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RELATÓRIO DO ESTÁGIO TÉCNICO-PROFISSIONAL – 1 REALIZADO NA AT –
MANICA
Área de Estagio: Sectores do: IVA, IRPS, IRPC, ISPC, Contencioso Fiscal, Juízo das
Execuções Fiscais, Recebedoria da Fazenda e NUIT
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RESUMO
As actividades do Estágio Técnico-Profissional tiveram por objectivo conciliar a teoria à prática, analisar os
procedimentos internos relacionados com a liquidação e cobrança de impostos e sua relação com Princípios de
Contabilidade Geralmente Aceites. As actividades decorreram na Delegação Provincial da Autoridade Tributaria
de Manica, numa das suas Unidades Orgânicas – Direcção da Área Fiscal de Chimoio. Este relatório visa
descrever as actividades realizadas e fundamentalmente os resultados alcançados ao longo do estágio. Durante o
estágio as actividades foram orientadas pelo Msc, António Paulo e supervisionadas pelo dr. Cardoso Esboi,
desenvolvidas de acordo com os termos de referência previamente fornecidos pelo ISPM. Os resultados
alcançados são satisfatórios, uma vez que o estudante adquiriu competências para abraçar o mundo profissional.
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ÍNDICE
RESUMO..............................................................................................................................................iii
AGRADECIMENTOS..........................................................................................................................vi
CAPITULO I: INTRODUÇÃO..............................................................................................................1
1.1. Introdução...............................................................................................................................1
1.2.1. Geral...............................................................................................................................1
1.2.2. Específicos......................................................................................................................1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................13
GLOSSÁRIO.......................................................................................................................................14
ANEXOS E APÊNDICES...................................................................................................................15
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LISTA DE ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS
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AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar gostaria de agradecer ao criador pela vida e pelos bens livres a que ele nos
proporciona a cada dia, agradecer ao Msc António Paulo pela paciência e verdadeira aula de
sapiência por ele transmitido, ao docente… pelo acompanhamento a medida que ia redigindo
o relatório e a todos que tornaram possível a realização do estágio bem como a produção do
presente relatório.
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CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
Os impostos são as prestações obrigatórias, avaliáveis em dinheiro, exigida por uma entidade
pública, para prossecução de fins públicos, sem contraprestação individualizada, e cujo facto
tributário assenta em manifestação de capacidade contributiva, devendo estar previsto na Lei
(n°2 art.3 da Lei 2/2006, de 22 de Março).
Neste contexto, o agente tributário é responsável pela arrecadação de receitas de forma justa e
transparente que é canalizado à CUT (Conta Única do Tesouro) – Ministério de Economia e
Finanças, para financiar a despesa pública.
No primeiro dia do estagio na DAF – Chimoio foi lhe apresentado todos os sectores
nomeadamente: Secretaria, Juízo das Execuções Fiscais, Contencioso Fiscal, Recebedoria da
Fazenda (Tesouraria) e Gestão Tributaria que é constituído por sectores do IVA, IRPS, IRPC,
Outros Impostos e NUIT. Após a apresentação, foi conduzido ao sector do IVA para o início
do estágio e foi indicado Msc, António Paulo como tutor da instituição.
Msc, António Paulo afirmou que passaria por todos os sectores existentes na DAF porém,
levaria mais tempo nos sectores de IRPS e IRPC onde os conhecimentos teóricos adquiridos
na instituição do ensino encontram espaço para a sua aplicação.
1.2.1. Geral
Conciliar a teoria à prática adquiridos pelo estudante ao longo das aulas nas diversas
áreas relacionadas com a liquidação e a cobrança de impostos.
1.2.2. Específicos
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Analisar os procedimentos internos relacionados com a liquidação e a cobrança de
impostos e sua relação com Princípios de Contabilidade Geralmente Aceites.
Para a concretização deste relatório seguiu-se o método de observação qualitativo, por este
método conter carácter mais exploratório e aberto, em que o investigador efectua anotações
do campo. Este método fornece um moderado grau de realismo quando se trata de observação
em meio natural; permite uma observação directa dos comportamento das pessoas, sem se ter
de confiar na narração que estas fazem sobre este comportamento, ajuda a compreender a
importância dos factores contextuais, entre outras, têm como desvantagens: ser mais caro do
que a aplicação de testes e questionários, a observação não permite por vezes, compreender as
razões que levaram a esse comportamento.
