De acordo com o codigo do imposto industrial existe apenas dois regime, o geral e
simplificado, geral é para a quelas empresass que tem contabilidade 100% organizdada, e
apresenta a modelo 1 do imposto industrial e tem direito de deduzir 100% dos custos efetuado
ao longo do exercicio economico, ja o simplificado esta dividida em duas partes , os que tem
contabilidade organizada e aqueles que não posui , aqueles que posui tem direito de deuzir
100% dos custos e apresentar a modelo 1 do mposto industrial conforme as empresas
enquadrada no regime geral do cii.

E a queles que não posui contabilidade organizada esta dividida em duas parte , as que
apresentam mapa de compra e venda e a queles que não apresentam nenhum documento
somente o volume de negocio anual.

Aquelas que apresentam mapa de compra e venda elas deduzem os custo de a cordo
com alei que altera o codigo do imposto de rendimento de trabalho(IRT), e apresentam o
modelo 2 da contabilidade simplificada.

0.1-Problemática

De acordo com Marconi e Lakatos (2005:128), salientam que formular um problema


consiste em dizer, de maneira explicíta, clara, compreensível e operacional, qual é a
dificuldade com a qual nos defrontamos e que pretendemos resolver, limitando seu campo e
apresentando sua característica.

Temos vindo a constatar no dia-á-dia vários empresasrios e Gestores de empresas


principalmente as do sector privado muitos não possuem conhecimentos acerca do regime
enque está enquadrado a sua empresa de acordo com condigo do imposto sobre valor a
acrescentado, apenas pagam imposto analiticamente sem saber qual é o seu regime e como o
contabilista efetua o fecho de conta conforme as informações recebidas.

É com base a este problema que urge a necessidade de pesquisar e estudar sobre este
tema intitulado: PROCEDIMENTO A UTILIZAR PARA O ENCERRAMENTO DE CONTAS NAS
EMPRESAS ENQUADRADA NO REGIME DE EXCLUSÃO DO IVA.

O propósito deste trabalho nos leva a colocar as seguintes questões de investigação:

1-Quais são as empresas que devem estar neste regime de tributação ?

2- Será que ha vantagem a empresa esta enquadrada neste regime de tributação?

0.2-Hipóteses

Segundo Paquay (2000:16), salienta que as hipóteses são respostas antecipadas ou


prováveis a uma pergunta científíca. Não são definitivas, por razões da investigação ser ainda
contínua.

Por tanto para o presente trabalho temos as seguintes hipóteses:


H1: Com base naquilo que é alei 42/20 de 31/12, a empresa que deve estar neste
regime são aquelas que posui um volume de negocio inferior a 10.000.000 kz isto é nos 12
meses anterior.

H 2: certamente as empresa enquadrada neste regime não tiram vantagem porque ao


comprar determinadas mercadoria ou serviço liquidam ou pagam iva mas ao vender estes
mesmos bens aquiridos nao lhes dá direito a dedução, tudo isso deu a entender que não
oferece vantagem a empresa.

0.3-Delimitação do trabalho
O nosso trabalho delimita-se sobre os procedimentos a ter enconta no
encerramento de contas nas empresas emquadrada no regime de exclusão do iva , e
limita-se na empresa Nguinacontas,Lda no periodo (2020 á 2021).
0.3.1-Objectivo do trabalho

Como afirma Zassala, C. (1997:80), objectivo é a meta a ser alcançada; deve ser
definido de forma clara, precisa em termos do tipo de relacionamento entre as variáveis. O
objectivo define-se esclarecendo o produto final a ser obtido com determinada finalidade.
Neste trabalho, queremos atingir os objectivos: geral e específicos.
0.3.2- Objectivo geral

 Analisar as fases e os procedimentos a terem em conta no encerramento do fecho


de contas nas empresas enquadrada no regime de exclusão do iva.

0.3.3-Objectivos específicos

 Conhecer os regimes de tributação do Iva;


 Desdobrar a vantagem e adesvantagem de cada regime.
 Demonstrar a diferença de cada regime com base o volume de negocio;

0.4 -Escolha e interesse do tema


Segundo Marconi e Lakatos (2003:19), afirmam que o interesse na escolha do tema,
consiste numa exposição sucinta, porém completa das razões de ordem teórica e dos motivos
de ordem prática que tornam importante a realização da pesquisa.
O que levou nos a escolher esse tema, é o interece em mostrar como as empresa tem
feito o pagamento do imposto com base naquilo que é o seu regime de tributção do iva em
vigor em Angola , porque os regime oferecem certas restrições ou limite de acordo alei e nos
interessou bastante escolher este tema.

Por outro lado, queremos com este trabalho ajudar os empresarios, gestores e as
gerações vindouras com ferramentas de auxílio para aqueles que quiserem investigar nesta
linha de estudo.

