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INSTITUTO TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO - Nº 8055 “NOVA VIDA”

CURSO TÉCNICO DE CONTABILIDADE E GESTÃO PROVA DE APTIDÃO


PROFISSIONAL

O Impacto da Alteração do Imposto Industrial no Resultado da Empresa

LUANDA, 2023/2024

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INSTITUTO TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO - Nº 8055 “NOVA VIDA”
CURSO TÉCNICO DE CONTABILIDADE E GESTÃO PROVA DE APTIDÃO
PROFISSIONAL

O Impacto da Alteração do Imposto Industrial no Resultado da Empresa

Prova de Aptidão Profissional apresentado junto do


Instituto Técnico de Administração e Gestão Nº 8055

“Nova Vida”, como requisito parcial para a obtenção do grau de Técnico Médio em Contabilidade
E
Gestão
Orientador: Pedro Muanza

LUANDA, 2023/2024

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FOLHA DE IDENTIFICAÇÃO

Nome: Maria Luciano Manuel


Nº:31
Curso: Contabilidade
Contacto:993690743
Morada: Golf2

Nome: Marcolina Gonçalves


Nº: 32
Curso: Contabilidade
Contacto: 929371631
Morada: Projecto Nova Vida
Cargo: Tesoureira
Nome: Maria Luisa Manuel
Nº: 33
Curso: Contabilidade
Contacto: 993690743
Morada: Rocha Pinto
Cargo: Líder
Nome: Mariana Nguige
Nº: 34
Curso: Contabilidade
Contacto:948997266
Morada: Fubú

Nome: Maurício da Silva


Nº: 35
Curso: Contabilidade
Contacto:945356402
Morada: Dangereux

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INSTITUTO TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO - Nº 8055 “NOVA VIDA”
CURSO TÉCNICO DE CONTABILIDADE E GESTÃO PROVA DE APTIDÃO
PROFISSIONAL

O Impacto da Alteração do Imposto Industrial no Resultado da Empresa

MESA DE JÚRI

_________________________________________________
(Presidente)

_________________________________________________
(1º Vogal)

_________________________________________________
(2º Vogal)

Aprovado em_______ de ________________________de 2024.

4
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho a Deus, aos professores, família, amigos e especialmente ao nosso
orientador Muanza. Agradecemos pela orientação, amor e apoio que tornaram esta jornada
acadêmica significativa. Com gratidão.

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos de coração a Deus por guiar nossos passos e iluminar nosso caminho durante esta jornada
acadêmica.

Aos professores, que compartilharam connosco não apenas conhecimento, mas também inspiração e
orientação, expressamos nossa profunda gratidão. À nossa querida família, cujo amor e apoio foram
inabaláveis, agradecemos por serem nossos pilares.

Aos amigos, que tornaram cada desafio mais leve e cada vitória mais significativa, nosso sincero
agradecimento.

Em especial, queremos expressar nossa gratidão ao nosso dedicado orientador, Pedro Muanza, cuja
orientação sábia e paciência foram cruciais para o sucesso deste trabalho em grupo. Cada um de vocês
desempenhou um papel vital em nossa jornada, e este trabalho é dedicado a todos que nos apoiaram ao
longo do caminho.

Muito obrigado por fazerem parte desta conquista connosco.

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EPÍGRAFE

“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.”

- Nelson Mandela

ÍNDICE

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1.1.Estrutura do Trabalho
Introdução:

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O presente trabalho explora o Impacto da alteração do Imposto industrial no resultado da empresa, sendo
que o imposto industrial desempenha um papel crucial no cenário económico de um país, afectando
directamente as operações e os resultados financeiros das empresas. Portanto, abordamos sobre o impacto
das alterações no imposto industrial sobre o desempenho financeiro das empresas, compreender como as
mudanças nas políticas fiscais podem influenciar nos resultados das empresas. É fundamental para gestores,
investidores e tomadores de decisão.

Resumo
Este trabalho examina o impacto das alterações no imposto industrial no resultado financeiro das empresas.
Além disso, discutirá como as mudanças nas taxas de imposto, isenções e regimes de tributação podem
afectar o desempenho financeiro das empresas. O trabalho está dividido em três (3) capítulos.
No primeiro, abordará as características, fases e funções do imposto, bem como os vários tipos de imposto
existentes em Angola, sua evolução histórica no país e seu papel na arrecadação de receitas governamentais.
O segundo retratará análises detalhadas das características do imposto industrial, incluindo seus sujeitos
passivos, regimes de tributação, prazos para liquidação e pagamento, bem como o processo de apuramento
de resultados das empresas.
Por fim, tratará do caso prático que tem como objetivo principal determinar o impacto das alterações no
imposto industrial sobre o resultado das empresas em Angola, e as implicações fiscais no Resultado Líquido
do Exercício.

Problemática: No contexto empresarial de Angola, o imposto industrial desempenha um papel crucial,


afetando diretamente as operações e os resultados financeiros das empresas. Mudanças nas políticas fiscais,
especialmente no imposto industrial, podem ter um impacto significativo. Assim, surge a pergunta:
Como essas alterações afectam os resultados das empresas em Angola?
Objetivos: Durante a elaboração do trabalho, traçou-se o seguinte
objetivo geral:
 Analisar o impacto das mudanças no imposto industrial no resultado financeiro das empresas.
Objetivos Específicos:
1. Investigar as características, identificar os sujeitos e os regimes de tributação do imposto industrial em
Angola.
2. Analisar os prazos para liquidação e pagamento do imposto industrial.
3. Explorar o processo de apuramento de resultados e apuração do imposto industrial.

Hipóteses:
Alterações no imposto industrial podem afectar significativamente os resultados das empresas em Angola,
influenciando directamente a lucratividade e os investimentos. Aumentos nas taxas de imposto podem reduzir
os lucros líquidos das empresas e limitar sua capacidade de expansão e reinvestimento.
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As mudanças no imposto industrial podem não ter um impacto substancial nos resultados das empresas em
Angola. Empresas podem adaptar suas estratégias financeiras e operacionais para mitigar o impacto negativo,
enquanto o governo pode implementar medidas para neutralizar quaisquer efeitos adversos, permitindo que as
empresas mantenham sua lucratividade e capacidade de investimento.
Justificativa: A pesquisa busca compreender as implicações das políticas tributárias, especialmente do Imposto
Industrial, na indústria angolana. Isso é crucial para a formulação de estratégias eficazes e a melhoria do
ambiente de negócios no país.
Metodologia: A abordagem mista incluirá análise documental, revisão de literatura económica e entrevistas
com representantes do setor industrial. A análise quantitativa usará dados financeiros, enquanto a análise
qualitativa explorará percepções e experiências das empresas. A amostra contemplará empresas de diversos
sectores, tamanhos e regimes tributários.

Noções de imposto

Conceito de imposto teve as mais variadas definições ao longo dos tempos.

Vários cultores do Direito Fiscal procuraram definir o imposto tomando como base ora a sua função
Financeira ora os seus elementos jurídicos, modernamente, porém é consensual definir-se o imposto
tendo em conta as suas características fundamentais.

Na verdade, o imposto é uma prestação pecuniária, definitiva, unilateral, estabelecida por Lei, sem o
Carácter de sanção, exigida pelo Estado há particulares, para a realização de fins públicos.

Os impostos são uma fonte crucial de receita para o governo e são utilizados para financiar serviços
essenciais como saúde, educação, infraestrutura e segurança.
Alguns sistemas tributários são progressivos, onde a taxa de imposto aumenta à medida que a renda ou
o valor tributável aumenta.

