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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE MANICA

DIVISÀO DE ECONOMIA, GESTÃO E TURISMO


CURSO DE CONTABILIDADE E AUDITORIA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO TÉCNICO-PROFISSIONAL – 1 REALIZADO NA AT –


MANICA

Mazuanzara Francisco João Júnior

Supervisor: Dr. Cardoso Esboi

Tutor: Msc. António Paulo

Matsinho, Março de 2021

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RELATÓRIO DO ESTÁGIO TÉCNICO-PROFISSIONAL – 1 REALIZADO NA AT –
MANICA

Autoridade Tributária de Moçambique

Área de Estagio: Sectores do: IVA, IRPS, IRPC, ISPC, Contencioso Fiscal, Juízo das
Execuções Fiscais, Recebedoria da Fazenda e NUIT

Período de Estágio: de 04 de Janeiro a 04 de Março de 2021

Mazuanzara Francisco João Júnior

Correio electrónico: mjudelio@gmail.com


Contacto: +258 843585588 ou +258
873432036

Relatório de Estágio Profissional


apresentado ao Instituto Superior
Politécnico de Manica, como requisito
parcial para a aprovação da Disciplina de
Estágio Técnico Profissional I no Curso
de Licenciatura em Contabilidade e
Auditoria.

Matsinho, Março de 2021

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RESUMO

As actividades do Estágio Técnico-Profissional tiveram por objectivo conciliar a teoria à prática, analisar os
procedimentos internos relacionados com a liquidação e a cobrança de impostos e sua relação com Princípios de
Contabilidade Geralmente Aceites. As actividades decorreram na Delegação Provincial da Autoridade Tributaria
de Manica, numa das suas Unidades Orgânicas – Direcção da Área Fiscal de Chimoio. Este relatório visa
descrever os procedimentos das actividades realizadas e, fundamentalmente, os resultados alcançados ao longo
do estágio. Durante o estágio as actividades foram orientadas pelo António Paulo Msc, e supervisionadas pelo dr.
Cardoso Esboi, desenvolvidas literalmente de acordo com os Termos de Referência previamente fornecidos pelo
ISPM. Os resultados alcançados são satisfatórios, uma vez que o estudante adquiriu competências para abraçar o
mundo profissional.

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LISTA DE TABELAS

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LISTA DE ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS

AT – Autoridade Tributária de Moçambique

DAF – Direcção de Área Fiscal de Chimoio

GARE – Guia de arrecadação de receita de Estado

IRPC – Imposto Sobre Rendimento de Pessoas Colectivas

IRPS – Imposto Sobre Rendimento de Pessoas Singulares

ISPC – Imposto Simplificado Para Pequenos Contribuintes

IVA – Imposto Sabre o Valor Acrescentado

NUIT – Numero Único de Identificação Tributaria

CUT – Conta Única do Tesouro

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar gostaria de agradecer ao criador pela vida e pelos bens livres a que ele nos
proporciona a cada dia, agradecer ao Msc António Paulo pela paciência e verdadeira aula de
sapiência por ele transmitido, ao docente… pelo acompanhamento a medida que ia redigindo
o relatório e a todos que tornaram possível a realização do estágio bem como a produção do
presente relatório.

À todos

Muito Obrigado.

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CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1.1. Introdução

Os impostos são as prestações obrigatórias, avaliáveis em dinheiro, exigida por uma entidade
pública, para prossecução de fins públicos, sem contraprestação individualizada, e cujo facto
tributário assenta em manifestação de capacidade contributiva, devendo estar previsto na Lei
(n°2 art.3 da Lei 2/2006, de 22 de Março).

Neste contexto, o agente tributário é responsável pela arrecadação de receitas de forma justa e
transparente que é canalizado à CUT (Conta Única do Tesouro) – Ministério de Economia e
Finanças, para financiar a despesa pública.

No primeiro dia do estagio na DAF – Chimoio foi lhe apresentado todos os sectores
nomeadamente: Secretaria, Juízo das Execuções Fiscais, Contencioso Fiscal, Recebedoria da
Fazenda (Tesouraria) e Gestão Tributaria que é constituído por sectores do IVA, IRPS, IRPC,
Outros Impostos e NUIT. Após a apresentação, foi conduzido ao sector do IVA para o início
do estágio e foi indicado António Paulo Msc, como tutor da instituição.

