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INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

SANDRINA PINHEIRO MIGUEL, Nº 8060

Relatório de Estágio Curricular ao Abrigo do Protocolo Celebrado entre a


ESTG – IPG e a CTOC

Guarda, Dezembro de 2009


Relatório de Estágio

Nota Prévia

Este relatório tem por objectivo descrever o estágio curricular realizado no âmbito do
curso de Contabilidade da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto
Politécnico da Guarda, realizado no Departamento de Contabilidade da empresa
Roquegest – Consultores de Gestão, Lda.

O seu objectivo foi o de aperfeiçoar os conhecimentos adquiridos pela aluna ao longo


do seu percurso académico na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto
Politécnico da Guarda, preparando-a para o mercado de trabalho.

Assim, serão descritas as actividades desempenhadas durante o período de estágio,


tomando por base a empresa Tintas Compinta, Lda.

Como nota prévia, aclara-se que as cores (azul e vermelho) utilizadas no texto do
presente relatório correspondem às cores do Curso de Contabilidade.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) i


Relatório de Estágio

Agradecimentos

O mais fácil de realizar no presente relatório é o de enumerar as pessoas a quem


agradecer e a mais difícil é a de encontrar as palavras que me permitam descrever o
quão estou agradecida, pelo que vou procurar agradecer-lhes todos os dias.

Aos meus pais e irmã agradeço o amor incondicional, pelo apoio e coragem que sempre
me transmitiram. Aos meus familiares, amigos, colegas e na impossibilidade de nomear
todas as pessoas que me acompanharam, sem cometer faltas por omissão, agradeço a
disponibilidade dispensada, alegria e amizade que me transmitiram e que contribuiu
para o meu bem-estar.

Em particular, à orientadora de estágio na Escola Superior de Tecnologia e Gestão


(ESTG) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), Prof. Doutora Maria de Fátima
David, agradeço pelo seu inestimável apoio e orientação, assim como ao orientador de
estágio na Roquegest – Consultores de Gestão, Lda., pelo seu interesse, apoio e por me
ter permitido colocar em prática alguns dos conhecimentos adquiridos ao longo do
curso, para além de me ter transmitido bastante da sua experiência e conhecimento.

Deixo também uma palavra de agradecimento aos professores da ESTG-IPG, pela


forma como leccionaram as suas aulas e por me terem transmitido interesse pelas
diversas matérias, bem como pela sua disponibilidade em ouvir-me e esclarecer todas as
dúvidas por mim suscitadas.

Adicionalmente, quero agradecer também a todos os colegas de trabalho que me


ajudaram no decurso de estágio, apoiando-me e estando sempre disponíveis para tirar
qualquer dúvida que fosse aparecendo. A todos que de forma directa ou indirecta
contribuíram para a realização deste trabalho, o meu sincero
Bem-hajam!

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) ii


Relatório de Estágio

Ficha Técnica

Nome: Sandrina Pinheiro Miguel

Número de aluna: 8060

Curso: Licenciatura em Contabilidade

Estabelecimento de Ensino: Escola Superior de Tecnologia e Gestão


do Instituto Politécnico da Guarda

Empresa de Estágio: Roquegest - Consultores de Gestão, Lda.

Morada: Avenida Monsenhor Mendes do Carmo, Lote 2, 2ª Cave, 6300-566- Guarda

Contactos: Telef: Lisboa – 21 418 94 78


Guarda – 271 21 58 24
Castelo Branco – 272 347 032
Fax: Lisboa – 21 418 94 79
Guarda – 271 225 468
Castelo Branco – 272 347 032
E-mail: roquegest@roquegest.com

Orientador na Empresa: Joaquim Baltazar Roque

Número de Inscrição na CTOC: 52 813

Orientador na ESTG-IPG: Maria de Fátima David

Número de inscrição na CTOC: 19 830

Início do Estágio: 03/11/2008

Término do Estágio: 13/02/2009

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Relatório de Estágio

Índice

Glossário de Siglas ......................................................................................................... vii

Índice de Figuras ............................................................................................................. ix

Índice de Quadros ............................................................................................................. x

Introdução ..................................................................................................................... - 1 -

CAPÍTULO 1 - A EMPRESA DE ESTÁGIO ......................................................... - 4 -

1.1. Ficha de Identificação............................................................................................ - 5 -

1.2. Breve Caracterização da Empresa ......................................................................... - 6 -

1.2.1 Enquadramento ................................................................................................ - 6 -

1.2.2 Visão ................................................................................................................ - 8 -

1.2.3 Missão.............................................................................................................. - 8 -

1.2.4 Valores e Princípios ......................................................................................... - 9 -

1.2.5 Objectivos ...................................................................................................... - 10 -

1.3. Estrutura Organizacional ..................................................................................... - 11 -

1.3.1 Contabilidade ................................................................................................. - 11 -

1.3.2 Certificação da Qualidade, Ambiente e Higiene Alimentar .......................... - 12 -

1.3.3 Consultoria .................................................................................................... - 13 -

1.3.4 Qualidade ....................................................................................................... - 14 -

1.3.5 Formação ....................................................................................................... - 18 -

CAPÍTULO 2 - PLANO DE ESTÁGIO ................................................................. - 21 -

CAPÍTULO 3 - ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO ............... - 24 -

3.1. Introdução à Contabilidade .................................................................................. - 25 -

3.2. Identificação da Empresa Objecto de Análise ..................................................... - 28 -

3.3. Organização dos Documentos Contabilísticos .................................................... - 29 -

3.3.1 Recepção e Organização ................................................................................ - 29 -

3.3.2 Separação e Arquivo...................................................................................... - 29 -

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Relatório de Estágio

3.3.3 Classificação .................................................................................................. - 30 -

3.3.4 Exemplos Práticos Contabilísticos ................................................................ - 32 -

3.3.5 Lançamento Informático................................................................................ - 42 -

3.4. Processamento de Salários................................................................................... - 43 -

3.5. Pagamento por Conta........................................................................................... - 49 -

3.6. Pagamento Especial por Conta ............................................................................ - 51 -

3.7. Imposto sobre o Valor Acrescentado................................................................... - 52 -

3.7.1 Enquadramento .............................................................................................. - 52 -

3.7.2 Isenções ......................................................................................................... - 56 -

3.7.3 Valor Tributável ............................................................................................ - 59 -

3.7.4 Taxas.............................................................................................................. - 60 -

3.7.5 Regimes de Tributação .................................................................................. - 61 -

3.7.6 Apuramento do IVA ...................................................................................... - 64 -

3.7.7 Principais Obrigações Fiscais ........................................................................ - 73 -

3.8. Controlo Interno .................................................................................................. - 75 -

3.8.1 Enquadramento .............................................................................................. - 75 -

3.8.2 Disponibilidades ............................................................................................ - 76 -

3.8.3 Devedores e Credores .................................................................................... - 78 -

3.8.4 Existências ..................................................................................................... - 79 -

3.8.5 Recursos Humanos ........................................................................................ - 80 -

CAPÍTULO 4 - TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO .................................... - 81 -

4.1. Operações de Fim de Exercício ........................................................................... - 82 -

4.2. Regularização e Rectificação das Contas ............................................................ - 85 -

4.3. Balancete Rectificado .......................................................................................... - 97 -

4.4. Apuramento de Resultados .................................................................................. - 98 -

4. 4.1 Enquadramento ............................................................................................. - 98 -

4. 4.2 Apuramento de Resultados Operacionais ..................................................... - 98 -

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Relatório de Estágio

4.4.3 Apuramento de Resultados Financeiros ...................................................... - 100 -

4.4.4 Apuramento de Resultados Correntes ......................................................... - 101 -

4.4.5 Apuramento de Resultados Extraordinários ................................................ - 101 -

4.4.6 Apuramento de Resultados Antes de Impostos ........................................... - 102 -

4.4.7 Apuramento do Imposto sobre o Rendimento do Exercício........................ - 102 -

4.4.8 Apuramento do Resultado Liquido do Exercício ........................................ - 104 -

4.5. Balancete de Encerramento ............................................................................... - 105 -

4.6. Balancete Final .................................................................................................. - 106 -

4.7. Balanço e Demonstração de Resultados ............................................................ - 107 -

4.7.1 Enquadramento ............................................................................................ - 107 -

4.7.2 Balanço ........................................................................................................ - 108 -

4.7.3 Demonstração de Resultados ....................................................................... - 108 -

4.7.4 Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados ..................................... - 109 -

4.8. Dossier fiscal ..................................................................................................... - 110 -

4.9. Relatório de Gestão ........................................................................................... - 111 -

4.10. Declaração de Rendimentos – Modelo 22 ....................................................... - 112 -

4.10.1. Enquadramento ......................................................................................... - 112 -

4.10.2 Preenchimento da Modelo 22 de IRC........................................................ - 113 -

4.11. Informação Empresarial Simplificada (IES) ................................................... - 117 -

4.12. Modelo 10 – Rendimentos e Retenções .......................................................... - 121 -

CAPÍTULO 5 - ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA ............................ - 122 -

5.1. Introdução à Análise Financeira ........................................................................ - 123 -

5.2. Metodologia da Análise Económica e Financeira ............................................. - 124 -

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. - 133 -

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. - 135 -

ÍNDICE DE ANEXOS ........................................................................................... - 140 -

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Relatório de Estágio

Glossário de Siglas

ABDR Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados


CAE Classificação de Actividades Económicas
CC Código Comercial
CIRC Código do Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas
CIVA Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado
CMC Custo das Matérias Consumidas
CMV Custo das Mercadorias Vendidas
CTOC Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas
DR Diário da República
ESTG Escola Superior de Tecnologia e Gestão
IES Informação Empresarial Simplificada
IMT Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis
INOFOR Instituto para a Inovação na Formação
IPG Instituto Politécnico da Guarda
IQF Instituto para a Qualidade da Formação
IR Imposto sobre o Rendimento
IRC Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas
IRS Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado
LT Lucro Tributável
NIF Número de Identificação Fiscal
NIPC Número de Identificação de Pessoa Colectiva
OE Orçamento de Estado
PC Pagamentos por Conta
PEC Pagamento Especial por Conta
POC Plano Oficial de Contabilidade
PrC Processos Chave
PrG Processos de Gestão
PrS Processos de Suporte
RAI Resultado Antes de Impostos

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Relatório de Estágio

RECTOC Regulamento de Estágio da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas


RITI Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias
RJIFNA Regime Jurídico das Infracções Fiscais Não Aduaneiras
RLE Resultado Líquido do Exercício
ROC Revisor Oficial de Contas
SII Sistema de Inventário Intermitente
SIP Sistema de Inventário Permanente
SNC Sistema de Normalização Contabilístico
TOC Técnico Oficial de Contas
TSU Taxa Social Única
UE União Europeia
VN Volume de Negócios

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Relatório de Estágio

Índice de Figuras

Figura 1: Organograma da Empresa ............................................................................. - 7 -


Figura 2: Cronograma das Actividades Desenvolvidas .............................................. - 23 -
Figura 3: Circuito Económico .................................................................................... - 56 -
Figura 4: Taxas de IVA .............................................................................................. - 60 -
Figura 5: Esquema do Apuramento do IVA ............................................................... - 70 -
Figura 6: Esquema da Sequência das Operações de Fim de Exercício ...................... - 82 -

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Relatório de Estágio

Índice de Quadros

Quadro 1: TSU Aplicável aos Trabalhadores em Geral ............................................. - 44 -


Quadro 2: TSU Aplicável aos Trabalhadores em Casos Especiais ............................ - 45 -
Quadro 3: TSU Aplicável aos Órgãos Sociais e Outros ............................................. - 45 -
Quadro 4: Balanço Funcional ................................................................................... - 125 -
Quadro 5: Demonstração de Resultados Funcional .................................................. - 126 -

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Introdução
Relatório de Estágio

Introdução

O estágio curricular complementa os conhecimentos adquiridos ao longo da caminhada


académica, no qual a estagiária tem oportunidade de conhecer e “viver” a parte prática,
uma vez que as experiências profissionais são sempre uma mais-valia.

Assim, o objectivo do actual relatório é dar a conhecer o trabalho realizado durante o


período de estágio, o qual decorreu na Roquegest – Consultores de Gestão, Lda.

Ao longo do tempo de estágio aplicaram-se alguns conhecimentos aprendidos ao longo


do curso de Contabilidade da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto
Politécnico da Guarda, adquirindo-se também novos conhecimentos, que só a prática
nos dá. É também através do estágio que se avaliam as capacidades da estagiária no
desempenho das funções contabilísticas aprendidas no âmbito da sua formação
académica.

Neste contexto, o presente relatório decompõem-se em cinco capítulos. O 1º capítulo


diz respeito à caracterização da Empresa de estágio, referindo o seu historial e a sua
estrutura organizacional, bem como a descrição das actividades desenvolvidas pelos
diferentes departamentos.

De seguida, no 2º capítulo é apresentado o Plano de Estágio. Enquanto, no 3º capítulo é


efectuada a descrição das actividades desenvolvidas no período de estágio, tendo por
base uma empresa cliente da Roquegest – Consultores de Gestão, Lda., desde a
organização dos documentos contabilísticos às práticas de controlo interno subjacentes
às diversas operações contabilísticas. É também neste capítulo que é efectuado o
processamento de salários, bem como o apuramento das diversas contribuições e
impostos e o preenchimento das respectivas declarações.

O trabalho de fim de exercício económico é apresentado no 4º capítulo, sendo


apresentadas as operações de fim de exercício que dão origem à regularização e

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Relatório de Estágio

rectificação de algumas contas, com vista ao apuramento de resultados e à elaboração


das diversas demonstrações financeiras.

No 5º capítulo é efectuada uma breve análise económica e financeira da empresa Tintas


Compinta, Lda., que serviu de base à exemplificação dos procedimentos contabilísticos
realizados durante o período de estágio.

No final do relatório tecem-se algumas considerações finais e são apresentados em


anexo alguns documentos, que pretendem exemplificar os casos práticos dados ao longo
do presente relatório.

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Capítulo 1

A Empresa de
Estágio
Relatório de Estágio

1.1. Ficha de Identificação

Denominação Social da Empresa: Roquegest – Consultores de Gestão, Lda.

Número de Identificação de Pessoa Colectiva (NIPC): 502 317 299

Classificação de Actividades Económicas (CAE): 70 220

Objecto Social: Consultadoria; Elaboração de projectos; Contabilidade; Apoio à gestão


empresarial; Formação; Software; Comercialização de produtos
informáticos; Marketing; Outras actividades inerentes à área da Gestão.

Natureza Jurídica: Sociedade por Quotas com fins lucrativos

Sede Social: Avenida Monsenhor Mendes do Carmo, Lote 2, 2ª Cave,


6300-566 - Guarda

Data de Constituição e Publicação: 21 de Março de 1990; publicada no Diário da


República III Série, nº 275 de 29 de Novembro de 1991.

Actividade Principal: Consultadoria para negócios e Gestão

Trabalhadores: 10

Âmbito de Intervenção: Nacional

Filiais: Rua Manuel Teixeira Gomes, nº 15 Esq. – 2790-105 Carnaxide;


Quinta do Amieiro de Baixo, nº10 – Loja E – 6000-129 Castelo Branco

Responsável pela entidade (sócio-gerente): Joaquim Baltazar Roque, TOC nº 52 813

Horário de Funcionamento: Segunda a Sexta-Feira:


Manhã: 09:00h – 13:00h; Tarde: 14:00h – 18:00h

Contactos: Telef: Lisboa – 21 418 94 78


Guarda – 271 21 58 24
Castelo Branco – 272 347 032
Fax: Lisboa – 21 418 94 79
Guarda – 271 225 468
Castelo Branco – 272 347 032
E-mail: roquegest@roquegest.com

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Relatório de Estágio

1.2. Breve Caracterização da Empresa

1.2.1 Enquadramento
A Roquegest - Consultores de Gestão, Lda. foi criada em 21 de Março de 1990, pelos
seus sócios Joaquim Baltazar Roque e Fernando Marques da Paixão, os quais possuíam
habilitações e experiência relevante na área de consultoria e Gestão de empresas,
capitalizando para esta a sua notoriedade. Com um objecto social amplo nas áreas de
consultoria, elaboração de projectos, contabilidade, apoio à gestão empresarial,
formação, software, comercialização de produtos informáticos, e marketing,
desenvolveu como principais actividades a consultadoria, elaboração de projectos,
contabilidade e apoio à gestão empresarial. Todas estas actividades se realizavam na
sede da empresa, constituída por um escritório em Lisboa, tendo como área de
intervenção os concelhos limítrofes de Lisboa.

Como factos relevantes na história da Roquegest - Consultores de Gestão, Lda., tendo


por base informações recolhidas junto da empresa, importa salientar:

 Em 1993, por vontade de um dos sócios, a empresa reestruturou-se passando a


ter como sócios Joaquim Baltazar Roque e Graciosa Neves, tendo o primeiro a
função de gerente.

 Em 1995, Joaquim Baltazar Roque foi requisitado pelo Governo de Macau para
exercer funções de Vice-Presidente do Instituto de Formação Turística de
Macau, sendo nomeada como gerente, durante esta ausência, Ângela Dias.

 Em 1999, com o regresso do sócio maioritário, houve uma nova dinâmica na


empresa através da ampliação da sua área de intervenção. Por solicitação das
empresas e pelas raízes familiares de um dos sócios, abriu-se uma delegação na
Guarda (1999), onde se desenvolvem actividades para as empresas da região nas
áreas de consultoria, estudos económicos e contabilidade.

 Em 2001, pela necessidade premente de valorização e qualificação dos recursos


humanos das empresas, a Roquegest - Consultores de Gestão, Lda. desenvolveu
capacidades no sentido de proporcionar um serviço de qualificação e formação

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profissional às empresas suas clientes e da região da Guarda. Acreditada em


2001 pelo Instituto para a Inovação na Formação (INOFOR), a empresa tem
desenvolvido de forma permanente a actividade de formação profissional. Nesse
mesmo ano, a empresa apostou também na certificação, criando um
departamento de apoio à implementação de sistemas de gestão da qualidade e
ambiente.

 Em 2002 dá-se uma nova alteração na sociedade, que ainda hoje se mantém,
passando a ser constituída pelo sócio referido na Ficha de Identificação da
empresa.

 Em 2003 a empresa criou um pólo de formação em Castelo Branco, colmatando


necessidades de qualificação e valorização de recursos humanos sentidas pelas
organizações da região.

 Em Março de 2007 obteve a certificação da concepção e desenvolvimento dos


serviços de Contabilidade; Estudos Económicos; Consultoria de Apoio a
Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiente; Formação Profissional, através do
referencial normativo NP EN ISO 9001:2000.

 Em 2009, adapta-se à norma NP EN ISO 9001:2009.

Figura 1: Organograma da Empresa

Fonte: Elaboração própria.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 7


Relatório de Estágio

Actualmente, a Roquegest - Consultores de Gestão, Lda. possui 3 departamentos:


Contabilidade; Consultoria; e Formação Profissional (Figura 1). As actividades da
empresa são desenvolvidas através de um corpo permanente de dez técnicos,
especialistas nas diversas áreas de trabalho em que operam, com formação e experiência
adequadas às funções e um conjunto de colaboradores externos que apoiam a empresa
nos mais diversos projectos.

1.2.2 Visão

A Roquegest - Consultores de Gestão, Lda. visa o desenvolvimento das empresas e


organizações da região onde se insere, contribuindo desta forma para o progresso
económico-social e cultural dessas mesmas regiões.

A empresa desenvolve uma actuação de elevados níveis de qualidade através, por um


lado, do recrutamento de pessoal devidamente habilitado para colaborar com a empresa
e, por outro lado, do estabelecimento de parcerias e protocolos com organizações do
meio envolvente, potencializando sinergias que permitam desenvolver um trabalho de
reconhecida importância por aqueles que solicitam a colaboração da empresa.

1.2.3 Missão

A missão da empresa é a prestação de serviços às empresas e organizações de forma a


aumentar a sua capacidade empresarial e de empreendedorismo através da qualificação
dos seus recursos humanos e da aquisição de saberes e atitudes em áreas como:
organização e gestão; marketing; comercialização; informática; higiene e segurança; e
qualidade.

Além da sua missão Global, a empresa tem ainda missões mais específicas em
conformidade com os diferentes intervenientes do processo formativo, nomeadamente:

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 8


Relatório de Estágio

 Pessoal - Assegurar os melhores métodos de trabalho através do


desenvolvimento de bons níveis motivacionais, da progressão profissional, da
formação contínua e das melhores condições de higiene e segurança no trabalho.
 Clientes/Utilizadores - Satisfazer plenamente as necessidades de formação
através da prestação de um serviço de qualidade atingindo bons níveis de
exigência. Para além de, implementar processos de acompanhamento e avaliação
que permitam corrigir falhas decorrentes do sistema, devendo considerar as
sugestões que permitam potencializar positivamente a actividade.
 Fornecedores - Criar relações de proximidade e de confiança mútua que
permitam a adequação dos produtos/serviços às necessidades comuns, bem
como proceder ao pagamento atempado conforme os acordos estabelecidos.
 Comunidade - Colaborar com iniciativas que promovam o desenvolvimento
social e cultural da região.
 Estado - Cumprir com as obrigações fiscais e sociais da actividade, assim como
com a legislação em vigor na área da formação profissional.

1.2.4 Valores e Princípios

Os valores e princípios que orientam as intervenções da Roquegest - Consultores de


Gestão, Lda. são essencialmente:

 Qualidade total orientada para o cliente – relativa à satisfação das


necessidades e expectativas dos clientes/utilizadores, pelo tratamento de abertura
e proximidade, rapidez de resposta e igualdade de oportunidades, são o principal
objectivo da empresa;

 Participação no desenvolvimento social - preservar e actuar em defesa dos


direitos humanos e de uma crescente abertura para o exterior e intercâmbio de
experiências, recursos e competências;

 Crescimento das competências humanas - pondo em prática meios que


permitam uma crescente evolução dos recursos humanos da empresa, em
concreto através da definição de responsabilidades e motivação permanente dos
colaboradores, incentivando a iniciativa e a criatividade permanente.

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Relatório de Estágio

Os valores defendidos pela Roquegest - Consultores de Gestão, Lda. permitem-lhe ter


uma identidade própria através de uma cultura partilhada, através:

 Oferta de serviços de qualidade;


 Diferenciação pelo serviço;
 Formação profissional;
 Espírito de equipa;
 Confiança dos clientes.

1.2.5 Objectivos

O objectivo da Roquegest - Consultores de Gestão, Lda. é desenvolver com as empresas


suas clientes uma parceria capaz de enfrentar com sucesso os desafios decorrentes da
política dos mercados e contribuir desta forma para o desenvolvimento das empresas da
região em que se situam e indirectamente contribuir para o desenvolvimento da
economia regional, com repercussões a nível nacional.

Os serviços prestados pela Roquegest - Consultores de Gestão, Lda. centram-se em:

 Prestação de serviços de consultoria às empresas e organizações nas áreas da


Gestão;

 Prestação de serviços de contabilidade e fiscalidade;

 Prestação de serviços na implementação de sistemas de gestão (qualidade,


ambiente, higiene alimentar e higiene e segurança do trabalho);

 Elaboração de projectos de investimentos;

 Promoção de cursos de formação profissional com certificação profissional e


pedagógica, formação de formadores e técnicos de higiene e segurança do
trabalho;

 Elaboração de candidaturas aos diversos programas de formação profissional;

 Acompanhamento pedagógico e financeiro de cursos;

 Melhoria Continua de processos.

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Relatório de Estágio

1.3. Estrutura Organizacional

Como consequência das mudanças tecnológicas, organizacionais, legislativas e


normativas, o posicionamento estratégico da Roquegest - Consultores de Gestão, Lda.
visa sobretudo direccionar a sua linha de orientação de modo a consciencializar e
sensibilizar o tecido empresarial e meio envolvente para a adopção de novas práticas de
gestão orientadas em função do cliente, sociedade e ambiente.

1.3.1 Contabilidade

Numa primeira fase é efectuada a recolha de dados dos clientes, sendo de seguida
realizados todos os procedimentos de acordo com o Plano Oficial de Contabilidade
(POC)1:

 Separação dos documentos por arquivo (diários) e por data;


 Classificação;
 Lançamento informático dos documentos do cliente, através do software
LogiWin;
 Processamento de salários;
 Reconciliações bancárias;
 Conferência de contas;
 Encerramento de contas e apuramento de resultados.

A conferência e análise dos documentos e contas são sempre executadas por um


colaborador que é Técnico Oficial de Contas (TOC). Tendo em conta a periodicidade
das obrigações fiscais (de acordo com a legislação em vigor) são preenchidos os
modelos de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), Segurança Social, retenções do
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), Pagamentos por Conta (PC),
Pagamento Especial por Conta (PEC) e Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Colectivas (IRC).

1
Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 410/89, de 21 de Novembro (MF, 1989). Importa referir que à data de
realização do estágio era este o normativo legal em vigor.

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Relatório de Estágio

As obrigações anteriores são realizadas via internet através do site


www.portaldasfinancas.gov.pt que o Ministério das Finanças disponibiliza, contendo:

 Impressos e Documentos Anexos, especificamente: Informação do cliente;


Demonstrações Financeiras; Mapa de Controlo; Demonstrações de Resultados
Mensais; Alterações de Salários Mensais; Declaração de Remunerações – Via
Internet; Declaração de retenção na fonte / Imposto de Selo; IRS; Reconciliação
Bancária; Mapa de Controlo de Facturação; Mapa de Controlo de Pagamentos de
Facturação; Saída de Documentos; Imposto de Selo Contratos; Pagamentos de
IRC; Encerramento; Dossier Fiscal; Modelo 10 - Declaração de Rendimentos
Pagos; Regime de enquadramento do Imposto sobre o Rendimento (IR); Registo
de envio do M22-IRC / M3-IRS / IES.
 Consultas e Referências, como: Boletim do Contribuinte (periodicidade
quinzenal); Revista da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (periodicidade
mensal); site do Ministério das Finanças (www.portaldasfinancas.gov.pt);
actualização da legislação em vigor (www.dgci.min-financas.pt).

1.3.2 Certificação da Qualidade, Ambiente e Higiene Alimentar

Ao nível da Certificação da Qualidade, Ambiente e Higiene Alimentar, no âmbito do


Departamento de Consultoria, a actividade da Roquegest - Consultores de Gestão, Lda.
centra-se em:

 Sensibilizar para a implementação de sistemas de gestão;

 Promover a melhoria da organização interna da empresa;

 Promover sistemas de avaliação de satisfação de clientes e de fornecedores;

 Desenvolver uma dinâmica de eficácia relativamente a controlo de documentos;

 Promover auditorias internas, de maneira a viabilizar mecanismos de controlo de


processos;

 Certificar as empresas pelas normas aplicáveis.

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Relatório de Estágio

1.3.3 Consultoria

Um colaborador da Roquegest - Consultores de Gestão, Lda ao identificar uma


oportunidade de venda de serviços de consultoria comunica o facto ao gerente, o qual
avalia essa oportunidade, verificando se a mesma corresponde à oferta de serviços da
empresa. Em caso afirmativo nomeia o Consultor responsável.

O Consultor, após a sua nomeação, avalia qual a necessidade sentida pelo cliente, tendo
em vista a definição da solução mais adequada. Posteriormente, solicita ao cliente a
realização de uma reunião para obter os dados necessários à identificação do tipo de
serviço e à elaboração da proposta.

Após a selecção do tipo de serviço a propor, com base na necessidade do cliente, o


Consultor elabora a proposta do projecto, numerando-a e registando-a no «Registo de
propostas», e entrega-a ao Gerente para definição do preço a praticar. Por seu turno, o
Gerente analisa a proposta e assina-a em caso de aprovação, para de seguida entregar a
proposta ao cliente, marcando para o efeito uma reunião.

Em caso de serem necessárias alterações à proposta apresentada, o Consultor elabora


um documento de alteração, referenciando a proposta original. Logo que o cliente
comunique a sua decisão, o Consultor procura obter informações sobre as razões para a
decisão e actuação da concorrência. Comunica de seguida essas informações ao gerente
e actualiza o «Registo de propostas». Quando é confirmada a adjudicação, o Consultor
confirma a recepção e agradece a adjudicação, elaborando e enviando ao cliente uma
carta de agradecimento.

A realização do projecto é executada de acordo com a proposta elaborada, tendo em


conta as tarefas referidas no plano de projecto. O projecto é monitorizado através do
Relatório do Serviço de Consultoria, documento mensal que serve de controlo das
actividades planeadas na proposta. Deste Relatório consta:

 Data e número de visitas efectuadas ao cliente no respectivo mês;


 Descrição das actividades desenvolvidas;

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 13


Relatório de Estágio

 Registo das tarefas não concluídas e respectiva responsabilização e


calendarização;
 Análise dos factores críticos do sucesso do projecto;
 Plano do Projecto Realizado.

Por conseguinte, as tarefas do Consultor prendem-se com:

 Avaliar a necessidade do cliente, tendo em vista a definição da solução mais


adequada;
 Seleccionar o tipo de serviço a propor;
 Elaborar o plano de projecto;
 Elaborar a proposta;
 Numerar e registar a proposta;
 Arquivar a proposta;
 Obter a aprovação da proposta;
 Alterar a proposta, quando necessário;
 Procurar obter informações sobre as razões para a decisão e actuação da
concorrência;
 Comunicar as informações obtidas ao gerente;
 Actualizar o «Registo de propostas»;
 Confirmar a recepção e agradecer a adjudicação.

1.3.4 Qualidade

O Sistema de Gestão da Qualidade da Roquegest - Consultores de Gestão, Lda.,


também integrado no Departamento de Consultoria, aplica-se à concepção e
fornecimento dos serviços de:
 Contabilidade;
 Estudos Económicos;
 Consultoria de apoio aos sistemas de gestão da qualidade e ambiente;
 Formação Profissional.

Todos os requisitos da Norma NP EN ISO 9001:2008 são aplicados no Sistema de


Gestão da Qualidade, com exclusão do requisito 7.5.2 “Validação dos processos de

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 14


Relatório de Estágio

produção e de fornecimento do serviço”, dado que as saídas resultantes podem ser


verificadas por subsequente monitorização ou medição e 7.6 “Controlo dos dispositivos
de monitorização e medição”, visto que não existem dispositivos deste tipo na
Roquegest - Consultores de Gestão, Lda.

O Sistema de Gestão da Qualidade encontra-se documentado, de forma de garantir a


conformidade dos produtos e serviços face aos requisitos especificados e contratados
pelos clientes.

Os documentos que na Roquegest - Consultores de Gestão, Lda. estabelecem e


evidenciam o funcionamento do Sistema de Gestão da Qualidade são os seguintes:

 Manual da Qualidade - refere o campo de aplicação do Sistema de Gestão da


Qualidade e estabelece a sua Política, Organização da Empresa, os Processos e
os Procedimentos;

 Manual dos Processos - detalha, cada um por si, o conjunto dos processos tidos
por necessários à implementação do Sistema de Gestão da Qualidade;

 Procedimentos - detalham as actividades necessárias à implementação do


Sistema de Gestão da Qualidade;

 Registos - documentam o desenvolvimento das actividades abrangidas pelo


Sistema e Gestão da Qualidade.

A distribuição do Manual da Qualidade compete ao Responsável da Qualidade e


obedece aos seguintes critérios:

 Exemplares controlados, para cujos detentores são enviadas todas as novas


versões;

 Exemplares não controlados, para cujos detentores não são enviadas novas
versões.

Todos os exemplares do Manual da Qualidade são numerados sequencialmente,


independentemente de se tratar de uma versão de exemplar controlado ou de uma versão
de exemplar não controlado.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 15


Relatório de Estágio

A política de qualidade seguida pela Roquegest - Consultores de Gestão, Lda. é


publicada e revista pela Gerência de forma a assegurar a sua constante adequação às
condicionantes do mercado e à realidade da empresa. Esta política, que deve ser do
conhecimento generalizado dos colaboradores da empresa, é o elemento de base do
Sistema de Gestão da Qualidade, exprimindo a missão da empresa, os compromissos e
objectivos a atingir e os princípios da sua actuação.

Assim, a missão da Roquegest - Consultores de Gestão, Lda. é colaborar com as


empresas suas clientes na melhoria contínua da Qualidade, reforçando, deste modo, a
sua competitividade, através do desenvolvimento de metodologias de trabalho
destinadas à obtenção da Excelência.

Para a Roquegest - Consultores de Gestão, Lda., a Qualidade significa:

 Requeremos a satisfação e procuramos superar as expectativas dos nossos


clientes.
 Obtemos por todos os meios ao nosso alcance a constante melhoria dos nossos
serviços.
 Queremos e demonstramos que cumprimos todos os requisitos legais e
normativos aplicáveis aos nossos serviços, nomeadamente a NP EN ISO
9001:2008.
 Utilizamos a compreensão objectiva do serviço e da correspondência às
necessidades explícitas e implícitas do cliente.
 Estamos ao serviço do cliente, atingindo os objectivos por ele definidos, de
forma a superar a sua expectativa.
 Gerimos e apoiamos o cliente na busca de novas oportunidades de melhoria
que sejam por si compreendidas como funcionais, valiosas e eficazes.
 Estudamos as condições necessárias ao cumprimento efectivo de todos os
pontos constantes do Manual da Qualidade.
 Servimos garantindo o envolvimento dos nossos recursos humanos, a
comunicação com os clientes e fornecedores e o acompanhamento ao
cumprimento dos objectivos.
 Temos sempre presente a melhoria contínua da qualidade dos nossos serviços.
Fonte: Roquegest - Consultores de Gestão, Lda.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 16


Relatório de Estágio

Nas reuniões da Qualidade analisam-se e propõem-se os meios e recursos necessários


para manter e melhorar a eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade, sendo igualmente
consideradas as necessidades relativas a infra-estruturas e ao ambiente de trabalho
apropriados à concretização da política e dos objectivos da Roquegest - Consultores de
Gestão, Lda., bem como à garantia do cumprimento dos requisitos especificados para as
actividades desenvolvidas.

Para assegurar os processos de comunicação apropriados entre a empresa e os seus


clientes estão estabelecidos os seguintes meios:

 Informáticos: e-mail; ligação em rede (filial da Guarda);


 Placards: nestes placares, afixados à entrada das instalações (Guarda, Castelo
Branco e Carnaxide), são colocadas informações sobre o Sistema de Gestão da
Qualidade e de índole geral, sendo geridos pelo responsável da Qualidade;
 Reuniões da Qualidade: conforme descrito no ponto 2.4 do presente relatório,
as reuniões da Qualidade têm a finalidade de transmitir informações sobre as
actividades do Sistema de Gestão da Qualidade;
 Informal: comunicação corrente verbal, directa ou telefónica, determinada pelas
necessidades de gestão do dia-a-dia da actividade da Roquegest - Consultores de
Gestão, Lda. e que determina a informação e/ou abordagem e/ou orientação e/ou
decisão sobre assuntos num dado momento.

No que respeita aos processos, a Roquegest - Consultores de Gestão, Lda. segue os


seguintes:
 PrG - Processos de Gestão: PG1: Planeamento e Revisão;
 PrC – Processos Chave: PC1: Contabilidade; PC2: Formação Profissional;
PC3: Consultoria;
 PrS - Processos de Suporte: PS1: Gestão documental; PS2: Aprovisionamento;
PS3: Gestão de Recursos Humanos; PS4: Comunicação com o Cliente;
PS5:Auditorias Internas; PS6: Melhoria Contínua.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 17


Relatório de Estágio

1.3.5 Formação

A Roquegest - Consultores de Gestão, Lda. encontra-se desde 2001 acreditada pelo


INOFOR, actualmente Instituto para a Qualidade da Formação (IQF), nos domínios de
organização e promoção de intervenções ou actividades formativas e desenvolvimento e
execução de intervenções ou actividades formativas. Essas actividades respeitam a:

 Planeamento das acções de formação profissional: sendo organizadas em


função do público-alvo, áreas temáticas, modalidades de formação estratégias e
linhas de acção, são fixados os objectivos a atingir definindo a cronologia das
acções, o perfil dos agentes a envolver nas acções (formandos, formadores,
coordenadores, supervisores, entre outros), e todos os meios necessários à
realização das acções (humanos, pedagógicos, materiais físicos e financeiros).