Princípio da Capacidade Contributiva: este princípio sugere que os impostos devem ser
proporcionais à capacidade económica do contribuinte, garantindo uma tributação mais justa.

Legislação Fiscal: as leis fiscais estabelecem as regras para a cobrança de impostos, determinam
quem está sujeito à tributação e especificam as alíquotas e os prazos de pagamento.

Receita Pública: os impostos constituem uma parte significativa da receita pública, essencial para o
funcionamento do governo e a prestação de serviços públicos.

Entender esses conceitos básicos é crucial para os cidadãos e empresas, proporcionando clareza sobre
suas obrigações fiscais e o papel dos impostos na sociedade.

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Origem dos impostos

Colectar impostos não é uma actividade actual. Muito pelo contrário. Segundo relatos da história, os
primeiros registros de cobranças foram de 4000 A.C., documentados em peças de barro encontradas na
região da Mesopotâmia. Nessas peças, foi possível constactar que os tributos exigiam que parte dos
alimentos produzidos pela população fosse destinada ao governo.

Com a evolução da sociedade, os impostos também foram se adaptando, seguindo os formatos de


governança do Egito, Império Romano, Grécia e, até mesmo, as características da Idade Média. Nesta
última, a colecta dos impostos se assemelhava ao formato da Mesopotâmia. Os camponeses e
agricultores entregavam parte da colheita aos reis e príncipes e, em troca, os governantes
proporcionavam segurança e estradas para o transporte da produção.

Conforme as actividades da sociedade se diversificavam, a cobrança dos impostos também se


multiplicou, acompanhando o crescimento da economia. Porém, com novas e diferentes maneiras de
colectar tributos, a burocracia da arrecadação também evoluiu, tornando o processo mais complexo e
dando início à criação das teorias económicas.
Com a implantação da democracia e a distribuição de serviços públicos nas cidades de Atenas e
Roma, os impostos se tornaram organizados e formais, o que podemos dizer que foi também o início da
administração tributária.

A Revolução Industrial foi responsável por tornar os processos administrativos ainda mais
complexos, não apenas para a economia, mas também para a política e para a sociedade. Ao longo da
história da humanidade até os dias actuais, os impostos acompanharam essa evolução, envolvendo
também arrecadações para a segurança social, oferecendo garantias aos direitos do trabalho, entre
outras necessidades presentes no período.

O imposto em Angola

O sistema de impostos em Angola tem origens históricas que remontam ao período colonial, quando o
país estava sob domínio português. Durante esse tempo, os colonizadores impunham vários tributos
sobre a população local para financiar os custos administrativos do domínio colonial.

Após a independência de Angola em 1975, o país começou a desenvolver seu próprio sistema
tributário como parte dos esforços para estabelecer uma estrutura económica independente. Ao longo
dos anos, foram implementadas várias leis fiscais para regular a tributação em Angola.

A tributação em Angola abrange diversos tipos de impostos, incluindo imposto sobre o rendimento,
imposto sobre o valor acrescentado, impostos sobre transações, imposto predial e outros. O sistema
tributário é moldado por factores económicos, sociais e políticos específicos do país.

Em Angola, o imposto segue as características do objectivo clássico do imposto, que é um tributo que

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tem por finalidade principal a satisfação das necessidades do Estado, associado aos gastos públicos
como a educação, saúde, energia elétrica, habitação e construção de infraestrutura, segurança pública,
entre outros.

Certamente, a receita do Estado não se limita apenas aos impostos. A diversificação das fontes de
receita é uma prática comum para garantir a estabilidade financeira e a capacidade do governo de
atender às necessidades públicas. Além dos impostos, outras fontes de receita podem incluir:

• Receitas Não Tributárias: o Estado pode gerar receitas por meio de taxas, multas,
concessões,
vendas de ativos e outros mecanismos que não são estritamente impostos.
• Recursos Naturais: países ricos em recursos naturais, como petróleo, gás, minerais e
florestas,
muitas vezes obtêm receitas substanciais por meio da exploração e venda desses recursos.
• Empréstimos e Financiamento: os governos podem recorrer a empréstimos internos ou
externos para financiar projetos e despesas. As emissões de títulos são uma forma comum de captação
de recursos.
• Doações e Ajuda Internacional: muitos países recebem ajuda financeira e doações de
organizações internacionais e outros países para apoiar o desenvolvimento económico e social.
• Participação em Empresas Estatais: a participação do Estado em empresas pode gerar
receitas, e dividendos dessas empresas contribuem para os cofres públicos.
A diversificação das fontes de receita ajuda a reduzir a dependência excessiva de uma única fonte,
proporcionando uma base mais estável para o financiamento das actividades governamentais.

Em Angola, a obrigação de pagar impostos recai sobre várias entidades e indivíduos, e isso está
fundamentado em princípios de justiça fiscal, capacidade contributiva e na necessidade de financiar as
despesas do Estado. Aqui estão algumas categorias de contribuintes:

• Pessoas Singulares: Indivíduos que recebem renda, seja proveniente de salários, actividades
autônomas, ganhos de capital ou outras fontes, geralmente estão sujeitos ao imposto sobre o
rendimento.
• Pessoas Coletivas: Empresas e outras entidades jurídicas que operam em Angola são
normalmente obrigadas a pagar imposto sobre o rendimento, que pode ser o Imposto Industrial Geral
(IIG) ou o Imposto Industrial Simplificado (IIS), dependendo do porte da empresa.
• Consumidores: O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) é aplicado sobre o consumo de
bens e serviços. Os consumidores finais são os que suportam directamente esse imposto.
• Proprietários de Propriedades: O Imposto Predial Urbano (IPU) incide sobre propriedades
urbanas e é devido pelos proprietários dessas propriedades.
• Investidores e Empresas no Setor Petrolífero: O imposto sobre a produção de petróleo é
aplicado às empresas que exploram e produzem petróleo em Angola.

A base para a tributação está fundamentada em leis fiscais que buscam garantir uma distribuição

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equitativa do ônus tributário, levando em consideração a capacidade contributiva de cada entidade ou
indivíduo. Os impostos arrecadados são essenciais para financiar as actividades do governo e prover
serviços públicos à população.

O pagamento dos impostos corresponde a um dever de cidadania e é um dever de todos os cidadãos


enquanto contribuintes. A importância do pagamento de impostos justifica-se pelo facto de que é através da
tributação que se pode obter recursos financeiros para a satisfação das necessidades colectivas da população.

Os impostos mais comuns no sistema fiscal angolano são: Imposto Industrial (II), Imposto sobre o
Rendimento de Trabalho (IRT), Imposto de Selo (IS) e Imposto Predial Urbano (IPU).

Conceito de imposto

Imposto define-se por ser uma prestação pecuniária, coativa e unilateral, exigida por um ente público
com a finalidade de obtenção de receita. Ou melhor é uma quantia obrigatória que indivíduos e
entidades pagam ao governo, geralmente com base a sua renda, propriedades, bens ou atividades
económicas. Essa obrigação financeira é imposta pelo governo para financiar despesas públicas como
serviços governamentais, programas sociais, infraestrutura e outras necessidades colectivas.

Os impostos são uma forma fundamental de arrecadação de receitas para o governo e são aplicados em
diversos níveis, como impostos federais, estaduais ou provinciais e impostos municipais.