Msc, António Paulo afirmou que passaria por todos os sectores existentes na DAF porém,
levaria mais tempo nos sectores de IRPS e IRPC onde os conhecimentos teóricos adquiridos
na instituição do ensino encontram espaço para a sua aplicação.

1.2. Objectivos de Estagio

1.2.1. Geral

 Conciliar a teoria à prática adquiridos pelo estudante ao longo das aulas nas diversas
áreas relacionadas com a liquidação e a cobrança de impostos.

1.2.2. Específicos

 Realizar as actividades práticas laborais da entidade acolhedora;


 Discutir conceitos teóricos em relação as actividades executadas no estágio; e
 Analisar os procedimentos internos relacionados com a liquidação e a cobrança de
impostos e sua relação com Princípios de Contabilidade Geralmente Aceites.

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1.3. Metodologia Adoptada

Para a concretização deste relatório seguiu-se o método de observação qualitativo, por este
método conter carácter mais exploratório e aberto, em que o investigador efectua anotações
do campo. Este método fornece um moderado grau de realismo quando se trata de observação
em meio natural; permite uma observação directa dos comportamento das pessoas, sem se ter
de confiar na narração que estas fazem sobre este comportamento, ajuda a compreender a
importância dos factores contextuais, entre outras, têm como desvantagens: ser mais caro do
que a aplicação de testes e questionários, a observação não permite por vezes, compreender as
razões que levaram a esse comportamento.

1.4. Estrutura do Trabalho

O relatório esta dividido em capítulos, sequenciado por títulos e subtítulos. O primeiro


capítulo trata de introdução, objectivos de estágio e metodologia adoptada. No segundo é
efectuada a caracterização da entidade de acolhimento, dando-se relevo à sua localização,
Missão, Visão, Valores, bem como os seus órgãos. No terceiro, encontra-se subdividido em
mais de três partes principais, numa primeira fase, é efectuada uma descrição das actividades
desenvolvidas, os procedimentos contabilísticos a adoptados associados à legislação
legalmente aplicada. Em segunda parte, é feito uma discrição dos processos contabilísticos,
desde a recepção dos documentos até à valorização, e por fim o desdobramento do controlo
interno e a integração das obrigações fiscais.

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CAPITULO II: DESCRIÇÃO DA INSTITUIÇÃO

A Autoridade Tributária de Moçambique (AT) é um órgão do aparelho do Estado com


autonomia administrativa, tutelado pelo ministro que superintende a áreas das finanças, criado
pela Lei n.º 1/2006, de 22 de Março e tem como tarefas fundamentais, nos termos do n.º 3 do
artigo 4 do diploma legal atrás citado, (i) executar a política tributária e aduaneira, dirigindo e
controlando o funcionamento dos seus serviços, (ii) planificar e controlar as suas actividades e
os sistemas de informação, (iii) formar e qualificar os recursos humanos e (iv) elaborar
estudos e apoiar na concepção de políticas tributária e aduaneira.

A AT tem uma orgânica centralizada com sede em Maputo, possui três direcções regionais
(Sul, Centro e Norte), uma Delegação em cada capital provincial.

Objectivos da instituição

Constituem objectivos da Autoridade Tributária, designadamente, assegurar a eficácia, a


eficiência e a equidade na aplicação das políticas tributária e aduaneira, garantindo uma maior
comodidade para os contribuintes no cumprimento das obrigações fiscais e criando uma maior
capacidade de detecção sobre o incumprimento e evasão fiscal.

Órgãos da Instituição

São órgãos da Autoridade Tributária, o Conselho Superior Tributário, o Presidente da


Autoridade Tributária e o Conselho Directivo. Têm a sua sede em Maputo com
representações em todas as capitais provinciais e em alguns distritos do país.

Outros aspectos relevantes

Missão

Arrecadar receitas, de forma justa e transparente, para o financiamento da despesa pública e


proteger a economia e a sociedade.

Visão

Ser referência internacional na arrecadação de receitas e prestação de serviços tributários.

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Valores

Legalidade, Eficiência e Integridade (LEI).