0.5 – Metodologia

A metodologia é a via ou caminho pela qual pretendemos conduzir a nossa pesquisa


para atingirmos a uma dada finalidade. Todo trabalho científico que se pretende fazer urge
uma necessidade de aplicar o método.
Segundo Ndombele, T. (2016:59), a “metodologia é a explicação minuciosa,
detalhada, rigorosa e exacta de toda acção desenvolvida no caminho do trabalho de pesquisa”.
0.6 – Métodos utilizados
Método Bibliográfico: Este método vai nos permitir fazer leituras de vários livros,
artigos, jornais, paginas da web sites, etc.
Método Descritivo: Será utilizada este método porque já temos alguns conhecimentos
do assunto em causa e se quer descrever um fenómeno. Poderão ser formuladas algumas
hipóteses com base aos conhecimentos prévios, que procuraremos confirma-las ou nega-las.
Bibliografia prévia

1. AZEVEDO, P. A. (2011). A Fiscalidade como Instrumento de Recuperação


Económica - Breves Notas sobre o Planeamento Fiscal.
2. FERNANDO, (2021). Fiscalidade Angolana
3. BORGES, A., & Macedo, J. (2007). Sociedades Gestoras de Participações Sociais.
Lisboa: Áreas Editora.
4. BORGES, R. J. (2002). Isenção no Modelo OCDE de Convenção Contra a Dupla
Tributação Internacional dos Rendimentos (Implicações com a Insónia Tributária).
5. CARDOSO, P. Valentin, C. (2011). Roteiro de Justiça Fiscal - Os poderes da
administração tributária versus as garantias dos contribuintes. Porto: Vida
Económica.
6. CASTRO, C. (2006). Política fiscal e crescimento económico.
7. COMISSÃO Europeia. (2013). Luta Contra a Fraude e Evasão Fiscal.
8. CORNELSEN, J. M. (2011). Guia Prático para Elaboração de Trabalho Técnico-
Científicos. Coimbra: Imprensa Da Universidade de Coimbra.
9. CORREIA, P. (2004). Fiscalidade. Lisboa: Companhia Própria Formação e
Consultoria, Lda.
10. COSTA, A. S., Rato Rainha, J. H., & Freitas Pereira, M. H. (1977). Benefícios
Fiscais em Portugal. Coimbra: Almedin
11. NDOMBELE, Eduardo David Tulo. Sugestões Práticos e Simples para Elaboração de
um Projecto Científico e Monografia (TFC). 2016
CRONOGRAMA DO TRABALHO DE FIM DO CURSO

Nº ACTIVIDADES PERÍODO LOCAL


01 Elaboração do Ante-projecto Junho 2022 Uíge
02 Recolha de dados bibliográficos Julho 2022 Uíge
03 Entrega do Ante-projecto Julho 2022 Kimpa Vita -Uíge
04 Revisão da Literatura Agosto 2022 Uíge
05 Elaboração e Apreciação do instrumento Agosto 2022 Uíge
06 Organização dos dados recolhidos Agosto 2022 Uíge
07 Análise e compilação de dados Setembro 2022 Uíge
08 Entrega do Trabalho Outubro 2022 Kimpa Vita -Uíge
09 Data prevista da defesa Novembro 2022 Kimpa Vita -Uíge

CUSTO DO PROJECTO (PROBABILIDADES)

Nº Descrição Quantidades Custos


1 Livros 10 85.000,00
2 Resmas e internet 6/5 8 GB 30.000,00
3 Custos de deslocação ao terreno 6 viagens 8.000,00
4 Informatização e impressão 70 pg/ 8 Exemplares 50.000,00
5 Encadernação 8 Exemplares 12.000,00
6 Entrega do trabalho 6 Exemplares 15.000,00
7 Outros custos // // 200.000,00
Total 400.000,00
Há muito que se esperava a introdução do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) no ordenamento
jurídico Angolano, no entanto, o mesmo surgiu a todo o vapor, após sucessivas derrogações, apenas em
finais do ano de 2019, mais precisamente a partir do dia 1 de Outubro de 2019.

A necessidade de obtenção de receita fiscal, a pressão do Fundo Monetário Internacional e a determinação


em alinhar as políticas do país com a Comunidade de desenvolvimento da África Austral (SADC), apressaram
o processo de implementação do IVA em Angola.  O desafio era ambicioso e esperavam-se alterações
profundas no panorama económico Angolano, já que, o próprio imposto impunha a modernização do sistema
fiscal e a formalização de um mercado reconhecidamente informal e marcado pela evasão fiscal.

A resistência à entrada em vigor do pacote legislativo, aprovado durante o exercício de 2019, que culminou
com a entrada em vigor da Lei 7/19 de 24 de Abril foi grande e marcada por numerosos debates, palestras e
encontros entre diversos agentes do mercado Angolano e a Administração Geral Tributária (AGT).