Características do imposto

Desta definição, resultam as seguintes características do imposto:

A. O IMPOSTO É UMA PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA


Em regra, o imposto é pago em dinheiro. Daí que o conceito de imposto esteja associado ao dinheiro.

No entanto, nem sempre o Imposto foi pago em dinheiro, outras formas de pagamento foram
utilizadas, tais como o pagamento espécie (Cereais, gado, etc.) ou trabalho nas Obras Públicas
(estradas, pontes), formas que ainda são utilizadas em muitos Países.

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No caso Angolano, o pagamento em espécie pode ser efectuado pelas empresas que têm como
actividades a prospecção, produção e exploração de hidrocarbonetos (petróleo) em regime de
concessão.

De qualquer modo, a tendência hoje é claramente no sentido do Imposto ser pago em dinheiro,
transformando em espécie em prestações pecuniárias.

B. É UMA PRESTAÇÃO DEFINITIVA

Tal significa que as importâncias pagas pelo devedor do Imposto não são restituíveis salvo se tiverem
sido indevidamente tributadas ou se tiver pago um valor superior ao devido.

C. O IMPOSTO É UMA PRESTAÇÃO UNILATERAL


O Estado não tem a obrigação de dar qualquer contrapartida individual ao Contribuinte pelo facto de
pagar os Impostos a que está sujeito.

D. O IMPOSTO É ESTABELECIDO POR LEI


A obrigação do Imposto decorre de uma exigência estabelecida na Lei, ou seja, a obrigação Tributária
baseia-se numa norma legal (Princípio da Legalidade). Se assim não fosse o lançamento e cobrança de
Imposto poderia estar sujeito há critérios subjectivos dos funcionários e demais agentes do Estado.

E. O IMPOSTO NÃO É UMA SANÇÃO


A obrigação do Imposto não constitui uma penalidade aplicada ao Contribuinte.
F. É UMA PRESTAÇÃO EXIGIDA PELO ESTADO
A obrigação do Imposto é estabelecida por uma entidade pública (Estado) pelo facto de ser
titular do Poder Tributário que é uma manifestação de soberania (Poder de Império) que se caracteriza
pela possibilidade de incorporar ou suprimir Impostos na ordem jurídica existente no País.

FASES DO IMPOSTO

Como já sabemos, a exigência de um imposto pressupõe, antes de mais, a existência de uma lei que o
autorize, a prévias definições das situações por ele abrangidas (O Facto Gerador), a enunciação das
pessoas e ele sujeitas (os Contribuintes), a determinação da Matéria Colectável (Base do Imposto) e a
fixação da taxa do imposto (percentagem).

Para que o Contribuinte pague nos cofres do Estado o valor do imposto é indispensável que,
previamente, sejam realizados determinados actos administrativos que levam à fixação do quantitativo a
pagar. A execução de tais actos pertencentes à Administração Fiscal constituindo o ciclo de tramitação
processual vulgarmente denominado por FASES DO IMPOSTOS.

Temos assim, que o estabelecimento do Imposto comporta quatro etapas ou fases fundamentais que
são: O lançamento, a liquidação, a cobrança e o pagamento.

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O Lançamento é um conjunto de operações administrativas cuja finalidade é a identificação
do Contribuinte e da Matéria Colectável.

A identificação faz-se através de informações fornecidas à Administração Fiscal pelos Contribuintes e


de outros elementos existentes nas Repartições Fiscais que formam o sistema do Registo Geral de
Contribuintes (RGC). A cada Contribuinte é atribuído um número e passado um Cartão cuja exibição é
obrigatória quando o Contribuinte realiza determinadas operações comerciais tipificadas na Lei.

Em Angola o Registo Geral de Contribuintes foi instituído pelo Decreto nº29/92, de 3 de


Julho, da Comissão Permanente do Conselho de Ministros, publicado no Diário da República I Série n°
26, da mesma data.

A Liquidação uma operação aritmética que visa quantificar o Imposto devido pelo
Contribuinte. Conhecida a base do Imposto, aplica-se à esta base uma percentagem (Taxa) legalmente
estabelecida, resultando desta operação um valor que corresponde ao Impostos que o Contribuinte deve
pagar nos cofres do Estado.

Geralmente a liquidação é feita pela administração fiscal. Modernamente, porém, a Legislação


confere ao próprio Contribuinte a obrigação de fazer esta operação na altura da apresentação da
declaração de rendimentos. É o que se designa por Auto Liquidação.

Sempre que, por facto imputável ao Contribuinte, for retardada a liquidação de parte ou da totalidade
do imposto devido, a este acrescerá o juro de 1% ao mês, sem prejuízo da multa cominada ao infractor.
Este juro chama-se Juro Compensatório e é contado por cada mês ou fracção, desde o termo do prazo
para o cumprimento da obrigação de que resultou atraso na liquidação até a data em que vier a ser
suprida ou corrigida a falta.

A cobrança do Imposto é um processo administrativo que leva o Contribuinte a pagar a sua


divida. A Cobrança pode ter um carácter amigável (administrativa) ou coercivo.

• A cobrança amigável realiza-se dentro do prazo que a Lei estabelece para o pagamento do
Imposto e consiste no contacto periódico com o Contribuinte avisando-o a divida fiscal que sobre si
impende e a data limite para a sua regularização.
• A cobrança coerciva é a que é realizada com a intervenção de um órgão de aplicação da
Justiça Fiscal (Tribunal de Execuções Fiscais) quando o Contribuinte não regulariza a sua divida nos
prazos estabelecidos.
O Pagamento é um conjunto de operações financeiras, em virtude das quais a quantia
monetária do Imposto passa do património do Contribuinte para os cofres do Estado extinguindo-se a
divida. O pagamento pode ser voluntário e coercivo .

• O pagamento voluntário é quando o Contribuinte efectua a entrega da quantia do Imposto nos


cofres do Estado dentro do prazo estabelecido por Lei.
• O pagamento coercivo é quando o contribuinte se furta ao pagamento do Imposto liquidado
dentro do prazo e é, por conseguinte, compelido ou forçado pela Administração Fiscal a satisfazer a sua
divida, através do Tribunal das Execuções Fiscais.
Não sendo pago um Imposto no prazo de vencimento começam a correr imediatamente
JUROS DE MORA.
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Os Juros de Mora são um acréscimo monetário que o devedor tem de pagar quando não efectuar a
entrega do Imposto liquidado dentro do prazo estabelecido. Os juros de mora têm natureza de uma
obrigação acessória de dívida principal. Para haver Juros de Mora é necessário que haja uma divida
fiscal que tenha sido paga no prazo legal.

Os Juros de Mora são calculados â taxa de 1% ao mês e vencem no dia um (1) de cada mês, contando-
se por inteiro o mês de cobrança.

Terminado o prazo do pagamento voluntário, entra-se na fase da cobrança coerciva. Entre estas
duas fases há uma fase pré-executiva ou de relaxe que consiste na realização das operações que
conduzem à cobrança coerciva. Estas operações são consolidadas da divida e a extração da Certidão de
relaxe. Nesta fase o contribuinte pode pagar a divida e os respectivos acréscimos legais.

Relaxada a divida esta é cobrada coercivamente pelo Tribunal das Execuções Fiscais,
acrescida de 10% de multa sobre as dividas e 35% mínimo de 5.000,00Kz de custos sobre o total da
divida relaxada.