Organograma da AT

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CAPITULO III: ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS

Durante o período de estágio, foram desenvolvidas as actividades relativas à Administração


tributária, sob a orientação do Msc António Paulo. Na área fiscal, os contribuintes são
registados em dois grandes grupos de impostos a saber: em sede do ISPC (Imposto
Simplificado Para Pequenos Contribuintes) e em sede do IVA (Imposto Sobre o Valor
Acrescentado).

Lei nº 5/2009, de 12 de Janeiro- Cria o Imposto Simplificado para Pequenos ( ISPC)

Nº 2 do artigo 2Para efeitos deste imposto, consideram-se actividades de pequena dimensão as


definidas nos artigos seguintes, cujo volume de negócios anual seja igual ou inferior a
2.500.000,00Mts.

Artigo 3-incidência subjectiva

O ISPC é devido pelas pessoas singulares ou colectivas que desenvolvam actividades


agrícolas, industrias ou comerciais, tais como, comercialização agrícola, o comércio
ambulante, o comércio geral por grosso, a retalho e misto e o comércio rural, incluindo em
bancas, barracas, quiosques, cantinas, lojas e tendas, bem como a industria transformadora e
a prestação de serviços.

Enquadramento para tribuação

Artigo 7- Isenção

 Ficam isentos do ISPC os sujeitos passivos com volume de negócios equivalente a 36


salários mínimos do salário mínimo mais elevado em 31 de Dezembro do ano anterior
ao que respeitam os negócios.

Artigo 8 taxas

I. Taxa anual do ISPC é de 75.000,00Mt.

II. Alternativamente, é aplicável a taxa de 3% sobre o volume de negócios desse ano.

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Os sujeitos passivos que iniciem a actividade e optem pela primeira vez pelo ISPC
beneficiam da redução da taxa do imposto em 50%, no primeiro ano do exercício da
actividade.

Ao passo que os sujeitos passivos inscritos em sede do IVA, estão sujeitos a outras obrigações
fiscais nomeadamente o IRPS (Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Singulares) ou IRPC
(Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas).

Enquadramento dos sujeitos passivos em sede do IVA (Lei nº 32/2007, de 31 de


Dezembro - Código do Imposto Sobre o valor Acrescentado)

I. Regime de tributação normal – Volume anual de negócios superior à 2.500.000,00Mt-


Taxa de 17% (Artigo 17do CIVA-Pag. mensal).

II. Regimes especiais

 Regime de tributação simplificada- Volume anual de negócios superior a


750.000,00Mts e inferior a 2.500.000,00Mts- Percentagem 5%( Artigo 42 CIVA- Pag.
Trimestral)

Regime de isenção-volume anual de negócios igual ou inferior a 750.000,00Mt

3.1. Sector do ISPC

No sector do ISPC o estagiário trabalhou por um período de uma (1) semana, onde teve a
oportunidade de perceber o funcionamento do sector que se resume em recepção dos modelos
de inicio de actividade M/02, inscrição de novos sujeitos passivos, inserir no sistema os
modelos de inicio de actividade e abrir processos individuais dos sujeitos passivos, bem como
a abertura de ficha de controlo de contribuintes.
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O estagiário teve a oportunidade de poder acompanhar a cobrança do 4º trimestre de 2020
que foi realizada em Janeiro de 2021, onde os sujeitos passivos apresentaram-se ao balcão
levando consigo a guia de pagamento M/30 (modelo 30) e o agente tributário insere no
sistema onde imprime GARE (Guia de arrecadação de receita de Estado), que é entregue ao
contribuinte para efectuar pagamento via banco.

3.2. Sector do IVA

No sector do IVA, o processo não difere tanto quanto do ISPC, o modelo de início de
actividade é mesmo (M/02), a semelhança do que acontece no sector do ISPC, no sector do
IVA a regra é a mesma, recepção dos modelos de inicio de actividade M/02, inscrição de
novos sujeitos passivos, inserirno sistema os modelos de inicio de actividade e abrir
processos individuais dos sujeitos passivos, bem como a abertura de ficha de controlo de
contribuintes.