 Concepção de intervenções, programas e suportes formativos: fixação dos


objectivos específicos de cada acção, definição de conteúdos programáticos e
número de horas, em função do público-alvo. Metodologias pedagógicas,
identificação da documentação de apoio e respectivos meios de divulgação.

 Organização e promoção de acções de formação: definir a programação física


e cronológica das acções; fazer a articulação das competências, entidades
intervenientes, meios pedagógicos e recursos envolvidos no processo formativo;
assegurar os equipamentos e meios pedagógicos e logísticos bem dimensionados
necessários ao desenvolvimento das acções; fazer o recrutamento e selecção dos
formandos; fazer a divulgação promocional das acções utilizando os meios de
comunicação disponíveis.

 Desenvolvimento/execução de acções de formação profissional: assegurar o


desenvolvimento e execução das acções; operacionalizar as metodologias
pedagógicas, instrumentos facilitadores de aprendizagem; assegurar a
preparação pedagógica e actualização permanente dos formadores, supervisores,
coordenadores e restantes agentes envolvidos na formação.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 18


Relatório de Estágio

Quanto às áreas de formação, a Roquegest - Consultores de Gestão, Lda. tem


desenvolvido a sua actividade formativa nas seguintes áreas:

 Línguas e Literaturas Estrangeiras;

 Línguas e Literatura Materna;

 Ciências Sociais e do Comportamento;

 Comércio;

 Marketing e Publicidade;

 Contabilidade e Fiscalidade;

 Gestão e Administração;

 Secretariado e Trabalho Administrativo;

 Enquadramento na Organização e Empresa;

 Direito;

 Ciências Informáticas;

 Informática na Óptica do Utilizador;

 Indústrias Alimentares;

 Enfermagem;

 Serviço de Apoio a Crianças e Jovens;

 Hotelaria e Restauração;

 Turismo e Lazer;

 Tecnologias de Protecção Ambiental;

 Protecção de Pessoas e Bens;

 Segurança e Higiene no Trabalho.

As modalidades de formação predominantes na oferta formativa da Roquegest -


Consultores de Gestão, Lda. são:

 Formação Inicial – Formação de Formadores e Quadros Técnicos;

 Formação Contínua – Aperfeiçoamento, Reciclagem, Especialização e


Qualificação.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 19


Relatório de Estágio

À data de realização do estágio, a Roquegest - Consultores de Gestão, Lda. tinha os


seguintes cursos homologados:
 Formação Pedagógica Inicial de Formadores;
 Técnicos Superiores de Segurança e Higiene do Trabalho, curso que, em
protocolo com a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico
da Guarda, passou a ter o estatuto de pós-graduação;
 Técnicos de Segurança e do Trabalho.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 20


Relatório de Estagio

Capítulo 2

Plano de Estágio

21
Relatório de Estágio

2. Plano de Estágio

O estágio curricular foi realizado na empresa Roquegest - Consultores de Gestão, Lda.,


com início em 3 de Novembro de 2008 e término em 13 de Fevereiro de 2009,
perfazendo 15 semanas. O plano de estágio tinha como objectivo desenvolver
actividades que permitissem o uso prático dos conhecimentos adquiridos durante o
curso de Contabilidade, leccionado na Escola Superior de Tecnologia e Gestão da
Guarda do Instituto Politécnico da Guarda.

Adicionalmente, o Plano de Estágio procurou cumprir os requisitos impostos pelo artigo


6º do Regulamento de Estágio da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (RECTOC),
em concreto:

a) “Aprendizagem relativa à forma como se organiza a contabilidade nos termos


do plano de contas oficialmente aplicável, desde a recepção de documentos até
ao seu arquivo, classificação e registo;
b) Práticas de controlo interno;
c) Apuramento de contribuições e impostos e preenchimento das respectivas
declarações;
d) Encerramento de contas e preparação das demonstrações financeiras e
restantes documentos que compõem o “dossier fiscal”;
e) Preparação da informação contabilística para relatórios e análise de gestão;
f) Identificação e acompanhamento relativo à resolução de questões da
organização com recurso a contactos com os serviços relacionados com a
profissão.” (CTOC, 2002).

Assim, no âmbito da alínea a) anterior, durante o estágio foram desenvolvidas


actividades inerentes ao processo contabilístico, nomeadamente a recepção,
organização, classificação e lançamento dos documentos contabilísticos, para serem
posteriormente extraídos os mapas contabilísticos e de seguida se proceder ao arquivo
desses documentos, os quais devem permanecer na empresa por um período de dez

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 22


Relatório de Estágio

anos, para consulta e possível fiscalização, em conformidade com o artigo 115º do


Código do IRC2 - Obrigações Contabilísticas da Empresa (SITOC, 2009b).

Neste sentido, a Figura 2 traduz o cronograma das actividades desenvolvidas durante o


período de estágio na Roquegest - Consultores de Gestão, Lda.

Figura 2: Cronograma das Actividades Desenvolvidas


Semana
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Actividades
Inserção e conhecimentos do funcionamento

Aprendizagem relativa à forma como se


organiza a contabilidade nos termos do Plano de
Contas, oficialmente aplicáveis, desde a
recepção dos documentos até ao seu arquivo,
clarificação e registo
Apuramento de contribuições e impostos,
preenchimento das respectivas declarações
Encerramento de contas e preparação das
Demonstrações Financeiras e restantes
documentos que compõem a Dossier Fiscal
Preparação da informação contabilística para
relatórios e análise de gestão
Práticas de controlo interno
Identificação e acompanhamento relativo
a resolução de Questões da Organização com
recurso a contactos com os serviços
relacionados com a contabilidade e áreas afins
Fonte: Elaboração própria.

2
Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-B/88 (MF, 1988b).

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 23


Relatório de Estagio

Capítulo 3

Actividades
Desenvolvidas
no Estágio

24
Relatório de Estágio

3.1. Introdução à Contabilidade

A Contabilidade para Lousã (1997):

“é um sistema de informação que consiste na recolha, classificação, interpretação


e exposição de dados económicos, utilizando uma técnica de registo e de
representação de todas as transformações sofridas pelo património de qualquer
entidade económica durante o exercício da sua actividade”.

Para Borges et al. (2007), a Contabilidade pode ser entendida como:

“(…) como um conjunto de técnicas, relativas ao registo de todos os factos que


alterem ou possam vir a alterar, o valor ou a composição do património, de uma
qualquer pessoa individual ou colectiva”.

Assim, pode considerar-se que a Contabilidade é a ciência que tem como objectivo o
estudo das modificações do património, evidenciando em qualquer momento a sua
composição quantitativa, tornando-se num precioso instrumento de auxílio à Gestão.

Deste modo, com o objectivo de obter uma imagem verdadeira e apropriada da situação
financeira e dos resultados das operações da empresa, devem cumprir-se os princípios
contabilísticos geralmente aceites e prescritos pelo POC3 (Bento e Machado, 2007):

 Princípio da continuidade: considera-se que a empresa opera continuadamente,


com duração ilimitada. Desta forma, entende-se que a empresa não tem intenção
nem necessidade de entrar em liquidação ou de reduzir significativamente o
volume das suas operações.
 Princípio da consistência: considera-se que a empresa não altera as suas
políticas contabilísticas de um exercício para o outro. Se o fizer e a alteração

3
Importa referir que, pese embora o Sistema de Normalização Contabilístico (SNC) já se encontrar
publicado à presente data, conforme o Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho (MF, 2009), o presente
relatório apresenta todos os procedimentos contabilísticos enquadrados no POC, por ser esse o
normativo em vigor à data de realização do estágio.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 25


Relatório de Estágio

tiver efeitos materialmente relevantes, esta deve ser referida na nota 1 do Anexo
ao Balanço e Demonstração de Resultados (ABDR).
 Princípio da especialização (ou do acréscimo): os proveitos e os custos são
reconhecidos quando obtidos ou incorridos, independentemente do seu
recebimento ou pagamento, devendo incluir-se nas demonstrações financeiras
dos períodos a que respeitam.
 Princípio do custo histórico: os registos contabilísticos devem basear-se em
custos de aquisição ou de produção, expressos quer em unidades monetárias
nominais, quer em unidades monetárias constantes4.
 Princípio da prudência: significa que é possível integrar nas contas um grau de
precaução ao fazer as estimativas exigidas em condições de incerteza sem,
contudo, permitir a criação de reservas ocultas ou provisões excessivas ou a
deliberada quantificação de activos e proveitos por defeito ou de passivos e
custos por excesso. Devem também ser reconhecidas todas as responsabilidades
incorridas no período em causa ou num período anterior, mesmo que tais
responsabilidades apenas se tornem patentes entre a data a que se reporta o
balanço e a data em que este é elaborado5.
 Princípio da substância sobre a forma: as operações devem ser contabilizadas
atendendo à sua substância e à realidade financeira e não apenas à sua forma
legal.
 Princípio da materialidade: as demonstrações financeiras devem evidenciar
todos os elementos que sejam relevantes e que possam afectar avaliações ou
decisões pelos utentes interessados.

Adicionalmente devem considerar-se, entre outras, as seguintes características


qualitativas da informação financeira (Bento e Machado, 2007):

 Relevância: entendida como a qualidade que a informação tem de influenciar as


decisões dos seus utentes, ao ajudá-los a avaliar os acontecimentos passados,
presentes e futuros ou a confirmar ou corrigir as suas avaliações.
 Fiabilidade: representa a qualidade que a informação tem de estar liberta de
erros materiais e de juízos prévios, ao mostrar apropriadamente o que tem por

4
Redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro (MF, 2005).
5
Estas últimas foram aditadas pelo Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro (MF, 2005).

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 26


Relatório de Estágio

finalidade apresentar ou se espera que razoavelmente represente, podendo, por


conseguinte, dela depender os utentes.
 Comparabilidade: pressupõe que a divulgação e a quantificação dos efeitos
financeiros das operações devem ser registadas de forma consistente pela
empresa e durante a sua vida, para se poderem identificar tendências na sua
posição financeira e nos resultados.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 27


Relatório de Estágio

3.2. Identificação da Empresa Objecto de Análise

No cumprimento do princípio da confidencialidade previsto na alínea f) do artigo 3º e


artigo 10º do Código Deontológico da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas
(CTOC), de forma a salvaguarda o dever de sigilo profissional, vai utilizar-se o nome
fictício de Tintas Compinta, Lda. para identificar a empresa objecto de análise no
presente relatório, a qual corresponde a uma empresa cliente da Roquegest -
Consultores de Gestão, Lda.

Denominação Social da Empresa: Tintas Compinta, Lda.

Número de Identificação de Pessoa Colectiva (NIPC): 504 895 781

Classificação de Actividades Económicas (CAE): 47522 – Rev. 3

Objecto Social: Comércio de tintas, vernizes e similares; prestação de serviços


construção civil – pintura e acabamento.

Natureza Jurídica: Sociedade por Quotas com fins lucrativos

Sede Social: Rua do Encontro, nº 15, 6300 – 317 Guarda


Conservatória: Conservatória do Registo Comercial da Guarda

Capital: € 19.952,00

Sócios e Gerência: António Manuel Dias Pinta; e Maria Dias Pinta.

Trabalhadores: 5

Enquadramento Fiscal: Contabilidade Organizada e periodicidade trimestral de


entrega da declaração periódica do IVA.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 28


Relatório de Estágio

3.3. Organização dos Documentos Contabilísticos

3.3.1 Recepção e Organização

Normalmente, é da responsabilidade da Recepção a recebimento dos documentos dos


clientes, a prestação de informações a clientes, a recepção de reclamações, entre muitas
outras tarefas que resultam do contacto com os diversos agentes relacionados com a
empresa.

Os documentos chegam à Roquegest - Consultores de Gestão, Lda. através da


deslocação directa dos clientes às instalações da empresa, podendo existir em alguns
casos a deslocação de um funcionário da empresa às instalações das empresas clientes.

Ao serem recepcionados os documentos contabilísticos, os mesmos passam por um


processo de revisão geral, tendo em conta a verificação da qualidade, a sua importância,
os valores impressos, datas de registos, para que estes sejam utilizados de forma
fidedigna. Os documentos são colocados, provisoriamente, em pastas devidamente
identificadas com o nome dos clientes para posterior separação e organização.

3.3.2 Separação e Arquivo

Consoante a sua natureza e de acordo com o método utilizado na empresa, os


documentos são retirados do arquivo de recepção para serem organizados de seguida em
arquivos específicos. Os documentos são separados por datas, onde é fundamental
indicar o mês a que respeitam, para de seguida se efectuar o seu arquivo por diários:
Caixa; Bancos; Clientes; Fornecedores; e Operações diversas.

Em relação ao arquivo, são utilizadas duas divisórias, nas quais se dispõem todos os
documentos relativos à actividade do cliente, designadamente:
 Documentos contabilísticos correspondentes à sua actividade no ano comercial;

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 29


Relatório de Estágio

 «Dossier Fiscal», no qual são arquivados os documentos oficiais, tais como: a


Declaração de início de actividade; cópia da escritura de constituição da
sociedade; declaração periódica do IVA; Modelo 10 das retenções de IRS e IRC;
Modelo 22 de IRC; Modelo 3 de IRS; listagens dos balanços, balancetes e
demonstração de resultados; Informação Empresarial Simplificada (IES) /
Declaração Anual, entre outros.

Em conformidade com o nº 1 do artigo 52º do Código do IVA (CIVA)6 torna-se


necessário conservar os documentos durante dez anos, especificamente:
“Os sujeitos passivos são obrigados a arquivar e conservar em boa ordem durante
os 10 anos civis subsequentes todos os livros, registos e respectivos documentos de
suporte, incluindo, quando a contabilidade é estabelecida por meios informáticos,
os relativos à análise, programação e execução dos tratamentos” (SITOC, 2009d).

3.3.3 Classificação

Um processo essencial para se processar um correcto registo contabilístico é a


classificação dos documentos. Após a correcta disposição dos documentos, qualquer
TOC procede à sua classificação. Devido à importância desta fase, exige-se rigor,
concentração e responsabilidade, de forma a retratar de forma clara e concisa a situação
económica e financeira da empresa.

Os documentos são examinados individualmente, a partir dos documentos originais,


sendo classificados de acordo com as regras estabelecidas no POC, respeitando os
princípios contabilísticos e os critérios de valorimetria. Qualquer lançamento tem que
ter suporte num documento, de acordo com o previsto nas alíneas a) e b) do nº 3 do
artigo 115º do CIRC (SITOC, 2009b).

Classificar consiste em escrever num documento interno, designado por comprovante,


as contas a debitar e a creditar e seus valores correspondentes. Contudo, de acordo com
o n.º 5 e nº 13 do artigo 36º do CIVA (SITOC, 2009d), antes da classificação, deve
verificar-se :

6
Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de Dezembro (MF, 1984).

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 30


Relatório de Estágio

“5 - As facturas ou documentos equivalentes devem ser datados, numerados


sequencialmente e conter os seguintes elementos:
a) Os nomes, firmas ou denominações sociais e a sede ou domicílio do fornecedor
de bens ou prestador de serviços e do destinatário ou adquirente, bem como os
correspondentes números de identificação fiscal dos sujeitos passivos de
imposto;
b) A quantidade e denominação usual dos bens transmitidos ou dos serviços
prestados, com especificação dos elementos necessários à determinação da taxa
aplicável; as embalagens não efectivamente transaccionadas devem ser objecto
de indicação separada e com menção expressa de que foi acordada a sua
devolução;
c) O preço, líquido de imposto, e os outros elementos incluídos no valor tributável;
d) As taxas aplicáveis e o montante de imposto devido;
e) O motivo justificativo da não aplicação do imposto, se for caso disso;
f) A data em que os bens foram colocados à disposição do adquirente, em que os
serviços foram realizados ou em que foram efectuados pagamentos anteriores à
realização das operações, se essa data não coincidir com a da emissão da
factura.
No caso de a operação ou operações às quais se reporta a factura compreenderem
bens ou serviços sujeitos a taxas diferentes de imposto, os elementos
mencionados nas alíneas b), c) e d) devem ser indicados separadamente,
segundo a taxa aplicável.
(…)
13 - Nas situações previstas nas alíneas i) e j) do n.º 1 do artigo 2.º, as facturas ou
documentos equivalentes emitidos pelos transmitentes dos bens ou prestadores
dos serviços devem conter a expressão «IVA devido pelo adquirente»”.

Após a classificação dos documentos, procede-se ao lançamento contabilístico no


software LogiWin, surgindo deste procedimento uma numeração informática que ao
mesmo tempo vai coincidir com o número registado no documento em papel.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 31


Relatório de Estágio

Para uma melhor compreensão do trabalho realizado durante o estágio curricular,


apresentam-se de seguida alguns exemplos de documentos contabilísticos, tendo por
base o Plano de contas da empresa Tintas Compinta, Lda. (Anexo 1).

3.3.4 Exemplos Práticos Contabilísticos

Na medida em que o estágio decorreu entre 3 de Novembro de 2008 e 13 de Fevereiro


de 2009, tomou-se o ano 2008 como o ano económico de encerramento de contas da
empresa Tintas Compinta, Lda.

 Compra de Mercadorias no mercado nacional - Factura de um fornecedor,


relativa à aquisição de mercadoria no mercado nacional, com IVA a 20% (Anexo 2).
Contabiliza-se a débito a conta de aquisição de mercadorias (31212) e a conta de
IVA dedutível (2432112), referente à aquisição, por contrapartida da conta de
fornecedores de mercadoria (22110014), a crédito.

CONTAS VALOR (€)


Débito

31212 € 204,31
2432112 € 40,86
Crédito

22110014 € 245,17

 Compra de Mercadorias no mercado comunitário - Factura de um fornecedor,


relativa à aquisição intracomunitária de mercadorias, com IVA a 20% (Anexo 3).
Contabiliza-se a débito a conta de aquisição de mercadorias num país comunitário
(31222) e a conta do IVA dedutível (2432122) referente à aquisição
intracomunitária, por contrapartida a crédito da conta de fornecedores de
mercadorias (22120001) e da conta do IVA liquidado (2433122).

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 32


Relatório de Estágio

CONTAS VALOR (€)

Débito
31222 € 277,26
2432112 € 55,45

Crédito
22120001 € 277,26
2433122 € 55,45

Em conformidade com o artigo 3.º do Regime do IVA nas Transacções


Intracomunitárias (RITI)7:
“Considera-se, em geral, aquisição intracomunitária a obtenção do poder de
dispor, por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, de um
bem móvel corpóreo cuja expedição ou transporte para território nacional, pelo
vendedor, pelo adquirente ou por conta destes, com destino ao adquirente, tenha
tido início noutro Estado membro” (MF, 1992).

 Compra de Matérias-Primas - Factura de um fornecedor, relativa à aquisição de


matérias-primas no mercado nacional, com IVA a 20% (Anexo 4). Contabiliza-se a
débito a conta de aquisição de matéria-prima (31622) e a conta de IVA dedutível
(2432112) referente à aquisição, por contrapartida da conta de fornecedores de
matéria-prima (22110003), a crédito.

CONTAS VALOR (€)


Débito

31622 € 26,00
2432112 € 5,20
Crédito

22110003 € 31,20

7
Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 290/92, de 28 de Dezembro (MF, 1992).

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Relatório de Estágio

 Devolução de Mercadorias - Nota de crédito de um fornecedor, relativa à


devolução das mercadorias adquiridas no território nacional à taxa de 20% (Anexo
5). Contabiliza-se a débito a conta de fornecedores (22110007), em contrapartida da
conta de devolução de mercadorias adquiridas no mercado nacional (317111) e da
conta de regularização do IVA a favor do Estado à taxa normal (243422), a crédito.

CONTAS VALOR (€)

Débito
2211007 € 142,70

Crédito
31711 € 118,92
243422 € 23,78

 Pagamento de Electricidade - Factura/ Recibo relativa ao consumo de


Electricidade com IVA à taxa de 5% (Anexo 6). Contabiliza-se a débito a conta de
custo da electricidade (622111), a conta de taxas (63172) e a conta de IVA dedutível
de outros bens e serviços, adquiridos em território nacional, à taxa reduzida
(2432311), por contrapartida da conta de bancos (121), a crédito.

CONTAS VALOR (€)


Débito

622111 € 32,31
2432311 € 1,71
63172 € 1,71
Crédito

121 € 35,73

 Compra de Combustível – Venda a dinheiro de um fornecedor, relativa à aquisição


de combustíveis (Anexo 7). Contabiliza-se a débito a conta do custo do gasóleo
(62212112), a conta do custo da parte do IVA não dedutível (622121121) e a conta
de IVA dedutível (24323199), por contrapartida da conta de caixa (111), a crédito.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 34


Relatório de Estágio

CONTAS VALOR (€)


Cálculos Auxiliares:

Débito
62212112 € 25,00
Base = Valor Total / 1,taxa = 30,00/1.20 = 25,00€
622121121 € 2,50
IVA = Base × Taxa = 25,00 × 0,20 = 5,00€ 24323199 € 2,50

Crédito
Valor do IVA = 5,00€ / 2 = 2,50€
111 € 30,00

De acordo com a alínea b) do nº 1 do artigo 21º do CIVA, excluem-se do direito à


dedução as seguintes despesas:

“Despesas respeitantes a combustíveis normalmente utilizáveis em viaturas


automóveis, com excepção das aquisições de gasóleo, de gases de petróleo
liquefeitos (GPL), gás natural e biocombustíveis, cujo imposto é dedutível na
proporção de 50 %, a menos que se trate dos bens a seguir indicados, caso em
que o imposto relativo aos consumos de gasóleo, GPL, gás natural e
biocombustíveis é totalmente dedutível:

i) Veículos pesados de passageiros;

ii) Veículos licenciados para transportes públicos, exceptuando-se os rent-a-car;

iii) Máquinas consumidoras de gasóleo, GPL, gás natural ou biocombustíveis, que


não sejam veículos matriculados;

iv) Tractores com emprego exclusivo ou predominante na realização de operações


culturais inerentes à actividade agrícola;

v) Veículos de transporte de mercadorias com peso superior a 3500 kg;

c) Despesas de transportes e viagens de negócios do sujeito passivo do imposto e


do seu pessoal, incluindo as portagens” (SITOC, 2009d).

Em resumo, o IVA pode ser: totalmente dedutível; parcialmente dedutível; ou sem


qualquer direito a dedução.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 35


Relatório de Estágio

 Compra de Ferramenta de desgaste rápido - Factura de um fornecedor, relativa à


aquisição de uma ferramenta de desgaste rápido no mercado nacional, com IVA à
taxa normal (Anexo 8). Contabiliza-se a débito a conta de custo da ferramenta e
utensílio de desgaste rápido (6221511) e a conta de IVA dedutível (2432312), por
contrapartida da conta de fornecedor (22110046), a crédito.

CONTAS VALOR (€)

Débito
6221511 € 22,83
2432312 € 4,57

Crédito
22110046 € 27,40

 Compra de Livros de Guias de Transporte - Recibo de um credor, relativo à


compra de livros e documentação técnica para a actividade da empresa (Anexo 9).
Contabiliza-se a débito a conta de custo de livros e documentação técnica (6221611)
e a conta de IVA dedutível de Outros Bens e Serviços à taxa de 20% (2432312), por
contrapartida da conta (26850004), a crédito. Por ser um recibo, efectua-se o
pagamento imediato da aquisição, debitando a conta (26850004) e creditando a
conta (121).

CONTAS VALOR (€) CONTAS VALOR (€)


Débito
Débito

6221611 € 52,00
243231203 € 10,40 26850004 € 62,40
Crédito
Crédito

26850004 € 62,40 121 € 62,40


© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 36


Relatório de Estágio

 Compra de Material de Escritório - Factura de um fornecedor de material de


escritório (Anexo 10). Contabiliza-se a débito a conta de material de escritório no
mercado nacional (6221711) e a conta de IVA dedutível de Outros Bens e Serviços
à taxa de 20% (2432312), por contrapartida da conta (261110008), a crédito.

CONTAS VALOR (€)

Débito
6221611 € 51,00
2432312 € 10,20

Crédito
26111008 € 61,20

 Compra de Artigos para Oferta - Factura / Recibo relativa à compra de artigos


para oferta (Anexo 11). Contabiliza-se a débito a conta de custo dos artigos para
oferta no mercado nacional (6221812), por contrapartida da conta (121), a crédito.

CONTAS VALOR (€)


Débito

6221812 € 64,65
Crédito

121 € 64,65

 Aluguer de Equipamentos - Factura relativa ao aluguer de equipamento (Anexo


12). Contabiliza-se a débito a conta relativa ao custo do aluguer de equipamento
(6221915) e a conta de IVA dedutível de Outros Bens e Serviços à taxa de 20%
(2432312), por contrapartida da conta (26850022), a crédito.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 37


Relatório de Estágio

CONTAS VALOR (€)

Débito
6221915 € 1.550,00
2432312 € 325,50

Crédito
26850022 € 1.875,50

 Pagamento da Renda – Recibo relativo ao pagamento da renda da loja (Anexo 13).


Contabiliza-se a débito a conta de arrendamento de edifícios (6221931), por
contrapartida da conta (121), a crédito. Não tem retenção de IVA, em conformidade
com o nº 1 do artigo 9º do Decreto-Lei n.º 42/91, de 22 de Janeiro (MF, 1991).

CONTAS VALOR (€) Débito

6221931 € 425,00
Crédito

121 € 425,00

 Reparação de Automóvel - Factura relativa à reparação de automóvel (Anexo 14).


Contabiliza-se a débito a conta do custo da reparação (6223211) e a conta de IVA
dedutível de Outros Bens e Serviços à taxa de 20% (2432312), por contrapartida da
conta (26850014), a crédito.

CONTAS VALOR (€)


Débito

6223211 € 165,20
2432312 € 33,04
Crédito

26850014 € 198,24

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 38


Relatório de Estágio

 Factura de trabalhos especializados - Anexo 15. Contabiliza-se a débito a conta


de custo de trabalhos especializados (6223611) e a conta de IVA dedutível de
Outros Bens e Serviços à taxa de 20% (2432312), por contrapartida da conta
(26850001), a crédito.

CONTAS VALOR (€)

Débito
6223611 € 200,00
2432312 € 40,00

Crédito
26850001 € 240,00

 Compra de Bem Imobilizado - Anexo 16. Contabiliza-se a débito a conta de


imobilizado relativa a ferramentas e utensílios (4250003) e a conta de IVA dedutível
de imobilizado à taxa de 21% (2432212), por contrapartida da conta do fornecedor
(22110050), a crédito. Pelo pagamento, salda-se a conta do fornecedor (22110050),
debitando-a, e credita-se a conta de bancos (121).

CONTAS VALOR (€) CONTAS VALOR (€)


Débito

Débito

4250003 € 243,80
243221203 € 51,20 22110050 € 295,00
Crédito
Crédito

22110050 € 295,00 121 € 295,00


© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 39


Relatório de Estágio

 Pagamento de Quotizações - Anexo 17. Contabiliza-se a débito a conta de


quotizações (652), por contrapartida da conta de caixa (111), a crédito.

CONTAS VALOR (€)

Débito
652 € 22,50

Crédito
111 € 22,50

 Aplicação do Critério do Grau de acabamento - Anexo 18. A empresa Tintas


Compinta, Lda. assinou um contrato com a Beira Três. Os trabalhos em curso
podem ser de carácter:

 Método do contrato completo: Os proveitos apenas são reconhecidos quando a


obra contratada estiver concluída, sendo deduzidos dos respectivos custos
acumulados;
 Método da percentagem de acabamento: Os proveitos são reconhecidos à
medida que a obra contratada progrida. Atribui-se assim, a cada período
contabilístico um resultado correspondente ao grau de acabamento, mediante o
balanceamento dos proveitos respectivos com os custos incorridos inerentes.

Assim, os resultados relativos a estes contratos de construção podem ser determinados


pelo método de percentagem de acabamento ou pelo método de contrato completado.
Segundo a Directriz Contabilística nº 3/91, de acordo com o método de percentagem de
acabamento, os proveitos são reconhecidos à medida que a obra contratada progride, ou
seja, excepcionalmente, na base da produção. Atribui-se assim a cada período
contabilístico o resultado correspondente ao grau de acabamento, mediante o
balanceamento dos proveitos respectivos com os custos incorridos inerentes.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 40


Relatório de Estágio

Segundo o Critério de Encerramento da Obra, para efeitos de aplicação do


encerramento da obra, o resultado apenas é apurado quando a obra se considerar
concluída, isto é:

a) Quando estabelecido o preço no contrato ou sendo conhecido o preço de venda,


o grau de acabamento seja igual ou superior a 95%;
b) No caso, de obras públicas em regime de empreitada tenha lugar a recepção
provisória nos termos da legislação aplicável.

Nos casos em que sejam apurados resultados relativos a obras em que ainda não tenham
sido apurados os custos totais necessários para o seu acabamento, pode ser considerada
como receita diferida uma parte dos proveitos correspondentes aos custos estimados a
suportar.

Segundo o Critério da Percentagem de Acabamento, para efeitos de aplicação da


percentagem de acabamento, o resultado da obra é determinado à medida que ela vai
sendo executada. Este método é obrigatório nos seguintes casos:

a) Nas obras públicas ou privadas efectuadas em regime de empreitada, quando se


verifiquem facturações parciais do preço estabelecido, ainda que não tenham
carácter sucessivo, e as obras realizadas tenham atingido o grau de acabamento
correspondente aos montantes facturados;
b) Nas obras efectuadas por conta própria vendidas fraccionadamente, à medida
que forem sendo concluídas e entregues aos adquirentes, ainda que não sejam
conhecidos exactamente os custos totais das mesmas.

Por conseguinte, tendo em consideração o exemplo constante no Anexo 18, a Tintas


Compinta, Lda. credita a conta (351) e debita a conta (811).

CONTAS VALOR (€)


Débito Crédito

351 € 4.350,00

811 € 4.350,00

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 41


Relatório de Estágio

 Venda de Mercadoria em território nacional - Factura relativa à venda de


mercadoria em território nacional à taxa de 20% (Anexo 19). Contabiliza-se a débito
a conta de clientes (21110007), em contrapartida da conta de vendas de mercadorias
no mercado nacional (7111) e da respectiva conta de IVA liquidado à taxa normal
(2433122), a crédito.

CONTAS VALOR (€)

Débito Crédito
21110007 € 246,02

7111 € 205,02
2433122 € 41,00

3.3.5 Lançamento Informático

O lançamento informático da classificação dos documentos é a última fase da


contabilização e é feita com a ajuda do programa informático LogiWin. Nesta fase
devem rectificar-se alguns dos aspectos mais importantes, tais como: data; código de
descrição da operação; contas movimentadas; e número de lançamento.

Ao proceder-se ao lançamento dos documentos, é atribuído a cada um, uma numeração


interna, que constará no programa informático e no respectivo documento. Este código é
constituído por cinco dígitos, sendo os dois primeiros relativos ao mês e os três últimos
relativos ao número do documento, elegidos por uma ordem crescente de numeração,
como por exemplo:
12 001 Número de documento

Mês do ano

Depois desta etapa, arquivam-se os documentos, devendo-se nos termos do artigo 39º
do Código Comercial (CC), sempre que se houver cometido erro ou omissão em
qualquer assento (lançamento), efectuar o respectivo lançamento estorno, com vista a
anular ou rectificar os lançamentos efectuados anteriormente de forma incorrecta
(SITOC, 2009a).

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 42


Relatório de Estágio

3.4. Processamento de Salários

O processamento de salários corresponde ao apuramento das remunerações brutas


auferidas por cada um dos trabalhadores no respectivo período, a quantificação dos
diversos descontos e retenções a efectuar e a determinação do rendimento líquido a
pagar.

Para se realizar o processamento de salários deve ter-se em conta o salário de cada


trabalhador, o qual pode ser influenciado por diversos factores, como por exemplo:
ajudas de custo; faltas; baixas médicas; gratificações; férias; situação do titular dos
rendimentos (1 ou 2 titulares, deficiente ou não); estado civil; e composição do
agregado familiar. É necessário ter em conta os dias úteis de trabalho de cada
trabalhador e corpos gerentes, sendo esta informação dada à Roquegest - Consultores de
Gestão, Lda. pelas empresas suas clientes.

Neste contexto, os trabalhadores devem dar toda a informação necessária à entidade


empregadora, para que a mesma possa efectuar a retenção na fonte do respectivo IRS,
calculada com base nas tabelas de retenção actualizadas e publicadas anualmente no
Diário da República (DR), em conformidade com o Orçamento de Estado (OE).

Depois de tudo ser inserido no programa informático LogiWin, procede-se à impressão


das folhas de processamento de salários (Anexo 20) e respectivos recibos (Anexo 21), a
qual é feita em duplicado de modo a que o trabalhador fique com a cópia e o original
com a entidade patronal que, posteriormente, o devolve à Roquegest - Consultores de
Gestão, Lda., depois de assinado para que seja arquivado na pasta da respectiva
empresa.

Cada trabalhador possui no programa informático uma ficha individual com todos os
dados necessários ao cálculo dos seus salários, aplicando-se automaticamente a
percentagem de IRS a cada caso em particular, dado que o programa inclui as
respectivas tabelas de IRS. A retenção de IRS deve ser entregue na Tesouraria da

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 43


Relatório de Estágio

Fazenda Pública, nos correios, ou em qualquer outro local autorizado, até ao dia 20 do
mês seguinte àquele a que respeitam os rendimentos (SITOC, 2009c).

Adicionalmente, as folhas de remunerações são enviadas para a Segurança Social até ao


dia 15 do mês seguinte àquele a que respeitam os rendimentos, para pagamento da Taxa
Social Única (TSU), a qual incide sobre todas as remunerações auferidas pelo
trabalhador ou pelo órgão social. Contudo, não estão abrangidos por esta taxa os abonos
para falhas, as quantias pagas a título de cessação do contrato de trabalho, os subsídios
de refeição tomados em refeitórios e as senhas de almoço, quando a empresa dispõe de
refeitório (SITOC, 2009c). A entrega da TSU deve ser efectuada através da Internet no
site da Segurança Social (www.seg.social.pt), imprimindo-se de seguida a guia de
pagamento, para que se possa proceder ao respectivo pagamento dentro do prazo
estabelecido, por meio de cheque ou transferência bancária a favor do Instituto de
Gestão Financeira da Segurança Social.

Também, a entidade empregadora suportará da sua conta a TSU calculada sobre as


remunerações ilíquidas do trabalhador, em conformidade com o Quadro 1.

Quadro 1: TSU Aplicável aos Trabalhadores em Geral

Fonte: www.seg-social.pt

As entidades empregadoras que tenham a seu cargo trabalhadores inscritos como


primeiro emprego, não têm de suportar durante um período de 3 anos os 23,75% de
Taxa de Segurança Única, na medida em que beneficiam de um apoio à criação de
novos postos de trabalho (Quadro 2). Para além do caso anterior, o Quadro 2 também
apresenta outros casos especiais de redução da TSU.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 44


Relatório de Estágio

Quadro 2: TSU Aplicável aos Trabalhadores em Casos Especiais

Fonte: www.seg-social.pt

No caso dos trabalhadores da entidade empregadora serem os órgãos sociais, a


percentagem da TSU é reduzida, tanto por conta da entidade empregadora como por
conta do órgão social, como se pode verificar no Quadro 3.

