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Luís A. Gonfulo Patrício A.

Gonfulo
Evandro J. C. Amaral Alfredo I. Gonfulo

.
Luís Adão Gonfulo
Contabilista. Mestre em Direcção Financeira pela Universidade de
San Pablo CEU. Docente universitário. Formador nas áreas de
Contabilidade, Fiscalidade e Gestão. CEO da Kanjaya, Lda. Reitor
do Centro de Estudos Kanjaya

Patrício Alfredo Gonfulo


Jurista. Licenciando em Direito pela Universidade Técnica de
Angola UTANGA. Investigador Sénior do Centro de Estudos
Kanjaya. Assessor Jurídico da Kanjaya, Lda. Formador e
Palestrante nas áreas do Direito e Administração

Evandro José Coelho do Amaral


Administrador. Licenciado em Administração Pública pelo
Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais
CIS. Pós-graduado em Políticas Públicas e Governação Local pela
Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto.
Investigador Sénior do Centro de Estudos Kanjaya. Assessor
Administrativo da Kanjaya, Lda. Formador e Palestrante nas
áreas de Administração e Gestão.

Alfredo Israel Gonfulo


Contabilista. Director da Contabilidade da Kanjaya, Lda.
Investigador Sénior do Centro de Estudos Kanjaya. Formador e
Palestrante nas áreas de Contabilidade e Fiscalidade.

A Legislação do IVA e Conexos


foi organizada pelo Centro de Estudos Kanjaya, integrada por
especialistas e investigadores ligados as organizações
Ficha Técnica

Título:
LEGISLAÇÃO SOBRE O IMPOSTO SOBRE O VALOR
ACRESCENTADO E CONEXOS. COMENTADO - ANGOLA

ORGANIZADORES
Luís Adão Gonfulo (Coordenador)
Patrício Alfredo Gonfulo (Co-autor)
Evandro José Coelho do Amaral (Co-autor)
Alfredo Israel Gonfulo (Co-autor)

EDITOR
Centro de Estudos Kanjaya
kanjaya.lda@outlook.com # Maianga, Luanda - Angola
932 401 223 www.kanjaya.net

1ª edição: 1 de Maio de 2020

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação


GONFULO, Luís Adão; GONFULO, Patrício Alfredo;
AMARAL, Evandro José Coelho; GONFULO, Alfredo Israel.
Legislação sobre o Imposto sobre o Valor Acrescentado e
Conexos. Comentado - Angola. / 1. ed. Luanda: Centro de
Estudos Kanjaya, 2020.
368 p.

ISBN: 978-65-00-03259-8

1. Legislação 2. IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado


3. Fiscalidade 4. Angola

Copyright 2020 Kanjaya, Lda

A reprodução total ou parcial só é permitida mediante a autorização


expressa do Editor e dos seus Autores.
Nota dos Autores

O Imposto sobre o Valor Acrescentado, abreviadamente, IVA, foi


instituído em Angola pela Lei nº 7/19, de 24 de Abril, Lei que Aprova o
Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado e publicado no Diário da
República I Série nº 55, de 24 de Abril de 2019.
Fundamenta-se na Constituição da República de Angola que
determina que os impostos só podem ser criados por lei, que determina
a sua incidência, a taxa, os benefícios fiscais e as garantias dos
contribuintes (Artigo 102º da CRA).
No âmbito da reforma tributária, em 2019, atingiu o ponto mais
alto, com a introdução de novos impostos, como o Imposto sobre o valor
Acrescentado e o Imposto Especial de Consumo.
Conquanto, em 2020, o Executivo Angolano dará sequencia à
reforma do sistema tributário. Foi perspectivada a inserção de normas
que visam ajustar o Código Geral Tributário às necessidades do Código
do IVA, em particular do IVA de caixa.
Achamos ser de capital importância, a compilação e comentários a
legislação1 sobre o IVA, e esperamos, vem ao encontro da necessidade
da classe na busca permanente de actualização.
Elaborado com o propósito de coadjuvar no quotidiano de labuta
e servir de fonte segura, actualizada a respeito da legislação do IVA.
A apresentação da legislação foi desenvolvida para proporcionar
melhores referencias bibliográficas e facilitar a consulta e permitir saber
se a lei já foi revogada, alterada ou derrogada remetendo a nova lei,
permitir saber a cronografia da legislação dando um sentido cronológico.
Esta edição da obra, inclui o sumário executivo, a primeira parte
com Leis sobre o Imposto sobre o Valor Acrescentado, a segunda parte
com legislação avulsa e conexa ao Imposto sobre o Valor Acrescentado, e
no final as notas e comentários.

Centro de Estudos Kanjaya, em Luanda, aos 1 de Maio de 2020

1
Legislação, do latim legislatione - Conjunto de leis; ciência das leis; sistema
legal de um Estado.
Authors' Note

The Value Added Tax (VAT) has been instituted in Angola by


the Law n.o 7/19 from Abril, 24. This Law aproves the Code of the
Value Added Tax, and was published in the Diário da República Ist
Series n.o 55.
It is based on the Constitution of the Republic of Angola,
which determines that taxes can only be created by law, stating
their incidence, rate, tax benefits and guarantees of taxpayers
(Article 102 of the CRA)
The tax reform reached its highest point with the
introduction of new taxes, such as the Value Added Tax and the
Special Consumption Tax, in 2019.
Following, in 2020 the Angolan Executive will proceed with
the reform of the tax system. It was envisaged the insertion of
rules that aim to adjust the General Tax Code to the needs of the
VAT Code, particularly the cashier VAT.
We think that it is extremelly important the compilation and
comments on VAT legislation2, and hopefully this document will
meet this need of the class on the search for constant update.
Indeed, it has been prepared for the purpose of assisting in daily
work and serving as a safe, updated source on VAT legislation.
The presentation of the legislation was developed with
three objectives in mind: to increase the number of bibliographic
references, to facilitate the consultation of the Law (making it
easier to know if the it has already been revoked, altered or
derogated), and to give a chronological sense of the legislation.
This edition of the work includes the executive summary,
the first part with Laws on Value Added Tax, the second part with
separate legislation and related to Value Added Tax, and at the end
the notes and comments.

Kanjaya Studies Center, Luanda, May 1, 2020

2
Legislation, from latin legislatione - Set of laws; the science of laws; the
legal system of a state.
Note de l'auteur

La Taxe sur la Valeur Ajoutée, ou TVA abrégée, a été


formulée par l'Angola conformément à la loi n ° 7/19 du 24 avril
(loi approuvant la "loi sur la taxe sur la valeur ajoutée"), publiée
dans le Bulletin quotidien de la République d'Angola SERIE n ° 55,
de 24 avril 2019.
Il est basé sur la Constitution de la République d'Angola, qui
prévoit que les impôts ne peuvent être formulés que par la loi, qui
détermine l'incidence de la fiscalité, les taux, les avantages fiscaux
et les garanties des contribuables (article 102 de la loi de
procédure civile).
Dans le cadre de la réforme fiscale, 2019 a atteint son point
culminant avec l'introduction de nouvelles taxes, telles que la
valeur ajoutée et la taxe d'accise.
Bien que l’exécutif Angolais procédera à une réforme fiscale
en 2020. Il est prévu d'insérer des règles visant à adapter la loi
fiscale générale pour répondre aux exigences de la loi sur la TVA
(en particulier la TVA au comptant).
Nous pensons que c'est le plus important, compiler et
commenter la réglementation TVA, et nous espérons qu'elle
pourra répondre aux besoins de toute la classe d'étudiants qui
cherchent constamment à se mettre à jour.
Préparé pour aider avec le travail quotidien et la sécurité, les
dernières informations sur les lois de la TVA.
La presentation de la législation, a été développée pour
fournir une meilleure référence bibliographique et de faciliter les
consultations, et d'informer les gens si la loi a été abrogée, modifie
ou sape la nouvelle loi, afin que le chronographe de la loi ait un
sens chronologique.
Cette version de l'ouvrage comprend un résumé: la
première partie est la "loi TVA", la deuxième partie est une
législation distincte, relative à la TVA et, enfin, les notes et
commentaires.

Centre d’Etudes Kanjaya, à Luanda le 1er mai 2020


作者注

增值税,简称增值税,是由安哥拉根据4月24日第7/19号法律(
批准《增值税法》的法律)制定的,该法律已在安哥拉的共和
国日报第55号公报中发布。 2019年4月24日。
它基于《安哥拉共和国宪法》,该宪法确定税收只能由法律来
制定,法律决定了税收的发生率,税率,税收优惠和纳税人的
担保(《民事诉讼法》第102条)。
在税制改革的范围内,2019年达到了最高点,引入了增值税,
特别消费税等新税种。
尽管安哥拉行政长官将在2020年进行税制改革。预计将插入旨
在调整一般税法以适应增值税法(特别是现金增值税)需求的
规则
我们认为这是最重要的,对增值税法规进行汇编和评论,并希
望它能满足全班学生不断寻求更新的需求。
为协助日常工作和安全起见而准备,有关增值税法律的最新信
息。
制定法律的方式是为了提供更好的书目参考并促进磋商,并让
人们知道该法律是否已被撤销,修改或减损了新法律,从而使
该法律的计时码表具有时间顺序的意义。
此版本的工作包括执行摘要,第一部分是《增值税法》,第二
部分是单独的立法,与增值税有关,最后是注释和评论。

2020年5月1日在罗安达的Kanjaya学习中心
Nota Importante

Os autores aconselham o leitor a confrontar os textos dos


diplomas legais publicados nesta obra com as respectivas
publicações nos Diários da República de Angola.
Apesar de todo esforço e cuidado posto na sua elaboração,
esta obra é susceptível de conter falhas ou deficiências, pelo que
rogamos para a compreensão do leitor, na certeza de que nos
empenhamos ao máximo para a diminuição desse risco.
Esta compilação da legislação não dispensa a consulta ou
apoio de profissionais especializados.

Organizadores

Luís Adão G onfulo


Patrício Alfredo Gonfulo
Evandro José Coelho do Am aral
Alfredo Israel Gonfulo
SUMÁRIO EXECUTIVO

Introdução
1. O Imposto sobre o Valor Acrescentado, abreviadamente,
IVA, é um imposto geral aplicado sobre o consumo de bens e
serviços e sobre as importações.
2. O IVA é um imposto indirecto, plurifásico de incidência
ampla que abrange de forma generalizada, as transmissões
onerosas de bens, as prestações onerosas de serviços e as
importações, abarcando pontos de produção, distribuição e
comercialização.
3. Os agentes económicos são os responsáveis pela cobrança
do imposto aos seus clientes, através das suas vendas de bens e
serviços, fazendo constar o imposto na factura emitida.
4. Do imposto cobrado aos clientes os agentes económicos
devem subtrair o imposto que lhes foi facturado nas suas compras
de bens e serviços, devendo entregar aos cofres do Estado apenas
a diferença quando for positiva, e quando esta for negativa, o
Estado deve reembolsar o imposto aos agentes económicos.
5. Nem todos agentes económicos fazem a cobrança do IVA.
Apenas estão autorizados a fazer a cobrança do IVA aqueles
contribuintes classificados como Sujeitos passivos [vide página
356].
6. Angola adoptou nesta primeira fase uma taxa única, por:
i. Dificuldade de enquadramento dos produtos em várias
Taxas, originando problemas de interpretação e
excessivos pedidos de pareceres vinculativos;
ii. Problemas na configuração dos sistemas informáticos
para os módulos do IVA, quer nos sistemas dos
contribuintes quer da Administração Geral Tributária
«AGT»;
iii. Dificuldade de fiscalização do imposto por parte dos
serviços tributários, quer a nível informático como
documental;
iv. Facilidade de planeamento fiscal abusivo, originando a
evasão fiscal e a consequente fraude e fuga ao fisco.
Constituição da República de Angola, 2010
7. A Constituição da República de Angola, foi aprovada em
Assembleia Nacional a 21 de Janeiro de 2010, promulgada pelo
Presidente da República de Angola a 5 de Fevereiro de 2010 e
publicada no Diário da República I Série nº 23, de 5 Fevereiro de
2010.
8. O artigo 88º da Constituição, consagra o dever de todos
contribuírem para as despesas públicas e da sociedade, através de
impostos e Taxas, com base no sistema tributário justo e nos
termos da lei.
9. O Artigo 89º, na sua alínea b) consagra como um dos
Princípios fundamentais a livre iniciativa económica e
empresarial, a exercer nos termos da lei.
10. O Artigo 90º, na sua alínea b) consagra como princípio
fundamental a promoção da justiça social, através de uma politica
fiscal que assegure a justiça, a equidade e a solidariedade em todos
os domínios da vida nacional.
11. Nos termos da Constituição, o Estado assegura a justa
repartição do rendimento nacional, através do sistema de
planeamento, consagrado como princípio fundamental, conforme
o artigo 91º da CRA.
12. Outros princípios fundamentais constitucionais, abarcam
os sectores económicos (Artigo 92º), as reservas públicas (Artigo
93º), os bens do estado (Artigo 94º), o domínio público (Artigo
95º), o domínio privado (Artigo 96º), a irreversibilidade das
nacionalizações e dos confiscos (Artigo 97º), finalmente, os
direitos fundiários (Artigo 98º).
13. O Sistema fiscal visa satisfazer as necessidades financeiras
do Estado e outras entidades públicas3, assegurar a realização da
política económica e social do Estado e proceder a uma justa

3
Entidades públicas – a administração central e indirecta do Estado, assim
como os seus serviços e fundos autónomos e, ainda, as entidades às quais o
Estado delega a prossecução dum fim público, designadamente: agências
reguladoras; associações públicas profissionais; empresas concessionárias
de serviços públicos (Artigo 4º, nº 1, alínea c) da Lei nº 7/11, de 16 de
Fevereiro. Lei sobre o Regime Geral das Taxas)
repartição dos rendimentos e da riqueza nacional (Artigo 98º da
CRA).
14. Os impostos só podem ser criados por lei, que determina a
sua incidência, a taxa, os benefícios fiscais e as garantias dos
contribuintes (Artigo 102º da CRA).
15. As normas fiscais não têm efeito retroactivo, salvo as de
carácter sancionatório, quando sejam mais favoráveis aos
contribuintes Artigo 102º da CRA.
16. A criação de impostos de que sejam sujeitos activos os
órgãos do poder local, bem como a competência para a sua
arrecadação, são determinados por lei Artigo 102º da CRA.
17. Os cidadãos têm direito de ser ouvidos pela administração
pública nos processos administrativos susceptíveis de afectarem
os seus direitos e interesses legalmente protegidos (Artigo 200º
da CRA).
Reforma Tributária em Angola
18. A reforma tributária é uma ferramenta importante de
promoção de eficiência, da redistribuição mais justa de
rendimentos e de reequilíbrio das finanças públicas (Cap. IV. 246).
19. Em 2019, a reforma atingiu o ponto mais alto, com a
introdução de novos impostos, como o Imposto sobre o Valor
Acrescentado (IVA) e o Imposto Especial de Consumo (IEC) (Cap.
IV. 250).
20. Em 2020, o Executivo dará sequencia à reforma do sistema
tributário. Foi perspectivada a inserção de normas que visam
ajustar o Código Geral Tributário (CGT) às necessidades do Código
do IVA, em particular do IVA de caixa (Cap. IV. 258).
Implementação do IVA em Angola
21. O processo de implementação da IVA em Angola decorre
das Linhas Gerais do Executivo para a Reforma Tributária, do
processo de integração regional ao nível da SADC, bem como dos
compromissos com importantes organizações internacionais.
22. O Decreto Presidencial nº 155/10, de 28 de Julho, criou o
Projecto Executivo para Reforma Tributária (PERT)
23. O Decreto Presidencial nº 50/11, de 15 de Março,
determinou as Linhas Gerais do Executivo para a Reforma
tributária.
24. Para assegurar a sua concretização o Decreto Presidencial
nº 258/17 de 27 de Outubro que aprovou o Plano Intercalar do
Executivo, que estabeleceu um quadro de acções necessárias para
a aplicação do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) para o
Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2019, a serem executadas
sob responsabilidade do Ministério das Finanças.
25. O Decreto acima referenciado, contendo as medidas de
Política e acções até a aprovação do PND 2018-2022 o plano
vigorou até ao fim do I trimestre de 2018, identifica 88 acções,
dentre as quais destacamos: Criação do Núcleo de Implementação
do IVA.
26. As vantagens para o sistema fiscal angolano com a
implementação do IVA:
i. Impede o efeito cascata (Imposto sobre Imposto) do
imposto de consumo, que tem onerado os preços do
consumo;
ii. Redução da fraude e da evasão fiscal, com o cruzamento
de dados electrónicos entre Sujeitos passivos
(contribuintes);
iii. Transformação do mercado informal para o mercado
formal, por intermédio das exigências na emissão de
facturas e da Contabilidade dos contribuintes;
iv. Maior transparência fiscal e neutralidade fiscal,
permitindo assim a dedução dos impostos suportados
e consequentes reembolsos nos casos de créditos
fiscais, originando maior justiça fiscal;
v. Alargamento da base tributária, ou seja, mais pessoas
a contribuírem e consequente aumento das receitas
fiscais; Maior robustez nos sistemas informáticos dos
contribuintes e da Administração Tributária;
Regime Jurídico das Facturas e Documentos Equivalentes
27. O Regime Jurídico das Facturas e Documentos
Equivalentes, foi instituído pelo Decreto Presidencial nº 149/13,
de 1 de Outubro, considerando que a correcta aplicação dos
Códigos do Imposto Industrial, do Imposto de Consumo, do
Imposto de Selo, entre outros, depende da existência de um
sistema de facturação consistente, coerente e transversal;
28. O Novo Regime Jurídico das Facturas e Documentos
Equivalentes, entrou em vigor a 4 de Abril de 2019, determinado
no Decreto Presidencial 292/18 de 3 de Dezembro.
Concernente ao Código Tributário4
29. Considera-se que a correcta aplicação dos Códigos
Tributários, depende da existência de um sistema de facturação
consistente, coerente e transversal
30. Valorizando as necessidades crescentes de formalização
da economia angolana, e de desincentivo da informalidade como
mecanismo de sobrevalorização de custos, ou até encobrimento de
despesas não relacionadas com a manutenção de fonte produtora
das empesas;
31. Visando a necessidade de se tornar as declarações dos
contribuintes mais comprováveis objectivas e inequívocas.
Concernente ao Imposto Industrial
32. Em sede do Imposto Industrial, concernente a
documentação de custos, para apuramento da matéria colectável,
é apenas aceite quando devidamente documentado (Artigo 17º, nº
1 do CII), e não é aceite, nos casos, quando indevidamente
documentado5 (Artigo 17º, nº 2 do CII) ou não documentado6
(Artigo 17º, nº 3 do CII).
Concernente ao Imposto de Consumo
33. Obrigatoriedade da emissão de factura ou documento
equivalente, nos termos previstos no Regime Jurídico da Facturas
e Documentos equivalentes (Artigo 15º do RIC);
34. A organização da Contabilidade, deve permitir o seu
controlo imediato e evidenciar todos os requisitos da factura

4
Código Geral Tributário - é um instrumento normativo fundamental do
sistema tributário do país, aplica-se as relações jurídico-tributárias em geral.
5 Indevidamente documentadas - aquelas despesas em que a

documentação em posse do contribuinte apenas identifica o nome ou


entidade legal e respectivo número de identificação fiscal do beneficiário
do seu pagamento (Artigo 17º, nº 6 do CII).
6 Não documentadas - aquelas despesas em que não existe

documentação válida de suporte da despesa nos termos da lei, mas em


que sua ocorrencia e natureza são materialmente comprováveis (Artigo
17º, nº 7, do CII)
previstos no Regime Jurídico da Facturas e Documentos
equivalentes (Artigo 16º do RIC);
35. Na escrituração, não são permitidos atrasos superiores a
30 dias (Artigo 17º do RIC);
Concernente ao Imposto de Selo
36. A organização da contabilidade, deve possibilitar o
conhecimento claro e inequívoco dos elementos necessários
(Artigo 20º do CIS);
Orçamento Geral do Estado – OGE
37. O Orçamento Geral do Estado, constitui o plano financeiro
anual ou plurianual consolidado do Estado e deve reflectir os
objectivos, as metas e as acções contidos nos instrumentos de
planeamento nacional.
38. Uma das acções de política económica para o ano 2020,
visa o aprofundamento da Consolidação Fiscal e Solidificação da
Estabilidade Macroeconómica, com a implementação das medidas
de estabilização macroeconómica conta com o apoio financeiro e
técnico do Fundo Monetário Internacional, no âmbito do
Programa de Financiamento Ampliado -Extended Fund Facility –
EFF. (OGE 2020, Cap. IV. 209).
39. A perspectiva é de que nos próximos anos se consiga
melhorar significativamente a trajectória fiscal (OGE 2020, Cap. IV.
210).
40. A consolidação fiscal tem um papel essencial na
materialização dos objectivos de estabilização macroeconómica,
ao reduzir as vulnerabilidades fiscais e ao conduzir a dívida para
níveis mais moderados (OGE 2020, Cap. IV. 211).
41. Assim sendo, uma das principais acções que tem sido
levada a cabo está voltada para o aumento da base tributária e
reforma dos instrumentos fiscais (OGE 2020, Cap. IV. 212).
42. As projecções fiscais do OGE 2020 apontam para um saldo
fiscal de 1,2% do PIB e para a continuidade de criação de um
superavit primário de 7,1% do PIB. isto resulta de fluxos globais
de Receitas Fiscais de Kz: 8.614,7 mil milhões (20,4% do PIB)
(OGE 2020, Cap. VI. 365).
43. A Lei nº 30/19, de 27 de Dezembro, Lei que aprova o
Orçamento Geral do Estado para o exercício económico de 2020,
no seu Artigo 2º, determina como peças integrantes, na alínea a),
o Resumo da Receita por natureza Económica e na alínea b), o
Resumo da Receita por Fonte de Financiamento.

Resumo da Receita por Natureza Económica - Exercício 2020


Natureza Valor %
Total Geral: 15.970.605.826.135,00 100,00
1 – Receitas Correntes 8.613.716.670.363,00 53,93
11 – Receitas Tributárias 5.485.581.885.846,00 34,35
111 – Impostos 4.790.133.038.159,00 29,99
1114 – Imposto sobre o Consumo 712.317.374.594,00 4,46
111405 – Imposto Sobre o Valor Acrescentado 574.386.581.765,007 3,60
11140501 – Iva – Regime Geral 574.386.581.765,00 3,60
Fonte: OGE 2020

44. As receitas fiscais resultantes da cobrança do Imposto


sobre o Valor Acrescentado são distribuídas, nos seguintes
termos:
a) 65% são receitas recolhidas na Conta Única do Tesouro;
e
b) Os restantes 35% vão para conta de reembolso8.

7
AKZ 574.386.581.765,00 Quinhentos e setenta e quatro mil milhões,
trezentos e oitenta e seis milhões, quinhentos e oitenta e um mil e
setecentos e sessenta e cinco kwanzas
8
Conta de reembolso - conta bancária única e exclusivamente, para
assegurar os pagamentos correspondentes aos pedidos de reembolsos dos
sujeitos passivos, legalmente autorizados, não podendo ser usada para fins
diversos diferentes cuja competência de gestão é do Presidente do Conselho
de Administração da AGT. (Artigo 51º do CIVA).
INDICE GERAL
SUMÁRIO EXECUTIVO .................................................................. 10
INDICE GERAL ................................................................................ 17
IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO IVA .................... 19
Lei nº 7/19, de 24 de Abril. Lei que Aprova o Código do
Imposto sobre o Valor Acrescentado ........................................ 20
Lei nº 17/19, de 13 de Agosto. Lei que Altera a Lei que
Aprova o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado ...... 94
Decreto Presidencial nº 180/19, de 24 de Maio.
Regulamento do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado ............................................................................. 103
Despacho Presidencial nº 85/19, de 24 de Maio. Delega
competência ao Ministro das Finanças para aprovar os
modelos declarativos do Imposto sobre o Valor Acrescentado
.................................................................................................... 138
Decreto Executivo nº 134/19, de 10 de Junho. Modelos
Declarativos do Imposto sobre o Valor Acrescentado ........... 140
Decreto Legislativo Presidencial Provisório nº 1/19, de 28
de Junho. Suspensão da entrada em vigor do Imposto sobre o
Valor Acrescentado ................................................................... 155
Decreto Presidencial nº 215/19, de 15 de Julho. Alteração
do nº 3 do Artigo 9º e o aditamento do artigo 35º-B ao Estatuto
Orgânico da Administração Geral Tributária.......................... 157
LEGISLAÇÃO AVULSA E CONEXA AO IVA................................. 163
Decreto Executivo nº 363/17, de 26 de Julho. Regime
Jurídico daTramitação e Registo Electrónico dos
Procedimentos e Processos Tributários ................................. 165
Decreto Presidencial nº 292/18, de 3 de Dezembro. Regime
Jurídico das Facturas e Documentos Equivalentes ................ 177

17
Decreto Presidencial nº 312/18, de 21 de Dezembro.
Regime Jurídico da Submissão Electrónica dos Elementos
Contabilísticos dos Contribuintes (SAF-T AO) ....................... 191
Decreto Executivo nº 73/19, de 6 de Março. Regras de
Impressão Tipográfica de Facturas e Documentos Equivalentes
.................................................................................................... 261
Decreto Executivo nº 74/19, de 6 de Março. Regras e
Requisitos para Validação de Sistemas de Processamento
Electrónico de Facturação dos Contribuintes ......................... 270
Decreto Presidencial nº 231/19, de 22 de Julho. Altera o
artigo 14º do Decreto Presidencial nº 312/18, de 21 de
Dezembro - sobre o Regime Jurídico da Submissão Electrónica
dos Elementos Contabilísticos dos Contribuintes. ................. 298
Decreto Presidencial nº 232/19, de 22 de Julho. Aprova o
Regime Jurídico da Comunicação e Tramitação Electrónica dos
Elementos Contabilísticos dos Contribuintes. ........................ 300
Despacho nº 1339/19, de 30 de Setembro. Aprova as
instruções de preenchimento das declarações, mapas, modelos
e formulários a que se refere o artigo 3.º do Decreto Executivo
nº 134/19, de 10 de Junho, que aprova os modelos declarativos
do Imposto sobre o Valor Acrescentado. ................................ 315
Despacho nº 1340/19, de 1 de Outubro. Aprova os modelos
com os requisitos a constar das facturas e documentos
equivalentes a serem impressos tipograficamente. ............... 343
Decreto Presidencial nº 343/19, de 21 de Novembro.
Regime de Liquidação e Pagamento do Imposto sobre o Valor
Acrescentado Aplicável ao Projecto Angola LNG. ................... 349
NOTAS E COMENTÁRIOS ............................................................ 354
ÍNDICE SISTEMÁTICO ................................................................. 361
ÍNDICE REMISSIVO ...................................................................... 366

18
IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO IVA
Lei nº 7/19, de 24 de Abril. Lei que Aprova o Código do Imposto
sobre o Valor Acrescentado.
Lei nº 7/19, de 13 de Agosto. Lei que Altera a Lei que Aprova o
Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
Decreto Presidencial nº 180/19, de 24 de Maio. Regulamento
do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
Despacho Presidencial nº 85/19, de 24 de Maio. Delegada
competência ao Ministro das Finanças para aprovar
os modelos declarativos do Imposto sobre o Valor
Acrescentado.
Decreto Executivo nº 134/19, de 10 de Junho. Modelos
declarativos do Imposto sobre o Valor Acrescentado
Decreto Legislativo Presidencial Provisório nº 1/19, de 28 de
Junho. Suspensão da entrada em vigor do Imposto
sobre o Valor Acrescentado.
Decreto Presidencial nº 215/19, de 15 de Julho. Alteração do
nº 3 do Artigo 9º e o aditamento do artigo 35º-B ao
Estatuto Orgânico da Administração Geral
Tributária.

19
Diário da República I Série nº 55, de 24 de Abril de 2019

Lei nº 7/19, de 24 de Abril. Lei9 que Aprova o Código10 do


Imposto sobre o Valor Acrescentado

Assembleia Nacional

Lei nº 7/19:
Aprova o Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado. -
Revoga o Regulamento do Imposto de Consumo.
republicado pelo Decreto Legislativo Presidencial nº 3-
A/14, de 21 de Outubro, e o Imposto de Selo previsto na
Verba nº 15 da tabela a que se refere o Decreto Legislativo
Presidencial nº 3/14, de 21 de Outubro, que aprova a
Revisão e Republicação do Código do Imposto de Selo.

A reforma tributária em curso no País, o contexto socio


económico que Angola vive e as experiências internacionais
estudadas, aconselham a adopção de um imposto, sem efeito em
cascata, adequado às condições locais e ao mesmo tempo simples
e suficientemente moderno para lidar com a economia
globalizada, cobrado pelo método de crédito do imposto e que
tenha uma única taxa e um número reduzido de senções, baseado
nas melhores práticas tributárias.
O IVA destaca-se por ser um imposto indirecto, plurifásico
de incidência ampla que abrange de forma generalizada, as
transmissões onerosas de bens, as prestações onerosas de

9
Lei – do latim lege - Norma, regra, princípio constante, prescrição legal;
domínio, poder, mando; regra de Direito ditada pela autoridade estatal e
tornada obrigatória para manter, numa comunidade, a ordem e o
desenvolvimento; norma pela qual o agente usa os meios necessários,
reagindo e repelindo agressão a direito seu ou de terceiro.
10
Código – do latim codice - Coleção de leis, de regras ou preceitos; conjunto
metódico e sistemático de disposições legais relativas a um assunto ou ramo
do direito.
20
serviços e as importações, abarcando pontos de produção,
distribuição e comercialização.
Considerando que a implementação do IVA em Angola há-de
permitir o alargamento da base tributária, a atracção de
investimentos, a eliminação da dupla tributação no Imposto de
Consumo e o combate à evasão e a fraude fiscal11, bem como o
enquadramento gradual da economia informal:
A Assembleia Nacional aprova, por mandato do Povo, nos
termos das disposições combinadas da alínea o) do nº 1 do artigo
165º e da alínea d) do nº 2 do artigo 166º ambos da Constituição
da República de Angola, a seguinte:

LEI QUE APROVA O CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR


ACRESCENTADO

Artigo 1º
Aprovação

É aprovado o código do Imposto sobre o Valor Acrescentado,


anexo à presente Lei e que dela é parte integrante.

Artigo 2º
Revogação

1. É revogado o regulamento do Imposto de Consumo,


republicado pelo Decreto Legislativo Presidencial nº 3-A/14,
de 21 de Outubro12, e demais legislação que contrarie o disposto

11
Fraude Fiscal – crime tributário, que consiste, na não liquidação, entrega
ou pagamento de prestação tributária, em virtude da falsificação, viciação
de documentos, ou simulação de acto ou negócio jurídico, tomando
vantagem patrimonial e legítima (Artigo 172º, nº 1 da Lei nº 21/14, de 22 de
Outubro)
12
Decreto Legislativo Presidencial nº 3-A/14, de 21 de Outubro.
Regulamento do Imposto de Consumo publicado em Diário da República I
Série Nº 191, de 21 de Outubro de 2014
21
na presente Lei e no Código do Imposto Sobre o Valor
Acrescentado.
2. É ainda revogado o Imposto de Selo previsto na Verba nº
15 da tabela [vide página Erro! Indicador não definido.] a que se
refere o Decreto Legislativo Presidencial nº 3/14, de 21 de
Outubro, que a prova a Revisão e Republicação do Imposto de Selo.

Artigo 3º13
Entrada em vigor

1. O Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado entra em


vigor a 1 de Julho de 2019.
2. As disposições do Código do Imposto Sobre o Valor
Acrescentado aplicam-se, com carácter obrigatório, na data da sua
entrada em vigor:
a) Aos Sujeitos passivos cadastrados na Repartição Fiscal
dos Grandes Contribuintes14;
b) às importações de bens.
3. Os sujeitos passivos cadastrados nas outras Repartições
Fiscais podem aderir ao cumprimento das disposições do Código
do Imposto sobre o Valor Acrescentado, a partir da data da sua
entrada em vigor, mediante verificação cumulativa dos requisitos
previstos no artigo 62º do Código do Imposto Sobre o Valor
Acrescentado.

13
Nova redacção introduzida pela Lei nº 17/19, de 13 de Agosto, Lei que
Altera a Lei que Aprova o CIVA:
1. A presente Lei entra em vigor a 1 de Outubro de 2019.
2. (…)
3. (…)
4. (…)
14
Os critérios para a classificação dos grandes contribuintes, os seus direitos
e obrigações, bem como funcionamento da Repartição fiscal dos Grandes
Contribuintes, são regulados pelo Decreto Presidencial nº 147/13, de 1 de
Outubro.
22
4. As disposições do Código do Imposto Sobre o Valor
Acrescentado aplicam-se com carácter obrigatório a todos os
Sujeitos passivos desse imposto a partir de 1 de Janeiro de 2021.

Artigo 4º
Regime transitório

1. Sem prejuízo de optarem pelo regime normal de


tributação, os sujeitos passivos previstos no nº 3 do artigo anterior
estão sujeitos a uma tributação simplificada, nos exercícios fiscais
de 2019 e 2020, desde que tenham atingido no exercício anterior,
um volume anual de negócios ou operações de importações
superior em Kwanzas equivalente ao montante previsto para as
Micro-Empresas, conforme a alínea a) do nº 2 do artigo 5º da Lei
nº 30/11 de a3 de Setembro, Lei das Micro, Pequenas e Médias
Empresas.
2. Para efeitos de apuramento do valor mencionado no
número anterior, aplica-se ao volume anual de negócios ou
operações de importação, a taxa de câmbio média anual de venda
do Banco Nacional de Angola.
3. Nos casos dos sujeitos passivos em início de actividade, o
volume de negócios é estabelecido de acordo com uma estimativa
por si efectuada.
4. Os sujeitos passivos enquadrados nesse regime devem
submeter, até ao último dia do mês seguinte, por transmissão
electrónica de dados, o mapa de fornecedores contendo as
operações efectuadas no mês anterior, sempre que adquiram bens
e serviços a sujeitos passivos do regime geral do imposto, bem
como a prestadores de serviços não residentes.
5. Os sujeitos passivos mencionados neste artigo são
obrigados a manter em boa ordem e a exibir sempre que lhes seja
solicitado os documentos comprovativos das suas aquisições, bem
como outros documentos comprovativos do seu volume de
negócios.

23
Artigo 5º15
Apuramento e Pagamento do Imposto

1. Os Sujeitos passivos referidos no nº 1 do artigo 4º, que não


optem pelo regime geral, procedem ao pagamento do imposto
trimestralmente nos meses de Abril, Julho, Outubro e Janeiro.
2. O imposto a que se refere o número anterior é apurado
mediante aplicação da metade da taxa do Imposto sobre o Valor
Acrescentado sobre o volume de negócios respeitante aos três
meses anteriores, com direito à dedução, até ao limite de 4% do
imposto suportado nas suas aquisições de bens e serviços que
constem do mapa de fornecedores a que se refere o nº 4 do artigo
anterior.
3. Para efeitos do disposto no número anterior, o volume de
negócios corresponde ao montante efectivamente recebido das
vendas efectuadas e os serviços prestados, com excepção das
operações isentas do abrigo do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado.
4. Os sujeitos passivos previstos no nº 1 submetem uma
declaração simplificada, por transmissão electrónica de dados, até

15
Nova redacção introduzida pela Lei nº 17/19, de 13 de Agosto, Lei que
Altera a Lei que Aprova o CIVA
1. (…)
2. O Imposto Sobre o Valor Acrescentado a que se refere o número
anterior é apurado mediante aplicação da taxa de 3% sobre o volume
de negócios respeitante aos três meses anteriores, com direito a
dedução, até ao limite de 4% do imposto suportado nas suas aquisições
de bens e serviços que constem do mapa de fornecedores a que se
refere o nº4 do artigo anterior.
3. (…)
4. (…)
5. Os sujeitos passivos do regime transitório apuram. ainda,
Imposto Sobre o Valor Acrescentado, quando a adquiram serviços a
prestadores não residentes.
6. Para efeitos do número anterior, o Imposto é apurado mediante
aplicação da taxa de 3% sobre os serviços efectivamente pagos.
7. (…)
24
ao último dia do mês seguinte àquele a que respeitam as operações
dos três meses anteriores.
5. Os sujeitos passivos do regime transitório aplicam as
regras de liquidação e pagamento do regime geral de tributação
quando adquiram serviços a prestadores não residentes.
6. Os serviços referidos no número anterior correspondem
aos efectivamente pagos e sujeitam-se à metade da taxa do
Imposto sobre o Valor Acrescentado.
7. Não é concedido reembolso sempre que o montante da
dedução a que se refere o nº 2 seja superior ao imposto apurado
nos termos do presente artigo, caso em que a dedução é efectuada
nos períodos de impostos seguintes até ao fim do período
transitório, considerando-se definitivo o imposto suportado.

Artigo 6º16
Actualização do cadastro

1. Os sujeitos passivos do Imposto Sobre o Valor


Acrescentado devem apresentar, obrigatoriamente, por
transmissão electrónica de dados, a declaração de início de
actividade enquanto sujeito passivo do Imposto Sobre o Valor
Acrescentado, no prazo de 60 dias após entrada em vigor da
presente Lei.
2. Sem prejuízo da submissão por transmissão electrónica de
dados da declaração de início de actividade, o cadastro dos
sujeitos passivos inscritos na Repartição Fiscal dos Grandes

16
Nova redacção introduzida pela Lei nº 17/19, de 13 de Agosto, Lei que
Altera a Lei que Aprova o CIVA:
1. Os Sujeitos passivos do Imposto sobre o Valor Acrescentado
devem apresentar, obrigatoriamente, por transmissão electrónica de
dados, a declaração de início de actividade, no prazo de 30 dias apos a
publicação da presente Lei.
2. (…)
3. (…)
4. (…)
25
Contribuintes é oficialmente actualizado, pela Administração
Geral Tributária17.
3. Os sujeitos passivos referidos no nº 1 do artigo 4º devem
durante o período transitório, efectuar a actualização do cadastro
prevista no Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado,
através da transmissão electrónica de dados, da correspondente
declaração de início de actividade.
4. Até 1 de Janeiro de 2021 os sujeitos passivos referidos no
nº 4 do artigo 3º devem obrigatoriamente possuir cadastro
actualizado para efeito do regime do Imposto Sobre o Valor
Acrescentado.

Artigo 7º
Isenção do Imposto de Selo

1. Os Sujeitos passivos do Imposto Sobre o Valor


Acrescentado, abrangidos pelo regime geral desse imposto, bem
como os abrangidos pelo regime transitório, ficam isentos do
Imposto de Selo previsto na Verba nº 23.3 da tabela [vide página
Erro! Indicador não definido.] a que se refere o Decreto Legislativo
Presidencial nº 3/14 de21 de Outubro, que aprova a Revisão e
Republicação do Código do Imposto de Selo.
2. Estão isentas do Imposto de Selo previstos nas Verbas nºs
16, 17, 21 e 22 da tabela [vide página Erro! Indicador não
definido.] a que se refere o Decreto Legislativo Presidencial nº
3/14, de 21 de Outubro, que aprova a Revisão e Republicação do
Código do Imposto de Selo, as operações de financiamento, locação
financeira, reporte, seguros e resseguros que sejam sujeitas e não
isentas do Imposto sobre o Valor Acrescentado.

17
Administração Geral Tributária, abreviadamente designada por «AGT», é
uma pessoa colectiva de direito público, que integra a administração
indirecta do Estado, que goza de personalidade e capacidade juridica e é
dotada de autonomia administrativa, regulamentar, patrimonial e financeira
(Artigo 1º do decreto Presidencial nº 324/14 , de 15 de dezembro)
26
Artigo 8º
Sector Petrolífero

As entidades que exerçam operações petrolíferas em


território nacional são Sujeitos passivos do Imposto Sobre o Valor
Acrescentado.

Artigo 9º18
Imposto de Consumo incorporado nas mercadorias
adquiridas

1. Na data de entrada em vigor do Código do Imposto Sobre


o Valor Acrescentado, os sujeitos passivos enquadrados no regime
geral de tributação, nas transmissões de bens em que tenham
suportado o Imposto de Consumo, não devem incorporar ao preço
de venda dos bens o Imposto de Consumo, apenas o Imposto Sobre
o Valor Acrescentado.
2. Visando eliminar a distorção nos preços o Imposto de
Consumo suportado nas aquisições de bens é deduzido na
totalidade na matéria colectável do Imposto Sobre o Rendimento,
enquanto titular, no exercício económico em que efectuar a
transmissão de bens.
3. A recuperação do Imposto de Consumo prevista no
presente artigo só pode ser feita até o exercício de 2020.

18
Nova redacção introduzida pela Lei nº 7/19, de 13 de Agosto. Lei que
Altera a Lei que Aprova o CIVA:
1. (...)
2. O Imposto de Consumo suportado nas aquisições de bens é
deduzido na totalidade na colecta do Imposto sobre o Rendimento,
enquanto titular, no exercício económico em que efectuar a
transmissão dos bens.
3. A recuperarão do Imposto de Consumo prevista no presente
artigo só pode ser feita até ao exercício de 2022.
27
Artigo 10º
Dúvidas e Omissões

As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e


aplicação da presente Lei são resolvidas pela Assembleia Nacional.
Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, aos
21 de Fevereiro de 2019.

O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade


Dias dos Santos.
Promulgada aos 11 de Abril de 2019.
Publique-se
O Presidente da República, JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO.

CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Artigo 1º
Âmbito e aplicação territorial

1. O presente Código aplica-se a todo o território nacional.


2. Para efeitos do presente Código e demais legislação
aplicável, o território nacional corresponde ao território da
República de Angola que compreende a extensão do espaço
terrestre, as águas interiores e o mar territorial, o espaço aéreo, o
solo e o subsolo, o fundo marinho e os leitos correspondentes, tal
como se encontra definido no nº 2 do artigo 3º da Constituição19
da República de Angola, bem como outras áreas territoriais ou
internacionais sobre os quais o direito ou os acordos

19
Nos termos da Constituição, da lei e do direito internacional, o Estado
exerce a sua soberania sobre a totalidade do território nacional,
compreendendo este a extensão do espaço terrestre, as aguas interiores e
o mar territorial, bem como o espaço aéreo, o solo e o subsolo, o fundo
marinho e os leitos correspondentes (Artigo 3º, nº 2 da CRA)
28
internacionais reconhecem poder de jurisdição tributária à
República de Angola.