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CAPITULO II: DESCRIÇÃO DA INSTITUIÇÃO
A AT têm uma orgânica centralizada com sede em Maputo, possui cinco direcções gerais
(Direcção Geral dos Serviços Comuns, Direcção Geral das Alfândegas, Direcção Geral de
Imposto, Direcção Geral de Controlo Interno, e Direcção Geral de Planeamento, Estudo e
Cooperação Internacional) três direcções regionais (Sul, Centro e Norte), uma Delegação em
cada capital provincial.
Objectivos da instituição
Órgãos da Instituição
Missão
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Visão
Valores
Organograma da AT
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CAPITULO III: ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS
O ISPC, faz parte dos impostos directos, quem estiver inscrito neste grupo de imposto, não
está sujeito ao pagamento de outros impostos tais como: IRPS, IRPC ou IVA.
Artigo 7 - Isenção
Artigo 8 – Taxas
I. Taxa anual do ISPC é de 75.000,00Mt (setenta e cinco mil meticais), podendo ser
pago o valor de 18.750,00MT (Dezoito mil, setecentos e cinquenta meticais) ao
trimestre.
Os sujeitos passivos que iniciem a actividade e optem pela primeira vez pelo ISPC beneficiam
da redução da taxa do imposto em 50%, no primeiro ano do exercício da actividade.
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3.1.1. Sector do ISPC
No sector do ISPC trabalhou durante uma semana, onde teve a oportunidade de perceber o
funcionamento do mesmo, que se resume em recepção de M/02 (Modelo de Inicio de
Actividade), de novos sujeitos passivos, inserção no sistema de M/02, abertura de processos
individuais dos sujeitos passivos, bem como de ficha de controlo de pagamento. Os M/02 são
preenchidos em duplicado sendo original para o sujeito passivo e duplicado para o sector e do ISPC.
Acompanhou a cobrança do 4º trimestre de 2020 que foi realizada em Janeiro de 2021, onde
os sujeitos passivos apresentaram-se ao balcão levando consigo a Declaração Periódica de
pagamento M/30 (modelo 30) e o agente tributário, recebia as declarações conferia e depois
inseria no sistema, imprimia a GARE (Guia de arrecadação de receita de Estado), que era
entregue ao contribuinte para efectuar pagamento via banco.
Em relação aos sujeitos passivos inscritos em sede do IVA, estão sujeitos a outras obrigações
fiscais nomeadamente: o IRPS (Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Singulares) ou IRPC
(Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas), consoante o caso, pessoas singulares
ou colectivas.
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3.2.1. Sector do IVA
No sector do IVA, o processo não difere tanto do ISPC, pois difere apenas nos campos a
preencher, no modelo de início de actividade (M/02). A semelhança do que acontece no
sector do ISPC, no sector do IVA a regra é a mesma, recepção dos modelos de inicio de
actividade para inscrição de novos sujeitos passivos, conferir e depois inserir no sistema e
abrir processos individuais dos sujeitos passivos, bem como de ficha de controlo de
pagamento. Os M/02 são preenchidos em triplicado, depois de assinados pela directora da
DAF, são distribuídos da seguinte maneira:
Para além do sistema que permite ter acesso aos faltosos ao pagamento dos impostos, a ficha
do controlo de pagamento é um documento auxiliar com a mesma finalidade de modo a
assegurar que todos os faltosos tenham o mesmo tratamento que consiste em:
II. Liquidação oficiosa, que consiste em apurar o imposto com base nos elementos
existentes no processo individual do sujeito passivo e no sistema de cobrança de
imposto; e
Neste sector é feita abertura de processo individuais, após a recepção do triplicado do M/02,
que é fornecido pelo sector do IVA, onde são arquivados todos os documentos com
informações fiscais do contribuinte. O IRPS, encontra-se subdividido em cinco categorias de
acordo com n°. 2 do artigo 1, CIRPS aprovado pela Lei n°. 33/2007 de 31 Dezembro:
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1ª Categoria: rendimentos de trabalhos dependentes
Períodos de pagamento:
O M/10 (declaração anual de rendimento), é entregue até ao mês de Abril de cada ano
contendo informações referentes ao ano anterior. Esta declaração é apresentada por pessoas
singulares que exerçam actividades empresariais onde demonstram custos e proveitos,
imposto a pagar ou a recuperar.