O pagamento pode ser ainda a pronto, em prestações e em anuidades. O pagamento à pronto é o que se
efectua de uma só vez. O pagamento em prestações consiste em dividir o montante do Imposto em
parcelas que vencem periodicamente quando a Lei assim o permite. O pagamento em anuidades
consiste na divisão do valor do imposto por um determinado nº de anos, pagando em cada ano a parcela
correspondente e aplica-se sobre os direitos que caducam com a morte do titular.

Actualmente o pagamento de Impostos é feito nas Agências Bancárias autorizadas pelo


Ministério das Finanças.

Para pagar o seu Imposto o Contribuinte preenche um impresso próprio chamado Documento
de Cobrança (DC), que é apresentado aos balcões da Agência Bancária autorizada ou da Repartição
Fiscal (nas localidades onde não exista Banco) juntamente com a importância em numerário ou cheque
Visado passado a favor da Caixa do Tesouro Nacional.

Depois de recebido, uma visa do DC é entregue ao Contribuinte como seu justificativo sendo as
restantes remetidas à área competente do Ministério das Finanças para processamento dos dados e
subsequente contabilização das receitas do OGE e controlo dos Contribuintes.

FUNÇÕES DO IMPOSTO

Actualmente o imposto exerce na economia e na sociedade várias funções quer agindo como
instrumento de obtenção de receitas quer como variável de promoção do equilíbrio económico e justiça
social. Deste modo, o imposto exerce as seguintes funções:

a) -Financeira

b) - Económica

c) - Social

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A Função Financeira ou Fiscal do imposto traduz-se na mobilização de fundos para os cofres do
Estado a fim de fazer face aos gastos com a satisfação das necessidades colectivas. Esta é a função
clássica do imposto.

A função económica servindo-se do sistema fiscal, permite que o Estado actue sobre a conjuntura ou
sobre as estruturas económicas, modificando o seu comportamento pela utilização de medidas
temporárias ou definitivas que afectam o volume da repartição de carga fiscal, influenciando assim a
nível de actividades, o consumo e a poupança individual

Com a redução ou isenção de impostos o Estado pode incentivar o desenvolvimento de uma indústria,
ou o desenvolvimento económico-social de uma região e o bem-estar das populações de uma região ou
Província. Pelo contrário com o agravamento da carga fiscal o Estado pode desestimular o consumo de
determinados produtos e subsequentemente reduzir a sua produção.

A função social do imposto manifesta-se com a sua utilização como forma de obter determinados
efeitos ou benefícios sociais. Por exemplo a Tributação do consumo do tabaco visa banir os efeitos
negativos do tabagismo.

Um outro exemplo é o papel importante que pode atribuir-se ao imposto numa Política
Demográfica: a Tributação dos solteiros e as deduções de impostos em função dos encargos de família
podem encorajar os casamentos e o subsequente aumento de natalidade. Se porém, se pretender o efeito
contrário isentam-se ou reduz-se o imposto dos solteiros e tributam-se pesadamente os casados.
Considerando um imposto Progressivo, verifica-se que com a sua utilização procura-se aproximar as
condições não apenas no plano social como ainda no campo económico.

A intervenção financeira, fiscal do imposto podem combinar-se e completar-se na redistribuição da


riqueza. O imposto sobre os rendimentos elevados pode ser redistribuído sob diversas formas pelos
cidadãos de mais fraca capacidade económica.

Tipos de impostos em Angola

Os tipos de impostos em Angola são:

1. Imposto industrial (II);


2. Imposto predial urbano (IPU),
3. Imposto sobre o rendimento de trabalho (IRT);
4. . Imposto sobre a aplicação de capitais (IAC);
5. Imposto de selo (IS);
6. Imposto sobre sucessões e doações (SISA);
7. Imposto sobre o valor acrescentado (IVA);
8. Imposto especial de consumo (IEC);
9. Imposto sobre os veículos motorizados (IVM).

1. Imposto industrial (II): Incide sobre os lucros obtidos no exercício de qualquer actividade de

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natureza comercial ou industrial. O imposto industrial, é pago em função do tipo de actividade de que
exerce e o seu capital social. Os seus regimes podem ser Regimes gerais e Regimes simplificados.
2. O imposto predial Urbano (IPU): Incide sobre o valor patrimonial ou renda dos prédios
urbanos e rústicos bem assim sobre as transmissões gratuitas ou generosas de bens imóveis, qual quer
que seja o título a que tais transformações são operadas.

Isenções relacionadas ao Imposto Predial Urbano (IPU)

Entidades isentas incluem o Estado, Autarquias Locais, Estados Estrangeiros para imóveis de
representações diplomáticas, partidos políticos, institutos públicos, instituições religiosas, transmissões
onerosas de imóveis até Akz 3.000.000,00, prédios rústicos com critérios específicos, terras rurais
comunitárias, imóveis de construção precária e habitações sociais destinadas exclusivamente à
habitação própria. Isenções estão sujeitas a requisitos específicos e podem ser concedidas mediante
reconhecimento da Administração Tributária e comprovante da situação jurídica favorável do imóvel.

Taxa

Taxa do Imposto Predial sobre a detenção aplicável aos prédios urbanos, excepto nos terrenos para
construção, é determinada de acordo com a tabela seguinte:

A taxa do Imposto Predial aplicável ao terreno para construção é de 0,6%;

A taxa do Imposto Predial aplicável aos prédios arrendados é de 25%;

A taxa do Imposto sobre a transmissão de bem imóvel é de 2%;

Os prédios desocupados há mais de 1 ano, bem como os terrenos para construção relativamente aos
quais não sejam observados os critérios de aproveitamento útil efectivo, durante três anos consecutivos
ou seis interpolados, a contar da data da entrada em vigor do CIP, da sua concessão, ocupação ou da
última transmissão, ficam sujeitos a uma tributação adicional de 50% do imposto devido.

Pagamento

O Imposto Predial é pago em diferentes situações. Para a detenção de imóvel, o pagamento deve ser
efetuado até o último dia útil de março, podendo ser dividido em seis prestações a pedido do sujeito
passivo. No caso do Imposto Predial sobre a renda sujeita à retenção na fonte, o substituto tributário
deve entregá-lo até o último dia útil do mês seguinte à retenção. Na ausência de retenção, o sujeito
passivo paga até o último dia útil de março. Em transmissões onerosas ou gratuitas, o imposto é pago
pelos sujeitos passivos até o último dia útil do mês seguinte ao evento. Se a transmissão ocorrer no
exterior, o pagamento deve ser feito até o último dia do segundo mês seguinte. Em casos de

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arrematação, venda judicial, adjudicação, transação, ou outras formas similares, o imposto deve ser
pago no prazo de 15 dias a partir da notificação da Administração Tributária.

Imposto sobre o rendimento de trabalho (IRT): Incide sobre os rendimentos dos trabalhadores por
conta própria (profissional liberais comerciais industriais) ou conta de outrem (trabalhadores
dependentes).
Incidência objetiva O IRT incide sobre rendimentos de trabalhadores por conta própria ou por conta
de outrem, abrangendo várias formas de remuneração.

Incidência Subjetiva Devido por pessoas singulares, residentes ou não no país, que obtenham
rendimentos por serviços prestados a entidades com presença no território nacional.

Grupos de Tributação:

• Grupo A: Remunerações de trabalhadores por conta de outrem, funcionários públicos e


titulares de órgãos sociais.
• Grupo B: Remunerações de trabalhadores por conta própria listados no código.