Artigo 2º
Definições

Para efeitos do presente Código, salvo se expressamente


indicado em contrário, as palavras e expressões nela usadas têm o
seguinte significado:
a) Bens de Abastecimento - As provisões de bordo,
sendo considerados como tais os produtos destinados
exclusivamente ao consumo da tripulação e dos
passageiros; os combustíveis, carburantes,
lubrificantes e outros produtos destinados ao
funcionamento das máquinas de propulsão e de outros
aparelhos de uso técnico instalados a bordo; e os
produtos acessórios destinados à preparação,
tratamento e conservação das mercadorias
transportadas a bordo;
b) Imposto cativo - O montante retido, a título de
Imposto sobre o Valor Acrescentado para entrega ao
Estado, por parte do adquirente de bens e serviços, que
conste de factura ou documento equivalente, nas
condições previstas no artigo 21º do presente código;
c) Operações Petrolíferas - Actividades de prospecção,
pesquisa, avaliação, desenvolvimento, produção,
armazém, venda, exportação, tratamento e transporte
de petróleo realizadas ao abrigo da Lei das
Actividades Petrolíferas20;
d) Operações Mineiras - Actividade de prospecção,
pesquisa, reconhecimento, exploração e tratamento de
recursos minerais nos termos do Código Mineiro21;

20
Lei das Actividades Petrolíferas. Lei nº 10/04, de 12 de Novembro,
Publicado no Diário da República I Série – nº 91, de 12 de Novembro de 2014.
21
Lei nº 1/92, de 17 de Janeiro, Lei das Actividades Geológicas e Mineiras.
Publicado no Diário da República I Série, nº 3 de 17 de Janeiro de 1992.
29
e) Regime de Não Sujeição - Regime que consiste na não
Liquidação do Imposto Sobre o Valor Acrescentado nas
transmissões de bens e prestações de serviços
efectuados pelos sujeitos nele abrangidos, sendo que
estes suportam o imposto nas importações, bem como
a aquisição de bens e serviços, sem haver direito à
dedução do imposto suportado;
f) Sociedade Investidora Petrolífera - São as entidades
com vínculo contratual com a Concessionária Nacional,
nos termos da Lei das Actividades Petrolíferas, ou que,
não tendo o referido vínculo, estejam sujeitas ao
regime especial de tributação das actividades
petrolíferas;
g) Vale - Instrumento que se traduz num pré-pagamento
que titula o recebimento de bens ou serviços ou um
desconto, podendo ser finalidade única, quando os
bens a entregar ou os serviços a prestar, a identidade
dos potenciais fornecedores ou prestadores e o local
da entrega dos bens ou prestação dos serviços estão
identificados no momento da emissão do Vale; ou de
finalidade múltipla, em todos os outros casos,
incluindo o das moedas digitais;
h) Valor Normal - O montante total que, a fim de obter os
bens ou serviços em questão, o adquirente ou
destinatário, no mesmo estádio de comercialização e
que realiza a entrega de bens ou prestação de serviços
teria de pagar, em condições de livre concorrência, a
um fornecedor ou prestador independente, e com
equivalente posição de mercado, no tampo e lugar em
que é efectuada a operação ou no tempo e lugar mais
próximos. Este montante inclui, sempre que sejam
aplicáveis, impostos especiais de consumo, direitos,
Taxas e outras imposições cobrados, com excepção do
Imposto sobre o Valor Acrescentado. Na ausência de
uma operação tributável comparável, o valor de
mercado será o montante estabelecido pela
Administração Geral Tributária, com base no mais
30
apropriado de entre os reconhecidos métodos
internacionais;
i) Volume de Negócios - O valor total das transmissões
de bens e prestações de serviços efectuadas pelo
sujeito passivo22 em determinado exercício
económico, tal como são declaradas para efeitos de
Impostos Sobre o Rendimento;
j) Viatura de Turismo - Qualquer veículo automóvel,
com inclusão de reboque, que, pelo seu tipo de
construção e equipamento, não seja destinado
unicamente ao transporte de mercadoria ou a uma
utilização de carácter agrícola, comercial ou industrial,
ou que, sendo misto ou de transporte de passageiros,
não tenha mais de dez lugares, com a inclusão do
condutor.

CAPÍTULO II
Incidência e Facto Gerador

Artigo 3º
Incidência objectiva

1. Estão sujeitas a Imposto sobre o Valor Acrescentado:


a) As transmissões de bens e as prestações de serviços
efectuadas no território nacional, a título oneroso por
um sujeito passivo, agindo nessa qualidade;
b) As importações de bens.

22
Sujeito passivo da realção tributária são as pessoas singulares e
colectivas, as sociedades irregulares, os sócios das sociedades civis não
constituídas sob a forma social e os membros dos patrimônios autónomos
incluindo a herança indivisa e a herança jacente, ou das organizações de
facto, bem como outras entidades que, nos termos legais e ainda que como
substitutos ou responsáveis, devam cumprir a obrigação tributária principal
(Artigo 28º, nº 4, da Lei nº 21/14, de 22 de Outubro) conjugado com (Artigo
14º, nºs 2 e 3, da Lei nº 7/11, de 16 de Fevereiro)
31
2. A transmissão de bens ou prestação de serviços, acessória
a outra transmissão de bens ou a outra prestação de serviços,
considera-se parte integral da mesma.

Artigo 4º
Incidência subjectiva

1. São Sujeitos passivos do imposto:


a) Qualquer pessoa singular, colectiva ou entidade que
exerça, de modo independente, actividades
económicas, incluindo de produção, comércio, ou de
prestação de serviços, profissões liberais, actividades
extractivas, agrícola, aquícola, apícola, avícola,
pecuária, piscatória e silvícola;
b) As pessoas singulares, colectivas ou entidades que
realizem importações de bens nos termos da legislação
aduaneira;
c) As pessoas singulares, colectivas ou entidades que
mencionem indevidamente o Imposto sobre o Valor
Acrescentado em factura ou documento equivalente;
d) As pessoas singulares, colectivas ou entidades, sujeitos
passivos do imposto, que sejam adquirentes de
serviços de entidades não residentes sem domicílio,
sede ou estabelecimento estável no território nacional,
nos termos do nº2 do artigo 29º do presente Código.
2. São ainda sujeitos passivos do imposto:
a) O Estado, as entidades governamentais e outros
organismos públicos, incluindo, Institutos Públicos,
Autarquias, Instituições Públicas de previdência e
segurança social, excepto quando actuem dentro dos
poderes de autoridade e daí não resultem distorções
de concorrência;
b) Os partidos e coligações políticas, os sindicatos e
instituições religiosas legalmente constituídas, na
medida em que se efectuem operações tributáveis.
3. Não se consideram Sujeitos passivos do imposto os
assalariados e outras pessoas, na medida em que se encontrem
32
vinculados a entidade patronal por um contrato de trabalho, ou
por contrato que, não sendo um contrato de trabalho, estabeleça
vínculos de subordinação no que diz respeito às condições de
trabalho e de remuneração e à responsabilidade da entidade
patronal.

Artigo 5º
Transmissão de bens

1. Considera-se, em geral, transmissão de bens a


transferência onerosa de bens corpóreos por forma
correspondente ao exercício do direito de propriedade.
2. Para efeitos do número anterior, a energia eléctrica, o gás,
o calor, o frio e similares são considerados bens corpóreos.
3. Consideram-se ainda transmissões de bens nos termos do
nº1:
a) A entrega material de bens em execução de um
contrato de locação com cláusula de transmissão de
propriedade vinculante para ambas as partes;
b) A entrega material de m´´oveis decorrente da execução
de um contrato de compra e venda, em que se preveja
a reserva de propriedade até ao momento do
pagamento total ou parcial do preço;
c) As transferências de bens entre comitente e
comissário, efectuadas em execução de um contrato de
comissão nos termos do Código Comercial, incluindo a
transferência de bens entre consignante e
consignatário de mercadorias enviadas à consignação.
Na comissão de venda considera-se comprador o
comissário; na comissão de compra é considerado
comprador o comitente;
d) A não devolução, no prazo de 180 dias a contar da data
da entrega ao destinatário, das mercadorias enviadas a
consignação;
e) A afectação permanente de bens da empresa a uso
próprio do seu titular, do pessoal ou, em geral a fins
alheios à mesma, bem como a sua transmissão gratuita,
33
quando relativamente a esses bens ou aos elementos
que os constituem, tenha havido dedução total ou
parcial do imposto;
f) A afectação de bens por um sujeito passivo a um sector
de actividade isento e, bem assim, a afectação ao activo
imobilizado de bens referidos na alínea a) do número
1 do artigo 24ºquando relativamente a esses bens
tenha havido dedução total ou parcial do imposto;
g) A afectação permanente de bens do sujeito passivo no
caso de cessação da actividade, nos termos do artigo
46º.
4. Consideram-se objecto da transmissão os bens adquiridos,
importados ou produzidos que não se encontrem nos locais em
que o sujeito passivo exerce a sua actividade, bem como os que
tenham sido consumidos em quantidades que tendo em conta o
volume de produção, devam considerar-se excessivas. São
também considerados como tendo sido adquiridos pelo sujeito
passivo os bens que se encontrarem em qualquer dos referidos
locais.
5. Em qualquer dos casos referidos no número anterior, a
presunção é iludível sempre que o sujeito passivo apresente prova
do destino dado aos bens.
6. Não são consideradas transmissões de bens as cessões
feitas a título oneroso ou gratuito do estabelecimento comercial,
da totalidade de um património ou de uma parte dele, que seja
susceptível de constituir um ramo de actividade independente,
quando, o adquirente seja, ou venha a ser pela facto da aquisição,
um sujeito passivo do imposto nos termos alínea a) do nº 1 do
artigo 4º, que pratique exclusivamente operações que confiram
direito à dedução. A Administração Geral Tributária adopta as
medidas necessárias, com vista a prevenir distorções de
concorrência, fraude, evasão, elisão ou planeamento fiscal
abusivo.
7. Excluem-se do imposto na alínea e) do nº 3 as amostras e
ofertas efectuadas em conformidade com os usos comerciais,
desde que, em qualquer dos casos, os bens não se destinem a
posterior comercialização e respectivo valor unitário seja igual ou
34
inferior a 569 UCF 23e o valor global anual não exceda o montante,
em Kwanzas equivalente a 22.727 UCF.

Artigo 6º
Prestação de serviços

1. Considera-se, em geral, prestação de serviços qualquer


operação efectuada a título oneroso, que não constitua
transmissão ou importação de bens ou de dinheiro, `a exclusão da
transmissão onerosa de dinheiro.
2. Considera-se ainda prestação de serviço a título oneroso:
a) A utilização de bens da empresa para uso próprio do
seu titular, do pessoal ou, em geral, a fins alheios à
mesma e ainda em sectores de actividade isentos
quando, relativamente a esses bens ou aos elementos
que os constituem, tenha havido dedução total ou
parcial de imposto;
b) As que tenham sido efectuadas a título gratuito pela
própria empresa com vista as necessidades
particulares do seu titular, do pessoal ou, em geral, a
fins alheios a mesma.
3. Quando a prestação de serviço for efectuada por
intervenção de um mandatário, agindo em nome próprio, este é,
sucessivamente, adquirente e prestador de serviço.
4. O pagamento de uma indemnização, sempre que seja
efectuado a um sujeito passivo no âmbito de um contrato de
seguros, é tido como a contraprestação de uma prestação de
serviço executada por esse mesmo sujeito passivo.
5. O disposto no nº6 do artigo anterior é igualmente aplicável
às prestações de serviços.

23
Unidade de Correcção Fiscal, abreviadamente designada por UCF, é o
instrumento que deve servir para manter actualizadas as importâncias
líquidas e não pagas, de taxas e outras receitas devidas ao Estado (Artigo 1º,
nº 1 da Lei nº 12/96, de 24 de Maio, que Cria a Unidade de Correcção Fiscal);
nomeadamente, impostos, taxas, multas e outras receitas de natureza
tributárias (Despacho nº 174/11, de 11 de Março, determina o valor da UCF)
35
Artigo 7º
Vales

1. A cessão de um Vale de finalidade única efectuada por um


sujeito passivo, em nome próprio, é considerada uma entrega dos
bens ou prestação dos serviços a que o Vale diz respeito.
2. Caso a cessão do Vale de finalidade única seja efectuada
por um sujeito passivo actuando em nome de outro sujeito
passivo, considera-se que essa cessão constitui a entrega dos bens
ou a prestação de serviços a que o Vale diz respeito, efectuada pelo
outro sujeito passivo.
3. A entrega material dos bens ou a prestação efectiva dos
serviços em troca de um Vale de finalidade múltipla aceite pelo
fornecedor ou prestador como contraprestação ou parte da
contraprestação está sujeita a imposto, nos termos no nº 1 do
artigo 3º.
4. A cessão de um Vale de finalidade múltipla não é
considerada uma operação tributável.

Artigo 8º
Importação de bens

1. Considera-se importação de bens a entrada destes no


território nacional, nos termos da legislação aduaneira.
2. Sempre que os bens sejam colocados, desde a sua entrada
no território nacional numa das situações previstas no artigo 16º,
a entrada efectiva dos mesmos no território nacional para efeitos
da sua qualificação como importação só se considera verificada se
e quando forem introduzidos no consumo.

Artigo 9º
Local das prestações de serviços

1. Quando os bens sejam expedidos ou transportados pelo


fornecedor, pelo adquirente ou pelo terceiro, no contexto de uma
transmissão de bens, considera-se que o local da operação é o

36
lugar em que se inicia o transporte ou a expedição para o
adquirente.
2. Não obstante o disposto no número anterior, são também
tributáveis no território nacional as transmissões feitas pelo
importador e as eventuais transmissões subsequentes de bens
transportados ou expedidos do estrangeiro, quando as referidas
transmissões tenham ocorrido antes da importação.
3. Quando os bens não sejam expedidos nem transportados,
no contexto de uma transmissão de bens, considera-se que o local
da operação é o lugar aonde se encontram os bens no momento da
entrega.
4. No caso de fornecimento de gás, através do sistema de
distribuição de gás natural, ou electricidade, considera-se que o
local da operação corresponde ao lugar da recepção do gás natural
ou da electricidade.

Artigo 10º
Local das prestações de serviço

1. Considera-se que a prestação de serviços ocorre no


território nacional quando nele o adquirente possui domicílio,
sede ou estabelecimento estável para qual os serviços são
adquiridos.
2. Não obstante o disposto no número anterior consideram-
se sempre realizadas no território nacional:
a) As prestações de serviços relacionadas com um imóvel
situado no território nacional, incluindo os que tenham
por objecto preparar ou coordenar a execução de
trabalhos imobiliários e as prestações de peritos
agentes imobiliários, assim como a concessão de
direitos de utilização de bens imóveis;
b) As prestações de serviços de alojamento efectuadas no
âmbito da actividade hoteleira ou de outras
actividades similares e de restauração que tenham
lugar em território nacional.

37
c) Os trabalhos efectuados sobre bens móveis e
peritagem a eles referentes, executados total ou
essencialmente no território nacional;
d) As prestações de serviços de transporte de passageiros
pela distância percorrida no território nacional
e) A locação de veículos motorizados, aeronaves, barcos
de recreio ou quaisquer outros veículos de transporte,
quando os mesmos sejam colocados à disposição do
destinatário em território nacional;
f) As prestações de serviços de carácter artístico,
científico, desportivo, recreativo, de ensino e similares,
compreendendo as dos organizadores destas
actividades e as prestações de serviços que lhes sejam
acessórias, que tenham lugar no território nacional.
3. para efeito do disposto na alínea d) do número anterior, é
considerada distância percorrida no território nacional o percurso
efectuado fora do mesmo, nos casos em que os locais de partida e
de chegada nele se situem. Para este efeito, o trajecto de ida e de
volta considera-se dois transportes.
4. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, as
prestações de serviços utilizadas ou cuja exploração efectiva
ocorra em território nacional, são tributáveis.

Artigo 11º
Facto gerador e exigibilidade

1. Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, o


imposto é devido e torna-se exigível;
a) Nas transmissões de bens, no momento em que os bens
são postos a disposição do adquirente;
b) Nas prestações de serviços, no momento da sua
realização;
c) Nas importações, no momento do cumprimento dos
direitos e demais imposições estabelecidas pelas
disposições aplicáveis aos direitos aduaneiros, sejam
ou não devidos esses direitos;

38
2. Nas transmissões de bens considera-se que os mesmos são
colocados a disposição do adquirente:
a) Se esta implicar transporte efectuado pelo fornecedor
ou por terceiros, no momento em que se inicia o
transporte;
b) Se esta implicar obrigação de instalações ou
montagem, por parte do fornecedor, no momento em
que essa instalação ou montagem estiver concluída.
3. Nas transmissões de bens e prestações de serviços de
caracter continuado, resultante de contratos que dêem lugar a
pagamentos sucessivos, considera-se que os bens são postos à
disposição e as prestações de ser viços são realizadas no termo do
período a que se refere cada pagamento, sendo o imposto devido
e exigível pelo respectivo montante.
4. N caso das transmissões de bens e prestações de serviços
referidas no número anterior em que não seja fixada
periodicidade no pagamento ou esta seja superior a 12 meses, o
imposto é devido e torna-se exigível no final de cada período de 12
meses, pelo montante correspondente.
5. Nas transmissões de bens e prestações de serviços
referidas nas alíneas e) e f) do nº3 do artigo 5º e no nº2 do artigo
6º, o imposto é devido e exigível no momento em que as afectações
de bens ou as prestações de serviços nelas previstas tiverem lugar.
6. Nas transmissões de bens entre comitente e comissário,
referidas na alínea c) do nº3 do artigo 5º, o imposto é devido e
torna-se exigível no momento em que o comissário os puser a
disposição do seu adquirente.
7. No caso de mercadorias enviadas a consignação, tal como
referido na alínea d) do nº3 do artigo 5º, o imposto é devido e
exigível no termo do prazo aí previsto.
8. Sempre que os bens sejam colocados sob um dos regimes
ou procedimentos referidos no nº2 do artigo 8º, o facto gerador e
a exigibilidade do imposto só se verificam no momento em que
forem introduzidos ao consumo.
9. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores e na
alínea b) do nº 1 do artigo 32º, nas transmissões de bens e
prestações de serviços o imposto torna-se exigível:
39
a) Se o prazo previsto para a emissão não for cumprido,
no momento da sua emissão;
b) Se o prazo previsto para a emissão não for cumprido,
no momento em que termina;
c) Se a transmissão de bens ou a prestação de serviços
derem lugar ao pagamento, ainda que parcial,
anteriormente à emissão de factura ou documento
equivalente, no momento do recebimento desse
pagamento, pelo montante recebido, sem prejuízo do
disposto na alínea anterior.
10. O disposto no número anterior é ainda aplicável
aos casos em que se verifique emissão de factura ou documento
equivalente, ou ainda o pagamento, procedendo o momento da
realização das operações tributáveis.
11. Para efeitos do número anterior a exigibilidade do
imposto tem por base o valor facturado ou pago, consoante o caso.

CAPÍTULO III
Isenções

SECÇÃO I
Isenções nas Operações Internas

Artigo 12º
Transmissões de bens e prestações de serviços internos

1. Estão isentas do imposto:


a) A transmissão de bens diversos, conforme Anexo I do
presente Código;
b) As transmissões de medicamentos destinados
exclusivamente a fins terapêuticos e profilácticos;
c) As transmissões de cadeiras de rodas e veículos
semelhantes, accionados manualmente ou por motor,
para portadores de deficiência, aparelhos, máquinas
de escrever com caracteres braille, impressoras para
caracteres braille e os artefactos que se destinam a
ser utilizados por invisuais ou a corrigir a audição;
40
d) A transmissão de livros, incluindo em formato digital;
e) A locação de bens imóveis destinados a fins
habitacionais, designadamente prédios urbanos,
fracções autónomas destes ou terrenos para
construção, com excepção das prestações de serviços
de alojamento efectuadas do âmbito da actividade
hoteleira ou de outra com funções análogas;
f) As operações sujeitas ao imposto de SISA, ainda que
dele isentas;
g) A exploração e a prática de jogos de fortuna ou azar e
de diversão social, bem como as respectivas
comissões e todas as operações relacionadas, quando
as mesmas estejam sujeitas a Imposto Especial sobre
os Jogos, nos termos da legislação aplicável;
h) O transporte colectivo de passageiros;
i) As operações de intermediação financeira, incluindo
as descritas no Anexo III, excepto todas que dão lugar
ao pagamento de uma taxa, ou contraprestação
específica e predeterminada pela sua realização;
j) A prestação de seguros e resseguros, de vida;
k) As transmissões de produtos petrolíferos conforme
Anexo II do presente Código.
2. Podem renunciar a isenção os Sujeitos passivos que
beneficiem da isenção constantes das alíneas b) e d) do número
anterior, optando pela aplicação do imposto às transmissões de
bens e prestações de serviços aí listadas.

Artigo 13º
Renúncia à Isenção

1. O direito de renúncia à isenção, referido no nº 2 do artigo


anterior, é exercido mediante a entrega de declaração à
Administração Geral Tributária, por transmissão electrónica de
dados, nos termos dos artigos 43º e 45º consoante os casos.
2. A Administração Geral Tributária pronuncia-se, no prazo
de 30 dias, a contar da data de entrega da declaração a que se
refere o número anterior, sobre os elementos declarados
41
produzindo efeito de deferimento tácito a falta de
pronunciamento deste prazo.
3. Para efeitos do nº 1, a renúncia à isenção produz efeito a
partir de 1 de Janeiro de Janeiro do ano civil seguinte ao da
actividade no decurso do ano, optando na declaração, salvo se o
sujeito passivo iniciar a sua actividade no decurso do ano, optando
na declaração de início de actividade, que produz efeitos desde a
data de início da actividade.
4. Tendo exercido o direito de renúncia à isenção nos termos
dos números anteriores, o sujeito passivo é obrigado a
permanecer no regime por que optou durante um período de pelo
menos, cinco anos.
5. Se, findo o prazo referido no número anterior, o sujeito
passivo desejar voltar ao regime de isenção, deve informar a
Administração Geral Tributária, mediante o envio, por
transmissão electrónica de dados, de declaração de alteração de
actividades nos termos do artigo 45, a qual produz efeitos a partir
de 1 de Janeiro do ano seguinte ao da conclusão do referido
período.
6. Nos casos de renúncia à isenção, o sujeito passivo pode
deduzir o imposto contido nas existências remanescentes no fim
do ano, mediante confirmação expressa da Administração Geral
Tributária.

SECÇÃO II
Isenções na Importação

Artigo 14º
Importações isenta

1. Estão isentas do imposto:


a) As importações definitivas de bens cuja transmissão
no território nacional seja isenta de imposto;
b) As importações de ouro, moedas ou notas de banco,
efectuadas pelo Banco Nacional de Angola;
c) A importação de bens destinados a ofertas para
atenuar os efeitos das calamidades naturais, tais como
42
cheias, tempestades, secas, ciclones, terramotos e
outros de idêntica natureza, desde que devidamente
autorizado pelo Titular do Poder Executivo.
d) A importação de mercadorias ou equipamentos
destinadas exclusivamente ao Regime Aduaneiro do
Sector Petrolífero e do Código Mineiro
respectivamente.
2. Estão ainda isentas de imposto, as importações de bens
efectuadas:
a) No âmbito de tratados e acordos internacionais de que
a República de Angola seja parte, nos termos previstos
nesses tratados e acordos;
b) No âmbito de relações diplomáticas e consulares,
quando a isenção resulte de tratados e acordo
internacionais celebrados pela República de Angola.

SECÇÃO III
Isenções na Exportação, Operações Assimiladas e
Transporte Internacionais

Artigo 15º
Exportações, operações assimiladas e transportes
internacionais

Estão isentas do imposto:


a) As transmissões de bens expedidos ou transportados
com destino ao estrangeiro pelo vendedor ou por um
terceiro por conta deste;
b) As transmissões de bens de abastecimento postos a
bordo das embarcações que efectuem navegação
marítima em alto mar e que assegurem o transporte
remunerado de passageiros ou exercício de uma
actividade industrial ou de pesca;
c) As transmissões de bens de abastecimento postos a
bordo das aeronaves utilizadas por companhias de
navegação aérea que se dediquem principalmente ao
tráfego internacional e que assegurem o transporte
43
remunerado de passageiros, ou exercício de uma
actividade comercial ou industrial;
d) As transmissões de bens de abastecimento postos a
bordo das embarcações de salvamento, assistência
marítima, pesca costeira e embarcações de guerra,
quando deixem o país com destino a um porto ou
ancoradouro situado no estrangeiro;
e) As transmissões, transformações, reparações,
manutenção, frete e aluguer, incluindo a locação
financeira, embarcações e aeronaves afectas às
companhias de navegação aérea e marítima que se
dediquem principalmente ao tráfego internacional,
assim como as transmissões de bens de abastecimento
postos a bordo das mesmas e as prestações de serviços
efectuadas com vista à satisfação das suas
necessidades directas e da respectiva carga.
f) As transmissões de bens efectuados no âmbito de
relações diplomáticas e consulares cuja isenção resulte
de acordos e convénios internacionais celebrados por
Angola;
g) As transmissões de bens destinados a organismos
internacionais reconhecidos por Angola ou a membros
dos mesmos organismos, nos limites e com as
condições fixadas em acordos e convénios
internacionais celebrados por Angola;
h) As transmissões de bens efectuadas no âmbito de
tratados e acordos internacionais que a República de
Angola seja parte, quando a isenção resulte desses
mesmos tratados e acordos;
i) O transporte de pessoas provenientes ou com destino
ao estrangeiro.

44
Artigo 16º
Regime especial aduaneiro

1. Estão isentas do imposto as operações a seguir indicadas,


desde que os bens a que se referem não tenham utilização nem
consumo final nas áreas mencionadas:
a) As importações de bens que, sob controlo aduaneiro e
de acordo com as disposições aduaneiras
especificamente aplicáveis, sejam postas nos regimes
de zona franca, que sejam introduzidos em armazéns
de regimes aduaneiros ou lojas francas, enquanto
permanecerem sob tais regimes;
b) As transmissões de bens que sejam expedidos ou
transportados para as zonas ou depósitos
mencionados na alínea anterior, bem como as
prestações de serviços directamente conexas com tais
transmissões;
c) As transmissões de bens que se efectuem nos regimes
a que se refere na alínea a), assim como as prestações
de serviços directamente conexas com tais
transmissões, enquanto os bens permanecerem
naquelas situações;
d) As transmissões de bens que se encontrem nos
regimes de trânsito, draubaque ou importação
temporária e as prestações de serviços directamente
conexas com tais operações, enquanto os mesmos
forem considerados abrangidos por aqueles regimes;
e) A reimportação de bens por quem os exportou, no
mesmo estado em que foram exportados, quando
beneficiem de isenção de direitos aduaneiros.
2. As situações referidas no número anterior são definidas
nos termos da legislação aduaneira em vigor.

45
CAPÍTULOIV
Valor Tributável

Artigo 17º
Valor tributável nas operações internas

1. O valor tributável das transmissões de bens e das


prestações de serviços sujeitas a imposto é o valor da
contraprestação obtida ou a obter do adquirente, do destinatário
ou de um terceiro.
2. Quando o valor da contraprestação seja inferior, ou
superior ao valor normal, o valor normal é aplicável, podendo a
Administração Geral Tributária proceder a sua correcção.
3. Não obstante o disposto no nº1, o valor tributável das
transmissões de bens e prestações de serviços abaixo enumeradas
é:
a) Para as operações referidas na alínea d) do nº3 do
artigo 5º, o valor constante da factura ou documento
equivalente a emitir nos termos da alínea b) do nº1 do
artigo 36º;
b) Para as operações referidas nas alíneas e) e f) do nº3
do artigo 5º, o preço da aquisição ou, na sua falta, o
preço de custo, reportados ao momento da realização
das operações;
c) Para as operações referidas no nº2 do artigo 6º, o valor
normal do serviço;
d) Para as transmissões de bens entre comitente e
comissário ou entre comissário e comitente,
respectivamente, o preço de venda acordado pelo
comissário, diminuído da comissão, e o preço de
compra acordado pelo comissário, aumentado da
comissão;
e) Para as transmissões de bens resultantes de actos de
arrematação, venda judicial ou administrativa, de
conciliação ou de contratos de transacção, o valor por
que as arrematações ou vendas tiverem sido

46
efectuadas ou, se for caso disso, o valor normal dos
bens transmitidos;
f) Para as transmissões de bens em segunda mão,
objectos de arte, de colecção e de antiguidades,
efectuados por Sujeitos passivos do imposto que hajam
adquirido de um não sujeito passivo devidamente
identificado, tais bens para revenda, a diferença
devidamente justificada, entre o preço de venda e o
preço de compra, salvo opção expressa pela aplicação
do disposto no nº 1;
g) O valor tributável das operações de seguros à excepção
dos segures de vida e resseguros de vida isentos nos
termos da alínea j) do nº 1 do artigo 12º, é o valor total
dos prémios de seguro pagos pelo adquirente, do
destinatário ou de um terceiro, à seguradora ou
resseguradora.
4. Nos casos em que a contraprestação não seja definida, no
todo ou em parte, em dinheiro, o valor tributável é o montante
recebido ou a receber, acrescido do valor normal dos bens ou
serviços dados em troca.
5. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, o valor
tributável da entrega de bens ou da prestação de serviços em
relação a um vale de finalidade múltipla é igual à contraprestação
paga pelo vale ou, na ausência de informação quanto a essa
contraprestação, ou valor monetário indicado no próprio vale
6. O valor tributável das transmissões de bens e das
prestações de serviço sujeitas a imposto inclui:
a) Os impostos direitos, Taxas, juros e outras imposições,
com excepção do próprio Imposto sobre o Valor
Acrescentado dos outros impostos com características
semelhantes;
b) As dispensas acessórias debitadas quando respeitem
as comissões, embalagem, transporte e seguros por
conta do cliente.

47
7. Do valor tributável referido no número anterior são
incluídos:
a) As quantias recebidas a título de indemnização
declaradas judicialmente, por incumprimento total ou
parcial de obrigações contratuais;
b) Os descontos ou abatimentos;
c) As quantias respeitantes a embalagens, quando as
mesmas não foram transaccionadas, e se faça menção
expressa na factura ou documento equivalente de que
foi acordada a sua evolução.
d) Sempre que os elementos necessários à determinação
do valor tributável sejam expressos em moeda
diferente da moeda nacional a equivalência em
Kwanza efectua-se pela aplicação da taxa de câmbio de
venda fixada pelo Banco Nacional de Angola, à data do
dia em que se verificou a exigibilidade do imposto.

Artigo 18º
Valor tributável nas importações

1. O valor tributável dos bens importados é o valor


aduaneiro, determinado nos termos da legislação aduaneira,
adicionado dos elementos a seguir indicados, na medida em que
nele não estejam compreendidos:
a) Direitos de importação, impostos ou Taxas
efectivamente devidos na importação, com excepção
do próprio Imposto sobre o Valor Acrescentado;
b) Despesas acessórias tais como embalagem,
transportes, seguros e outros encargos, incluindo as
despesas portuárias ou aeroportuárias a que haja
lugar, que se verifiquem até ao primeiro de destino dos
bens no interior do país.
2. Para efeitos do nº1, considera-se primeiro lugar do destino
o que figura no documento de transporte ao abrigo do qual os bens
são introduzidos no território nacional ou, na sua falta, o lugar em
que se efectuar a primeira ruptura de carga no interior do país.

48
3. Nos casos de reimportação não isenta de imposto nos
termos do disposto nos regimes previstos na alínea e) do nº1 do
artigo 16º, de bens exportados temporariamente e que no
estrangeiro tenham sido objecto de trabalho de reparação,
transformação ou complemento de fabrico, o valor tributável é o
que corresponder a operação efectuada no estrangeiro,
determinado de acordo com o disposto no nº1.

CAPÍTULO V
Taxas

Artigo 19º
Taxa do imposto

1. A taxa do imposto é de 14% (catorze por cento).


2. A taxa aplicável é a que vigora no momento em que o
imposto se torna exigível.

CAPÍTULO VI
Liquidação e Pagamento do Imposto

SECÇÃO I
Competência para a liquidação e Imposto cativo

Artigo 20º
Competência para liquidação

A Liquidação do Imposto Sobre o Valor Acrescentado cabe:


a) Aos Sujeitos passivos referidos nas alíneas a), c) e d)
do nº 1 e do nº2, ambos do artigo 4º;
b) Aos serviços aduaneiros, no caso de importação de
bens;
c) À Administração Geral Tributária, no caso de
liquidação oficiosa do imposto.

49
Artigo 21º
Imposto cativo

1. As sociedades Investidoras petrolíferas, o Estado, bem


como quaisquer dos seus serviços, estabelecimentos e
organismos, ainda que personalizados e as autarquias locais24,
exceptuando as Empresas Públicas, devem cativar a totalidade do
imposto contido na factura ou documento equivalente emitido
pelo sujeito passivo aquando da transmissão de bens ou prestação
de serviços.
2. O Banco Nacional de Angola, os bancos comerciais, as
seguradoras e resseguradoras e as operadoras de
telecomunicações devem cativa 50% do imposto contido na
factura ou documento equivalente emitido pelo sujeito passivo
aquando da transmissão de bens ou prestação de serviços.
3. O imposto deve ser cativo no momento da recepção da
respectiva factura ou documento equivalente por parte das
entidades referidas nos números anteriores.
4. A percentagem de Imposto cativo pode ser reduzida para
um ou mais sectores de actividade económica de regulamentação
do Titular do Poder Executivo.
5. Excluem-se do disposto no presente artigo, os serviços
prestados pelos bancos comerciais.

24
Autarquias locais - são pessoas colectivas territoriais correspondentes ao
conjunto de residentes em certas circunscrições do território nacional e que
asseguram a prossecução de interesses específicos resultantes da
vizinhança, mediante órgãos próprios representativos das respectivas
populações (Artigo 217º da CRA).
50
SECÇÃO II
Direito a Dedução

Artigo 22º
Âmbito do direito a dedução

1. O direito à dedução nasce no momento em que o imposto


dedutível se torna exigível, de acordo com o estabelecido no artigo
11º.
2. Para o apuramento do imposto devido, os sujeitos passivos
deduzem, nos termos dos artigos seguintes, ao imposto incidente
sobre as operações tributáveis que efectuaram:
a) O imposto que lhes foi facturado na aquisição de bens
e serviços por outros Sujeitos passivos;
b) O imposto pago pela importação de bens;
c) O imposto liquidado resultante de operações
tributáveis efectuadas por sujeitos passivos
estabelecidos no estrangeiro, quando estes não
tenham no território nacional um representante fiscal
e não tenham incluído o imposto na factura ou
documento equivalente.
3. Só pode deduzir-se o imposto que tenha incidido sobre
bens ou serviços adquiridos, importados ou utilizados pelo sujeito
passivo para a realização das seguintes actividades:
a) Transmissões de bens e prestações de serviços sujeitas
a impostos e dele isentas;
b) Transmissões de bens e prestações de serviços que
consistam em:
i. Exportações e operações isentas, nos termos do artigo
15º;
ii. Operações efectuadas no estrangeiro que seriam
tributáveis, nos termos do artigo 3º, se fossem
efectuadas no território nacional;
iii. Operações cujo valor esteja incluído na base
tributável de bens importados, nos termos da alínea
b) do nº1 do artigo 18º;

51
iv. Transmissões de bens previstos na alínea a) do nº1 do
artigo 12º
4. Pode ainda deduzir-se o imposto que tenha incidido sobre
bens ou serviços adquiridos, importados ou utilizados pelo sujeito
passivo, para a realização de actividades económicas ainda que
não estejam a praticar operações tributáveis nos termos do artigo
3º, desde que as mesmas não respeitem a operações isentas nos
termos do artigo 12º.
5. Não obstante o disposto nos números anteriores:
a) Não pode deduzir-se o imposto que resulte de
operação simulada, ou de que o preço resultante da
factura é simulado;
b) a dedução do imposto está sujeita as limitações
referidas no artigo 50º.

Artigo 23º
Condições para o exercício do direito `dedução

1. O valor do imposto dedutível é subtraído ao valor do


imposto devido pelas operações tributáveis realizadas em cada
período de tributação.
2. A dedução deve ser efectuada na declaração desse período
ou do período seguinte àquele em se tiver verificado a recepção
das facturas, documentos equivalentes ou documento de cobrança
da declaração de importação.
3. Só confere direito à dedução o imposto mencionado nos
seguintes documentos, em nome e na posse do sujeito passivo:
a) Facturas ou documentos equivalentes emitidos nos
termos do Regime Jurídico da Facturas e Documentos
Equivalentes;
b) Notas de liquidação de direitos aduaneiros que fazem
parte das declarações de importação;
c) Recibos emitidos a Sujeitos passivos enquadrados no
regime de caixa, nos termos do artigo 69º.
4. No caso de facturas emitidas pelos próprios adquirentes
dos bens ou serviços, o exercício do direito à dedução fica

52
condicionada à verificação das condições previstas no Regime
Jurídico das Facturas e Documentos Equivalentes.

Artigo 24º
Exclusões do direito à dedução

1. Exclui-se do direito à dedução o imposto incorrido nas


seguintes operações:
a) A aquisição, fabrico ou importação, locação, incluindo
a locação financeira, a utilização, transformação e
reparação de viaturas de turismo, barcos de recreio,
helicópteros, aviões, motos e motociclos;
b) Alojamento, alimentação, bebidas e despesas de
recepção, incluindo as relativas ao acolhimento de
pessoas estranhas à empresa e as despesas relativas a
imóveis ou parte de imóveis e seu equipamento,
destinados principalmente a tais recepções;
c) Aquisição ou importação de tabaco.
2. Não se verifica, contudo, a exclusão ou limitação do direito
à dedução do imposto incorrido relativamente às operações
mencionadas nas alíneas a) e c) do número anterior, quando
respeitem a bens ou serviços cuja venda ou exploração constituía
actividade do sujeito passivo.
3. O disposto no presente artigo não se aplica às Sociedades
Investidoras Petrolíferas, com excepção dos custos próprios.

Artigo 25º
Exclusão do direito à dedução das operações petrolíferas

1. Salvo os custos de abandono, as Sociedades Investidoras


Petrolíferas estão excluídas do direito à dedução do imposto
incorrido nos custos de produção das seguintes operações:
a) Consumo de água e energia;
b) Serviços de comunicação, electrónica e
telecomunicação, independentemente da sua
natureza;

53
c) Serviços de hotelaria e outras actividades a si conexas
ou similares;
d) Locação de máquinas ou outros equipamentos, em que
uma das partes se obriga a proporcionar a outra o gozo
temporário destes bens, mediante retribuição,
excluindo à locação de máquinas ou outros
equipamentos que, pela sua natureza, dêem lugar a
pagamento de royalties, conforme definido no Código
do Imposto Sobre a Aplicação de Capitais;
e) Serviços de consultoria, compreendendo
nomeadamente a consultoria jurídica, fiscal,
financeira, económica, imobiliária, contabilística,
informática, de engenharia, arquitectura, desde que
não assuma um carácter de execução material;
f) Serviços de segurança, informática, auditoria, revisão
de contas e advocacia;
g) Serviços de gestão de estabelecimentos comerciais,
refeitórios, dormitórios, imóveis e condomínios;
h) Aluguer de viaturas;
i) Aquisição ou importação de tabaco.
2. A exclusão de direito a dedução a que se refere as alíneas
a), b) e c) do número anterior é extensiva aos custos de pesquisa,
desenvolvimento e abandono.
3. O imposto suportado pelas Sociedades Investidoras
Petrolíferas nas operações referidas no nº1 é considerado como
custo fiscalmente aceite em sede do Imposto Sobre o Rendimento
do Petróleo.
4. O disposto no presente artigo não se aplica aos custos
próprios incorridos pelas Sociedades Investidoras Petrolíferas.
5. O regime aplicável as operações realizadas pelas
Sociedades Investidoras Petrolíferas sem vínculo contratual com
a Concessionária Nacional existes a data do presente Código é
objecto de diploma específico a ser aprovado pelo Titular do Poder
Executivo.

54
Artigo 26º
Regime de reembolsos

1. Sempre que a dedução de imposto a que haja lugar supere


o montante devido pelas operações tributáveis no período
correspondente, o excesso é deduzido nos períodos subsequentes.
2. Se, passados mais de 3 meses relativos ao período em que
se verificou o excesso, mantiver-se o crédito a favor do sujeito
passivo em montante superior a 3.409 UCF, este pode, se não
desejar manter, no todo ou em parte o procedimento referido no
número anterior, solicitar o correspondente reembolso, sem
prejuízo de antes serem fiscalizados os documentos que
originaram o crédito fiscal25.
3. Independentemente do prazo referido no número
anterior, pode o sujeito passivo solicitar o reembolso quando:
a) Quando se verifique a cessação de actividade nos
termos do artigo 46º;
b) A situação do crédito de imposto resulte da realização
de operações isentas de imposto que confiram direito
à dedução nos termos do ponto i. da alínea b) do nº 3
do artigo 22º26;
c) Passe a enquadrar-se no regime de não sujeição
previsto do artigo 60º.
4. Os reembolsos, quando devidos, devem ser efectuados
pela Administração Geral Tributária até ao final do terceiro mês
seguinte ao da apresentação do respectivo pedido, findo o qual
podem os Sujeitos passivos solicitar a liquidação de juros
indemnizatórios, calculados nos termos estabelecidos no Código
Geral Tributário, desde o termo do prazo para pagamento do
reembolso até a data de emissão do respectivo meio de o

25
Credito tributario é o direito siubjectivo público de, o credor tributário
exigir do devedor o cumprimento das obrigações tributárias (Artigo 2º, nº 1,
alinea f) da Lei 21/14, de 22 de Outubro)
26
Ponto i. da alínea b) do nº 3 do artigo 22º: Transmissões de bens e
prestações de serviços que consistam em: Exportações e operações isentas,
nos termos do artigo 15º.
55
pagamento, quando o atraso for imputado à Administração Geral
Tributária.
5. A Administração Geral Tributária pode suspender o prazo
referido no número anterior por um período de 30 dias contados
a partir da data da recepção da notificação quando, for factos
imputáveis aos Sujeitos passivos, não seja possível aferir a
legitimidade do reembolso solicitado.
6. Findo o prazo referido no número anterior, sem que o
sujeito passivo apresente os documentos solicitados nos termos
do regulamento aplicável, a Administração Geral Tributária
procede à anulação ou correcção do crédito.
7. Quando devidos e confirmados, os reembolsos são
concedidos em numerário ou certificado de crédito fiscal a emitir
pela Administração Geral Tributária.
8. As regras relativas a concessão de reembolsos são objecto
de regulamentação em legislação especial.