Para além do sistema que permite ter acesso aos faltosos no pagamento do imposto devido, a
ficha do controlo de pagamento, é um documento auxiliar com a mesma finalidade de modo a
assegurar que todos os faltosos tenham o mesmo tratamento que consubstancia em:

I. Levantamento do auto de notícia por este não apresentar a declaração periódica que
pode apresentar imposto a pagar, com crédito ou sem operações;

II. Liquidação oficiosa, que consiste em apurar o imposto com base nos elementos
existentes no processo individual do sujeito passivo e no sistema de cobrança de
imposto; e

III. Elaboração da notificação onde é demonstrado os elementos que serviram de suporte


para o apuramento do imposto a pagar.

3.3. Sectores do IRPS e IRPC


Nestes sectores os procedimentos não diferem, é feita a abertura de processos individuais
onde serão arquivados todos os documentos com informações fiscais referentes a cada
contribuinte destes sectores. O estagiário trabalhou com M/19, M/39, que são declarações
periódicas de pagamento (mensal), para além destes modelos, encontram-se os modelos
M/22 e M/20 sendo declaração anual de rendimento e declaração anual de infirmações
contabilística e fiscal respectivamente. Para pessoas singulares encontra-se o M/10 que
também é declaração anual de rendimentos.
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A declaração M/10, é entregue até ao mês de Abril de cada ano contendo informações
referentes ao ano anterior. Esta declaração de rendimento é apresentada por pessoas
singulares que exerçam actividades empresariais onde demonstram custos e proveitos,
imposto a pagar ou a recuperar conforme o caso. Já a declaração M/22 é apresentada até ao
mês de Maio de cada ano por pessoas colectivas onde demonstram custos e proveitos,
imposto a pagar ou a recuperar conforme o caso.

Após receber a explicação do funcionamento destes sectores, o trabalho centrou-se na análise


de processos de empresas com a contabilidade organizada, tendo a oportunidade de analisar
processos de 20 empresas. No decurso da análise, constatou-se que o custo contabilístico de
algumas empresas difere do custo fiscal por força da legislação fiscal. Das 20 empresas
analisadas, 6 resultaram em adicionamentos fiscais que permitiu o apuramento do imposto a
pagar no valor de 472.032,99 MZN (Quatrocentos e setenta e dois mil, trinta e dois meticais
e noventa e nove centavos), cujas empresas foram notificadas, para efectuarem o pagamento
ou reclamação querendo, com suportes documentais no prazo de 30 dias.

Períodos de pagamento

 IRPS a final

 IRPS por conta

 IRPC a final

 IRPC por conta

 Pagamento especial por conta

O IRPS, encontra-se subdividido em cinco categorias a saber:

 1ª Categoria:

 2ª Categoria

 3ª Categoria

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 4ª Categoria e

 5ª Categoria

Nos sectores do IVA, IRPS, IRPC e ISPC foi notório a falta de pagamento no período
previsto pela Lei, por parte dos sujeitos passivos e quando isso acontece os encarregados
destes sectores elaboram auto de notícia que depois será remetido ao sector do Contencioso
para o levantamento de auto de transgressão.

3.4. Sector do Contencioso Fiscal

Neste sector, a ênfase centralizou na constituição dos processos fiscais que inicia com a
recepção dos autos de notícias que são levantados pelos sectores seguindo-se da instrução
do processo conforme as pecas em anexo, que depois de constituído é remetido no gabinete
do director para o despacho. Após o despacho, o escrivão entrega mandado de notificação
ao oficial de diligências para efeitos de notificação ao respectivo sujeito passivo e este tem,
o prazo de 30 dias para reclamar ou efectuar o pagamento da multa. Nesta fase podemos
encontrar três (3) situações distintas:

1. Processos reclamados que são remetidos aos sectores que elaboraram os autos de
noticias para informação e posterior decisão do director;

2. Processos cujos transgressores reconhecem e efectuam o pagamento; e

3. Processos cujos transgressores não efectuam o pagamento e nem reclamam.

Quando assim acontece, terminado o prazo de 30 dias, relacionam se os processos e remete-


se ao Tribunal Fiscal para condenação imediata. Depois da sentença do Tribunal Fiscal,
notifica-se o sujeito passivo para o conhecimento da decisão tomada por esse órgão e se o
sujeito passivo não efectuar o pagamento no prazo indicado, relaxa-se para a cobrança
coerciva através do sector do Juízo das Execuções Fiscais.