• Grupo C: Remunerações de actividades industriais e comerciais, conforme tabela de lucros


mínimos.
Não Sujeição e Isenção: Alguns rendimentos estão isentos ou não sujeitos ao IRT, como prestações
sociais, abono de família, contribuições para a segurança social, entre outros.

Determinação da Matéria Colectável: Depende do grupo de tributação e envolve cálculos específicos


para cada categoria.

Taxa: As taxas variam entre grupos, sendo aplicadas sobre os rendimentos sujeitos ao IRT.

Liquidação: A liquidação é feita pelas entidades responsáveis pelo pagamento, com retenção na fonte
em alguns casos.

Pagamento e Entrega: O imposto é pago de acordo com o grupo, sendo entregue pelas entidades
empregadoras ou pelos próprios contribuintes em prazos específicos.

O Imposto sobre Aplicação de Capitais (IAC) incide sobre os rendimentos provenientes da simples
aplicação de capitais. Os rendimentos estão divididos em duas secções: A e B.

Na Secção A, incluem-se juros, rendimentos de contrato de crédito e derivados de mora no


pagamento.

Na Secção B, abrangem-se lucros distribuídos, juros de obrigações, Bilhetes do Tesouro, Títulos do


Banco Central, royalties, prémios, mais-valias, entre outros.

Isenções:

Na Secção A, isenção para juros de vendas a crédito de comerciantes e empréstimos sobre apólices de
seguros de vida.
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Na Secção B, isenções para lucros ou dividendos distribuídos por entidades angolanas, juros de
instrumentos de poupança autorizados e juros de contas poupança-habitação.

Determinação da Matéria Colectável:

Secção A: Determinada com base na declaração dos rendimentos pelos titulares.

Secção B: Determinada com base na declaração dos rendimentos pela entidade pagadora.

Taxa:

Secção A: 15%

Secção B: 10%, excepto para rendimentos negociados em mercado regulamentado e rendimentos de


indemnização pela suspensão da actividade (5%).
Liquidação:

Secção A: Efetuada pelos titulares dos rendimentos, ou pelos devedores se os titulares não
residirem em Angola.

Secção B: Efetuada pelas entidades pagadoras, responsáveis pelo pagamento integral do imposto em
caso de não pagamento.

Prazo de Pagamento: O pagamento do IAC deve ser feito até o último dia do mês seguinte ao que
respeita o imposto.

Obrigações Declarativas: As entidades obrigadas à liquidação devem apresentar declaração de


rendimentos até o final de janeiro do ano seguinte aos recebimentos, pagamentos ou colocação à
disposição.

O IAC incide sobre rendimentos de aplicação de capitais, com diferentes taxas e responsabilidades de
liquidação, e prazos de pagamento e obrigações declarativas específicos para cada secção.

O Imposto de Selo (IS): incide sobre diversos atos, contratos, documentos, títulos, livros, papéis,
operações e outros eventos conforme estabelecido na tabela anexa ao Código ou em leis específicas.
Incidência Subjectiva: São obrigados a liquidar o Imposto de Selo e entregá-lo ao Estado diversos
sujeitos, tais como notários, conservadores, instituições financeiras, locadores, sublocadores,
arrendatários, subarrendatários, seguradoras, segurados (relativamente à soma do prémio do seguro),
trespassantes, entre outros. A responsabilidade financeira recai sobre o titular do interesse económico,
como adquirente, utilizador de crédito, locatário, entre outros.

Isenções: O Código do Imposto de Selo prevê várias isenções, incluindo para o Estado, instituições de
previdência, associações de utilidade pública, instituições religiosas (excepcto em atividades
empresariais), determinados tipos de créditos, operações de gestão de tesouraria entre empresas do
mesmo grupo, contratos de trabalho, entre outros.

20
Taxa: As taxas do Imposto de Selo são determinadas pela tabela anexa ao Código, expressas em valor
absoluto ou percentagem.

Liquidação e Pagamento: Os sujeitos passivos são responsáveis pela liquidação do Imposto de Selo e
devem efetuar o pagamento até o final do mês seguinte à constituição da obrigação tributária.

Obrigações Declarativas: Os sujeitos passivos devem apresentar anualmente uma declaração


discriminativa do Imposto de Selo até o final do último dia útil do mês de março do ano seguinte à
realização dos actos, contratos ou operações sujeitas ao imposto.

6. Imposto sobre sucessões e doações (SISA): incide sobre a transmissão gratuita dos bens
mobiliários.
Isenções

Estão isentas do pagamento do Imposto sobre Sucessões e Doações:


• As heranças, legados, donativos e aquisições destinadas ao Estado, Institutos Públicos (museus,
bibliotecas, escolas e hospitais), serviços municipais, instituições de caridade e beneficência;
• Aquisições de propriedade literária e artística;
• Transmissões de valor inferior a 2 (dois) UCF a favor de descendentes, ascendentes ou
cônjuges;
• Partidos políticos ou coligação de partidos com assento na Assembleia.

Taxa

Nas transmissões entre cônjuges ou a favor de descendentes e ascendentes a taxa aplicável é de 10%
incidido sobre o valor da herança correspondente a 11 (onze) UCF e de 15% (incidindo sobre o valor
excedente da herança). Em quaisquer outras transmissões a taxa aplicável é de 20% sobre o valor
correspondente a 11 (onze) UCF e 30% sobre o valor excedente da herança.
Encargos
O encargo do Imposto sobre Sucessões e Doações recai sobre a pessoa a quem o bem foi transmitido.
Liquidação e pagamento
Compete à Repartição Fiscal do domicílio do finado, ou onde se tiver realizado contrato de doação,
proceder a liquidação do Imposto sobre Sucessões e Doações, devendo o beneficiário efectivo da
sucessão ou doação a efectuar o pagamento dentro do prazo definido na notificação emitida pela
Repartição Fiscal.

O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) incide sobre as transmissões de bens, as prestações de
serviços efectuadas no território nacional, a título oneroso, por um sujeito passivo, agindo nessa
qualidade, bem como sobre as importações de bens.
Os sujeitos passivos incluem pessoas singulares, coletivas ou entidades envolvidas em atividades

21
económicas, importadores, entidades governamentais em certas circunstâncias, partidos políticos,
sindicatos, instituições religiosas e outras.
Regimes de Tributação:
1. Regime Geral: Contribuintes registados na Repartição Fiscal dos Grandes Contribuintes ou
que aderiram voluntariamente.
2. Regime Transitório: Para contribuintes com volume anual de faturação superior a USD
250,000, vigente até 31 de dezembro de 2020, com taxa de 3%.
3. Regime de Não Sujeição: Para contribuintes com volume anual de faturação igual ou
inferior a USD 250,000.
Isenções: Diversas operações internas, importações, exportações, e operações específicas estão
isentas do IVA, incluindo transmissões de bens alimentares, medicamentos terapêuticos, livros, locação
de bens imóveis habitacionais, transporte coletivo de passageiros, entre outros.
Taxa: A taxa padrão do IVA é de 14%, exceto na Província de Cabinda, onde a taxa para importação
de mercadorias e transmissão de bens é de 2%.
Liquidação e Pagamento: A liquidação do IVA é realizada pelos sujeitos passivos, pelos
Serviços Aduaneiros (importação) e pela Administração Geral Tributária (liquidação oficiosa). O
pagamento deve ser efetuado até o final do mês seguinte às operações realizadas.
Imposto Cativo e Direito Cativo: Empresas petrolíferas, Estado, autarquias locais e outras entidades
devem efetuar cativação de 100% ou 50% do IVA nas faturas de seus fornecedores, conforme o caso. O
direito cativo permite a dedução do IVA pago em aquisições de bens e serviços.
Obrigações Declarativas: Sujeitos passivos devem apresentar declarações de início, alteração ou
cessação da atividade, além de declarações periódicas mensais e anexos correspondentes.
Os principais pontos relacionados ao Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), incluindo incidência,
regimes, isenções, taxas, liquidação, pagamento, imposto cativo, direito cativo e obrigações declarativas.
7. Imposto especial do consumo (IEC) Incidência Objectiva:
O Imposto Especial do Consumo (IEC) incide sobre os bens referentes no objecto que constam
no Código do IEC, produzidos no território nacional, importados e introduzidos no consumo, ainda que
provenientes de actividades ilícitas.
Incidência Subjectiva:

• São sujeitos passivos do IEC as pessoas singulares ou colectivas ou outras entidades que:
• Pratiquem operações de produção, quaisquer que sejam os processos ou meios utilizados;
• Procedam a importação de bens;
• Procedam a arrematação ou venda de bens em hasta pública.
• São ainda sujeitos passivos do IEC as pessoas singulares ou colectivas que em situação regular
ou irregular introduzam no consumo produtos sujeitos a IEC e as entidades que se encontrem na posse
de bens sujeitos a IEC detidos para fins comerciais, que não tenham sido objecto de tributação.
Isenções:
Estão isentas do IEC:
22
• Os bens exportados, quando a exportação seja feita pelo próprio produtor ou entidade
vocacionada para o efeito;
• Os bens importados pelas representações Diplomáticas e Consulares, quando haja
reciprocidade de tratamento e os bens importados pelas Organizações Internacionais;
• As matérias-primas para a indústria nacional e os bens destinados ao uso em estabelecimento
de saúde, desde que devidamente certificados pelo Departamento Ministerial que superintende a
actividade e da declaração de exclusividade;
• Os bens destinados a fins laboratoriais e de investigação científica;
• Os bens de uso pessoal, tal como definidos na Legislação Aduaneira;
• Os bens destinados ao consumo como provisões de bordo, em aeronaves e embarcações de
tráfego internacional;
• Os produtos vendidos a bordo de embarcações ou aeronaves de tráfego internacional;  Os produtos que
beneficiem da aplicação de um regime suspensivo de direitos aduaneiros;  Os produtos vendidos em
lojas francas.
Determinação da Matéria Colectável:
O valor tributável em IEC é:

• Para os bens produzidos no país, o custo de produção;


• Para os bens importados, o valor aduaneiro;
• Nas arrematações ou vendas realizadas pelas Estâncias Aduaneiras ou quaisquer outros
serviços públicos o valor pelo qual tiverem sido efectuadas;
• Nos casos em que o preço ao público ou não sendo este reconhecido ou determinável, o valor
de mercado de bens.
Taxa:
As taxas do IEC são as que constam das tabelas anexas ao Código do Imposto Especial do Consumo.
Liquidação e Pagamento:
A liquidação do Imposto sobre o Valor Acrescentado deve ser efectuado:

• Pelos produtores, nos casos dos bens produzidos no país;


• Pelas Estâncias Aduaneiras, no caso de importação de bens;  Pelo
serviço que realizar a arrematação ou venda em hasta pública;  Pela
Repartição Fiscal.
A entrega do IEC é efectuada uma única vez pelas pessoas ou entidades obrigadas a liquidá-lo.
No momento em que submete a declaração, o sujeito passivo deve proceder a entrega do Imposto
liquidado nas facturas ou documentos equivalentes efectivamente pagos, devendo a Repartição Fiscal
emitir o respectivo Documento de Cobrança;

Obrigações Declarativas:

23
Os sujeitos passivos do IEC estão obrigados a apresentar, até ao último dia útil de cada mês, na
Repartição Fiscal, uma declaração em duplicado, conforme modelo oficial, no qual procedam a entrega
do Imposto devido, relativamente ao volume de operações realizadas no mês anterior.

8. Imposto sobre os veículos motorizados (IVM)

Incidência Objetiva:
O imposto incide sobre veículos motorizados, matriculados ou registrados, incluindo automóveis,
motociclos,
aeronaves e embarcações.

Incidência Subjetiva:
Sujeitos passivos são os proprietários ou possuidores registrados dos veículos. A posse efetiva,
adquirentes de
veículos não tributados anteriormente e locatários financeiros são equiparados a proprietários.

Isenções:
Isentos do imposto estão o Estado, Autarquias Locais, Institutos Públicos, Partidos Políticos,
Missões Diplomáticas, Consulares e Organizações Internacionais. Tratores para agricultura e veículos
adaptados para deficientes também podem ser isentos.

Matéria Coletável:
O valor do imposto é determinado pela cilindrada do motor, peso máximo autorizado à descolagem
(para
aeronaves), tonelagem de arqueação bruta (para embarcações) e tonelagem (para veículos pesados).

Taxas:
Taxas variam de acordo com a categoria e características dos veículos. Exemplos incluem cilindrada
para
motociclos e veículos ligeiros e tonelagem para pesados.

Liquidação e Pagamento:
O imposto é liquidado e pago de janeiro a junho de cada ano, referente ao exercício anterior. A
comprovação do
pagamento é realizada por meio de selo aprovado.

Fiscalização:
A fiscalização é conduzida por diversas autoridades, incluindo a Polícia Nacional,
Administração Marítima Nacional e Autoridade Aeronáutica. O cumprimento das obrigações é
necessário para atos de registo ou licenciamento.

Dever de Cooperação:
24
As Administrações Municipais ou Autarquias Locais devem cooperar com a Administração Tributária
para
garantir o cumprimento da lei.

Garantia do Pagamento:
Os serviços competentes devem exigir prova de pagamento do imposto do último ano para reemissão de
documentos do veículo, como Título de Propriedade, Livrete, Licença de Embarcação e Certificado de
Navegabilidade.

Os principais pontos relacionados ao Imposto sobre Veículos Motorizados, abrangendo incidência,


sujeitos
passivos, isenções, matéria colectável, taxas , liquidação, fiscalização, cooperação e garantia do
pagamento.

Os diferentes tipos de impostos em Angola desempenham um papel crucial na sustentação financeira do


governo e
no fomento do desenvolvimento econômico. Esses impostos, como o Imposto Industrial, Predial
Urbano, sobre Rendimento de Trabalho, sobre Aplicação de Capitais, de Selo, sobre Sucessões e
Doações, sobre Valor Acrescentado, Especial de Consumo e sobre Veículos Motorizados, contribuem
para a receita pública, financiando serviços públicos, infraestrutura e programas sociais. A diversidade
tributária permite ao governo captar receitas de várias fontes, distribuindo o ônus tributário de maneira
mais equitativa entre cidadãos e empresas. Além disso, os impostos desempenham um papel regulatório
e incentivam práticas econômicas sustentáveis. A correta gestão desses impostos é essencial para
garantir uma arrecadação eficiente e transparente, contribuindo para a estabilidade fiscal e o
desenvolvimento socioeconômico do país. Ao cumprir suas obrigações fiscais, cidadãos e empresas
colaboram diretamente para o fortalecimento das instituições governamentais e para a construção de
uma sociedade mais justa e próspera.