Quadro 3: TSU Aplicável aos Órgãos Sociais e Outros

Fonte: www.seg-social.pt

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 45


Relatório de Estágio

Face ao exposto, a contabilização dos recibos de vencimento é feita através de um mapa


de processamento de salários (Anexo 20). Na contabilização do processamento de
salários utilizam-se, de acordo com o Plano de Contas da empresa em análise (Anexo
1), as seguintes contas:

 262 – Remunerações a pagar: regista a crédito o valor líquido a pagar aos


trabalhadores e aos órgãos sociais, após a dedução de todos os encargos sobre as
remunerações ilíquidas. “Para além das operações relativas ao pessoal, esta conta
abrange as que se reportam aos órgãos sociais, entendendo-se, que estes são
constituídos pela mesa da assembleia-geral, administração, fiscalização ou outros
corpos com funções equiparadas” (Bento e Machado, 2007). Em concreto:
 2621 - Remunerações a pagar aos órgãos sociais; e
 2622 - Remunerações a pagar ao pessoal.

 242 – Retenção de IRS: regista a crédito o IRS retido aos trabalhadores e aos
órgãos sociais.

 245 – Contribuições para a Segurança Social: regista a crédito a TSU suportada


quer pela entidade patronal, quer pelos trabalhadores e órgãos sociais.

 263 - Sindicatos: regista a crédito a percentagem deduzida a título facultativo


para os sindicatos.

 64 – Custos com o Pessoal: regista a débito as remunerações ilíquidas auferidas


pelos órgãos sociais (conta 6411) e pelos trabalhadores (conta 6421), bem como os
valores correspondentes aos subsídios de alimentação (contas 6412 e 6422),
subsídio de férias (contas 6413 e 6423), subsídio de Natal (contas 6415 e 6425),
ajudas de custo (contas 6416 e 6426), faltas remuneradas (contas 6417 e 6427) e
seguros de vida (contas 6418 e 6428). Também regista a débito da conta (645) a
TSU por conta da entidade empregadora.

O movimento destas contas anteriores insere-se no seguinte esquema normalizado:

 1.ª Fase - Processamento dos ordenados, salários e outras remunerações, dentro do


mês a que respeitem: registam-se a débito as subcontas da conta (64) pelos valores
ilíquidos das remunerações auferidas, por crédito das contas (2621) ou (2622) pelas
remunerações líquidas devidas, da conta (242) pelo IRS retido, da conta (245) pela
© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 46
Relatório de Estágio

TSU por conta dos órgãos sociais e trabalhadores, e da conta (263) pelo valor a
pagar aos sindicatos;
 2.ª Fase - Processamento dos encargos sobre remunerações por conta da entidade
empregadora dentro do mês a que respeitem: regista-se a débito da conta (645) os
encargos sobre remunerações por conta da entidade empregadora, por crédito da
conta (245) pela TSU por conta da entidade empregadora;
 3.ª Fase - Pagamentos ao pessoal e outras entidades: debitam-se as contas pelos
valores creditados na 1.ª e 2.ª fase anteriormente mencionadas, por crédito da conta
de bancos.

A contabilização do processamento de salários do mês de Novembro de 2008 da Tintas


Compinta, Lda., tendo por base o mapa de processamento de salários (Anexo 20),
corresponde a:

CONTAS VALOR (€)


6411 € 812,68
Débito

6421 € 2.449,70
6412 € 273,60
6425 €1.417,00
Crédito

2451 € 262,23
2452 € 240,14
2621 € 1.230,01
2622 € 3.220,60

Considerando como exemplo o recibo de vencimento do gerente - António Manuel Dias


Pinta, tem-se:

6411 - Remuneração base = € 426,00

6412 - Subsidio de Alimentação = 19 dias × € 4,80 = € 91,20

A empresa paga um subsidio de alimentação diário no valor de € 4,80, o qual é isento de


tributação em sede de IRS, visto não ultrapassar o limite máximo para o ano de 2008.

2451 - Taxa Social Única = (€ 426,00 + € 426,00) × 10% = € 85,2

2621 - Remuneração Líquida = (€426,00 + €426,00 + €91,20) – €85,20 = €858,20

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 47


Relatório de Estágio

Já, considerando como exemplo o recibo de vencimento do empregado – Carlos José


Cunha Prata, se tem:

6421 - Remuneração base = € 518,50

6422 - Subsidio de Alimentação = 4 dias × € 4,80 = € 19,20

2451 - Taxa Social Única = € 518,50 × 11% = € 57,04

2622 - Remuneração Líquida = (€ 518,50 + € 19,20) – € 57,04 = € 480,66

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 48


Relatório de Estágio

3.5. Pagamento por Conta


Em conformidade com o nº 1 do artigo 96º do CIRC:

“As entidades que exerçam, a título principal, actividade de natureza comercial,


industrial ou agrícola, bem como as não residentes com estabelecimento estável
em território português, devem proceder ao pagamento do imposto nos termos
seguintes:

a) Em três pagamentos por conta, com vencimento em Julho, Setembro e 15 de


Dezembro do próprio ano a que respeita o lucro tributável ou, nos casos dos
n.ºs 2 e 3 do artigo 8.º, no 7.º mês, no 9.º mês e no dia 15 do 12.º mês do
respectivo período de tributação; [Redacção dada pela Lei n.º 64/2008, de 5 de
Dezembro]

b) Até ao último dia útil do prazo fixado para o envio ou apresentação da


declaração periódica de rendimentos, pela diferença que existir entre o imposto
total aí calculado e as importâncias entregues por conta;

c) Até ao dia da apresentação da declaração de substituição a que se refere o


artigo 114.º, pela diferença que existir entre o imposto total aí calculado e as
importâncias já pagas.” (SITOC, 2009b).

Sendo que, de acordo com o nº 2 do artigo 97º do CIRC:


“os pagamentos por conta dos contribuintes cujo volume de negócios do exercício
imediatamente anterior àquele em que se devam efectuar esses pagamentos seja
igual ou inferior a € 498.797,90 correspondem a 70% do montante do imposto
referido no número anterior, repartido por três montantes iguais, arredondados,
por excesso, para euros.” (SITOC, 2009b).

Para além de que, o mesmo artigo, no seu nº 3, refere que:


“Os pagamentos por conta dos contribuintes cujo volume de negócios do exercício
imediatamente anterior àquele em que se devam efectuar esses pagamentos seja
superior a € 498.797,90 correspondem a 90% do montante do imposto referido no

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 49


Relatório de Estágio

n.º 1, repartido por três montantes iguais, arredondados, por excesso, para euros.”
(SITOC, 2009b).

Adicionalmente, o n.º 4 do artigo 96º do CIRC prescreve que os sujeitos passivos só


estão dispensados de efectuar o Pagamento por Conta (PC) quando o imposto do
exercício de referência para o respectivo cálculo for inferior a € 199,52 (SITOC,
2009b).

Assim, como a empresa Tintas Compinta, Lda., relativamente ao exercício de 2007,


obteve um Volume de Negócio (VN) superior ao limite estabelecido no artigo 97.º do
CIRC, a determinação do PC em 2008 corresponde a:

(Colecta 2007 – Retenção na fonte 2007) * 0,75

O Anexo 22 contém o comprovativo da terceira prestação do Pagamento por Conta


efectuado no ano de 2008, correspondendo o seu registo contabilístico ao seguinte:

CONTAS VALOR (€)


Débito Crédito

2411 € 25,00

121 € 25,00

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 50


Relatório de Estágio

3.6. Pagamento Especial por Conta

Em conformidade com o artigo 98º do CIRC, os sujeitos passivos estão obrigados a


efectuar anualmente o Pagamento Especial por Conta (PEC), tendo a possibilidade de
pagar em duas prestações, durante os meses de Março e Outubro do ano a que respeita o
mesmo ou, no caso de adoptarem um período de tributação não coincidente com o ano
civil, no 3.º mês e no 10.º mês do período de tributação respectivo (SITOC, 2009b).

O montante do PEC é igual a 1% do VN relativo ao exercício anterior, com o limite


mínimo de € 1000,00 e, quando superior, será igual a este limite acrescido de 20% da
parte excedente, com o limite máximo de € 70.000,00. Ficam dispensados de efectuar o
PEC:
 Os sujeitos passivos totalmente isentos de IRC nos termos dos artigos 9.º e 10.º
do Código do IRC e do Estatuto Fiscal Cooperativo;
 Os sujeitos passivos que se encontrem com processos no âmbito do Código dos
Processos Especiais de Recuperação da Empresa e de Falência, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 132/93, de 23 de Abril, a partir da data de instauração desse
processo;
 Os sujeitos passivos que tenham deixado de efectuar vendas ou prestações de
serviços e tenham entregado a correspondente declaração de cessação de
actividade a que se refere o artigo 33.º do CIVA.

Assim, o Anexo 23 apresenta o comprovativo da segunda prestação do PEC realizado


em 2008 pela Tintas Compinta, Lda. O seu registo contabilístico corresponde a:

CONTAS VALOR (€)


Débito Crédito

2411 € 708,21

121 € 708,21

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Relatório de Estágio

3.7. Imposto sobre o Valor Acrescentado

3.7.1 Enquadramento
Para Borges et al. (2007):
“O IVA enquadra-se nos denominados impostos indirectos, isto é, recai sobre o
consumo de bens e serviços, não incidindo propriamente sobre o valor
acrescentado da empresa, entendido este como tudo aquilo que esta adiciona aos
bens e serviços adquiridos no exterior, mas sim sobre a noção simplificada daquele
conceito, traduzida pela diferença entre o valor de vendas ou serviços e o valor das
compras que incorporam, trata-se de uma diferença das entradas e saídas”.

O IVA é considerado um imposto plurifásico, uma vez que pretende tributar o consumo
em todas as fases do circuito económico, isto é, incide sobre todas as fases, garantindo
uma igualdade tributária, visto ser proporcional ao preço do produto ao nível do
consumidor final (Soares, 2008).

Segundo o artigo 1º do CIVA (SITOC, 2009d), as operações sujeitas IVA respeitam:


a) As transmissões de bens e as prestações de serviços efectuadas no território
nacional, a título oneroso, por um sujeito passivo agindo como tal;
b) As importações de bens;
c) As operações intracomunitárias efectuadas no território nacional, tal como são
definidas e reguladas no Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias
(RITI).

De acordo com a alínea a) anterior, a sujeição ao imposto depende de o sujeito passivo


se enquadrar no exercício de uma actividade económica, ou se esse não for o caso, de se
configurar uma operação, realizada de modo independente, e com carácter económico.
Exige-se ainda, que as transmissões de bens e as prestações de serviços sejam
efectuadas a título oneroso. Também é condição de sujeição ao IVA que tais operações
sejam realizadas em território nacional, ou seja, sejam localizadas, segundo os
elementos de conexão estabelecidos na matéria, em Portugal.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 52


Relatório de Estágio

Do exposto decorre a importância da noção de sujeito passivo, cujo conceito é fornecido


pelo artigo 2º do CIVA (SITOC, 2009d). Em geral, é sujeito passivo quem, de modo
habitual e com carácter de independência, exerça uma actividade de produção, comércio
ou prestação de serviços. Donde, serão sujeitos passivos potenciais todos os
contribuintes sujeitos a IRC e uma grande parte dos sujeitos a IRS. Aqueles que
pratiquem uma operação isolada podem também ser sujeitos passivos, desde que esta
operação constitua pressuposto de tributação em IRC ou IRS. A sujeição a imposto
abrangerá ainda potencialmente os agricultores que, no entanto, gozam de uma isenção
genérica.

A actividade não tem que ser desenvolvida com espírito de lucro (assim numerosas
pessoas colectivas de utilidade pública ou mesmo organismos públicos terão a sua
actividade tributada), nem é necessário que se desenvolva com carácter principal,
podendo revestir natureza acessória.

Normalmente, os contribuintes serão sujeitos passivos pelos seus outputs (vendas e


serviços prestados). No entanto, excepcionalmente, poderão sê-lo também pelos seus
inputs. Tal sucede quando utilizem determinados serviços, enumerados na lei, prestados
por operadores estrangeiros que não possuam em Portugal sede ou estabelecimento
estável a partir do qual os serviços sejam prestados, em conformidade com as alíneas a)
e e) do nº 1 do artigo 2º do CIVA (SITOC, 2009d).

Será também sujeito passivo do imposto, todo aquele que em factura ou documento
equivalente mencione IVA, ainda que o faça indevidamente, por não haver lugar a
liquidação de imposto. Tal prática, trata-se de uma medida cautelar, destinada a prevenir
eventuais fraudes fiscais.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 53


Relatório de Estágio

Finalmente, e fruto da Directiva 2000/65/CE do Conselho, de 17 de Outubro de 2000,


transcrita para o direito interno pelo Decreto-Lei n.º 102/2008, de 20 de Junho (MFAP,
2008), passaram a qualificar-se como sujeitos passivos:
“as pessoas singulares ou colectivas referidas na alínea a), que sejam adquirentes
em transmissões de bens ou prestações de serviços efectuadas no território
nacional por sujeitos passivos que aqui não tenham sede, estabelecimento estável
ou domicílio nem disponham de representante nos termos do art.º 29º”.

A nomeação do representante é facultativa para os sujeitos passivos estabelecidos em


qualquer Estado Membro da União Europeia (UE), só continuando a ser obrigatória
para sujeitos passivos de fora da UE. Ora, não sendo obrigatória a nomeação de
representante, adoptou-se como técnica a da qualificação como sujeito passivo da
operação do adquirente – sujeito passivo nacional, «em substituição» do transmitente ou
prestador – sujeito passivo não estabelecido e sem representante em território nacional.

Conforme os nºs 3 e 4 do artigo 2º do CIVA, o Estado e demais pessoas colectivas de


direito público não são, no entanto, sujeitos passivos do imposto quando realizem
operações no exercício dos seus poderes de autoridade, mesmo que por elas recebam
taxas ou quaisquer outras contraprestações, desde que a sua não sujeição não origine
distorções de concorrência (SITOC, 2009d).

A transmissão de bens corresponde à transferência onerosa de bens corpóreos, isto é,


correspondente ao exercício do direito de propriedade de um bem corpóreo, sendo
assimilados a bens corpóreos: a energia eléctrica; o gás; o calor; o frio; e similares (n.ºs
1 e 2 do artigo 3º do CIVA – SITOC, 2009d). As transmissões de imóveis estariam
potencialmente abrangidas por esta tributação, no entanto estão normalmente isentas, o
que acontece, aliás, com todas as operações sujeitas de IMI8 (n.º 30 do artigo 9º do
CIVA – SITOC, 2009d).

8
O Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) entrou em vigor em 1 de Janeiro
de 2004, tendo substituído o Imposto Municipal de Sisa, abreviadamente designado simplesmente de
Sisa.

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Relatório de Estágio

Prevê-se, entretanto a possibilidade de haver efectiva tributação em IVA, sempre que


haja opção nesse sentido por parte dos intervenientes, na condição de um e outro serem
sujeitos passivos de IVA (n.ºs 5 e 6 do artigo 12º do CIVA – SITOC, 2009d).

Consideram-se ainda prestações de serviços a título oneroso, conforme o artigo 4º do


CIVA (SITOC, 2009d):
a) Ressalvado o disposto no n.º 1 do artigo 26.º, a utilização de bens da empresa
para uso próprio do seu titular, do pessoal, ou em geral para fins alheios à
mesma e ainda em sectores de actividade isentos quando, relativamente a esses
bens ou aos elementos que os constituem, tenha havido dedução total ou parcial
do imposto;
b) As prestações de serviços a título gratuito efectuadas pela própria empresa
com vista às necessidades particulares do seu titular, do pessoal ou, em geral, a
fins alheios à mesma;
c) A entrega de bens móveis produzidos ou montados sob encomenda com
materiais que o dono da obra tenha fornecido para o efeito, quer o empreiteiro
tenha fornecido, ou não, uma parte dos produtos utilizados.

As isenções estão previstas no artigo 9º e seguintes do CIVA (SITOC, 2009d), tendo


como característica fundamental o facto de não proporcionarem um desagravamento
completo do imposto, isto porque o sujeito passivo, não o fazendo incidir nas
transmissões de bens e prestações de serviços que efectua, também não pode deduzir o
imposto suportado nas suas aquisições de bens e serviços.

Assim, as isenções, porque afectam sempre a neutralidade do imposto, devem ser


reduzidas ao mínimo e, quando concedidas, devem sê-lo, tanto quanto possível, apenas
na última fase do circuito económico. Segundo Tomé (2009), o circuito económico deve
ser entendido como a representação esquemática das relações economicamente
relevantes entre os agentes económicos, dando uma visão global das ligações e das
inter-relações entre os agentes económicos (Figura 3).

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Relatório de Estágio

Figura 3: Circuito Económico

Fonte: Tomé (2009).

Encontra-se, no entanto, prevista uma isenção completa relativamente às exportações e


transmissões intracomunitárias, fruto da própria mecânica e funcionamento deste
imposto. De facto, acolhido que foi o princípio do destino no comércio internacional, ou
seja, sempre que o consumo dos bens não ocorre em território nacional devem tais bens
deixar este território com destino a um país terceiro (exportação) ou a outro Estado
membro das Comunidades Europeias (transmissão intracomunitária) sem qualquer
conteúdo fiscal, situação que implica a atribuição de uma isenção completa de imposto,
ou seja de uma isenção a jusante com dedução dos impostos suportados a montante.

3.7.2 Isenções

O Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado compreende dois tipos de isenções:


 Isenções simples ou incompletas;
 Isenções completas.

Nas Isenções simples ou incompletas não há liquidação de imposto na venda ou


prestação de serviços, não conferindo direito a dedução do imposto suportado nas
aquisições a montante “IVA oculto”, em conformidade com os artigos 9º, 13º e 53º do
CIVA (SITOC, 2009d).

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 56


Relatório de Estágio

Nas Isenções completas não há liquidação do imposto, conferindo ao sujeito passivo


direito à dedução do imposto suportado nas aquisições a montante “IVA taxa zero”, de
acordo com o previsto nos artigos 14º e 15º do CIVA (SITOC, 2009d) e no artigo 14º do
RITI (MF, 1992).

Adicionalmente, as isenções encontram-se subdivididas em quatro grupos:


 Isenções nas operações internas;
 Isenções na importação;
 Isenções na exportação e operações assimiladas e transportes internacionais;
 Outras isenções.

As isenções nas operações internas, previstas no artigo 9º do CIVA, respeitam, na sua


maior parte, a prestações de serviços a consumidores finais. Duma forma genérica, são
isentas de imposto as prestações de serviços a médicos e sanitários, e ainda as de
educação, cultura, desporto e de assistência à juventude e à terceira idade. Algumas
destas isenções, no entanto, só são concedidas quando efectuadas por pessoas colectivas
de direito público, instituições particulares de solidariedade social ou por organismos
sem finalidade lucrativa.

Ao abrigo do artigo 9º do CIVA, são ainda isentas, entre outras, as seguintes operações:
 prestações de serviços que tenham por objecto a formação profissional (n.º 10);
 prestações de serviços efectuadas aos respectivos promotores por artistas e
desportistas (n.º 15);
 transmissões de direitos de autor quando efectuadas pelos autores, seus herdeiros
ou legatários (nº 16);
 transmissões feitas pelos próprios artistas, seus herdeiros ou legatários, de
determinados objectos de arte (nº 17);
 maioria das operações bancárias e financeiras (n.º 27);
 operações de seguro e resseguro, bem como as prestações de serviços conexas,
efectuadas pelos corretores e intermediários de seguros (nº 28);
 locação de bens imóveis, com algumas excepções (nº 29);
 operações sujeitas a IMI (nº 30);

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Relatório de Estágio

 serviços de alimentação e bebidas fornecidos pelas entidades patronais aos seus


empregados (nº 37).

Embora tendo estabelecida a seu favor uma isenção, os sujeitos passivos podem
renunciar a ela, optando pela aplicação normal do imposto às suas operações tributáveis,
conforme o previsto no artigo 12º do CIVA (SITOC, 2009d). Exercida a opção9, não
poderão voltar a beneficiar da isenção sem que tenham decorrido pelo menos cinco
anos. A opção só pode ser exercida, no entanto, relativamente às:
 Prestações de serviços que tenham por objecto a formação profissional ou o
fornecimento pelas entidades patronais aos seus empregados de alimentação e
bebidas;
 Prestações de serviços médicos e sanitários e transmissões de bens com elas
estreitamente conexas efectuadas por estabelecimentos hospitalares, clínicas,
dispensários e similares não pertencentes a pessoas colectivas de direito público
ou a instituições privadas integradas no Sistema Nacional de Saúde;
 Transmissões de bens e prestações de serviços efectuadas no âmbito das
actividades de carácter agrícola (nºs 33 e 34 do artigo 9º do CIVA).

Poderão também renunciar à isenção estabelecida para a locação de bens imóveis os


sujeitos passivos que arrendem bens imóveis. No que se refere à isenção das operações
sujeitas a IMI, os sujeitos passivos que efectuem transmissões de imóveis ou partes
autónomas destes a favor de outros sujeitos passivos10 que os utilizem, total ou
parcialmente, em actividades tributadas, poderão igualmente renunciar à isenção desde
que registem separadamente na contabilidade os custos e proveitos relativos aos imóveis
a alienar com sujeição a imposto e façam a opção com anterioridade à data do contrato.

O IVA baseia-se num princípio fundamental que é o de conceder o direito de deduzir,


ao montante de imposto liquidado pelo sujeito passivo, nas suas transmissões de bens e
prestações de serviços, o montante de imposto que suportou nas aquisições ou
importações de bens e serviços que lhe foram prestados. A diferença, em cada período

9
Mediante a entrega na serviço de finanças competente da declaração de início de actividade ou de
alterações, produzindo efeitos a partir da data da sua apresentação.
10
Desde que não sejam retalhistas sujeitos ao respectivo regime especial de tributação.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 58


Relatório de Estágio

de tributação, entre aqueles dois montantes corresponde ao imposto que o sujeito


passivo deve entregar ao Estado.

Com o objectivo de prevenir eventuais situações de evasão e/ou fraude fiscal no âmbito
do IVA, o Decreto-Lei nº 31/2001, de 8 de Fevereiro (MF, 2001), veio impedir o
exercício do direito à dedução do imposto que resulte de operações em que, com
conhecimento do sujeito passivo, o transmitente dos bens ou o prestador dos serviços,
com a intenção de não entregar ao Estado o imposto liquidado, tenha declarado o
exercício de uma actividade e não disponha de adequada estrutura empresarial
susceptível de a exercer.

Para que o imposto suportado nas operações anteriormente referidas possa ser deduzido
devem estas operações ser praticadas no âmbito das necessidades empresariais do
sujeito passivo. Contudo, não basta o cumprimento desta exigência genérica, pois exige-
se ainda que a actividade do sujeito passivo a jusante se materialize em operações
efectivamente tributadas perante a alínea a) do nº 1 do artigo 20º do CIVA, ou, não o
sendo, que caiam nas situações previstas na alínea b) do citado número e artigo (SITOC,
2009d), como é o caso das exportações e operações assimiladas a exportações e
transportes internacionais.

3.7.3 Valor Tributável

De acordo com o nº 1 do artigo 16º do CIVA, o Valor Tributável corresponde ao valor


dos bens e serviços sobre o qual irá incidir a taxa de imposto, ao mesmo tempo que será
a contraprestação do adquirente do bem ou serviço. De acordo com o nº 5 do mesmo
artigo do CIVA, o valor tributável inclui:
 Impostos, direitos e taxas;
 Despesas acessórias debitadas, como: comissões; embalagem; transporte;
seguros; e publicidade efectuada por conta do cliente;
 As subvenções directamente conexas com o preço de cada operação,
considerando como tais as que são estabelecidas em função do número de
unidades transmitidas ou do volume dos serviços prestados e sejam fixadas
anteriormente à realização das operações.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 59


Relatório de Estágio

Também nas aquisições intracomunitárias de bens, a determinação do valor tributável é


efectuada:
“(…) em idênticas condições, ao previsto no artigo 16.º do Código do IVA para as
transmissões de bens” (MF, 1992).

Já, no que se refere aos bens importados, em conformidade com o artigo 17º do CIVA,
o valor tributável:
“(…) é constituído pelo valor aduaneiro, determinado de harmonia com as
disposições comunitárias em vigor” (SITOC, 2009d).

3.7.4 Taxas

As taxas de IVA em Portugal estão definidas no artigo 18º do CIVA (SITOC, 2009d) e
no artigo 18º do RITI (MF, 1992). Na medida em que a taxa a aplicar a cada operação
económica é aquela que vigora à data em que o imposto se torna exigível, constata-se
que com a publicação da Lei n.º 26-A/2008, de 27 de Junho (AR, 2008) as taxas a
aplicar às operações realizadas em Portugal Continental e nas regiões autónomas da
Madeira e Açores são as constantes da Figura 4.

Figura 4: Taxas de IVA


Continente
Taxa normal 20%
Taxa intermédia 12%
Taxa reduzida 5%
Regiões autónomas
Taxa normal 14%
Taxa intermédia 8%
Taxa reduzida 4%
Fonte: SITOC (2009d).

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Relatório de Estágio

3.7.5 Regimes de Tributação


O Código do IVA prevê um regime de tributação normal e três regimes de tributação
especial, em concreto: o Regime Especial de Isenção; o Regime Especial dos Pequenos
Retalhistas; e o Regime Especial dos Revendedores de Combustíveis.

 Regime Normal
Estão enquadrados no Regime Normal todos os sujeitos passivos que não beneficiem de
qualquer regime especial de tributação, conforme o disposto na alínea a) do nº 1 do
artigo 2º do CIVA:
“As pessoas singulares ou colectivas que, de um modo independente e com carácter
de habitualidade, exerçam actividades de produção, comércio ou prestação de
serviços, incluindo as actividades extractivas, agrícolas e as das profissões livres,
e, bem assim, as que do mesmo modo independente pratiquem uma só operação
tributável, desde que essa operação seja conexa com o exercício das referidas
actividades, onde quer que este ocorra, ou quando, independentemente dessa
conexão, tal operação preencha os pressupostos da incidência real de IRS e de
IRC” (SITOC, 2009d).

Adicionalmente, em função do VN registado, os sujeitos passivos enquadrados no


Regime Normal terão obrigações distintas a cumprir. Se o VN for igual ou superior a
€ 498.797,90, os sujeitos passivos serão enquadrados numa periodicidade mensal e
terão que entregar a respectiva liquidação do IVA até ao dia 10 do segundo mês
seguinte àquele a que dizem respeito as operações efectuadas, conforme previsto na
alínea a) do n.º 1 do artigo 40º do CIVA (SITOC, 2009d).

Por oposição, se os sujeitos passivos registaram no ano civil anterior um VN inferior a


€ 498.797,90, os mesmos serão enquadrados numa periodicidade trimestral e terão que
entregar a respectiva declaração do IVA até dia 15 do segundo mês seguinte àquele a
que dizem respeito as operações efectuadas, em conformidade com a alínea b) do n.º 1
do artigo 40º do CIVA (SITOC, 2009d).

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Relatório de Estágio

 Regime Especial de Isenção


O Regime Especial de Isenção encontra-se regulado pelos artigos 53º a 59º do CIVA
(SITOC, 2009d), para os sujeitos passivos que:
 Não possuam nem são obrigados a possuir contabilidade organizada para efeitos
do IRS ou IRC;
 Nem pratiquem operações de importação / exportação ou actividades conexas,
 Nem exerçam uma actividade que consista na transmissão dos bens ou prestação
dos serviços mencionados no anexo E do CIVA, que contém a lista dos bens e
serviços do sector de desperdícios, resíduos e sucatas recicláveis;
 Não tenham atingido no ano civil anterior um VN superior a € 10.000,00;
 Tenham um VN superior a € 10.000,00 mas inferior a € 12.500,00 e que, se
tributados, preencheriam as condições de inclusão no regime dos pequenos
retalhistas.

Os sujeitos passivos abrangidos pelo Regime Especial de Isenção, não liquidam IVA,
nem têm direito a deduzir o IVA suportado, devendo as facturas emitidas por eles conter
a expressão «IVA – Regime de Isenção».

 Regime Especial dos Pequenos Retalhistas


O Regime Especial dos Pequenos Retalhistas encontra-se regulado pelos artigos 60º a
68º do CIVA (SITOC, 2009d), devendo as facturas emitidas pelos pequenos retalhistas
conter a expressão «IVA – Não confere direito a dedução». A estes efeitos, são
considerados retalhistas:
 As pessoas singulares, cujo volume de compras de bens destinados a venda sem
transformação atinja pelo menos 90% do volume de compras;
 Não possuam nem sejam obrigados a possuir contabilidade organizada;
 Não efectuem importações / exportação ou actividades conexas;
 Nem efectuem operações intracomunitárias ou prestações de serviços não
isentas, de valor anual superior a € 250,00;
 Não tenham tido no ano civil anterior, um volume de compras superior a
€ 50.000,00.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 62


Relatório de Estágio

Os sujeitos passivos abrangidos pelo Regime Especial dos Pequenos Retalhistas:


 Não liquidam IVA nas vendas, excepto no que refere às transmissões de bens do
activo imobilizado;
 Apuram o imposto devido ao Estado, aplicando um coeficiente de 25% ao valor
do imposto suportado nas aquisições de bens destinados a vendas sem
transformação.

O artigo 65º do CIVA (SITOC, 2009d) faz referência aos registos das operações e livros
obrigatórios, especificamente:
 Os retalhistas sujeitos ao regime especial de tributação previsto no artigo 60.º
são obrigados a registar no prazo de 30 dias a contar da respectiva recepção as
facturas, documentos equivalentes e guias ou notas de devolução relativos a
bens ou serviços adquiridos e a conservá-los com observância do disposto no n.º
2 do artigo 48.º do CIVA;
 Para cumprimento do mencionado no n.º 1 do artigo 65º do CIVA, devem os
retalhistas possuir os seguintes elementos de escrita:
a) Livro de registo de compras, vendas e serviços prestados;
b) Livro de registo de despesas gerais e operações ligadas a bens de
investimento.

 Regime Especial dos Revendedores de Combustíveis


A Lei n.º 107-B/2003, de 31 de Dezembro (AR, 2003), que aprovou o Orçamento
Estado para 2004, definiu o novo regime de tributação dos combustíveis líquidos
aplicável aos revendedores, procedendo à divulgação de esclarecimentos e orientações
de cariz técnico e administrativo, visando a aplicação correcta e uniforme das normas
legais do referido regime.

Este regime é aplicável a todos os sujeitos passivos que revendam os seguintes


combustíveis líquidos: Gasolina; Gasóleo; e Petróleo carburante. Não se encontram
abrangidos por este regime os sujeitos passivos que sejam empresas distribuidoras de
combustíveis líquidos, os quais aplicarão às suas operações o regime geral do IVA.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 63


Relatório de Estágio

Neste contexto, consideram-se empresas distribuidoras, para efeitos de exclusão da


aplicação deste regime, as entidades que se encontrem abrangidas pelo Decreto-Lei n.º
339-D/2001, de 28 de Dezembro (ME, 2001b), que alterou e republicou o Decreto-Lei
n.º 10/2001, de 23 de Janeiro (ME, 2001a), que estabelece as disposições relativas à
constituição e à manutenção de reservas de segurança de produtos petrolíferos.

Nas transmissões dos combustíveis líquidos efectuados ao abrigo do nº 3 do artigo 70º


do CIVA (SITOC, 2009d), o imposto é liquidado pelos revendedores com base na
margem efectiva de vendas apuradas.

3.7.6 Apuramento do IVA

O apuramento do IVA é efectuado automaticamente no programa de contabilidade


LogiWin. O apuramento do imposto, efectuado mensalmente ou trimestralmente em
função do regime de tributação em que se encontra enquadrado, consiste em abater ao
IVA dedutível (ou seja, o imposto que a empresa suporta quando faz aquisições de
existências, imobilizado e outros bens e serviços) o IVA liquidado (ou seja, o imposto
que a empresa recebe com as vendas e prestações de serviços).

Para o efeito, o Plano de Contas da empresa (Anexo 1, no caso da Tintas Compinta,


Lda) inclui distintas subcontas para registar os movimentos inerentes ao apuramento do
IVA, nomeadamente:

 2431 - IVA – Suportado:

Esta conta, de uso facultativo, é debitada pelo IVA suportado em todas as aquisições de
existências, imobilizado ou de outros bens e serviços, e é creditada por contrapartida das
respectivas subcontas da conta 2432 quando o IVA é dedutível e/ou, quanto às parcelas
de imposto não dedutível, por contrapartida das contas inerentes às respectivas
aquisições ou da rubrica 631, quando for caso disso (nomeadamente por dificuldades de
imputação a custos específicos). Cada uma das suas subcontas da conta 2431 deve ser
subdividida segundo a natureza das operações realizadas (existências; imobilizado; e
outros bens e serviços) e estas segundo as taxas aplicáveis (por ordem crescente).

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 64


Relatório de Estágio

 2432 - IVA - Dedutível:

Esta conta é debitada pelo valor do IVA suportado e dedutível nas aquisições de
existências, imobilizado e outros bens e serviços. Assim, Cada uma das suas subcontas
da conta 2432 deve ser subdividida segundo a natureza das operações realizadas
(existências; imobilizado; e outros bens e serviços) e estas segundo as taxas aplicáveis
(por ordem crescente).

Segundo o artigo 19º do CIVA (SITOC, 2009d), para apuramento do imposto devido, os
sujeitos passivos deduzem ao imposto incidente sobre as operações tributáveis que
efectuaram:
a) O imposto devido ou pago pela aquisição de bens e serviços a outros sujeitos
passivos;
b) O imposto devido pela importação de bens;
c) O imposto pago pela aquisição dos bens ou dos serviços indicados nas alíneas i)
e j) do n.º 1 do artigo 2.º, no n.º 8, na alínea a) do n.º 10 e nos n.ºs 11, 13 e 16, na
alínea b) do n.º 17 e nos n.ºs 19 e 22 do artigo 6.º;
d) O imposto pago como destinatário de operações tributáveis efectuadas por
sujeitos passivos estabelecidos no estrangeiro, quando estes não tenham no
território nacional um representante legalmente acreditado e não tenham
facturado o imposto;
e) O imposto pago pelo sujeito passivo à saída dos bens de um regime de
entreposto não aduaneiro, de acordo com o n.º 6 do artigo 15.º

Adicionalmente, no nº 2 do artigo 19º do CIVA prevê-se que:


“Só confere direito a dedução o imposto mencionado nos seguintes documentos, em
nome e na posse do sujeito passivo:
a) Em facturas e documentos equivalentes passados em forma legal;
b) No recibo de pagamento de IVA que faz parte das declarações de importação,
bem como em documentos emitidos por via electrónica pela Direcção-Geral das
Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo, nos quais conste o
número e data do movimento de caixa” (SITOC, 2009d).

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Relatório de Estágio

 2433 - IVA - Liquidado:

Segundo Borges et al. (2007), esta conta será creditada pelo IVA liquidado nas facturas
ou documentos equivalentes emitidos pela empresa, na generalidade através de 24331
(Operações gerais). Entretanto, quando houver lugar à liquidação do IVA por força da
afectação ou da utilização de bens a fins estranhos à empresa, de transmissões de bens
ou de prestações de serviços gratuitos ou da afectação de bens a sectores isentos quando
relativamente a esses bens tenha havido dedução de imposto, utilizar-se-á a subconta
243312 (Aquisições intracomunitárias).

A conta 2433 é debitada pela transferência do saldo respeitante ao período de imposto,


por crédito da conta 2435. À semelhança das contas 2431 e 2432, também a conta 2433
deve ser subdividida por subcontas, segundo a natureza das operações realizadas e
segundo as taxas aplicáveis, por ordem crescente.