Artigo 27
Dedução parcial

1. Nos casos em que o exercício da actividade abranja


conjuntamente operações que conferem direito a dedução e
operações que não conferem esse direito, o imposto suportado nas
aquisições apenas é dedutível na percentagem correspondente ao
montante anual das operações realizadas em que confiram direito
à dedução.
2. Não obstante o disposto no número anterior, o sujeito
passivo deve efectuar a dedução, segundo a afectação real de todos
ou parte dos bens e serviços utilizados, sempre que a
Administração Geral Tributária verifique distorções significativas
na tributação
3. A percentagem da dedução referidas no nº1 resulta de uma
fracção que comporta os seguintes valores:
a) No numerador, o volume anual de negócios efectuados
no ano, imposto excluído das actividades que dão
direito a dedução nos termos do artigo 22º;

56
b) No denominador, o volume anual de negócios
efectuados no ano, imposto excluído de todas as
actividades efectuadas pelo sujeito passivo.
4. No cálculo referido no número anterior, não são, no
entanto, excluídas as transmissões de bens de activo imobilizado
que tenham sido utilizados na actividade do sujeito passivo nem
as operações imobiliárias ou financeiras que tenham um caracter
acessório em relação à actividade por este exercido.
5. A percentagem da dedução, calculada provisoriamente
com base no volume anual de negócios efectuados no ano anterior,
é corrigida de acordo com os valores referentes ao ano a que se
reporta, originando a correspondente regularização das Deduções
efectuadas, a qual deve constar da declaração do último período
do ano a que respeita
6. Os Sujeitos passivos que iniciem a actividade ou a alterem
substancialmente podem praticar a dedução do imposto com base
numa percentagem provisória estimada, a inscrever nas
declarações de início e alteração de actividade, a qual deve ser
posteriormente corrigida através da declaração do último período
de tributação do ano a que respeita actualizando-se oficiosamente
o cadastro dos sujeitos passivos no Registo Geral de Contribuintes.
7. Para determinação da percentagem de dedução, o
quociente da fracção é a arredondado para centésima
imediatamente superior.

Artigo 28º
Operações de seguros

1. Quando o adquirente das operações de seguro seja um


sujeito passivo, o imposto pago relativamente a prémios de seguro
é dedutível, nos termos do artigo 22º a 27º.
2. O imposto pago relativamente ao pagamento de uma
indemnização, efectuada no âmbito de um contrato de seguros, é
dedutível, pela entidade, asseguradora.

57
SECÇÃO III
Pagamento do Imposto

Artigo 29º
Responsabilidade pelo pagamento do imposto

1. A responsabilidade pelo pagamento do imposto devido


relativamente às transmissões de bens ou prestações de serviços
é dos Sujeitos passivos que efectuem essas mesmas operações;
2. Não obstante o disposto no número anterior, sempre que
o adquirente seja um sujeito passivo, o imposto é devido por esse
mesmo adquirente, relativamente a prestações de serviços
localizadas no território nacional, nos termos do artigo 10º,
quando o prestador de serviços seja um sujeito passivo não
residente e não disponha de um estabelecimento estável em
território nacional.
3. A responsabilidade pelo pagamento do imposto devido
relativamente às importações de bens é do importador desses
mesmos bens.
4. Não obstante o disposto no nº 1, a responsabilidade pelo
pagamento do Imposto cativo é das entidades referidas no
artigo 2127.

Artigo 30º
Pagamento do Imposto

1. Os Sujeitos passivos, responsáveis pelo pagamento do


imposto nos termos dos nº 1 e 2 do artigo anterior, são obrigados
a entregar o montante do imposto exigível, através dos meios de
pagamento legalmente permitidos, até ao último dia do mês
seguinte àquele a que se respeitam as operações utilizadas no mês
anterior.

27
Sociedades Investidoras petrolíferas, o Estado, bem como quaisquer dos
seus serviços, estabelecimentos e organismos, ainda que personalizados e
as autarquias locais; Banco Nacional de Angola, os bancos comerciais, as
seguradoras e resseguradoras e as operadoras de telecomunicações.
58
2. Sempre que se proceda à Liquidação do Imposto por
iniciativa da Administração Geral Tributária, sem prejuízo do
disposto do artigo 54º é o sujeito passivo imediatamente
notificado para efectuar o pagamento do imposto em falta e dos
acréscimos legais, no praxo de 15 (quinze) dias.
3. A falta de pagamento do imposto e dos acréscimos legais
no prazo previsto no número anterior determina a extracção pela
Administração Geral Tributária da correspondente certidão de
dívida, nos termos estabelecidos na legislação aplicável.
4. O imposto devido pelas importações é pago nos serviços
aduaneiros competentes no acto do desembaraço alfandegário.
5. O imposto relativo às transmissões de bens resultantes de
actos de arrematação, venda judicial ou administrativa, momento
em que é emitida a notificação para o pagamento. A liquidação é
efectuada mediante aplicação da respectiva taxa ao valor
tributável determinado nos termos da alínea e) do número 3 do
artigo 17º.
6. Quando o valor do imposto apurado pelo sujeito passivo
na declaração periódica submetida, nos termos do nº1 do artigo
44º se for superior ao montante do respectivo meio de pagamento,
é extraída pela Administração Geral Tributária a certidão de
dívida, pela diferença entre o valor apurado e o valor do respectivo
meio de pagamento ou pela totalidade do valor declarado, no caso
da falta de meio de pagamento.

Artigo 31º
Pagamento de Imposto cativo

1. As entidades referidas no nº 2 do artigo 21º são obrigadas


a submeter por transmissão electrónica de dados o anexo da
declaração periódica correspondente a tais operações, que gera
automaticamente o Documento de Cobrança e a entregar o
montante do imposto cativo que consta das facturas ou
documentos equivalentes emitidos pelo seus fornecedores de
bens e serviços, até ao último dia do mês seguindo às operações
cujo imposto foi cativo.

59
2. O imposto cativo a que se refere o número anterior deve
ser entregue na totalidade aos cofres do Estado.
3. As Sociedades Investidoras Petrolíferas apenas são
obrigadas a entregar o montante do imposto cativo das operações
que não conferem direito à dedução nos termos do artigo 25º,
simultaneamente com a declaração periódica, através dos meios
de pagamento legalmente permitidos, no prazo previsto no nº1 do
artigo 4º
4. Sem prejuízo do disposto no nº2 do artigo 52º, o imposto
cativo pelo Estado e as autarquias locais deve ser transferido para
a Conta Única do Tesouro no momento do pagamento da factura
ou documento equivalente.
5. Quando a submissão do anexo a que se refere no nº 1
ocorra após o decurso do prazo aí referido, as entidades obrigadas
a cativar só podem deduzir o imposto na declaração periódica do
período subsequente.
6. A inclusão do imposto dedutível nos custos de pesquisa,
desenvolvimento, produção e abandono das Sociedade
Investidoras Petrolíferas, aplicam a não- aceitação do imposto
como custo fiscalmente aceite em sede do Imposto Sobre o
Rendimento do Petróleo.

SECÇÃO IV
Obrigações do Sujeito Passivo

Artigo 32º
Âmbito das obrigações

1. Para além da obrigação de liquidação e Pagamento do


Imposto, os Sujeitos passivos são obrigados, sem prejuízo do
previsto em disposições especiais, a:
a) Entregar a declaração de início de alteração ou de
cessação da sua actividade, nos termos dos artigos 43º,
45º e 46º;
b) Emitir uma factura ou documento equivalente por
cada transmissão ou prestação de serviços nos termos
do artigo 34º;
60
c) Entregar mensalmente a declaração periódica e seus
anexos relativamente às operações efectuadas no
exercício da sua actividade no decurso do mês
precedente, com a indicação do imposto decido ou do
crédito existente e dos elementos que serviram de
base para o seu cálculo, nos termos do artigo 44º;
d) Dispor de Contabilidade adequada ao apuramento e
fiscalização do imposto, nomeadamente através do
cumprimento das obrigações previstas nos artigos 38º
a 42º;
e) Entregar os anexos de regularizações, bem com os
demais anexos da declaração periódica cujos modelos
são aprovados, nos termos do Código Geral Tributário,
sempre que houver rectificações a fazer nos termos
dos artigos 48º a 49º do presente Código.
2. A obrigação de submissão da declaração periódica prevista
no nº 1 subsiste mesmo que não haja, no período correspondente
operações tributáveis.
3. As operações isentas ao abrigo dos artigos 14º e 15º
devem ser comprovadas, consoante os casos através dos
documentos alfandegários apropriados ou de declarações
emitidas pelo adquirente dos bens ou utilizador dos bens ou
utilizador dos serviços, indicando o destino que lhes é dado.
4. A falta dos documentos comprovativos referidos no
número anterior determina a obrigação para o transmitente dos
bens ou prestador dos serviços de liquidar e pagar o imposto
correspondente.
5. Considera-se não entregue a declaração periódica quando
a submissão da mesma não esteja acompanhada dos respectivos
anexos e mapas de regularizações devidamente preenchidos.

Artigo 33º
Sujeitos passivos não residentes

1. Os sujeitos passivos não residentes, sem domicílio, sede ou


estabelecimento estável no território nacional, que pratiquem
operações tributáveis em Angola, devem nomear um
61
representante fiscal, nos termos do Código Geral Tributário, o qual
deve ser sujeito passivo do imposto.
2. O representante fiscal a que se refere o número anterior
deve cumprir todas as obrigações decorrentes da obrigação do
presente diploma, incluindo as de registo e declarativas.
3. O representante fiscal do sujeito passivo não residente, tal
como referido no nº 1 é, solidariamente responsável pelo
Pagamento do Imposto.
4. Na falta de um representante nomeado nos termos do nº
1, as obrigações de liquidação e pagamento previstas neste
diploma relativas a transmissões de bens e prestações de serviços
são da responsabilidade do adquirente, sujeito passivo do
imposto.
5. Não obstante o disposto no nº1, os sujeitos passivos não
residentes, que não disponham de estabelecimento estável no
território nacional, não estão obrigados a nomeação de
representante que optem pelo cadastro simplificado no Registo
Geral dos Contribuintes para efeitos dos impostos nos termos a
regulamentar.

Artigo 34º
Emissão de facturas ou documentos equivalentes

1. A factura ou documento equivalente referidos na alínea b)


do nº1 do artigo 32º devem ser emitidos nos termos do disposto
no Regime Jurídico das Facturas e Documentos Equivalentes.
2. Os documentos emitidos pelas operações assimiladas a
transmissão de bens pelas alíneas e) e f) do nº3 do artigo 5º e a
prestação de serviços do nº2 do artigo 6º devem conter os
elementos aplicáveis as facturas e documento equivalentes, nos
termos do respectivo Regime Jurídico.
3. As facturas ou documentos equivalentes transmitidas
pelos representantes fiscais dos Sujeitos passivos que não
disponham de domicílio, sede ou estabelecimento estável no
território nacional, devem conter, para além dos elementos
previstos no Regime Jurídico das Facturas e Documentos

62
Equivalentes, o Número de Identificação Fiscal28, domicílio, sede
ou estabelecimento estável do respectivo representante.

Artigo 35º
Repercussão do imposto

1. A importância do imposto liquidado deve ser adicionada


ao valor da factura ou valor equivalente, para efeitos da sua
exigência aos adquirentes de bens ou destinatários dos serviços;
2. Nas operações relativamente às quais a emissão de factura
não é obrigatória, nos termos do Regime Jurídico das Facturas e
Documentos Equivalentes, o imposto é incluído no preço, a título
de repercussão.
3. A repercussão do imposto não é obrigatória nas operações
referidas nas alíneas e) e f) do nº3 do artigo 5º29 e do nº2 do
artigo 6º30.

28
Número de Identificação Fiscal, abreviadamente, NIF, é atribuído
oficiosamente pelas repartições fiscais da Direcção Nacional de Impostos do
Ministério das Finanças (Artigo 2º, nº 1 do decreto nº 61/04 de 28 de
Setembro)
29
A afectação permanente de bens da empresa a uso próprio do seu titular,
do pessoal ou, em geral a fins alheios à mesma, bem como a sua transmissão
gratuita, quando relativamente a esses bens ou aos elementos que os
constituem, tenha havido dedução total ou parcial do imposto; a afectação
de bens por um sujeito passivo a um sector de actividade isento e, bem
assim, a afectação ao activo imobilizado de bens referidos na alínea a) do
número 1 do artigo 24º quando relativamente a esses bens tenha havido
dedução total ou parcial do imposto
30
A utilização de bens da empresa para uso próprio do seu titular, do pessoal
ou, em geral, a fins alheios à mesma e ainda em sectores de actividade
isentos quando, relativamente a esses bens ou aos elementos que os
constituem, tenha havido dedução total ou parcial de imposto; as que
tenham sido efectuadas a título gratuito pela própria empresa com vista as
necessidades particulares do seu titular, do pessoal ou, em geral, a fins
alheios a mesma.
63
Artigo 36º
Mercadorias enviadas à consignação

1. No caso de entrega de mercadorias à consignação,


procede-se a emissão dos seguintes documentos:
a) Guia de remessa das mercadorias, no momento do seu
envia à consignação, o qual deve conter todos os
elementos previstos no Regime Jurídico das Facturas e
Documentos Equivalentes, com excepção do imposto
aplicável e da identificação do sistema informático
utilizado na sua emissão;
b) Factura ou documento equivalente, no prazo de cinco
dias úteis, a contar do momento em que, relativamente
a tais mercadorias, o imposto é devido e exigível nos
termos dos nº 6 e 7 do artigo 11º.
2. As facturas ou documentos equivalentes processadas de
acordo com a alínea b) do número anterior devem
obrigatoriamente fazer referência à guia de remessa prevista na
alínea a) do número anterior a qual deve ser comunicada à
Administração Geral Tributária por transmissão electrónica de
dados, nos termos da lei.
3. A falta de comunicação prevista no número anterior
determina a liquidação e Pagamento do Imposto devido.

Artigo 37º
Conservação de documentos

Os Sujeitos passivos são obrigados a arquivar e conservar


todas as facturas ou documentos equivalentes conforme disposto
no Regime Jurídico das Facturas e Documentos Equivalentes.

Artigo 38º
Organização da Contabilidade

1. A contabilidade deve ser organizada de forma a


possibilitar o conhecimento claro e inequívoco dos elementos
necessários ao cálculo do imposto, bem como a permitir o seu
64
controlo, comportando todos os dados necessários ao
preenchimento da declaração periódica do imposto.
2. Para cumprimento do disposto no número anterior, devem
ser objecto de registo, nomeadamente:
a) As transmissões de bens e prestações de serviços
efectuadas pelo sujeito passivo;
b) As importações de bens efectuadas pelo sujeito
passivo e destinadas as necessidades da sua
actividade;
c) As transmissões de bens e prestações de serviços
efectuadas ao sujeito passivo no quadro da sua
actividade.
3. As operações mencionadas na alínea a) do número
anterior devem ser registadas de forma a evidenciar:
a) O valor das operações tributadas, liquidas de imposto;
b) O valor das operações isentas sem direito a dedução;
c) O valor das operações isentas com direito a dedução;
d) O valor do imposto liquidado, respeitante as operações
referidas nas alíneas e) e f) do nº 3 do artigo 5º e do nº
2 do artigo 6º;
e) O valor do imposto nos casos em que a respectiva
liquidação compete, nos termos da lei, ao adquirente:
f) O valor e a data dos recebimentos das operações
abrangidas pelo regime de caixa liquidas de imposto,
bem como o valor do imposto com referencia ao
montante ainda não exigível ou pago.
4. As operações mencionadas nas alíneas b) e c) do nº 2
devem ser registadas de forma a evidenciar:
a) O valor das operações cujo imposto e total ou
parcialmente dedutível, liquido deste imposto;
b) O valor das operações cujo imposto é totalmente
excluído do direito a dedução;
c) O valor do imposto dedutível;
d) O montante e data dos pagamentos efectuados
relativamente as operações abrangidas pelo regime de
caixa.

65
Artigo 39º
Registo das operações activas

1. O registo das operações mencionadas na alínea a) do nº2


do artigo anterior deve ser efectuado após a emissão das
correspondentes facturas ou documentos equivalentes e o mais
tardar a té ao fim do prazo previsto para a submissão da
declaração a que se refere o artigo 44º, caso seja submetida dentro
do prazo legal, ou até ao fim desse prazo de submissão da
declaração, se essa obrigação não tiver sido cumprida.
2. Para efeitos do número anterior, as facturas ou
documentos equivalentes são numerados sequencialmente, nos
termos definidos no Regime Jurídico das Facturas e Documentos
Equivalentes, devendo conservar-se na respectiva ordem os seus
duplicados e, bem assim, todos os exemplares dos que tiverem
sido anulados ou rectificados, com os averbamentos
indispensáveis à identificação daqueles que os substituíram, se for
o caso.

Artigo 40º
Registo das operações passivas

1. O registo das operações mencionadas nas alíneas b) e c) do


nº2 do artigo 38 deve ser efectuado após a recepção das
correspondestes facturas ou documentos equivalentes, o mais
tardar até ao fim do prazo previsto para a submissão da declaração
a que se refere o artigo 44º, caso seja submetida dentro do prazo
legal, ou até ao fim desse prazo de submissão da declaração, se
essa obrigação não tiver sido cumprida.
2. Para efeitos do número anterior, as facturas ou
documentos equivalentes são convenientemente referenciados, e,
bem assim, todos os exemplares dos que tiverem sido anulados,
com os averbamentos indispensáveis à identificação daqueles que
os substituíram, se for o caso.

66
Artigo 41º
Regras de contabilização

Compete ao Titular do Poder Executivo definir as regras de


contabilização das operações activas e passivas dos Sujeitos
passivos, incluindo as do imposto que consta das facturas ou
documentos equivalentes.

Artigo 42º
Registo dos bens do activo imobilizado

1. Os Sujeitos passivos são obrigados a efectuar o registo dos


seus bens do activo imobilizado, de forma a permitir o controlo
das Deduções efectuadas e das rectificações processadas.
2. O registo a que se refere o número anterior deve
comportar, para cada um dos bens, os seguintes elementos:
a) Datada aquisição;
b) Valor do imposto suportado;
c) Valor do imposto dedutível.
3. O registo a que se referem os números anteriores deve ser
feito no prazo constante do nº1 dos artigos 39º e 40º, contando a
partir:
a) Da data da recepção da factura ou documento
equivalente que comprove a aquisição do bem;
b) Da das da conclusão das obras em bens imóveis;
c) Da data em que devam ser processadas as
rectificações.

67
SECÇÃO V
Obrigações Declarativas

Artigo 43º
Declaração de início de actividade

1. As pessoas singulares ou colectivas que exerçam uma


actividade sujeita a imposto devem submeter, por transmissão
electrónica de dados, 15 dias antes do início da actividade, a
respectiva declaração.
2. As pessoas sujeitas ao imposto pela prática de uma só
operação tributável num ano fiscal, bem como as entidades
previstas no nº 2 do artigo 4º, não estão obrigadas a submissão da
declaração mencionada no número anterior.

Artigo 44º
Declaração periódica

1. Os Sujeitos passivos são obrigados a submeter a


declaração periódica e os respectivos anexos tal como previsto na
alínea c) do nº1 do artigo 32º, por transmissão electrónica de
dados, até ao último dia do mês seguinte àquele a que respeitam
as operações nela abrangidas.
2. Quando for apurado o imposto a entregar ao Estado na
declaração a que se refere o número anterior, o sistema
informático em uso na Administração Geral Tributária deve gerar
automaticamente o Documento de Cobrança.
3. Quando for apurado o crédito a favor do sujeito passivo na
declaração a que se refere o nº1, o sistema informático em uso na
Administração Geral Tributária deve transferir automaticamente
o respectivo crédito para a declaração do período subsequente,
caso não tenha sido solicitado o reembolso.
4. Caso a declaração periódica seja entregue fora do prazo
legal ou preenchida pela Administração Geral Tributária e dela
resulte o crédito imposto, este apenas é considerado na declaração
a apresentar após o período do incumprimento.

68
5. A declaração periódica pode ser substituída nos termos do
Código Geral Tributário.

Artigo 45º
Declaração de alteração de actividade

1. Sempre que se verifique alteração de qualquer dos


elementos constantes da declaração relativa ao início de
actividade, com exclusão dos relativos ao volume de negócios e da
percentagem de dedução das actividades mistas, deve o sujeito
passivo submeter a respectiva declaração de alteração de
actividade.
2. A declaração prevista no número anterior é submetida por
transmissão electrónica de dados, no prazo de 15 dias a contar da
data da alteração.

Artigo 46º
Declaração de cessação de actividade

1. No caso de cessação de actividade, deve o sujeito passivo,


no prazo de 30 dias a contar da data de cessação, submeter por
transmissão electrónica de dados a respectiva declaração.
2. Para efeitos do disposto no número anterior, considera-se
verificada a cessação de actividade exercida pelo sujeito passivo
no momento em que ocorra qualquer dos seguintes factos:
a) Deixem de praticar actos relacionados com actividades
sujeitas a tributação durante um período de dois anos
consecutivos, caso em que se presumem transmitidos,
nos termos da alínea e) do nº 3 do artigo 5º, os bens a
essa data existentes nos activos da empresa.
b) Se esgote o activo do sujeito passivo pela venda dos
bens que o constituem ou pela sua afectação a uso
próprio do titular, do pessoal ou, em geral, a fins
alheios a mesma, bem como pela sua transmissão
gratuita;
c) Se verifique a transferência, a qualquer outro título, da
propriedade do estabelecimento.
69
3. Independentemente dos factos previstos no número
anterior, pode ainda a Administração Geral Tributária, se assim
entender, declarar, oficiosamente, a cessação da actividade
quando for manifesto que esta não está a ser exercida, não há
intenção de a continuar a exercer, ou quando existam indícios de
que está a ser exercida de forma ou com objectivos fraudulentos.

SECÇÃO VI
Disposições Comuns

Artigo 47º
Centralização da Contabilidade

1. Os Sujeitos passivos que exerçam a sua actividade em mais


de um estabelecimento devem centralizar num deles os seus
elementos contabilísticos relativos as operações realizadas em
todos.
2. O estabelecimento escolhido para a centralização deve ser
o mesmo para efeitos dos Impostos Sobre o Rendimento e nele
manter-se o registo dos movimentos ocorridos entre os diversos
estabelecimentos.

Artigo 48º
Rectificação do imposto

1. Sempre que o valor tributável de uma operação ou o


respectivo imposto sejam rectificados, por qualquer motivo, após
a emissão da factura ou documento equivalente, aplica-se as
disposições do artigo 34 e seguintes.
2. Se, depois de efectuado o registo das operações activas, for
anulada a operação ou reduzido o seu valor tributável, o
fornecedor do bem ou prestador de serviço pode efectuar a
dedução do correspondente imposto até ao final do período do
imposto seguinte àquele em que se verificarem as circunstâncias
que determinam a anulação da liquidação ou a redução do seu
valor tributável

70
3. No caso de rectificação nas facturas ou documentos
equivalentes que já tenham dado lugar ao registo referido no
número anterior, a rectificação é obrigatória quando houver
imposto liquidado a menos, o qual pode ser efectuado sem
qualquer penalidade até ao final do período do imposto seguinte
àquele a que respeite a factura ou documento equivalente a
rectificar, e é facultativa quando houver imposto liquidado a mais,
mas apenas pode ser efectuada no prazo de um ano.
4. O adquirente do bem ou destinatário do serviço que seja
sujeito passivo do imposto, se tiver efectuado já o registo de uma
operação relativamente à qual o seu fornecedor ou prestador de
serviço procedeu à anulação, redução do seu valor tributável ou
rectificação para menos do valor facturado, corrige, até o fim do
período do imposto seguinte ao da recepção do documento
rectificado, a dedução efectuada.
5. No caso de o valor tributável de uma operação ou o
respectivo imposto tiver sido rectificado para menos, a
regularização a favor do sujeito passivo só pode ser efectuada
quando este tiver na sua posse a prova de que o adquirente tomou
conhecimento da rectificação e que foi reembolsado do imposto,
sem que se considera indevida a respectiva dedução.
6. Sempre que o valor tributável for objecto de redução, o
montante desta deve ser repartido entre a contraprestação e o
imposto, aquando da emissão do respectivo documento, se se
pretender igualmente a rectificação do imposto.
7. A correcção de erros nos registos a que se referem os
artigos 38º a 42º e na declaração mencionada no artigo 44º é
obrigatória quando houver imposto entregue a menos e poderá
ser efectuada sem qualquer penalidade até ao final do período
seguinte. Em caso de imposto entregue a mais, a correcção é
facultativa e apenas pode ser efectuada no prazo de um ano que,
no caso do exercício do direito à dedução é contado a partir do
nascimento do respectivo direito nos termos do nº1 do artigo 22º.

71
Artigo 49º
Créditos de cobrança duvidosa e incobráveis

1. Os Sujeitos passivos podem deduzir o imposto respeitante


a créditos considerados de cobrança duvidosa, evidenciados como
tal na Contabilidade, bem como o respeitante a créditos
considerados incobráveis em resultados de processo de execução
ou falência.
2. Para efeitos do número anterior, consideram-se créditos
de cobrança duvidosa aqueles que apresentam um risco de
incobrabilidade devidamente justificado, o que se verifica quando
os mesmos estejam em mora há mais de 18 meses a contar da data
do respectivo vencimento e existam provas objectivas de
imparidade e de terem sido efectuadas diligências para o seu
recebimento.
3. A dedução do imposto associado a créditos considerados
de cobrança duvidosa é efectuada pelo sujeito passivo mediante
pedido de autorização prévia a apresentar, por transmissão
electrónica de dados, no prazo de 6 meses a contar da data em que
os créditos sejam considerados de cobrança duvidosa, nos termos
do nº2.
4. A Administração Geral Tributária, pronuncia-se no prazo
de 6 meses, sobre o pedido referido no número anterior, sendo
que a falta de pronúncia dentro deste prazo resulta do
deferimento tácito do mesmo, reservando-se à Administração
Geral Tributária a faculdade de controlar posteriormente a
legalidade da pretensão do sujeito passivo.
5. A apresentação do pedido de autorização prévia pelo
sujeito passivo para a dedução do imposto associado a crédito de
cobrança duvidosa, nos termos do nº 3, determina a notificação do
adquirente pela, por via electrónica, para que efectua a
correspondente regularização, a favor do Estado, da dedução
inicialmente efectuada.
6. Em caso de recuperação, total ou parcial, dos créditos, os
Sujeitos passivos que hajam procedido anteriormente à dedução
do imposto associado a créditos de cobrança duvidosa ou
incobráveis devem entregar o imposto correspondente ao
72
montante recuperado com a declaração periódica a apresentar no
período do recebimento. A dedução do imposto pelo adquirente
depende da apresentação de pedido de autorização prévia,
aplicando-se com as necessárias adaptações, o disposto nos nº 3 e
4.
7. A Administração Geral Tributária adopta as medidas
necessárias de forma a prevenir a fraude, evasão, elisão, ou
planeamento fiscal abusivo.
8. O disposto no presente artigo não se aplica aos Sujeitos
passivos que optem pelo seu enquadramento no regime de caixa,
nos termos do artigo 66º.

Artigo 50º
Responsabilidade solidária

1. O direito à dedução, nos termos do artigo 22º ou o direito


à isenção aplicável às exportações e operações assimiladas, nos
termos do artigo 15º, é excluído quando o sujeito passivo tenha ou
deveria ter tido conhecimento, que através da operação invocada
para fundamentar o direito em causa participava em fraude, ou
evasão, ao imposto.
2. Para efeitos do disposto no número anterior, presume-se
que o sujeito passivo tenha ou deveria ter tido conhecimento, que
através da operação invocada participava em fraude ou evasão ao
imposto, quando o preço por ele devido pelos bens ou serviços em
causa seja inferior ao valor normal dos mesmos.
3. A presunção referida no número anterior é elidida se for
demonstrado que o preço se deve a circunstâncias que não há
fraude ou evasão ao imposto.
4. São solidariamente responsáveis com o fornecedor pelo
Pagamento do Imposto, os intermediários, incluindo plataformas
digitais, o s quais sejam sujeito passivo do imposto, quando a
Administração Geral Tributária apresente prova de que o
intermediário tinha, ou deveria ter tido conhecimento, de que
fraude ou evasão ao imposto estariam a ser cometidas
relativamente à operação em causa.

73
5. O sujeito passivo adquirente do bem ou do serviço é
solidariamente responsável com o fornecedor pelo pagamento do
imposto, quando a factura, cuja emissão seja obrigatória nos
termos da alínea b) do nº1 do artigo 32, não tenha sido emitida ou,
tendo sido emitida, inclua informação inexacta relativamente à
natureza ou à quantidade dos bens transmitidos ou serviços
fornecidos, ao preço ou ao montante do imposto devido.
6. O sujeito passivo adquirente ou destinatário que prove ter
pago ao seu fornecedor, devidamente identificado, todo ou parte
do imposto devido é desonerado da responsabilidade solidária
prevista no número anterior, pelo montante correspondente ao
pagamento efectuado.

CAPÍTULO VII
Receitas para Reembolso do Imposto

Artigo 51º
Criação e gestão da conta de reembolso

1. Para assegurar o reembolso aos Sujeitos passivos, deve ser


criada uma conta bancária cuja competência de gestão é o
Presidente do Conselho de Administração da Administração Geral
Tributária.
2. A conta mencionada no número anterior sere, única e
exclusivamente, para assegurar os pagamentos correspondentes
aos pedidos de reembolsos legalmente autorizados, não podendo
ser usada para fins diversos diferentes.

Artigo 52º
Arrecadação e recolhimento de receitas

1. As receitas do imposto são arrecadadas para os cofres do


Estado, nos termos da legislação vigente.31.

31
Legislação vigente – Aquela que está sendo adotada em um país,
compreendendo todas as leis.
74
2. Das receitas arrecadadas diariamente, 60% são recolhidas
para a Conta Única do Tesouro e os restantes 40% para a conta de
reembolso mencionada no artigo anterior.
3. Com base nas projecções anuais para o Orçamento Geral
do Estado de cada exercício económico podem se fixar,
percentagens diferentes das referidas no número anterior, desde
que, para a conta de reembolso a mesma nunca seja inferior a 20%.
das receitas diariamente arrecadadas.

CAPÍITULO VIII
Fiscalização e Determinação Oficiosa do Imposto

Artigo 53º
Competência de fiscalização

O cumprimento das obrigações tributárias por parte dos


Sujeitos passivos é fiscalizado pela Administração Geral
Tributária.

Artigo 54º
Liquidação oficiosa do imposto

1. Os serviços da Administração Geral Tributária devem


proceder a liquidação oficiosa do imposto sempre que a
declaração periódica prevista no artigo 44º não seja submetida no
respectivo prazo legal.
2. A liquidação é efectuada com base nas declarações de
períodos anteriores ou em outros elementos de que a
Administração Geral Tributária disponha, designadamente os
relativos ao imposto sobre o rendimento do sujeito passivo ou de
outros Sujeitos passivos inseridos no mesmo sector de Actividade.
3. O imposto liquidado nos termos do nº1 adicionado dos
respectivos acréscimos legais deve ser pago no prazo de 15 dias a
contar da data da recepção da notificação pelo sujeito passivo,
prazo esse que deve ser indicado na notificação.

75
4. Pela falta de pagamento no prazo referido no número
anterior é extraída pelo serviço competente a certidão de dívida
para a cobrança coerciva do imposto com os acréscimos legais.
5. A liquidação referida no nº 1 fica sem efeitos:
a) Se o sujeito passivo submeter a declaração em falta
dentro do prazo referido no nº 3, sem prejuízo da
penalidade que ao caso couber;
b) Se a liquidação vier a ser corrigida pelos serviços
competentes com base nos elementos recolhidos em
procedimento de fiscalização tributária ou em outros
elementos ao seu dispor.
6. Nos casos em que o imposto apurado nos termos do nº1 ou
o constante da certidão de dívida a que se refere o nº4 tiver sido
pago, a respectiva importância é tomada em conta no pagamento
das liquidações previstas no número anterior, cobrando-se ou
creditando-se a diferença, se houver.

Artigo 55º
Rectificação das declarações

1. Os serviços da Administração Geral Tributária devem


proceder a rectificação das declarações dos Sujeitos passivos
quando fundamentalmente considerem que nelas figure um
imposto inferior ou uma dedução superior aos devidos,
liquidando-se adicionalmente a diferença, notificando-se em
conformidade o sujeito passivo.
2. Não obstante o disposto no número anterior, a Liquidação
do Imposto com base em presunções, estimativas ou métodos
indirectos efectua-se nos casos em que não haja elementos que
permitam apurar claramente o imposto, e nomeadamente quando
se verifique:
a) Falta de entrega da declaração periódica e seus
anexos;
b) Inexistência de Contabilidade organizada, bem como a
falta, atraso ou irregularidades na sua execução,
escrituração ou organização;

76
c) Recusa de exibição da contabilidade e demais
documentos de suporte legalmente exigidos, assim
como a sua ocultação, inutilização, falsificação ou
viciação:
d) Existência de diversas contabilidades com o propósito
de dissimular a realidade perante a Administração
Geral Tributaria;
e) Existência de erros ou inexactidões no registo das
operações ou indícios fortes de que a contabilidade
não reflecte a exacta situação patrimonial e as
operações efectivamente realizadas.
3. Caso se verifique o disposto no número anterior, o imposto
é apurado com base em todos os elementos de que a
Administração Geral Tributária disponha, designadamente os
relativos ao imposto sobre o rendimento do sujeito passivo, de
outros Sujeitos passivos inseridos no mesmo sector de actividade
ou do valor normal dos bens e serviços em questão.

Artigo 56º
Liquidação adicional

1. Nos casos em que tenha sido liquidado o imposto por


importância inferior a devida, os sujeitos passivos devem
proceder à liquidação adicional que se mostre necessária, sem
prejuízo dos respectivos acréscimos legais que se apresentem
como devidos.
2. No caso da liquidação adicional prevista no nº1 decorrer
de acção inspecção, o imposto e respectivos acréscimos legais
devem ser entregues no prazo previsto no Código Geral Tributário
após notificação, procedendo à Administração Geral Tributária à
emissão oficiosa da mesma, acompanhada da declaração periódica
alterada.

77
Artigo 57º
Anulação das liquidações

As liquidações referidas no artigo 55º podem, quando


reportadas ao mesmo ano fiscal, ser agregadas numa só, de forma
a corresponder a um único documento de cobrança, sem prejuízo
da aplicação do princípio segundo o qual cada período de imposto
deve respeitar a um valor de imposto e respectivos acréscimos.

Artigo 58º
Compensação oficiosa

1. Não é efectuado total ou parcialmente o reembolso, devido


nos termos do artigo 26º, quando a Administração Geral
Tributária apresente provas da existência de dívidas tributárias de
igual ou superior montante àquele.
2. A compensação a que se refere o número anterior é objecto
de notificação ao sujeito passivo, nos termos dispostos no Código
Geral Tributário.

CAPÍTULO IX
Garantias dos Contribuintes

Artigo 59º
Reclamação, recurso e impugnação

Sempre que o sujeito passivo do imposto e as pessoas


solidárias ou subsidiariamente responsáveis pelo Pagamento do
Imposto pretendam reclamar, recorrer ou impugnar actos de
Liquidação do Imposto ou a aplicação de multas derivadas de
transgressões tributárias, devem fundamentar a sua pretensão,
nos termos estabelecidos no Código Geral Tributário e no Código
de Processo Tributário.

78
CAPÍTULO X
Garantia dos Contribuintes

SECÇÃO I
Regime de Não Sujeição

Artigo 60º
Âmbito de aplicação

1. Não se consideram Sujeitos passivos do imposto aqueles


que não tenham atingido, nos 12 meses anteriores, um volume de
negócios ou operações de importação igual ou inferior ao
equivalente em Kwanzas do montante previsto para as Micro
Empresas, conforme a alínea a) do nº2 do artigo 5º da Lei nº
30/11, de 13 de Setembro, Lei das Micro, Pequenas e Médias
Empresas.
2. Ficam excluídos do imposto do número anterior os
sujeitos passivos não residentes sem estabelecimento estável,
bem como os sujeitos passivos cadastrados na Repartição Fiscal
dos Grandes Contribuintes.
3. No caso dos sujeitos passivos em início de actividade, o
volume de negócios a tomar em consideração é estabelecido de
acordo com a previsão efectuada de acordo ao ano civil corrente,
sem prejuízo da verificação pela Administração Geral Tributária.
4. Nos casos em que o início de actividades, para efeitos do
disposto no número anterior, tenha lugar ao longo do ano civil,
deve o volume de negócios relativo a esse período ser convertido
num volume negócios anual correspondente.
5. Para efeitos do cálculo do volume de negócios previsto no
nº1, a Administração Geral Tributária tem em consideração o
volume de negócios de entidades relacionadas.
6. Para apurar o valor mencionado no nº1, aplica-se ao
volume anual de negócios a taxa de câmbio média anual de venda
do Banco Nacional de Angola.

79
Artigo 61º
Passagem para o regime geral

1. Os sujeitos enquadrados no regime previsto no nº1 do


artigo anterior, podem renunciar a esse regime e optar pelo
regime geral do imposto às suas operações tributáveis, mediante
submissão da declaração de alteração de actividade e aprovação
prévia da Administração Geral Tributária.
2. A declaração a que se refere o número anterior produz
efeitos a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da conclusão
do referido período. Após adesão ao regime geral de tributação, o
sujeito deve nele permanecer por um período mínimo de cinco
anos.
3. Na passagem para o regime geral do imposto previsto no
nº1, o sujeito passivo pode deduzir o imposto contido nas
existências adquiridas nos 12 meses anteriores àquela passagem,
mediante confirmação da Administração Geral Tributária.
4. Quando haja fundados motivos para supor que o regime de
não sujeição concede ao sujeito vantagens injustificadas ou
provoca significativas distorções à concorrência, a Administração
Geral Tributária pode, em qualquer altura, enquadrar
oficiosamente o mesmo regime de tributação.
5. Nas situações em que a Administração Geral Tributária
verificar alterações ao volume de negócios ou operações de
importação superior ao estabelecido no nº 1 do artigo anterior,
são os sujeitos notificados da alteração do seu regime de
tributação, o qual produz efeitos a partir do mês seguinte ao da
recepção da notificação.

Artigo 62º
Requisitos para adesão ao regime geral

Os sujeitos que queiram renunciar ao regime de não sujeição


devem previa e cumulativamente preencher os seguintes
requisitos:

80
a) Possuir Contabilidade organizada e cadastro
actualizado no sistema do Registo Geral de
Contribuintes;
b) Não possuir dívida fiscal aduaneira;
c) Possuir os meios adequados para a emissão de
facturas ou documentos equivalentes através de
sistemas de processamento de dados, nos termos do
disposto no respectivo Regime Jurídico;
d) Possuir os meios adequados para a submissão, por
transmissão electrónica de dados, das declarações
fiscais a que se encontre sujeito, bem como os
elementos da sua facturação e contabilidade, nos
termos da legislação aplicável.

Artigo 63º
Passagem do regime geral de não sujeição

1. Os Sujeitos passivos enquadrados no regime geral de


tributação do imposto que passem a satisfazer as condições
previstas no artigo 60º e que optem pela aplicação do regime de
não sujeição devem submeter a declaração de alteração de
actividade, a qual produz efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano
civil seguinte.
2. Os sujeitos passivos que optem pelo regime de não
sujeição nos termos do número anterior devem efectuar a
regularização do imposto devido respeitante a aquisição de
activos existentes na declaração referente ao último período de
tributação.
3. Nos casos de passagem do regime geral de tributação para
o regime de não sujeição, ou inversamente, a Administração Geral
Tributária pode tomar as medidas necessárias a fim de evitar que
o sujeito passivo usufrua vantagens injustificadas ou sofra
prejuízos igualmente injustificados, podendo não atender a
modificações do volume de negócios que tenham ocorrido em
circunstâncias excepcionais.

81
Artigo 64º
Obrigações Declarativas e facturação

1. Os sujeitos enquadrados no regime de não sujeição, nos


termos do artigo 60º, estão dispensados das obrigações previstas
na presente lei, à excepção do envio das declarações de início e de
cessação de actividade.
2. Não obstante o disposto no número anterior, os sujeitos
enquadrados naquele regime devem submeter mensalmente, por
transmissão electrónica de dados, o mapa de fornecedores,
sempre que adquiram bens e serviços a Sujeitos passivos do
regime geral do imposto.
3. Os sujeitos enquadrados no regime de não sujeição são
obrigados a manter em boa ordem e a exibir sempre que lhes seja
solicitado os documentos comprovativos das suas aquisições, bem
como, outros documentos comprovativos do seu volume de
negócios.
4. As facturas ou documentos equivalentes emitidas por
sujeitos enquadrados no regime de não sujeição devem conter a
menção «IVA- Regime de Não Sujeição».