Imposto industrial

O imposto industrial é uma taxa que as empresas pagam sobre a produção de bens ou serviços
industriais. Esse imposto é uma parte do lucro da empresa destinada ao governo e é utilizado para
financiar gastos públicos, como serviços e infraestrutura.

Em Angola, o sistema de impostos industriais evoluiu ao longo do tempo, especialmente considerando


o contexto histórico e as mudanças políticas e econômicas. Antes da independência em 1975, durante o
período colonial, Angola estava sujeita a sistemas tributários estabelecidos pelas potências
colonizadoras, como Portugal.

Após a independência, o governo angolano assumiu o controlo do sistema tributário e implementou


suas próprias políticas. Durante as décadas seguintes, houve diversas mudanças e ajustes nos regimes
fiscais, em resposta às transformações na economia do país.

É importante notar que o desenvolvimento específico do imposto industrial em Angola pode ser

25
influenciado por factores como políticas governamentais, necessidades financeiras, e mudanças nas
prioridades econômicas ao longo do tempo.

O imposto Industrial apresenta as seguintes caracteristicas:

É directo: Incide sobre o lucro tributável das pessoas singulares ou colectivas.

É estadual: O sujeito activo é o Estado.

É períodico: A declaração de rendimentos diz respeito ao resultado obtido em determinado ano e é


apresentada todos os anos.

É proporcional: A taxa de imposto é sempre a mesma, 30%, qualquer que seja o montante de matéria
colectável.

Ele é aplicado às empresas que exercem atividades industriais dentro do território angolano. O
objetivo desse imposto é arrecadar recursos para o governo e promover o desenvolvimento do setor
industrial. O imposto industrial em Angola foi estabelecido como parte do sistema tributário do país
para gerar receitas do setor industrial e promover o desenvolvimento econômico.

No que diz respeito à sua aplicação nas empresas, o imposto industrial é calculado com base
no lucro líquido obtido pela empresa durante o exercício fiscal. A taxa de imposto pode variar
dependendo do tipo de atividade industrial e do tamanho da empresa. O imposto industrial em Angola é
aplicado a todas as empresas que exercem atividades industriais no país. Isso inclui empresas dos
setores de manufatura, processamento de alimentos, produção de bens de consumo, construção civil,
entre outros. Todas essas empresas estão sujeitas ao pagamento do imposto industrial de acordo com a
legislação fiscal vigente em Angola.

Ao longo dos anos, Angola tem feito alterações na legislação relacionada ao imposto
industrial, buscando tornar o ambiente de negócios mais favorável e estimular os investimentos no setor
industrial. O histórico desse imposto está diretamente ligado aos esforços do governo em promover o
crescimento econômico e a diversificação da economia angolana.

O Imposto Industrial (II) incide sobre os lucros obtidos no exercício de qualquer actividade de
natureza comercial ou industrial, ainda que acidental.

São considerados sempre de natureza comercial ou industrial:

• A actividade de exploração agrícola, aquícola, avícola, silvícola, pecuárias e piscatórias;


• A actividade de mediação, agência ou de representação na realização de contratos de
qualquer
natureza;
• O exercício de actividades reguladas pelas entidades de supervisão de seguros e de jogos,
pelo Banco Nacional de Angola e pela Comissão do Mercado de Capitais;

26
• A actividade das sociedades cujo objecto consista na mera gestão de uma carteira de
imóveis,
de participações sociais ou outros títulos;
• Actividades das fundações, fundos autónomos, cooperativas e associações de beneficência;
Exercício de profissões liberais no formato societário ou associativo.
Sujeitos passivos

São sujeitos passivos do Imposto Industrial:

• As sociedades comerciais, civis com ou sem forma comercial, as cooperativas, fundações,


associações, os fundos autónomos, as empresas públicas e as demais pessoas colectivas de direito
público ou privado, com sede ou direcção efectiva em território angolano;
• As entidades desprovidas de personalidade jurídica, com sede ou direcção efectiva em
território angolano, cujos rendimentos não sejam directamente tributáveis em Imposto Industrial, quer
estejam na titularidade de pessoas singulares ou colectivas;
• As pessoas colectivas que não tenham sede ou direcção efectiva em Angola, mas que
obtenham
rendimentos no país;
• As heranças jacentes, as pessoas colectivas em relação às quais seja declarada a invalidade,
as associações e sociedades civis sem personalidade jurídica e as sociedades comerciais ou civis sob
forma comercial, anteriormente ao registo definitivo.

Regimes de tributação

1. Regime Geral

São tributados pelo Regime geral os contribuintes cuja matéria colectável é determinada com base na
declaração fiscal e demonstrações financeiras, nos termos do CII, do Plano Geral de Contabilidade,
Planos de Contas das Instituições Financeiras e Seguradoras, do Plano de Contas dos Organismos de
Investimento Colectivo, das Sociedades Gestoras e outros estabelecidos por legislação própria.

2. Regime Simplificado

O presente regime aplica-se aos contribuintes sujeitos ao Imposto Industrial que estejam abrangidos
pelo regime de não sujeição do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).
Isenções

Estão isentas do Imposto Industrial as companhias de navegação marítima ou aéreas se, no país de
nacionalidade, as companhias angolanas de igual objecto social gozarem da mesma prerrogativa.

Taxas

A taxa geral do Imposto Industrial é de 25% (vinte cinco por cento).

Para os rendimentos provenientes de actividades exclusivamente agrícolas, aquícolas, apícolas,


avícolas, piscatórias, silvícolas e pecuárias, a taxa única é de 10% (dez por cento).

Para os rendimentos provenientes de actividades do sector bancário e de seguros, operadoras de

27
telecomunicações e de empresas petrolíferas angolanas, aplica-se a taxa única de 35% (trina e cinco por
cento).

Prazo para liquidação e pagamento

1. Liquidação e Pagamento Provisório sobre Vendas

Os contribuintes do Regime Geral devem proceder à autoliquidação provisória e pagamento do II,


mediante a aplicação de uma taxa de 2% (dois por cento), sobre o volume total das vendas dos
primeiros seis meses do exercício, devendo ser feito até ao último dia útil do mês de Agosto.

2. Liquidação e Pagamento Definitivo

• Regime Geral de Tributação: Até ao último dia útil do mês de Maio de cada ano;
• Regime Simplificado de Tributação: Até ao último dia útil do mês de Abril de cada ano.
Obrigações declarativas

1. Regime Simplificado

Os contribuintes sujeitos ao Regime Simplificado de Tributação devem apresentar, anualmente, até ao


último dia do mês de Abril, o Modelo de Declaração Simplificada ou o livro de registo de compra e
venda e serviços prestados, podendo, a obrigação, ser cumprida na Repartição Fiscal de domicílio ou
por via da submissão electrónica, nos termos regulamentares.

Os contribuintes do Regime Simplificado de Tributação que submetem electronicamente as suas


declarações fiscais passam a deduzir 10% (dez por cento) das suas despesas administrativas
relacionadas com a aquisição de aplicativo informático, respectivas licenças e contratação de
contabilista.

2. Regime Geral

Os contribuintes do Regime Geral de Tributação submetem, electronicamente, nos termos


regulamentares, ou apresentam anualmente, até ao último dia útil do mês de Maio, na Repartição Fiscal
de Domicílio, a Declaração Modelo 1 em duplicado.