 2434 - IVA - Regularizações:

Esta conta regista as correcções de imposto apuradas nos termos do CIVA e


susceptíveis de serem efectuadas na respectiva declaração periódica. Relativamente a
cada período de imposto, os saldos das subcontas da conta 2434, sem que haja
compensação entre elas, são transferidos para a conta 2435. As subcontas da 2434
podem ser:

 24341 - Mensais (ou trimestrais) a favor da empresa


 24342 - Mensais (ou trimestrais) a favor do Estado

As regularizações motivadas por erros ou omissões no apuramento do imposto,


devoluções, descontos ou abatimentos, rescisões ou reduções de contratos, anulações e
incobrabilidade de créditos, roubos, sinistros, entre outros acontecimentos anormais,
conforme situações previstas no CIVA, poderão originar imposto a favor do sujeito
passivo ou a favor do Estado, contabilizando-se, respectivamente, a débito da conta
24341 ou a crédito da conta 24342.

 24343 - Anuais por cálculo do pro-rata definitivo

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 66


Relatório de Estágio

Estas regularizações, aplicáveis a qualquer tipo de bens ou serviços, são contabilizadas,


no fim do ano, a débito ou a crédito da subconta em referência, por contrapartida das
contas onde foram contabilizadas as aquisições cujo imposto dedutível é objecto de
rectificação. Não se tratando de bens do activo imobilizado, quando se mostrar difícil a
imputação específica da referida contrapartida, esta poderá ser registada como custo ou
proveito extraordinário.

 24344 - Anuais por variações dos pro-rata definitivos

Estas regularizações, específicas dos activos imobilizados, são contabilizadas, no fim do


ano, a débito ou a crédito da subconta em referência, por contrapartida de Custos ou de
Proveitos extraordinários11.

 24345 - Outras regularizações anuais

Esta subconta servirá para contabilizar outras regularizações anuais não expressamente
previstas nas subcontas anteriores, a efectuar no final do ano.

 2435 - IVA - Apuramento:

Reúnem-se nesta conta as operações registadas nas contas 2432, 2433, 2434 e 2437, de
forma que o seu saldo corresponda ao imposto a pagar ou em crédito, em referência a
um determinado período de imposto. Será debitada pelos saldos devedores das contas
2432 e 2434 e creditada pelos saldos credores das contas 2433 e 2434.

É ainda debitada pelo saldo devedor da conta 2437, respeitante ao montante de crédito
do imposto reportado ao período anterior sobre o qual não exista nenhum pedido de
reembolso. Após estes lançamentos, o respectivo saldo transfere-se para:

 Crédito da conta 2436, no caso de ser saldo credor;


 Débito da conta 2437, no caso de ser saldo devedor.

 2436 - IVA - A pagar:

O POC em nota explicativa (Bento e Machado, 2007) recomenda a utilização de


subcontas que permitam distinguir o imposto: a pagar resultante de valores apurados; o

11
De referir que, no âmbito do SNC os Custos passaram a designar-se Gastos e os Proveitos passaram a
Rendimentos.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 67


Relatório de Estágio

imposto a pagar resultante de liquidações oficiosas; e as verbas correspondentes às


diferenças entre os valores apurados e as respectivas liquidações oficiosas.

Esta conta credita-se pelo montante do imposto a pagar, com referência a cada período
de imposto, por transferência do saldo credor da conta 2435. É ainda creditada, por
contrapartida da conta 2439, pelos montantes liquidados oficiosamente. Por outro lado,
debita-se, pelos pagamentos de imposto quer este respeite a valores declarados pelo
sujeito passivo, quer a valores liquidados oficiosamente. Debita-se ainda por
contrapartida da conta 2439, na hipótese de anulação da liquidação oficiosa.

Quando se efectuar o pagamento respeitante à liquidação oficiosa e após o apuramento


contabilístico do imposto a pagar, regularizar-se-á o saldo mediante a anulação do
correspondente valor lançado na conta 2439.

 2437 - IVA - A recuperar

Segundo Bento e Machado (2007), esta conta destina-se a receber, por transferência da
conta 2435, o saldo devedor desta última conta, referente a um determinado período de
imposto, representando tal valor o montante de crédito sobre o Estado no período em
referência.

Aquando da remessa da declaração e se for efectuado qualquer pedido de reembolso,


será creditada, na parte correspondente a tal pedido, por contrapartida da conta 2438. O
excedente (ou a totalidade do saldo inicial, se não houver reembolsos pedidos) será de
novo transferido, com referência ao período seguinte, para débito da conta 2435.

 2438 - IVA - Reembolsos pedidos

Esta conta destina-se a contabilizar os créditos de imposto relativamente aos quais foi
exercido o período de reembolso. É debitada, aquando da solicitação de tal pedido, por
contrapartida da conta 2437 e é creditada, aquando da decisão da administração fiscal
sobre o pedido de reembolso.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 68


Relatório de Estágio

 2439 - IVA - Liquidações oficiosas


Esta conta debita-se a registar as liquidações oficiosas, por crédito da conta 2436. Se a
liquidação ficar sem efeito, proceder-se-á à anulação do respectivo lançamento. Caso
venha a verificar-se o pagamento, movimenta-se a conta 2436.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 69


Relatório de Estágio

Figura 5: Esquema do Apuramento do IVA

Fonte: Elaboração própria.

Face ao exposto, tendo por referência o esquema da Figura 5, que sintetiza o


apuramento periódico do IVA, exemplifica-se de seguida o apuramento do IVA do 3º
trimestre de 2008 da empresa Tintas Compinta, Lda. Este apuramento teve por base o
Balancete de Verificação à data de 31 de Dezembro de 2008 e que deu origem ao
preenchimento da Declaração Periódica de IVA constante do Anexo 24. Assim, em
conformidade com o Plano de contas da Tintas Compinta, Lda., o registo contabilístico
de apuramento do imposto corresponde a:

CONTAS VALOR (€)


2432112 € 8.791,85
Débito

2432122 € 43,68
2432312 € 947,26
243412 € 163,97
Crédito

2433112 € 9.390,22
2433122 € 43,68
243422 € 220,09
24351 € 292,77

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 70


Relatório de Estágio

Sendo apurado um saldo devedor na conta 2435, ou seja, imposto a recuperar, no valor
de € 292,77, importa de seguida transferir esse saldo para a respectiva conta de IVA a
recuperar, conforme registo seguinte:

CONTAS VALOR (€)

Débito Crédito
24351 € 292,77

24371 € 292,77

A declaração periódica de IVA (Anexo 24), enviada via internet, no site


www.portaldasfinancas.gov.pt, até ao dia 10 de Fevereiro de 2009 (segundo mês
seguinte ao término do trimestre a que respeita a declaração de imposto), tem
movimentados, para além dos campos de identificação da empresa e do período de
tributação constantes dos Quadros 03 a 05 da Declaração Periódica, os seguintes
campos do Quadro 06:

 Campo 3 – pelo valor das transmissões de bens e prestações de serviços efectuadas


pela empresa à taxa normal no último trimestre de 2008, correspondendo a valores
registados nas diversas subcontas das contas 71 e 72.
 Campos 4 – pelo imposto liquidado nas transmissões calculadas no Campo 3,
correspondendo ao valor registado na conta 2433112.
 Campo 8 – pelo valor das operações isentas previstas na alínea b) do nº 1 do artigo
20º do CIVA (regime de reversão do sujeito passivo)12, correspondendo ao valor
registado na subconta 7212.
 Campo 10 – pelo valor das aquisições intracomunitárias de bens e serviços e
operações assimiladas, correspondendo ao valor registado nas subcontas da conta
71.

12
Neste regime, aprovado pelo Decreto-Lei nº 21/2007, de 29 de Janeiro (MFAP, 2007a), a factura
emitida pelo prestador do serviço não contém qualquer menção quantitativa ao IVA, apresentando
apenas o valor do serviço prestado e a expressão “IVA DEVIDO PELO ADQUIRENTE”. É o
adquirente que, aquando da contabilização da dita factura, deverá proceder à liquidação do IVA, neste
caso, uma auto-liquidação e, na medida em que tal serviço é também dedutível, evidenciará este facto,
pela dedução do IVA correspondente (MFAP, 2007a).

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 71


Relatório de Estágio

 Campo 11 – pelo imposto das aquisições calculadas no Campo 10, correspondendo


ao valor registado na conta 2433122.
 Campo 22 – pelo valor do IVA dedutível suportado nas aquisições de existências à
taxa normal, correspondendo aos valores registados nas subcontas 2432112
(operações internas) e 2432122 (aquisições intracomunitárias).
 Campo 24 – pelo valor do IVA dedutível suportado nas aquisições de outros bens e
serviços à taxa reduzida e normal, correspondendo aos valores registados em
243231.
 Campo 40 – pelo valor das regularizações a favor do sujeito passivo,
correspondendo ao valor registado na subconta 243412.
 Campo 41 – pelo valor das regularizações a favor do Estado, correspondendo ao
valor registado na subconta 243422.
 Campo 90 – total da base tributável, correspondendo ao somatório dos campos 3, 8
e 10.
 Campo 91 – total do imposto a favor do sujeito passivo, correspondendo ao
somatório dos campos 22, 24 e 40.
 Campo 92 – total do imposto a favor do Estado, correspondendo ao somatório dos
campos 4, 11, e 41.
 Campo 94 – pelo crédito de imposto a recuperar, obtido pela diferença do campo
91 e 92, correspondendo ao saldo da conta 24351 e transferido para a conta 24371.

Adicionalmente, importa referir que existem 3 modelos para o preenchimento da


Declaração Periódica de IVA, que são:
 Modelo A – que já não é utilizado, uma vez não ser possível entregar a Declaração
em papel.
 Modelo B – que dá cumprimento à obrigação dos sujeitos passivos entregarem a
Declaração via internet13.
 Modelo C – também designada por declaração de substituição, porque serve para
corrigir valores da declaração periódica ou quando o prazo desta já expirou.

13
A obrigatoriedade dos sujeitos passivos de IVA enviarem por transmissão electrónica de dados a
declaração periódica de IVA impôs-se pela Portaria n.º 375/2003 (MF, 2003b).

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 72


Relatório de Estágio

3.7.7 Principais Obrigações Fiscais


Nos artigos 27º, 28º e 52º do CIVA (SITOC, 2009d), bem como nos artigos 22º ao 33º
do RITI (MF, 1992), encontram-se definidas as obrigações dos sujeitos passivos, sendo
as obrigações de liquidação e pagamento consideradas como principais, mas existindo
também obrigações acessórias, como sejam as declarativas, as de facturação e as
contabilísticas:

 Obrigações Declarativas
Estão previstas nos artigos 29º, 31º a 34º, 41º a 43º e artigo 67º do CIVA (SITOC,
2009d), englobando:
a) Declaração de início de actividade: deve ser entregue antes do início da actividade,
na Repartição de Finanças da área da respectiva sede, estabelecimento estável ou
domicílio;
b) Declaração de alterações: deve ser entregue quando haja alteração dos elementos
constantes da declaração de início de actividade, no prazo de 15 dias a contar da
data da alteração;
c) Declaração de cessação de actividade: deverá ser entregue no prazo de 30 dias a
contar da data da cessação da actividade;
d) Declaração periódica de imposto: no âmbito do IVA a periodicidade da declaração
(mensal ou trimestral) depende do VN registado no exercício económico anterior
àquele a que respeita a declaração de imposto, conforme se comentou no ponto 3.7.5
do presente relatório. No âmbito do IRS (Modelo 3), a declaração deve ser enviada:
de 1 de Fevereiro a 15 de Março do ano seguinte àquele a dizem respeito os
rendimentos das categorias A e H; e de 16 de Março a 30 de Abril para as outras
categorias de rendimentos. No âmbito do IRC (Modelo 22), a declaração deve ser
enviada até 31 de Maio ou até ao final do 5º mês seguinte ao final do período de
tributação se este for diferente do ano civil.
e) Declaração Anual / Informação Empresarial Simplificada (IES): deve ser enviada
anualmente até 15 de Julho uma declaração relativa às operações efectuadas no
decurso da actividade;

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 73


Relatório de Estágio

f) Mapas recapitulativos de clientes e fornecedores: devem ser enviados durante o mês


de Junho com a identificação dos sujeitos passivos (clientes e fornecedores), donde
conste o montante total das operações internas realizadas com cada um deles, no ano
anterior, desde que superior a € 25.000,00;

 Obrigações de Facturação
Encontra-se prevista no CIVA, nos seus artigos 29º e 36º, e no RITI, nos artigos 23º, 27º
e 28º, a obrigação dos sujeitos passivos:
“Emitir uma factura ou documento equivalente por cada transmissão de bens ou
prestação de serviços, tal como vêm definidas nos artigos 3.º e 4.º do presente
diploma, bem como pelos pagamentos que lhes sejam efectuados antes da data da
transmissão de bens ou da prestação de serviços.” (SITOC, 2009d).

 Obrigações Contabilísticas
Os sujeitos passivos são obrigados a possuir contabilidade adequada à sua situação
fiscal e ao apuramento de imposto, Em conformidade com os artigos 29º, 44º a 53º do
CIVA (SITOC, 2009d) e o artigo 31º do RITI (MF, 1992).

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 74


Relatório de Estágio

3.8. Controlo Interno

3.8.1 Enquadramento
Os procedimentos de controlo interno adoptados pelos órgãos de gestão de uma
empresa contribuem para a concretização dos seus objectivos ao assegurar a condução
ordenada e eficiente do seu negócio, incluindo a aderência às políticas de gestão, a
salvaguarda dos activos, a prevenção e detecção de fraude e erros, o rigor e a plenitude
dos regimes contabilísticos, o cumprimento das leis e regulamentos, e a preparação
tempestiva de informação financeira credível.

Segundo Morais e Martins (2007), os objectivos do sistema de controlo interno são:


 Obter informação financeira atempada e fidedigna;
 Proporcionar o cumprimento de normas internamente e das diversas disposições
leais;
 Permitir a realização dos objectivos previamente definidos, utilizando da forma
mais eficiente os recursos disponíveis;
 Proporcionar a salvaguarda dos activos (bens e direitos) da empresa;
 Prevenir e detectar eventuais erros e fraudes;
 Permitir a responsabilidade dos diversos intervenientes no processo de
organização e gestão da empresa.

De acordo com as autoras anteriores, os tipos de controlo interno podem ser:


 Controlo interno contabilístico: que compreende o plano de organização e os
registos e procedimentos que se relacionam com a salvaguarda dos activos e
com a confiança que inspiram registos contabilísticos.
 Controlo interno administrativo: que inclui o plano da organização e os seus
procedimentos e registos, que se relacionem com os processos de decisão que
conduzem à autorização das transacções pela administração.

Assim, todas as empresas devem implementar um sistema de controlo interno que lhes
permita minimizar situações de ocorrência de erros, irregularidades e até mesmo

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 75


Relatório de Estágio

fraudes. Para tal devem ser implementados procedimentos correntes de controlo interno
nas distintas áreas funcionais da empresa, como sejam alguns dos que se irão referir a
seguir e que são prática corrente nas empresas clientes da Roquegest - Consultores de
Gestão, Lda..

3.8.2 Disponibilidades

Na «Folha de Caixa» devem estar descritos todos os pagamentos e recebimentos


efectuados, devendo a mesma ficar a cargo do Tesoureiro da empresa. Periodicamente,
deve ser feita uma contagem de Caixa por pessoa diferente, para se verificar se o valor
descrito na «Folha de Caixa» corresponde ao valor que efectivamente se encontra em
Caixa.

Ao nível dos pagamentos podem adoptar-se como medidas de controlo interno (David,
2008):
 Os pagamentos em dinheiro devem ser feitos apenas para despesas pequenas,
para tal deve-se constituir um fundo fixo de caixa, o qual deve ser reposto no
último dia útil de cada mês;
 Para o movimento do fundo fixo de caixa deve verificar-se a autenticidade do
documento que origina o pagamento, após o registo na «Folha de Caixa»;
 A reposição do fundo fixo de caixa deve ser efectuada por meio de cheque,
emitido à ordem do responsável pelo mesmo fundo;
 Não devem ser permitidos vales de caixa, a não ser durante períodos de curta
duração e relacionados com a entrega antecipada do dinheiro necessário à
realização de pequenas despesas;
 Não devem ser assinados cheques em branco e para evitar esta situação devem
ser assinados por duas pessoas, pelo que deverão existir duas pessoas com
poderes para movimentar as contas de depósitos à ordem.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 76


Relatório de Estágio

Em termos dos recebimentos podem adoptar-se como medidas de controlo interno


(David, 2008):
 Todos os valores recebidos devem ser diariamente depositados, sendo o
movimento registado directamente no Diário de Bancos;
 No caso de existirem cobradores deve a empresa dispor de um mapa de controlo
de cobranças;
 Os cheques recebidos pelo correio devem ser imediatamente cruzados;
 Os cheques pré-datados devem ser objecto de controlo adequado, podendo ser
equacionada a possibilidade da gestão dos mesmos ser efectuada com recurso às
próprias instituições de crédito;
 Os recibos devem ser emitidos em triplicado, sendo, o original para entregar ao
cliente, o duplicado para arquivar e o triplicado para anexar ao talão de depósito;
 Existindo vendas a dinheiro é indispensável que o documento de suporte seja
emitido com mais uma via destinando-se o original e o duplicado ao cliente;
 A empresa deve dispor de um mapa de controlo diário das diferentes contas
bancárias, evidenciando o saldo indispensável em cada banco.

Por conseguinte, devem ser efectuadas reconciliações bancárias de todas as contas de


Depósitos à Ordem por alguém que não tenha à sua responsabilidade a contabilização
das operações ou a salvaguarda dos activos. Na Roquegest - Consultores de Gestão,
Lda. todos os extractos bancários das empresas suas clientes são arquivos numa pasta
própria, onde são arquivados por ordem cronológica e após o respectivo lançamento
contabilístico é rectificado o seu saldo.

As reconciliações bancárias são efectuadas mensalmente de modo a que se possa


verificar se os valores que estão na conta contabilística da empresa se encontram no
extracto bancário enviado pelo respectivo banco. Esta reconciliação é efectuada por
comparação entre o saldo do banco (Anexo 25) e o saldo da conta da empresa (Anexo
26). As diferenças que possam existir entre o saldo do banco e o saldo apresentado pela
empresa, podem resultar do facto de muitas operações bancárias serem contabilizadas
por ambas as entidades em momentos diferentes.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 77


Relatório de Estágio

A reconciliação bancária deve cumprir as seguintes fases:


 Comparar as operações constantes no extracto bancário, com as contabilizadas
pela empresa no mesmo período;
 Assinalar com visto () as operações que constam em ambos os extractos;
 Identificar as operações que constam apenas num dos registos;
 Analisar essas operações e proceder às devidas correcções.

No Anexo 27 exemplifica-se uma Reconciliação Bancária na Tintas Compinta, Lda.,


com base no seguinte esquema:

Saldo Bancário __/__/__ ___________


Saldo Contabilístico __/__/__ ___________
(-) Credito na Contabilidade e não nos Bancos
(+) Debitado na Contabilidade e não nos Bancos
(-) Creditada nos Bancos e não na Contabilidade
(+) Debitado nos Bancos e não na Contabilidade
Saldo final dos Bancos ___________
Saldo Final dos Contabilísticos ___________

Deste modo, a reconciliação bancária redige-se numa folha criada para o efeito, partindo
do saldo final do banco para chegar ao saldo contabilístico da empresa. A partir das
divergências encontradas faz-se o registo das operações não contabilizadas ou que
necessitam de alguma regularização.

3.8.3 Devedores e Credores

A necessidade de conferência das contas de Devedores e Credores surge em


consequência de poderem existir erros de lançamento ou de classificação contabilística,
pelo que antes do encerramento do exercício económico deve proceder-se à rectificação
das contas onde sejam detectadas incorrecções.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 78


Relatório de Estágio

Alguns erros que podem surgir nas classificações ou nos lançamentos dos documentos,
devido a duplicações de lançamentos, erros de lançamentos, inversão de contas,
substituição de contas ou alteração de quantias, podem ser corrigidos através de
lançamentos de estorno.

No que respeita aos pagamentos, a empresa Tintas Compinta, Lda. elabora no final de
cada mês a listagem dos valores a pagar, para depois, com base nessa listagem e por
prazos de antiguidade das dívidas, serem efectuados os pagamentos por transferência
bancária ou cheque.

Quanto aos recebimentos, no final de cada mês é elaborado um mapa da relação das
dívidas de terceiros e de acordo com os prazos de recebimento. Após o recebimento dos
pagamentos dos clientes, é emitido o respectivo recibo, juntamente com a cópia do
cheque ou talão da transferência bancária.

3.8.4 Existências

A fase da compra envolve vários procedimentos que a empresa deve executar para um
melhor controlo, evitando desperdícios e desvios de tempo, dinheiro e,
consequentemente, aumento de custos que prejudicam a obtenção de lucros por parte da
empresa. Nas operações relacionadas com compras importa definir, entre outras, as
políticas relacionadas com fornecedores, as entradas de mercadorias e serviços, a
contagem física e técnica e de controlo, bem como o controlo dos registos
contabilísticos.

Apesar dos controlos internos variarem de empresa para empresa, alguns pontos devem
ser levados em consideração nas contas a pagar, tais como:
 Segregação de funções;
 Sistema de autorização e aprovação;
 Balanceamento periódico;
 Utilização de duas pessoas independentes para a assinatura de cheques;
 Cancelamento da documentação comprobatória após o pagamento;
 Actualização monetária constante dos passivos;
 Controle de pagamentos.
© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 79
Relatório de Estágio

Também, sempre que seja necessário efectuar uma operação de compra devem analisar-
se as quantidades e as condições da sua realização, para não haver falhas, para além de
dever existir um ficheiro sempre actualizado com os seguintes parâmetros:
 Escolha do fornecedor;
 Pedido de compra;
 Nota de encomenda;
 Recepção de existências;
 Conferência da factura.

O controlo das existências faz-se através da elaboração do inventário periódico, que


regista todos os dados relativos aos valores em armazém.

3.8.5 Recursos Humanos

Em relação aos recursos humanos deve existir uma ficha individual para cada
trabalhador, na qual constem todos os dados relativos ao seu cadastro, à situação
familiar, para que essa informação esteja disponível sempre que necessária.

No caso da Tintas Compinta, Lda., a empresa envia mensalmente a informação


necessária para o Departamento de Contabilidade da Roquegest - Consultores de
Gestão, Lda., para efectuar o processamento de salários e forma actualizada. Esta
informação serve para identificar as faltas justificadas e injustiçadas, horas extra e
outras informações dos trabalhadores, como se mencionou no ponto 3.4 do presente
relatório.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 80


Relatório de Estagio

Capítulo 4

Trabalho de Fim
de Exercício

81
Relatório de Estágio

4.1. Operações de Fim de Exercício

Das operações de fim de exercício económico fazem parte todos os registos


contabilísticos não correntes, com vista ao apuramento de resultados e à elaboração das
demonstrações financeiras, como sejam o Balanço e a Demonstrações de Resultados.
Segundo Borges et al. (2007):
“As operações de fim de exercício deverão ser abordadas segundo duas ópticas
distintas: uma primeira respeitante à sequência das operações e registos a
efectuar; e a segunda relativa aos mapas a elaborar: demonstrações de resultados,
balanço e anexos.”.

Também, de acordo com o artigo 62º do Código Comercial:


“todo o comerciante é obrigado a dar balanço anual ao seu activo e passivo nos
três primeiros meses do ano imediato” (SITOC, 2009a).
Assim, a Figura 6 apresenta a sequência das operações a realizar no fim do exercício
económico, com vista a cumprir as obrigações anteriores.

Figura 6: Esquema da Sequência das Operações de Fim de Exercício

Fonte: Borges et al. (2007).

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 82


Relatório de Estágio

Por conseguinte, o trabalho de fim de exercício engloba as seguintes tarefas:


 Trabalhos preparatórios que antecedem a elaboração das demonstrações
financeiras:
 Inventário Geral;
 Regularização e Rectificação das Contas;
 Balancete Rectificado ou de Inventário;
 Apuramento dos Resultados;
 Balancete de Encerramento ou de Apuramento dos Resultados;
 A Elaboração das Demonstrações Financeiras:
 Balanço;
 Demonstrações de Resultados;
 Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados;
 Demonstração dos Fluxos de Caixa14;
 O Encerramento de Contas:
 Lançamentos de encerramento ou fecho;
 Balancete Final ou de fecho.

Neste sentido, o trabalho de fim de exercício é constituído por 2 fases:


 1ª Fase: Nesta fase verifica-se se todas as contas constantes do Balancete de
Verificação de 31 de Dezembro (Anexo 27), editado através do sistema
informático, demonstram a veracidade dos seus valores, de forma a reflectirem uma
imagem verdadeira e apropriada da realidade que representam. A partir deste
Balancete são efectuados os seguintes procedimentos que antecedem a elaboração
das Demonstração Financeiras:
 Elaboração do Inventario Geral – Este inventário é efectuado para que sejam
rectificados todos os saldas constantes na contabilidade e que não correspondem
à sua realidade;
 Regularização e Rectificação de Contas – Para que sejam cumpridos os
princípios contabilísticos e para que as contas evidenciem a realidade que

14
Em conformidade com o Decreto-Lei nº 79/2003, de 23 de Abril (MF, 2003a), esta demonstração é
obrigatória para as entidades que ultrapassem, no período de um exercício, dois dos limites indicados no
n.º 2 do artigo 262.º do Código das Sociedades Comerciais (CSC). Estes limites correspondem a: total
do balanço de € 1.500.000, 00; total de vendas líquidas e outros proveitos de € 3.000.000,00; e número
de trabalhadores empregados em média durante o exercício de 50 (SITOC, 2009e).

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 83


Relatório de Estágio

representam realizam-se os lançamentos contabilísticos de regularização de


contas;
 Balancete Rectificado – Depois de realizadas todas as rectificações, em
conformidade com os valores expressos nos inventários, extrai-se do sistema
informático o Balancete Rectificado para se efectuar a análise dos proveitos e
custos decorrentes do exercício;
 Apuramento de Resultados – Com base nos valores constantes no Balancete
Rectificado efectuam-se os lançamentos contabilísticos de transferência dos
saldos das contas da Classe 6 – Custos e Perdas e das contas da Classe 7 –
Proveitos e Ganhos para as respectivas contas da Classe 8 – Resultados;
 Balancete de Encerramento – Através do sistema informático extrai-se o
Balancete de Encerramento, no qual todas as contas da Classe 6, Classe 7 e
Classe 8 devem estar obrigatoriamente saldadas, à excepção da conta 88 –
Resultado Líquido do Exercício. No exercício seguinte, o saldo desta conta
deverá ser transferido para a conta 59 – Resultados Transitados.

 2ª Fase: Após se extrair o Balancete de Encerramento podem elaborar-se as


seguintes Demonstrações Financeiras, as quais constam no Dossier Fiscal:
 Balanço – Podem ser elaborados 2 modelos, o modelo simplificado ou o modelo
detalhado;
 Demonstração de Resultados – Podem ser elaboradas dois tipos: a
Demonstração de Resultados por natureza (modelo simplificado ou modelo
detalhado); e a Demonstração de Resultados por funções15;
 Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados (ABDR) – Este anexo
deve desenvolver todas as informações cedidas pelas demonstrações anteriores,
de forma a darem uma imagem verdadeira e apropriada das mesmas;
 Demonstração de Fluxos de Caixa – Permite conhecer as fontes de
financiamento a que a empresa teve acesso e verificar o destino que lhes foi
dado, ou seja, em termos simplistas, dá a informação da forma como o dinheiro
foi obtido e utilizado.

15
À semelhança da Demonstração dos Fluxos de Caixa, também esta demonstração só é obrigatória para
as entidades que ultrapassem, no período de um exercício, dois dos limites indicados no n.º 2 do artigo
262.º do CSC, conforme previsto no Decreto-Lei nº 79/2003, de 23 de Abril (MF, 2003a).

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 84


Relatório de Estágio

4.2. Regularização e Rectificação das Contas

Neste ponto do relatório, analisam-se as contas susceptíveis de regularização ou


rectificação no final de cada exercício económico.

 Classe 1 – Disponibilidades
A Classe 1 – Disponibilidades inclui as disponibilidades imediatas e as aplicações de
tesouraria de curto prazo. A conta Caixa (Conta 11) inclui os meios de pagamento, tais
como notas de banco e moedas metálicas de curso legal, cheques e vales postais,
nacionais ou estrangeiros (Bento e Machado, 2007).

O saldo de Caixa, à data de 31 de Dezembro, deve coincidir com as existências físicas


em cofre, conferidas através da contagem física. Essas existências físicas devem ser
decompostas conforme a sua natureza, a fim de permitir um maior controlo posterior.
De acordo com Bento et al. (2007), não devem ser incluídos nos saldos de Caixa:
 Senhas de almoço e combustível;
 Documentos justificativos de despesas efectuadas;
 Selos fiscais e postais;
 Cheques emitidos ou recebidos posteriormente à data de balanço;
 Vales de empregados, membros dos órgãos sociais ou de sócios.

Se algum dos documentos anteriores estiver incluído no saldo de Caixa, deve o mesmo
ser objecto de rectificação. No caso da Tintas Compinta, Lda., constata-se que a mesma
não necessita de efectuar qualquer rectificação, pois como as contagens físicas de Caixa
foram realizadas periodicamente ao longo do ano, não foram detectadas divergências.
Esta empresa também não efectuou movimentações com moeda estrangeira.

A conta Depósitos à Ordem (Conta 12) respeita aos meios de pagamento existentes em
contas à vista nas instituições de crédito (Bento e Machado, 2007). O meio mais
vulgarmente utilizado é o cheque, através do qual o titular da conta indica ao Banco que
paga à pessoa nele indicada ou ao portador, a importância respectiva.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 85


Relatório de Estágio

Como periodicamente são realizadas reconciliações bancárias entre os registos


contabilísticos e os extractos enviados pelos Bancos, não foram detectadas na Tintas
Compinta, Lda. quaisquer diferenças.

 Classe2 – Terceiros
As contas da Classe 2 - Terceiros podem ser repartidas em dois grandes grupos:
 Contas de terceiros que registem as dívidas a receber e a pagar pela empresa;
 Contas de acréscimos e diferimentos, onde se movimentam despesas e receitas
verificadas no exercício, mas cujas despesas ou receitas ocorram no exercício
económico seguinte.

A conta Clientes (Conta 21) regista os movimentos com os compradores de


mercadorias, de produtos e de serviços (Bento e Machado, 2007). Periodicamente, esta
conta deve ser objecto de conferência através da análise dos extractos individuais de
cada cliente, de forma a elaborar o mapa de antiguidade de saldos. Além disso, deve
verificar-se se existem:
 recibos ou facturas que não tenham sido lançadas na contabilidade;
 adiantamentos por regularizar;
 lançamentos na conta 212 – Clientes “Títulos a Receber”; e
 verificar a necessidade de constituir ajustamentos sobre clientes, movimentando
a conta 28 - Ajustamentos de dívidas a receber, em conformidade com o artigo
35º do CIRC (SITOC, 2009b). Contudo, o ajustamento só pode ser constituído
se esse montante estiver reflectido na subconta 218 – Clientes de cobrança
duvidosa.

A conta Fornecedores (Conta 22) regista os movimentos com os vendedores de bens e


de serviços, com excepção dos destinados ao imobilizado (Bento e Machado, 2007).
Esta conta engloba todas as dívidas a pagar, ou seja, dívidas resultantes de transacções
correntes. Contabilisticamente, a conta de fornecedores deve ser creditada pelo aumento
das dívidas a apagar e debitada pela diminuição dessas mesmas dívidas.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 86


Relatório de Estágio

Todos os recibos referentes ao pagamento das dívidas devem ser verificados e lançados
na contabilidade, devendo, periodicamente, analisar-se os extractos de fornecedores
para rectificar os saldos contabilísticos.

A conta Empréstimos Obtidos (Conta 23) regista todos os empréstimos obtidos pela
empresa, com excepção dos incluídos em 25 «Accionistas (sócios)» (Bento e Machado,
2007). Durante o exercício económico são verificadas, e registadas na contabilidade, as
amortizações dos empréstimos bancários, para se efectuar a separação entre
empréstimos a curto prazo e empréstimos a médio e longo prazo.

A conta Estado e Outros Entes Públicos (Conta 24) regista as relações da empresa com
o Estado, as autarquias locais e outros entes públicos, que possuam características de
impostos e taxas (Bento e Machado, 2007). Para averiguar a veracidade dos seus saldos,
periodicamente procede-se à conferência dos saldos de cada uma das subcontas da conta
24 - Estado e Outros Entes Públicos, confrontando os montantes que efectivamente
foram retidos e entregues ao Estado com os valores registados na contabilidade.

A conta Outros Devedores e Credores (Conta 26) regista as dívidas a pagar a outros
credores que não sejam os Fornecedores e as dívidas a receber de outros devedores que
não sejam os Clientes. A sua subconta 261 – Fornecedores de Imobilizado e a subconta
262 – Pessoal devem ser analisadas em particular. Na conta de Pessoal constam os
valores totais das remunerações dos trabalhadores.

A conta Acréscimos e Diferimentos (Conta 27) regista os custos e os proveitos nos


exercícios a que respeitam, na medida em que, segundo o principio da especialização
dos exercícios, os proveitos e os custos devem ser reconhecidos quando obtidos ou
incorridos, independentemente do seu recebimento ou pagamento, e devem incluir-se
nas demonstrações financeiras dos períodos a que respeitam (Bento e Machado, 2007).

Em termos de subcontas da conta 27 – Acréscimos e Diferimentos importa mencionar:

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 87


Relatório de Estágio

 271 – Acréscimo de proveitos: é debitada, por contrapartida dos proveitos a


reconhecer no próprio exercício mesmo que ainda não tenham documentação
vinculativa e cujo valor da receita só se venha a obter em exercícios posteriores.
 272 – Custos diferidos: é debitada pelas despesas em bens e serviços cujo
consumo só se verifica no exercício ou exercícios seguintes, assim como os
custos só ocorrerem nos exercícios seguintes. A título de exemplo, podem
referir-se: prémios de seguros antecipados; publicidade adiantada; e rendas
adiantadas.
 273 – Acréscimos de contas: é creditada por contrapartida dos custos a
reconhecer no próprio exercício, ainda que não tenham documentação
vinculativa, cuja despesa só venha a incorrer-se em exercícios posteriores. Como
por exemplos: consumo de água, telefone, electricidade, respeitante ao último
mês de cada exercício económico; remunerações respeitantes ao exercício, cujo
processamento terá lugar no exercício seguinte. Assim, em 31 de Dezembro de
2008 a Tintas Compinta, Lda. movimenta esta conta a crédito pelo subsídio de
férias a pagar em 2009, mas referente ao ano de 2008, por débito das contas 641
– Remunerações aos órgãos sociais; 642 – Remunerações ao Pessoal; e 645 –
Encargos sobre Remunerações.
 274 – Proveitos diferidos: para manter o princípio da especialização dos
exercícios não devem ser considerados como proveitos do exercício, os serviços
pagos à empresa mas ainda não prestados (Bento e Machado, 2007). Assim, esta
conta é creditada para registar, por exemplo: rendas recebidas antecipadamente;
subsídios ao investimento recebidos; facturas sobre produtos a fornecer.

A conta Ajustamentos de Dívidas a Receber (Conta 28) destina-se a fazer face aos
riscos da cobrança das dívidas de terceiros (Bento e Machado, 2007). Os ajustamentos
serão efectuados através do débito da conta 666 - Ajustamentos de dívidas a receber,
sendo reduzidos ou anulados através da conta 7722 - Reversões de ajustamentos de
dívidas de terceiros, quando deixarem de existir as situações que os originaram.

De acordo com o nº 1 do artigo 35º do CIRC (SITOC, 2009b), os ajustamentos de


dívidas a receber são efectuados quando o risco de incobrabilidade se considera
devidamente justificado, o qual se verifica quando:

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 88


Relatório de Estágio

a) O devedor tenha pendente processo especial de recuperação de empresa e


protecção de credores ou processo de execução, falência ou insolvência;
b) Os créditos tenham sido reclamados judicialmente;
c) Os créditos estejam em mora há mais de seis meses desde a data do respectivo
vencimento e existam provas de terem sido efectuadas diligências para o seu
recebimento.