Artigo 65º
Benefício fiscal

1. Sempre que os sujeitos enquadrados no regime de não


sujeição submeterem o mapa a que se refere o nº2 do artigo
anterior, podem deduzir à colecta do imposto sobre o rendimento
devido de que sejam titulares, até ao limite de 10% do imposto
suportado nas suas aquisições de bens e serviços que constem do
referido mapa de fornecedores.
2. O benefício atribuído nos termos do número anterior, é
deduzido na declaração do imposto devido relativo ao período
imediatamente seguinte ao respectivo apuramento ou, caso a
colecta seja negativa, no exercício imediatamente seguinte, até ao
prazo de caducidade.

82
3. O benefício fiscal 32a atribuir a consumidores finais será
objecto de regulamentação própria.

SECÇÃO II
Regime de Caixa

Artigo 66º
Âmbito de aplicação

1. Os Sujeitos passivos que tenham atingido no exercício


anterior um volume de negócios ou efectuado operações de
importação igual ou inferior ao limite máximo definido para
Pequenas Empresas, nos termos da Lei das Micro, Pequenas e
Médias Empresas, e que não realizem operações isentas nos
termos do artigo 12º, podem optar pela liquidação e Pagamento
do Imposto em «Regime IVA- em Caixa», em função dos
recebimentos de clientes e pagamentos a fornecedores.
2. Podem ainda optar por este regime as entidades cujo
objecto social seja exclusivamente a distribuição de água potável
e energia eléctrica, independentemente da condição prevista no
nº1, sujeitando-se ao disposto no presente artigo.
3. A adesão ao regime de caixa faz-se através da submissão
da declaração de alteração de actividade, por via electrónica de
dados, e mediante autorização prévia da Administração Geral
Tributária. Esta declaração produz efeitos a partir de 1 de Janeiro
do ano seguinte, devendo o sujeito passivo permanecer neste
regime por um período mínimo de 3 anos consecutivos.
4. O regime a que se refere o nº1 aplica-se a todas as
transmissões de bens e prestações de serviços efectuadas, sempre

32
Benefícios fiscais – são medidas de carácter excepcional que implicam
uma vantagem ou simplesmente um desagravamente fiscal perante o
regime normal, assumindo-se como uma uma norma de isenção, redução de
taxas, Deduções à matéria colectável, amortizações aceleradas, ou outras
medidas fiscais de natureza semelhante (Artigo 2º, nº 1, alinea b) da Lei
21/14, de 22 de Outubro)
83
que as mesmas tenham por destinatários outros sujeitos passivos
deste imposto. Exceptuam-se deste regime:
a) As operações de importação, exportação e as
actividades conexas;
b) As operações em que o adquirente seja devedor do
imposto;
c) Os Sujeitos passivos que, nos 12 meses prévios à
adesão ao regime tenham incumprido quaisquer
obrigações fiscais;
d) As operações cujos pagamentos não sejam efectuadas
através de contas bancárias.
5. As instituições de crédito em que os sujeitos passivos que
adiram ao presente Regime tenham contas bancárias são
obrigadas a comunicar a Administração Geral Tributária, para
efeitos de fiscalização e controlo, todas as operações efectuadas
nas referidas contas bancárias, mediante prévia autorização dos
sujeitos passivos, a qual é concedia no momento da adesão e
permanece válida durante todo o período em que o regime seja
aplicado.
6. Os sujeitos passivos que não desejam manter-se no regime
de caixa devem submeter à Administração Geral Tributária, por
transmissão electrónica de dados, a declaração de alteração de
actividade, a qual produz efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano
seguinte. Optando pela aplicação do regime geral de tributação, os
sujeitos passivos só podem reingressar ao regime de caixa depois
de um período de, pelo menos, três anos consecutivos.
7. Não obstante o disposto no número anterior, os sujeitos
passivos abrangidos pelo regime de caixa devem sempre
submeter por transmissão electrónica de dados a declaração de
alterações de actividade, quando o mesmo passe a efectuar
exclusivamente operações excluídas pelo nº4.
8. A Administração Geral Tributária pode ainda cessar
oficiosamente a aplicação do regime de caixa, mediante a
notificação para o exercício do direito de audição prévia nos
termos do Código Geral Tributário, sempre que:
a) O sujeito passivo passe a exercer, exclusivamente,
uma das actividades previstas no artigo 12º, ou passe
84
a estar abrangido pelo regime de não sujeição
previsto no artigo 60º
b) O sujeito passivo não tenha a situação tributária
regularizada;
c) A Administração Geral Tributária disponha de
elementos que indiquem que o sujeito passivo aderiu
ao regime de caixa para efeitos de fraude, evasão,
elisão ou planeamento fiscal abusivo.
9. Nos casos de passagem do regime geral de tributação ao
regime de caixa, ou inversamente, a Administração Geral
Tributária pode tomar medidas que julgue necessárias a fim de
evitar fraude, evasão, elisão ou planeamento fiscal abusivo.

Artigo 67º
Facto gerador e exigibilidade

1. O imposto relativo às operações abrangidas pelo regime de


caixa é exigível no momento do recebimento total ou parcial do
preço, pelo montante recebido, mesmo quando este proceda o
momento da realização das operações tributáveis.
2. Não obstante o disposto no número anterior, o imposto
incluído nas facturas ou documentos equivalentes relativamente
às quais ainda não ocorreu o recebimento total ou parcial do preço
é exigível:
a) No 12º mês após a data de emissão da factura ou
documento equivalente, no período de imposto
correspondente ao fim do prazo;
b) No período de aplicação do regime geral de tributação
ou quando deixem de se verificar as condições
previstas no nº1 do artigo 66º;
c) No período correspondente à entrega da declaração de
cessação de actividade.

85
Artigo 68º
Direito à dedução

1. Os Sujeitos passivos enquadrados no regime de caixa


apenas podem deduzir o imposto que incide sobre as transmissões
de bens e prestações de serviços que lhes forem efectuadas
quando tenham em sua posse a factura- recibo ou recibo
comprovativo de pagamento, emitido nos termos do respectivo
Regime Jurídico.
2. Não obstante o disposto no número anterior, o imposto
que inicia sobre as transmissões de bens ou prestações de serviços
efectuadas aos Sujeitos passivos enquadrados no regime de caixa
é dedutível no 12º mês posterior à data da emissão da factura ou
documento equivalente sempre que o pagamento desta, e
consequentemente dedução do imposto, não tenha ocorrido em
momento anterior, bem como nas situações previstas nas alíneas
b) e c) no nº2 do artigo anterior.
3. O disposto no nº1 não se aplica às operações em que a
obrigação de liquidação e Pagamento do Imposto competente ao
adquirente dos bens e serviços.

Artigo 69º
Emissão de facturas ou documentos equivalentes

1. As facturas ou documentos equivalentes relativas às


operações abrangidas pelo regime de caixa devem ter uma série
especial e conter a menção «IVA- Regime de Caixa».
2. No momento do pagamento, total ou parcial, das facturas
ou documentos equivalentes referidas no número anterior, é
obrigatória a emissão do recibo, pelos montantes recebidos, os
quais devem ser comunicados por transmissão electrónica de
dados, nos termos da legislação em vigor.
3. Os recibos emitidos por sujeitos passivos enquadrados no
regime de caixa, ou emitido a estes sujeitos passivos, quando estes
o solicitem, devem conter todos os elementos previstos no Regime
Jurídico das Facturas e Documentos Equivalentes.

86
CAPÍTULO XI
Penalidades

Artigo 70º
Penalizações

1. A falta ou atraso na submissão electrónica de qualquer


declaração fiscal ou documento electrónico exigível implica, para
o infractor, o pagamento de multa de 5.862 UCF por cada
infracção, independentemente da entrega do imposto devido e não
arrecadado em consequência da transgressão praticada.
2. Quando haja dolo na falta ou atraso na submissão
electrónica de qualquer declaração ou documento, a multa
referida no número anterior eleva-se para o dobro.
3. Quando a infracção for regularizada nos 30 dias imediatos
no fim do prazo legal a multa referida no nº1 reduz-se para
metade.
4. Presume-se dolosa a falta de qualquer submissão prevista
no nº1.
5. A falta de liquidação, liquidação inferior à devida ou
liquidação indevida do imposto em factura ou documento
equivalente, bem como a falta de entrega, total ou parcial, do
imposto devido aplica-se o disposto no Código Geral Tributário.
6. Excluem-se do âmbito de aplicação do número anterior, o
incumprimento do disposto no nº2 do artigo 29º e no artigo 31º, o
qual implica para o infractor multa igual ao dobro do imposto em
falta, com um mínimo correspondente a 569 UCF por cada
infracção33.

33
Constitui infracção tributária todo o acto típico, ilícito e culposo descrito e
declarado punível por acto normativo anterior à sua prática. Nos crimes
tributários, só é punível o dolo. Nas transgressões tributárias a negligencia
é sempre punível, salvo nos casos expressamente previstos na lei (Artigo
144º da Lei nº 21/14, de 22 de Outubro)
87
CAPÍTULOXII
Disposições Finais

Artigo 71º
Recepção de declarações e outros documentos

1. A transmissão electrónica dos documentos por parte dos


Sujeitos passivos só se considera válida após aviso electrónico de
recepção efectuada pelo Sistema Integrado de Gestão Tributária.
2. A declarações exigíveis pelo presente Diploma podem ser
submetidas electronicamente na Repartição Fiscal competente
sempre que o sujeito passivo não tenha condições para as
submeter no seu próprio estabelecimento.

Artigo 72º
Fiscalização das mercadorias em circulação

Para efeitos do disposto no artigo 53º compete ao Titular do


Poder Executivo regular o processo de sujeição de fiscalização das
mercadorias em circulação.

Artigo 73º
Modelos declarativos

Os modelos declarativos34 previstos no presente Código


são aprovados por acto próprio do Titular do Poder Executivo.

Artigo 74º
Anexos

São parte integrante do presente Código os seguintes


anexos:

34
Modelos Declarativos do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovados
pelo Ministro das Finanças, pelo Decreto Executivo nº 134/19, exarado nos
termos do artigo 137º da CRA.
88
a) Anexo I- Bens Alimentares isentos de Imposto sobre o
Valor Acrescentado;
b) Anexo II- Produtos Petrolíferos isentos de Imposto
sobre o Valor Acrescentado;
c) Anexo III- Lista de Operações de Intermediação isentas
de Imposto sobre o Valor Acrescentado;
d) Anexo IV- Símbolo do Imposto Sobre o Valor
Acrescentado.

ANEXO I
TRANSMISSÃO DE BENS DIVERSOS
A que refere a alínea a) do nº 1 do artigo 12º
Classificação pautal Designação
Leite não concentrado
0401.10.10 Leite para crianças
0401.10.90 Outros (excepto para crianças)
0401.20.00 Com um teor, em peso, de matérias gordas, superior a
1 %, mas não superior a 6 %
0401.40.00 Com um teor, em peso, de matérias gordas, superior a
6 %. mas não superior a 10%
0401.50.00 Com um teor, em peso, de matérias gordas, superior a
10 %
Leite em pó
0402. 10.00 Em pó, grânulos ou outras formas sólidas, com um teor,
em peso, de matérias gordas. não superior a 1,5%
0402.21.00 Sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes (com
um teor, em peso, de matérias gordas, superior a 1,5%
0402.29.00 Outros (com adição de açúcar ou de outros
edulcorantes, com um teor, em peso, de matérias
gordas, superior a 1,5%)
Feijão
0713.31.00 Feijões das espécies Vigna mungo (L.) Hepper ou Vigna
radiata (L.) Wilczek
0713.32.00 Feijao-adzuki (Phaseolus ou Vigna angularis)
0713.33.00 Feijão comum (Phaseolus vulgaris)
0713.34.00 Feijão-bambara (Vigna subterranea ou Voandzeia
subterrânea)
0713.35.00 Feijão-fradinho (Vigna unguiculada)
0713.39.00 Outros
Arroz
1006.20.00 Arroz descascado (arroz cargo ou castanho)

89
1006.30.00 Arroz semi-branqueado ou branqueado, mesmo polido
ou glaceado
1006.40.00 Arroz partido (Trincas de arroz)
Farinha de Trigo
1101.00.10 Farinha de Trigo
Farinha de Milho(Fuba de Milho)
1102.20.00 Farinha de Milho
Óleo Alimentar
1507.90.00 Outros (Óleo de Soja)
1508.90.00 Outros (Óleo de Amendoim)
1511.90.00 Outros (Óleo de Palma)
1512.90.00 Outros (Óleo de Girassol ou de Cártamo)
Açúcares de Cana
1701.91.10 Açúcares de Cana (Adicionados de Aromatizantes ou
corantes)
1701.99.10 Açúcares de Cana (sem adição de Aromatizantes ou
corantes)
Sabão
3401.19.10 Sabão em barra de peso igual ou superior a 1 kg

ANEXO II
TRANSMISSÕES DE PRODUTOS PETROLÍFEROS
A que refere a alínea k) do nº 1 do artigo 12º
Classificação pautal Designação- Produtos Petrolíferos
27.01 Hulhas, briquetes, bolas em aglomerados e
combustíveis sólidos semelhantes, obtidos a partir
da hulha
Hulhas, mesmo em pó, mas não aglomeradas:
2701.11.00 - Antracite
2701.12.00 - Hulha betuminosa
2701.19.00 - Outras hulhas
2701.20.00 Briquetes, bolas em aglomerados e combustíveis
sólidos semelhantes, obtidos a partir da hulha
2702 Linhites, mesmo aglomeradas, excepto azeviche
2702.10.00 Linhites, mesmo em pó, mas não aglomerados
2702.10.00 Linhites aglomerados
2704.00.00 Coques e semicoques, de hulha, de linhite ou turfa,
mesmo aglomerados; carvão de retorta
2705.00.00 Gás de hulha, gás de água, gás pobre (gás de ar) e
gases semelhantes, excepto gases de petróleo e
outros hidrocarbonetos gaosos
2706.00.00 Alcatrões de hulha, de linhite ou de turfa e outros
alcatrões minerais, mesmo desidratados ou

90
parcialmente destilados, incluindo os alcatrões
reconstruídos.
2707 Óleos e outros produtos provenientes da
destilação dos alcatrões de hulha a alta
temperatura; produtos análogos em que os
constituintes aromáticos predominem, em peso,
relativamente aos constituintes não aromáticos
2707.10.00 Benzol (benzeno)
2707.20.00 Toluol (tolueno)
2707.30.00 Xilol (xilenos)
2707.40.00 Naftaleno
2707.50.00 Outras misturas de hidrocarbonetos que destilem
(incluindo as perdas) uma fracção igual ou superior
a 65%, em volume, a 250ºC, segundo o método ISSO
3405 (equivalente ao método ASTMD 86)
Outros
2707.91.00 Óleos e cresoto
2707.99.00 Outros
27.08 Breu e coque de breu obtidos a partir do
alcatrão de hulha ou de outros alcatrões
minerais
2708.10.00 Breu
2708.20.00 Coque de breu
2709.00.00 Óleos brutos de petróleo ou de minerais
betuminosos
27.10 Óleos de petróleo ou de minerais betuminosos,
exceptos óleos brutos, preparações não
específicas nem compreendidas noutras
posições, que contenham, como constituintes
básicos, 70% ou mais, em peso, de óleos de
petróleo ou de minerais betuminosos; resíduos
de óleos
Óleos de petróleo ou de minerais betuminosos,
exceptos óleos brutos, preparações não específicas
nem compreendidas noutras posições, que
contenham, como constituintes básicos, 70% ou
mais, em peso, de óleos de petróleo ou de minerais
betuminosos, excepto os que contenham biodiesel e
excepto os resíduos de óleos:
2710.12 Óleos leves e preparações:
2710.12.11 Gasolina para aviões
2710.12.12 Outras gasolinas
2710.12.13 Querosene
2710.12.14 Gasóleo

91
2710.12.15 Outros
2710.19 - Outros:
2710.19.21 Óleo base
2710.19.23 Óleos Lubrificantes
2710.19.29 Outros
2710.20.00 Óleos de petróleo ou de minerais betuminosos
(exceptos óleos brutos) e preparações não
específicas nem compreendidas noutras posições,
que contenham, como constituintes básicos, 70% ou
mais, em peso, de óleos de petróleo ou de minerais
betuminosos, que contenham 1 biodiesel, excepto
os resíduos de óleos:
Resíduos de óleos
2710.91.00 Que contenham difenilos policlorados (PCB),
terfenilos policlorados (PCT) ou difenilos
polibromados (PBB)
2710.99.00 Outros
2711 Gás de petróleo e outros carbonetos gasosos
Liquefeitos:
2711.11.00 Gás natural
2711.12.00 Propano
2711.13.00 Butano
2711.14.00 Etileno, propileno, butileno e butadieno
2711.19.00 Outros
No estado gasoso
2711.21.00 Gás natural
2711.29.00 Outros
2712. Vaselina, parafina, cera de petróleo
microcristalina, slack wax, ozocerite, cera de
linhite, cera de turfa, outras ceras minerais e
produtos semelhantes obtidos por síntese ou
por outros processos, mesmo corados
2712.10.00 Vaselina
2712.20.00 Parafina que contenha, em peso, menos de 0,75% de
óleo
2712.90.00 Outros
2713 Coque de petróleo, betume de petróleo e outros
resíduos dos óleos de petróleo ou de minerais
betuminosos
Coque de petróleo
2713.11.00 Não calcinado
2713.12.00 Calcinado
2713.20.00 Betume de petróleo

92
2713.90.00 Outros resíduos dos óleos de petróleo ou de
minerais betuminosos
2714 Betumes e asfaltos, naturais, xistos e areias
betuminosos; asfaltites e rochas asfálticas
2714.10.00 xistos e areias betuminosos
2714.90 Outros:
2714.90.10 Aditivos de xistos e areias betuminosos
2714.90.90 Outros
2715.00.00 Misturas betaminosas à base de asfalto ou de
betume naturais, de betume de petróleo, de alcatrão
mineral ou de breu de alcatrão (por exemplo,
mástiques betuminosos e cut- backs)

ANEXO III
OPERAÇÕES DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
A que se refere a alínea i) do nº 1 do artigo 12º
Concessão de créditos e a gestão de garantias de credito
Câmbio de divisas e outras operações relativas a divisas, com excepção da
transmissão de moedas e notas de colecção
As operações relativas a depósitos financeiros e gestão de contas
A transmissão de títulos financeiros
A gestão de fundos comuns de investimento

ANEXO IV
Símbolo do Imposto sobre o Valor Acrescentado

O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade


Dias dos Santos.

O Presidente da República, JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO.

93
Diário da República I Série nº 104, de 13 de Agosto de 2019

Lei nº 17/19, de 13 de Agosto. Lei que Altera a Lei que Aprova


o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado

ASSEMBLEIA NACIONAL

Lei nº 17/19:
Altera os artigos 3º, 5º, 6º e 9º da Lei nº 7/19 de 24 de Abril, que
Aprova o Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado, e
os artigos 5º, 10º, 12º, 14º, 18º, 21º, 22º, 23º. e o 31º do
Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado.

A aplicação da Lei nº 7/19, de 24 de Abril, Lei que Aprova o


Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado, necessita, nos
termos e prazos previstos, de uma adequada e eficaz organização
das infra-estruturas tecnológicas e institucionais dos principais
destinatários, pelo que urge proceder-se a alteração da referida
Lei, com vista a criação de condições para a sua integral
implementação.
A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos
termos das disposições combinadas da alínea o) do nº1 do artigo
165º e da alínea d) do nº2 do artigo 166º, ambos da Constituição
da República de Angola, a seguinte:

LEI QUE ALTERA A LEI QUE APROVA O CODIGO DO IMPOSTO


SOBRE O VALOR ACRESCENTADO

Artigo 1º
Alteração da Lei nº 7/19, de 24 de Abril, Lei que Aprova o
Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado

São alterados os artigos 3º, 5º, 6º, 9º, da Lei nº 7/19, de 24


de Abril, Lei que Aprova o Código do Imposto Sobre o Valor
Acrescentado, que passam a ter a seguinte redacção:

94
«Artigo 3º
Entrada em vigor
1. A presente Lei entra em vigor a 1 de Outubro de 2019.
2. (…)
3. (…)
4. (…)»

«Artigo 5º
Apuramento e Pagamento do Imposto
1. (…)
2. O Imposto Sobre o Valor Acrescentado a que se refere o
número anterior é apurado mediante aplicação da taxa de 3%
sobre o volume de negócios respeitante aos três meses anteriores,
com direito a dedução, até ao limite de 4% do imposto suportado
nas suas aquisições de bens e serviços que constem do mapa de
fornecedores a que se refere o nº4 do artigo anterior.
3. (…)
4. (…)
5. Os Sujeitos passivos do regime transitório apuram. ainda,
Imposto sobre o Valor Acrescentado, quando a adquiram serviços
a prestadores não residentes.
6. Para efeitos do número anterior, o Imposto é apurado
mediante aplicação da taxa de 3% sobre os serviços efectivamente
pagos.
7. (…)»

«Artigo 6º
Actualização do cadastro
1. Os sujeitos passivos do Imposto sobre o Valor
Acrescentado devem apresentar, obrigatoriamente, por
transmissão electrónica de dados, a declaração de início de
actividade, no prazo de 30 dias após a publicação da presente Lei.
2. (…)
3. (…)
4. (…)»

95
«Artigo 9º
Imposto de Consumo incorporado nas mercadorias adquiridas
1. (...)
2. O Imposto de Consumo suportado nas aquisições de bens
é deduzido na totalidade na colecta do Imposto sobre o
Rendimento, enquanto titular, no exercício económico e1n que
efectuar a transmissão dos bens.
3. A recuperarão do Imposto de Consumo prevista no
presente artigo só pode ser feita até ao exercício de 2022.»

Artigo 2º
Alteração ao Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado

São alterados os artigos 5º, 10º, 12º, 14º, 18º, 21º, 22º, 23º
e o 31º do Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentando, que
passam a ter a seguinte redacção:

«Artigo 5º
Transmissão de bens
1. (…)
2. (…)
3. (…)
4. (…)
5. (…)
6. (…)
7. (…)
8. A exclusão a que se refere o número anterior é também
aplicável as quebras de existências devidamente justificadas, bem
como as transmissões de bens destinadas a ofertas para atenuar
os efeitos das calamidades naturais, tais como cheias,
tempestades, secas, ciclones, sismos, terramotos e outros de
idêntica natureza, desde que devidamente autorizado pelo Titular
do Poder Executivo.»

96
«Artigo 10º
Local das prestações de serviços
1. (…)
2. (…)
3. (…)
4. (…)
5. As prestações de serviços a que se refere o nº2 não são
tributáveis, quando realizadas fora do território nacional.»

«Artigo 12º
Transmissões do bens e prestações do serviço isentas
1. (…)
a) (…)
b) (…)
c) (…)
d) (…)
e) (…)
f) (…)
g) (…)
h) (…)
i) (…)
j) O seguro de saúde, bem como a prestação de serviços
de seguros e resseguros do ramo vida;
k) (…)
l) As prestações de serviços que tenham por objecto o
ensino, efectuadas por estabelecimentos integrados
conforme definidos na Lei de Bases do Sistema de
Educação e Ensino, bem como por estabelecimentos de
Ensino Superior devidamente reconhecidos pelo
Ministério de Tutela;
m) As prestações de serviço médico sanitário, efectuadas
por estabelecimentos hospitalares, clínicas,
dispensários e similares;
n) O transporte de doentes ou feridos em ambulâncias ou
outros veículos apropriados efectuados por
organismos devidamente autorizados;

97
o) Os equipamentos médicos para exercício da actividade
dos estabelecimentos de saúde.
2. (…)»

«Artigo 14º
Importações isentas
1. Estão isentas de imposto:
a) (…)
b) (…)
c) (…)
d) (…)
e) A importação de moeda estrangeira efectuada pelas
instituições financeiras bancárias, nos termos definidos
pelo Banco Nacional de Angola.»
2. (…)»

«Artigo 18º
Valor tributável nas importações
1. O valor tributável dos bens importados é o valor
aduaneiro, determinado nos termos da legislação em vigor.
2. [Revogado]
3. (…)»

«Artigo 21º
Imposto cativo
1. (…)
2. (…)
3. (…)
4. (…)
5. Excluem-se do disposto no presente artigo as seguintes
operações:
a) Transmissões de bens efectuadas por
supermercados;
b) Serviços prestados por bancos comerciais;
c) Consumo de água e energia;
d) Serviços de hotelaria e outras actividades a si
conexas ou similares;
98
e) Serviços adquiridos em caixas de pagamento
automático;
f) As indemnizações de seguro que resultem em
reembolso efectuadas pelas seguradoras aos
segurados.
6. O disposto no número anterior não se aplica as entidades
previstas no nº1, com excepção das Sociedades Investidoras
Petrolíferas.»

«Artigo 22º
Âmbito do direito a dedução
1. (…)
2. (…)
3. (…)
4. Pode ainda deduzir-se o imposto que tenha incidido sobre
bens ou serviços adquiridos, importados ou utilizados pelo sujeito
passivo, para realização de actividades económicas, ainda que não
estejam a praticar operações tributáveis nos termos do artigo 3º,
desde que as mesmas não respeitem as operações isentas
previstas nas alíneas b) a o) do artigo 12º
5. (…)
6. O Imposto cativo pelas entidades referidas no artigo 21º é
deduzido ao valor do imposto liquidado pelos fornecedores de
bens e serviços, devendo o mesmo constar da declaração do
período em que foram emitidas as facturas ou documentos
equivalentes.»

«Artigo 23º
Condições para o exercício do direito a dedução
1. (…)
2. A dedução deve ser efectuada na declaração desse período
ou do período seguinte àquele em que se tiver verificado a emissão
das facturas, documentos equivalentes ou documento de cobrança
da declaração de importação.
3. (…)
4. (…)»

99
«Artigo 31º
Pagamento do Imposto cativo
1. (...)
2. (...)
3. As Sociedades Investidoras Petrolíferas apenas são
obrigadas a entregar o montante do Imposto cativo das operações
que não conferem direito a dedução, nos termos dos artigos 24º e
25º, simultaneamente com a declaração periódica, através dos
meios de pagamento legalmente permitidos, no prazo previsto no
nº1 do artigo 44º.
4. (...)
5. (...)
6. (...)»

Artigo 3º
Dúvidas e omissões

As dúvidas e as omissões resultantes da interpretação e da


aplicação da presente Lei são resolvidas pela Assembleia Nacional.

Artigo 4º
Entrada em vigor

A presente Lei entra em vigor a 1 de Outubro de 2019.


Vista e aprova da pela Assembleia Nacional, em Luanda, aos
18 de Julho de 2019.

O Presidente da Assembleia Nacional, FERNANDO DA PIEDADE


DIAS DOS SANTOS.

Promulgada, aos 6 de Agosto de 2019.

Publique-se.

O Presidente da República, JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO.

100
ANEXO I- TRANSMISSÃO DE BENS DIVERSOS
A que refere a alínea a) do nº 1 do artigo 12º

Classificação pautal Designação


Leite não concentrado
0401.10.10 Leite para crianças
0401.10.90 Outros (excepto para crianças)
0401.20. 00 Com um teor, em peso, de matérias gordas, superior
a 1 %, mas não superior a 6 %
0401.40.00 Com um teor, em peso, de matérias gordas, superior
a 6 %. mas não superior a 10%
0401.50.00 Com um teor, em peso, de matérias gordas, superior
a 10 %
Leite em pó
0402. 10.00 Em pó, grânulos ou outras formas sólidas, com um
teor, em peso, de matérias gordas. não superior a
1,5%
0402.21.00 Sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes
(com um teor, em peso, de matérias gordas,
superior a 1,5%
0402.29.00 Outros (com adição de açúcar ou de outros
edulcorantes, com um teor, em peso, de matérias
gordas, superior a 1,5%)
Feijão
0713.31.00 Feijões das espécies Vigna mungo (L.) Hepper ou
Vigna radiata (L.) Wilczek
0713.32.00 Feijao-adzuki (Phaseolus ou Vigna angularis)
0713.33.00 Feijão comum (Phaseolus vulgaris)
0713.34.00 Feijão-bambara (Vigna subterranea ou Voandzeia
subterrânea)
0713.35.00 Feijão-fradinho (Vigna unguiculada)
0713.39.00 Outros
Arroz
1006.20.00 Arroz descascado (arroz cargo ou castanho)
1006.30.00 Arroz semi-branqueado ou branqueado, mesmo
polido ou glaceado
1006.40.00 Arroz partido (Trincas de arroz)
Farinha de Trigo
1101.00.10 Farinha de Trigo
Farinha de Milho(Fuba de Milho)
1102.20.00 Farinha de Milho
Farinha de Mandioca (Fuba de Bombó)

101
1106.20.00 Farinha de Mandioca
Óleo Alimentar
1507.90.00 Outros (Óleo de Soja)
1508.90.00 Outros (Óleo de Amendoim)
1511.90.00 Outros (Óleo de Palma)
1512.90.00 Outros (Óleo de Girassol ou de Cártamo)
Açúcares de Cana
1701.91.10 Açúcares de Cana (Adicionados de Aromatizantes
ou corantes)
1701.99.10 Açúcares de Cana (sem adição de Aromatizantes ou
corantes)
Sabão
3401.19.10 Sabão em barra de peso igual ou superior a 1 kg

O Presidente da República, JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO.

102
Diário da República I Série nº 72 de 24 de Maio de 2019

Decreto35 Presidencial nº 180/19, de 24 de Maio.


Regulamento do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado

Presidente da República

Decreto Presidencial nº 180/19:


Aprova o Regulamento do Código do Imposto Sobre o Valor
Acrescentado.

Convindo definir as regras dos reembolsos e restituição do


Imposto36 sobre o Valor Acrescentado a serem recolhidos para
uma conta específica de reembolso, conforme estabelecido no nº
8 do artigo 26º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado,
aprovado pela Lei nº 7/19, de 24 de Abril, urge a necessidade de
se criar os procedimentos da aplicação dos reembolsos e
restrições concedidos aos Sujeitos passivos e agentes
diplomáticos quer em numerário ou por certificado de crédito
fiscal a serem reembolsado pela Administração Geral Tributária;
Considerando que o Plano Geral de Contabilidade e o Plano
de Contas para as Empresas de Seguros visam uniformizar os
registos contabilísticos, sistematizar os procedimentos e critérios
de registo, estabelecer regras para divulgação de informações
contabilísticas, urge a necessidade de se proceder a criação de
código de contas, nomenclaturas e regras de movimentação para
o registo das operações activas e passivas do Imposto sobre o
Valor Acrescentado, com vista a padronizar a utilização de contas

35
Decreto, do latim decretu. Determinação de uma autoridade superior,
geralmente o Presidente da República (Artigo 125º, nº1 da Constituição da
República de Angola).
36
Restituição do Imposto - O direito ou a faculdade que tem o contribuinte
de reaver ou deduzir os pagamentos subsequentes, o montante de imposto
indevidamente pago (Artigo 2º, nº1, alínea t) da Lei nº 21/14, de 22 de
Outubro)
103
contabilísticas, de modo a possibilitar o acompanhamento e
controlo deste imposto;
O Presidente da República decreta, nos termos da alínea l)
do artigo 120º e do nº 3 do artigo 125º, ambos da Constituição da
República de Angola, o seguinte:

Artigo 1º
Aprovação

É aprovado o Regulamento37 do Código do Imposto sobre


o Valor Acrescentado, anexo ao presente Diploma, e que dele é
parte integrante.

Artigo 2º
Competência para alteração e aprovação de procedimentos

1. Compete ao Titular do Departamento Ministerial


responsável pelas Finanças Públicas aprovar e alterar
procedimentos que se mostrem necessários para o cumprimento
das obrigações decorrentes do presente Decreto.
2. Pode ainda o Titular do Departamento Ministerial
responsável pelas Finanças Públicas criar e aprovar novos
Regulamentos que se que se mostrem necessários para o
cumprimento das obrigações decorrentes do Código do Imposto
sobre o Valor Acrescentado.

37
Regulamento - Acto ou efeito de estabelecer normas, de regular;
prescrição, norma, preceito, que tem como objetivo a regulamentação e
aplicação de uma lei. Compete ao Presidente da República, enquanto Titular
do Poder Executivo, nos termos do artigo 120, alínea l) da Constituição da
República de Angola, elaborar regulamentos à boa execução das leis. Tanto
o decreto como o regulamento não podem, em nada, contrariar ou alterar
qualquer disposição da Constituição.
104
Artigo 3°
Dúvidas e omissões

As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e


aplicação do presente Diploma são resolvidas pelo Presidente da
República.

Artigo 4º
Entrada em vigor

O presente Diploma entra em vigor a 1 de Julho de 2019.

Publique-se.

Luanda, aos 24 de Maio de 2019.

O Presidente da República, JOÃO MANUEL GONCALVES LOURENÇO.

REGULAMENTO DO CODIGO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR


ACRESCENTADO

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Artigo 1º
Objecto

O presente Regulamento estabelece as regras relativas ao


reembolso, restituição do Imposto sobre o Valor Acrescentado a
que os Sujeitos passivos e outras entidades que tenham direito,
bem como as regras e procedimentos relativos ao registo das
operações activas e passivas do mesmo imposto, efectuadas pelos
sujeitos passivos e outras entidades.

105
Artigo 2º
Âmbito de aplicação

1. O presente Regulamento aplica-se aos sujeitos passivos


enquadrados no regime geral do Imposto sobre o Valor
Acrescentado, as Missões Diplomáticas e consulares e ao seu
pessoal não nacional, as organizações internacionais com estatuto
diplomático quando existir reciprocidade de tratamento, bem
como a outras entidades quando aplicável.
2. Os Sujeitos passivos enquadrados no «regime de não
sujeição» e no «regime transitório» do Imposto sobre o Valor
Acrescentado podem adaptar algumas contas do presente Decreto
para a contabilização das suas operações activas e passivas
conforme as regras de contabilização.

CAPÍTULO II
Do Reembolso

SECCAO I
Obtenção do Reembolso

Artigo 3º
Solicitação de reembolso

1. Sempre que se verifique crédito a favor do sujeito passivo


e, decorridos mais de três meses, em conformidade como nº 2 do
artigo 26º do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado38, pode ser solicitado o reembolso através da
submissão da declaração periódica e respectivos anexos, nos

38
Se, passados mais de 3 meses relativos ao período em que se verificou o
excesso, mantiver-se o crédito a favor do sujeito passivo em montante
superior a 3.409 UCF, este pode, se não desejar manter, no todo ou em parte
o procedimento referido no número anterior, solicitar o correspondente
reembolso, sem prejuízo de antes serem fiscalizados os documentos que
originaram o crédito fiscal.
106
termos do artigo 44° do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado.
2. Após a solicitação do reembolso, o sujeito passivo fica
impedido de proceder ao reporte do crédito na declaração
periódica do período seguinte, pela respectiva importância, até a
comunicação da decisão que recair sobre o pedido.

Artigo 4°
Anexos a solicitação de reembolso

1. Para aferir a legitimidade do crédito a Administração Geral


Tributária pode exigir, sempre que se mostre necessário, os
seguintes elementos em formato digital:
a) Facturas ou documentos equivalentes, referente a
aquisição de bens ou serviços que influenciaram na
constituição do crédito solicitado;
b) Declaração aduaneira, quando se trate de importações;
c) Documento de cobrança que confirma o Pagamento do
Imposto sobre o Valor Acrescentado na importação;
d) Extracto de fornecedores contendo todos os elementos
identificativos da factura ou documento equivalente;
e) Balancete geral analítico e diários de movimentos
contabilísticos relativo ao período do crédito
apresentado;
f) Nota justificativa das regularizações efectuadas a favor
do sujeito passivo, quando exista regularizações
efectuadas;
g) Qualquer outro documento que se julgue necessário
para se aferir a legitimidade do crédito;
2. Os Sujeitos passivos que solicitem o reembolso nos termos
da alínea b) do n° 3 do artigo 26° do Código do Imposto sobre o
Valor Acrescentado devem ainda submeter electronicamente os
seguintes documentos:
a) Documento comprovativo da exportação, emitido pela
Estância Aduaneira competente;
b) Documento da instituição bancaria intermediária no
processo de exportação, com a prova da efectiva
107
repatriação das receitas da exportação para o Pais, ou
alternativamente, a carta conforto da referida
instituição bancaria, garantindo que as receitas de
exportação serão repatriadas para o Pais, nos termos do
disposto na Lei Cambial.

Artigo 5°
Requisitos para concessão do reembolso

1. Sem prejuízo das disposições especificas que para cada


caso se estabelecem neste Regulamento, a concessão de qualquer
reembolso depende da velicação cumulativa dos seguintes
requisitos:
a) O sujeito passivo não se encontrar em situação de
incumprimento declarativo, relativo ao Imposto sobre
o Valor Acrescenta do, ao imposto Especial sobre o
Consumo. aos Impostos sobre o Rendimento e aos
Impostos sobre o Património. com referência a
períodos de impostos anteriores;
b) Ter comunicado electronicamente todas as facturas ou
documentos equivalentes emitidos e recebidos no
período ou nos períodos anteriores e não se verificar a
existência de divergências. nomeadamente entre os
valores comunicados e os valores declarados do
imposto liquidado e dedutível;
c) Ter comunicado electronicamente o ficheiro SAF-T
relativamente ao período ou nos períodos anteriores e
não se verificar a existência de divergências,
nomeadamente entre os valores comunicados e os
valores declarados do imposto liquidado e dedutível;
d) Existência de conta bancária de que o sujeito passivo
seja titular, confirmada pela respectiva Instituição
Financeira Bancária estabelecida em território nacional
e para as instituições financeiras bancárias devem
indicar a correspondente conta de disponibilidade
junto do Banco Nacional de Angola;
108
e) O imposto dedutível não se referir a um sujeito passivo
com numero de identificação fiscal inexistente ou
invalido. com excepção das operações em que o
imposto é devido pelos adquirentes;
f) Não constarem do anexo de fornecedores. Sujeitos
passivos que tenham suspendido ou cessado a
actividade no período a que respeita o imposto.
2. Sem prejuízo da manutenção do crédito. só são
consideradas as solicitações de reembolso que constem de
declaração periódica apresentada dentro prazo legal, conforme
disposto no artigo 44° do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado.

Artigo 6°
Suspensão do prazo de concessão de reembolsos

1. A não verificação das condições referidas no nº1° 1 do


artigo anterior", determina a suspensão do prazo de concessão do
reembolso e a contagem dos juros indemnizatórios previstos no n°
4 do artigo 26º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
2. Sempre que se verifique a suspensão referida no numero
anterior". o sujeito passivo é notifica do para regularizar a falta no
prazo de 30 dias. a contar da data da notificação. sob pena do
indeferimento do reembolso e consequente reporte do crédito
para a conta corrente, salvo quando não se verifiquem as
condições de dedutibilidade e exigibilidade do imposto, caso em
que se procede a correcção do valor a reembolsar ou do excesso a
reportar ou, se devida, a liquidação adicional nos termos do
disposto no Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
3. Suspende-se ainda o prazo de concessão do reembolso e
a contagem dos juros indemnizatórios, sempre que existam
indícios de crime tributário, para cuja comprovação e posterior
transmissão da noticia de crime se afigure necessário o
desenvolvimento de diligências no âmbito do procedimento
tributário.
4. Findo o prazo mencionado no n° 2. sem que o sujeito
passivo regularize a situação, a suspensão converte-se em
109
indeferimento do reembolso nos termos do n° 6 do artigo 26° do
Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.

SECCAO II
Meios do Pagamento

Artigo 7º
Meios do pagamento do reembolso

1. Os reembolsos são concedidos em munerário ou


certificado de credito fiscal a emitir pela Administração Geral
Tributária, nos termos do nº 7 do artigo 26° do Código do Imposto
sobre o Valor Acrescentado.
2. Quando o sujeito passivo tenha qualquer dívida
tributária39, o valor do reembolso e compensado na proporção da
divida. nos termos do artigo 58° do Código do Imposto sobre o
Valor Acrescentado.
3. Quando o valor a reembolsar seja superior ao valor da
dívida tributária, a Administração Geral Tributária reembolsa o
valor renascente ao sujeito passivo.

Artigo 8º
Reembolso em numerário

1. O reembolso em numerário é efectuado por transferência


bancaria. devendo o sujeito passivo indicar a conta e a Instituição
Financeira Bancária por si titulada para efeito de crédito na
declaração de inicio ou de alteração de actividade.
2. A conta bancaria mencionada no número anterior deve
ser confirmada electronicamente pela Instituição Financeira

39
Dívida tributária – compreende o conjunto de prestações tributárias,
incluindo acréscimos legais a que o sujeito passivo ou outro responsável
tributário se encontre adstrito a efectuar a favor do Estado, no âmbito de
uma relação jurídica tributária (Artigo 2º, nº 1, alínea h) da Lei nº 21/14 de
22 de Outubro).
110
Bancaria indicada pelo sujeito passivo. aquando da submissão da
respectiva declaração de inicio ou alteração de actividade.
3. A Administração Geral Tributária submete por
transmissão electrónica de dados a lista dos reembolsos
confirmados e aprovados para a Instituição Financeira Bancaria
gestora da conta de reembolsos.
4. A Instituição Financeira Bancaria gestora da conta de
reembolsos deve proceder" a transferência do montante
correspondente ao reembolso aprovado para a conta dos Sujeitos
passivos constantes da lista mencionada no número anterior, na
data da recepção do ficheiro.
5. O não cumprimento do disposto no numero anterior
acarreta para a Instituição Financeira Bancaria gestora da conta
de reembolsos. o pagamento de juros indemnizatórios ao sujeito
passivo, nos termos do disposto no nº 4 do artigo 26.º do Código
do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
6. Para efeitos de contagem do pagamento do reembolso,
considera-se pago no momento em que a Administração Geral
Tributária submete a lista mencionada no nº 3 do presente artigo.