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Quando o sujeito passivo paga, elabora-se o M/11 (operações da tesouraria), também há
casos em que os processos reclamados pelos sujeitos passivos, provam terem razão e os
processos depois de informação são dados provimentos suas reclamações e anula-se o
processo.

3.5. Sector do Juízo das Execuções Fiscais

Este sector têm a função de cobrar coercivamente todas as dívidas fiscais bem como as não
fiscais, que não são pagas dentro do prazo regulamentado. O processo do Juízo das Execuções
Fiscais começa com a recepção das certidões de relaxe que são lavradas pelos sectores, onde é
indicado o tipo de dívida e o valor em causa, instrui-se o processo que depois é remetido à
Juíza das Execuções Fiscais, no caso da DAF - Chimoio, esta função é assumida pela
respectiva directora isto porque em Manica não há Juízo Privativo das Execuções Fiscais.

Depois de assinado o mandado, o escrivão acompanhado de oficial de diligencias, deslocam-


se às empresas para citação (notificar) e os contribuintes tem dez (10) dias para efectuarem o
pagamento, findo o prazo sem que a divida seja regularizada, segue-se a fase de penhora de
bens e/ou conta bancária que garante a regularização da dívida em causa. Aqui o contribuinte
também tem o direito de reclamar, facto previsto…Para o caso de bens penhorados, são
vendidos em hasta pública e ganha quem apresentar maior valor ou proposta.

A nível deste sector, os processos findam por pagamento da divida pelo executado, prescrição
da divida decorridos 10 anos e também podemos encontrar o julgamento em falha de
processos cujo os contribuintes, depois de varias diligencias não se conseguem localizar
ficando pendentes os processos e a medida que forem localizados serão cobrados.

Tanto no Contencioso assim como no Juízo, o sujeito passivo pode requerer a amortização da
dívida em prestações quando não poder efectuar o pagamento da divida numa única prestação,
nos termos do Decreto

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CAPITULO IV: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

Conclusão

Durante o período de estágio foram desenvolvidas actividades que culminaram na conciliação


do aprendizado nas aulas e a pratica no local de estagio, as quais consubstanciaram em atingir
objectivos de aprendizagem relevantes no progresso da área de conhecimento na Administração
tributária,

As bases práticas completaram, deste modo, as bases académicas. A realização deste estágio
curricular, integrado no plano curricular da contabilidade e Auditoria, contribuiu para uma
primeira aproximação ao mercado de trabalho, sendo uma mais-valia para ambas as partes,
estagiário e entidade de acolhimento. Como estagiário, foi possível aplicar alguns dos
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conhecimentos teóricos adquiridos durante o curso; tive a oportunidade de adquirir novos
conhecimentos e práticas, nas mais diferentes áreas, junto de profissionais experientes; adquiri
métodos de trabalho em equipa com vista a um único objectivo; adquiri experiência a
trabalhar com diferentes pessoas.

Aprendi que os documentos contabilísticos são muito importantes, porque são a base para a
contabilidade e Finança, devendo ser tratados com toda a atenção, para que os documentos
sejam bem guardados e as respectivas obrigações fiscais inerentes sejam cumpridas.
Inicialmente senti bastantes dificuldades, que foram sendo superadas ao longo do período de
estágio. Acredito que talvez as dificuldades sentidas fossem menores, se durante o percurso
académico, algumas das aulas tivessem uma vertente mais prática.

Em síntese, o estágio e a realização do relatório colaboraram de um modo significativo para a


minha vida profissional no futuro, assim como o presente relatório é importante para a
faculdade, os colegas do curso e o público em geral.