Adicionalmente, segundo o nº 2 do artigo 35º do CIRC (SITOC, 2009b), o montante


anual acumulado dos ajustamentos de dívidas a receber referidos na alínea c) do nº 1 do
mesmo artigo não pode ser superior às seguintes percentagens dos créditos em mora:
a) 25% para créditos em mora há mais de 6 meses e até 12 meses;

b) 50% para créditos em mora há mais de 12 meses e até 18 meses;

c) 75% para créditos em mora há mais de 18 meses e até 24 meses;

d) 100% para créditos em mora há mais de 24 meses.

Em relação à empresa Tintas Compinta, Lda. verifica-se que não existe qualquer divida
por cobrar.

A conta Provisões (Conta 29) é constituída com o objectivo de cobrir eventuais perdas
que surjam posteriormente, como por exemplo os processos judiciais em curso, os
acidentes de trabalho, entre outros, e cujo montante não constitui um ajustamentos
(Bento e Machado, 2007). Assim, deve verificar-se se é ou não necessário criar, reforçar
ou anular as provisões, como por exemplo: verificar os saldos de clientes e
fornecedores, bem como os respectivos prazos; efectuar a actualização de câmbios;
averiguar a necessidade ou não de provisões/ajustamentos; e verificar os saldos da conta
27 ou a sua inexistência.

 Classe 3 – Existências
A Classe 3 – Existências engloba os bens armazenados ou produzidos pela empresa que
se destinam a ser vendidos ou a ser incorporados no processo produtivo.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 89


Relatório de Estágio

A conta Compras (Conta 31) regista, a débito, o custo das aquisições de mercadorias,
matérias-primas e bens aprovisionáveis destinados a consumo ou venda (Bento e
Machado, 2007). Nesta conta devem também incluir-se, a débito, as despesas adicionais
suportadas na compra. Esta conta será creditada por débito das respectivas contas de
existências.

No que respeita aos sistemas de inventário, cada empresa poderá optar pela utilização de
um dos dois sistemas seguintes:
 Sistemas de Inventário Permanente (SIP), ou

 Sistemas de Inventário Intermitente (SII).

O Sistema de Inventário Permanente (SIP)16 permite determinar, a qualquer


momento, o valor dos Stocks armazenados e apurar os resultados obtidos na venda ou
produção, ou seja, permite conhecer, constantemente, o valor das existências em
armazém e, consequentemente, o custo das mercadorias vendidas e das matérias
consumidas. Para que tal seja possível é necessário que todas as entradas e saídas de
armazém sejam imediatamente registadas ao respectivo valor de custo ou de produção.

Como vantagens do SIP podem apontar-se:


 Conhecer a margem bruta obtida em cada venda, pois para cada venda regista-se
o respectivo custo e proveito;
 O saldo final da conta 32 – Mercadorias e da conta 36 – Matérias-primas,
subsidiárias e de consumo corresponde, respectivamente, ao valor das
mercadorias e das matérias-primas, subsidiárias e de consumo em armazém,
avaliadas ao preço de custo ou de produção, pois as entradas e saídas são sempre
registadas ao preço de custo;
 O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) durante o exercício é fornecido pelo
saldo da conta 612 – Mercadorias;

16
Este sistema é de elaboração obrigatória para as entidades que ultrapassem, no período de um exercício,
dois dos limites indicados no n.º 2 do artigo 262.º do CSC, em conformidade com o Decreto-Lei nº
79/2003, de 23 de Abril (MF, 2003a).

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 90


Relatório de Estágio

 O Custo das Matérias Consumidas (CMC) durante o exercício é fornecido pelo


saldo da conta 616 – Matérias-primas, subsidiárias e de consumo;
 A margem bruta das vendas obtém-se por diferença entre os saldos das contas de
Vendas e de Custo das Mercadorias Vendidas, após a sua transferência para a
conta de Resultados operacionais (no final do exercício estas contas ficam
saldadas);
 A conta 31 – Compras permite saber a cada momento o valor das compras de
mercadorias, de matérias-primas ou de matérias subsidiárias (no final do
exercício esta conta fica saldada).

Com a utilização do SIP a empresa conhece, a qualquer momento, o valor das


existências que possui em armazém, recorrendo à equação:

Existência Final = Existência Inicial + Compras Líquidas +


Regularizações Existências – CMVMC

No Sistemas de Inventário Intermitente (SII) só periodicamente (em regra no fim do


exercício económico) se conhece o valor das existências em armazém por inventário
directo e só depois é possível determinar o custo global das saídas de armazém durante
o período.

Como a empresa Tintas Compinta, Lda. não ultrapassa dois dos três limites impostos
pelo artigo 262.º do CSC (SITOC, 2009e), a mesma não é obrigada a recorrer ao SIP,
pelo que adopta como método o SII. Assim, como a empresa tem uma actividade
comercial determina o CMV, através da fórmula:

CMV = Existência Inicial + Compras Líquidas + Regularizações


Existências – Existência Final

Da análise do Balancete de Verificação de 31 de Dezembro de 2008 da Tintas


Compinta, Lda. (Anexo 28) verifica-se que:
© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 91
Relatório de Estágio

 as existências inicias correspondem ao valor da conta 3211 – Mercadorias


(€ 59.786,31);
 as compras líquidas correspondem ao valor das subcontas 31212 – Mercadorias
adquiridas no mercado nacional (€ 110.398,25), 31222 – Mercadorias adquiridas
em países comunitários (€ 495,66) e 31622 - Matérias-primas, subsidiárias e de
consumo (€ 19.332,14), deduzidos dos valores da subconta 31711 – Devoluções
de compras de mercadorias (€ 3.783,92) e da subconta 318112 – Descontos e
abatimentos em compras (€ 547,51);
 as regularizações de existências são movimentadas na conta 38 – Regularização
de existências, sendo que nesta empresa não existem quaisquer regularizações;
 as existências finais são obtidas por contagem directa através da realização do
inventário ao armazém, correspondendo no presente caso ao valor de
€ 53.573,00.

Assim, como se pode confirmar no Balancete Rectificado (Anexo 30):


CMV = € 59.786,31 + € 125.894,62 + 0 – € 53.573,00 = € 132.107,93

CONTAS VALOR (€) CONTAS VALOR (€)

Débito Crédito
€ 3.783,92
Débito

31711
318112 € 547,51 6121 € 132.107,93
3211 € 125.894,62

€ 132.107,93
Crédito

31212 € 110.398,25 3211


31222 € 495,66
€ 19.332,14

31622

Ao nível da Classe 3 – Existências importa ainda mencionar a conta Ajustamentos de


Existências (Conta 39), que serve para registar as diferenças relativas ao custo de
aquisição ou de produção, resultante da aplicação dos critérios definidos na valorimetria
das existências (Bento e Machado, 2007). O ajustamento será constituído ou reforçado
através da correspondente conta de custos, sendo debitado na mesma medida em que se
reduzem ou cessem as situações que a originam, sendo que na Tintas Compinta, Lda.
esta conta não foi movimentada.

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Relatório de Estágio

 Classe 4 – Imobilizado
Segundo Caiado e Madeira (2004), a Classe 4 – Imobilizado:
“(…) incluí os bens detidos em continuidade ou em permanência e que não se
destinem a ser vendidos ou transformados no decurso normal das operações da
empresa, quer sejam de sua propriedade quer estejam em regime de locação
financeira. Incluí igualmente as benfeitorias e as grandes reparações que sejam de
acrescer ao custo daqueles imobilizados”.

Ao nível das imobilizações, as amortizações desempenham um papel estratégico em


termos de política económica e de gestão empresarial, pois correspondem ao valor
considerado anualmente como custo do exercício pelo desgaste anual imputado às
imobilizações. O valor anual corresponde ao valor do imobilizado repartido pelo
número de anos previstos para a sua vida económica.

As amortizações dos activos imobilizados são calculadas, segundo o artigo 2.º do


Decreto Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro (MF, 1990)17, tendo em referência:
 Custo de aquisição, ou custo de produção, consoante se trate, respectivamente,
de elementos adquiridos a terceiros a título oneroso ou de elementos fabricados
ou construídos pela própria empresa;
 Valor resultante de reavaliação ao abrigo de legislação de carácter fiscal;
 Valor real, à data da abertura de escrita, para os bens objecto de avaliação para
este efeito, quando não seja conhecido o custo de aquisição ou o custo de
produção, podendo esse valor ser objecto de correcção, para efeitos fiscais,
quando se considere excedido.

O Mapa de Reintegrações e Amortizações do imobilizado corpóreo e imobilizado


incorpóreo da Tintas Compinta, Lda. encontra-se no Anexo 28, tendo utilizado o
método das quotas constantes.

17
Com a aprovação do SNC, o Decreto Regulamentar n.º 2/90, aplicado no âmbito do POC, foi revogado
pelo Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de Setembro (MFAP, 2009).

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 93


Relatório de Estágio

De acordo com o Decreto Regulamentar n.º 2/90 (MF, 1990), existem vários métodos
para o cálculo das amortizações do imobilizado, como sejam:
 Método das Quotas Constantes;
 Método das Quotas Degressivas;
 Reintegrações e Amortizações por Duodécimos.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 94


Relatório de Estágio

Método das Quotas Constantes

O Método das Quotas Constantes pressupõe o desgaste uniforme dos activos


imobilizados, ao repartir-se o valor dos bens em partes iguais pelo número de anos de
utilização dos mesmos. A quota anual de amortização é calculada com base nas taxas
fixadas nas tabelas anexas ao Decreto Regulamentar nº 2/90 (MF, 1990) e no período de
vida útil que lhe está associado, o qual pode ser corrigido no caso do respectivo período
ser inferior ao que realmente deveria ser estimado, de acordo com o nº 2 do artigo 5º do
referido diploma, para:
 Bens adquiridos em estado de uso;
 Bens avaliados para efeitos de abertura de escrita;
 Grandes reparações e beneficiações;
 Obras em edifícios alheios.

 Método das Quotas Degressivas


O Método das Quotas Degressivas pressupõe que o desgaste dos activos imobilizados
não é uniforme, imputando-se, nos primeiros anos, quotas superiores de amortização às
que serão imputadas nos últimos anos. Assim, as quotas de amortização acompanham a
tendência inversa das despesas de conservação e reparação dos bens imobilizados. As
quotas de amortização são calculadas tendo como base as taxas fixadas nas tabelas
anexas ao Decreto Regulamentar nº 2/90 (MF, 1990), corrigidas pelos seguintes
coeficientes constantes do artigo 6º do referido diploma:
 1,5, se o período de vida útil do elemento é inferior a cinco anos;
 2, se o período de vida útil do elemento é de cinco a seis anos;
 2,5, se o período de vida útil do elemento é superior a seis anos.

Contudo, o método das quotas degressivas não poderá ser aplicado aos seguintes
elementos:
 bens adquiridos em estado de uso;
 edifícios;
 viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, excepto quando afectas a empresas
exploradoras de serviço público de transporte ou destinadas a ser alugadas no
exercício da actividade normal da empresa sua proprietária;
 mobiliário e equipamentos sociais.

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Relatório de Estágio

 Reintegrações e Amortizações por Duodécimos


Conforme o artigo 7º do Decreto Regulamentar nº 2/90 (MF, 1990), no ano de início de
utilização dos elementos patrimoniais poderá ser praticada a quota anual de amortização
correspondente ao número de meses contados desde o mês da entrada em
funcionamento. Já no ano de alienação dos bens imobilizados poderá ser praticada uma
quota anual de amortização correspondente ao número de meses contados até ao mês
anterior à sua alienação.

Face ao exposto, em 31 de Dezembro de 2008 a Tintas Compinta, Lda. procedeu ao


seguinte registo contabilístico das amortizações anuais, tendo por base o Mapa das
Reintegrações e Amortizações constante no Anexo 29:

CONTAS VALOR (€)


6623 € 941,38
6624 € 3.291,47 Débito
6625 € 993,49
6626 € 112,86
6631 € 0,01
Crédito

4231x € 941,38
4241x € 3.291,47
425x € 993,49
4261x € 112,86
431101 € 0,01

Importa salientar que, o registo anterior deve efectuar-se através da utilização da última
subconta passível de movimentação em cada uma das contas, contudo por existirem
muitas subcontas em cada uma das contas, apenas se exemplificou o lançamento com a
utilização de subcontas de 4 dígitos para as rubricas de equipamento básico (conta
4231x), de equipamento de transporte (4241x) e de equipamento administrativo
(4261x), assinalando o «x» a existência de mais subcontas nessa conta. No que se refere
à rubrica de ferramentas e utensílios (425x) utilizou-se a subconta de 3 dígitos.

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Relatório de Estágio

4.3. Balancete Rectificado

Após a realização dos lançamentos de rectificação e regularização é extraído do sistema


informático um novo balancete, o Balancete Rectificado (mês informático 13), o qual
apresenta os saldos das contas devidamente corrigidos.

O Balancete Rectificado encontra-se no Anexo 30, estando reunidas as condições


necessárias para se proceder ao apuramento de resultados da Tintas Compinta, Lda. no
exercício económico de 2008.

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Relatório de Estágio

4.4. Apuramento de Resultados

4. 4.1 Enquadramento

À elaboração do Balancete Rectificado segue-se a fase de apuramento de resultados, de


forma a calcular o Resultado Líquido do Exercício (RLE). Os lançamentos de
apuramento de resultados visa transferir os saldos das contas de custos e de proveitos,
que se encontram movimentadas no Balancete Rectificado, para as contas da Classe
8 – Resultados, e assim apurar os ganhos e perdas que resultaram da actividade da
empresa.

4. 4.2 Apuramento de Resultados Operacionais

A conta 81 – Resultados Operacionais destina-se a concentrar, no fim do exercício, os


custos e proveitos registados, respectivamente, nas contas 61 a 67 e 71 a 76, bem como
a variação da produção (Bento e Machado, 2007). Assim, o apuramento do resultado
operacional pode implicar, ao nível da conta 81 – Resultados Operacionais:

Se o saldo for Devedor Prejuízo Operacional

Se o saldo for Credor Lucro Operacional

O lançamento contabilístico que sintetiza o apuramento dos resultados operacionais da


Tintas Compinta, Lda. no exercício económico de 2008, por transferência das subcontas
das contas 61 (a crédito) a 67 e das contas 71 a 76 (a débito), tendo por base o Balancete
Rectificado (Anexo 30), corresponde a:

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 98


Relatório de Estágio

CONTAS VALOR (€)


€ 128.166,97

Débito
71x
72x € 104.258,60
811 € 857,93

61x € 132.107,93
62x € 29.421,78

Crédito
63x € 228,66
64x € 63.962,07
65x € 65,00
66x € 5.349,21

Pese embora, no registo anterior se evidenciem unicamente as contas de 2 dígitos da


Classe 6 e da classe 7, as contas que devem ser saldadas devem ser as últimas subcontas
movimentadas, tal como já se referenciou aquando do registo das amortizações do
exercício.

Para apuramento do resultado operacional importa ainda efectuar o lançamento


contabilístico de determinação da variação da produção da Tintas Compinta, Lda. no
exercício económico de 2008, o qual, para os trabalhos em curso, corresponde a:

CONTAS VALOR (€)


Débito Crédito

351 € 4.350,00

811 € 4.350,00

Assim, na Tintas Compinta, Lda. apurou-se um Lucro Operacional de € 3.492,07.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 99


Relatório de Estágio

4.4.3 Apuramento de Resultados Financeiros

A conta 82 – Resultados Financeiros apura os ganhos ou as perdas resultantes das


decisões financeiras da empresa. Esta conta debita-se pelos saldos devedores das
subcontas da conta 68 e credita-se pelos saldos credores das subcontas da conta 78.
Assim, o apuramento do resultado financeiro pode implicar, ao nível da conta
82 – Resultados Financeiros:

Se o saldo for Devedor Prejuízo Financeiro

Se o saldo for Credor Lucro Financeiro

O lançamento contabilístico que sintetiza o apuramento dos resultados financeiros da


Tintas Compinta, Lda. no exercício económico de 2008, corresponde a:

CONTAS VALOR (€)


Débito Crédito

78x € 185,16
821 € 189,13

68x € 374,29

Assim, na Tintas Compinta, Lda. apurou-se um Prejuízo Operacional de € 189,13.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 100


Relatório de Estágio

4.4.4 Apuramento de Resultados Correntes

A conta 83 – Resultados Correntes, de utilização facultativa, agrupa os saldos das


contas 81 e 82. Assim, o apuramento de resultados corrente pode implicar, ao nível da
conta 83 – Resultados Correntes:

Se o saldo for Devedor Prejuízo Corrente

Se o saldo for Credor Lucro Corrente

Como a Tintas Compinta, Lda. não utiliza esta conta, a mesma não é objecto de registo.

4.4.5 Apuramento de Resultados Extraordinários

A conta 84 – Resultados Extraordinários recolhe os custos e perdas extraordinárias, bem


como os ganhos e proveitos extraordinários. Contabilisticamente, a conta 84 debita-se
por contrapartida da conta 69 (a crédito) e credita-se por contrapartida da conta 79 (a
débito). Assim, o apuramento de resultados extraordinário pode implicar, ao nível da
conta 84 – Resultados Extraordinários:

Se o saldo for Devedor Prejuízo Extraordinário

Se o saldo for Credor Lucro Extraordinário

O lançamento contabilístico que sintetiza o apuramento dos resultados extraordinários


da Tintas Compinta, Lda. no exercício económico de 2008, corresponde a:

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 101


Relatório de Estágio

CONTAS VALOR (€)

Débito Crédito
79x € 1,71
821 € 612,67

69x € 614,38

Assim, na Tintas Compinta, Lda. apurou-se um Prejuízo Extraordinário de € 612,67.

4.4.6 Apuramento de Resultados Antes de Impostos

A conta 85 - Resultados Antes de Impostos (RAI) também é de utilização facultativa,


agrupa os saldos das contas 83 e 84. Assim, o apuramento do RAI pode implicar, ao
nível da conta 85 – Resultados antes de impostos:

Se o saldo for Devedor Prejuízo Antes de Imposto

Se o saldo for Credor Lucro Antes de Imposto

Como a Tintas Compinta, Lda. não utiliza esta conta, a mesma não é objecto de registo.

4.4.7 Apuramento do Imposto sobre o Rendimento do Exercício

A conta 86 - Imposto sobre o rendimento do exercício, regista a quantia estimada para o


imposto. O cálculo do imposto faz-se tomando o Resultado Antes do Imposto
(somatório dos saldos das contas 81, 82 e 84), a qual se acrescem e deduzem os valores
das correcções fiscais. Depois, aplica-se a taxa de imposto ao resultado obtido e
acresce-se a taxa de derrama.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 102


Relatório de Estágio

Nos termos do nº 1 do artigo 43º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, relativo aos
incentivos fiscais de apoio à interioridade, a taxa de IRC da empresa Tintas Compinta,
Lda. é de 15%, pese embora a taxa normal de IRC prevista no nº 1 do artigo 80º do
CIRC ser de 20%.

Logo, a partir de um RAI no valor de € 2.690,27 (obtido pela diferença entre o lucro
operacional de € 3.492,07 e os prejuízos financeiros de € 189,13 e extraordinários de
€ 612,67) efectua-se a seguinte estimativa de IRC:

Resultado Antes de Imposto € 2.690,27


± Variações patrimoniais € 0,00
± Correcções fiscais € 2.156,8418
= Lucro Tributável (LT) € 4.847,11
- Prejuízo (fiscal) reportável (se LT > 0) € 0,00
= Matéria Colectável € 4.847,11
IRC € 727,0719
+ Derrama € 36,3520
+ Tributação Autónoma € 12,2921
IRC € 775,71

O lançamento contabilístico que sintetiza o registo do imposto sobre o rendimento


estimado da Tintas Compinta, Lda. no exercício económico de 2008, corresponde a:

CONTAS VALOR (€)


Débito Crédito

2413 € 775,71

861 € 775,71

18
Do Modelo 22 de IRC (Anexo 36), Lucro Tributável (€ 4.847,11) – RLE (€1.914,56) – IRC (€ 775,71).
19
Do Modelo 22 de IRC, Matéria Colectável (€ 4.847,11) × Taxa IRC (15%).
20
Do Modelo 22 de IRC, Lucro Tributável (€ 4.847,11) × Taxa da Derrama (0,75%).
21
Valor da Conta 622212 (€ 122,90) × 10% (conforme artigo 81º do CIRC).

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 103


Relatório de Estágio

4.4.8 Apuramento do Resultado Liquido do Exercício

A conta 88 - Resultado Líquido do Exercício (RLE) recolhe os saldos das contas


anteriores e é através desta conta que se obtém o lucro ou prejuízo do exercício. Assim,
o apuramento do RLE pode implicar, ao nível da conta 88 – Resultado Líquido do
Exercício:

Se o saldo for Devedor Prejuízo do Exercício

Se o saldo for Devedor Lucro do Exercício

O lançamento contabilístico que sintetiza o apuramento do RLE da Tintas Compinta,


Lda. no exercício económico de 2008, corresponde a:

CONTAS VALOR (€)


Débito

811 € 3.492,07€

821 € 189,13
Crédito

841 € 612,67
861 € 775,71
881 € 1.914, 56

Assim, na Tintas Compinta, Lda. apurou-se um Resultado Líquido do Exercício de


€ 1.914,56.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 104


Relatório de Estágio

4.5. Balancete de Encerramento

Após a realização dos lançamentos de apuramento de resultados é extraído do sistema


informático um novo balancete, o Balancete de Encerramento (mês informático 14), o
qual apresenta as contas da Classe 6 e da Classe 7 saldadas, bem como todas as contas
da Classe 8, à excepção da conta 88 - Resultado Líquido do Exercício.

O Balancete de Encerramento encontra-se no Anexo 31, sendo ele que permite à Tintas
Compinta, Lda. proceder à elaboração dos seus documentos de prestação de contas do
exercício económico de 2008. Adicionalmente, também permite a elaboração do
Balancete Final.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 105


Relatório de Estágio

4.6. Balancete Final

Depois de efectuadas a totalidade das operações inerentes ao trabalho de fim de


exercício extrai-se do sistema informático o Balancete Final (mês informático 15), o
qual consta do Anexo 32.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 106


Relatório de Estágio

4.7. Balanço e Demonstração de Resultados

4.7.1 Enquadramento

Todas as empresas são obrigadas a prestar contas. O Plano Oficial de Contabilidade


menciona como obrigatórias as seguintes demonstrações financeiras:
 Balanço
 Demonstração de Resultados por natureza
 O Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados (ABDR).

Estes documentos devem ser apresentados nos termos dos nº 4 e 5 do artigo 65º do CSC
(SITOC, 2009e), no prazo de três meses a contar da data do encerramento do exercício e
todos os documentos deverão ser devidamente assinados pela Gerência e pelo Técnico
Oficial de Contas, devidamente identificado com o seu Número de Identificação Fiscal
(NIF) e número de membro da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas.

Em conformidade com o artigo 262º do CSC (SITOC, 2009e), as sociedades que não
possuam Conselho Fiscal devem designar um Revisor Oficial de Contas (ROC) para
proceder à revisão legal, desde que durante dois anos consecutivos sejam ultrapassados
dois dos três seguintes limites:

 Total do balanço: € 1.500.000,00;


 Total das vendas líquidas e outros proveitos: € 3.000.000,00;
 Número de trabalhadores empregados em média durante o exercício: 50.

Para além do Balanço, da Demonstração de Resultados por natureza e do ABDR,


também é obrigatório a elaboração das seguintes Demonstrações Financeiras, para as
empresas que cumprirem os requisitos do artigo 262º do CSC (SITOC, 2009e):
 Demonstração de Resultados por funções;
 Demonstração dos Fluxos de Caixa

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 107


Relatório de Estágio

4.7.2 Balanço

O Balanço traduz a situação patrimonial da empresa num determinado momento,


evidenciando os seus bens, direitos e obrigações. Segundo Bento e Machado (2007), no
cumprimento das Directivas da EU, podem existir três modelos de Balanço:

 Balanço analítico (4ª directiva) - é mais discriminado e é utilizado por imposição


legal, quando são ultrapassados dois dos três limites definidos no artigo 262º do
CSC, ou facultativamente;
 Balanço sintético (4ª directiva) – aplica-se às empresas descritas no artigo 3º da
introdução do Decreto-Lei nº 410/89, de 21 de Novembro, que aprovou o POC;
 Balanço consolidado (8ª directiva).

O Balanço da Tintas Compinta, Lda. em 31 de Dezembro de 2008 é apresentado no


Anexo 33.

4.7.3 Demonstração de Resultados

A Demonstração de Resultados serve de base ao estudo da situação económica e mostra


os proveitos e custos incorridos pela empresa ao longo de determinado período de
tempo. De facto, o património da empresa está sujeito a constantes alterações
quantitativas e qualitativas em consequência da actividade desenvolvida, nomeadamente
operações como compras, vendas, pagamentos a fornecedores, despesas com
electricidade, seguros, entre outros, que conduzem a variações positivas (aumentos) ou
negativas (diminuições) nos elementos constituintes do património.

Na sua estrutura, a Demonstração de Resultados por natureza distingue os resultados


operacionais, financeiros e extraordinários. Enquanto, na Demonstração de Resultados
por funções os resultados são apurados de acordo com as funções empresariais
(produção, comercial, administrativa e financeira).

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 108


Relatório de Estágio

A Demonstração de Resultados por natureza da Tintas Compinta, Lda. em 31 de


Dezembro de 2008 é apresentada no Anexo 34. Por não ultrapassar, durante dois anos
consecutivos, dois dos três limites previstos no artigo 262º do CSC, a Tintas Compinta,
Lda. não elabora a Demonstração de Resultados por funções.

4.7.4 Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados

O Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados (ABDR) abrange um conjunto de


informações que se destinam a justificar as rubricas incluídas no Balanço e na
Demonstração de Resultados, bem como divulgar factos ou situações que podem
influenciar a posição financeira da empresa.

Este anexo é constituído por inúmeras notas, de forma a clarificar situações não
evidenciadas anteriormente nas demonstrações financeiras, mas que são importantes
para a tomada de decisões, de que são exemplo as notas 14 (informações adicionais
relativas ao imobilizado corpóreo e em curso), 21 (ajustamentos em rubricas do activo
circulante), 28 (dívidas ao Estado e outros entes públicos em situação em mora), 40
(variações nas rubricas de capital próprio), 41 (demonstração do custo das mercadorias
vendidas e das matérias consumidas), 45 (demonstração dos resultados financeiros) e 46
(demonstração dos resultados extraordinários).

O ABDR da Tintas Compinta, Lda. em 31 de Dezembro de 2008 faz parte integral da


declaração de Informação Empresarial Simplificada (IES) / Declaração Anual, no
Quadro 05 do Anexo A da referida declaração, e que se apresenta no Anexo 37 do
presente relatório.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 109


Relatório de Estágio

4.8. Dossier fiscal

Os sujeitos passivos de IRC são obrigados a constituir um Dossier Fiscal, excepção dos
sujeitos passivos isentos, consoante do nº 1 do artigo 9º do CIRC (SITOC, 2009b),
devendo os documentos fiscais e contabilísticos permanecer na empresa durante um
período de 10 anos, em conformidade com o nº 1 do artigo 121º do CIRC (SITOC,
2009b).

Do Dossier Fiscal devem fazer parte integrante, os seguintes documentos:


 Declaração de Início de Actividade;

 Cópia da escritura de constituição da sociedade;

 Declaração periódica IVA;

 Modelo 10, relativo aos rendimentos e retenções de IRC / IRS;

 Modelo 22, relativo à declaração de rendimentos de IRC;

 Modelo 3, relativo à declaração de rendimentos de IRS;

 Balanço;

 Demonstração de Resultados;

 ABDR;

 Relatório de Gestão;

 Mapas de Reintegrações e Amortizações;

 Informação Empresarial Simplificada (IES) / Declaração Anual.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 110


Relatório de Estágio

4.9. Relatório de Gestão

O artigo 66º do CSC (SITOC, 2009e) estabelece os elementos básicos e essenciais que o
relatório de gestão deve conter, de forma a traduzir uma exposição fiel e clara da
evolução dos negócios, do desempenho e da posição da sociedade, bem como uma
descrição dos principais riscos e incertezas. O n.º 2 do mesmo artigo determina que o
relatório de gestão deve indicar a evolução da gestão nos diferentes sectores de que a
sociedade exerce actividade, designadamente no que respeita a condições de mercado,
investimentos, custos, proveitos e actividades de investigação e desenvolvimento, os
factos relevantes ocorridos após o termo do exercício, a evolução previsível da
sociedade, e, além de outra informação, uma proposta de aplicação de resultados
devidamente fundamentada

Adicionalmente, o relatório de gestão deve indicar:


 Os factos relevantes ocorridos após o termo do exercício;

 O número e o valor nominal de quotas ou acções próprias adquiridas ou


alienadas durante o exercício, bem como os motivos desses actos e o respectivo
preço;
 As autorizações concedidas a negócios entre a sociedade e os seus
administradores;
 A proposta de aplicação de resultados devidamente fundamentada;

 Os objectivos e as políticas da sociedade em matéria de gestão dos riscos

financeiros.

O Relatório de Gestão da Tintas Compinta, Lda. em 31 de Dezembro de 2008 é


apresentado no Anexo 35.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 111


Relatório de Estágio

4.10. Declaração de Rendimentos – Modelo 22

4.10.1. Enquadramento

O artigo 2º do CIRC (SITOC, 2009b) refere quem são sujeitos passivos de IRC:
“a) As sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as cooperativas, as
empresas públicas e as demais pessoas colectivas de direito público ou privado,
com sede ou direcção efectiva em território português;
b) As entidades desprovidas de personalidade jurídica, com sede ou direcção
efectiva em território português, cujos rendimentos não sejam tributáveis em
imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) ou em IRC
directamente na titularidade de pessoas singulares ou colectivas;
c) As entidades, com ou sem personalidade jurídica, que não tenham sede nem
direcção efectiva em território português e cujos rendimentos nele obtidos não
estejam sujeitos a IRS.”.

Os sujeitos passivos de IRC, ou os seus representantes, são obrigados a apresentar,


segundo o nº 1 do artigo 109º do CIRC (SITOC, 2009b):
“a) Declaração de inscrição, de alterações ou de cessação, nos termos dos artigos
110.º e 111.º;
b) Declaração periódica de rendimentos, nos termos do artigo 112.º;
c) Declaração anual de informação contabilística e fiscal, nos termos do artigo
113.º”

Também em conformidade com o artigo 112º do CIRC (SITOC, 2009b), a declaração


periódica de rendimentos deve ser enviada, anualmente, por transmissão electrónica de
dados, até ao último dia útil do mês de Maio ou até ao último dia útil do 5.º mês
posterior à data do termo desse período, quando o período de tributação não coincide
com o ano civil.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 112


Relatório de Estágio

Esquematicamente, segundo Soares (2008), o apuramento do IRC corresponde a:

4.10.2 Preenchimento da Modelo 22 de IRC

O preenchimento da Declaração Modelo 22 de IRC tem por fim a determinação da


matéria colectável e o cálculo do IRC. A Modelo 22 de IRC da Tintas Compinta, Lda.
do exercício económico de 2008 é apresentada no Anexo 36, sendo constituída por três
quadros principais, os quais representam as três fases do apuramento do IRC,
especificamente:
 Fase I – Apuramento do Lucro Tributável: obtêm-se através do Quadro 07;
 Fase II – Apuramento da Matéria Colectável: obtêm-se através do Quadro 09;
 Fase III – Cálculo do Imposto: realiza-se no Quadro 10.

De seguida, analisam-se os campos que foram preenchidos na Modelo 22 de IRC,


demonstrando-se os cálculos efectuados para o apuramento do respectivo imposto:
© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 113
Relatório de Estágio

 Quadro 01 – Período de Tributação


Neste quadro, inscrevem-se as datas de início e fim do período de tributação, assim
como o ano de exercício a que a declaração diz respeito.

 Quadro 02 – Área da Sede, Direcção Efectiva ou Estabelecimento Estável


Este quadro inclui o nome, número e código da Repartição de Finanças, da área da sede,
a direcção efectiva ou estabelecimento estável em que estiver centralizada a
contabilidade.

 Quadro 03 – Identificação e Caracterização do Sujeito Passivo


Inscrevem-se neste quadro os dados identificativos do sujeito passivo, de acordo com o
cartão da pessoa colectiva, nomeadamente a designação da firma e respectivo NIF, tipo
de sujeito passivo e regime de tributação de rendimentos.

 Quadro 04 – Características da Declaração


Neste quadro deverá ser indicar-se se a declaração em referência é a primeira declaração
do exercício ou se é uma declaração de substituição.

 Quadro 05 – Identificação do Representante Legal e do TOC


Este quadro inclui o NIF do Representante Legal e do TOC.

 Quadro 07 – Apuramento do Lucro Tributável


O resultado fiscal pode revestir duas formas:
 Prejuízo fiscal, registando-se no Campo 239 deste quadro; ou
 Lucro tributável, registando-se no Campo 240.
Assim:
Campo 201: valor do Resultado Líquido do Exercício apurado na contabilidade na
conta 88 – Resultado Líquido do Exercício, no valor de € 1.914,56.
Campo 204: ao RLE somam-se as variações patrimoniais, positivas ou negativas, do
exercício e não reflectidas na contabilidade. No caso da Tintas Compinta, Lda. não
houve variações patrimoniais, pelo que o valor deste campo é igual ao do Campo 201,
ou seja, € 1.914,56.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 114


Relatório de Estágio

Campo 205 ao Campo 225: inscrevem-se nestes campos os custos não aceites
fiscalmente. No caso da Tintas Compinta, Lda. preencheram-se: o Campo 206 –
Prémios de seguros e contribuições (em conformidade com o nº 4 do artigo 23º do
CIRC), no valor de € 1.572,46 e registado na subconta 622238; o Campo 211- IRC e
Outros Impostos incidentes directa ou indirectamente sobre lucros (em conformidade
com a alínea a) do nº 1 do artigo 42º do CIRC), pelo IRC no valor de € 775,71 e
registado na subconta 861; o Campo 212 – Multas, coimas, juros compensatórios e
demais encargos pela prática de infracções (em conformidade com a alínea d) do nº 1 do
artigo 42º do CIRC), no valor de € 240,00 e registado na subconta 6952; o Campo 224 –
Correcções relativas a exercícios anteriores, no valor de € 342,47 e registado na
subconta 6971; e o Campo 225 – Outras correcções a adicionar, no valor de € 1,91 e
registado na subconta 6988.
Campo 226: este campo apresenta o somatório dos Campos 204 a 225, correspondendo
a € 4.847,11.
Campo 240: como não existem correcções fiscais a deduzir ao RLE (Campos 227 a
238), a Tintas Compinta, Lda. apresenta um Lucro Tributável igual a € 4.847,11.

 Quadro 08 – Regimes de Taxas


Este quadro será preenchido exclusivamente por sujeitos passivos com rendimentos
sujeitos a redução de taxa, devendo os mesmos indicar o benefício de acordo com o
respectivo enquadramento fiscal. No caso da Tintas Compinta, Lda. é assinalado com
«X» o Campo 245, uma vez que o sujeito passivo beneficia de incentivos fiscais à
interioridade, conforme previsto na Lei n.º 171/99, de 18 de Setembro (AR, 1999),
sendo 15% a taxa a aplicar no cálculo do imposto.