Artigo 9º
Reembolso por certificado de crédito fiscal

1. O reembolso por certificado de crédito fiscal é efectuado


por crédito em conta corrente do sujeito passivo no Sistema
Integrado de Gestão Tributária.
2. O reembolso é concedido no prazo de 45 dias a contar da
data do recebimento da respectiva solicitação pela Administração
Geral Tributária.
3. O certificado de crédito fiscal é atribuído ao sujeito
passivo em formato electrónico e permite efectuar as seguintes
operações:
a) Pagamento de direitos aduaneiros e demais
imposições;
b) Pagamento de outros impostos e acréscimos legais
quando devidos. com excepção dos impostos retidos
pelo sujeito passivo.
111
4. A concessão de reembolso por certificado de crédito fiscal
determina a transferência do correspondente valor da conta de
reembolso para a Conta Única do Tesouro, num prazo máximo de
5 dias.
5. O reembolso concedido por" certificado de credito fiscal
deve ser" utilizado pelo sujeito passivo dentro do prazo de
caducidade previsto no Código Geral Tributário.

Artigo 10º
Limite mínimo para o reembolso

O limite mínimo para a concessão do reembolso aos Sujeitos


passivos do Imposto sobre o Valor Acrescentado não pode ser
igual ou inferior a 3.409 UCF, com excepção das situações
previstas no nº 3 do artigo 26º do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado, situação em que o valor a reembolsar pode ser
inferior ao valor acima mencionado.

Artigo 11º
Indeferimento do pedido do reembolso

1. O pedido de reembolso é indeferido total ou parcialmente


quando:
a) O sujeito passivo na o faculte os elementos referidos no
nº 1 do artigo 4º;
b) Decorrido o prazo mencionado no nº2 do artigo 6°, o
sujeito passivo não tenha regularizado a(s) falta(s)
comunicada(s);
c) O imposto deduzido sem a observância das disposições
do artigo 23º do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado;
d) Existam facturas ou documentos equivalentes com
número sequencial duplicados constantes do anexo de
fornecedores da declaração periódica, relativamente ao
mesmo exercício económico;

112
e) Quando a informação da declaração periódica do
período ou de períodos anteriores não constar dos
registos contabilísticos do sujeito passivo.
2. Para efeito do disposto no numero anterior, a
Administração Geral Tributária deve notificar o sujeito passivo
sobre a decisão recaída sobre o pedido de reembolso.

Artigo 12º
Reclamação, recurso e impugnação

Da decisão de indeferimento cabe reclamação


administrativa, recurso hierárquico ou impugnação judicial nos
termos do Código Geral Tributário.

SECÇÃO III
Restituição do Imposto40 as Missões Diplomáticas e
Consulares e a Organizações Internacionais com Estatuto
Diplomático

Artigo 13º
Imposto restituível

1. A Administração Geral Tributária procede a restituição do


Imposto sobre o Valor Acrescentado suportado nas aquisições de
bens e serviços efectuadas no mercado interno, as seguintes
entidades:
a) Missões Diplomáticas e Consulares [vide página 360], bem
como do seu pessoal não nacional;
b) Organizações internacionais que gozem de estatuto de
imunidade diplomática, bem como do seu pessoal não
nacional.
2. São excluídos os cônsules honorários e o pessoal das
embaixadas e consulados de nacionalidade angolana, bem como os

40
Restituição do imposto – o direito ou a faculdade que tem o contribuinte
de reaver ou deduzir nos pagamentos subsequentes, o montante de imposto
indevidamente pago Artigo 2º, nº 1, alínea t) do Código Geral Tributário.
113
funcionários não nacionais que, além do serviço diplomático ou
consular, exerçam outra actividade remunerada.
3. Não é restituído o imposto relativo as aquisições dos bens
e serviços a seguir indicados, quando adquiridos para uso pessoal:
a) Bens alimentares, incluindo bebidas;
b) Agua, gás e electricidade;
c) Serviços alimentares e bebidas;
d) Serviços de telefonia;
e) Serviços de alojamento;
f) Trabalhos imobiliários, incluindo os materiais. ainda
que fornecidos pelo dono da obra para o efeito;
g) Aquisição de qualquer tipo de tabaco.

Artigo 14º
Automóveis

1. No caso de veículos automóveis. independentemente de


estarem em causa aquisições no mercado nacional ou
importações, a restituição do imposto é concedida até aos
seguintes limites:
a) Os veículos automóveis necessários ao seu serviço
oficial de cada entidade, de acordo com critérios de
razoabilidade definidos pelo Ministério das Relações
Exterior;
b) Ate três veículos automóveis, para os Chefes da Missão
Diplomática;
c) Um veiculo automóvel, para cada um dos demais
funcionários constantes da lista do corpo diplomático,
ou ate dois veículos automóveis, no caso de funcionário
casado ou com família a seu cargo;
d) Um veiculo automóvel, para os cônsules de carreira, ou
até dois veículos automóveis, no caso de funcionário cas
ado ou com família a seu cargo;
e) Um veiculo automóvel, para os funcionários
administrativos técnicos de carreira que não tenham
em Angola a sua residência permanente, o qual devera

114
ser adquirido ou importa do no prazo máximo de seis
meses apos a data da sua chegada.
2. Os proprietários dos veículos automóveis, abrangidos
pelo benefício estabelecido no numero anterior, devem solicitar a
Administração Geral Tributária a Liquidação do Imposto sobre o
Valor Acrescentado correspondente ao preço de venda. quando
pretenderem efectuar a sua alienação. antes de decorridos cinco
anos sobre a data de aquisição do bem.
3. Para efeitos do disposto no número anterior, o valor
tributável não pode ser inferior ao que resulta da aplicação ao
preço de aquisição ou importação do veiculo. com exclusão do
Imposto sobre o Valor Acrescentado. das seguintes percentagens:
Anos Decorridos Após a Aquisição Percentagem
Primeiro e Segundo 100
Terceiro 75
Quarto 50
Quinto 25
4. Nos casos de falecimento do proprietário do veículo e de
acidente grave ou de furto de que resulte a impossibilidade de
recuperação da viatura devidamente comprovado, o Ministro das
Finanças. sob proposta do Ministro das Relações Exteriores,
poderá dispensar por Despacho o Pagamento do Imposto sobre o
Valor Acrescentado previsto no numero anterior.

Artigo 15º
Solicitação de restituição

1. A solicitação de restituição e efectuada através de modelo


próprio, por transmissão electrónica de dados. do qual constem os
elementos identificativos das facturas ou documentos
equivalentes. processados nos termos da legislação aplicável.
2. A solicitação de restituição e efectuada no prazo de um
ano a contar da data da factura ou documento equivalente que
certifique a aquisição dos bens ou serviços.
3. A solicitação de restituição efectuada por membro ou
funcionário das entidades mencionadas no n° 1 do artigo 13° deve
ser visada e autenticada electronicamente pelos Chefes da Missão.
115
4. Na solicitação de restituição, as Representações
Diplomáticas ou Consulares ou os seus funcionários devem indicar
o seu numero de identificação fiscal quando legalmente exigível e
os dados da sua conta bancaria destinada ao credito dos
montantes a restituir. cujo numero e demais elementos de
identificação são confirmados pela respectiva instituição de
credito no primeiro pedido em que sejam indicados.

Artigo 16º
Recusa de restituição

1. A Administração Geral Tributária pode se recusar a


restituição do Imposto sobre o Valor Acrescentado suportado nas
aquisições de bens e serviços efectuadas no mercado interno,
quando este exceda manifestamente as necessidades de consumo
das entidades mencionadas no nº 1 do artigo 13º
2. A restituição do Imposto sobre o Valor Acrescentado pode
ainda ser recusado quando haja fundadas razoes para crer que os
bens ou serviços a que se refere o imposto a restituir não se
destinam a consumo das entidades mencionadas no número
anterior.
3. A Administração Geral Tributária não restitui o Imposto
sobre o Valor Acrescentado contido em factura ou documento
equivalente cujo valor unitário seja inferior a 114 UCF.
4. A Administração Geral Tributária só restitui o Imposto
sobre o Valor Acrescentado em caso de reciprocidade de
tratamento.

Artigo 17º
Consulta prévia

1. A Administração Geral Tributária deve solicitar o parecer


do Ministério das Relações Exteriores, sempre que haja duvida
sobre a idoneidade do pedido, a qualidade do peticionário ou a
existência de reciprocidade.

116
2. O parecer mencionado no número anterior deve ser
concedido pelo Ministério das Relações Exteriores a
Administração Geral Tributária no prazo de 30 dias.
3. Os Serviços da Administração Geral Tributária
responsáveis pela gestão do Imposto sobre 0 Valor Acrescentado
podem solicitar quaisquer" outras informações para apreciação
do pedido de restituição, incluindo a apresentação dos originais
dos documentos constantes da relação que acompanha o pedido.
4. Os originais dos documentos referidos no numero
anterior devem ser mantidos em arquivo nos prazos previstos no
Regime Jurídico das Facturas e documentos equivalentes.

Artigo 18º
Crédito em conta

Após ao deferimento do pedido. o montante da restituição e


creditado pela Administração Geral Tributária na conta bancária
que consta do cadastro do Registo Geral de Contribuintes indicada
pelo peticionário e o facto e comunicado ao solicitante.

Artigo 19º
Imposto indevidamente restituído

1. O imposto indevidamente restituído ou restituído em


excesso será deduzido nos períodos subsequentes, até a
liquidação do montante indevidamente restituído.
2. A decisão relativa a dedução referida no número anterior
e notificada ao peticionário, contando-se os prazos para a
reclamação administrativa, recurso hierárquico ou impugnação
conforme previsto no Código Geral Tributário. a partir do dia
imediato ao da recepção da notificação com a confirmação de
recepção.
3. Decorridos mais de 90 dias sobre a restituição indevida
ou em excesso sem que se verifique o disposto no nº1 deste artigo,
efectua-se a liquidação oficiosa pela importância devida.
4. A Administração Geral Tributária não procede a qual quer
restituição do imposto a mesma entidade, enquanto na o forem
117
efectuados os pagamentos das liquidações referidas no numero
anterior.

CAPITULO II
Das Operações Activas e Passivas do Imposto sobre o Valor
Acrescentado

SECCAO I
Plano Geral de Contabilidade

Artigo 20º
Criação de Código de Contas

1. E criado no Plano Geral de Contabilidade. aprovado pelo


Decreto nº 82101. de 16 de Novembro. o Código de Contas para a
contabilização das operações activas e passivas do Imposto sobre
o Valor Acrescentado.
2. O Imposto sobre o Valor Acrescentado doravante é
designado por «IVA».
3. O Código de Conta a que se refere o número anterior é
designado por «34.5 — IVA».
4. São ainda criados no Plano Geral de Contabilidade.
aprovado pelo Decreto nº 82/01, de 16 de Novembro, os seguintes
códigos de contas:
a) 34.6 - Certificado de Crédito Fiscal a Compensar;
b) 63.5 - IVA;
c) 75.3.1.2 - IVA.

Artigo 21º
Subcontas da conta principal do Imposto sobre o Valor
Acrescentado

A conta 34.5 — IVA, tem o seguinte desdobramento:


a) 34.5.1 - IVA suportado;
b) 34.5.2 - IVA dedutível;
c) 34.5.3 - IVA liquidado:
d) 34.5.4 - IVA regularizações:
118
e) 34.5.5 - IVA apuramento:
f) 34.5.6 -IVA a pagar.
g) 34.5.7 - IVA a recuperar.
h) 34.5.8 - IVA reembolsos pedidos:
i) 34.5.9 -IVA liquidações oficiosas.

Artigo 22º
Desdobramento das subcontas do Imposto sobre o Valor
Acrescentado

1.. As subcontas da conta principal do IVA referidas no


número anterior devem ser desdobradas nas contas específicas do
quarto grau nos seguintes termos:
a) 34.5.1 - IVA suportado:
i. 34.5.1.1 - Existências;
ii. 34.5.1.2 - Meios fixos e investimentos;
iii. 34.5.1.3 - Outros bens e serviços.
b) 34.5.2 - IVA dedutível:
i. 34.5.2.1 - Existências;
ii. 34.5.2.2 - Meios fixos e investimentos;
iii. 34.5.2.3 - Outros bens e serviços.
c) 34.5.3 -IVA liquidado:
i. 34.5.3.1 - Operações gerais;
ii. 34.5.3.2 - Operações abrangidas pelo regime de
IVA de caixa;
iii. 34.5.3.3 - Autoconsumo e operações gratuitas;
iv. 34.5.3.4 - Operações especiais.
d) 34.5.4 - IVA regularizações:
i. 34.5.4.1 - Mensais a favor do sujeito passivo;
ii. 34.5.4.2 - Mensais a favor do Estado;
iii. 34.5.4.3 - Anual por cálculo do pró rata definitivo;
iv. 34.5.4.4 - Outras regularizações anuais;
e) 34.5.5 - IVA apuramento:
i. 34.5.5.1 - Apuramento do regime de IVA normal;
ii. 34.5.5.2 - Apuramento do regime de IVA de caixa.
f) 34.5.6 -IVA apagar:
i. 34.5.6.1 - IVA a pagar de apuramento;
119
ii. 34.5.6.2 - IVA a pagar de cativo;
iii. 34.5.6.3 - IVA apagar de liquidações oficiosas.
g) 34.5.7 - IVA a recuperar:
i. 34.5.7.1 - IVA a recuperar de apuramentos;
ii. 34.5.7.2 -IVA a recuperar de cativo.
h) 34.5.8 - IVA reembolsos pedidos:
i. 34.5.8.1 - Reembolsos pedidos;
ii. 34.5.8.2 - Reembolsos deferidos;
iii. 34.5.8.3 - Reembolsos indeferidos;
iv. 34.5.8.4 - Reembolsos reclamados, recorridos ou
impugnados.
2. As subcontas do quinto grau referidas no número anterior
podem ser desdobradas em outras subcontas em função da
especificidade da actividade do sujeito passivo, devendo justificar
no relatório técnico anexo as demostrações financeiras da sua
criação.
3. As regras de movimentação das contas e subcontas das
operações activas e passivas em sede de IVA referidas nos
números anteriores constam do Anexo I do presente Regulamento
e que dele é parte integrante.

Artigo 23º
Criação do Código do Contas

1. É criado no Plano de Contas para as Empresas de Seguros,


aprovado pelo Decreto nº 79-A/02, de 5 de Dezembro, o Código de
Contas para a Contabilização das Operações Activas e Passivas do
Imposto sobre o Valor Acrescentado.
2. O Código de Conta a que se refere o número anterior é
designado por «464 - IVA».
3. É ainda criada no Plano de Contas para as Empresas de
Seguros a conta 465 designada por «Certificado de Crédito Fiscal
a Compensar» e a conta 6624 designada por «IVA».

120
Artigo 24º
Subcontas da conta principal do Imposto sobre o Valor
Acrescentado

A conta 464 - IVA, tem o seguinte desdobramento:


a) 4640 - IVA suportado;
b) 4641 - IVA dedutível;
c) 4642 - IVA liquidado;
d) 4643 -IVA regularizações;
e) 4644 - IVA apuramento;
f) 4645 - IVA a pagar;
g) 4646 - IVA a recuperar;
h) 4647 - IVA reembolsos pedidos;
i) 4648 - IVA liquidações oficiosas.

Artigo 25º
Desdobramento das subcontas do Imposto sobre o Valor
Acrescentado

1. As contas referidas no número anterior devem ter o


seguinte desdobramento:
a) 4640 - IVA suportado:
i. 46400 - Existências;
ii. 46401 - Imobilizações e investimentos;
iii. 46402 - Outros bens e serviços.
b) 4641 - IVA dedutível:
i. 46410 - Existências;
i. 46411 - Imobilizações e investimentos;
ii. 46412 - Outros bens e serviços.
c) 4642 - IVA liquidado:
i. 46420 - Operações gerais;
ii. 46421 - Autoconsumo e operações gratuitas:
iii. 46422 - Operações especiais.
d) 4643 - IVA regularizações:
i. 46430 - Mensais a favor do sujeito passivo;
ii. 46431 - Mensais a favor do Estado;
121
iii. 46432 - Anual por calculo do pro-rata definitivo;
iv. 46433 - Outras regularizações anuais.
e) 4645 - IVA a pagar:
i. 46450 - IVA a pagar de apuramento;
ii. 46451 - IVA a pagar de cativo;
iii. 46452 - IVA a pagar de liquidações oficiosas.
f) 4646 - IVA a recuperar:
i. 46460 - IVA a recuperar de apuramentos;
ii. 46461 - IVA a recuperar de cativo.
g) 4647 - IVA reembolsos pedidos:
i. 46470 - Reembolsos pedidos:
ii. 46471 - Reembolsos deferidos;
iii. 46472 - Reembolsos indeferidos;
iv. 46473 - Reembolsos reclamados, recorridos ou
impugnados.
2. As regras de movimentação das contas e subcontas das
operações activas e passivas em sede de IVA previstas no número
anterior constam do Anexo II do presente Regulamento e que dele
é parte integrante.

CAPÍTULO IV
Disposições Finais

Artigo 26º
Incorporação da nomenclatura no Sistema de Normalização
Contabilística

O Sistema de Normalização Contabilística e Relato


Financeiro deve incorporar a nomenclatura e as regras de
movimentação das contas previstas no presente Diploma.

122
ANEXO I
(a que se refere o nº 3 do artigo 22º do Regulamento)

As contas e subcontas do Imposto sobre o Valor


Acrescentado (IVA) devem ser movimentadas e interpretadas nos
seguintes termos:
a) 34.5.1 - IVA suportado
Esta conta e de natureza devedora, destina-se a registar o
IVA suportado em todas as aquisições de existências, meios fixos e
investimentos e outros bens e serviços. Sendo de uso obrigatório
para os contribuintes enquadrados no regime de IVA de caixa e
facultativo para os restantes contribuintes. A cada período de
apuramento do imposto, esta conta deve ter saldo nulo, excepto
para os Sujeitos passivos enquadrados no regime de IVA de caixa.
Debita-se pelo IVA suportado em todas as aquisições
efectuadas de existências, meios fixos e investimentos ou de
outros bens e serviços, descriminadas nas diferentes subcontas, de
acordo com a sua origem.
Credita-se por contrapartida das respectivas subcontas de
34.5.2 - IVA Dedutível relativamente as parcelas de imposto
dedutível, e o saldo, quando exista, e creditado por contrapartida
das contas inerentes as respectivas aquisições, ou da rubrica
75.3.1.2 - IVA, excepto para as compras de meios fixos e
investimentos em que o imposto suportado que não pode ser
deduzido deverá afectar o valor de aquisição dos bens a que se
refere.
b) 34.5.2 - IVA dedutível
Esta conta, de natureza devedora, revela o valor do IVA, que,
dada a natureza das operações subjacentes a actividade exercida,
seja susceptível de dedução nos termos previsto no Código do
Imposto sobre o Valor Acrescentado. Nos casos em que os Sujeitos
passivos de IVA utilizam a conta 34.5.1 - IVA suportado, a conta em
epígrafe terá o seguinte movimento:
É debitada, pelo montante de IVA dedutível, por
contrapartida de 34.5.1 - IVA suportado;
É creditada, para transferência do saldo respeitante ao
período de tributação, por debito da conta 34.5.5.1 - Apuramento
123
do regime de IVA normal ou 34.5.5.2 -Apuramento do regime de
IVA de caixa, consoante o caso;
Se não houver utilização prévia da conta 34.5.1 - IVA
Suportado, a conta em epígrafe terá o seguinte movimento:
É debitada pelos valores do IVA dedutível relativo a
aquisições efectuadas de existências, meios fixos e investimentos
ou de outros bens e serviços, descriminadas nas diferentes
subcontas, de acordo com a sua origem:
É creditada, para transferência do saldo respeitante ao
período de tributação, por debito da rubrica 34.5.5.1 -
Apuramento do regime de IVA normal ou 34.5.5.2 - Apuramento
do regime de IVA de caixa, consoante o caso.
Em cada período de apuramento do imposto, o saldo deve
ser nulo.
c) 34.5.3 – IVA liquidado
Esta conta, de natureza credora, destina-se a registar o IVA
liquidado nas transmissões de bens e prestações de serviços feitas
pelo sujeito passivo de IVA aos seus clientes, ou pelas suas
aquisições, se for o caso disso, desde que tais operações estejam
sujeitas a efectiva tributação.
Na subconta 34.5.3.1 - Operações gerais, credita-se o
imposto liquidado nas facturas ou documentos equivalentes
emitidos pelo sujeito passivo.
Na subconta 34.5.3.2 - Operações abrangidas pelo regime de
IVA de caixa, credita-se o imposto liquidado nas facturas ou
documentos equivalentes emitidos pelo sujeito passivo
enquadrados no regime de IVA de caixa, relativamente as
operações abrangidas por este regime, independentemente do
recebimento dos valores das facturas ou documento equivalente.
Quando houver lugar a liquidação do IVA por força da
afectação ou da utilização de bens a fins estranhos à empresa, de
transmissão de bens ou de prestações de serviços gratuitos ou da
afectação de bens a sector isentos quando relativamente a esses
bens tenha havido dedução de imposto, credita-se a subconta
34.5.3.3 - Autoconsumos e operações gratuitas.
Nos casos de inversão dos Sujeitos passivos ou
autoliquidação conforme definido nos termos do Código do
124
Imposto sobre o Valor Acrescentado, credita-se a subconta
34.5.3.4 - Operações especiais.
As subcontas 34.5.3.1 - Operações gerais, 34.5.3.2 -
Operações abrangidas pelo regime de IVA de caixa e 34.5.3.4 -
Operações especiais são debitadas pela transferência do saldo
respeitante ao período de tributação, por contrapartida da conta
34.5.5.1 - Apuramento do regime de IVA normal ou 34-5.5.2 -
Apuramento do regime de IVA de caixa, consoante o caso.
A subconta 34.5.3.3 - Autoconsumos e operações gratuitas e
debitada para transferência do saldo respeitante ao período de
tributação. por contrapartida da conta 75.3.1.2 - IVA.
A cada período de apuramento do imposto, esta conta deve
ter saldo nulo, excepto para os sujeitos passivos enquadrados no
regime de IVA de caixa, relativamente as operações abrangidas
por este regime, nos termos previstos no Código do Imposto sobre
o Valor Acrescentado.
d) 34.5.4 - IVA Regularizações
Esta conta, de natureza devedora ou credora, destina-se a
registar as correcções de imposto a favor do sujeito passivo ou a
favor do Estado apuradas nos termos do Código do Imposto sobre
o Valor Acrescentado e susceptíveis de serem efectuadas nas
respectivas declarações periódicas.
As correcções efectuadas são distribuídas pelas subcontas
como se segue:
34.5.4.1 -Mensais a favor do sujeito passivo
Nesta subconta, de natureza devedora, registam-se as
operações que reduzem o valor tributável, diminuindo o valor do
imposto a entregar ao Estado. Debita-se pelas regularizações
motivadas por erros ou omissões no apuramento do imposto,
devoluções, descontos, abatimentos, reduções, rescisões e
anulações de contractos por parte de clientes ou incobrabilidade
de créditos, roubos, sinistros, etc, por contrapartida das contas
que originaram a rectificação, e credita-se por contrapartida da
conta 34.5.5.1 -Apuramento do regime de IVA normal ou 34.5.5.2
- Apuramento do regime de IVA de caixa, consoante o caso, em ca
da período do apuramento do imposto.

125
34.5.4.2 - Mensais a favor do Estado
Nesta subconta, de natureza credora, registam-se as
operações que aumentam o valor tributável, aumentando o valor
do imposto a entregar ao Estado. Credita-se pelas regularizações
motivadas por erros ou omissões no apuramento do imposto,
devoluções, descontos, abatimentos, reduções, rescisões e
anulações de contractos decorrentes da relação com fornecedores,
por contrapartida das contas que originaram a rectificação, e
debita-se por contrapartida da conta 34.5.5.1 - Apuramento do
regime de IVA normal ou 34.5.5.2 - Apuramento do regime de IVA
de caixa, consoante o caso, em cada período do apuramento do
imposto.
34.5.4.3 - Anual por cálculo do pro-rata definitivo
Esta subconta destina-se a registar as regularizações
aplicáveis a qualquer tipo de bens ou serviços, no fim do ano, a
débito ou crédito da subconta em referência, por contrapartida
das contas onde forem contabilizadas as aquisições cujo imposto
dedutível é objecto de rectificação.
Não se tratando de bens do activo imobilizado, quando se
mostrar difícil a imputação específica da referida contrapartida,
esta pode ser registada como custo na conta 75.3.1.2 - IVA, quando
a regularização seja a favor do Estado, ou como proveito na conta
63.5 - IVA, quando a regularização seja a favor do sujeito passivo.
O saldo da subconta 34.5.4.3 - Anual por calculo do pro-rata
definitivo, é transferido para a conta 34.5.5.1 - do regime de IVA
normal ou 34.5.5.2 - Apuramento do regime de IVA de caixa,
consoante o caso, no período de apuramento do imposto em que
foram registadas as respectivas regularizações.
34.5.4.4 - Outras regularizações anuais
Esta subconta destina-se a registar outras regularizações
anuais não expressamente previstas nas subcontas anteriores, a
efectuar, em qualquer dos casos, no final do ano.
Em caso de utilização desta conta, deve o sujeito passivo
justificar e fundamentar nos serviços da Administração Geral
Tributária.

126
e) 34.5.5 - IVA apuramento
Esta conta 34.5.5.1 - Apuramento do regime de IVA normal
ou 34.5.5.2 - Apuramento do regime de IVA de caixa, consoante o
caso, destina-se a revelar a situação devedora ou credora do
sujeito passivo perante o Estado, em cada período do apuramento
do imposto, e deve ser movimentada da seguinte forma:
Debita-se por contrapartida das contas 34.5.2 - IVA
dedutível, 34.5.4 - IVA regularizações (saldo devedor) e 34.5.7 -
IVA a recuperar.
Credita-se por contrapartida das contas 34.5.3 - IVA
liquidado e 34.5.4 - IVA regularizações (saldo credor).
Se o saldo decorrente das operações acima for credor,
debita-se esta conta por contrapartida da subconta 34.5.6.1 - IVA
a pagar de apuramento e, se for devedor, credita-se por
contrapartida da subconta 34.5.7.1 - IVA a recuperar de
apuramento.
A cada período de apuramento do imposto esta conta deve
ter saldo nulo.
f) 34.5.6 - IVA a pagar
Esta conta, de natureza credora, destina-se a revelar o
montante do imposto a pagar ao Estado pelo sujeito passivo.
A subconta 34.5.6.1 - IVA a pagar de apuramento. e creditada
por contrapartida da conta 34.5.5.1 - Apuramento do regime de
IVA normal ou 34.5.5. 2 - Apuramento do regime de IVA de caixa,
consoante o caso, sempre que o saldo desta última seja credor.
A subconta 34-5.6. 2 - IVA a pagar de cativo, é creditada pelo
montante do Imposto cativo aquando da aquisição de bens e
serviços nos termos definidos no Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado, por contrapartida das respectivas contas de
fornecedores de bens e serviços.
A subconta 34.5.6.3 - IVA a pagar de liquidações oficiosas, é
creditada pelo montante do imposto liquidado por iniciativa da
Administração Geral Tributária nos termos do Código do Imposto
sobre o Valor Acrescentado, por contrapartida da conta 34.5.9 -
IVA liquidações oficiosas.
As subcontas acima debitam-se por contrapartida das
contas 43 - Depósitos a Ordem ou 45 - Caixa, pelo pagamento
127
efectuado aos cofres do Estado. Sempre que a liquidação oficiosa
ficar sem efeito, a subconta 34.5.6.3 - IVA a pagar de liquidações
oficiosas é debitada com a anulação do lançamento anterior
(anulação da liquidação oficiosa).
g) 34.5.7 - IVA a recuperar
Esta conta, de natureza devedora, destina-se a evidenciar o
montante do crédito de imposto sobre o Estado, no final de cada
período de tributação. Esta situação ocorre sempre que o
montante do imposto a favor do sujeito passivo supere o valor do
imposto a favor do Estado.
A subconta 34.5.7.1 - IVA a recuperar de apuramento, é
debitada por contrapartida da conta 34.5.5.1 - Apuramento do
regime de IVA normal ou 34.5.5.2 - Apuramento do regime de IVA
de caixa, consoante o caso, sempre que o saldo desta última seja
devedor.
A subconta 34.5.7.2 - IVA a recuperar de cativo, e debitada
pelo montante do Imposto cativo pelos clientes aquando da
transmissão de bens e serviços nos termos definidos no Código do
Imposto sobre o Valor Acrescentado, por contrapartida das
respectivas contas de clientes de bens e serviços.
A subconta 34.5.7.1 - IVA a recuperar de apuramento, é
creditada por contrapartida da conta 34.5.8.1 - Reembolsos
pedidos, sempre que o sujeito passivo solicita o reembolso ou
restituição do IVA suportado ao Estado, ou creditada por
contrapartida da conta 34.5.5.1 - Apuramento do regime de IVA
normal ou 34.5.5.2 - Apuramento do regime de IVA de caixa,
consoante o caso, sempre que o sujeito passivo optar pelo reporte
do crédito para o período de tributação seguinte.
A subconta 34.5.7.2 - IVA a recuperar de cativo, é creditada
por contrapartida da conta 34.5.5.1 - Apuramento do regime de
IVA normal ou 34.5.5.2 - Apuramento do regime de IVA de caixa,
consoante o caso, em cada período de apuramento de imposto.
h) 34.5.8 –IVA reembolsos pedidos
Esta conta. de natureza devedora, destina-se a revelar o
montante dos créditos sobre o Estado relativamente aos quais
tiver sido apresentado um pedido de reembolso ou restituição do
IVA.
128
A subconta 34.5.8.1 - Reembolsos pedidos, é debitada por
contrapartida da conta 34.5.7.1 - IVA a recuperar de apuramento,
sempre que sujeito passivo apresente um pedido de reembolso ou
restituição do IVA na Administração Geral Tributária.
A subconta 34.5.8.2 - Reembolsos deferidos, é debitada por
contrapartida da conta 34.5.8.1 - Reembolsos pedidos, sempre que
Administração Geral Tributária defere total ou parcialmente o
pedido de reembolso ou restituição do IVA.
A subconta 34.5.8.3 - Reembolsos indeferidos, é debitada
por contrapartida da conta 34.5.8.1 - Reembolsos pedidos, sempre
que Administração Geral Tributária indefere, ainda que for parte,
o pedido de reembolso ou restituição do IVA. A subconta 34.5.8.4
- Reembolsos reclamados, recorridos ou impugnados, é debitada
por contrapartida da conta 34.5.8.3 — Reembolsos indeferidos, no
caso do sujeito passivo reclamar, recorrer ou impugnar o
indeferimento efectuado pela Administração Geral Tributária.
A subconta 34.5.8.2 - Reembolsos deferidos, é creditada por
contrapartida das contas 43 — Depósito a Ordem ou 45 - Caixa,
aquando do recebimento em numerário dos cofres do Estado, ou
por contrapartida da conta 34.6 - Certificado de Credito Fiscal a
Compensar, aquando do recebimento em Certificado de Crédito
Fiscal.
A subconta 34.5.8.3 - Reembolsos indeferidos, é creditada
por contrapartida da conta 75.3.1.2 - IVA, ou da conta 34. 5. 8.4 -
Reembolsos reclamados, recorridos ou impugnados, no caso do
sujeito passivo reclamar, recorrer ou impugnar o indeferimento
efectuado pela Administração Geral Tributária.
A subconta 34.5.8.4 - Reembolsos reclamados, recorridos ou
impugnados, é creditada por contrapartida da conta 34.5.8.2 -
Reembolsos deferidos no caso de esta resultar no deferimento
para o efectivo reembolso ou restituição do IVA ou na conta
75.3.1.2 - IVA, no caso de esta resultar de indeferimento da
reclamação, recurso ou impugnação feita pelo sujeito passivo.
i) 34.5.9 - IVA liquidações oficiosas
Esta conta, de natureza devedora, destina-se a revelar o
montante do imposto liquidado por iniciativa da Administração
Geral Tributária nos termos do Código do Imposto sobre o Valor
129
Acrescentado. Debita-se por contrapartida da conta 34.5.6.3 - IVA
a pagar de liquidações oficiosas. Se a liquidação ficar sem efeito,
procede-se a anulação do lançamento anterior (inversão de
lançamento contabilístico).
Havendo pagamento, esta conta e creditada por
contrapartida da conta 75.3.1.2 - IVA.
j) 34.6 - Certificado de Crédito Fiscal a Compensar
Esta conta. de natureza devedora, destina-se a registar o
montante do imposto reembolsado pela Administração Geral
Tributária por meio de «Certificado de Crédito Fiscal». Debita-se
por contrapartida da conta 34.5.8.2 — Reembolsos deferidos, e
credita-se por contrapartida da conta do imposto a ser
compensado.
k) 63.5 - IVA
Esta conta destina-se a registar as regularizações anuais por
cálculo do pro-rata, quando estas sejam a favor do Estado.
l) 75.3.1.2 - IVA
Esta rubrica destina-se a registar o montante do IVA não
dedutível nos termos do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado, bem como o IVA liquidados oficiosamente pelos
Serviços da Administração Geral Tributária, os quais foram
entregues aos cofres do Estado. Esta conta é utilizada quando se
mostrar difícil a imputação específica da referida conta de custo
de aquisição de bens e serviços. Sugere-se a abertura da subconta
75.3.1.2.1 - Regularizações anuais por cálculo do pro-rata.

ANEXO II
(a que se refere o nº 2 do artigo 25º)

As contas e subcontas do Imposto sobre o Valor


Acrescentado (IVA) devem ser movimentadas e interpretadas nos
seguintes termos:
a) 4640 - IVA suportado
Esta conta, de uso facultativo, e de natureza devedora,
destina-se a registar o IVA suportado em todas as aquisições de
existências, imobilizações e investimentos e outros bens e
serviços. Sendo facultativo, aconselha-se a movimentação desta
130
conta nos casos em que o sujeito passivo não tem integral direito
a dedução do imposto que lhe foi facturado (método pro-rata) nos
termos previstos no Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado. A cada período de apuramento do imposto, esta
conta deve ter saldo nulo.
Debita-se pelo IVA suportado em todas as aquisições
efectuadas de existências, imobilizações e investimentos ou de
outros bens e serviços, descriminadas nas diferentes subcontas, de
acordo com a sua origem.
Credita-se por contrapartida das respectivas subcontas da
4641 — IVA Dedutível relativamente as parcelas de imposto
dedutível, e o saldo, quando exista, é creditado por contrapartida
das contas inerentes as respectivas aquisições, ou da conta 6624 -
IVA, excepto para as compras de imobilizações e investimentos em
que o imposto suportado que não pode ser deduzido deverá
afectar o valor de aquisição dos bens a que se refere.
b) 4641 - IVA dedutível
Esta conta, de natureza devedora, revela o valor do IVA, que,
dada a natureza das operações subjacentes a actividade exercida,
seja susceptível de dedução nos termos previsto no Código do
Imposto sobre o Valor Acrescentado. Nos casos em que os Sujeitos
passivos de IVA utilizam a conta 4640 - IVA suportado, a conta em
epígrafe terá o seguinte movimento;
É debitada, pelo montante de IVA dedutível, por
contrapartida da 4640 - IVA suportado;
É creditada, para transferência do saldo respeitante ao
período de tributação, por debito da conta 4644 - IVA apuramento.
Se não houver utilização prévia da conta 4640 - IVA
Suportado, a conta em epígrafe terá o seguinte movimento;
É debitada pelos valores do IVA dedutível relativo a
aquisições efectuadas de existências, imobilizações e
investimentos ou de outros bens e serviços, descriminadas nas
diferentes subcontas, de acordo com a sua origem;
É creditada, para transferência do saldo respeitante ao
período de tributação, por débito da conta 4644 - IVA apuramento.
Em cada período de apuramento do imposto, o saldo desta
conta deve ser nulo.
131
c) 4641 – IVA liquidado
Esta conta, de natureza credora, destina-se a registar o IVA
liquidado nas transmissões de bens e prestações de serviços feitas
pelo sujeito passivo de IVA aos seus clientes, ou pelas suas
aquisições, se for o caso disso, desde que tais operações estejam
sujeitas a efectiva tributação.
Na subconta 46420 - Operações gerais, credita-se o imposto
liquidado nas facturas ou documentos equivalentes emitidos pelo
sujeito passivo.
Quando houver lugar a liquidação do IVA por força da
afectação ou da utilização de bens a fins estranhos à empresa, de
transmissões de bens ou de prestações de serviços gratuitos ou da
afectação de bens a sector isentos quando relativamente a esses
bens tenha havido dedução de imposto, credita-se a subconta
46421 - Autoconsumos e operações gratuitas, por contrapartida
da conta 6624 - IVA.
Nos casos de inversão dos Sujeitos passivos ou
autoliquidação conforme definido no Código do Imposto sobre o
Valor Acrescentado, credita-se a subconta 46422 - Operações
especiais.
As subcontas 46420 - Operações gerais, 46421 -
Autoconsumos e Operações gratuitas e 46422 - Operações
especiais, são debitadas pela transferência do saldo respeitante a
cada período de tributação, por contrapartida da conta 4644 - IVA
apuramento.
A cada período de apuramento do imposto, esta conta deve
ter saldo nulo.
d) 4643 - IVA Regularizações
Esta conta, de natureza devedora ou credora, destina-se a
registar as correcções de imposto a favor do sujeito passivo ou a
favor do Estado apuradas nos termos do Código do Imposto sobre
o Valor Acrescentado e susceptíveis de serem efectuadas nas
respectivas declarações periódicas.
As correcções efectuadas são distribuídas pelas subcontas
como se segue:

132
46430 - Mensais a favor do sujeito passivo
Nesta subconta, de natureza devedora, registam-se as
operações que reduzem o valor tributável, diminuindo o valor do
imposto a entregar ao Estado. Debita-se pelas regularizações
motivadas por erros ou omissões no apuramento do imposto,
devoluções, descontos, abatimentos, reduções, rescisões e
anulações de contractos por parte de clientes ou incobrabilidade
de créditos, roubos, sinistros, etc. por contrapartida das contas
que originaram a rectificação, e credita-se por contrapartida da
conta 4644 - IVA apuramento, em cada período do apuramento do
imposto.
46431 - Mensais a favor do Estado
Nesta subconta. de natureza credora, registam-se as
operações que aumentam o valor tributável, aumentando o valor
do imposto a entregar ao Estado. Credita-se pelas regularizações
motivadas por erros ou omissões no apuramento do imposto,
devoluções, descontos, abatimentos, reduções, rescisões e
anulações de contractos decorrentes da relação com fornecedores,
por contrapartida das contas que originaram a rectificação, e
debita-se por contrapartida da conta 4644 - IVA apuramento, em
cada período do apuramento do imposto.
46432 - Anual por cálculo do pro-rata definitivo.
Esta subconta destina-se a registar as regularizações
aplicáveis a qualquer tipo de bens ou serviços, no fim do ano, a
débito ou crédito da subconta em referência, por contrapartida
das contas onde forem contabilizadas as aquisições cujo imposto
dedutível é objecto de rectificação.
Não se tratando de bens do activo imobilizado, quando se
mostrar difícil a imputação específica da referida contrapartida,
esta pode ser registada como custo na conta 6624 - IVA, quando a
regularização seja a favor do Estado, ou como proveito na conta
7700 - Restituição de impostos, quando a regularização seja a
favor do sujeito passivo.
O saldo da subconta 46432 - Anual por cálculo do pro-rata
definitivo, é transferido para a conta 4644 - IVA apuramento, no
período de apuramento do imposto em que foram registadas as
respectivas regularizações.
133
46433 - Outras regularizações anuais
Esta conta destina-se a registar outras regularizações anuais
não expressamente previstas nas subcontas anteriores, a efectuar,
em qualquer dos casos, no final do ano.
Em caso de utilização desta conta, deve o sujeito passivo
justificar e fundamentar nos Serviços da Administração Geral
Tributária.
e) 4644 - IVA apuramento
Esta conta destina-se a revelar a situação devedora ou
credora do sujeito passivo perante o Estado, em cada período do
apuramento do imposto, e deve ser movimentada da seguinte
forma:
Debita-se por contrapartida das contas 4641 - IVA dedutível,
4643 - IVA regularizações (saldo devedor) e 4646 - IVA a
recuperar.
Credita-se por contrapartida das contas 4642 -IVA liquidado
e 4643 - IVA regularizações (saldo credor).
Se o saldo decorrente das operações acima for credor,
debita-se esta conta por contrapartida da subconta 46450 - IVA a
pagar de apuramento e, se for devedor, credita-se por
contrapartida da subconta 46460 - IVA a recuperar de
apuramento.
A cada período de apuramento do imposto esta conta deve
ter saldo nulo.
f) 4645 - IVA a pagar
Esta conta, de natureza credora, destina-se a revelar o
montante do imposto a pagar ao Estado pelo sujeito passivo.
A subconta 46450 - IVA a pagar de apuramento, é creditada
por contrapartida da conta 4644 - IVA apuramento, sempre que o
saldo desta última seja credor.
A subconta 46451 - IVA a pagar de cativo, é creditada pelo
montante do Imposto cativo aquando da aquisição de bens e
serviços nos termos definidos no Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado, por contrapartida das respectivas contas de
fornecedores de bens e serviços.

134
A subconta 46452 - IVA a pagar de liquidações oficiosas, é
creditada pelo montante do imposto liquidado por iniciativa da
Administração Geral Tributária nos termos do Código do Imposto
sobre o Valor Acrescentado, por contrapartida da conta 4648 - IVA
liquidações oficiosas.
As subcontas acima debitam-se por contrapartida das
contas 11 - Depósitos a Ordem ou 10 - Caixa, pelo pagamento
efectuado aos cofres do Estado.
Sempre que a liquidação oficiosa ficar sem efeito, a subconta
46452 -IVA a pagar de liquidações oficiosas é debitada com a
anulação do lançamento anterior (anulação da liquidação
oficiosa).
g) 4646 - IVA a recuperar
Esta conta, de natureza devedora, destina-se a evidenciar o
montante do crédito de imposto sobre o Estado, no final de cada
período de tributação. Esta situação ocorre sempre que o
montante do imposto a favor do sujeito passivo supere o valor do
imposto a favor do Estado.
A subconta 46460 - IVA a recuperar de apuramento, é debita
da por contrapartida da conta 4644 - IVA apuramento, sempre que
o saldo desta última seja devedor.
A subconta 46461 - IVA a recuperar de cativo, é debitada
pelo montante do imposto cativo pelos clientes aquando da
transmissão de bens e serviços nos termos definidos no Código do
Imposto sobre o Valor Acrescentado, por contrapartida das
respectivas contas de clientes de bens e serviços.
A subconta 46460 - IVA a recuperar de apuramento, é
creditada por contrapartida da conta 46470 - Reembolsos
pedidos, sempre que o sujeito passivo solicita o reembolso ou
restituição do IVA suportado ao Estado, ou creditada por
contrapartida da conta 4644 - IVA apuramento, sempre que o
sujeito passivo optar pelo reporte do crédito para o período de
tributação seguinte.
A subconta 46461 - IVA a recuperar de cativo, é creditada
por contrapartida da conta 4644 - IVA apuramento, em cada
período de apuramento de imposto.