A Declaração Modelo 1 deve ser entregue, obrigatoriamente, sob pena da sua não recepção
pela Repartição Fiscal, acompanhada da Demonstração de Resultados por Natureza, Demonstração de
Fluxo de Caixa, Balanço, Balancete Razão e Balancete Geral Analítico, antes e depois dos lançamentos
de rectificação ou regularização e de apuramento dos resultados do exercício e respectivos anexos,
devidamente assinados pelo contabilista responsável pela sua elaboração.

Apuramento de Resultado

O termo "apuramento do resultado" refere-se ao processo contabilístico de cálculo do lucro ou prejuízo

28
de uma entidade em um determinado período de tempo. Esse processo consiste na transferência dos
saldos da classe 6 (Proveitos e Ganhos por Natureza) e 7 (Custos e Perdas por Natureza) para classe 8
(Resultados).

Durante o apuramento do resultado, são considerados diversos elementos financeiros, tais como:

1. Receitas: Ingressos de recursos financeiros resultantes das actividades principais ou secundárias


da entidade.
2. Despesas: Custos e gastos associados às operações da entidade.
3. Custos: Gastos directamente relacionados à produção de bens ou serviços.
4. Impostos: Encargos tributários sobre as operações da entidade.
Ao calcular a diferença entre as receitas totais e as despesas totais, é possível determinar se a entidade
obteve lucro (receitas superiores às despesas), prejuízo (despesas superiores às receitas) ou se manteve
equilibrada (receitas igualando-se às despesas) durante o período contabilístico em questão.

O apuramento do resultado é uma parte fundamental do processo contabilístico e é geralmente


realizado no final de cada período contabilístico, seja ele mensal, trimestral ou anual. Os resultados
apurados são frequentemente apresentados na Demonstração do Resultado, que é uma das
demonstrações financeiras essenciais para entender a performance financeira de uma empresa.

Os Resultados são apurados nas Contas da Classe 8-Resultados.

Apurar os resultados é encerrar ou anular as contas da Classe 6-Proveitos e ganhos por natureza e as
contas da classe 7-Custos e perdas por natureza. As contas da Classe 6-Proveitos e ganhos Financeiros
são de natureza credora, anular essas contas é debitar o seu valor e transferir o seu valor a crédito na
conta dos Resultados. As contas da Classe 7-Custos e Perdas Financeiras são de natureza devedora,
anular essa conta é creditar o seu valor e transferir a débito para a conta dos resultados.

Numa empresa encontramos 5 tipos de Resultados:

82- Resultados operacionais: Credita-se pelos proveitos das contas 61 até 65 e debita-se pelos custos
das contas 71 até 75.

83-Resultados Financeiros: Credita-se pelos proveitos da conta 66 e debita-se pelos custos da conta 76.

84-Resultados em filiais e associados: Credita-se pelos proveitos da conta 67 e debita-se pelos custos
da conta 77.
85-Resultados não operacionais: Credita-se pelos proveitos da conta 68 e debita-se pelos custos da
conta 78.

86-Resultados extraordinários: Credita-se pelos proveitos da conta 69 e debita-se pelos custos da conta
79.

Depois de apurar esses resultados, a empresa calcula o Resultado antes do imposto, de modo a calcular o
Imposto sobre os lucros estimado.

29
𝑅𝐴𝐼 = 𝑅𝐸𝑆𝑈𝐿𝑇𝐴𝐷𝑂𝑆 𝑂𝑃𝐸𝑅𝐴𝐶𝐼𝑂𝑁𝐴𝐼𝑆 + 𝑅𝐸𝑆𝑈𝐿𝑇𝐴𝐷𝑂𝑆 𝐹𝐼𝑁𝐴𝑁𝐶𝐸𝐼𝑅𝑂𝑆 𝐺𝐸𝑅𝐴𝐼𝑆 + 𝑅𝐸𝑆𝑈𝐿𝑇𝐴𝐷𝑂𝑆
𝐸𝑀 𝐹𝐼𝐿𝐼𝐴𝑆 + 𝑅𝐸𝑆𝑈𝐿𝑇𝐴𝐷𝑂𝑆 𝑁Ã𝑂 𝑂𝑃𝐸𝑅𝐴𝐶𝐼𝑂𝑁𝐴𝐼𝑆 + 𝑅𝐸𝑆𝑈𝐿𝑇𝐴𝐷𝑂𝑆 𝐸𝑋𝑇𝑅𝐴𝑂𝑅𝐷𝐼𝑁Á𝑅𝐼𝑂𝑆

𝐼𝑀𝑃𝑂𝑆𝑇𝑂 𝑆𝑂𝐵𝑅𝐸 𝑂𝑆 𝐿𝑈𝐶𝑅𝑂𝑆 = 𝑅𝐴𝐼 ∗ 25%

𝑅𝐸𝑆𝑈𝐿𝑇𝐴𝐷𝑂 𝐿Í𝑄𝑈𝐼𝐷𝑂 𝐷𝑂 𝐸𝑋𝐸𝑅𝐶Í𝐶𝐼𝑂 = 𝑅𝐴𝐼 − 𝐼𝑀𝑃𝑂𝑆𝑇𝑂 𝑆𝑂𝐵𝑅𝐸 𝑂𝑆 𝐿𝑈𝐶𝑅𝑂𝑆

82

Custos Resultado operaional <------ Proveitos


operacionais ------------- ---- operacionais
>

83

Custos e perdas Resultado financeiro <------ Proveitos e


------------- ----- ganhos
>
financeiros gerais financeiros gerais

84

Custo e perdas ------------ Resultado financeiros em <------


financei- > filiais ----- Proveitos e ganhos
ros em filiais e e associados financeiros em
associados

30
filiais e associados

85

custos e perdas ------------ Resultado não operacionais <------ Proveitos e ganhos


> -----
não operacionais não operacionais

86

custos e perdas ------------ Resultados extraordinários <------ Proveitos e ganhos


> -----
extraordinários extraordinários

87

Imposto sobre os lucros

88

Resultado líquido do
exercício

Casos práticos
Depois de abordarmos de modo teórico este tema, iremos demonstrar na pratica
como o imposto industrial impacta no resultado da empresa. Por isso, vamos
apresentar a empresa que vamos estudar. O objectivo principal é demonstração de
resultado.

Apresentação da empresa

Firma: PemaFarma
Localização: Rua das Violetas, Neves Bendinha
Inicio de actividade: 02/09/2021
Número de identificação fiscal: 5000020360
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A farmácia pertence ao regime simplificado incede do imposto industrial
Pertence ao regime de exclusão e sede de iva

Missão

A sua missão é fornecer produtos farmacêuticos e serviços de saúde de alta


qualidade, promovendo o bem-estar e atendendo às necessidades dos clientes. Isso
inclui a dispensação segura e eficaz de medicamentos, aconselhamento sobre seu
uso adequado, educação sobre saúde e promoção de práticas saudáveis. Em resumo,
a missão de uma farmácia é garantir o acesso a cuidados de saúde essenciais e
contribuir para a melhoria da qualidade de vida da comunidade atendida.

Visão
Ser reconhecida como líder na promoção da saúde e no fornecimento de serviços
farmacêuticos de alta qualidade, sendo referência pela excelência no atendimento ao
cliente e na busca contínua por inovação e aprimoramento dos cuidados de saúde.

Valores
Eles prezam pela integridade, cuidado ao paciente, profissionalismo, empatia,
excelência, colaboração e responsabilidade social. Estes princípios guiam as ações
da farmácia, promovendo práticas éticas, qualidade no atendimento e contribuição
para o bem-estar da comunidade.

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