 Quadro 09 – Apuramento da Matéria Colectável


Nos termos da alínea a) do nº 1 do artigo 15º do CIRC, a Matéria Colectável
corresponde ao Lucro Tributável deduzido dos Prejuízos e Benefícios Fiscais. Na Tintas
Compinta, Lda. a Matéria Colectável é igual ao Lucro Tributável, porque não existem
prejuízos fiscais ou benefícios fiscais, ou seja, é igual a € 4.847,11.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 115


Relatório de Estágio

Quadro 10: Cálculo do Imposto

Campo 349: regista o imposto calculado à taxa de 15%, isto é, a Matéria Colectável no
valor de € 4.847,11 é multiplicada pela taxa de 15% de IRC, obtendo-se o montante de
€ 727,07.
Campo 351: regista o somatório dos Campos 347 (imposto à taxa normal), 349
(imposto à taxa reduzida), 350 (imposto imputável à Região Autónoma dos Açores) e
370 (imposto imputável à Região Autónoma da Madeira), que dá origem à Colecta.
Neste caso, o valor do Campo 351 coincide com o valor do Campo 349, por só existir
imposto calculado à taxa normal.
Campo 359: regista as retenções na fonte efectuadas, correspondendo no caso Tintas
Compinta, Lda. ao valor de € 16,08 e registado na subconta 243121 (retenções na fonte
em rendimentos de capitais).
Campo 360: regista o somatório dos Pagamentos por Conta, correspondendo ao
montante de € 73,72 e registado na subconta 2411.
Campo 362: regista o IRC a recuperar e corresponde ao somatório dos Campos 359 e
360, ou seja, € 89,80.
Campo 364: regista a Derrama, cuja taxa incide sobre o valor da Colecta. Uma vez que
a empresa exerce a sua actividade no Município da Guarda, a taxa de Derrama aplicável
é de 0,75%, de acordo com Ofício - Circulado n.º 020 134, de 12 de Fevereiro de 2009
(CMG, 2009). Donde, a Derrama, no valor de € 36,35, corresponde à aplicação da taxa
de 0,75% ao Lucro Tributável de € 4.847,11.
Campo 365: regista as tributações autónomas no valor de € 12,29, por aplicação da taxa
de 10% aos encargos dedutíveis relativos a despesas de representação (subconta 622212
no valor de € 122, 90), em conformidade com o nº 3 do artigo 81º do CIRC.
Campo 368: regista o total do IRC a recuperar, ou seja, ao valor negativo de € 89,80
registado no Campo 362 adiciona-se o valor positivo de € 36,35 do Campo 364 e o
valor positivo de € 12,29 do Campo 365, totalizando € 41,16 de IRC a recuperar.

 Quadro 11: Outras Informações


Campo 410: regista o total de proveitos do exercício (operacionais, financeiros e
extraordinários), tendo por base o valor registado na Demonstração de Resultados,
correspondendo na Tintas Compinta, Lda. ao valor de € 234.813,59.
Campo 411: evidencia o VN do exercício, que no presente caso é de € 230.276,72.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 116


Relatório de Estágio

4.11. Informação Empresarial Simplificada (IES)

Com a aprovação da IES / Declaração Anual, toda a informação que as empresas têm de
prestar relativamente às suas contas anuais passa a ser transmitida num único momento
e perante uma única entidade, através do preenchimento de formulários únicos
submetidos por via electrónica em www.portaldasfinancas.gov.pt, aprovados pela
Portaria n.º 208/2007, de 16 de Fevereiro (MFAP, 2007b).

A IES / Declaração Anual deve ser enviada pelos sujeitos passivos de IRS que possuam
ou devam possuir contabilidade organizada e pelos sujeitos passivos de IRC, incluindo s
entidades ou organismos públicos. Esta declaração anual deve ser enviada até ao dia 15
de Julho do ano seguinte àquele a que respeita a declaração, ou para os sujeitos passivos
de IRC que adoptem um período de tributação diferente do ano civil, deverá ser
apresentada até ao dia 15 do sétimo mês seguinte à data do termo desse período.

Como principais vantagens da IES / Declaração Anual podem apontar-se:


 Simplificação de processo, na medida em que a empresa passa a cumprir 4
obrigações através do envio de um formulário único;
 Redução de custos, pois a empresa poupa em deslocações e na produção de
documentos em diferentes formatos e para diferentes entidades públicas;
 Economia mais competitiva e transparente, já que existe mais informação sobre
o mercado português, passando a informação a ser disponibilizada mais
rapidamente;
 Informação estatística abrange a universalidade das empresas, permitindo uma
visão mais fidedigna e completa da evolução da economia nacional.

A IES / Declaração Anual da Tintas Compinta, Lda. é apresentada no Anexo 37. Assim:
 Folha de Rosto
Quadro 01: menciona o período de tributação.

Quadro 02: menciona a área da sede, direcção efectiva ou estabelecimento estável.

Quadro 03: identifica o sujeito passivo.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 117


Relatório de Estágio

Quadro 04: designa a actividade económica e estabelecimentos.

Quadro 05: indica os Anexos que acompanham a declaração.

Quadro 06: faz referência a declarações especiais.

Quadro 07: menciona o tipo de declaração (1ª do ano ou de substituição).

Quadro 08: menciona a situação da empresa.

Quadro 09: identifica o sujeito passivo ou representante legal e o TOC.

 Anexo A – Declaração Anual


Este anexo demonstra as informações contabilísticas expressas nas Demonstrações
Financeiras obrigatórias.
Quadro 03: preenchido com base nos valores da Demonstração de Resultados.
Quadro 04: preenchido com base nos valores do Balanço.
Quadro 05: apresenta as diferentes notas do ABDR.
Quadro 06: apresenta o desdobramento de algumas contas da Demonstração de
Resultados e do Balanço.
Quadro 07: apresenta as decisões tomadas na Assembleia-Geral de Aprovação de
Contas, em relação à aplicação dos resultados, nomeadamente dos resultados atribuídos
por gratificações aos Gerentes e Trabalhadores.
Quadro 08: menciona informações sobre o Relatório de Gestão, o Parecer do Órgão de
Fiscalização e a Certificação Legal das Contas.
Quadro 09: menciona as mais-valias e o reinvestimento efectuado.
Quadro 10: menciona as operações realizadas pela empresa com entidades
relacionadas.
Quadro 11: indica se a empresa dispõe de Internet e o volume de transmissões e
aquisições através efectuadas por essa via.

 Anexo L – Elementos Contabilísticos e Fiscais


Este anexo é apresentado juntamente com a Declaração anual, por todos os sujeitos
passivos abrangidos pela alínea d) do nº 1 do artigo 28º do CIVA (SITOC, 2009d),

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 118


Relatório de Estágio

mencionando os valores das operações realizadas pelo sujeito passivo enquadradas em


IVA.
Quadro 03: regista os valores das operações internas activas, que dizem respeito às
transmissões de bens e serviços efectuadas pelo sujeito passivo, os quais podem ser
retirados das contas 71 e 72 no Balancete Rectificado.
Quadro 04: diz respeito às operações internas passivas, que respeitam às aquisições de
bens, serviços e activo imobilizado efectuadas pelo sujeito passivo. Os valores
registados neste quadro obtêm-se:
Campo L20: que regista o valor das aquisições de existências, corresponde à conta 31
do Balancete de Verificação.
Campo L24: corresponde aos valores das subcontas 6221511, 6221611,6221711,
622221, 62225, 62232111, 6223411, 6223611 e 6229811.
Campo L25: corresponde ao valor da subconta 62212112.
Campo L26: corresponde ao valor da subconta 62212121.
Campo L29: apresenta os valores líquidos de IVA. Como nas subcontas da conta 62 os
valores têm IVA incluído, então para este Campo retira-se o respectivo IVA, ou seja, o
diferencial que se apura corresponde ao IVA que não foi dedutível e que consta das
subcontas da conta 62.
Campo L32: corresponde aos valores das aquisições do imobilizado, os quais podem
ver-se no Mapa de Reintegrações e Amortizações.
Quadro 05: preenchido quando houver operações com o exterior.
Quadro 06: apresenta o imposto suportado e que foi susceptível de dedução pelas
diferentes taxas.

 Anexo O – Mapa Recapitulativo de Clientes


A alínea e) do nº 1 do artigo 29º do CIVA (SITOC, 2009d) considera que é obrigatório
entregar o mapa recapitulativo de clientes, no qual deve constar o número de
identificação fiscal de cada cliente e o montante das vendas efectuadas pelos mesmos,
desde que seja superior a € 25.000,00. A empresa Tintas Compinta, Lda. regista apenas
1 cliente com um VN superior a € 25.000,00, concretamente com € 37.746,00.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 119


Relatório de Estágio

 Anexo P – Mapa Recapitulativo de Fornecedores


Este anexo diz respeito às operações da empresa com fornecedores, se estas
ultrapassarem € 25.000,00, nos termos da alínea f) do nº1 do artigo 29º do CIVA
(SITOC, 2009d), em concreto os sujeitos passivos devem:

“Entregar um mapa recapitulativo com a identificação dos sujeitos passivos seus


fornecedores, donde conste o montante total das operações internas realizadas com
cada um deles no ano anterior, desde que superior a 25.000€, o qual é parte
integrante da declaração anual a que se referem os Códigos do IRS e do IRC”.
A empresa Tintas Compinta, Lda. mantém com 2 fornecedores operações de aquisição
superiores a € 25.000,00, totalizando € 89.008,00.

 Anexo Q – Elementos Contabilísticos e Fiscais


Este anexo reflecte as operações e factos sujeitos a imposto de selo, cumprindo o
estabelecido no nº 1 do artigo 52º e 56º do Código do imposto de Selo (SITOC, 2009f).
Foi declarada pela Tintas Compinta, Lda. a despesa de imposto de selo relativo à
celebração de um contrato (Campo Q148) no valor de € 5,00 e que se encontra registado
na subconta 6313.

 Anexo R – Identificação de Estabelecimentos


Este anexo indica o número de estabelecimentos da empresa, bem como a sua
localização, nomeadamente se os mesmos se encontram em território nacional ou fora
dele. A empresa Tintas Compinta, Lda. possui apenas um estabelecimento, coincidente
com a sede da empresa, pelo que só preenche os Campos 1 a 15 do Quadro 04 deste
Anexo.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 120


Relatório de Estágio

4.12. Modelo 10 – Rendimentos e Retenções

A Portaria n.º 1145/2004, de 30 de Outubro (MFAP, 2004) veio substituir a declaração


Modelo 10 para cumprimento da obrigação declarativa de rendimentos e retenções na
fonte de IRS e de IRC a que se refere, respectivamente, a alínea c) do nº 1 do artigo
119º do CIRS22 (SITOC, 2009c) e o artigo 120º do CIRC (SITOC, 2009b) e que consta
do Anexo J da IES / Declaração Anual. Esta substituição teve por objectivo aperfeiçoar
a concepção do modelo declarativo e as respectivas instruções de preenchimento.

No cumprimento dos artigos do CIRS e CIRC mencionados, a declaração Modelo 10


deverá ser apresentada pelas entidades devedoras de rendimentos a titulares residentes
no território português, especificamente:
 entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente e pensões sujeitas a
imposto;
 entidades devedoras de rendimentos empresariais e profissionais, de capitais,
prediais e incrementos patrimoniais que possuam ou devam possuir
contabilidade organizada;
 entidades devedoras de rendimentos sujeitos a IRC e não dispensados de
retenção na fonte.

De acordo com a mesma Portaria, a declaração Modelo 10, contendo informação


relativa ao ano anterior, dos rendimentos devidos ou colocados à disposição de titulares
residentes no território português e respectivas retenções, deve ser enviada por
transmissão electrónica de dados até ao final do mês de Fevereiro de cada ano ou até ao
final do segundo mês seguinte ao término do exercício económico, quando o mesmo
não coincida com o ano civil. A apresentação da Modelo 10 após o prazo referido, fica
sujeita ao pagamento de uma coima, de acordo com o previsto no Regime Jurídico das
Infracções Fiscais Não Aduaneiras (RJIFNA).

No Anexo 36 apresenta-se a declaração Modelo 10 da Tintas Compinta, Lda.

22
Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-B/88, 30 de Novembro (MF, 1988a).

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 121


Relatório de Estagio

Capítulo 5

Análise
Económica e
Financeira

122
Relatório de Estágio

5.1. Introdução à Análise Financeira

Segundo Farinha (1994):


“A análise financeira de uma empresa recorre a um conjunto de instrumentos
analíticos que procuram auxiliar um conjunto heterogéneo de entidades no
conhecimento da situação e evolução económica e financeira de uma empresa ao
longo de um certo espaço de tempo e a procurar antecipar o seu provável
comportamento futuro”.

A análise financeira de uma empresa permite obter informações rápidas sobre a sua
evolução de desempenho em diferentes áreas, possibilitando detectar os pontos fracos e
os pontos fortes, bem como propor medidas correctivas para ultrapassar as dificuldades
detectadas. A análise financeira não se deve restringir à apreciação dos documentos
contabilísticos, devendo também analisar a envolvente externa e a realidade interna da
empresa, tendo em conta a envolvente macroeconómica e a envolvente sectorial.

Segundo Farinha (1994), a perspectiva dinâmica da análise financeira permite avaliar a


evolução da empresa ao longo de um determinado período de tempo, de forma a:
“(…) poder realizar um juízo sobre a situação económico financeira de uma
empresa, torna-se necessário recorrer a um conjunto de indicadores. Embora estes
possam assumir diversas formas, os mais populares são sem dúvida aqueles que
assumem a forma de rácios. Um rácio mais não é do que o quociente entre duas
grandezas geralmente extraídas directamente da informação contabilística de uma
empresa”.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 123


Relatório de Estágio

5.2. Metodologia da Análise Económica e Financeira

Face à importância imputada à análise económica e financeira de empresas entendeu-se


conveniente efectuar uma breve análise da situação económica e financeira da empresa
Tintas Compinta, Lda. Assim, realça-se que, por restrições de tempo na elaboração do
presente relatório, não se pretende realizar uma análise exaustiva.

Para o efeito vão seguir-se os passos propostos por Abreu (2007), em concreto:
 1º Passo: Construção do Balanço Funcional para analisar o Equilíbrio Financeiro.
 2º Passo: Construção da Demonstração de Resultados Funcional para analisar a
situação económica e rentabilidade.
 3º Passo: Construção dos rácios: Autonomia Financeira; Rendibilidade Bruta das
Vendas; Rendibilidade dos Capitais Próprios; Prazo Médio de Recebimentos; Prazo
Médio de Armazenagem; Prazo Médio de Pagamentos; Ciclo de Caixa.
 4º Passo: Análise Financeira baseada no Balanço e Análise Económica baseada na
Demonstração de Resultados, identificando os principais problemas e apontando
propostas de solução.
 5º Passo: Análise qualitativa dos Resultados.

Segundo David (2009), o Balanço Funcional evidencia os principais equilíbrios


financeiros da empresa, nomeadamente.

 Fundo de Maneio: corresponde à parte dos Capitais Permanentes que não é


absorvida no financiamento dos Investimentos e das Necessidades Permanentes
de Exploração (Activo não Corrente) e que, consequentemente, será aplicada na
cobertura das necessidades de financiamento do ciclo de exploração.
 Necessidades de Fundo de Maneio: corresponde ao conjunto das necessidades
financeiras, cujo financiamento não se encontra assegurado por recursos
financeiros de curto prazo.
 Tesouraria Liquida: reflecte o excesso ou a falta de fundos (meios financeiros)
para fazer face às exigibilidades de curto prazo, tomando em consideração o
Fundo de Maneio que a empresa tem e o Fundo de Maneio que ela necessita ter

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 124


Relatório de Estágio

para funcionar normalmente e de acordo com os prazos estabelecidos como


normais para o seu tipo de actividade (ciclo de exploração).

O Quadro 4 apresenta o Balanço Funcional da Tintas Compinta, Lda.

Quadro 4: Balanço Funcional

Tintas Compinta, Lda. 2007 2008


1 Capital Próprio € 10.437,59 € 12.352,15
2 Dívidas a terceiros: médio e longo prazo € 0,00 € 0,00
3 Capitais Permanentes (1+2) € 10.437,59 € 12.352,15
4 Activo Imobilizado Líquido (Fixo) € 11.676,52 € 7.462,39

5 Dívidas de terceiros: médio e longo prazo € 0,00 € 0,00


6 Fundo de Maneio (3-4-5) - € 1.238,93 € 4.889,76
7 Necessidades Financeiras
Clientes Líquidos € 95.041,36 € 64.595,61
Existências líquidas € 59.786,31 € 57.923,00
Estado e Outros Entes Públicos € 3.126,65 € 3.925,44
Outros devedores € 208,58 € 68,83
Acréscimos e diferimentos € 529,50 € 304,23
€ 158.692,40 € 126.817,11

8 Recursos Financeiros
Fornecedores € 139.888,24 € 119.210,07
Fornecedores de imobilizado € 15.595,48 € 0,00
Estado e Outros Entes Públicos € 10.891,57 € 4.072,03
Outros Credores € 7.059,39 € 7.742,04
Acréscimos e diferimentos € 8.848,06 € 8.313,63
€ 182.282,74 € 139.337,77
9 Necessidades de Fundo de Maneio (7-8) - € 23.590,34 - € 12.520,66
10 Tesouraria Líquida (6-9) € 22.351,41 € 17.410,42
11 Activo de Tesouraria € 22.351,41 € 26.160,40
12 Passivo de Tesouraria € 0,00 € 8.749,98
13 Tesouraria Global (11-12) = 10 € 22.351,41 € 17.410,42

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 125


Relatório de Estágio

O Fundo de Maneio da Tintas Compinta, Lda., negativo no ano 2007, registou em 2008
um valor positivo de € 4.889,76, correspondendo a uma melhoria no equilíbrio
financeiro da empresa, na medida em que a empresa possui € 4.889,76 que, não sendo
necessários no financiamento dos Investimentos e das Necessidades Permanentes de
Exploração (Activo não Corrente), pode ser utilizado para cobrir necessidades do ciclo
de exploração.

Por seu lado, pese embora a Tesouraria Líquida ser positiva em ambos os anos,
constata-se um decréscimo da mesma em consequência directa do empréstimo obtido
junto de instituições de crédito.

O Quadro 5 reflecte a Demonstração de Resultados Funcional da Tintas Compinta,


Lda., sendo sido considerados como custos variáveis o CMVMC e os Fornecimentos e
Serviços Externos, enquanto os restantes custos operacionais foram considerados como
fixos.

Quadro 5: Demonstração de Resultados Funcional

Tintas Compinta, Lda. 2007 2008

Vendas + Prestação de Serviços € 209.024,56 € 234.626,72


- Custos Variáveis € 150.860,00 € 161.529,71

= Margem de Contribuição € 58.164,56 € 73.097,01

- Custos Fixos € 51.613,27 € 69.604,94

= Resultados Operacionais € 6.551,29 € 3.492,07


+ Proveitos Financeiros € 56,08 € 185,16
- Custos Financeiros € 734,94 € 374,29

= Resultados Correntes € 5.872,43 € 3.302,94


+ Proveitos Extraordinários € 2.067,43 € 1,71
- Custos Extraordinários € 879,22 € 614,37

= Resultados Antes de Impostos € 7.060,64 € 2.690,28

- IRC € 180,13 € 775,71

= Resultado Líquido do Exercício € 6.952,51 € 1.914,57

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 126


Relatório de Estágio

Da análise do Quadro anterior, pode concluir-se que a diminuição no RLE se deve ao


aumento mais que proporcional dos custos operacionais face ao aumento registado pelo
VN da Tintas Compinta, Lda., sendo os custos fixos os que mais contribuem para esta
realidade, nomeadamente as remunerações ao pessoal.

No que se refere aos rácios, entendidos como a relação de quociente entre duas
grandezas correlacionadas e típicas de uma determinada situação, actividade ou
rendimento (potencial ou efectivo) de uma empresa (real ou ideal) ou de uma média de
empresas, para a presente análise vão determinar-se alguns rácios relacionados com a
Actividade, Produtividade, Rendibilidade, Liquidez e Financiamento.

No que se refere aos rácios de Actividade:


 Rotação do Activo, que transmite uma ideia da produtividade dos activos em
termos de geração de do volume de negócios, apresenta 108,46% em 2007 e
143,53% em 2008.

Rotação do Activo = VN x 100


Activo

 Prazo Médio de Recebimentos, que determina quanto tempo (em meses ou em


dias) demora a empresa, em média, a receber os créditos que concede aos seus
clientes e outros devedores, apresenta em 2008 um PMR igual a 104 dias.

PMR = Saldo Médios Clientes x 365 dias

VN (1 + IVA*)

 Prazo Médio de Pagamentos, que determina quanto tempo (em meses ou em


dias) demora a empresa, em média, a pagar os créditos que obtém dos seus
fornecedores e outros credores, apresenta em 2008 um PMP igual a 262 dias.

PMP = Saldo Médios Fornecedores x 365 dias

[(Compras + FSE) (1 + IVA*)]


* Corresponde à taxa de IVA aplicável à operação.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 127


Relatório de Estágio

Assim, uma vez que a Tintas Compinta, Lda. paga aos fornecedores depois de receber
dos seus clientes, essa situação permite-lhe investir durante 158 dias (PMR-PMP) os
valores recebidos de clientes, sem recorrer a capitais alheios ou a capitais próprios.

Em relação aos rácios de Produtividade:


 Produtividade das existências, que traduz o valor em Euros recuperados pelas
Vendas ou Serviços Prestados, por cada Euro investido em existências,
apresenta os coeficientes de 1,64 em 2007 e 1,74 em 2008.

Produtividade das Existências = VN


CMVMC

 Produtividade da Mão-de-Obra, que traduz o valor em Euros recuperados pelas


Vendas ou Serviços Prestados, por cada Euro investido em Pessoal, apresenta os
coeficientes de 4,60 em 2007 e 3,60 em 2008.

Produtividade de Mão-de-Obra = VN
Custos c/ Pessoal

 Produtividade dos Meios Económicos, que traduz o valor em Euros recuperados


pelas Vendas ou Serviço Prestados, por cada Euro investido em termos de
capital total (Activo), apresenta os coeficientes de 1,08 em 2007 e 1,44 em 2008.

Produtividade do Activo Total = VN


Activo Total

Donde, relativamente à produtividade verifica-se uma oscilação negativa na


produtividade da mão-de-obra da Tintas Compinta, Lda., em consequência directa da
rubrica de Custos com o pessoal, que aumentou mais significativamente que o VN
registado em 2008.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 128


Relatório de Estágio

Por oposição, a produtividade do activo da Tintas Compinta, Lda. melhorou 33% em


2008 como resultado do não aumento das imobilizações, podendo concluir-se que a
dinamização da política de investimentos da empresa tem em vista responder às
solicitações da produção a curto prazo.

No que se refere aos rácios de Rendibilidade:

 Rendibilidade Comercial, que determina a capacidade da empresa de gerar


resultados líquidos a partir das Vendas ou Serviços Prestados, apresenta as
percentagens de 3,29% em 2007 e 0,83% em 2008.

Rendibilidade Liquida do VN = Resultado Líquido × 100


VN

 Rendibilidade Económica, que determina a capacidade da empresa de gerar


resultados líquidos a partir dos investimentos realizados, apresenta as percentagens
de 3,57% em 2007 e 1,19% em 2008.

Rendibilidade Liquida do Activo = Resultado Liquido × 100


Activo Total

 Rendibilidade Financeira, que mede a eficácia com que as empresas utilizam os


capitais pertencentes aos seus sócios, representando o valor obtido a taxa máxima
de remuneração dos Capitais Próprios aplicados. Na Tintas Compinta, Lda. a
rendibilidade financeira foi de 65,92% em 2007 e de 15,50% em 2008

Rendibilidade Financeira = Resultado Líquido × 100


Capital Próprio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 129


Relatório de Estágio

Em resumo, em consequência directa da diminuição do RLE em 2008 (-72,2%), devido


ao acréscimo mais que proporcional dos custos (+14,02%) face ao aumento de 12,31%
dos proveitos, a rendibilidade da Tintas Compinta, Lda. é cada vez menor.

Assim, a aptidão da empresa para gerar resultados a partir do seu VN, dos investimentos
realizados ou dos capitais investidos pelos sócios é cada vez menor. De facto, enquanto
em 2007 os sócios, por cada Euro investido, ganhavam 65,92%, já em 2008 só recebiam
15,50%, correspondendo a uma perda de remuneração de 50,42%.

Relativamente aos rácios de Liquidez:

 Liquidez Geral (Lg), que determina a capacidade da empresa para fazer face aos
seus compromissos de curto prazo, apresenta os coeficientes de 0,94 em 2007 e de
1,09 em 2008.

Lg = Activo Corrente23 / Passivo Corrente24

Este indicador refere em que medida o passivo a curto prazo está coberto pelos activos
da mesma natureza. Como a liquidez geral só em 2008 é superior a 1, só nesse ano se
regista um baixo risco para os credores da empresa, dado que a transformação dos
activos correntes em liquidez é suficiente para fazer face às dívidas correntes, possuindo
a empresa ainda alguma margem de segurança.

 Liquidez Imediata (Li), que reflecte apenas o valor imediatamente disponível para
fazer face às dívidas a terceiros de curto prazo, apresenta os coeficientes de 0,04
em 2007 e de 0,19 em 2008.

Li = Caixa e seus equivalentes / Passivo Corrente

23
Existências + Dívidas de Terceiros: curto prazo + Disponibilidades
24
Dívidas de Terceiro: curto prazo

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 130


Relatório de Estágio

Por último, no que concerne aos rácios de Financiamento:

 Endividamento: que determina a proporção de Capitais Alheios em relação às


aplicações totais, dando apoio à análise do risco sobre a estrutura financeira de
uma empresa. Assim, quanto mais elevado for o nível do Passivo, maior o nível de
endividamento da empresa face a terceiros e consequentemente o risco associado.
A Tintas Compinta, Lda. apresenta 94,58% de endividamento em 2007 e 92,30 %
em 2008.

Endividamento = Passivo Total × 100


Activo Total

Apesar da diminuição do rácio de endividamento em 2,28%, a mesma é manifestamente


insuficiente para reduzir o risco associado aos elevados níveis de endividamento.

 Autonomia Financeira: que determina a (in)dependência da empresa face a


Capitais Alheios, apresenta 5,42% em 2007 e 7,70% em 2008.

Autonomia Financeira = Capitais Próprios × 100


Activo Total

Este rácio traduz a percentagem, segundo a qual o activo da sociedade se encontra a ser
financiado por capitais próprios. Quanto mais elevado for o nível dos Capitais Próprios,
maior o nível de autonomia da empresa face a terceiros, o que não é o presente caso,
pois a empresa apresenta um valor reduzido de autonomia financeira, indicando uma
grande dependência em relação aos credores. Esta situação, que para além dos riscos
inerentes, é desvantajosa na negociação de novos financiamentos.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 131


Relatório de Estágio

 Solvabilidade: que determina a capacidade da empresa para esta fazer face aos
seus compromissos a médio longo prazo, apresenta 5,73% em 2007 e 8,34% em
2008.

Solvabilidade = Capitais Próprios × 100


Passivo Total

Dado que o valor dos Capitais Próprios é inferior ao valor do Passivo, esta situação
reflecte um elevado risco para os credores da empresa, na medida em que os Capitais
Próprios não são suficientes para fazer face às Dívidas a Terceiros.

À laia de conclusão, pode concluir-se que a diminuição do valor do activo da Tintas


Compinta, Lda. se deve, em grande parte, à diminuição significativa das dividas de
terceiros a curto prazo e das existências em armazém, traduzindo uma melhoria nos
resultados económicos. Por seu lado, o Passivo sofre poucas alterações e recai na sua
totalidade nas dívidas a curto prazo, não existindo empréstimos bancários.

A empresa apresenta uma fraca liquidez geral e imediata, cobrindo com dificuldade o
endividamento de curto prazo através dos activos da mesma natureza. Quanto à
rendibilidade, constata-se que as rendibilidades comercial, económica e financeira são
positivas, por influência directa dos valores positivos do RLE, mas assiste-se a uma
redução significativa das mesmas, pelo que a empresa gera resultados cada vez com
mais dificuldade.

Como recomendação final, assinala-se a necessidade urgente da empresa reduzir os


níveis de endividamento, com vista a aumentar a sua autonomia financeira,
nomeadamente através do aumento dos capitais próprios.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 132


Considerações
Finais
Relatório de Estágio

Considerações Finais

Após os anos de estudo na área de Contabilidade, o estágio curricular permitiu


consolidar os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo da Licenciatura em
Contabilidade da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da
Guarda.

Através da realização deste estágio houve a possibilidade de compreender melhor como


as empresas organizam o seu trabalho contabilístico, desde a recepção, separação e
contabilização dos documentos, ao lançamento dos mesmos no programa informático,
bem como em relação ao preenchimento das declarações contabilísticas e fiscais.

O primeiro impacto com a realidade laboral revestiu-se de uma enorme importância, ao


permitir uma aprendizagem mais específica de como todo o processo da Contabilidade e
Fiscalidade se realiza, consolidando e complementando conhecimentos.

Este estágio, permitiu ainda o contacto com entidades exteriores como: Repartição de
Finanças, Instituições Bancárias, Clientes e Fornecedores da Empresa, Instituto de
Desenvolvimento e Inspecção de Trabalho, assim como, o contacto com a Segurança
Social e com a Direcção Geral dos Impostos.

Assim, pode concluir-se que as bases adquiridas ao longo deste estágio, possibilitaram
um maior aperfeiçoamento dos conhecimentos já possuídos pela estagiária ao longo do
seu percurso académico, para além de realçarem o gosto pelas áreas da Contabilística e
da Fiscalidade.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 134


Referências
Bibliográficas
Relatório de Estágio

Referências Bibliográficas

Abreu, R. (2007). Apontamentos de apoio à unidade curricular de Finanças


Empresariais. Guarda: ESTG.

Assembleia da República (AR, 1999). Lei n.º 171/99, combate à desertificação e


recuperação do desenvolvimento nas áreas do interior. Diário da República, 219, I-A
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Assembleia da República (AR, 2003). Lei n.º 107-B/2003, aprovou o Orçamento do


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assim como a do n.º 1 do artigo 1º do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de Agosto. Diário
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Bento, J. e Machado, J.F. (2007). Plano Oficial de Contabilidade Explicado. Porto:


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24ª ed. Lisboa: Rei dos Livros.

Caiado, A.C.P. e Madeira, P.J. (2004). O encerramento de contas na perspectiva


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Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC, 2002). Aviso n.º 119/2002, publica o
Regulamento de Estágio da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas. Diário da
República, 263, II Série, 14 de Novembro.

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Fevereiro de 2009, aprova as taxas de Derrama a aplicar aos sujeitos passivos com
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Guarda: ESTG.

David, F. (2009). Apontamentos de apoio à unidade curricular de Análise Financeira.


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Farinha, J.B.R.B. (1994). Análise de rácios financeiros. Lisboa: Edição do autor.

Lousã, A. (1997). A Contabilidade. Porto: Porto Editora.

Ministério da Economia (ME, 2001a). Decreto-Lei n.º 10/2001, estabelece as


disposições aplicáveis à constituição e à manutenção das reservas de segurança em
território nacional de produtos de petróleo, transpondo para o direito interno a Directiva

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 136


Relatório de Estágio

da Comissão n.º 98/93/CE, de 14 de Dezembro. Diário da República, 19, I-A Série, 23


de Janeiro.

Ministério da Economia (ME, 2001b). Decreto-Lei n.º 339-D/2001, altera o Decreto-Lei


n.º 10/2001 de 23 de Janeiro, que estabelece as disposições aplicáveis à constituição e
manutenção das reservas de segurança em território nacional de produtos de petróleo,
transpondo para o direito interno a Directiva da Comissão n.º 98/93/CE, de 14 de
Dezembro, e cria a Entidade Gestora de Reservas Estratégicas de Produtos Petrolíferos,
entidade pública empresarial, e aprova os respectivos estatutos. Diário da República,
299, I-A Série, 5º Suplemento, 28 de Dezembro.

Ministério das Finanças (MF, 1984). Decreto-Lei n.º 394-B/84, aprova o Código do
Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). Diário da República, 297, I Série, 1º
Suplemento, 26 de Dezembro.

Ministério das Finanças (MF, 1988a). Decreto-Lei n.º 442-A/88, aprova o Código do
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS). Diário da República, 277, I
Série, 2º Suplemento, 30 de Novembro.

Ministério das Finanças (MF, 1988b). Decreto-Lei n.º 442-B/88, aprova o Código do
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). Diário da República, 277, I
Série, 2º Suplemento, 30 de Novembro.

Ministério das Finanças (MF, 1989). Decreto-Lei n.º 410/89, aprova o Plano Oficial de
Contabilidade (POC). Diário da República, 268, I Série, 1.º Suplemento, 21 de
Novembro.

Ministério das Finanças (MF, 1990). Decreto Regulamentar n.º 2/90, estabelece o
regime das reintegrações e amortizações para efeitos do imposto sobre o rendimento das
pessoas colectivas. Diário da República, 10, I Série, 12 de Janeiro.

Ministério das Finanças (MF, 1991). Decreto-Lei n.º 42/91, aprova o regime de retenção
na fonte de IRS. Diário da Republica, 13, II Série, 20 de Janeiro.

Ministério das Finanças (MF, 1992). Decreto-Lei n.º 290/92, aprova o regime do IVA
nas transacções intracomunitárias (RITI). Diário da República, 298, I Série, 1º
Suplemento, 28 de Dezembro.

Ministério das Finanças (MF, 2001). Decreto-Lei nº 31/2001, altera o Decreto-Lei n.º
394-B/84 de 26 de Dezembro, que aprova o Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado, o Decreto-Lei n.º 290/92 de 28 de Dezembro, que aprova o regime do
IVA nas transacções intracomunitárias, e o Decreto-Lei n.º 241/86 de 20 de Agosto, que
estabelece as formalidades a observar pelos sujeitos passivos que optem pela aplicação
do IVA à transmissão ou locação de bens imóveis ou partes autónomas. Diário da
Republica, 33, I-A Série, 8 de Fevereiro.

Ministério das Finanças (MF, 2003a). Decreto-Lei nº 79/2003, altera o Decreto-Lei n.º
44/99 de 12 de Fevereiro, que institui a obrigatoriedade de adopção do sistema de
inventário permanente, da demonstração dos resultados por funções e da inventariação
física das existências, bem como alguns números e capítulos do Plano Oficial de

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Relatório de Estágio

Contabilidade, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 410/89 de 21 de Novembro. Diário da


República, 95, I-A Série, 23 de Abril.

Ministério das Finanças (MF, 2003b). Portaria n.º 375/2003, institui a obrigatoriedade
aos sujeitos passivos de IVA do envio por transmissão electrónica de dados da
declaração periódica. Diário da República, 108, I-B Série, 10 de Maio.

Ministério das Finanças (MF, 2005). Decreto-Lei n.º 35/2005, transpõe para a ordem
jurídica interna a Directiva n.º 2003/51/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de
18 de Junho, que altera as Directivas n.º 78/660/CEE, 83/349/CEE, 86/635/CEE e
91/674/CEE, do Conselho, relativas às contas anuais e às contas consolidadas de certas
formas de sociedades, bancos e outras instituições financeiras e empresas de seguros, e
visa assegurar a coerência entre a legislação contabilística comunitária e as Normas
Internacionais de Contabilidade, em vigor desde 1 de Maio de 2002. Diário da
Republica, 34, I Série, 17 de Fevereiro.

Ministério das Finanças (MF, 2009). Decreto-Lei n.º 158/2009, aprova o Sistema de
Normalização Contabilística. Diário da República, 133, I Série, 13 de Julho.

Ministério das Finanças e da Administração Pública (MFAP, 2004). Portaria n.º


1145/2004, aprova a nova declaração Modelo 10 para cumprimento da obrigação
declarativa a que se refere a alínea c) do nº 1 do artigo 119º do CIRS e o artigo 120º do
CIRC. Diário da República, 256, II Série, 30 de Outubro.