135
h) 4647 - IVA reembolsos pedidos
Esta conta, de natureza devedora, destina-se a revelar o
montante dos créditos sobre o Estado relativamente aos quais
tiver sido apresentado um pedido de reembolso ou restituição do
IVA.
A subconta 46470 - Reembolsos pedidos, é debitada por
contrapartida da conta 46460 - IVA a recuperar de apuramento,
sempre que sujeito passivo apresente um pedido de reembolso ou
restituição do IVA na Administração Geral Tributária.
A subconta 46471 - Reembolsos deferidos, é debitada por
contrapartida da conta 46470 - Reembolsos pedidos, sempre que
Administração Geral Tributária defere total ou parcialmente o
pedido de reembolso ou restituição do IVA.
A subconta 46472 - Reembolsos indeferidos, é debitada por
contrapartida da conta 46470 - Reembolsos pedidos, sempre que
Administração Geral Tributária indefere, o pedido de reembolso
ou restituição do IVA, sendo registada nesta conta o montante do
imposto indeferido.
A subconta 46473 - Reembolsos reclamados, recorridos ou
impugnados, é debitada por contrapartida da conta 46472 -
Reembolsos indeferidos, no caso do sujeito passivo reclamar,
recorrer ou impugnar o indeferimento efectuado pela
Administração Geral Tributária.
A subconta 46471 - Reembolsos deferidos, é creditada por
contrapartida das contas 43 - Depósito a Ordem ou 45 - Caixa,
aquando do recebimento em numerário dos cofres do Estado, ou
por contrapartida da conta 465 - Certificado de crédito fiscal a
compensar, aquando do recebimento em certificado de crédito
fiscal. A subconta 46472 - Reembolsos indeferidos, é creditada por
contrapartida da conta 6624 - IVA. ou da conta 46473 -
Reembolsos reclamados, recorridos ou impugnados, no caso do
sujeito passivo reclamar, recorrer ou impugnar o indeferimento
efectuado pela Administração Geral Tributária.
A subconta 46473 - Reembolsos reclamados, recorridos ou
impugna dos, é creditada por contrapartida da conta 46471 -
Reembolsos deferidos, no caso de esta resultar no deferimento
para o efectivo reembolso ou restituição do IVA ou na conta 6624
136
- IVA, no caso de esta resultar de indeferimento da reclamação,
recurso ou impugnação feita pelo sujeito passivo.
i) 4648 - IVA liquidações oficiosas
Esta conta, de natureza devedora, destina-se a revelar o
montante do imposto liquidado por iniciativa da Administração
Geral Tributária nos termos do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado. Debita-se por contrapartida da conta 46452 - IVA a
pagar de liquidações oficiosas. Se a liquidação ficar sem efeito,
procede-se a anulação do lançamento anterior (inversão de
lançamento contabilístico).
Havendo pagamento, esta conta é creditada por
contrapartida da conta 6624 - IVA.
j) 465 - Certificado de Crédito Fiscal a Compensar
Esta conta, de natureza devedora, destina-se a registar o
montante do imposto reembolsado pela Administração Geral
Tributária por meio de «Certificado de Crédito Fiscal».
Debita-se por contrapartida da conta 46471 - Reembolsos
deferidos, e credita-se por contrapartida da conta do imposto a ser
compensado.
k) 6624 - IVA
Esta rubrica destina-se a registar o montante do IVA não
dedutível nos termos do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado, bem como o IVA liquidado oficiosamente pelos
Serviços da Administração Geral Tributária, esta conta é utilizada
quando se mostrar difícil a imputação específica da referida conta
de custo de aquisição de bens e serviços.
Sugere-se a abertura da subconta 66240 - Regularizações
anuais por cálculo do pro-rata.

O Presidente da República, JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO.

137
Diário da República I Série nº 72, de 24 de Maio de 2019

Despacho Presidencial nº 85/19, de 24 de Maio. Delega


competência ao Ministro das Finanças para aprovar os modelos
declarativos do Imposto sobre o Valor Acrescentado

Presidente da República

Despacho Presidencial nº 85/19:


Delega competência ao Ministro das Finanças para aprovar os
modelos declarativos do Imposto sobre o Valor
Acrescentado.

Havendo necessidade de aprovação dos modelos


declarativos do Imposto sobre o Valor Acrescentado, conforme
determina o artigo 73º do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado, aprovado pela Lei nº 7/19, de 24 de Abril;
O Presidente da República decreta, nos termos da alínea l)
do artigo 120º e do nº 3 do artigo 125º, ambos da Constituição da
República de Angola, o seguinte:

1º - É delegada competência41 ao Ministro das Finanças


para aprovar os modelos declarativos do Imposto sobre o Valor
Acrescentado a que se refere o artigo 73º do Código do Imposto
sobre o Valor Acrescentado, aprovado pela Lei nº 7/19, de 24 de
Abril.

2º - As dúvidas e omissões emergentes da interpretação e


aplicação do presente Despacho são resolvidas pelo Ministro das
Finanças.

41
No exercício de poderes delegados pelo Prseidente da República, os
Ministros de Estado e Ministros exaram decretos executivos e despachos,
que são publicados em Diário da República (art 137º CRA)
138
3º - O presente Despacho entra em vigor no dia seguinte a
data da sua publicação.

Publique-se.

Luanda, aos 24 de Maio de 2019.

O Presidente da República, JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO.

139
Diário da República I Série nº 79, de 10 de Junho de 2019

Decreto Executivo nº 134/19, de 10 de Junho. Modelos


Declarativos do Imposto sobre o Valor Acrescentado

Ministério das Finanças

Decreto Executivo nº 134/19:


Aprova os Modelos Declarativos do Imposto sobre o Valor
Acrescentado.

Havendo necessidade de aprovação dos modelos


declarativos do Imposto sobre o Valor Acrescentado, conforme
determina o artigo 73º do Código do Imposto Sobre o Valor
Acrescentado, aprovado pela Lei n.º 7/19, de 19 de Abril;
Em conformidade com os poderes delegados pelo
Presidente da República, nos termos do artigo 137.º da
Constituição da República de Angola, e de acordo com o artigo 2.º
do Decreto Presidencial n.º 180/19, de 24 de Maio, determino:

Artigo 1º
Aprovação

São aprovados os modelos declarativos do Imposto sobre o


Valor Acrescentado a que se refere o artigo 73.º do Código do
Imposto sobre o Valor Acrescentado, anexos ao presente Diploma,
sendo dele parte integrante, nomeadamente:
a) Declaração de início, alteração e cessação de
actividade;
b) Declaração periódica e seus anexos;
c) Declaração do regime transitório;
d) Formulário de restituição de imposto;
e) Mapa de fornecedores; e
f) Modelo de solicitação de regularização dos créditos de
cobrança duvidosa e incobráveis.

140
Artigo 2º
Disponibilização, preenchimento e submissão das
declarações

1. Os formulários a que se refere o artigo anterior são


disponibilizados electronicamente pela Administração Geral
Tributária.
2. Os contribuintes do regime geral de tributação do
Imposto sobre o Valor Acrescentado obrigados ao envio por
transmissão electrónica de dados das declarações fiscais previstas
no presente Diploma devem:
a) Efectuar o registo no Portal de Contribuinte, caso ainda
não disponham de uma conta de utilizador;
b) Indicar o contabilista certificado pela Ordem dos
Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola na
declaração de início de actividade;
c) Validar o preenchimento das declarações no Portal de
Contribuinte submetidas pelo contabilista certificado
ou submeter a declaração e ser validada pelo
contabilista certificado, electronicamente; e
d) Validar a informação e corrigir erros detectados.
3. As regras previstas no número anterior não se aplicam aos
contribuintes do regime transitório e do regime de não sujeição,
com excepção da alínea a).
4. Os contabilistas dos Sujeitos passivos do regime geral de
tributação do Imposto sobre o Valor Acrescentado devem efectuar
o registo no Portal de Contribuinte.

Artigo 3º
Instruções de preenchimento

As instruções de preenchimento das declarações, mapas,


modelos e formulários são aprovadas por Despacho do Presidente
do Conselho de Administração da Administração Geral Tributária.

141
Artigo 4º
Dúvidas e omissões

As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e


aplicação do presente Diploma são resolvidas pelo Ministro das
Finanças.

Artigo 5º
Entrada em vigor

O presente Diploma entra em vigor na data da sua


publicação.

Publique-se.

Luanda, aos 10 de Junho de 2019.

O Ministro, ARCHER MANGUEIRA.

142
143
144
145
146
147
148
149
150
151
152
153
O Ministro, Archer Mangueira

154
Diário da República I Série nº 88, de 28 de Junho de 2019

Decreto Legislativo Presidencial Provisório42 nº 1/19, de 28


de Junho. Suspensão da entrada em vigor do Imposto sobre o
Valor Acrescentado

Presidente da República

Decreto Legislativo Presidencial Provisório nº 1/19:


Suspende a entrada em vigor e a respectiva cobrança do Imposto
sobre o Valor Acrescentado (IVA) e o Imposto Especial de
Consumo {IEC), até a aprovação das Leis que definem o
novo prazo para a sua entrada em vigor e implementação.

Com a publicação da Lei nº 7/19, de 24 de Abril, foi aprovado


o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), cuja
entrada em vigor está prevista para 1 de Julho de 2019.
Tendo, entretanto, havido um processo de auscultação entre
o Executivo e diversas associações empresariais, do qual resultou
a necessidade de dilação da entrada em vigor da referida lei;
Considerando que a Lei nº 7/19, de 24 de Abril, que aprova
o Código do IVA revoga o Regulamento do Imposto de Consumo,
republicado pelo Decreto Legislativo Presidencial nº 3-A/14, de
21 de Outubro e o Imposto de Selo previsto na Verba nº 15 da
tabela a que se refere o Decreto Legislativo Presidencial nº3/14,
de 21 de Outubro, bem como isenta de Imposto de Selo previsto
nas Verbas nºs 16, 17, 21, 22 e 23.3 do Diploma acima referido, os
Sujeitos passivos do IVA;
Tendo ainda em conta que o Imposto Especial de Consumo,
aprovado pela Lei nº 8/19, de 24 de Abril, pelas suas
especificidades, deve vigorar a partir da data em que o Código do
IVA entra em vigor, o que pressupõe de igual modo o seu

42Decreto Legislativo Presidencial Provisório. O Presidente da


República pode editar decretos legislativos presidenciais
provisórios, sendo que, os mesmos têm força de lei (Artigo
126º, nºs 1 e 2, da CRA)
155
adiamento tendo em conta que a sua entra da em vigor também
está prevista para 1 de Julho de 2019.
Com vista a acautelar o interesse público, mantendo-se em
vigor a cobrança dos impostos revogados e isentos pela Lei
nº7/19, de 24 de Abril.
O Presidente da República decreta, nos termos da alínea d)
do artigo 120º, dos nºs 1 e 2 do artigo 126º e da alínea o) do nº 1
do artigo 165º todos da Constituição da República de Angola, o
seguinte:

Artigo 1.º
Suspensão da entrada em vigor

Ficam suspensos a entrada em vigor e a respectiva cobrança


do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e o Imposto Especial
de Consumo (IEC), até a aprovação das Leis que definem o novo
prazo para a sua entrada em vigor e implementação,
respectivamente.

Artigo 2.º
Dúvidas e omissões

As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e


aplicação do presente Decreto Legislativo Presidencial Provisório
são resolvidas pelo Presidente da República.

Artigo 3º
Entrada em vigor

O presente Diploma entra em vigor na data da sua


publicação.

Publique-se.
Luanda, aos 27 de Junho de 2019.

O Presidente da República, JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO.

156
Diário da República I Série nº 93 de 15 de Julho de 2019

Decreto Presidencial nº 215/19, de 15 de Julho. Alteração43


do nº 3 do Artigo 9º e o aditamento44 do artigo 35º-B ao Estatuto
Orgânico da Administração Geral Tributária.

Presidente da República

Decreto Presidencial nº 215/19:


Aprova a alteração do nº 3 do artigo 9º e o aditamento do artigo
35º-B ao Estatuto Orgânico da Administração Geral
Tributária, aprovado pelo Decreto Presidencial nº 324/14.
de 15 de Dezembro, alterado pelo Decreto presidencial nº
135/18, de 24 de Maio.

Considerando que, através do Decreto Presidencial nº


324/14, de 15 de Dezembro, foi criada a Administração Geral
Tributária, concretizando-se um dos objectivos preconizados nas
Linhas Gerais do Executivo para a Reforma Tributária, aprovadas
pelo Decreto Presidencial nº 50/11, de 15 de Marco;
Considerando a necessidade de se proceder a alteração do
Estatuto Orgânico da Administração Geral Tributária, prevendo
ajustar a sua estrutura orgânica, bem como a inclusão de
disposições normativas referentes à Direcção do Imposto sobre o
Valor Acrescentado;
O Presidente da República decreta. nos termos da alínea d)
do artigo 120º e do nº 3 do artigo 125º, ambos da Constituição da
República de Angola, o seguinte:

43
Alteração – Modificação que é feita no texto de uma lei ou simplesmente
em alguma de suas cláusulas, alterando ou modificando o seu conteúdo.
44
Aditamento – Aditar do latim additare Juntar, adicionar. Acto de aditar; o
que se adita.
157
Artigo 1º
Aprovação

É aprovada a alteração do nº 5 do artigo 9º e o aditamento


do artigo 35º-B ao Estatuto Orgânico da Administração Geral
Tributária, aprovado pelo Decreto Presidencial nº 324/14, de 15
de Dezembro, alterado pelo Decreto Presidencial nº 135/18, de 24
de Maio.

Artigo 2º
Alteração do nº 3 do artigo 9º do Estatuto Orgânico da
Administração Geral Tributária

O nº3 do artigo 9º do Estatuto Orgânico da Administração


Geral Tributária, passa a ter a seguinte redacção:

«Artigo 9º
[…]

[…]
1. […],
2. […],
3. […],
a) […],
b) […],
c) […],
d) […],
e) […],
f) […],
g)Direcção dos Serviços do Imposto sobre o Valor
Acrescentado».

158
Artigo 3º
Aditamento do artigo 35º-B ao Estatuto Orgânico da
Administração Geral Tributária

É aditado o artigo 35º-B ao Estatuto Orgânico da


Administração Geral Tributária, com a seguinte redacção:

«Artigo 35º-B
Direcção do Imposto sobre o Valor Acrescentado

1. A Direcção do Imposto sobre o Valor Acrescentado é o


serviço executivo encarregue de desenvolver os trabalhos
preliminares sobre a implementação do Imposto sobre Valor
Acrescentado, nomeadamente, o desenho conceitual, o pacote
legislativo e regulamentar, a gestão operacional e tecnológica, bem
como todo o acompanhamento do processo pós implementação.
2. A Direcção do Imposto sobre o Valor Acrescentado tem as
seguintes competências:
a) Estudar, conceber e propor as medidas legislativas e
regulamentares, bem como acompanhar e executar a
aplicação das normas legais respeitantes ao IVA;
b) Pronunciar-se sobre o sentido, alcance e âmbito de
aplicação das norinas do IVA;
c) Conceber e actualizar modelos declarativos e
formulários electrónicos;
d) Efectuar a liquidação e cobrança eficiente do imposto.
centralizando a sua gestão;
e) Fiscalizar as declarações e emitir as notificações de
correcção sancionando as infracções, bem coimo
promover a prevenção e reprimir a fraude e evasão
fiscais;
f) Participar, em colaboração com outras unidades
orgânicas, nos grupos de trabalho no âmbito das
actividades da SADC e outros organismos nacionais e
internacionais da política fiscal em matéria de IVA;

159
g) Uniformizar a aplicação das normas fiscais e os
procedimentos dos serviços, designadamente, através
da sistematização das decisões administrativas e da
elaboração de instruções e circulares;
h) Propor e dar parecer sobre acordos internacionais em
matéria de IVA e assegurar a sua execução;
i) Cooperar com os contribuintes. sujeitos ao imposto.
com vista a garantir o cumprimento atempado e
correcto das suas obrigações fiscais;
j) Analisar e notificar os contribuintes das reclamações e
procedimentos de revisão oficiosa de actos tributários;
k) Detectar situações de falta de entrega ou entrega fora
do prazo das Obrigações Declarativas e fiscais ou de
omissões nelas verificadas e emitir as correspondentes
notificações de liquidação;
l) Definir as regras, analisar e acompanhar os perfis de
riscos dos contribuintes no cumprimento das
obrigações fiscais e declarativas;
m) Manter um registo actualizado dos contribuintes
Sujeitos passivos do IVA, bem como as respectivas
contas correntes e dos reembolsos;
n) Organizar e manter actualizada informação sobre
pagamentos e remeter os respectivos dados
estatísticos aos serviços encarregue da preparação da
informação estatística. bem como preparar a previsão
dos reembolsos a serem concedidos no ano seguinte,
para o ajustamento do valor a reservar na conta
reembolsos;
o) Coordenar, controlar, analisar e aprovar o
processamento dos pedidos de reembolso e restituição
do imposto, bem como a garantia da sua submissão
para assinatura e pagamento;
p) Coordenar e controlar os reembolsos do imposto aos
diversos beneficiários. em especial as representações
diplomáticas. aos organismos internacionais
reconhecidos em Angola. nos termos dos respectivos
diplomas legais;
160
q) Elaborar instruções sobre pedidos de reembolso,
encaminhamento e demais procedimentos que
agilizem o processo;
r) Colaborar com outros serviços tecnológicos em
actividades relaciona das com a execução da politica
fiscal em matéria do IVA, bem como propor e
acompanhar o ciclo de vida dos sistemas de
informação da gestão do IVA;
s) Validar os softwares de facturação das empresas
produtoras que solicitem a autorização para o efeito,
bem como autorizar a impressão de facturas ou
documentos equivalentes pelas tipografias e gráficas
que lhes sejam solicitadas pelos contribuintes;
t) Propor a actualização da estrutura de dados do ficheiro
SAFT-AO, visando o seu ajustamento as boas práticas
internacionais e definir os procedimentos de
submissão electrónica do referido ficheiro;
u) Elaborar os produtos e conteúdos comunicacionais
relacionados ao IVA. bem como apoiar na elaboração e
implementação do plano de comunicação em matéria
do IVA. em colaboração com o Gabinete de
Comunicação Institucional da AGT;
v) Promover a realização de acções de formação
profissional nas áreas do IVA. em colaboração com a
Direcção de Recursos Humanos da AGT;
w) Prestar todo esclarecimento necessário no âmbito do
dever de colaboração com a Ordem dos Contabilistas e
Peritos Contabilistas de Angola, Universidades e os
Institutos Públicos Tecnológicos nas matérias do IVA;
x) Assegurar a liquidez necessária na conta de
reembolsos e a devida compensação entre a conta
reembolsos e a Conta Única do Tesouro, sempre que os
Sujeitos passivos utilizem os certificados de crédito
fiscal;
y) Assegurar a compensação entre o Sistema Integrado
de Gestão Financeira do Estado (SIGFE) e o Sistema
Integrado de Gestão Tributária (SIGT), sempre que o
161
Estado, Institutos Públicos ou Autarquias Locais
cativem o IVA no âmbito da adquisição de bens e
serviços;
z) Exercer as demais competências estabelecidas por lei
ou determinadas superiormente.
3. A Direcção do Imposto sobre o Valor Acrescentado
compreende a seguinte estrutura:
a) Departamento de Normas e Procedimentos;
b) Departamento de Prevenção e Fiscalização do IVA;
c) Departamento de Reembolsos do IVA.»

Artigo 3º
Dúvidas e omissões

As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e


aplicação do presente Decreto Presidencial são resolvidas pelo
Presidente da República.

Artigo 4º
Entrada em vigor

O presente Diploma entra em vigor na data da sua


publicação.

Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda aos 27 de


Junho de 2019.

Publique-se.

Luanda, aos 12 de Julho de 2019.

O Presidente da República, JOÃO MANUEL GONCALVES LOURENÇO.

162
LEGISLAÇÃO AVULSA E CONEXA AO IVA
Decreto Executivo nº 363/17, de 26 de Julho. Regime Jurídico
da Tramitação e Registo Electrónico dos
Procedimentos e Processos Tributários.
Decreto Presidencial nº 292/18, de 3 de Dezembro, Regime
Jurídico das Facturas e Documentos Equivalentes.
Decreto Presidencial nº 312/18, de 21 de Dezembro, sobre o
Regime Jurídico da Submissão Electrónica dos
Elementos Contabilísticos dos Contribuintes (SAF-T
AO).
Decreto Executivo nº 73/19, de 6 de Março, as Regras de
Impressão Tipográfica de Facturas e Documentos
Equivalentes.
Decreto Executivo nº 74/19, de 6 de Março, sobre as Regras e
Requisitos para Validação de Sistemas de
Processamento Electrónico de Facturação dos
Contribuintes.
Decreto Presidencial nº 231/19, de 22 de Julho, Altera o artigo
14º do Decreto Presidencial nº 312/18, de 21 de
Dezembro - sobre o Regime Jurídico da Submissão
Electrónica dos Elementos Contabilísticos dos
Contribuintes.
Decreto Presidencial nº 232/19, de 22 de Julho, Aprova o
Regime Jurídico da Comunicação e Tramitação
Electrónica dos Elementos Contabilísticos dos
Contribuintes.
Despacho nº 1339/19, de 30 de Setembro, Aprova as instruções
de preenchimento das declarações, mapas, modelos
e formulários a que se refere o artigo 3º do Decreto
Executivo nº 134/19, de 10 de Junho, que aprova os
modelos declarativos do Imposto sobre o Valor
Acrescentado.
163
Despacho nº 1340/19, de 1 de Outubro - Aprova os modelos
com os requisitos a constar das facturas e
documentos equivalentes a serem impressos
tipograficamente.
Decreto Presidencial nº 343/19, de 21 de Novembro – Regime
de Liquidação e Pagamento do Imposto sobre o
Valor Acrescentado Aplicável ao Projecto Angola
LNG.

164
Diário da República I Série nº 125 de 26 de Julho de 2017

Decreto Executivo nº 363/17, de 26 de Julho. Regime Jurídico


daTramitação e Registo Electrónico dos Procedimentos e
Processos Tributários

Ministério das Finanças

Decreto Executivo nº 363/17de 26 de Julho

Considerando que a Administração Geral Tributária e os


contribuintes e demais agentes económicos, no âmbito das
relações tributárias, comunicam-se principalmente por meio de
citações e notificações que revestem uma importância crucial na
eficácia dos actos tributários e na eficiência dos procedimentos e
processos tributários;
Tendo em conta que a legislação fiscal vigente em Angola
introduz procedimentos e processos tributários passiveis de
utilização com recurso a meios tecnológicos e informáticos,
necessários à modernização e eficiência do sistema tributário, de
acordo com os novos regimes fiscais aprovados no âmbito da
Reforma Tributária em curso no Pais;
Havendo necessidade de instituir o regime legal base da
tramitação e registo dos actos e formalidades dos procedimentos
tributários, e ao mesmo tempo introduzir critérios de sua
utilização e protecção de dados associados as tecnologias de
informação. com vista a propiciar a desmaterialização dos
procedimentos e processos tributários;
O Ministro das Finanças, de acordo com o artigo 137º da
Constituição da República de Angola, conjugado com o Decreto
Presidencial nº 6/10, de 24 de Fevereiro, sobre a Delegação
Genérica de Poderes do Presidente da República, enquanto Titular
do Poder Executivo, nos Ministros de Estado e Ministros, a alínea
d) do nº 1 do artigo 4º do Estatuto Orgânico do Ministério das
Finanças, aprovado pelo Decreto Presidencial nº 299/14, de 4 de
Novembro, com a Lei nº 7/11, de 16 de Fevereiro, Lei sobre o

165
Regime Geral de Taxas e com o disposto no nº 13 do artigo 93º do
Código Geral Tributário, estabelece o seguinte:

Artigo 1º
Aprovação

É aprovado o Regime Jurídico da Tramitação e Registo


Electrónico dos Procedimentos e Processos Tributários anexo ao
presente Decreto Executivo e que é dele parte integrante.

Artigo 2°
Aplicação subsidiaria

Aplicam-se subsidiariamente ao presente Diploma o Código


Geral Tributário, o Código Aduaneiro, o Código das Execuções
Fiscais e demais legislação fiscal em vigor.

Artigo 3°
Dúvidas e omissões

As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e


aplicação do presente Diploma são resolvidas pelo Ministro das
Finanças.

Artigo 4º
Entrada em vigor

O presente Diploma entra em vigor na data da sua


publicação.

Publique-se.

Luanda, 26 de Julho de 2017.

O Ministro, ARCHER MANGUEIRA.

166
REGIME JURÍDICO DA TRAMITAÇÃO E REGISTO
ELECTRÓNICO DOS PROCEDIMENTOS E PROCESSOS
TRIBUTÁRIOS

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Artigo 1º
Objecto

1. O presente Diploma estabelece o regime jurídico da


tramitação e registo electrónicos dos actos e formalidades dos
procedimentos e processos tributários.
2. Os actos e formalidades referidos no número anterior são
tramitados, em regra, através de sistemas informáticos
específicos, nos termos do disposto no presente Diploma e demais
legislação aplicável, sem prejuízo da tramitação documental física.

Artigo 2º
Âmbito

1. O Regime Jurídico da Tramitação e Registo Electrónico dos


Procedimentos e Processos Tributários compreende os actos e
formalidades realizados entre a AGT e os contribuintes por meio
de instrumentos electrónicos, nos termos da legislação aplicável.
2. O regime jurídico objecto do presente Diploma
compreende igualmente o registo informático ou electrónico dos
procedimentos e processos tributários e de toda correspondência
recebida e expedida pela Administração Geral Tributária, no
âmbito dos diversos procedimentos e processos tributários.
3. O presente Diploma Legal aplica-se igualmente a troca de
informações entre Administração Geral Tributária e outras
instituições públicas ou privadas, pessoas singulares ou colectivas,
nacionais ou estrangeiras, nos termos da legislação aplicável.

167
Artigo 3º
Procedimentos aduaneiros

Sem prejuízo do disposto na lei. os actos e formalidades


relativos aos procedimentos e processos aduaneiros a tramitar e
registar electronicamente compreendem:
a) O envio, recepção, registo e controlo dos manifestos de
carga e respectivos documentos de transporte;
b) O registo, envio e recepção de certificados, licenças e
autorizações legalmente exigidos na tramitação do
procedimento aduaneiro, emitidos pela AGT ou outra
instituição competente;
c) A submissão, registo, processamento e controlo das
declarações e circulação de mercadorias e meios de
transporte no território aduaneiro;
d) O registo, calculo, pagamento dos direitos aduaneiros
e demais imposições. reembolsos e contabilização do
valor das Isenções ou aplicação de regimes
suspensivos;
e) A fixação de marcas, selos, etiquetas ou qualquer outro
meio ou dispositivo electrónico para acompanhar o
movimento e/ou a armazenagem das mercadorias e
dos meios de transporte; e
f) A emissão de documentos. incluindo os relacionados
com a liquidação das obrigações aduaneiras, inspecção
e desalfandegamento de mercadorias.

Artigo 4º
Procedimentos fiscais

1. O regime objecto do presente Diploma Legal compreende,


quanto aos procedimentos e processos fiscais, o envio de
declarações, notas, relações ou outros documentos a apresentar
ou as Repartições Fiscais competentes, conforme previsto no
artigo 223º do Código Geral Tributário.

168
2. Sem prejuízo do disposto na lei, os actos e formalidades
relativos aos procedimentos e processos fiscais a tramitar
electronicamente c compreendem nomeadamente:
a) A determinação da matéria colectável;
b) A liquidação e cobrança;
c) A obtenção de certidão de não devedor;
d) A reclamação e recurso hierárquico;
e) A cobrança coerciva de dividas tributárias nos termos
do Código das Execuções Fiscais; e
f) A instrução de transgressões fiscais.
3. O regime previsto no presente Diploma não se aplica aos
procedimentos de:
a) Acções prévias de informação dos contribuintes e
b) outras obrigações tributárias;
c) Pedidos de Informação Vinculativa;
d) Reconhecimento ou revogação dos benefícios fiscais; e
e) Inspecção tributária.

Artigo 5º
Validade jurídica dos documentos

1. Os documentos gerados electronicamente no âmbito da


tramitação e registo electrónicos dos procedimentos e processos
tributários. conforme o disposto no presente Diploma têm
validade e autenticidade jurídica. nos termos gerais do direito, de
harmonia com o disposto nos nº 3 e 4 do artigo 77.º do Código
Geral Tributário.
2. A tramitação e registo electrónico dos procedimentos e
processos tributários obedecem as disposições legais aplicáveis a
segurança dos dados, ao controlo da fonte de informação e a
protecção contra o risco de acesso não autorizado, perda,
modificação ou destruição de informação.

169
Artigo 6º
Conservação de documentos

Os documentos resultantes do fluxo dos procedimentos e


processos tributários previstos no presente Diploma devem ser
conservados durante 5 (cinco) anos. nos termos do artigo 62º do
Código Geral Tributário.

CAPÍTULO II
Registo Electrónico dos Procedimentos e Processos Fiscais e
Aduaneiros

Artigo 7º
Registo dos procedimentos fiscais e aduaneiros

O registo infantático e electrónico dos procedimentos fiscais


e aduaneiros deve conter, com as devidas adaptações,
relativamente a cada um, por ordem numérica e cronológica. a
seguinte informação:
a) O tipo e número do procedimento;
b) A identificação do Órgão Administrativo em que corre
o procedimento;
c) A identificação do técnico responsável pela análise do
procedimento;
d) A identificação do contribuinte, importador ou
exportador, indicando o nome, domicílio ou sede e
número de identificação fiscal;
e) A data de entrada e saída de quaisquer documentos
relativos ao procedimento;
f) A data de todas as diligências efectuadas;
g) A identificação dos tipos de tributos45 em causa;

45
Tributo – prestações patrimoniais, pecuniárias os susceptíveis de avaliação
pecuniária, sem carácter de sanção, impostas pelo Estado, ou outras
entidades de direito público ou concessionárias de serviços públicos, com
vista à satisfação das necessidades colectivas e à prossecução do interesse
público (Artigo 2º, nº 1 alínea x) da Lei nº 21/14, de 22 de Outubro)
170
h) O exercício fiscal;
i) O valor declarado ou reclama do pelo contribuinte,
importador ou exportador, bem como o valor corrigido
pela Administração, se for o caso;
j) O estado ou fase em que se encontra o procedimento;
e
k) A decisão do órgão administrativo onde corre o
procedimento.

Artigo 8º
Registo dos processos de execução fiscal e aduaneira

1. O registo informático e electrónico do processo de


execução fiscal e aduaneira deve ser efectuado por ordem
numérica e cronológica e, relativamente a cada um deles. deve
conter a seguinte informação:
a) O número do processo;
b) A identificação do órgão administrativo de execução
fiscal;
c) A identificação do executado. indicando o nome,
domicílio ou sede e número de identificação fiscal;
d) A identificação dos chamados, em caso de reversão;
e) A data da autuação do processo;
f) A proveniência da dívida ou tipo de imposto em causa;
g) O exercício fiscal;
h) O valor da divida exequenda;
i) A data e tipo de citação;
j) A data de entrada da oposição, se for o caso;
k) Os bens indicados para a penhora;
l) Os bens penhorados, com indicação da data e hora da
penhora e da adjudicação ou venda;
m) A identificação dos créditos reclamados, através do seu
titular e montante reclamado do crédito;
n) O pagamento em prestação, com registo da data de
cada prestação; e
o) A descrição de quaisquer outros actos.

171
2. Do mesmo registo deve constar igualmente a data da
suspensão, com indicação da causa. do seu levantamento e da
extinção mencionando-se. conforme o caso, os seguintes
elementos:
a) A suspensão da execução, por verificação das
condições constantes do artigo 40º do Código das
Execuções Fiscais;
b) A extinção. com pagamento integral;
c) A extinção por outras causas constantes do Código das
Execuções Fiscais;
d) A extinção da execução por não terem sido
encontrados bens penhoráveis, nos termos do
disposto no artigo 159º do Código das Execuções
Fiscais;
e) A renovação da Execução;
f) O recurso e actos subsequentes; e
g) O arquivamento do processo.

Artigo 9º
Ofícios

O registo infantático e electrónico dos ócios recebidos pela


Administração Tributária, no âmbito dos procedimentos e
processos tributários, incluindo os de execução fiscal e aduaneira
devem ser efectua dos por ordem numérica e cronológica e,
relativamente a cada um deles, deve conter a seguinte informação:
a) O número de registo de entrada;
b) Identificação do remetente;
c) A data de entrada;
d) A referência;
e) O tipo de documento e a respectiva data;
f) A proveniência do documento;
g) A síntese do assunto; e
h) A Identificação do técnico que recepcionou.

172
CAPÍTULO III
Entidade Competente

Artigo 10º
Implementação e supervisão

1. A Administração Geral Tributária é a entidade competente


para efeitos do presente Diploma Legal, a quem incumbe em geral
assegurar a implementação do regime de tramitação e registo
electrónico, bem como instruir e acompanhar os procedimentos e
processos tributários, no âmbito das suas atribuições estatutárias
e de harmonia com a legislação fiscal e aduaneira vigente.
2. Para efeitos do disposto no nº3 do artigo 2ºdo presente
Diploma, compete a Administração Geral Tributária estabelecer
nomeadamente:
a) Os formatos e padrões compatíveis com o modelo de
dados da Organização Mundial das Alfândegas (OMA)
e outras Organizações Internacionais de que a
República de Angola faça parte;
b) Os requisitos para a autenticação da origem da
informação transferida. incluindo a submissão de
manifestos de carga e ou declarações, bem como a
respectiva documentação complementar;
c) Os requisitos para autenticação da origem da
informação e dos demais meios electrónicos de
autenticação de dados;
d) Os requisitos e condições de aprovação de
infraestruturas adequadas e autorizar o intercambio
electrónico de dados entre utilizadores do sistema; e
e) Os certificados digitais destinados a protecção de
dados, de documentos e imagens electrónicas usados
nos procedimentos ligados ao desalfandegamento de
mercadorias, bem como o modelo adequado para a
encriptação e desencriptação de mensagens e
doc1umentos enviados e recebidos via electrónica.

173
Artigo 11º
Intercâmbio electrónico de dados

A troca de informações entre a Administração Geral


Tributária e outras instituições. conforme o disposto no nº 3 do
artigo 2º, obedece aos padrões nacionais e internacionais
aplicáveis, bem como aos acordos internacionais celebrados.

CAPÍTULO IV
Registo e Utilização

Artigo 12º
Requisitos e procedimento para o registo de utilizador

1. O acesso e a utilização da ferramenta electrónica implica o


prévio registo do seu usuário, junto da Administração Geral
Tributária, a quem compete atribuir uma conta de utilizador com
a respectiva senha.
2. A atribuição de conta de utilização ou de acesso é solicitada
junto do website da Administração Geral Tributária ou de
qualquer Repartição Fiscal, Delegação Aduaneira, Posto Fiscal ou
Aduaneiro46.
3. Para efeitos de atribuição da conta de utilizador e
respectiva senha são relevantes o nome completo ou a
denominação social. bem como o Número de Identificação Fiscal,
conforme se trate de pessoas singulares ou colectivas.
4. O usuário a quem tenha sido atribuída uma conta de
utilização deve assegurar a sua correcta utilização, impedindo o
seu uso não autorizado, devendo comunicar, imediatamente, por

46
Os Postos Fiscal e Postos Aduaneiro – são extensões das Repartições
Fiscais e das Delegações Aduaneiras, responsáveis pelas execuções das
tarefas que sejam supeiormente definidas (Artigo 40º Decreto Presidencial
nº 324/14, de 15 de Dezembro)
174
escrito, a Administração Geral Tributária, qualquer facto ou
circunstância que comprometa ou possa comprometer o seu uso.

Artigo 13º
Dever de sigilo e confidencialidade

1. Os funcionários públicos ou agentes administrativos,


responsáveis pelo tratamento de dados pessoais, bem como todas
as pessoas que, no exercício das suas funções, tomem
conhecimento daquelas informações, ficam vinculados ao dever
de sigilo e confidencialidade, nos termos do artigo 86º do Código
Geral Tributário.
2. As informações constantes da base de dados de
contribuintes podem apenas ser publicadas para fins de
investigação, partilha no âmbito do dever especial de colaboração
e para fins estatísticos, desde que não identifiquem nem permitam
identificar as pessoas a que respeitam, outros casos de superior
interesse publico, nos termos do artigo 9º da Lei nº22/11, de 17
de Junho, sobre a Protecção de Dados Pessoais.

CAPÍTULO V
Dos Formulários e Impressos

Artigo 14º
Disponibilização de impressos e formulários

1. Sem prejuízo da sua disponibilização electrónica, a


submissão de impressos ou formulários relativos ao cumprimento
das obrigações tributárias declarativas ao abrigo do presente
Diploma sujeita-se ao pagamento do preço, fixado a razão de 14
UCF para o Documento Único, e de 4 UCF para os restantes
documentos.
2. Os valores referidos no numero anterior são pagos no acto
da submissão dos formulários ou impressos junto da Repartição
Fiscal competente.

175
Artigo 15º
Receita

As receitas arrecadadas nos termos do artigo 14º do


presente Diploma são depositadas na Conta Única do Tesouro
(CUT), sendo 70% consignada a favor da Imprensa Nacional e 30%
a favor da AGT.

O Ministro, ARCHER MANGUEIRA.

176
Diário da República I Série nº 182 de 3 de Dezembro de 2018

Decreto Presidencial nº 292/18, de 3 de Dezembro. Regime


Jurídico das Facturas e Documentos Equivalentes

Presidente da República

Havendo necessidade de, por um lado, tornar as declarações


dos contribuintes mais comprováveis objectivas e inequívocas, e
por outro reforçar e melhorar os mecanismos de controlo e
fiscalização por parte da Administração Fiscal;
O Presidente da República decreta, nos termos da alínea l)
do artigo 120º e do nº 3 do artigo 125º, ambos da Constituição da
República de Angola, o seguinte:

REGIME JURÍDICO DAS FACTURAS E DOCUMENTOS


EQUIVALENTES

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1º
Aprovação

É aprovado o Regime Jurídico das Facturas e dos


Documentos Equivalentes.

Artigo 2º
Objecto

O Regime Jurídico das Facturas e Documentos Equivalentes


estabelece as regras aplicáveis a emissão, conservação e
arquivamento das facturas e documentos equivalentes.

177
Artigo 3º
Âmbito de aplicação

1. O presente Diploma aplica-se aos contribuintes com


residência fiscal em Angola em todas as transmissões de bens,
prestações de serviços, adiantamento ou pagamentos antecipados
que realizam, no exercício da sua actividade, comercial, industrial,
prestação de serviços, de profissão liberal, bem como actividade
civil com ou sem forma comercial.
2. A «factura/recibo», a factura com expressão em carimbo
«pago», a «venda a dinheiro», bem como «o aviso de cobrança»
seguem o regime das facturas, desde que apresentem os
respectivos requisitos. conforme e nos termos definidos no
presente Diploma.
3. Os documentos equivalentes definidos no presente
Diploma têm relevância jurídica e tributaria equiparada as
facturas.
4. Não são consideradas facturas, nem documentos
equivalentes:
a) A factura pró-forma;
b) A nota de preço;
c) A nota de encomenda;
d) A nota de remessa;
e) O orçamento de venda e de serviços;
f) O borderaux bancários;
g) A guia de remessa ou transporte;
h) Qualquer outro documento emitido não previsto neste
Diploma.

Artigo 4º
Definições

Para efeitos do presente Diploma consideram-se:


a) «Auto-facturação», emissão de Facturas/Recibos pelos
adquirentes de bens ou serviços em substituição dos
seus fornecedores;

178
b) «Custo Indevidamente Documentado», aquele em que
a documentação de suporte não integra todos os
elementos previstos no nº1 do artigo 11º do presente
Diploma;
c) «Custo não Documentado», aquele que se realiza sem
qualquer suporte documental formal;
d) «Documento Equivalente», os recibos, a nota de débito,
nota de crédito, o despacho aduaneiro, o talão de venda
ou de serviços, e outros documentos que, contendo
todos os requisitos previstos no presente Diploma, são
equiparados a factura;
e) «Factura», documento comercial que formaliza e
comprova a transmissão de bens, a prestação de
serviços, quaisquer adiantamentos ou pagamentos
antecipados, devendo conter todos os requisitos
previstos no presente Diploma;
f) «Factura Genérica», factura única, com periodicidade
mensal, emitida por Instituição Financeira que
compreende todos os serviços cobrados aos seus
clientes, naquele período;
g) «Factura Global», documento comercial. com
periodicidade máxima mensal, que englobe todas as
transmissões de bens e prestações de serviços
efectuadas durante período em referência;
h) «Factura/Recibo», documento comercial que, para
além de documentar e comprovar as transmissões de
bens ou as prestações de serviços, e contendo todos os
requisitos constantes do presente Diploma, comprova
igualmente o pagamento total do bem ou serviço
facturado, incluindo-se neste conceito a factura com
expressão em carimbo «pago», a venda a dinheiro e o
aviso/recibo;
i) «Factura em Formato Electrónico», documento
comercial, emitido electronicamente por software de
facturação., que formaliza e comprova a transmissão
de bens, a prestação de serviços, quaisquer
adiantamentos ou pagamentos antecipados, devendo
179
conter todos os requisitos previstos no presente
Diploma;
j) «Nota de Débito», documento comercial equivalente a
factura que suporta situações de débito quando não
haja obrigação de emissão de factura nos termos do
presente Diploma;
k) «Nota de Crédito», documento comercial rectificativo
de factura ou documento equivalente emitido, sempre
que, por qualquer motivo, o respectivo valor seja
reduzido o que sucede nomeadamente nas devoluções
de bens, variação do nível do serviço prestado, ou
quaisquer descontos;
l) «Programa Informático de Programação», programa
informático de emissão de facturas e documentos
equivalentes devidamente certificado pela entidade
competente, que garante a numeração sequencial e
cronológica dos documentos e que não permite a
respectiva eliminação após a sua emissão;
m) «Recibo», documento comercial que comprova o
pagamento parcial ou total do bem ou serviço
facturado;
n) «Volume de Negócios», corresponde ao total dos
proveitos de um determinado exercício económico.