Estaria o mercado angolano preparado para esta mudança de paradigma? Estariam os agentes económicos
preparados para este desafio?

Foi neste contexto de incerteza e contestação que o IVA entrou em vigor em Angola.

Volvidos 2 anos sobre a entrada em vigor do IVA afinal o que mudou?


A alteração mais marcante que ocorreu durante o exercício de 2019 foi provavelmente a obrigatoriedade de
emissão de faturas e documentos equivalente com base nas regras e procedimentos previstos no Regime
Jurídico das Faturas e Documentos Equivalentes, nomeadamente, através de sistemas de faturação
devidamente certificados pela Administração Geral Tributária. A par desta mudança drástica no sistema de
faturação das empresas, os agentes económicos tiveram de se preparar para (sobre)viver, em tempos de
crise, à coexistência de 4 regimes de IVA, assim como, alargar o leque das suas obrigações declarativas (em
sede de IVA e ficheiros SAF-T).

A política de reembolsos, característica deste tipo de imposto, criou elevadas expectativas nos agentes
económicos, que nunca reconheceram o Estado como uma entidade que reembolsa o contribuinte.

O OGE 2021 trouxe novidades no que ao IVA diz respeito e, conforme expectável, deparamo-nos com i) o
desaparecimento do regime transitório, com ii) o aparecimento do regime simplificado, com a iii)
obrigatoriedade de pagamento de imposto de selo sempre que os sujeitos passivos incluídos no regime geral
e simplificado pratiquem operações exclusivamente isentas e com a (infeliz) iv) sujeição a imposto dos bens
que constituem a cesta básica.

Hoje, (muito) resumidamente, podemos avaliar a introdução do IVA, no ordenamento jurídico Angolano,
como um verdadeiro sucesso, este último, deve-se, em parte, à criação do departamento de serviços de IVA
e à competente formação ministrada aos técnicos tributários, exclusivamente preparados, para trabalhar com
este tipo de imposto.

A nossa experiência no mercado angolano tem-nos demonstrado que devagarinho vamos longe e prova disso
é a profunda alteração da postura da (modernizada) Administração Geral Tributária perante os contribuintes
e, hoje, os contactos com os técnicos tributários, a troca de informação e os reembolsos de IVA são uma
realidade.

A implementação do IVA em Angola foi, sem dúvida, um ponto de viragem no mercado Angolano e alterou
profundamente as relações dos contribuintes entre si e com a Administração Geral Tributária. A necessidade
de cumprir com os preceitos legais, imposta pelas obrigações declarativas em sede de IVA e pela entrega dos
ficheiros SAF-T obrigou os contribuintes a reverem as suas políticas internas e a obrigar os seus clientes e
fornecedores a agirem de igual forma.
2022, está à porta e as notícias da redução da taxa de IVA para o próximo exercício económico adoçam a
boca dos mais otimistas. Esperam-se mudanças, em sede de IVA, com a entrada em vigor do OGE para 2022
e nessa altura voltaremos para partilhar com o leitor a nossa posição.

Reavaliando estes últimos 2 anos de vigência do IVA, há aspetos a melhorar? Há. Mas no geral, Angola está
de parabéns!

O IVA é sem dúvidas o imposto mais famoso do sistema tributário angolano,


e também um dos que mais precisa ser esclarecido. Entenda neste artigo
como funciona o IVA em Angola.

O IVA (Imposto sobre o valor acrescentado) é um imposto que incide sobre


as transmissões de bens e as prestações de serviços efectuadas no território
nacional, bem como as importações de bens.

O conceito do IVA é o mais complexo entre os vários impostos do sistema


tributário em Angola. Porém, por ser um imposto suportado por todos nós
(como consumidores), entender ao menos o seu funcionamento chega a ser
muito importante.

Como funciona o IVA em Angola

Para entender como funciona o IVA em Angola é preciso antes saber que o
IVA é um imposto suportado pelo consumidor e entregue ao estado através
dos agentes econômicos. Este processo acontece da seguinte forma:

Os agentes econômicos fazem a cobrança do IVA aos seus clientes através


dos produtos e serviços que comercializam (adicionando uma taxa de 14% ao
preço do produto/serviço), e incluem o valor cobrado pelo imposto nas
facturas emitidas.

Posteriormente, os agentes econômicos subtraem o IVA suportado nas


compras dos tais produtos e/ou serviços, assim como nas importações das
mercadorias e entregam ao estado apenas a diferença quando esta for
positiva, caso contrário (se a diferença for negativa), o estado reembolsa o
imposto aos referidos agentes.
Como já mencionado acima, o valor do IVA acrescentado ao preço de
qualquer produto ou serviço e suportado pelo consumidor é correspondente
a 14%  do preço do mesmo. Por exemplo:

Um produto comercializado ao preço de 10.000Kz (sem IVA), ao ser


aplicativo a taxa de 14% do IVA o produto passará a custar 11.400Kz. Sendo
que os 1.400, correspondente aos 14% do IVA será entregue ao estado em
forma de imposto.