Ministério das Finanças e da Administração Pública (MFAP, 2007a). Decreto-Lei n.º


21/2007, no uso da autorização legislativa concedida pelo n.º 3 do artigo 45.º da Lei n.º
60-A/2005 de 30 de Dezembro, introduz alterações ao Código do IVA e respectiva
legislação complementar em matéria de tributação de operações imobiliárias, incluindo
a revisão do regime da renúncia à isenção de IVA na transmissão e na locação de bens
imóveis. Diário da República, 20, I Série, 29 de Janeiro.

Ministério das Finanças e da Administração Pública (MFAP, 2007b). Portaria n.º


208/2007, aprova o modelo declarativo da informação empresarial simplificado (IES) e
respectivos anexos. Diário da República, 34, I Série, 16 de Fevereiro.

Ministério das Finanças e da Administração Pública (MFAP, 2008). Decreto-Lei n.º


102/2008, introduz alterações ao Código do IVA, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 394-
B/84, de 26 de Dezembro, e ao Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias,
aprovado pelo Decreto -Lei n.º 290/92, de 28 de Dezembro, procedendo à respectiva
republicação. Diário da República, 118, I Série, 20 de Junho.

Ministério das Finanças e da Administração Pública (MFAP, 2009). Decreto


Regulamentar n.º 25/2009, procede à revogação do Decreto Regulamentar n.º 2/90,
aprovando um novo enquadramento jurídico em matéria de depreciações e
amortizações. Diário da República, 178, I Série, 14 de Setembro.

Morais, G. e Martins, I. (2007). Auditoria Interna: Função e Processo. 3.ª ed. Lisboa:
Áreas Editora.

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 138


Relatório de Estágio

Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas (SITOC, 2009a). Código


Comercial. CD de Junho de 2009, edição Digilex.

Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas (SITOC, 2009b). Código do IRC.


CD de Junho de 2009, edição Digilex.

Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas (SITOC, 2009c). Código do IRS.


CD de Junho de 2009, edição Digilex.

Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas (SITOC, 2009d). Código do IVA.


CD de Junho de 2009, edição Digilex.

Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas (SITOC, 2009e). Código das


Sociedades Comerciais. CD de Junho de 2009, edição Digilex.

Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas (SITOC, 2009f). Código do


imposto de Selo. CD de Junho de 2009, edição Digilex.

Soares, C. (2008). Apontamentos de apoio às unidades curriculares de Direito Fiscal e


Fiscalidade I e de Direito Fiscal e Fiscalidade II. Guarda: ESTG.

Tomé, F.J.S. (2009). Apontamentos de apoio às unidades curriculares de Fundamentos


de Economia I e de Fundamentos de Economia II. Guarda: ESTG.

WEB Referências

www.dgci.min-financas.pt

www.ies.gov.pt

www.portaldasfinancas.gov.pt

www.seg-social.pt

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 139


ÍNDICE DE
ANEXOS
Relatório de Estágio

Índice de Anexos

Anexo 1: Plano de Contas da Tintas Compinta, Lda. ...................................... - 143 -


Anexo 2: Compra de Mercadorias no mercado nacional ................................ - 160 -
Anexo 3: Compra de Mercadorias no mercado comunitário .......................... - 162 -
Anexo 4: Compra de Matérias-Primas ............................................................... - 164 -
Anexo 5: Devolução de Mercadorias .................................................................. - 166 -
Anexo 6: Pagamento de Electricidade ............................................................... - 168 -
Anexo 7: Compra de Combustível ...................................................................... - 170 -
Anexo 8: Compra de Ferramenta de desgaste rápido..................................... - 172 -
Anexo 9: Compra de Livros de Guias de Transporte....................................... - 174 -
Anexo 10: Compra de Material de Escritório..................................................... - 176 -
Anexo 11: Compra de Artigos para Oferta ........................................................ - 178 -
Anexo 12: Aluguer de Equipamentos ................................................................. - 180 -
Anexo 13: Pagamento da Renda ........................................................................ - 182 -
Anexo 14: Reparação de Automóvel .................................................................. - 184 -
Anexo 15: Factura de trabalhos especializados ............................................... - 186 -
Anexo 16: Compra de Bem Imobilizado............................................................. - 188 -
Anexo 17: Pagamento de Quotizações .............................................................. - 190 -
Anexo 18: Critério do Grau de Acabamento ..................................................... - 192 -
Anexo 19: Venda de Mercadoria em território nacional .................................. - 194 -
Anexo 20: Mapa de Processamento de Salários ............................................. - 196 -
Anexo 21: Recibos de Vencimentos ................................................................... - 200 -
Anexo 22: Comprovativo do Pagamento por Conta......................................... - 205 -
Anexo 23: Comprovativo do Pagamento Especial por Conta ........................ - 207 -
Anexo 24: Declaração Periódica de IVA ............................................................ - 209 -
Anexo 25: Extracto do Banco da Conta de Depósitos à Ordem ................... - 212 -
Anexo 26: Extracto da Empresa da Conta de Depósitos à Ordem .............. - 215 -
Anexo 27: Reconciliação Bancária ..................................................................... - 217 -
Anexo 28: Balancete de Verificação em 31 de Dezembro de 2008 ............. - 219 -
Anexo 29: Mapa de Amortizações do Imobilizado ........................................... - 221 -
Anexo 30: Balancete Rectificado em 31 de Dezembro de 2008 .................. - 226 -

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Relatório de Estágio

Anexo 31: Balancete de Encerramento em 31 de Dezembro de 2008 ....... - 228 -


Anexo 32: Balancete Final em 31 de Dezembro de 2008............................... - 230 -
Anexo 33: Balanço................................................................................................. - 232 -
Anexo 34: Demonstração de Resultados .......................................................... - 236 -
Anexo 35: Relatório da Gestão ........................................................................... - 238 -
Anexo 36: Modelo 22 de IRC ............................................................................... - 243 -
Anexo 37: Declaração de Informação Empresarial Simplificada (IES) ......... - 248 -
Anexo 38: Modelo 10 de Retenção de Rendimentos ...................................... - 276 -

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Relatório de Estágio

Anexo 1: Plano de Contas da Tintas Compinta, Lda.

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 2: Compra de Mercadorias no mercado nacional

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 3: Compra de Mercadorias no mercado comunitário

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 4: Compra de Matérias-Primas

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Relatório de Estágio

Anexo 5: Devolução de Mercadorias

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Relatório de Estágio

Anexo 6: Pagamento de Electricidade

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Relatório de Estágio

Anexo 7: Compra de Combustível

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Relatório de Estágio

Anexo 8: Compra de Ferramenta de desgaste rápido

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 9: Compra de Livros de Guias de Transporte

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 10: Compra de Material de Escritório

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 11: Compra de Artigos para Oferta

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 12: Aluguer de Equipamentos

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 13: Pagamento da Renda

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 14: Reparação de Automóvel

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 15: Factura de trabalhos especializados

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 186


Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 16: Compra de Bem Imobilizado

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 17: Pagamento de Quotizações

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 18: Critério do Grau de Acabamento

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 192


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 193


Relatório de Estágio

Anexo 19: Venda de Mercadoria em território nacional

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 194


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 195


Relatório de Estágio

Anexo 20: Mapa de Processamento de Salários

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 21: Recibos de Vencimentos

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 202


Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 22: Comprovativo do Pagamento por Conta

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 205


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 206


Relatório de Estágio

Anexo 23: Comprovativo do Pagamento Especial por Conta

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 207


Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 24: Declaração Periódica de IVA

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 209


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 210


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 211


Relatório de Estágio

Anexo 25: Extracto do Banco da Conta de


Depósitos à Ordem

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 212


Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 26: Extracto da Empresa da Conta de


Depósitos à Ordem

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 215


Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 27: Reconciliação Bancária

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 217


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 218


Relatório de Estágio

Anexo 28: Balancete de Verificação em


31 de Dezembro de 2008

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 219


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 220


Relatório de Estágio

Anexo 29: Mapa de Amortizações do Imobilizado

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 221


Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 224


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 225


Relatório de Estágio

Anexo 30: Balancete Rectificado em


31 de Dezembro de 2008

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 226


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 227


Relatório de Estágio

Anexo 31: Balancete de Encerramento em


31 de Dezembro de 2008

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 228


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 229


Relatório de Estágio

Anexo 32: Balancete Final em 31 de Dezembro de 2008

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 230


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 231


Relatório de Estágio

Anexo 33: Balanço

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 232


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 233


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 234


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 235


Relatório de Estágio

Anexo 34: Demonstração de Resultados

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 236


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 237


Relatório de Estágio

Anexo 35: Relatório da Gestão

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Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 239


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Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 242


Relatório de Estágio

Anexo 36: Modelo 22 de IRC

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 243


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 244


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 245


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 246


Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

Anexo 37: Declaração de Informação Empresarial Simplificada


(IES)

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

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Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 274


Relatório de Estágio

© Sandrina Pinheiro Miguel (2009) 275


Relatório de Estágio

Anexo 38: Modelo 10 de Retenção de Rendimentos

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Relatório de Estágio

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

Desenvolvimento do relatório de estágio curricular na área de Contabilidade, ao abrigo


do Protocolo celebrado entre a Escola Superior Tecnologia e Gestão do Instituto
Politécnico da Guarda e a Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas.

Sandrina Pinheiro Miguel,

nº 8060

Aprovado em ______ / ______ / ______

Nota__________

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Períodica
Tintas Compinta, Lda
PLANO CONTAS
Página: 1 / 16

Decl. Anual
Analítica

Decl.
C/C

ME
Conta Descrição Tipo % IVA Reflexão IVA

* 11. CAIXA Tít.


11.1. CAIXA Mov.

* 12. BANCOS Tít.


12.1. BANCO ESPIRITO SANTOS(BES) Mov.

* 13. DEPOSITO A PRAZO Tít.


13.1. BES Mov.
13.2. MONTEPIO Mov.

* 18. OUT APLICAÇÕES DE TESOURARIA Tít.


18.1. BES- TESOURARIA PREMIUM Mov.

* 21. CLIENTES Tít.


* 21.1. CLIENTES C/C Tít.
* 21.1.1. CLIENTES C/C NACIONAIS Tít.
21.1.1.0001. SODECIA Mov.
21.1.1.0002. DOMINGOS JOAO MARTINS Mov.
21.1.1.0003. BEIRATRÊS Mov.
21.1.1.0004. GUARDA CIDADE DESPORTO Mov.
21.1.1.0005. JOAQUIM SANTOS MARTINS SILVA Mov.
21.1.1.0006. VALORIZAPNEUS-RECOLHA E TRIAGEM DE PNEUS Mov.
21.1.1.0007. JOAQUIM SANTOS Mov.
21.1.1.0008. VASCO DUARTE Mov.
21.1.1.0009. CONSTRUÇÕES JORGE SEBASTIÃO Mov.
21.1.1.0010. MARIA ADELAIDE MORGADO FERREIRA Mov.
21.1.1.0011. J.ANTUNES E GASPAR Mov.
21.1.1.0012. CONSTRUÇÕES FALUPO-SOC CONT,SA Mov.
21.1.1.0013. SERGIO AUGUSTO MONTEIRO PEREIRA Mov.
21.1.1.0014. LUCIANO MANUEL ANTUNES PISSARRA Mov.
21.1.1.0015. SANTA CASA MISERICORDIA DA GUARDA Mov.
21.1.1.0016. VITOR PINA Mov.
21.1.1.0017. LUCINEVES Mov.
21.1.1.0018. MAQUISUSI Mov.
21.1.1.0019. CASIMIRO LOPES Mov.
21.1.1.0020. MANUEL VICENTE Mov.
21.1.1.0021. JOAQUIM CORREIA E JOSE RODRIGUES Mov.
21.1.1.0022. MARIO BATISTA Mov.
21.1.1.0023. MANUEL BERNARDO GONÇALVES Mov.
21.1.1.0024. ANTONIO PAIS Mov.
21.1.1.0025. CONSTRUOBRA Mov.
21.1.1.0026. JOAQUIM ANTONIO LOPES CONSTRUÇÕES Mov.
21.1.1.0027. JOSE MONTEIRO DA FONSECA Mov.
21.1.1.0028. MATOS & PRATA,LDA Mov.
21.1.1.0029. SOC IMOBILIÁRIA DA PONTE Mov.
21.1.1.0030. JOSÉ ANTONIO AVILA Mov.
21.1.1.0031. PAULO JORGE CORREIA, CONST ,LDA Mov.
21.1.1.0032. X COISAS UNIPESSOAL,LDA Mov.
21.1.1.0033. EDMUNDO PEREIRA MARQUES Mov.
21.1.1.0034. LUIS RAIMUNDO DOS SANTOS Mov.
21.1.1.0035. ARMANDO JOSÉ QUINTANEIRO Mov.
21.1.1.0036. MINITRAPOS Mov.
21.1.1.0037. CONST LOURENÇO Mov.
21.1.1.0038. QUADRO HOTEIS- ADM DE HOTEIS,LDA Mov.
21.1.1.0039. PAULA ALEXANDRA GOMES DOS SANTOS Mov.
21.1.1.0040. ROQUEGEST,LDA Mov.
21.1.1.0041. HOSPITAL SOUSA MARTINS Mov.
21.1.1.0042. LUIS MANUEL MATIAS SILVA Mov.
21.1.1.0043. BEIRA RURAL,SA Mov.
21.1.1.0044. ALBERTO JOSE PINHEIRO GONÇALVES Mov.

Continua...
PLANO CONTAS

Períodica
Tintas Compinta, Lda

Página: 2 / 16

Decl. Anual
Analítica

Decl.
C/C

ME
Conta Descrição Tipo % IVAReflexão IVA
21.1.1.0045. ESQUADRIAS DA GUARDA Mov.
21.1.1.0046. ANTONIO CARLOS DIAS JUNIOR Mov.
21.1.1.0047. AFONSO GONÇALVES MONTEIRO Mov.
21.1.1.0048. OPTICAS LINCE,SA Mov.
21.1.1.0049. ANTÓNIO ALEIXO CRUZ Mov.
21.1.1.0050. BEIRANOX Mov.
21.1.1.0051. EGITECNICA Mov.
21.1.1.0052. JOAQUIM COELHO MARTINS Mov.
21.1.1.0053. JOSÉ ANTONIO PEREIRA Mov.
21.1.1.0054. ANTONIO GUEDES RIBEIRO Mov.
21.1.1.0055. JOSÉ NORBERTO SOARES Mov.
21.1.1.0056. CARLOS AQUINO MONTEIRO Mov.
21.1.1.0057. O PATUSCO Mov.
21.1.1.0058. SERGIO LOURENÇO MORGADO Mov.
21.1.1.0059. GRILO GAMA UNIPESSOAL Mov.
21.1.1.0060. EGICONSTRUÇÕES Mov.
21.1.1.0061. CARLOS MANUEL GONÇALVES NUNES Mov.
21.1.1.0062. ORLINDO COSTA VALE E FILHOS Mov.
21.1.1.0063. RESIDENCIAL BEIRA SERRA DE ANTONIO SANTOS Mov.
21.1.1.0064. JOAQUIM ARMANDO SIMÃO ANTUNES Mov.
21.1.1.0065. MANUEL QUIRINO Mov.
21.1.1.0066. MANUEL TEIXEIRA Mov.
21.1.1.0067. LUIS DE MATOS Mov.
21.1.1.0068. PEDRO MIGUEL G MENDES Mov.
21.1.1.0069. PROSALIS Mov.
21.1.1.0070. MANUEL SOARES CABRAL Mov.
21.1.1.0071. ALBINO AUGUSTO MONTEIRO LOPES Mov.
21.1.1.0072. MANUEL PONTE Mov.
21.1.1.0073. PAULO AGOSTINHO BATISTA LOPES Mov.
21.1.1.0074. ANTONIO PAULO SILVA Mov.
21.1.1.0075. ANTONIO CERCA Mov.
21.1.1.0076. TEX -TRNSP ENCOM EXPRESSO Mov.
21.1.1.0077. ANTONIO FERREIRA Mov.
21.1.1.0078. CONSTROPE Mov.
21.1.1.0079. antónio oliveira Mov.
21.1.1.0080. FRANCELINA DA CUNHA NUNES Mov.
21.1.1.0081. CARLA MARIA GUERREIRO MENDONÇA Mov.
21.1.1.0082. AMBIBEIRAS Mov.
21.1.1.0083. PAULO SANTOS Mov.
21.1.1.0084. MARIA JOSÉ COSTA ALVANÉ ASCENSÃO Mov.
21.1.1.0085. JOÃO MANUEL FRADE PINA Mov.
21.1.1.0086. SNACK BAR BOCA CHEIA Mov.
21.1.1.0087. CONST SARAIVA E AMORIM Mov.
21.1.1.0088. MARIA DULCE REIS GONÇALVES ELVAS QUADRADO Mov.
21.1.1.0089. MANUEL ANTÓNIO PINHO DE MELO Mov.
21.1.1.0090. ESTILUSMIX-DECORAÇÃO E REMODELAÇÃO,DA Mov.
21.1.1.0091. JOSÉ MANUEL DIAS MONTEIRO Mov.
21.1.1.0092. RESTAURANTE CIDALIA Mov.
21.1.1.0093. PAULO & RICARDO REBELOS,LDA Mov.
21.1.1.0094. OIT- TRANSPORTES INTERNACIONAIS,LDA Mov.
21.1.1.0095. DANIEL & AMANDIO,LDA Mov.
21.1.1.0096. ORLINDO SANTOS Mov.
21.1.1.0097. MANUEL JOAQUIM PIRES Mov.
21.1.1.0098. JOAQUIM PEREIRA GRILO Mov.
21.1.1.0099. CONDOMINIO LOTE E3 Mov.
21.1.1.0100. CLIENTES DIVERSOS SDO ABERTURA 2006 Mov.
21.1.1.0101. MANUEL JOAQUIM PIRES Mov.

Continua...
Períodica
Tintas Compinta, Lda PLANO CONTAS
Página: 3 / 16

Decl. Anual
Analítica

Decl.
C/C

ME
Conta Descrição Tipo % IVAReflexão IVA
21.1.1.0102. CARGOMES- TRANSP NACIONAIS E INTERNAC. Mov.
21.1.1.0103. JOAQUIM PEDRO COSTA,LDA Mov.
21.1.1.0104. AUGUSTO BATISTA Mov.
21.1.1.0105. PEDRO ALMEIDA Mov.
21.1.1.0106. CONSTRUÇÕES C JESUS UNIPESSOAL,LDA Mov.
21.1.1.0107. EUGÉNIO NABUEL PRATA SOUSA Mov.
21.1.1.0108. ANTONIO JOSÉ MADEIRA MARQUES Mov.
21.1.1.0109. C.M.E. - LISBOA Mov.
21.1.1.0110. ANTÓNIO ABRANTES DA COSTA Mov.
21.1.1.0111. AIDA SANCHES GOMES Mov.
21.1.1.0112. SILDECONST- CONST E OBRAS PUBLICAS,LDA Mov.
21.1.1.0113. CONSTRUÇÕES VIMAR Mov.
21.1.1.0114. ALIPIO DOS SANTOS GONÇALVES Mov.
21.1.1.0115. PNGNEVIS Mov.
21.1.1.0116. GRACIETE Mov.
21.1.1.0117. FRANCISCO ALVES GASPAR Mov.
21.1.1.0118. VITOR MANUEL SANTOS Mov.
21.1.1.0119. MARIA FERNANDA SARAIVA Mov.
21.1.1.0120. JOAQUIM DUARTE ESTEVES Mov.
21.1.1.0121. CONSTRUÇÕES VILAR PINHEIRO Mov.
21.1.1.0122. MATERDOMOS Mov.
21.1.1.0123. JOSE AGOSTINHO Mov.
21.1.1.0124. JOSE ALBERTO FERNANDES, LDA Mov.
21.1.1.0125. RESTAURANTE CHINES OU XIANG Mov.
21.1.1.0126. P.D.M.-CONSTRUÇÃO CIVIL Mov.
21.1.1.0127. JACINTO PEREIRA Mov.
21.1.1.0128. ANTONIO FERNANDES PINA Mov.
21.1.1.0129. JOSE MADEIRA Mov.
21.1.1.0130. JOSÉ ANTÓNIO AVILA Mov.
21.1.1.0131. ISABEL B T ANDRADE Mov.
21.1.1.0132. AMILCAR SIMÃO E SANTOS, LDA Mov.
21.1.1.0133. ALVARO MARTINS SILVA Mov.
21.1.1.0134. EGICHINA-COMERCIO ART. CHI, LDA Mov.
21.1.1.0135. ARMANDO VICENTE DOS SANTOS Mov.
21.1.1.0136. CARLOS ALVES Mov.
21.1.1.0137. PEDRO RAFAEL RELVAS Mov.
21.1.1.0138. CALIFORNIA RESTAURANTES, LDA Mov.
21.1.1.0139. ZELIA MARIA ALVES Mov.
21.1.1.0140. CARLOS SANTOS ALVES Mov.
21.1.1.0141. FREGUESIA DA FAIA Mov.
21.1.1.0142. FAUSTO MONTEIRO Mov.
21.1.1.0143. JOAO MIGUEL ALVES PINHEIRO Mov.
21.1.1.0144. MARGARIDA GONÇ BERNARDO Mov.
21.1.1.0145. MARIO GONÇALVES PISSARRA Mov.
21.1.1.0146. PAULO MONTEITO POÇO Mov.
21.1.1.0147. MARIA CONCEIÇÃO M. FERR. ROCHA Mov.
21.1.1.0148. FERNANDO GARCIA CABRAL Mov.
21.1.1.0149. JOSE MARQUES BERNARDINO Mov.
21.1.1.0150. MALTA INDUSTRIAL Mov.
21.1.1.0151. ARMANDO J.J. VILAR( CAFÉ PINHEIRO) Mov.
21.1.1.0152. LUICILIA FERNANDES JANELAS Mov.
21.1.1.0153. TECNICOA Mov.
21.1.1.0154. OLI-SERVICE Mov.
21.1.1.0155. CARLOS ALBERTO MORGAFO GOMES Mov.
21.1.1.0156. CAROLINA MARIA PIRES COUTINHO Mov.
21.1.1.0157. ESCOLA SEC Nº 3 CEB DA SÉ Mov.
21.1.1.0158. ARLINDO MANUEL DOS SANTOS Mov.
21.1.1.0159. JOSE JOAQUIM PAIXAO ALVES Mov.
21.1.1.0160. JOSÉ MARQUES MATIAS Mov.
21.1.1.0161. VITOR MANUEL AUGUSTO GOMES Mov.
21.1.1.0162. JOSÉ CARVALHO Mov.
21.1.1.0163. ANIBAL SANTOS Mov.
21.1.1.0164. ALVANDRALVES Mov.
21.1.1.0165. SUSANA MARISA GOMES FRAGOSO Mov.
Continua...
Períodica
Tintas Compinta, Lda PLANO CONTAS
Página: 4 / 16

Decl. Anual
Analítica

Decl.
C/C

ME
Conta Descrição Tipo % IVAReflexão IVA
21.1.1.0166. SILÊNCIO INTERIOR Mov.
21.1.1.0167. JOSÉ FERREIRA JULIO Mov.
21.1.1.0168. ARMANDO PAULO MARQUES Mov.
21.1.1.0169. MARIA MARUES TAVARES Mov.
21.1.1.0170. DOMINGUES MANUEL GONÇALVES MALHADAS Mov.
21.1.1.0171. ANTONIO ALVES PINA Mov.
21.1.1.0172. SARA ANDREIA MADEIRA Mov.
21.1.1.0173. LUIS JOSE COELHO Mov.
21.1.1.0174. ARMANDO MARQUES Mov.
21.1.1.0175. ORLANDO OLIVEIRA MESQUITA Mov.
21.1.1.0176. JOSE PISSARRA DA FONSECA Mov.
21.1.1.0177. MIGUEL MARQUES MATIAS Mov.
21.1.1.0178. DECORSEL - JORGE MANUEL MARTINS PINHEIRO Mov.
21.1.1.0179. MARIO TELES GONÇALVES Mov.
21.1.1.0180. JOAO CUNHA ESTEVES Mov.
21.1.1.0181. PEDRO MIGUEL SANTOS Mov.
21.1.1.0182. JOAO DO NASCIMENTO NUNES Mov.
21.1.1.0183. JOSEFINA MATIAS TEIX.ARAUJO Mov.
21.1.1.0184. JOSE MATEUS Mov.
21.1.1.0185. MARIO RITO Mov.
21.1.1.0186. HELDER SEBASTIÃO Mov.
21.1.1.0187. CASIMIRO MARQUES Mov.
21.1.1.0188. SONIA PIRES Mov.
21.1.1.0189. ARLINDO PEDRO Mov.
21.1.1.0190. LURDES MOCHO Mov.
21.1.1.0191. CONDOMINIO LT C01C Mov.
21.1.1.0192. FATIMA JESUS FARIAS ESTEVES O PIPAS Mov.
21.1.1.0193. MARIA FATIMA VARELA DA CRUZ Mov.
21.1.1.0194. CARLOS MANUEL RAMOS CONTES Mov.
21.1.1.0195. EDO-CONSTRUÇÕES SA Mov.
21.1.1.0196. CONSTRUÇÕES JAIME MENDO SOC. UNIP, LDA Mov.
21.1.1.0197. HENRIQUE JOSÉ FERREIRA MARTINS Mov.
21.1.1.0198. CRISTOVÃO SAMUEL S SANTOS Mov.
21.1.1.0199. FUNERÁRIA GUARDENSE Mov.
21.1.1.0200. BARBOT Mov.
21.1.1.0201. ARMANDO TAVARES SUSANA Mov.
21.1.1.0202. ARQ SALETE MARQ UNIP, LDA Mov.
21.1.1.0203. CONSTRUÇÕES GUARDAMAR Mov.
21.1.1.0204. ANTONIO JOSE PINHEIRO Mov.
21.1.1.0205. PAULO MAURICIO B VARGES Mov.
21.1.1.0206. CARLOS CABRAL Mov.
21.1.1.0207. RICARDO ANTONIO ALMEIDA Mov.
21.1.1.0208. FERNANDO ANTONIO S GOUVEIA Mov.
21.1.1.0209. MANUEL CUNHA GONÇALVES Mov.
21.1.1.0210. CARLOS FERREIRA Mov.
21.1.1.0211. PERALTA E PERALTA Mov.
21.1.1.0212. CARLOS ALBERTO CRUZ SANTOS Mov.
21.1.1.0213. EGIHABITAR Mov.
21.1.1.0214. CARLOS COSTA Mov.
21.1.1.0215. CARLOS PROENÇA Mov.
21.1.1.0216. EGISSUMOS, LDA. Mov.
21.1.1.0217. DEAL POINT, LDA. Mov.
21.1.1.0218. MARIA LURDES COSTA Mov.
21.1.1.0219. JOSE FEIO Mov.
21.1.1.0220. MANUEL SANTOS BARAÇA Mov.
21.1.1.0221. CONDOMINIO NªSRªREMEDIOS Mov.
21.1.1.0222. HOTEL STª EUFEMIA Mov.
21.1.1.0223. ABEL ANTÓNIO CORREIA PIRES Mov.
21.1.1.0224. MIGUEL & AMELIO CONST., LDA Mov.
21.1.1.0225. MARIA TERESA F PASSOS RODRIGUES Mov.
21.1.1.0226. RAFAEL FRANCISCO GONÇALVES Mov.
21.1.1.0227. JOSE AUGUSTO MARTINS PISSARRA Mov.
21.1.1.0228. RESTAURANTE O GALEGO Mov.
Continua...
Tintas Compinta, Lda PLANO CONTAS
Períodica
Página: 5 / 16

Decl. Anual
Analítica

Decl.
C/C

ME
Conta Descrição Tipo % IVAReflexão IVA
21.1.1.0229. JOSE COELHO Mov.
21.1.1.0230. JOSE PEREIRA Mov.
21.1.1.0231. CARMAD LDA. Mov.
21.1.1.0232. ANTº. JORGE RODRIGUES Mov.
21.1.1.0233. TIAGO SANTOS COSTA Mov.
21.1.1.0234. J.VARELA, LDA. Mov.
21.1.1.0235. REVIGRES LDA. Mov.
21.1.1.0236. EGIASSISTE Mov.
21.1.1.0237. EGICAR, LDA. Mov.
21.1.1.0238. JOAO OSCAR RODRIGUES LDA. Mov.
21.1.1.0239. DAVID ALBUQUERQUE Mov.
21.1.1.0240. FATIMA TERRAS Mov.
21.1.1.0241. ALCIMENA LDA. Mov.
21.1.1.0242. FERNANDO JOSE SIMAO Mov.
21.1.1.0243. LUIS MANUEL MONTEIRO PEREIRA Mov.
21.1.1.0244. VIRGINIA PIRES Mov.
21.1.1.0245. JOSE LUIS MARTINS SERRA Mov.
21.1.1.0246. PAULO VARGES Mov.
21.1.1.0247. HATAS BAR RESTAURANTE Mov.
21.1.1.0248. SÁ PINTO LDA.- Mov.
21.1.1.0249. MANUEL JESUS PINHEIRO Mov.
21.1.1.0250. EGICRIL, LDA. Mov.
21.1.1.0251. ANTONIO GARCIA S.A. Mov.
21.1.1.0252. LEONEL CARLOS DOS SANTOS Mov.
21.1.1.0253. ANTONIO PINHEL Mov.
21.1.1.0254. JULIO TRINDADE SOC. UNIP.LDA. Mov.
21.1.1.0255. CONSTRUÇÕES SARAIVA COUTINHO LDA. Mov.
21.1.1.0256. NUNO RICARDO BRITES RAMOS Mov.
21.1.1.0257. DOMINGOS ESTEVES Mov.
21.1.1.0258. RICARDO MONTEIRO DIAS Mov.
21.1.1.0259. ALEXANDRA GONÇALVES COSTA Mov.
* 21.1.1.0260. MARIA VERGINIA PEREIRA Mov.

* 21.1.2. CLIENTES C/C COMUNITÁRIOS Tít.

* 21.1.3. CLIENTES C/C ESTRANGEIROS Tít.

* 21.2. CLIENTES C/ LETRAS Tít.

* 21.4. DESCONTO DE TITULOS Tít.

* 22. FORNECEDORES Tít.

* 22.1. FORNECEDORES C/C Tít.


* 22.1.1. FORNECEDORES C/C NACIONAIS Tít.
22.1.1.0001. APOSTA FINAL Mov.
22.1.1.0002. CIN,SA Mov.
22.1.1.0003. DOMINGOS ALVES DA SILVA Mov.
22.1.1.0004. DYRUP Mov.
22.1.1.0005. EGICRIL Mov.
22.1.1.0006. GARPINTEXM,LDA Mov.
22.1.1.0007. JARDIM & CORREIA,LDA Mov.
22.1.1.0008. LUGAR DO PINTOR Mov.
22.1.1.0009. PALNORTE,LDA Mov.
22.1.1.0010. REVEST.FIGUEIREDO Mov.
22.1.1.0011. GESSIMOLDE Mov.
22.1.1.0012. MARMORARIA SANTOS Mov.
22.1.1.0013. TRANSREBOCO,LDA Mov.
22.1.1.0014. TINTAS BARBOT Mov.
22.1.1.0015. WEBER CIMENTIX Mov.
22.1.1.0016. MAFGARE,LDA Mov.
22.1.1.0017. MARITO TINTAS Mov.
22.1.1.0018. FRACECOLOR Mov.
22.1.1.0019. LEAL & LEAL,LDA Mov.
22.1.1.0020. FRANCECHIMIE-PROD QUIMICOS Mov.
Continua...
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C/C

ME
Conta Descrição Tipo % IVAReflexão IVA
22.1.1.0021. SOLUÇÃO QUIMICA,LDA Mov.
22.1.1.0022. CIVILTEC,LDA Mov.
22.1.1.0023. SANCHES FILIPE & MAROCO,LDA Mov.
22.1.1.0024. SOCNACI Mov.
22.1.1.0025. FINICLASSE 2000 Mov.
22.1.1.0026. CUNHA GOMES -MAT CONST Mov.
22.1.1.0027. SERRACENTRO Mov.
22.1.1.0028. AUTO GARAGEM ALEGRIA Mov.
22.1.1.0029. MATOS E PRATA Mov.
22.1.1.0030. WURTH PORTUGAL Mov.
22.1.1.0031. RADIO F Mov.
22.1.1.0032. ANIBAL PIRES,LDA Mov.
22.1.1.0033. CHEM PLUS,LDA Mov.
22.1.1.0034. ACCES IND PORTUGAL,LDA Mov.
22.1.1.0035. VICTOR RAFAEL DE BASTOS Mov.
22.1.1.0036. JOSÉ AUGUSTO DE SOUSA E FILHO,LDA Mov.
22.1.1.0037. M.S.MENDONÇA Mov.
22.1.1.0038. LUIS RAIMUNDO DOS SANTOS Mov.
22.1.1.0039. BEIRANOX Mov.
22.1.1.0040. CASA GOMES Mov.
22.1.1.0041. MASTERDOMOS Mov.
22.1.1.0042. METALTINTAS Mov.
22.1.1.0043. TEXSA Mov.
22.1.1.0044. EGITECNICA ,SA Mov.
22.1.1.0046. ANTONIO ALFREDO SOUSA DE BRITO Mov.
22.1.1.0047. MATERJOCA Mov.
22.1.1.0048. JOAQUIM JOSE PIRES GONÇALVES Mov.
22.1.1.0049. NECAQUIMICA Mov.
22.1.1.0050. DROGARIA TERMINAL Mov.
22.1.1.0051. INCOTIN Mov.
22.1.1.0052. LABO PORTUGAL Mov.
22.1.1.0053. VIDROFUSO Mov.
22.1.1.0054. ESTORES DO MILEU Mov.
22.1.1.0056. PROTEC Mov.
22.1.1.0057. PAULO JORGE A REIS Mov.
22.1.1.0058. INCOVECA GRANITOS S.A. Mov.
22.1.1.0099. DIVERSOS ANOS ANT Mov.

* 22.1.2. FORNECEDORES C/C COMUNITÁRIOS Tít.


22.1.2.0001. AKZO NOBEL Mov.

* 22.1.3. FORNECEDORES C/C ESTRANGEIROS Tít.

* 22.2. FORNECEDORES C/TITULOS A PAGAR Tít.


22.2.0001. GARPINTEX Mov.

* 22.3. FORNECEDORES CH. P.DATADOS Tít.


22.3.0001. GARPINTEX Mov.
22.3.0002. JARDIM & CORREIA Mov.
22.3.0014. TINTAS BARBOT Mov.

* 23. EMPRESTIMOS OBTIDOS Tít.


* 23.1. EMPRESTIMOS BANCARIOS Tít.
* 23.1.1. EMPRESTIMO BANCÁRIO C/PRAZO Tít.
23.1.1.1. CONTA CAUCIONADA BES17531007 Mov.

* 23.2. EMPRESTIMOS POR OBRIGACAO Tít.

* 23.9. OUTROS EMPRESTIMOS OBTIDOS Tít.

* 24. ESTADO E OUTROS ENTES PUBLICOS Tít.

* 24.1. IMPOSTO S/O RENDIMENTO Tít.


24.1.1. PAGAMENTOS POR CONTA DO IRC Mov.
Continua...
Tintas Compinta, Lda PLANO CONTAS
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Decl.
C/C

ME
Conta Descrição Tipo % IVAReflexão IVA
* 24.1.2. RETENÇÕES NA FONTE Tít.
24.1.2.1. R F REND CAPITAIS Mov.

24.1.3. IMPOSTO ESTIMADO Mov.

* 24.1.4. PAG ESP P CONTA Tít.


24.1.4.1. PEC 2005 Mov.
24.1.4.2. PEC 2006 Mov.
24.1.4.3. PEC 2007 Mov.
24.1.4.4. PEC 2008 Mov.
24.1.4.5. PEC 2009 Mov.

24.1.5. IRC A PAGAR Mov.

* 24.2. RETENCAO DE IMP.S/RENDIMENTOS Tít.