CAPÍTULO II
REGRAS DE FACTURAÇÃO

Artigo 5º
Emissão de facturas ou documentos equivalentes

1. É obrigatória a emissão de facturas ou documentos


equivalentes em todas as transmissões de bens, prestações de
serviços, adiantamento ou pagamentos antecipa dos que, nos
termos da legislação vigente, sejam consideradas localizados em
território nacional.

180
2. Para efeitos do disposto no número anterior, o
fornecimento de energia eléctrica, o gás, o calor, o frio, a água e
similares são equiparados aos bens.

Artigo 6º
Dispensa de emissão de factura

1. É dispensada a obrigação de emissão de factura sempre


que, cumulativamente, a aquisição dos bens ou serviços não esteja
relacionada, de nenhuma maneira, com actividade comercial,
industrial ou prestação de serviços, ou com o exercício de
profissão liberal, sendo o adquirente, necessariamente, uma
pessoa singular e se trate de uma das seguintes operações:
a) Transmissão de bens através de aparelhos de
distribuição automática, ou de recurso aos sistemas
electrónicos;
b) Prestação de serviços em que seja habitual a emissão
de bilhete de ingresso ou de transporte, senha,
portagens ou outro documento impresso, emitido ao
portador, comprovativo do pagamento, em que
constem os elementos informativos obrigatórios, nos
termos do nº3 deste artigo;
c) Transmissão de bens efectuados por vendedores
ambulantes e feirantes devidamente autorizados ou
licenciados por entidade competente.
2. Nos casos referidos nas alíneas a) e b) do número anterior.
a dispensa de facturação não afasta a obrigação da emissão de
talões de venda do bem ou de serviço prestado.
3. Os talões de venda ou de serviço prestado devem ser
datados, numerados sequencialmente e conter os seguintes
elementos:
a) A denominação social, sede ou domicílio, e número de
identificação fiscal do fornecedor de bens ou prestador
de serviços;
b) A quantidade e descrição dos bens transmitidos ou
serviços prestados;
c) O preço e o montante do imposto, quando devido.
181
4. Nos casos previstos nas alíneas a) e b) do nº1 do presente
artigo é sempre obrigatória a emissão de factura, quando o
adquirente do bem ou serviço a solicite.
5. A Administração Geral Tributária pode, por instrumento
jurídico próprio, restringir a dispensa de facturação ou exigir a
emissão de documento adequado a comprovação da operação
efectuada.

Artigo 7º
Recibos

1. Para efeitos do presente Diploma, a Factura/Recibo e o


aviso de cobrança/recibo equiparam-se ao Recibo.
2. Os Recibos devem, obrigatoriamente, incluir a indicação de
montantes de impostos retidos ou repercutido, quando aplicável.
3. Os comprovativos de transferências bancarias e os
documentos internos do contribuinte. ou de terceiros que
efectuem pagamentos por conta daquele, podem ser equiparados
a recibos para efeitos de prova da ocorrência de quaisquer factos
tributários.

Artigo 8º
Processamento

1. Os agentes económicos com um volume de negócios igual


ou superior ao montante equivalente em AKZ a USD 250.000,00
(duzentos e cinquenta mil dólares norte-americanos) devem
emitir facturas ou documentos equivalentes através de programas
informáticos certificados nos termos da lei.
2. O volume de negócios a que se refere o disposto no número
anterior é o apurado com base na declaração de rendimentos
referente ao exercício fiscal anterior. aplicando a taxa de câmbio
média anual do Banco Nacional de Angola.
3. Quando o período de apuramento referido no numero
anterior coincida com o do início da actividade, o volume de
negócio corresponde ao que consta da respectiva declaração.

182
4. A emissão de facturas ou documentos equivalentes através
de programas informáticos deve efectuar-se em triplicado,
destinando-se a versão original ao cliente. urna copia ao arquivo
do fornecedor e outra a acompanhar os bens em circulação, na
posse do cliente, caso não seja solicitada e recolhida para efeitos
de fiscalização.
5. Sempre que seja reimpressa uma factura ou documento
equivalente, deve o mesmo conter a menção «2ª via, em
conformidade com o original».
6. Em caso de avaria técnica dos equipamentos ou em
situações de inoperacionalidade devidamente justificadas, devem
os contribuintes emitir facturas ou documentos equivalentes,
impressos tipograficamente, respeitando os requisitos do
presente Diploma.
7. O limite referido do valor previsto no nº1 pode ser
alterado por Decreto Executivo do Titular do Departamento
Ministerial que responde pelas Finanças Públicas.

Artigo 9º
Emissão, rectificação e anulação de facturas ou documentos
equivalentes

1. A factura ou documento equivalente deve ser emitido até


ao quinto dia útil seguinte ao da operação que lhe deu causa,
nomeadamente a transmissão do bem ou prestação do serviço.
2. Nas situações em que a transmissão de bens e a prestação
de serviços se prolonga no tempo, pode o contribuinte emitir uma
única factura global, com periodicidade máxima mensal, que
englobe todas as transmissões de bens e prestações de serviços
efectuadas durante este período, devendo estar suportadas por
documentos que as individualizam, nomeadamente notas de
remessa ou de fornecimento que devem ser devidamente
identificados na factura global.
3. A factura a que se refere o número anterior deve ser
emitida ate ao quinto dia útil posterior ao final do período de
facturação adoptado.

183
4. As facturas ou documentos equivalentes podem ser
anuladas ou rectificadas por notas de crédito.
5. Os documentos referidos no número anterior devem
conter a expressão «anulação ou rectificação», a identificação do
documento anulado ou rectificado. bem como a prova de que o
adquirente dos bens ou serviços tomou conhecimento dessa
anulação ou rectificação.
6. A Administração Geral Tributária pode, por instrumento
próprio, determinar prazos mais dilatados de facturação
relativamente aos contribuintes que transmitam bens ou prestem
serviços que, pela sua natureza, impeçam o cumprimento do prazo
previsto no nº1 do presente artigo.

Artigo 10º
Autofacturação

1. As entidades do sector da hotelaria, restauração e


similares que tenham Contabilidade organizada podem substituir-
se aos respectivos fornecedores, quanto a emissão de
Facturas/Recibos desde que sejam exclusivamente aquisições de
produtos dos sectores agricultura, silvicultura, aquicultura,
apicultura, avicultura, pescas e pecuária.
2. A emissão de Facturas/Recibos a que se refere o número
anterior, deve ocorrer no momento do efectivo pagamento ao
fornecedor pela aquisição de bens.
3. As Facturas/Recibos emitidas nos termos do disposto no
nº1 não devem corresponder a mais do que 10% (dez por cento)
do total de custos das mercadorias vendidas e matérias
consumidas da entidade emitente.
4. Quando a entidade do sector da hotelaria, restauração e
similares exerçam outra actividade para além destas, o limite
referido no número anterior aplica-se exclusivamente a estas
actividades.

184
Artigo 11º
Requisitos das Facturas e Documentos Equivalentes

1. As Facturas ou os Documentos Equivalentes. com excepção


dos talões de venda ou de serviços prestados, devem conter
obrigatoriamente os seguintes elementos:
a) Nome, firma ou denominação social, Número de
Identificação Fiscal, sede ou domicílio do fornecedor
de bens ou prestador de serviços, bem como do
respectivo adquirente, quando este seja uma pessoa
singular ou colectiva no exercício da sua actividade
profissional, comercial, industrial e civil tom ou sem
forma comercial;
b) Numeração sequencial e cronológica por tipo de
documento e anos económicos, podendo ser utilizadas
uma ou mais séries devidamente identificadas;
c) Discriminação dos bens ou serviços prestados, com
indicação das quantidades ou unidades de referência,
devendo as embalagens não transaccionáveis ser
objecto de indicação separada e com menção expressa
de que foi acordada a sua devolução;
d) O preço unitário e total em moeda nacional, salvo as
facturas que decorrem do processo de importação ou
exportação, que estão sujeitas as regras do comércio
internacional;
e) As Taxas de imposto aplicáveis e o montante de
imposto. quando devido;
f) O motivo justificativo da não Liquidação do Imposto,
quando devido, com indicação da norma legal que o
fundamente;
g) A data e o local em que os bens foram colocados a
disposição dos adquirentes. em que os serviços foram
prestados, bem como, se aplicável, a data em que foram
efectuados pagamentos antecipados;
h) Redacção em língua portuguesa;
i) A data da emissão;

185
j) A identificação do sistema informático utilizado para a
emissão da factura ou documento equivalente, bem
como sempre que aplicável, o respectivo número da
certificação.
2. Quando os bens e serviços sejam sujeitos a Taxas de
imposto diferentes a sua descrição é efectuada de forma separada.
3. No caso de Factura/Recibo emitida por autofacturação
prevista no artigo anterior, a numeração sequencial e cronológica
a que se refere a alínea b) do nº1 do presente artigo, deve ser
diferente da factura ou documento equivalente de vendas ou
serviços prestados emitidos pelos contribuintes.
4. As facturas genéricas a emitir pelas instituições
financeiras devem respeitar os requisitos constantes do nº1 do
presente artigo.
5. As facturas ou documentos equivalentes emitidos por
entidades estrangeiras são traduzidas nos termos da legislação
vigente.

Artigo 12º
Emissão tipográfica de facturas ou documentos equivalentes

Os agentes económicos que não estejam em condições de


cumprir com as regras de processamento e emissão de facturas ou
documentos equivalentes previstas no presente Diploma Legal,
podem emitir facturas ou documentos equivalentes impressos em
tipografias autorizadas nos termos a regulamentar por Decreto
Executivo do Titular do Departamento Ministerial que responde
pelas Finanças Públicas.

Artigo 13º
Factura em formato electrónico

1. As facturas em formato electrónico definidas na alínea g)


do artigo 4º do presente Diploma Legal tem efeitos jurídicos
equiparados às facturas e aos documentos equivalentes.

186
2. As facturas emitidas em formato electrónico são
disponibilizadas aos adquirentes de bens e serviços ou outros
legítimos interessados. quando solicitadas.
3. As facturas emitidas em formato electrónico são
conservadas em arquivo digital ou electrónico.
4. As facturas globais e as genéricas seguem o regime das
facturas em formato electrónico.

Artigo 14º
Facturação electrónica e sistemas

É estabelecida em Diploma próprio a disciplina jurídica


sobre facturação electrónica, abrangendo nomeadamente os
sistemas de facturação, Contabilidade, inventariação e demais
elementos, bem como a respectiva certificação e posterior
submissão a Administração Geral Tributária.

Artigo 15º
Arquivamento

1. Os contribuintes são obrigados a arquivar e conservar


todas as facturas ou documentos equivalentes. bem torno os
registos relativos a analise, programação e execução dos
tratamentos informáticos utilizados, nos prazos estabelecidos
pelo Código Geral Tributário.
2. As copias de segurança das facturas ou documentos
equivalentes arquivados em formato digital devem estar
disponíveis para consulta imediata sempre que exigidos por uma
autoridade oficial.

187
CAPÍTULO III
Penalidades

Artigo 16º
Penalidades

1. Sem prejuízo de outros regimes de responsabilidades,


sempre que o contribuinte proceda a transmissão de bens ou
prestação de serviços sem suporte em facturas ou documentos
equivalentes sujeitam-se às multas seguintes:
a) 7%, do valor da factura não emitida;
b) 15%, do valor da factura não emitida, no caso de
incumprimento reiterado.
2. Para efeitos do disposto na alínea b) do numero anterior,
entende-se por incumprimento reiterado a não emissão de factura
ou documento equivalente. em mais de quatro transmissões de
bens ou serviços.
3. Para efeitos do nº1 do presente artigo, o valor da factura e
apurado por qualquer um dos métodos presuntivos conforme
abaixo descriminado:
a) Pelo valor mais elevado constante de facturas ou
documentos equivalentes emitidos no exercício ou nos
exercícios anteriores, relativamente a bens ou serviços
da mesma natureza;
b) Pelo valor apurado na declaração de rendimento do
contribuinte ou de terceiro que se relacione no âmbito
de uma acção de fiscalização;
c) Pelo valor que deva constar na declaração de
rendimento, em caso de omissão;
d) Pelo valor declarado pelo adquirente dos bens ou
serviços;
e) Pelo valor que seria praticado entre duas entidades
independentes relativamente a mesma transacção de
bens ou prestação de serviços.
4. A emissão de factura ou documento equivalente com a
omissão dos elementos mencionados no artigo 11º sujeita-se a
multa, nos termos que se seguem:
188
a) 5% do valor da factura, quando os elementos omitidos,
ou erradamente indicados, forem o preço, número de
identificação fiscal, endereço e o nome da entidade
emitente, por cada factura emitida;
b) 1% do valor da factura, quando os elementos omitidos,
ou erradamente indicados, respeitem a quaisquer
outros elementos obrigatórios, por cada factura
emitida.
5. O incumprimento do disposto no nº1 do artigo 15º é
punível com pena de multa correspondente a 1% do valor de cada
factura ou documento equivalente.

Artigo 17º
Competência de fiscalização

1. A competência para a fiscalização das obrigações


decorrentes da aplicação do presente Diploma e da Administração
Geral Tributária.
2. Caso outros órgãos de inspecção do Estado detectem o
incumprimento de quaisquer obrigações previstas no presente
Diploma, devem comunicar tal facto à Administração Geral
Tributária através do «auto de noticia», contendo os requisitos
previstos no Código Geral Tributário.
3. Nos casos previstos no numero anterior, deve ser atribuída
ao órgão de inspecção do Estado que emitiu o «auto de noticia» o
valor a título de comparticipação nos termos da legislação em
vigor.
4. Os procedimentos referidos do número anterior são
regulados por Decreto Executivo do Titular do Departamento
Ministerial que responde pelas Finanças Públicas.

189
CAPÍTULO IV
Disposições Finais

Artigo 18º
Revogação

É revogada toda a legislação que contrarie o disposto no


presente Diploma, nomeadamente, o Decreto Presidencial nº
149/13. de 1 de Outubro.

Artigo 19º
Dúvidas e omissões

As dúvidas e omissões suscitadas da interpretação e


aplicação do presente Diploma são resolvidas pelo Presidente da
República.

Artigo 20º
Entrada em vigor

O presente Decreto Presidencial entra em vigor 120 dias


após a data da sua publicação.

Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 25 de


Outubro de 2018

Publique-se.

Luanda, aos 22 de Novembro de 2018.

O Presidente da República, JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO.

190
Diário da República I Série nº 189 de 21 de Dezembro de 2018

Decreto Presidencial nº 312/18, de 21 de Dezembro. Regime


Jurídico da Submissão Electrónica dos Elementos Contabilísticos
dos Contribuintes (SAF-T AO)

Presidente da República

Considerando que a Administração Geral Tributária, os


contribuintes e demais agentes económicos, no âmbito das
relações tributárias, comunicam-se primacialmente por meio de
citações e notificações que revestem uma importância crucial na
eficácia dos actos tributários e na eficiência dos procedimentos e
processos tributários;
Tendo em conta que a legislação fiscal vigente em Angola
introduz procedimentos e processos tributários passiveis de
utilização com recurso a meios tecnológicos e informáticos,
necessários a modernização e eficiência do sistema tributário, de
acordo com os novos regimes fiscais aprovados no âmbito da
Reforma Tributária em curso no País;
Havendo necessidade de instituir o regime legal base da
tramitação e registo dos actos e formalidades dos procedimentos
tributários, e ao mesmo tempo introduzir critérios para a sua
utilização e protecção de dados associados as tecnologias de
informação, com vista a propiciar a desmaterialização dos
procedimentos e processos tributários;
Em conformidade com o disposto no nº2 do artigo 77º do
Código Geral Tributário, aprovado pela Lei nº21/14, de 22 de
Outubro. que define os procedimentos tributários, podem ser
tramita dos electronicamente;
O Presidente da República decreta. nos termos da alínea 1)
do artigo 120º e do nº3 do artigo 125º. ambos da Constituição da
República de Angola, o seguinte:

191
Artigo 1º
Aprovação

É aprovado o Regime jurídico de Submissão Electrónica dos


Elementos Contabilísticos dos Contribuintes, anexo ao presente
Decreto Presidencial, de que é parte integrante.

Artigo 2º
Aplicação subsidiaria

Aplicam-se subsidiariamente ao presente Diploma o Código


Geral Tributário, o Código Aduaneiro, o Código das Execuções
Fiscais e demais legislação em vigor.

Artigo 3º
Dúvidas e omissões

As duvidas e omissões resultantes da interpretação e


aplicação do presente Decreto Presidencial são resolvidas pelo
Presidente da República.

Artigo 4º
Entrada em vigor

O presente Diploma entra vigor 30 dias após a data da sua


publicação.
Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda aos 25 de
Outubro de 2018

Publique-se.

Luanda, aos 22 de Novembro de 2018.

O Presidente da República, JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO.

192
REGIME JURÍDICO DE SUBMISSÃO ELECTRÓNICA DOS
ELEMENTOS CONTABILÍSTICOS DOS CONTRIBUINTES

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Artigo 1º
Objecto

1. O presente Diploma estabelece o Regime de Submissão


Electrónica dos Elementos Contabilísticos, incluindo facturação,
contabilização e inventariação, dos Contribuintes, bem como os
requisitos de validade dos Sistemas de Processamento Electrónico
de Dados.
2. Para efeitos do disposto no numero anterior o presente
Diploma aprova a estrutura e o formato do Ficheiro Normalizado
de Inspecção Tributária, de que é parte integrante.

Artigo 2º
Âmbito

1. O regime previsto no presente Diploma aplica-se aos


contribuintes que no âmbito da sua actividade comercial,
industrial ou de prestação de serviços possuam um volume anual
de negócios. ou operações de importação de mercadorias. com
valores superiores a AKZ: 50.000.000.00 (cinquenta milhões de
Kwanzas), apurado com base na declaração de rendimentos
relativa ao exercício fiscal do ano anterior, com efeitos a partir do
ano seguinte ao do apuramento.
2. Na falta da declaração referida no número anterior ou nos
casos de início de actividade, o apuramento é efectuado com base
na estimativa do sujeito passivo de imposto, sem prejuízo de
apuramento oficioso por parte da Administração Geral Tributária.
3. Quando no ano de início de actividade o período de
referência for inferior ao ano civil, deve o volume de negócios
relativo a esse período ser convertido num volume de negócios
anual proporcional aos meses em referência.
193
4. O montante correspondente ao valor de negócios, referido
no nº1 do presente artigo, pode ser alterado por Decreto Executivo
do Titular do Departamento Ministerial responsável pelo Sector
das Finanças Públicas.
5. O disposto no presente Diploma não se aplica as micro
empresas as devidamente certificadas nos termos da Lei nº 30/11,
de 13 de Setembro, que aprova a Lei das Micro Pequenas e Medias
Empresas.

Artigo 3º
Dever de submissão

1. As entidades referidas no nº 1 do artigo 2º devem


submeter a Administração Geral Tributária um ficheiro do tipo
«Facturação» e «Aquisição de Bens e Serviços», respeitante as
operações realizadas no mês anterior, até ao último dia do mês
seguinte.
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, sempre que
se justiçar, a Administração Geral Tributária pode, a qualquer
momento, solicitar os elementos da Contabilidade ou outros
constantes do Sistema de Processamento Electrónico de Dados.

Artigo 4º
Ficheiro Electrónico de Processamento de Dados

1. Para efeitos do disposto no presente Diploma, as entidades


referidas no artigo anterior devem produzir um ficheiro. de
acordo com a estrutura de dados constantes no anexo ao presente
Diploma.
2. O ficheiro referido no n º2 do artigo 1º deve ser preenchido
de acordo com a informação constante do Sistema de
Processamento Electrónico de Dados do Contribuinte.

194
Artigo 5º
Transmissão dos elementos do ficheiro

A submissão do ficheiro deve ser efectua da por uma das


seguintes vias:
a) Carregamento no Portal da Administração Geral
Tributária;
b) Transmissão electrónica baseada em webservices;
c) Preenchimento directo no Portal da Administração
Geral Tributária, quando, nos termos do Regime
Jurídico das Facturas e Documentos Equivalentes, seja
admitida a emissão de facturas ou documentos
equivalentes impressos tipograficamente;
d) Outra via electrónica, nos termos a definir por
instrumento próprio do Titular do Departamento
Ministerial responsável pelo Sector das Finanças
Públicas.

CAPÍTULO II
Validação do Sistema de Processamento Electrónico de
Dados dos Contribuintes

Artigo 6º
Utilização de Sistemas de Processamento Electrónico de
Dados

Estão sujeitos a validação, nos termos do presente Diploma,


os Sistemas de Processamento Electrónico de Dados de facturação
utilizados pelos contribuintes referidos no nº1 do artigo 2º do
presente Diploma.

Artigo 7º
Requisitos para validação

A validação dos Sistemas de Processamento Electrónico de


Dados de Facturação depende da verificação cumulativa dos
seguintes pressupostos:
195
a) Ser produzido por uma entidade com residência ou
representação em Angola;
b) Permitir exportar o ficheiro a que se refere no nº2 do
artigo 1º do presente Diploma;
c) Permitir identificar as alterações do registo de facturas
e documentos recitativos, bem como outros elementos,
através de um algoritmo de cifra assimétrica e de uma
chave privada de conhecimento exclusivo do produtor
do sistema;
d) Ter um controlo do acesso ao Sistema de
Processamento Electrónico de Dados, obrigando a uma
autenticação de cada utilizador;
e) Não dispor de qualquer função que, no local ou
remotamente, permita alterar, directa ou
indirectamente, a informação de natureza fiscal, sem
gerar evidência agregada a informação original;
f) Observar os demais requisitos técnicos aprovados por
acto próprio do Titular do Departamento Ministerial
responsável pelas Finanças Publicas, sob proposta do
Presidente do Conselho de Administração da
Administração Geral Tributária.

Artigo 8º
Requerimento de Validação de Sistemas de Processamento
Electrónico de Dados

1. A validação dos Sistemas de Procedimento Electrónico de


Dados de Facturação é solicitada mediante requerimento dirigido
a Administração Geral Tributária, através de modelo a aprovar
pelo titular do Departamento Ministerial responsável pelas
Finanças Públicas.
2. Sem prejuízo do disposto no numero anterior. sempre que
se justiçar, a Administração Geral Tributária pode solicitar a
apresentação de informação ou elementos adicionais.
3. A comercialização ou disponibilização do Sistema
de Processamento Electrónico de Dados para utilização por parte
dos contribuintes depende da sua prévia validação.
196
Artigo 9º
Emissão do certificado de validação

1. O certificado de validação é emitido no prazo de 45


(quarenta e cinco) dias.
2. A emissão do certificado é precedida de testes de
conformidade, devendo, para o efeito, o produtor do sistema ser
notificado para prestar a colaboração e os esclarecimentos
solicitados, suspendendo-se o prazo previsto no numero anterior
sempre que o processo de validação do sistema não possa
prosseguir por motivos imputáveis ao requerente.
3. Para verificação do cumprimento dos requisitos previstos
no artigo 7º, a Administração Geral Tributária pode, ainda, em
qualquer momento, efectuar testes de conformidade, devendo o
produtor do sistema disponibilizar um exemplar do programa e a
documentação necessária, incluindo o dicionário de dados.
4. A Administração Geral Tributária mantém na sua pagina
oficial na internet, uma lista actualizada dos sistemas e respectivas
versões validadas, bem como a identificação dos produtores.
5. O certificado tem a validade de 24 (vinte e quatro) meses,
após a respectiva aprovação. devendo o produtor requerer nova
aprovação nos termos do presente artigo decorrido este período.

Artigo 10º
Revogação do certificado

A Administração Geral Tributária pode revogar o certificado


de validação em caso de:
a) Alteração dos pressupostos com base nos quais foi
aprovada a validação;
b) Alteração de quaisquer elementos do programa
que, directa ou indirectamente, afectem a verificação de
quaisquer dos requisitos previstos no artigo 7º, sem aprovação
prévia.

197
Artigo 11º
Documentos emitidos por máquinas registadoras

1. Os equipamentos ou Sistemas de Processamento


Electrónico de Dados validados, ou não, que, para além das
facturas emitam a favor dos clientes quaisquer documentos que
confiram a entrega de mercadorias ou da prestação de serviços,
nomeadamente as designadas consultas de mesa, devem permitir:
a) Numeração sequencialmente dos documentos,
devendo os mesmos conter:
i.Data e hora da emissão:
ii.Denominação social e Número de Identificação
Fiscal do fornecedor de bens ou prestador de
serviços;
iii.Denominação usual e quantidades dos bens
transmitidos ou dos serviços prestados;
iv.O preço líquido de imposto e o montante de
imposto devido, ou o preço com a inclusão do
imposto;
v.A indicação de que não seive de factura.
b) Registo dos documentos numa série específica, em
base de dados, no rolo interno da fita da máquina ou
no jornal electrónico, evidenciando igualmente os
documentos anulados.
2. Os documentos emitidos. em modo de treino. pelos
equipamentos ou Sistemas de Processamento Electrónico de
Dados não validados, devem conter menção expressa de tal facto.

Artigo 12º
Penalidades

1. Os contribuintes obrigados a produzir o ficheiro de acordo


com o regime previsto no presente Diploma são punidos com
multa de AKZ: 300. 000,00 (trezentos mil Kwanzas) por cada falta
de submissão ou submissão fora do prazo dos elementos referidos
no nº1 do artigo 3º do presente Diploma.

198
2. Os contribuintes que efectuem alterações do registo de
facturas e documentos equivalentes e recitativos, sem a devida
identificação e justificação destas alterações são punidos com
multa de AKZ: 500.000,00 (quinhentos mil Kwanzas).
3. Sem prejuízo do previsto no presente artigo, os
contribuintes e os produtores de Sistemas de Processamento
Electrónico de Dados que não cumpram com o disposto no
presente Diploma, estão sujeitos as Penalidades nos termos do
Código Geral Tributário e outros regimes de responsabilidades
vigentes.
4. Os produtores de Sistemas de Processamento Electrónico
de Dados validados, sancionados nos termos do número anterior,
têm automaticamente revogado o seu certificado e ficam
proibidos de voltar a comercializar o sistema em território
nacional.

CAPÍTULO III
Disposições Finais

Artigo 13º
Alteração da estrutura e o formato do ficheiro

A estrutura e o formato do Ficheiro Normalizado de


Inspecção Tributária constante do anexo ao presente Diploma
pode ser alterada por Decreto Executivo do Titular do
Departamento Ministerial responsável pelo Sector das Finanças
Públicas.

Artigo 14º
Disposições transitórias

1. O disposto no presente Diploma aplica-se com caracter


obrigatório aos contribuintes cadastrados na Repartição dos
Grandes Contribuintes e com caracter facultativo, voluntario aos
contribuintes que possuam um volume de facturação, ou de
importação de mercadoria, com valor superior a AKZ:

199
50.000.000,00 (cinquenta milhões de Kwanzas) a partir de 1 de
Julho de 2019.
2. O disposto no presente Diploma legal aplica-se com
carácter obrigatório aos contribuintes que possuam um volume de
facturação ou de importação de mercadoria com valor superior a
AKZ: 50.000.000, 00 (cinquenta milhões de Kwanzas) a partir do
Exercício Económico de 2020.

Anexo da Estrutura dos Dados


1) Na coluna «Obrigatório», o símbolo «*» corresponde a
campo de preenchimento obrigatório e o «#» corresponde a
campo de escolha alternativa ou dependente de condições para a
sua obrigatoriedade, o espaço em branco corresponde a campo de
escolha alternativa, deve ser igualmente preenchido desde que a
informação exista no repositório de dados da aplicação, o que
poderá ser comprovado na respectiva documentação.
2) A geração do Ficheiro de Inspecção Tributária - SAFT (AO)
pelos sistemas de informação deve ser sempre efectuada para um
determinado período anual de tributação, total ou parcial, desde o
início desse período até ao seu termo ou a data da geração se
anterior.
3) O SAFT (AO) relativo a Contabilidade deve ser único para
o período a que diz respeito.
4) No caso de SAFT (AO) relativos a facturação, está prevista
a possibilidade de ser gerado um para cada estabelecimento, se
independentes do sistema de facturação adoptado a nível central.
Se o sistema de facturação nos estabelecimentos estiver
centralizado, deve ser fornecido um único ficheiro.
5) Na coluna «Formato» a dimensão dos campos do tipo texto
e indicada em número de caracteres.
6) No caso das aplicações de contabilidade e facturação
gerarem ficheiros independentes. estes devem conter informação
comum e informação específica.
Tabelas de informação comuns para ambos os ficheiros:
1. Cabecalho (Header);
2.2. Tabela de clientes (Customer);
2.5. Tabela de impostos (Tax table); e
200
4.4. Documentos de recibos emitidos (Payments), quando deva
existir.
Tabelas de informação específicas:
Para as aplicações de Contabilidade;
2.1. Tabela de Código de Contas (GeneralLedgerAccounts);
2.3. —Tabela de fornecedores (Supplier); e
3. Movimentos contabilísticos (GeneralLedgerEntries).
Para as aplicações de facturação, ainda que utilizadas por
terceiros para a emissão de documentos em nome e por conta de
Sujeitos passivos, incluído as que emitem:
2.3. Tabela de fornecedores (Supplier);
2.4. Tabela de produtos/serviços (Product);
4.1. Documentos comerciais a clientes (SalesInvoices);
4.3. Documentos de conferência de mercadorias ou de
prestação de serviços (WorkingDocuments).
No caso de existir autofacturação, a geração do ficheiro
correspondente é da responsabilidade do efectivo emitente (o
cliente que se Autofactura), que o deve disponibilizar, sempre que
ao seu fornecedor seja exigido o SAFT (AO).
Nesse caso. o emitente deve fornecer um ficheiro com os dados
das tabelas utilizadas, nomeadamente:
Tabela 1. — Cabeçalho (Header) com os campos 1.2 a 1.8 com
os dados relativos ao fornecedor, sendo que o campo 1.4 —
Sistema contabilístico (TaxAccountingBasis) deve ser preenchido
com o código «S»;
Tabela 2.2. — Clientes (Customer) com os dados relativos ao
emitente;
Tabela 2.4. — Produtos/serviços (Product) com os registos dos
produtos/servicos mencionados nos documentos; e
Tabela 4.1. — Documentos comerciais a clientes
(SalesInvoices) com os documentos relativos ao fornecedor em
que o campo 4.1.4.3.1 — Estado actual do documento
(InvoicesStatus) esteja preenchido com o código «S».
Quando forem exportados vários meses, aceita-se em casos
justificados, que as tabelas 2. 2; 2.3; 2.4 e 2.5 e, no caso da aplicação
ser integrada, também as tabelas 2.1 e 3., apenas sejam exportadas
uma vez no ultimo período extraído.
201
As datas são indicadas no formato data: «AAAA--MM-DD» e os
registos temporais no formato data e hora:
«AAAA-MM-DDThh:mm:ss», sem incluir a zona horária e
milissegundos.
Na exportação dos valores não são aceites valores negativos.
Quando existirem saldos contabilísticos ou transacções nos
documentos comerciais com valores negativos, deve ser ajustada
a sua representação a débito ou a crédito e os restantes campos de
montantes ou valores deverão ser exportados em valor absoluto.
-
Os Tipos de ficheiros:
«I» - Contabilidade integrada com a facturação;
«C» - Contabilidade;
«F» - Facturação;
«P» - Facturação parcial;
«R» - Recibos;
«S» - Autofacturação;
«A» -Aquisição de bens e serviços;
«Q» - Aquisição de bens e serviços integrada com a facturação.
«I» - Contabilidade integrada com a facturação:
1. Cabeçalho (Informações gerais)
2. Tabelas Mestres
2.1. Código de contas
2.2. Clientes
2.3. Fornecedores
2.4. Produtos/Serviços
2.5. Impostos
3. Movimentos Contabilísticos
4. Documentos Comerciais
4.1. Documentos de venda
4.2. Documentos de movimentação de mercadorias
4.3. Documentos de conferência de entrega de mercadorias ou da
prestação de serviço
4.4. Documentos de recibos emitidos.
«C» - Contabilidade:
1. Cabeçalho (Informações gerais)
2. Tabelas Mestres
202
2.1. Código de Contas
2.2. Clientes
2.3. Fornecedores
2.5. Impostos
3. Documentos Contabilísticos
«F» - Facturação:
1. Cabeçalho (informações gerais)
2. Tabelas Mestres
2.2. Clientes
2.4. Produtos/Serviços
2.5. Impostos
4. Documentos Comerciais
4.1. Documentos de venda
4.3. Documentos de conferência de entrega de mercadorias ou da
prestação de serviço
4.4. Documentos de recibos emitidos.
«R» - Recibos:
1. Cabeçalho (Informações gerais)
2. Tabelas Mestres
2.2. Clientes
2. 5. Impostos
4. Documentos Comerciais
4.4. Documentos de recibos emitidos.
«S» - Autofacturação:
1. Cabeçalho (Informações gerais)
2. Tabelas Mestres
2.2. Clientes
2.4. Produtos/Serviços
2.5. Impostos
4. Documentos Comerciais
4.1. Documentos de venda
«A» -Aquisição de bens e serviços:
1. Cabeçalho (Informações gerais)
2. Tabelas Mestres Clientes
2.3. Fornecedores
2.4. Produtos/Serviços
2.3. Fornecedores
203
2.5. Impostos
1. Documentos comerciais de Fomecedones (Invoices)
«Q» -Aquisição de bens e serviços integrada com a
facturação:
1. Cabeçalho (Informações gerais)
2. Tabelas Mestres Clientes
2.3. Fornecedores
2.4. Produtos/Serviços
2.5. Impostos
4. Documentos Comerciais
4.1. Documentos de venda
4.3. Documentos de conferência de entrega de mercadorias ou da
prestação de serviço
4.4. Documentos de recibos emitidos.
1. Documentos comerciais de Fornecedores (Invoices)
Estrutura de Dados
Cabeçalho (Header)
Esta tabela contém informação geral alusiva ao sujeito passivo a
que respeita ao SAFT (AO).

Índice Obrigatório Nome do Campo Notas Técnicas Formato


do Campo
1.1. * Ficheiro de A versão a utilizar do esquema Texto 10
auditoria XML
informática
(AuditFile Version)
1.2. * Identificação do Registo comercial Texto 50
registo comercial da
empresa
(Company ID)
1.3. * Número de Preencher com o NIF Angolano Texto 15
Identificação fiscal sem espaços e sem qualquer
da Empresa (Tax prefixo do País
Resgistration
Number)
1.4. * Sistema Deve ser preenchido com o Texto 1
contabilístico (Tax tipo de programa, fornecendo
Accounting Basis) os
dados aplicáveis (incluindo os
documentos de conferência e
os
recibos emitidos, quando
existam):
«I»- Contabilidade integradas
com a facturação;
«C»- Contabilidade;

204
«F»- Facturação;
«P»— Facturação parcial;
«R»- Recibos;
«S»- Autofacturação.
(a) Deve ser indicado este tipo
de programa se este emitir só
este tipo de documento. Caso
contrário, deverá ser utilizado
o tipo «C», «F»
1.5. * Nome da Empresa Denominação social da Texto 1
(Company Name) empresa ou nome do sujeito 00
passivo.
1.6. * Designação Designação comercial do Texto 60
Comercial sujeito passivo.
(Business Name)
1.7. * Endereço da Não
empresa (Company Aplicável
Address)
1.7.1. * Número da porta Texto 10
(Building Number)
1.7.2. * Nome da rua (Strret Texto
Name) 200
1.7.3. * Endereço detalhado Deve incluir o nome da rua, Texto
(Address Detail) número da porta e andar, se 210
aplicável.
1.7.4. * Cidade (City) Texto 50
1.7.5. * Código Postal Texto 10
(Postal Code)
1.7.6. * Província Texto 50
(Province)
1.7.7. * País (Country) Preencher com «AO» Texto 2
1.8. * Ano fiscal (Fiscal Utilizar as regras do Código II, Inteiro 4
Year) no caso de períodos
contabilísticos coincidentes
com o ano civil.
1.9. * Data do início do Data
período do ficheiro
(Start Date)
1.10. * Data do fim do Data
período do ficheiro
(End Date)
1.11. * Código de moeda Identifica a moeda padrão a Texto 3
(Currency Code) utilizar nos campos do tipo
monetário existentes no
ficheiro. Preencher com «AOA».
1.12. * Data da criação Data de criação do ficheiiro Data
(Date Created) XML do SAFT (AO).
1.13. * Identificação do No caso do ficheiro de Texto 20
estabelecimento facturação, deve ser
(Tax Entity especificado a que
estabelecimento (posto de
venda) diz respeito o ficheiro
produzido, se aplicável. Caso
contrário, deve ser preenchido
com
a especificação «Global».

205
No caso do ficheiro de
Contabilidade ou integrado,
este campo deve ser
preenchido com a especificação
«Sede».
1.14. * Identificação fiscal Preencher com o NIF da Texto 20
da entidade entidade produtora do
produtora do software
software (Product
Company Tax ID)
1.15. * Número da Número da validação, atribuído Inteiro
validação. Atribuído à entidade produtora do
ao software sotware.
(software Validation Se não aplicável|, deve ser
Number) preenchido com «0» (zero).
1.16. * Nome da aplicação Nome da aplicação que gera o Texto
(Product ID) SAFT (AO). Deve ser indicado 255
o nome comercial do sotware e
o da empresa produtora no
formato «Nome da
aplicação/Nome da empresa
produtora do
software».
1.17. * Versão da aplicação Deve ser indicada a versão da Texto 30
(Product Version) aplicação produtora do
ficheiro.
1.18. Comentários Texto
adicionais (Header 255
Comment)
1.19. Telefone Texto 20
(Telephone)
1.20. Fax (Fax) Texto 20
1.21. Endereço de correio Texto
electrónico da 200
empresa (Email)
1.22. Endereço do sítio Texto 60
Web da empesa
(website)

2.* Tabelas Mestres (MastetFiles):


2.1. Tabela do código de contas (GeneralLedgerAccounts).

A tabela de código de contas a exportar e a prevista pelo


sistema de normalização contabilística e outras disposições legais
em vigor para o respectivo sector de actividade. Não devem ser
exportados registos das classes de contas.
No caso de contas agregadoras que contenham subcontas com
saldos devedores e subcontas com saldos credores, devem ser
evidenciados esses saldos devedores e credores na conta
agregadora.

206
Índice Obrigatório Nome do Campo Notas Técnicas Formato
do Campo
2.1.2. * Registo na tabela de Não
contas (Account) Aplicável
2.1.2.1. * Código da conta Devem constar do ficheiro Texto 30
(AccountlD) todas as contas, incluindo
as respectivas contas
integradoras, até às contas
do Razão.
2.1.2.2. * Descricao da conta Texto 100
(AccountDescription)
2.1.2.3. * Saldo de abertura a O saldo de abertura a Monetário
débito da conta do débito será sempre o do
plano de contas início do período
(Opening Debit de tributação.
Balance)
2.1.2.4. * Saldo de abertura a O saldo de abertura a Monetário
crédito da conta do crédito será sempre o do
plano de contas início do período
(Opening Credit de tributação.
Balance)
2.1.2.5. * Saldo de O saldo de encerramento a Monetário
encerramento a débito será o do fim do
débito da conta do período de tributação ou da
plano data de geração, se anterior.
de contas (Closing
Debit Balance)
2.1.2.6. * Saldo de O saldo de encerramento a Monetário
encerramento a crédito será o do fim do
crédito da conta do período de tributação ou da
plano data de geração, se anterior.
de contas (Closing
Credit Balance)
2.1.2.7. * Categoria e tipo de Deve ser indicado o tipo e a Texto 2
conta categoria da conta «GR» -
(GroupingCategory) Conta de
1º grau da Contabilidade
geral;
«GA»- Conta agregadora ou
integradora da
contabilidade geral;
«GM» - Conta de
movimento da
contabilidade geral;
«AR» —-Conta de 1º grau
da contabilidade analítica;
«AA» - Conta agregadora ou
integradora da
Contabilidade
Analítica; e
«AM» - Conta de
movimento da
contabilidade analítica.
2.1.2.8. # Hierarquia da conta Excepto para as contas do Texto 30
(GroupingCode) 1ºgrau. deve ser indicada a
conta agregadora

207
respectiva, do grau
imediatamente superior,
utilizando para este efeito a
exacta estrutura que consta
no correspondente campo
2.1.2.1. - Código da conta
(Account ID).

2.2. Tabela de Clientes (Customer).

Esta tabela deve conter todos os registos movimentados no


período de tributação no respectivo ficheiro de clientes, bem como
aqueles que sejam implícitos nos movimentos e não constam do
respectivo ficheiro. Se, por exemplo, existir uma factura com o
registo apenas do número de contribuinte ou nome do cliente, que
não conste no ficheiro de clientes da aplicação, este deve ser
exportado como cliente no SAFT (AO).