Recomendações

 O aumento do período do estágio, visto que, o período de três meses não é suficiente
para adquirir um conjunto completo sobre as práticas contabilísticas aprendidas, desde
a abertura ate o fecho de contas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Lei n.º 15/2002, de 26 de Junho – Lei de Base do Sistema Tributário em Moçambique

Lei nº 32/2007, de 31 de Dezembro – Códigodo Imposto Sobre o Valor Acrescentado

Decreto nº 7/2008, de 16 de Abril – Regulamento do Códigodo Imposto Sobre o Valor


Acrescentado

18
Lei nº 33/2007, de 31 de Dezembro – Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Singulares

Decreto nº 8/2008, de 16 de Abril – Regulamento do Código do Imposto sobre o Rendimento


das Pessoas Singulares

Lei nº5/2009, de 12 de Janeiro, Cria o Imposto Simplificado para pequenos Contribuintes

https://pt.wikipedia.org/wiki/Tesouraria

GLOSSÁRIO

Tesouraria: o sector encarregado da contabilidade, armazenamento ou transações de


dinheiro.

19
Gestão Tributaria: É o processo de administração que têm por finalidade adequação e
planeamento das actividades, visando controlo das operações desencadeadas nos sectores do
IVA, IRPS, IRPC, Outros Impostos e NUIT.

Sujeitos passivos: pessoa singular ou colectiva que tem obrigações fiscais

Execuções Fiscais: é o procedimento de cobrança judicial para recuperar valores devidos


pelo cidadão ao Estado.

Tribunal Fiscal: órgão competente para administrar a justiça, nos litígios decorrentes das
relações jurídico-fiscais.

Amortização da dívida: é um processo de extinção de uma dívida através de pagamentos


periódicos.

Contencioso Fiscal: é o conjunto de espécies processuais (processos), definidas pelas leis


tributárias.

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21
ANEXOS E APÊNDICES

ANEXOS

22
Modelo A –Declaração Periódica

23
M/02 – Declaração de Registo ou Alterações de Dados de Início de Actividade

24
M/10

25
M/11

26
M/19

27
M/20

28
M/22

29
M/30 – Guia de Pagamento do ISPC

30
M/39

31
Empresa: Judelio Lda
4001025
NUIT: 4
Relação de facturas sem NUIT, cujo o IVA foi deduzido indevidamente 20
N/ Nº Descrição da Mat.
O Data Fact/Rec operação Fornecedor IVA Colectável Observação
6-3- COGEF Trading,
1 2019 42106 Diversos Lda 7,047.01 41,452.99  
8-5- COGEF Trading,
2 2019 11912 Diversos Lda 6,044.44 35,555.56  
8-5- COGEF Trading, Não
3 2019 11932 Diversos Lda 6,051.71 35,598.29 dedutível
10-5- COGEF Trading, ao abrigo do
4 2019 48805 Diversos Lda 6,051.71 35,598.29 n° 2
9-6- COGEF Trading, do artigo 18
5 2019 49074 Diversos Lda 5,448.72 32,051.28 CIVA
24-7- Ferragens L.H.A-
6 2019 18717 Diversos E.I 3.923.08 27,769.92  
9-8- COGEF Trading,
7 2019 49076 Diversos Lda 4.722.22 27,777.78  
8-10- COGEF Trading,
8 2019 25883 Diversos Lda 11.188.03 65,811.97  
26-11- COGEF Trading,
9 2019 1937 Diversos Lda 4,273.50 45,726.50  
4-12-
10 2019 2707 Diversos Meher, Lda 568.12 3,341.88  
20-12-
11 2019 7970 Chapas   145.30 854.70  
20-12- D.I.Internacional,
12 2019 84886   E.I. 196.58 1,196.58  
352,735.7
      Soma   35,827.09 4  

Chimoio, aos 15 de Fevereiro de 2021

O Tecnico

Mazuanzara Junior

32
Empresa: KP
NUIT
: 400 235 120
Relação de cheques emitidas sem suporte documental e contabilizados na conta 4.5
Mat.
N/O Ano Subconta Descrição da operação Colectável Observação
1 2019 451801 Outras operaçes com orgãos sociais 128,335.00 alínea g) n° 1 artgo 36
CIRPC, conjugado
      Subtotal 128,335.00 com
2 2018 451101 Adiatamentos aos Orgãos sociais 31,859.00 artigo 34 CIRPS)
3 2017 451101 Adiatamentos aos Orgãos sociais 187,000.00  
      Total 347,194.00  

IRPS Tributação autonoma…….347.194,00 * 35% = 121.517,90MT ( Nos termo nº 4 artigo 36 do


CIRPC, conjugado com artigo 34 do CIRPS).

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