O M/19 (declaração periódica de pagamento), é entregue até ao dia 20 de cada mês, contendo
informações referentes ao mês anterior. Esta declaração destina-se ao pagamento de impostos
(retenções na fonte, taxas liberatórias, etc.) previstos no Código do Imposto sobre o
Rendimento de Pessoas Singulares (CIRPS).
Sector de IRPC
Períodos de pagamento
IRPC por conta: Maio, Julho e Setembro (alínea a n°. 1 artigo 27 do CIRPC)
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Pagamento especial por conta: Junho, Agosto e Outubro (n°. 1 do artigo 21 do
CIRPC)
Nos sectores do IVA, IRPS, IRPC e ISPC foi notório a existência de faltosos ao
cumprimento da principal obrigação (pagamento de impostos) e também das obrigações
acessórias que consubstanciam transgressões fiscais, sujeita ao levantamento de auto de
notícia que são encaminhados ao sector de contencioso.
Neste sector, a ênfase centralizou-se na constituição dos processos fiscais que inicia com a
recepção dos autos de notícias que são levantados pelos sectores, seguindo-se a instrução
do processo conforme as peças em anexo, que depois de constituído é remetido ao gabinete
da directora para o despacho. Após o despacho, o escrivão entrega mandado de notificação
ao oficial de diligências para efeitos de notificação ao respectivo sujeito passivo, para no
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prazo de 30 dias efectuar o pagamento da multa ou reclamar. Neste sector podemos
encontrar três (3) situações distintas:
2. Processos reclamados que são remetidos aos sectores que elaboraram os autos de
noticias para informação e posterior decisão da directora; e
Este sector têm a função de cobrar coercivamente todas as dívidas fiscais bem como as não
fiscais, que não são pagas dentro dos prazos regulamentados. No Juízo das Execuções Fiscais
o processo começa com a recepção das certidões de relaxe que são lavradas pelo recebedor,
quando se trata de dívidas fiscais onde é indicado o tipo de dívida e o valor em causa. Depois
de instrução, os processos são remetidos ao gabinete da Juíza das Execuções Fiscais, no caso
da DAF - Chimoio, esta função é assumida pela respectiva directora, porque em Manica não
há Juízo Privativo das Execuções Fiscais.
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feita por simples requerimento ou embargo nos termos estabelecidos nos artigos 169 e 176 do
Código das Execuções Fiscais
A nível deste sector, os processos findam por pagamento da divida pelo executado, prescrição
da divida decorridos 10 anos e também podemos encontrar o julgamento em falha de
processos cujo os contribuintes, depois de varias diligências não se localizáveis ficam
pendentes a medida que forem localizados são cobrados.
Importa referir que antes de julgamento em falha, os executados em locais incertos são
notificados via edital que é publicado nos jornais de maior circulação e fixados em locais
públicos.
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CAPITULO IV: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
Conclusão
Aprendeu que os documentos contabilísticos são muito importantes, porque são a base para a
elaboração das demonstrações financeiras, devendo ser tratados com toda a atenção, para que
os mesmos sejam bem guardados no período de dez anos, por imperativo do n°. 5 Artigo 75 do
CIRPC, aprovado pela Lei n°. 34/2007 De 31 de Dezembro. Inicialmente sentiu bastantes
dificuldades, que foram sendo superadas ao longo do período de estágio. Acredita que talvez
as dificuldades sentidas fossem menores, se durante o percurso académico, algumas das aulas
tivessem uma vertente mais prática.
Recomendações
O aumento do período do estágio, visto que, o período de três meses não é suficiente
para adquirir um conjunto completo sobre as práticas contabilísticas aprendidas, desde
a abertura até o fecho de contas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tesouraria
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GLOSSÁRIO
Tribunal Fiscal: órgão competente para administrar a justiça, nos litígios decorrentes das
relações jurídico-fiscais.
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ANEXOS E APÊNDICES
ANEXOS
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Modelo A – Declaração Periódica
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Continua M/A
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M/02 – Declaração de Registo ou Alterações de Dados de Início de Actividade
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Continua M/02
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M/10
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M/19
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M/20
M/
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M/30 – Guia de Pagamento do ISPC
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M/39
Auto de
Noticias
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