24.2.1. TRABALHO DEPENDENTE Mov.
24.2.2. TRABALHO INDEPENDENTE Mov.

* 24.3. IMPOSTO S/O VALOR ACRESCENTADO Tít.


* 24.3.1. IVA - SUPORTADO
* 24.3.2. IVA - DEDUTIVEL Tít.
* 24.3.2.1. EXISTENCIAS Tít.
* 24.3.2.1.1. AQUISICAO TERRITORIO NACIONAL Tít.
24.3.2.1.1.1. TAXA REDUZIDA Mov. 5 21 L45
24.3.2.1.1.2. TAXA NORMAL Mov. 20 22 L47

* 24.3.2.1.2. AQUISICOES PAISES COMUNITARIOS Tít.


24.3.2.1.2.2. TAXA NORMAL Mov. 20 22 L47

* 24.3.2.1.3. AQUISICAO PAISES TERCEIROS Tít.


24.3.2.1.3.2. TAXA NORMAL Mov. 20 22 L47

* 24.3.2.2. IMOBILIZADO Tít.


24.3.2.2.12. TAXA NORMAL Mov. 20 20 L50

* 24.3.2.3. OUTROS BENS E SERVICOS Tít.


* 24.3.2.3.1. AQUISICAO TERRITORIO NACIONAL Tít.
24.3.2.3.1.1. TAXA REDUZIDA Mov. 5 24 L51
24.3.2.3.1.2. TAXA NORMAL Mov. 20 24 L53
24.3.2.3.1.99. IVA DEDUTIVEL (GASOLEO) Mov. 24 L53

* 24.3.3. IVA - LIQUIDADO Tít.


* 24.3.3.1. OPERACOES GERAIS Tít.
* 24.3.3.1.1. TRANS.INTERNAS BENS E SERVICOS Tít.
24.3.3.1.1.2. TAXA NORMAL Mov. 20 4 L47

* 24.3.3.1.2. AQUISICOES INTRACOMUNITARIAS Tít.


24.3.3.1.2.2. TAXA NORMAL Mov. 20 11 L47

* 24.3.4. IVA REGULARIZACOES Tít.


* 24.3.4.1. MENSAIS (OU TRIM.) FAV.EMPRESA Tít.
24.3.4.1.1. REG P/DESC ABAT EM VENDAS Mov. 20 40
24.3.4.1.2. REG.P/DEVOLUCAO DE CLIENTES Mov. 40 L47

* 24.3.4.2. MENSAIS(OU TRIM.)A FAV.ESTADO Tít.


24.3.4.2.2. P/DEVOLUCOES A FORNECEDORES Mov. 41 L47
24.3.4.2.3. P/DESC.E ABATIMENTOS OBTIDOS Mov. 41 L47
24.3.4.2.4. P/ERRO/OMISSAO APUR IVA Mov. 41 L47
24.3.4.2.5. OUTROS Mov. 20 41

* 24.3.5. IVA - APURAMENTO Tít.


24.3.5.1. RESULTANTE APURAMENTO NORMAL Mov.

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Decl. Anual
Analítica

Decl.
C/C

ME
Conta Descrição Tipo % IVAReflexão IVA
* 24.3.6. IVA - A PAGAR Tít.
24.3.6.1. RESULTANTE APURAMENTO NORMAL Mov.

* 24.3.7. IVA - A RECUPERAR Tít.


24.3.7.1. RESULTANTE APURAMENTO NORMAL Mov. 61

* 24.4. RESTANTES IMPOSTOS Tít.


24.4.1. IMPOSTO DE SELO Mov.
24.4.2. PAG PREST CONTAS Mov.

24.5. CONTRIBUIC.P/SEGURANCA SOCIAL Mov.


24.51. ORDENADO GERENCIA Mov.
24.52. ORDENADOS PESSOAL Mov.

* 25. ACCIONISTAS (SOCIOS) Tít.


* 25.51. EMPRESTIMOS Tít.
25.51.1. SOCIO X Mov.

* 26. OUTROS DEVEDORES E CREDORES Tít.


* 26.1. FORNECEDORES IMOBILIZADO Tít.
* 26.1.1. FORN. IMOB. C/C Tít.
* 26.1.1.1. FORN. IMOB C/C NACIONAIS Tít.
26.1.1.1.0001. IMPERIUM -VITOR A.C.SILVA Mov.
26.1.1.1.0002. FINICLASSE 2000 Mov.
26.1.1.1.0003. ARMINDA MADEIRA Mov.
26.1.1.1.0004. HIGILIQUIDOS Mov.
26.1.1.1.0005. WURTH PORTUGAL Mov.
26.1.1.1.0006. GARAGEM D.JOSÉ Mov.
26.1.1.1.0007. GARAGEM D.JOSÉ Mov. S
26.1.1.1.0008. MANOBIT INFORMÁTICA Mov.
26.1.1.1.0009. ANTONIO BRITO - REPRESENTAÇÕES Mov.
26.1.1.1.0010. J.G.PHONES, UNIP.LDA. Mov.
26.1.1.1.0011. DROGARIA TERMINAL Mov.
26.1.1.1.0012. CLIMACOLD 2008, LDA. Mov.
26.1.1.1.0013. I-LINK PCOELHO INFORMÁTICA UNIP.LDA. Mov.

* 26.1.1.2. FORN. IMOB. C/C COMUNITARIOS Tít.

* 26.1.1.3. FORN. IMOB. C/C ESTRANGEIROS Tít.

* 26.2. REMUNERAÇÕES A PAGAR Tít.


26.2.1. REM A PAGAR GERENCIA Mov.
26.2.2. REM A PAGAR PESSOAL Mov.

* 26.3. SINDICATOS Tít.


26.3.1. SINDICATO X Mov.

* 26.7. CONSULTORES/ACESSORES E INTERMEDIÁRIOS Tít.


26.7.0001. EDUARDO F. BERNARDO ADVOG Mov.

* 26.8. DEVEDORES E CREDORES DIVERSOS Tít.


* 26.8.1. OUTROS DEVEDORES Tít.
26.8.1.0001. IVA A REGULARIZAR Mov.
26.8.1.001. ORLINDO COSTA VALE (SENHORIO) Mov.

* 26.8.5. CREDORES DIVERSOS Tít.


26.8.5.0001. ROQUEGEST Mov.
26.8.5.0002. M.S. MENDONÇA Mov.
26.8.5.0003. FINICLASSE 2000 Mov.
26.8.5.0004. TIPOGRAFIA ARTHIPOL Mov.
26.8.5.0005. RUI MIGUEL HENRIQUE RIBEIRO Mov.
26.8.5.0006. TRANSREBOCO Mov.

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Decl. Anual
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Decl.
C/C

ME
Conta Descrição Tipo % IVAReflexão IVA
26.8.5.0007. EGIPNEUS Mov.
26.8.5.0008. EGIELECTROPINTO Mov.
26.8.5.0009. JOSÉ MANUEL PINHEIRO SANTOS Mov.
26.8.5.0010. GARAGEM D.JOSÉ Mov.
26.8.5.0011. JOSÉ ALBERTO ANTUNES Mov.
26.8.5.0012. RUBETE-EQUIP INDUSTRIAIS,S.A. Mov.
26.8.5.0013. TERRAS DA BEIRA Mov.
26.8.5.0014. EGIPOWER -REPARAÇÃO AUTO,LDA Mov.
26.8.5.0015. EXPRESSMED Mov.
26.8.5.0016. RENDAS EDIFICIO EGITINTAS Mov.
26.8.5.0017. CARLOS AUGUSTO LEMOS LIMA-160342112 Mov.
26.8.5.0018. PAULO JORGE RIBEIRO SEBASTIÃO-208832793 Mov.
26.8.5.0019. ORLINDO COSTA -SENHORIO Mov.
26.8.5.0020. VODAFONE Mov.
26.8.5.0021. ERGOFIRE, LDA Mov.
26.8.5.0022. GAM VIASOLO-ALUGUER EQUIP. Mov.
26.8.5.0023. ASS.BOMBEIROS VOLUNT.EGITANIENSES Mov.
26.8.5.0024. CONGAL Mov.
26.8.5.0025. COVIPNEUS Mov.
26.8.5.0026. INFORTECNICA Mov.
26.8.5.0027. NIPOARTE Mov.
26.8.5.0028. ELIS Mov.
26.8.5.0029. IRALDISTRIBUIÇÃO Mov.
26.8.5.0030. IPG Mov.
26.8.5.0031. PÁGINAS VERDES Mov.

* 27. ACRESCIMOS DE CUSTOS Tít.


* 27.1. ACRESCIMOS DE PROVEITOS Tít.
27.1.1. JUROS A RECEBER Mov.
27.1.9. OUT ACREC PROVEITOS Mov.

* 27.2. CUSTOS DIFERIDOS Tít.


27.2.8. OUT CUSTOS DIFERIDOS Mov.
27.2.9. SEGUROS Mov.

* 27.3. ACRESCIMOS DE CUSTOS Tít.


27.3.2. REMUNERACOES A LIQUIDAR Mov.
27.3.9. OUT ACRESCIMOS CUSTOS Mov.

* 31. COMPRAS Tít.


* 31.2. MERCADORIAS Tít.

* 31.2.1. AQUISICOES NO MERCADO NACIONAL Tít.


31.2.1.1. MERCADORIAS 5% Mov. 5 2432111 L20
31.2.1.2. MERCADORIAS 20% Mov. 20 2432112 L20
31.2.1.3. MERCADORIAS ISENTAS Mov.

* 31.2.2. AQUISICOES PAISES COMUNITARIOS Tít.


31.2.2.2. CMPS M INT TX NORMAL Mov. 10

* 31.2.3. AQUISICOES EM PAISES TERCEIROS Tít.

* 31.6. MAT. PRIMAS, SUB E CONSUMO Tít.

* 31.6.2. MATERIAS SUBSIDIARIAS Tít.


31.6.2.1. MAT SUBSIDIARIAS TX 5% Mov.
31.6.2.2. MAT SUBSIDIARIAS TX 20% Mov. 20 2432112

* 31.7. DEVOLUCAO DE COMPRAS Tít.

* 31.7.1. DEV COMPRAS-MERC NACIONAL Tít.


31.7.1.1. DEV COMPRAS M.N. IVA TX NORMAL Mov.

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C/C

ME
Conta Descrição Tipo % IVAReflexão IVA
* 31.7.2. AQUISICOES PAISE COMUNITARIOS Tít.
* 31.7.2.1. COM IVA DEDUTIVEL Tít.
31.7.2.1.0. ISENTO Mov. L21
31.7.2.1.2. TAXA NORMAL Mov. 19 2432112 L20

* 31.7.3. AQUISICOES EM PAISES TERCEIROS Tít.


* 31.7.3.1. COM IVA DEDUTIVEL Tít.
* 31.7.3.1.2. TAXA NORMAL Mov. 19 2432132 L20

* 31.8. DESCONTOS E ABAT. EM COMPRAS Tít.


* 31.8.1. AQUISICOES NO MERCADO NACIONAL Tít.
* 31.8.1.1. COM IVA DEDUTIVEL Tít. L20
31.8.1.1.2. TAXA NORMAL Mov. 20 243423
31.8.1.1.3. ISENTOS Mov.
31.8.1.2. RAPPEL S/REG IVA Mov.

* 31.8.2. AQUISICOES PAISES COMUNITARIOS Tít.


* 31.8.2.1. COM IVA DEDUTIVEL Tít.
31.8.2.1.2. TAXA NORMAL Mov. 19 2432122 L20

* 31.8.3. AQUISICOES EM PAISES TERCEIROS Tít.


* 31.8.3.1. COM IVA DEDUTIVEL Tít.

* 32. MERCADORIAS Tít.


* 32.1. MERCADORIS NACIONAIS Tít.
32.1.1. EXISTENCIAS FINAIS/INICIAIS Mov.

* 32.2. MERCADORIAS INTRACOMUNITARIAS Tít.

* 32.6. MERCADORIAS EM PODER TERCEIROS Tít.


* 32.6.1. MERCADORIAS NACIONAIS Tít.
32.6.1.2. TAXA NORMAL Mov. 19 2432112 L20

* 32.6.2. MERCADORIAS INTRACOMUNITARIAS Tít.

* 32.6.3. MERCADORIAS DE PAISES TERCEIRS Tít.


32.6.3.2. TAXA NORMAL Mov. 19 2432132 L20

* 35. PRODUTOS E TRABALHOS EM CURSO Tít.


35.1. TRABALHOS EM CURSO Mov.

* 37. ADIANTAMENT.P/CONTA DE COMPRAS Tít.

* 37.2. MERCADORIAS Tít.


37.2.1. MERCADORIS NACIONAIS Mov.
37.2.2. MERCADORIS INTRACOMUNITARIAS Mov.
37.2.3. MERCADORIAS DE PAISES TERCEIRS Mov.

* 38. REGULARIZACŽO DE EXISTENCIAS Tít.


38.2. REG EXISTENCIAS- MERCADORIAS QUEBRAS Mov.

* 42. IMOBILIZACOES CORPOREAS Tít.


* 42.1. TERRENOS E RECURSOS NATURAIS Tít.

* 42.2. EDIFICIOS E OUTRAS CONSTRUCOES Tít.

* 42.3. EQUIPAMENTO BASICO Tít.

* 42.3.1. EQUIP BASICO -MERC NACIONAL-C/IVA DED Tít.


42.3.1.001. MESAS ANDAIMES E PRANCHAS Mov.
42.3.1.002. OUT MAQ E FERRAMENTAS Mov.
42.3.1.003. HANDYSAND150 + ASPIRADOR PUSH & CLEAN Mov.
42.3.1.004. CONJUNTO ESTANTE PAREDE Mov.
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C/C

ME
* 42.4. EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE Tít.
42.4.1. EQUIP TRANSP M NAC-C/IVA DED Tít.
42.4.1.01. ISUZU 13-71-JI Mov.
42.4.1.02. MERCEDES VITO 48-81-SR Mov.
42.4.1.03. VIAT LIG MERC TOYOTA Mov.
42.4.1.04. LIG MERC PEUGEOT 36-BB-47 Mov.

* 42.4.2. EQUIP TRANSP MN - IVA N/DED Tít.


42.4.2.001. MERCEDES VITO 69-51-LO Mov.

* 42.5. FERRAMENTAS E UTENSILIOS Tít.


42.5.0001. COMPRESSOR 50LTS Mov.
42.5.0002. REBARBADORA BOSCH Mov.
42.5.0003. BERBEQUIM BOSCH Mov.
42.5.0004. VARIOS Mov.
42.5.0005. REBARBADORA BOSCH Mov.
42.5.0006. LIXADORA STAYER Mov.
42.5.0007. BERBEQUIM STAYER Mov.
42.5.0008. DISCOS DIAMANTE Mov.
42.5.0009. BERBEQUIM MARTELO D 25900K Mov.
42.5.0010. MAQUINA POLIFUSORA Mov.
42.5.0011. CX FERRAMENTA COMPLETA Mov.
42.5.0012. BERBEQUIM STAYER Mov.
42.5.0013. FRIGORIFICO ARDO MD13SA Mov.
42.5.0014. APARAFUSADORA BOSH Mov.

* 42.5.1. FERRAM UTENSILIOS M N -IVA DED Tít.


42.5.1.001. FERRAM/UTENSILIOS ACUM 2005 Mov.

* 42.6. EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO Tít.

* 42.6.1. EQUIP ADMINS-MN - IVA DED Tít.


42.6.1.001. EQUIP ADMINST- IVA DED- ACUM 2005 Mov.
42.6.1.002. MULTIFUNÇÕES SAMSUNG Mov.
42.6.1.003. nokia 6070/NOKIA N73 Mov.
42.6.1.004. PORTATIL ASUS N50VC Mov.

* 43. IMOBILIZACOES INCORPOREAS Tít.

* 43.1. DESPESAS DE INSTALACAO Tít.


* 43.1.1. DESP INSTALAÇÃO - IVA DED Tít.
43.1.1.01. GASTOS CONSTITUIÇÃO Mov.

* 43.1.2. DESP INSTALAÇÃO - OUT (REI) Tít.


43.1.2.01. GASTOS COSNTITUIÇÃO Mov.

* 48. AMORTIZACOES ACUMULADAS Tít.


* 48.2. DE IMOBILIZACOES CORPOREAS Tít.
48.2.1. TERRENOS E RECURSOS NATURAIS Mov.
48.2.2. EDIFICIOS E OUTRAS CONSTRUCOES Mov.
48.2.3. EQUIPAMENTO BASICO Mov.
48.2.4. EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE Mov.
48.2.5. FERRAMENTAS E UTENSILIOS Mov.
48.2.6. EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO Mov.
48.2.9. OUTRAS IMOBILIZACOES CORPOREAS Mov.

* 48.3. DE IMOBILIZACOES INCORPOREAS Tít.


48.3.1. DESP INSTALAÇÃO Mov.

* 51. CAPITAL Tít.


51.1. CAPITAL SOCIAL Tít.
51.1.1. SÓCIO RUI FERREIRA Mov.
51.1.2. SÓCIO CARLA FERREIRA Mov.

* 52. QUOTAS (ACCOES) PROPRIAS Tít.


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C/C

ME
* 58. RESERVAS LIVRES Tít.
58.1. RESERVAS LIVRES Mov.

* 59. RESULTADOS TRANSITADOS Tít.


59.1. RESULTADOS TRANSITADOS ACUM 2005 Mov.

* 61. CUSTOS Tít.


* 61.2. MERCADORIAS Tít.
61.2.1. AQUISIS NO MERCADO NACIONAL Mov.
61.2.2. AQUISIC™ES PAISES COMUNITARIOS Mov.
61.2.3. AQUISIC™ES EM PAISES TERCEIROS Mov.

* 62. FORNECIMENTOS E SERV.EXTERNOS Tít.


* 62.1. SUBCONTRATOS Tít.
* 62.1.1. SUBEMPREITADAS Tít.
62.1.1.1. SUB EMPREITADAS C/IVA DED Mov.
62.1.1.2. SUBEMPREITADAS (ISENTOS/R.E.I.) Mov.

* 62.2. FORNECIMENTO E SERVICOS Tít.


* 62.2.11. ELECTRICIDADE Tít.
62.2.11.1. COM IVA DEDUTIVEL Mov. 5 2432311 L24
62.2.11.2. COM IVA NAO DEDUTIVEL Mov. L28
* 62.2.12. COMBUSTIVEIS Tít.
* 62.2.12.1. AQUISICOES NO MERCADO NACIONAL Tít.
* 62.2.12.1.1. GASOLEO Tít.
62.2.12.1.1.2. PARCIALMENTE DEDUTIVEL Mov. 99 24323199 L24
62.2.12.1.1.21. PARTE IVA Ñ/DED Mov.
62.2.12.1.2. GASOLINA Mov. 19 L24
* 62.2.13. ÁGUA Tít.
62.2.13.1. COM IVA DEDUTIVEL Mov. 19 2432312 L24
62.2.13.2. COM IVA NAO DEDUTIVEL Mov. L28
* 62.2.15. FERRAM.UTENSILIOS DESG.RAPIDO Tít.
* 62.2.15.1. AQUISICOES TERRITORIO NACIONAL Tít.
62.2.15.1.1. COM IVA DEDUTIVEL Mov. 20 2432312 L24
62.2.15.1.2. S/ IVA DEDUTIVEL Mov.
* 62.2.16. LIVROS E DOCUMENTACAO TECNICA Tít.
* 62.2.16.1. AQUISICOES TERRITORIO NACIONAL Tít.
62.2.16.1.1. C/IVA DED Mov.
62.2.16.1.3. OUTROS (REI/REPR) Mov. L28
* 62.2.17. MATERIAL DE ESCRITORIO Tít.
* 62.2.17.1. AQUISICOES TERRITORIO NACIONAL Tít.
62.2.17.1.1. COM IVA DEDUTIVEL Mov. 20 2432312 L24
62.2.17.1.3. OUTRAS (REI/REPR) Mov. L28
* 62.2.18. ARTIGOS PARA OFERTA Tít.
* 62.2.18.1. AQUISICOES TERRITORIO NACIONAL Tít.
62.2.18.1.1. COM IVA DEDUTIVEL Mov. 19 2432312 L24
62.2.18.1.2. COM IVA NAO DEDUTIVEL Mov. L28
* 62.2.19. RENDAS E ALUGUERES Tít.
* 62.2.19.1. COM IVA DEDUTIVEL Tít.
62.2.19.1.4. A.L.D. Mov. 19 2432312 L24
62.2.19.1.5. OUTRAS C/IVA DEDUTIVEL Mov. 19 2432312 L24
* 62.2.19.2. COM IVA NAO DEDUTIVEL Tít.
62.2.19.2.2. A.L.D. (VIATURAS DE TURISMO) Mov. L24
62.2.19.31. EDIFICIOS Mov. L24
* 62.2.21. DESPESAS DE REPRESENTACAO Tít.
62.2.21.2. COM IVA NAO DEDUTIVEL Mov. L28
62.2.21.3. OUTRAS (REI/REPR) Mov. L28
* 62.2.22. COMUNICACAO Tít.
62.2.22.1. COM IVA DEDUTIVEL Mov. 20 2432312 L24
62.2.22.3. OUTRAS (REI/REPR) Mov. L28
62.2.22.4. ISENTO ART 9º CTT Mov.
* 62.2.23. SEGUROS Tít.
62.2.23.2. REPONSABILIDADE CIVIL EMPRESA Mov.
62.2.23.3. INCENDIO Mov. L28
Continua...
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C/C

ME
62.2.23.4. ROUBO/RECHEIO Mov. L28
62.2.23.5. OUTROS SEGUROS Mov.
* 62.2.23.6. VIATURAS Tít.
62.2.23.6.1. LIG.MERC 48-81-SR Mov.
62.2.23.6.2. LIG MERC 36-BB-47 Mov.
62.2.23.6.3. LIG MERC ISUZU 13-71-JI Mov.
62.2.23.6.9. VIATURAS LIG MERC Mov.
62.2.23.7. TRANSPORTE DE MERCADORIAS Mov. L28
* 62.2.23.8. OUTROS SEGUROS Tít.
62.2.23.8.1. SEG VIDA (N/ACEITE) Mov.
62.2.23.8.2. COMBINED INCAPACID POR ACIDENTE MORTE(N ACEITE) Mov.
62.2.23.9. SEG ACID PESSOAIS (VIATURAS) Mov.
* 62.2.25. TRANSPORTE DE MERCADORIAS Tít.
62.2.27. DESLOCACOES E ESTADAS Mov. L28
* 62.2.29. HONORARIOS Tít.
* 62.2.29.1. DEVIDOS A RESID.NO T.NACIONAL Tít.
62.2.29.1.1. COM IVA DEDUTIVEL Mov. 19 2432312 L24
62.2.29.1.3. OUTROS (REI) Mov. L28
* 62.2.31. CONTENCIOSO E NOTARIADO Tít.
* 62.2.31.1. CONTENC E NOTARIADO C/IVA DED Tít.
62.2.31.1.01. JOSE C.TRAVASSOS RELVA NIF 160630991 Mov.
62.2.31.2. CONTENC. E NOTARIADO ISENTOS Mov.
* 62.2.32. CONSERVACAO E REPARACAO Tít.
62.2.32.11. C/IVA DEDUTIVEL(COMERCIAIS) Mov.
62.2.32.12. C/IVA NAO DEDUTIVEL(VIAT.TUR.) Mov. L28
* 62.2.32.2. REPARAÇÃO EQUIP BASICO Tít.
* 62.2.32.2.1. REPARAÇÃO EQUIP BASICO C/IVA DED Mov.
* 62.2.32.3. CONSERVAÇÃO E REPARAÇ. DE EDIFICIOS Tít.
62.2.32.3.1. CONSERVAÇ. E REPARAÇÃO INSTALAÇÕES C/IVA Mov.
* 62.2.33. PUBLICIDADE E PROPAGANDA Tít.
* 62.2.33.1. AQUISICOES TERRITORIO NACIONAL Tít.
62.2.33.1.1. COM IVA DEDUTIVEL Mov. 19 2432312 L24
62.2.33.1.3. PUBLICIDADE ISENTO (R.E.I) Mov.
* 62.2.34. LIMPEZA, HIGIENE E CONFORTO Tít.
* 62.2.34.1. AQUISICOES TERRITORIO NACIONAL Tít.
62.2.34.1.1. IVA TAXA NORMAL Mov. 20
* 62.2.35. VIGILANCIA E SEGURANCA Tít.
62.2.35.1. COM IVA DEDUTIVEL Mov. 19 2432312 L24
62.2.35.3. OUTRAS (REI) Mov. L28
* 62.2.36. TRABALHOS ESPECIALIZADOS Tít.
* 62.2.36.1. AQUISICOES TERRITORIO NACIONAL Tít.
62.2.36.1.1. COM IVA DEDUTIVEL Mov. 20 2432312 L24
62.2.36.1.2. C/IVA N/DED Mov.
62.2.36.1.3. OUTRAS (REI) Mov. 0 L28
62.2.36.1.4. ISENTO Mov.
* 62.2.981. AQUISICOES TERRITORIO NACIONAL Tít.
62.2.981.1. COM IVA DEDUTIVEL Mov. 19 2432312 L24
62.2.981.3. OUTRAS (REI/REPR) Mov. L28
* 63. IMPOSTOS Tít.
* 63.1. IMPOSTOS INDIRECTOS Tít.
63.1.3. IMPOSTO DE SELO Mov.
63.1.4. IMP.CIRCUL AUTOMOVEL Mov.
* 63.1.7. TAXAS Tít.
63.1.7.1. TAXAS ISENTAS Mov.
63.1.7.2. TAXAS C/IVA Mov.
63.1.8. PAG PREST CONTAS Mov.
* 64. CUSTOS COM O PESSOAL Tít.
* 64.1. REMUNER.DOS ORGAOS SOCIAIS Tít.
64.1.1. ORDENADOS DA GERENCIA Mov.
64.1.2. SUBSIDIO DE REFEIÇÃO Mov.
64.1.3. SUBSIDIO DE FÉRIAS Mov.
64.1.5. SUBSIDIO DE NATAL Mov.
64.1.6. AJUDAS DE CUSTO Mov.
64.1.7. FALTAS REMUNERADAS Mov.
Continua...
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Decl. Anual
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Decl.
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ME
64.1.8. SEGUROS VIDA Mov.
* 64.2. REMUNERACOES DO PESSOAL Tít.
64.2.1. ORDENADOS E SALARIOS Mov.
64.2.2. SUBSIDIO DE REFEIÇÃO Mov.
64.2.3. SUBSIDIO DE FÉRIAS Mov.
64.2.5. SUBSIDIO DE NATAL Mov.
64.2.6. AJUDAS DE CUSTO Mov.
64.2.7. FALTAS REMUNERADAS Mov.
64.2.8. ACORDO CESSAÇÃO - ISENTAS Mov.

* 64.5. ENCARGOS SOBRE REMUNERACOES Tít.


* 64.5.1. SEGURANCA SOCIAL Tít.
64.5.1.1. C/ORDENADOS DA GERENCIA Mov.
64.5.1.2. C/ORDENADOS DO PESSOAL Mov.

* 64.6. SEGUROS DE ACIDENTE DE TRABALO Tít.


64.6.1. ORG SOCIAIS Mov.
64.6.2. PESSOAL Mov.

* 64.8. OUT CUSTOS COMPESSOAL Tít.


* 64.8.1. FARDAMENTOS E MAT SEGURANÇA PESSOAL Tít.
64.8.1.1. FARDAMENTOS C/IVA DED Mov.
64.8.2. MEDICINA NO TRABALHO Mov.
64.8.3. HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO C/IVA DED Mov.
64.8.4. FORMAÇÃO Mov.

* 65. OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS Tít.


65.2. QUOTIZACOES Mov.

* 65.4. AMOSTRA E OFERTA DE EXISTENCIAS Tít.


65.4.1. MERCADORIAS Mov.

* 66. AMORTIZACOES DO EXERCICIO Tít.


66.1. amortizacoes do execcicio Mov.
66.2. IMOBILIZACOES CORPOREAS Mov.
66.23. DE EQUIP BASICO Mov.
66.24. DE EQUIP TRANSPORTE Mov.
66.25. DE FERRAM E UTENSILIOS Mov.
66.26. DE EQUIP ADMINISTRATIVO Mov.
66.3. IMOBILIZACOES INCORPOREAS Mov.
66.31. DE DESP INSTALAÇÃO Mov.

* 68. CUSTOS E PERDAS FINANCEIRAS Tít.


* 68.1. JUROS SUPORTADOS Tít.
68.1.1. EMPRESTIMOS BANCARIOS Mov.
68.1.4. DESCONTOS DE TITULOS Mov.

* 68.1.5. JUROS DE MORA E COMPENSATORIOS Tít.


68.1.5.1. JUROS DE MORA Mov.
68.1.5.2. JUROS COMPENSATÓRIOS Mov.
68.1.8. OUTROS JUROS Mov.

68.5. DIFER.DE CAMBIO DESFAVORAVEIS Mov.

* 68.6. DESC.DE PRONTO PAG.CONCEDIDOS Tít.

* 68.6.1. COM REGULARIZACAO DE IVA Tít.


68.6.1.2. TAXA NORMAL Mov. 19 2432312 L24
68.6.2. SEM REGULARIZACAO DE IVA Mov.

* 68.8. CUSTOS E PERDAS FINANCEIRAS Tít.


* 68.8.1. SERVICOS BANCARIOS Tít.
68.8.1.1. COM IVA DEDUTIVEL Mov.
68.8.1.3. ISENTOS Mov.
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ME
* 68.8.8. OUTROS NAO ESPECIFICADOS Tít.
68.8.8.1. COM IVA DEDUTIVEL Mov. 19 2432312 L24
68.8.8.3. ISENTOS Mov.

* 69. CUSTOS E PERD.EXTRAORDINARIAS Tít.


* 69.1. DONATIVOS Tít.
69.1.01. DONATIVO SOLID.SOCIAL PREVISTOS NA LEI Mov.

* 69.5. MULTAS E PENALIDADES Tít.


69.5.1. MULTAS FISCAIS Mov.
69.5.2. MULTAS NAO FISCAIS Mov.

* 69.7. CORREC EXERC ANTERIORES Tít.


69.7.1. CORRECÇÕES EXERCÍCIOS ANTERIORES Mov.

69.8. OUT CUSTOS E PERDAS EXTRAOR. Mov.


69.81. INSUFICENCIA ESTIMATIVA IMP Mov.
69.82. DIFERENÇ CAMBIOS EXTRAORDINÁRIAS Mov.
69.83. DESPESAS Ñ DOCUMENTADAS Mov.
69.88. OUTROS CUSTOS EXTRAORDINÁRIOS Mov.

* 71. VENDAS Tít.


* 71.1. MERCADORIAS Tít.
71.1.1. MERCADORIAS TX NORMAL Mov. 20 2433112 3
71.1.9. ACRESCIMO VENDAS Mov.

* 71.7. DEVOLUÇAO DE VENDAS Tít.


* 71.7.1. DEVOLUÇÃO VNDS MERCADORIAS Tít.
71.7.1.1. DEV VNDS MERC C/REG IVA Mov.

* 71.8. DESCONTOS E ABATIMENTOS EM VENDAS Tít.

* 71.8.1. DESC. E ABAT. EM VENDAS Tít.


71.8.1.1. DESC E ABAT C/IVA REG Mov.

* 72. PRESTACAO DE SERVICOS Tít.


72.11. PRESTAÇÃO SERVIÇOS TX NORMAL Mov. 20 2433112 3
72.12. REVERSÃO IVA Mov. 8
72.19. ACRESCIMOS SERVIÇOS Mov.

* 72.7. DEVOLUÇÃO PREST SERVIÇOS Tít.


* 72.7.1. DEOLUÇÃO PREST SERV Tít.
72.7.1.1. DEV PREST SERV C/REG IVA Mov.
72.7.1.2. DEV PREST SERV S/REG IVA Mov.

* 78. PROVEITOS E GANHOS FINANCEIROS Tít.


* 78.1. JUROS OBTIDOS Tít.
78.1.1. DEPOSITOS BANCARIOS Mov.
78.1.8. OUTROS JUROS Mov.
78.5. DIFERENCAS CAMBIO FAVORAVEIS Mov.

* 78.6. DESC. PRONTO PAGAMENTO OBTIDOS Tít.

* 78.6.1. COM REGULARIZACAO DE IVA Tít.


78.6.1.1. RESPEITANTES A IMOBILIZADO Mov.
78.6.1.2. RESPEITANTES AS EXISTENCIAS Mov.
78.6.1.3. RESPEITANTES OUT. BENS E SERV. Mov.
78.6.2. SEM REGULARIZACAO DE IVA Mov.

* 78.8. OUTROS PROV GANHOS FINANCEIROS Tít.


78.8.8. OUTROS NÃO ESPECIFICADOS Mov.

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* 79. PROVEITOS E GANHOS EXTRAORDINARIOS Tít.
* 79.4. GANHOS EM IMOBILIZAÇÕES Tít.
79.4.2. ALIANAÇÃO DE IMOB CORP Mov. 20 2433112 3
79.8. OUT.PROV E GANHOS EXTRAOR Mov.
79.81. EXCESSO ESTIMATIVA IMPOSTOS Mov.
79.88. OUTROS PROV.E GANHOS EXTRAOR. Mov.

* 81. RESULTADOS OPERACIONAIS Tít.


81.1. RESULTADOS OPERACIONAIS Mov. 0
81.61. CUSTO MERCAD.VENDIDAS MAT.CONS Mov.
81.63. IMPOSTOS Mov.
81.64. CUSTOS COM O PESSOAL Mov.
81.65. OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS Mov.
81.66. AMORTIZACOES DO EXERCICIO Mov.

* 81.7. PROVEITOS Tít.


81.7.1. VENDAS Mov.

* 82. RESULTADOS FINANCEIROS Tít.


82.1. RESULTADOS FINANCEIROS Mov.
82.6. CUSTOS E PERDAS FINANCEIRAS Mov.
82.7. PROVEITOS E GANHOS FINANCEIROS Mov.

* 83. RESULTADOS CORRENTES Tít.


83.1. RESULTADOS OPERACIONAIS Mov.
83.2. RESULTADOS FINANCEIROS Mov.

* 84. RESULTADOS EXTRAORDIONARIOS Tít.


84.1. RESULTADOS EXTRAORDINARIOS Mov.
84.6. CUSTOS E PERDAS EXTRAORDIONAR. Mov.

* 85. RESULTADOS ANTES DOS IMPOSTOS Tít.


85.1. RESULTADOS ANTES IMPOSTOS Mov.

* 86. IMPOSTO S/RENDIMENTO DO EXERC. Tít.


86.1. IMPOSTO S/RENDIMENTO DO EXERC. Mov.

* 88. RESULTADO LIQUIDO Tít.


88.1. RESULTADO LIQUIDO Mov.
Fim da listagem
Data: 02/12/2009 Factura nº 2888
Comercio e Aplicações de Tintas, Produtos Cliente nº 27 - Joaquim Santos
Químicos e Impermeabilizações Cont. 185183611
Rua do Encontro nº 15 - 6300 – 317 – Guarda Telf/ Telm. 271 215 255
Telm. 961 433 471 Morada: Rua do cimo do povo
NIF: 504 895 781
Localidade: Guarda - Garé
Código Postal: 6300-155

Código Quant Descrição Preço Unit. IVA Valor


23062 6 6.128 Branco – 15 L 34.17€ 20% 205,02€

Total Liquido Portes Valor do IVA Total a


205,02€ 41.00€ Pagar
246,02€

A falta de reclamação no prazo de 8 dias, considera-se como conferida a presente factura.

Os artigos constantes desta factura foram colocados à disposição do adquirente na data da mesma.

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