Isso explica, em parte, a razão do aumento de preços dos produtos sujeitos


a IVA.

Se você deseja saber mais sobre como é feito o cálculo do IVA em Angola

Implataçao do iva em angola

Diferente de outros países da África, Angola atrasou muito na implementação


do IVA, tanto é que, a nível da África Austral, Angola foi o último país a
implementar o Imposto sobre o valor acrescentado (IVA).

O IVA foi implementado em Angola no dia primeiro de outubro de 2019 num


processo faseado.

No ano de sua implementação, os grandes contribuintes estavam obrigados a


cumprir o regime geral de IVA, que inclui a emissão de faturas através de
programas informáticos certificados.

Já a partir de 1 de janeiro de 2020, as empresas com faturação igual ou


superior a 50.000.000Kz estavam obrigadas a emitir e comunicar facturas
através de programas informáticos certificados.

E no começo de 2021, a 1 de janeiro, as empresas enquadradas no regime


transitórias são obrigadas a transitar para o regime geral.
Qual a relevância do processo de encerramento anual de contas no

apuramento do resultado contabilístico do período e na determinação dos

impostos devidos?

Com a proximidade do encerramento anual de contas desenvolvem-se as diversas

actividades e rotinas de encerramento de exercício, quer de preparação quer de

revisão, lideradas pelos Contabilistas com vista ao apuramento rigoroso da posição

financeira, económica e patrimonial da Empresa à data de encerramento anual de

contas, do Resultado Antes de Imposto (RAI), e do Resultado Líquido, após o cálculo

de estimativa de Imposto Industrial.

De modo a assegurar um encerramento rigoroso é necessário que um conjunto de

tarefas estejam incluídas no plano de trabalho das Empresas e do Contabilista, das

quais se destacam:

 Análise e confirmação de saldos de terceiros de modo a aferir com fiabilidade o montante de

dívida a que a Empresa esta exposta e que pode afectar a sua capacidade financeira;

 Verificação do número e estado de conservação dos activos fixos, de modo a ser possível ao

leitor da informação financeira ter confiança na qualidade e valorização do património

apresentado;

 Análise dos custos e dos proveitos, incluindo a sua tempestividade de reconhecimento, e

garantia de que estejam reconhecidos de forma precisa para que o RAI apurado seja o mais
rigoroso possível e possibilite, por outro lado, a preparação de orçamentos com maior rigor e

menores desvios;

 Reconciliação fiscal que é importante de forma a mitigar ou identificar potenciais

divergências entre os impostos apurados e entregues à Autoridade Geral Tributaria durante o

ano, incluindo-se aqui o SAF-T(AO) dada a importante base de dados de reporte fiscal que é.

É importante ainda, garantir que a contabilização regular do IVA e o seu apuramento esteja

registado de acordo com o previsto no decreto Presidencial 180/19 de 24 de Maio

“Regulamento de IVA”.

 Revisão das parametrizações e dos movimentos automáticos gerados por rotinas de

encerramento, suportados por programas informáticos.

O Contabilista deve adoptar metodologias de trabalho que lhe permitam aportar valor

e qualidade, assentes em soluções digitais modernas, independentemente da

dimensão ou sector de actividade, e que potenciem processos de encerramento de

contas eficazes e eficientes.

A utilização de tecnologia e a automatização de alguns processos, permite aumentar o

nível de transparência, fiabilidade e eficiência da execução das actividades de

encerramento acima destacadas e com isso potenciar a qualidade de todo o processo

de relato contabilístico e fiscal, com aumento de credibilidade perante os

diversos stakeholders.

Artigo escrito por Timóteo Filipe, Senior Manager EY, Global Compliance &
Reporting Services e Marilda Lourenço, Senior Consultant EY, Global
Compliance & Reporting Services

Resumo

O processo de encerramento anual de contas deve ser executado por um Contabilista

especializado e seguir um protocolo rigoroso, dando cumprimento a determinados

requisitos técnicos que permitam aportar confiança e transparência ao relato

financeiro de encerramento.
Este protocolo de actividades deve, sempre que possível, ser assente em ferramentas

tecnológicas que permitam um ganho ao nível do acompanhamento das regras de

controlo interno vigentes, bem como da automatização de rotinas de fecho,

nomeadamente na preparação de estimativas, actualizações câmbiais, depreciações,

reconciliações fiscais, entre outros. Cabe assim ao Contabilista avaliar a adequacidade

dos protocolos a seguir mediante o sector, dimensão, complexidade, entre outros

factores.

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