Índice Obrigatório Nome do Campo Notas Técnicas Formato


do Campo
2.2.1. * Identificador único Na lista de clientes não pode Texto 30
do cliente existir mais do que um registo
(CustomerID) com o mesmo CustornerID.
Para o caso de consumidores
finais, deve ser criado um
cliente
genérico com a designação
«Consumidor final».
2.2.2. * Código da conta Deve ser indicada a respectiva Texto 30
(AccourrtID) conta-corrente do cliente no
plano de contas da
contabilidade, caso esteja
definida. Caso
contrario deve ser preenchido
com a designação
«Desconhecido».
2.2.3. * Número de Deve ser indicado sem o Texto 30
identificação fiscal prefixo do País. O cliente
do cliente (Customer genérico,
Tax ID) correspondente ao designado
«Consumidor final», deve ser
identificado com o NIF
«XXXXXXXXXXX»
2.2.4. * Nome da empresa O cliente genérico deve ser Texto
(Company Name) identificado com a designação 100
«Consumidor final».
2.2.5. * Nome do contacto Texto 50
na empresa
(Contact)

208
2.2.6. * Endereço de Corresponde ao endereço da Não
facturação (Billing sede ou do estabelecimento Aplicável
Address) estável em território nacional
2.2.6.1. Número da porta Texto 15
(Building number)
2.2.6.2. Nome da rua (Street Texto
Name) 200
2.2.6.3. * Endereço detalhado Deve incluir o no1ne da rua, Texto
(Address Detail) número da porta e andar, se 250
aplicável.
Deve ser preenchido com a
designação «Desconhecido»,
nas
seguintes situações:
Sistemas não integrados, se a
informação não for conhecida;
Operações realizadas com
«Consumidor final».
2.2.6.4. * Cidade (City) Deve ser preenchido com a Texto 50
designação «Desconhecido»,
nas seguintes situações:
Sistemas não integrados, se a
informação não for conhecida;
Operações realizadas com
«Consumidor final».
2.2.6.5. Código postal Deve ser preenchido com a Texto 20
(PostalCode) designação «Desconhecido»,
se a informação não for
conhecida;
Operações realizadas com
«Consumidor final».
2.2.6.6. Província (Province) Texto 50
2.2.6.7. * País (Country) Sendo conhecido, deve ser Texto 12
preenchido de acordo com a
norma
ISO 3166- 1-alpha-2.
Deve ser preenchido com a
designação «Desconhecido»,
nas
seguintes situações:
Sistemas não integrados, se a
informação não for conhecida;
Operações realizadas com
«Consumidor final».
2.2.7. Endereço de Existindo a necessidade de Não
expedição (Ship efectuar mais do que uma Aplicável
ToAddress) transferência, esta estrutura
poderá ser gerada tantas
vezes quantas as
necessárias.
2.2.7.1. Número da porta Texto 10
(BuildingNumber)
2.2.7.2. Nome da rua (Street Texto
Name) 200
2.2.7.3. * Endereço detalhado Deve incluir o nome da rua, Texto
(Address Detail) número da porta e andar, se 210
aplicável.

209
Deve ser preenchido com a
designação «Desconl1ecido»,
nas
seguintes situações:
Sistemas não integrados, se a
informação não for conhecida;
Operações realizadas com
«Consumidor final».
2.2.7.4. * Cidade (City) Deve ser preenchido com a Texto 50
designação «Desconhecido».
nas
seguintes situações:
Sistemas não integrados, se a
informação não for conhecida;
Operações realizadas com
«Consumidor final».
2.2.7.5. Código postal Deve ser preenchido com a Texto 20
(PostalCode) designação «Desconl1ecido».
nas
seguintes situações:
Sistemas não integrados, se a
informação não for conhecida;
Operações realizadas com
«Consumidor final».
2.2.7.6. Província (Province) Texto
nº20
2.2.7.7. * País (Country) Deve ser preenchido de Texto 12
acordo com a norma
ISO 3166- 1-alpha-2.
Deve ser preenchido com a
designação «Desconl1ecido».
nas seguintes situações;
Sistemas não integrados, se a
informação não for conhecida;
Operações realizadas com
«Consumidor final».
2.2.8. Telefone Texto 20
(telephone)
2.2.9. Fax (fax) Texto 20
2.2.10. Endereço de correio Texto
electrónico da 254
empresa
(e-mail)
2.2.11. Endereço do sítio Texto 60
Web da empresa
(website)
2.2.12. * Indicador de Indicador da existência de Inteiro 1
autofacturação acordo de antofacturação
(SelfBillingIndicator) entre o
cliente e o fornecedor.
Deve ser preenchido com «1»
se houver acordo e com «0»
(zero) no caso contrário.

210
2.3. Tabela de Fornecedores (Supplier)

Esta tabela deve conter todos os registos movimentados no


período de tributação na respectiva base de dados.

Índice Obrigatório Nome do Campo Notas Técnicas Formato


do Campo
2.3.1. * Identificador único Na lista de fornecedores Texto 30
do fornecedor não pode existir mais do
(SipplierID) que um registo com o
mesmo SupplierID.
2.3.2. * Código da conta Deve ser indicada a Texto 30
(AccountID) respectiva conta corrente
do fornecedor no
plano de contas da
Contabilidade, caso esteja
definida. Caso contrário,
deve ser preenchido com a
designação
«Desconhecido».
2.3.3. * Número de Deve ser indicado sem o Texto 15
identificação fiscal do prefixo do país.
fornecedor
(SupplierTaxID)
2.3.4. * Nome da empresa Texto 100
(CompanyName)
2.3.5. * Nome do contacto na Texto 50
empresa (Contact)
2.3.6. * Endereço de Corresponde ao endereço Não
facturação da sede ou do Aplicável
(BillingAddress) estabelecimento estável em
território nacional.
2.3.6.1. Número da porta Texto 10
(BuildingNumber)
2.3.6.2. Nome da rua (Street Texto 200
Name)
2.3.6.3. * Endereço detalhado Deve incluir o nome da rua, Texto 210
(AddressDetail) número de porta e andar, se
aplicável.
2.3.6.4. * Cidade (City) Texto 50
2.3.6.5. Código postal Texto 20
(PostalCode)
2.3.6.6. Província (Province) Texto 50
2.3.6.7. * País (Country) Deve ser preenchido de Texto 2
acordo com a norma
ISO 3166- 1-alpha-2.
2.3.7. Endereço da Existindo a necessidade de Não
expedição (Ship From efectuar mais do que uma Aplicável
Address) transferência, esta
estrutura poderá ser gerada
tantas vezes quantas as
necessárias.
2.3.7.1. Número de porta Texto 10
(Building Number)

211
2.3.7.2. Nome da rua (Street Texto 200
Name)
2.3.7.3. * Endereço detalhado Deva incluir o nome da rua, Texto 210
(AddressDetail) número de porta e andar, se
aplicável.
2.3.7.4. * Cidade (City) Texto 50
2.3.7.5. * Código postal Texto 20
(PostalCode)
2.3.7.6. Província (Province) Texto 50
2.3.7.7. * País (Country) Deve ser preenchido de Texto 2
acordo com a norma
ISO 3166- 1-alpha-2.
2.3.8. Telefone (telephone) Texto 20
2.3.9. Fax (fax) Texto 20
2.3.10. Endereço de correio Texto 254
electrónico da
empresa (e-mail)
2.3.11. Endereço do sítio Texto 60
web da empresa
(website)
2.3.12. * Indicador de autoção Indicador da existência de Inteiro
(SelfBillingIndicator) acordo de autofacturação
entre o cliente e o
fornecedor.
Deve ser preenchido com
«1» se houver acordo e com
«0» (zero) no caso
contrário.

2.4. Tabela de Produtos/Serviços (Product).

Nesta tabela deve constar o catálogo de produtos e tipos de


serviços utilizados no sistema de facturação que foram objecto de
movimentação e, ainda, os registos que sejam implícitos nos
movimentos e que não existam na tabela de Produtos/Serviços da
aplicação. Se, por exemplo, existir uma factura com uma linha de
portes que não conste no ficheiro de artigos da aplicação, este deve
ser exportado e representado como produto no SAFT (AO).
Devem constar ainda os impostos, Taxas, ecotaxas e encargos
parafiscais que aparecem mencionados na factura e que
contribuam ou não para a base tributável do IWX ou IS - excepto o
IWX e o IS. os quais deverão ser reflectidos na 2. 5. - Tabela de
impostos (TaxTable).

Índice Obrigatório Nome do Campo Notas Técnicas Formato


do Campo
2.4.1. * Indicador de Deve ser preenchido com: Texto 1
produto ou «P» - Produtos;

212
serviço (Product «S» - Serviços;
Type) «O» - Outros (Ex: portes
debitados, adiantamentos
recebidos
ou alienação de activos);
«E» - Impostos Especiais de
Consumo - (ex IEC);
T – Impostos, Taxas e encargos
parafiscais - excepto IVA e IS
que deverão ser reflectidos na
tabela 2.5 - Tabela de impostos
(Tax Table) e Impostos
Especiais de Consumo, que
deverão ser preenchidos com o
código «E».
2.4.2. * Identificador do Código único do produto na Texto 60
produto ou lista de produtos.
serviço (Product
Code)
2.4.3. Família do Texto 50
produto ou
serviço (Product
Group)
2.4.4. * Descrição do Deve corresponder a Texto
produto ou denominação usual dos bens ou 200
serviço (Product dos serviços prestados, com
Description) especificação dos elementos
necessários a
determinação da taxa de
imposto aplicável.
2.4.5. * Código do produto Deve ser utilizado o código EAN Texto 60
(Product Number (código de barras) do produto.
Code) Quando este não existir,
preencher com o valor do camp
o 2.4.2.
- Identificador do produto ou
serviço (Product Code).
2.4.6. Caracterização Não
aduaneira Aplicável
(Customs Details)
2.4.7. Número ONU Preencher com o nº ONU para
(UNNurnber') produtos perigosos

2.3. Tabela de Fornecedores (Supplier)

Esta tabela deve conter todos os registos movimentados no


período de tributação na respectiva base de dados.

Índice Obrigatório Nome do Campo Notas Técnicas Formato


do Campo
2.3.1. * Identificador único Na lista de fornecedores não Texto 30
do fornecedor pode existir mais do que um
(Supplier'ID) registo com o mesmo
SupplierID.

213
2.3.2. * Código da conta Deve ser indicada a Texto 30
(AccountID) respectiva conta corrente do
fornecedor no
plano de contas da
Contabilidade, caso esteja
definida. Caso contrário,
deve ser preenchido com a
designação «Desconhecido».
2.3.3. * Número de Deve ser indicado sem o Texto 15
identificação fiscal prefixo do país.
do fornecedor
(SupplierTaxID)
2.3.4. * Nome da empresa Texto
(CompanyName) 100
2.3.5. Nome do contacto Texto 50
na empresa
(Contact)
2.3.6. * Endereço de Corresponde ao endereço da Não
facturação sede ou do estabelecimento Aplicável
(BillingAddress) estável
em território nacional.
2.3.6.1. Número da porta Texto 10
(BuildingNumber)
2.3.6.2. Nome da rua (Street Texto
Name) 200
2.3.6.3. * Endereço detalhado Deve incluir o nome da rua, Texto
(Address Detail) número de porta e andar, se 210
aplicável.
2.3.6.4. * Cidade (City) Texto 50
2.3.6.5. Código postal Texto 20
(PostalCode)
2.3.6.6. * Província (Province) Texto 50
2.3.6.7. País (Country) Deve ser preenchido de Texto 2
acordo com a norma ISO
3166- 1-alpha-2.
2.3.7. Endereço de Existindo a necessidade de Não
expedição (Ship efectuar mais do que uma Aplicável
ToAddress) referência, esta
estrutura poderá ser gerada
tantas vezes quantas as
necessárias.
2.3.7.1. Número da porta Texto 10
(BuildingNumber)
2.3.7.2. Nome da rua (Street Texto
Name) 200
2.3.7.3. * Endereço detalhado Deva incluir o nome da rua, Texto
(Address Detail) número de porta e andar, se 210
aplicável.
2.3.7.4. * Cidade (City) Texto 50
2.3.7.5. * Código postal Texto 20
(PostalCode)
2.3.7.6. Província (Province) Texto 50
2.3.7.7. * País (Country) Deve ser preenchido de Texto 2
acordo com a norma ISO
3166-1- alpha-2.
2.3.8. Telefone (telephone) Texto 20
2.3.9. Fax (fax) Texto 20

214
2.3.10. Endereço de correio Texto
electrónico da 254
empresa (e-mail)
2.3.11. Endereço do sítio Texto 60
Web da empresa
(website)
2.3.12. * Indicador de Indicador da existência de Inteiro
autoção acordo de autofacturação
(SelfBillingIndicator) entre o cliente e o
fornecedor.
Deve ser preenchido com
«1» se houver acordo e com
«0»
(zero) no caso contrário.

2.4. Tabela de Produtos/Serviços (Product).

Nesta tabela deve constar o catálogo de produtos e tipos de


serviços utilizados no sistema de facturação que foram objecto de
movimentação e, ainda, os registos que sejam implícitos nos
movimentos e que não existam na tabela de Produtos/Serviços da
aplicação.
Se, por exemplo, existir uma factura com uma linha de portes
que não conste no ficheiro de artigos da aplicação, este deve ser
exportado e representado como produto no SAFT (AO).
Devem constar ainda os impostos, Taxas, ecotaxas e encargos
parafiscais que aparecem mencionados na factura e que
contribuam ou não para a base tributável do IWX ou IS - excepto o
IWX e o IS. os quais deverão ser reflectidos na 2. 5. - Tabela de
impostos (TaxTable).

Índice Obrigatório Nome do Campo Notas Técnicas Format


do Campo o
2.4.1. * Indicador de Deve ser preenchido com: Texto 1
produto ou serviço «P» - Produtos;
(Product Type) «S» - Serviços;
«O» - Outros (Ex: portes
debitados, adiantamentos
recebidos
ou alienação de activos);
«E» - Impostos Especiais de
Consumo - (ex IEC);
T – Impostos, Taxas e encargos
parafiscais - excepto IVA e IS
que deverão ser reflectidos na
tabela 2.5 - Tabela de impostos
(Tax Table) e Impostos
Especiais de Consumo, que

215
deverão ser preenchidos com o
código «E».
2.4.2. * Identificador do Código único do produto na lista Texto 60
produto ou serviço de produtos.
(Product Code)
2.4.3. Família do produto Texto 50
ou serviço (Product
Group
2.4.4. * Descrição do Deve corresponder a Texto
produto ou serviço denominação usual dos bens ou 200
(Product dos serviços prestados, com
Description) especificação dos elementos
necessários a
determinação da taxa de
imposto aplicável.
2.4.5. * Código do produto Deve ser utilizado o código EAN Texto 60
(Product Number (código de barras) do produto.
Code) Quando este não existir,
preencher com o valor do camp
o 2.4.2.
- Identificador do produto ou
serviço (Product Code).
2.4.6. Caracterização Não
aduaneira (Customs Aplicável
Details)
2.4.7. Número ONU Preencher com o nº ONU para
(UNNurnber') produtos perigosos

2.5. Tabela de Impostos (TaxTable).

Nesta tabela registam-se os regimes fiscais de IVA, praticados


em cada espaço fiscal e as rubricas do imposto do selo a liquidar,
aplicáveis nas linhas dos documentos, registados na tabela.

Índice Obrigatório Nome do Campo Notas Técnicas Formato


do Campo
2.5.1. * Registo na tabela Não
de impostos (Tax Aplicável
Table Entrv)
2.5.1.1. * Código do tipo de Neste camp o deve ser Texto 3
imposto (Tax Type) indicado o tipo de imposto.
Deve ser preenchido com:
«IVA» - Imposto sobre o Valor
Acrescentado;
«15» - Imposto do Selo;
«NS» - Não Sujeição a IVA ou
IS.
2.5.1.2. País do imposto Para uso futuro (a definir)
(Tax Country
Region)
2.5.1.3. * Código do imposto No caso do campo 2.5.1.1 - Texto 3
(Tax Code) Código do tipo de imposto

216
(TaxType) = IVA, deve ser
preenchido com:
«NOR» - Taxa normal;
«ISE» - Isenta; e «OUT» -
Outros, aplicável para os
regimes especiais de IVA.
No caso do campo 2.5.1.1-
Código do tipo de imposto
(Tax Type) = IS, deve ser
preenchido com:
O código da verba respectiva;
«ISE» - Isenta.
No caso de não sujeição deve
ser preenchido com «NS».
Nos recibos emitidos sem
imposto discriminado deve
ser preenchido com «NA».
2.5.1.4. * Descrição do No caso do imposto do selo Texto
imposto deve ser preenchido com a
(Description) descrição
da verba respectiva.
2.5.1.5. Data de fim de Última data legal de aplicação Data
vigência (Tax da taxa de imposto, no caso
Expiration Date) de alteração da mesma. na
vigência do período de
tributação.
2.5.1.6. # Percentagem da O preenchimento é Decimal
taxa do imposto obrigatório, no caso de se
(Tax Percentage) tratar de uma
percentagem do imposto.
No caso de isenção ou não
sujeição a imposto, utilizar
este
campo com o valor «0» (zero).
2.5.1.7. # Montante do O preenchimento é Monetário
imposto (Tax obrigatório, no caso de se
Amount) tratar de uma
verba fixa de imposto do selo.

3. Movimentos Contabilísticos (GeneralLedgerEntries).

Nesta tabela registam-se os movimentos contabilísticos


correspondentes ao período de exportação a que diz respeito o
SAFT (AO), não devendo os movimentos de abertura ser objecto
de exportação, na medida em que estes são apenas reflectidos ao
nível da tabela 2.1. - Tabela de Código de Contas
(GeneralLedgerAccounts) nos campos 2.1.2.3. - Saldo de Abertura
a Débito da Conta do Plano de Contas (OpeningDebitBalance) e
2.1.2.4. - Saldo de Abertura a Crédito da Conta do Plano de Contas
(OpeningCreditBalance).

217
Índice Obrigatório Nome do Campo Notas Técnicas Formato
do Campo
3.1. * Número de registo Inteiro
de movimentos
contabilísticos
(Number of Entries)
3.2. * Total dos débitos Soma a débito de todos os Monetário
(TotalDebit) movimentos do período
seleccionado, registados no
campo 3.4.3.11.1.6. - Valor a
débito (Debit Amount).
3.3. * Total dos créditos Soma a crédito de todos os Monetário
(Total Credit) movimentos de período
seleccionado. registados no
campo 3.4.3.1 1.2. 6. - Valor
a crédito (Credit Amount).
3.4. Diários (JournaI) Não
Aplicável
3.4.1. * Identificador do Texto 30
diário (JournalID)
3.4.2. * Descrição do diário Texto 60
(Description)
3.4.3. Identificador da Não
transacção Aplicável
(Transaction)
3.4.3.1. * Chave única do Deve ser construída de Texto 70
movimento forma a ser única e a
contabilístico corresponder ao
(TransactionID) número de documento
contabilístico, que é
utilizado para
detectar o documento físico
no arquivo, pelo que, deve
resultar
de uma relação, separada
por espaços, entre os
seguintes valores:
data do documento,
identificador do diário e
número de arquivo
do documento (Transaction
Date, Journal ID e Doe
Archival Number).
3.4.3.2. * Período Deve ser indicado o número Inteiro
contabilístico do mês do período de
(Period) tributação, de
«1» a «12», contado desde o
seu início. Pode ainda ser
preenchido com «13», «14»,
«15» ou «16» para
movimentos efectuados no
último mês do período de
tributação, relacionados
com o apuramento do
resultado. Exemplo:
movimentos de

218
apuramentos de
inventários, depreciações,
ajustamentos ou
apuramentos de resultados.
3.4.3.3. * Data do documento Deve ser indicada a data Data
(TransactionDate) impressa no documento que
serve de suporte ao registo.
3.4.3.4. * Código do utilizador Texto 30
que registou o
movimento
(SourceID)
3.4.3.5. * Descrição do Texto 200
movimento
(Description)
3.4.3.6. * Número de arquivo Deve ser indicado o número Texto 20
do documento do documento dentro do
(DocArchivaI- diário, que possibilite o
Number) acesso ao documento
originário do registo.
3.4.3.7. * Tipificação do Deve ser preenchido com: Texto 1
movimento «N» - Normal:
contabilístico «R» - Regularizações do
(TransactionType) período de tributação; «A» -
Apuramento de resultados:
«J» -Movimentos de
ajustamento.
3.4.3.8. * Data do movimento Este campo deve ser Data
contabilístico preenchido com a data
(GLPostingDate) relevante para efeitos
contabilísticos.
3.4.3.9. # Identificador do O preenchido é obrigatório, Texto 30
cliente (CustomerID) no caso de o cliente ser não
Residente ou a transacção
consubstanciar uma venda
que deva
figurar no anexo/
declaração anual ou que
deva figurar no anexo 1 da
declaração periódica de IVA.
Deve ser indicada a chave
do registo na tabela 2.2 -
Tabela de clientes
(Customer). constante do
campo 2. 2.1 – identificador
único do cliente
(CustomerID).
3.4.3.10. # Identificador do O preenchido é obrigatório, Texto 30
fornecedor no caso de o fornecedor ser
(SupplierlD) não
residente ou a transação
consubstanciar uma compra
que deva figurar no anexo
declaração anual.
Deve ser indicada a chave
do registo na tabela 2.3 -
Tabela de fornecedores
(Supplier). Constante do
campo 2.3.1 - Identificador

219
único do fornecedor
(SupplierID).
3.4.3.11. * Linhas (Lines) Não
Aplicável
3.4.3.11.1. * Linha a debito Estrutura agregadora das Não
(Debit Line) linhas de movimentos, que Aplicável
tem que incluir, pelo menos,
uma linha de débito e uma
linha de crédito, sem
imposição em termos de
ordenação.
3.4.3.11.1.1. * Identificador do Deve ser indicada a chave Texto 30
registo de linha única do registo dessa linha
(Record ID) no documento.
3.4.3.11.1.2. * Código da conta Texto 30
(Account ID)
3.4.3.11.1.3. Chave única da Deve ser indicado o tipo e Texto 60
tabela de número do documento
movimentos comercial relacionado com
contabilísticos esta linha.
(Source Document No caso de a aplicação ser
ID) integrada deve ser utilizada
a estrutura de numeração
do campo de origem
3.4.3.11.1.4. * Data do registo do Registo do movimento ao Data e
documento segundo. Tipo de data e Hora
contabilístico hora:
(System Entry Date) «AAAA-MM-DDThh:mm:
ss».
3.4.3.11.1.5. * descrição da linha Texto 200
de documento
(Description)
3.4.3.11.1.6. * Valor a débito (Debit Monetário
Amount)
3.4.3.11.2. * Linha a crédito Não
(Credit Line) Aplicável
3.4.3.11.2.1. * Identificador do Deve ser indicada a chave Texto 30
registo de linha única do registo dessa linha
(RecordID) no documento.
3.4.3.11.2.2. * Código da conta Texto 30
(Account ID)
3.4.3.11.2.3. Chave única da Deve ser indicado o tipo e Texto 60
tabela de número do documento
movimentos comercial
Contabilísticos relacionado com esta linha.
(Sburce Docurnent No caso da aplicação ser
ID) integrada deve ser utilizada
a estrutura de numeração
do campo de origem
3.4.3.11.2.4. * Data do registo do Registo do movimento ao Data e
documento (System segundo. Tipo de data e Hora
Entry Data) hora:
«AAAA-MM-DDThh:mm:
ss».
3.4.3.11.2.5. * descrição da linha Texto 200
de documento
(Description)

220
3.4.3.11.2.6. * Valor a crédito Monetário
(CreditAmount)

4. Documentos Comerciais (Source Documents):

Nestas tabelas não devem ser exportadas linhas sem relevância


fiscal, designadamente descrições técnicas, instruções de
montagem e condições de garantia.
O código interno do tipo de documento não pode ser utilizado
em diferentes tipos de documento, independentemente da tabela
em que deva ser exportado.

4.1. Documentos Comerciais a Clientes (SalesInvoices)

Devem constar nesta tabela todos os documentos de venda e


rectificativos emitidos pela empresa, incluindo os documentos
anulados, devidamente assinalados, para permitir verificar a
sequencialidade da numeração dos documentos dentro de cada
série documental, que deve ter uma numeração pelo menos anual.

Índice Obrigatór Nome do Campo Notas Técnicas Formato


do Campo io
4.1. Documentos Devem ser exportados os Não
comerciais a documentos indicados no Aplicável
clientes campo
(SalesInvoices) 4.1.4.8.
-Tipo de documentos
(InvoiceType).
4.1.1. * Número de Deve conter o número total de Inteiro
registos de documentos. incluindo os
documentos documentos cujo valor do
comerciais campo 4.1.4.3.1. - Estado
(NumberOfEntries) actual (InvoiceStatus) seja do
tipo «A» ou «F».
4.1.2. * Total dos débitos Deve conter a soma de Monetário
(TotalDebit) controlo do campo
4.1.4.19.13. - Valor a
débito (DebitAmount), dela
excluindo os documentos ou
que o campo 4.1.4.3. 1. -
Estado actual do documento
(InvoiceStatus) seja do tipo
«A» ou «F».
4.1.3. * Total dos créditos Deve conter a soma de Monetário
(TotalCredit) controlo do campo
4.1.4.19.14. - Valor a

221
crédito (CreditAmount), dela
excluindo os documentos ou
que o campo
4.1.4.3. 1. - Estado actual do
documento (InvoiceStatus)
seja do tipo
«A» ou «F».
4.1.4. * Documento de Não
venda (Invoice) Aplicável
4.1.4.1. * Identificação única Esta identificação é composta Texto 60
do documento de sequencialmente pelos
venda (InvoiceNo) seguintes elementos: o código
interno do tipo de documento
atribuído pela aplicação, um
espaço, o identificador da
série do documento, uma
barra (/) e o número
sequencial desse documento
dentro dessa série.
Não podem existir registos
com a mesma identificação.
Não pode ser utilizado o
mesmo código interno de tipo
de documento em diferentes
tipos de documentos.
4.1.4.3. * Situação do Não
documento Aplicável
(DocumentStatus)
4.1.4.3.1. * Estado actual do Deve ser preenchido com: Texto 1
documento «N» - Normal;
(InvoiceStatus) «S» - Autofacturação;
«A» - Documento anulado;
«R» - Documento de resultado
doutros documentos criados
noutras aplicações e gerado
nesta aplicação:
«F» - Documento facturado.
4.1.4.3.2. * Data e hora do Data da última gravação do Data e
estado actual do estado do documento ao Hora
documento segundo.
(InvoiceStatusDate Tipo data e hora: «AAAA-MM-
) DDThh:mm: ss».
4.1.4.3.3. Motivo da Deve ser indicada a razão que Texto 50
alteração de levou à alteração de estado do
estado (Reason) documento.
4.1.4.3.4. * Código do Utilizador responsável pelo Texto 30
utilizador estado actual do documento.
(SourceID)
4.1.4.3.5. * Origem do Deve ser preenchido com; Texto 1
documento «P» - documento produzido
(SourceBilling) na aplicação;
«I» - Documento integrado e
produzido noutra aplicação:
«M» - Documento proveniente
de Recuperação ou de
emissão manual

222
4.1.4.4. * Chave do O campo deve ser preenchido Texto 172
documento (Hash) com «0» (zero). caso não haja
obrigatoriedade de validação.
4.1.4.5. * Chave de controlo Versão da chave privada Texto 70
(Hash Control) utilizada na criação da
assinatura do
campo 4.1.4.4. - Chave do
documento (Hash).
O campo deve ser preenchido
com «0» (zero), caso o
documento
seja gerado por um programa
de validação
4.1.4.6. Período Deve ser indicado o mês do Inteiro
contabilístico período de tributação de «1» a
(Period) «12»,
contado desde a data do seu
início.
4.1.4.7. * Data do Data de emissão do Data
documento de documento de venda.
venda
(InvoiceDate)
4.1.4.8. * Tipo de Deve ser preenchido com: Texto 2
documento «FT» - Factura;
(InvoiceType) «FR» — Factura/recibo;
«VD» - Venda a dinheiro;
«GF» - Factura genérica;
«FG» - Factura global;
«AC» - Aviso de cobrança;
«AR» - Aviso de
cobrança/recibo;
«RE» - Recibo;
«ND» - Nota de débito;
«NC» - Nota de crédito;
«GR» - Guia de remessa;
«AF» - Factura/recibo
(autofacturação);
«TV» - Talão de venda; (a)
«TS» - Talão de serviços
prestados; (a)
«TD» - Talão de devolução; (a)
«AA» -Alienação de activos;
(a)
«DA» - Devolução de activos;
(a)
Para o Sector Segurador
quando não deva constar da
tabela 4.3.
- Documentos de conferência
de mercadorias ou de
prestação
de serviços
(WorkingDocuments). pode
ainda ser preenchido
com:
«RP» - prémio ou recibo de
prémio:

223
«R.E» - Estomo ou recibo de
estomo;
«CS» - Imputação a co-
seguradoras:
«LD» - Imputação a co-
seguradora líder.
«RA» - Resseguro aceite.
4.1.4.9. * Regimes especiais Não
(SpecialRegimes) Aplicável
4.1.4.9.1. * Indicador de Deve ser preenchido com «1» Inteiro
autofacturação se respeitar a autofacturação
(SelfBillinglndicato com «0» (zero)
r) no caso contrário.
4.1.4.9.2. * Indicador de Indicador da existência de Inteiro
regime de IVA de adesão ao regime de IVA de
Caixa (CashVATS- Caixa.
chemeIndicator) Deve ser preenchido com «1»
se houver adesão e com «0»
(zero)
no caso contrário.
4.1.4.9.3. * Emitida em nome Deve ser preenchido com «1» Inteiro
e por conta de se respeitar a facturação
terceiros emitida ou nome e por conta
(ThirdPartiesBillin de terceiros e com «0» (zero)
glndicator) no caso contrário.
4.1.4.10. * Código do Utilizador que gerou o Texto 30
utilizador documento
(SourceID)
4.1.4.11. Código CAE Deve ser indicado o código Texto 5
(EACCode) CAE da actividade relacionada
com
a emissão deste documento.
4.1.4.12. * Data de gravação Data da gravação do registo Data e
do documento ao segundo, no momento da Hora
(System Entry assinatura.
Date) Tipo data e hora: «AAAA-MM-
DDThh:mm: ss».
4.1.4.13. # Identificador da O preenchimento é Texto 70
transacção obrigatório, no caso de se
(TransactionID) tratar de um sistema
integrado de Contabilidade e
facturação. ainda que o tipo de
ficheiro (TaxAccountingBasis)
não deva conter as tabelas
relativas a contabilidade. Deve
ser indicada a chave única da
tabela 3. Movimentos
contabilísticos
(GeneralLedgerEntries) da
transacção onde foi lançado
este documento, respeitando
a regra aí definida para o
campo 3.4.3.1 - Chave única
do movimento contabilístico
(TransactionID).
4.1.4.14. * Identificador do Chave única da tabela 2.2. - Texto 30
cliente Tabela de clientes (Customer)
(CustomerID} respeitando a regra aí

224
definida para o campo 2.2. 1. -
Identificador
único do cliente
(CustomerID).
4.1.4.15. Local de descarga Informação do local e data de Não
(ShipTo) descarga onde os artigos Aplicável
vendidos são colocados a
disposição do cliente. ou de
quem este indicar no caso de
operações triangulares.
4.1.4.15.1. Identificador da No caso de operações Texto 255
entrega triangulares. deve ser
(DeliveryID) indicado o local de entrega e o
NIF de quem recebeu.
4.1.4.15.2. Data da entrega No sector segurador, este Data
(DeliveryDate) campo deve ser preenchido
com a data de fim do período
de cobertura do risco.
4.1.4.15.3. Identificador do Texto 50
armazém de
destino
(WarehouseID)
4.1.4.15.4. Localização dos Texto 30
bens no armazém
de destino
(LocationID)
4.1.4.15.5. Endereço Não
(Address) Aplicável
4.1.4.15.5.1. Número da porta Texto 10
(BuildingNumber)
4.1.4.15.5.2. Nome da rua Texto 200
(StreetName)
4.1.4.15.5.3. * Endereço Deve incluir o nome da rua, Texto 210
detalhado número da porta e andar, se
(AddressDetail) aplicável.
4.1.4.15.5.4. * Cidade (City) Texto 50
4.1.4.15.5.5. Código postal Texto 20
(Postal Code)
4.1.4.15.5.6. Província Texto 50
(Province)
4.1.4.15.5.7. * País (Country) Deve ser preenchido de Texto 2
acordo com a norma ISO 3166
-1- alpha-2.
4.1.4.16. Local de carga Informação do local e data de Não
(ShipFrom) carga onde se inicia a Aplicável
expedição dos artigos
vendidos para o cliente.
4.1.4.16.1. Identificador da Deve ser indicada a matrícula Texto 255
entrega do veículo transportador ou
(DeliveryID) do meio de expedição
utilizado, ex. correio expresso,
etc.
4.1.4.16.2. Data de recepção No sector segurador. este Data
(DeliveryDate) campo deve ser preenchido
com a data de início do
período de cobertura do risco.

225
4.1.4.16.3. Identificador do Texto 50
armazém de
partida
(WarehouseID)
4.1.4.16.4. Localização dos Texto 30
bens no armazém
de partida
(LocationID)
4.1.4.16.5. Endereço Não
(Address) aplicável
4.1.4.16.5.1. Número da porta Texto 10
(BuildingNumber)
4.1.4.16.5.2. Nome da rua Texto 200
(StreetName)
4.1.4.16.5.3. * Endereço Deve incluir o nome da rua, Texto 210
detalhado número da porta e andar, se
(AddressDetail) aplicável.
4.1.4.16.5.4. * Cidade (City) Texto 50
4.1.4.16.5.5. Código postal Texto 20
(Postal Code)
4.1.4.16.5.6. Província Texto 50
(Province)
4.1.4.16.5.7. * País (Country) Deve ser preenchido de Texto 2
acordo com a norma ISO 3166
-1- alpha-2
4.1.4.17. Data e hora de fim Tipo de data e hora: «AAAA- Data e
de transporte MM-DDThh:mm: ss» em que o Hora
(MovementEndTi «ss» pode ser «00», na
me) ausência de informação
concreta
4.1.4.18. Data e hora para o Data e hora
início de
transporte
(MovimentStartTi
me)
4.1.4.19. * Linha (Line) Tipo de data e hora: «AAAA- N/A
MM-DDThh:mm: ss» em que o
«ss» pode ser «00», na
ausência de informação
concreta
4.1.4.19.1. * Número de linha As linhas devem ser Inteiro
(LineNumber) exportadas pela mesma
ordem em que se
Encontram no documento
original.
4.1.4.19.2. Referência ao Existindo a necessidade de Não
documento de efectuar mais do que uma Aplicável
origem (Order referência, esta estrutura
References) poderá ser gerada tantas
vezes quantas as necessárias.
4.1.4.19.2.1. Número do Deve ser indicado o tipo, a Texto 60
documento de série e o número do
origem documento que suporta a
(OriginatingON) emissão deste.
Se o documento estiver
contido no SAFT (AO) deve
ser utilizada a estrutura de

226
numeração do campo de
origem.
4.1.4.19.2.2. Data do Data
documento de
origem
(OrderDate)
4.1.4.19.3. * Identificador do Chave do registo na tabela 2.4. Texto 60
produto ou - Tabela de produtos/serviços
serviço (Product), no campo 2.4.2. -
(ProductCode) Identificador do produto ou
serviço (ProductCode).
4.1.4.19.4. * Descrição do Descrição da linha da factura, Texto 200
produto ou ligada a tabela 2.4. - Tabela
serviço Produtos/ serviços (Product),
(ProductDescriptio no campo 2.4.4. — Descrição
n) do
produto ou serviço
(ProductDescription).
4.1.4.19.5. * Quantidade Decimal
(Quantity)
4.1.4.19.6. * Unidade de Texto 20
medida
(UnitOfMeasure)
4.1.4.19.7. * Preço unitário Preço unitário deduzido dos Monetário
(UnitPrice) descontos de linha e
cabeçalho, sem incluir
impostos.
Deve ser preenchido com
«0.00» caso exista
obrigatoriedade de preencher
o campo 4.1.4.19. 8. - Valor
tributável unitário (TaxBase).
4.1.4.19.8. # Valor tributável Valor tributável unitário que Monetário
unitário (TaxBase) não concorre para o Total do
documento sem impostos
(NetTotal). Este valor é o que
serve de base de cálculo dos
impostos da linha. O sinal
(débito ou crédito) com que o
imposto assim calculado
concorre para o TaxPayable,
resulta da existência na linha
do DebitAmount ou do
CreditAmount.
4.1.4.19.9. * Data de envio da Data de envio da mercadoria Data
mercadoria ou ou da prestação de serviço.
prestação do Deve ser preenchido com a
serviço data da guia de remessa
(TaxPointDate) associada, se existir.
Existindo mais do que uma
guia de remessa, deve ser
indicada a data da mais antiga.
4.1.4.19.10. Referências a Referências a facturas nos Não
facturas documentos rectificativos Aplicável
(References) desta. Existindo a necessidade
de efectuar mais do que uma
referência, esta estrutura

227
poderá ser gerada tantas
vezes quantas as necessárias.
4.1.4.19.10.1 Referência Referência à factura, através Texto 60
. (References) de identificação única da
mesma,
nos sistemas em que exista.
Deve ser utilizada a estrutura
de
numeração do campo de
origem.
4.1.4.19.10.2 Motivo (Reason) Deve ser preenchido com o Texto 50
. motivo da emissão.
4.1.4.19.11. * Descrição da linha Descrição da linha do Texto 200
(Description) documento.
4.1.4.19.12. Número de série Não
do produto Aplicável
(ProductSerialNu
mber)
4.1.4.19.12.1 * Número de série Deve incluir o número de Texto 100
. (SerialNumber) série do produto que consta
no documento.
Ex: VIN. IMEI. ISSN. ISAN.
Existindo a necessidade de
efetuar mais do que uma
referência, este campo poderá
ser gerado tantas vezes
quantas as necessárias.
4.1.4.19.13. # Valor a débito Valor da linha, sem imposto, Monetário
(DebitAmount) dos documentos a lanchar a
débito na conta de vendas.
Este valor é deduzido dos
descontos de linha e
cabeçalho.
4.1.4.19.14. # Valor a crédito Valor da linha. sem imposto. Monetário
(CreditAmount) dos documentos a lançar a
crédito
na conta de vendas.
Este valor e deduzido dos
descontos de linha e
cabeçalho.
4.1.4.19.15. * Taxa de imposto Não
(Tax) Aplicável
4.1.4.19.15.1 * Código do tipo de Neste campo deve ser Texto 3
imposto (TaxType) indicado o tipo de imposto.
Deve ser preenchido com:
«IVA» - Imposto sobre o Valor
Acrescentado;
«IS» - Imposto de Selo.
«NS» - Não Sujeição a IVA ou
IS.
4.1.4.19.15.2 * País ou região do Deve ser preenchido de Texto 2
imposto acordo com a norma ISO 3166
(TaxCountryRegio -1- alp11a-2.
n)
4.1.4.19.15.3 * Código da taxa Código da taxa na tabela de Texto 10
(Tax Code) impostos.

228
No caso do campo
4.1.4.19.15.1. - Código do tipo
de imposto (TaxType) IVA,
deve ser preenchido com:
«NOR» - Taxa normal; «ISE» -
Isenta;
«OUT» - Outros. aplicável para
os regimes especiais de IVA.
No caso do campo
4.1.4.19.15.1 - Código do tipo
de imposto (TaxType)
IS, deve ser preenchido com:
O código da verba respectiva;
«ISE» - Isenta.
No caso de não sujeição deve
ser preenchido com «NS».
4.1.4.19.15.4 # Percentagem da O preenchimento é Decimal
taxa de imposto obrigatório, no caso de se
(TaxPercentage) tratar de uma percentagem de
imposto.
A percentagem da taxa é
correspondente ao imposto
aplicável
ao campo 4.1.4.19.13. - Valor a
débito (DebitAmount) ou ao
campo 4.1 .4. 19.14. - Valor‘ a
crédito (CreditAmount). No
caso de isenção ou não
sujeição a imposto, utilizar
este campo com
o valor‘ «0» (zero).
4.1.4.19.15.5 # Montante do O preenchimento é Monetário
imposto obrigatório, no caso de se
(TaxAmount) tratar de uma verba fixa
unitária de imposto de selo.
Este valor, multiplicado pela
quantidade (Quantity)
concorre para o valor de
imposto a pagar
(Taxpayble).
4.1.4.19.16. # Motivo da isenção O preenchimento é Texto 60
de imposto obrigatório, quando os
(TaxExemptionRea campos 4.1.4.19.15.4
son) - Percentagem da taxa de
imposto (TaxPercentage) ou
4.1.4.19.15.5 - Montante do
imposto (TaxAmount) são
iguais a zero.
Deve ser referido o preceito
legal aplicável.
Este campo deve ser
igualmente preenchido nos
casos de não sujeição aos
impostos referidos na tabela
2.5. - Tabela de impostos
(TaxTable).

229
4.1.4.19.17. # Código do motivo O preenchimento é Texto 3
de isenção de obrigatório, quando os
imposto campos 4.1.4.19.15.4
(TaxExemptionRea - Percentagem da taxa de
son) imposto (TaxPercentage) ou
4.1.4.19.15.5 - Montante do
imposto (TaxAmount) são
ignais a zero.
Deve ser referido o preceito
legal aplicável.
Este campo deve ser
igualmente preenchido nos
casos de não sujeição aos
impostos referidos na tabela
2.5. - Tabela de impostos
(TaxTable).
4.1.4.19.18. Montante do Deve reflectir todos os Monetário
desconto da linha descontos concedidos (a
(SettlementAmoun proporção dos
t) descontos globais para esta
linha e os específicos da
mesma linha) que afectam o
valor do campo 4. 1.4. 20.3. -
Total do documento
com impostos (Gross Total).
4.1.4.19.19. Informação Não
aduaneira Aplicável
(Customslnformati
on)
4.1.4.19.19.1 Código de Existindo a necessidade de Texto 21
. referência efectuar mais do que uma
administrativo referência.
(ARCNo) este campo poderá ser gerado
tantas vezes quantas as
necessárias.
4.1.4.19.19.2 Montante do Montante do imposto especial Monetário
. imposto especial de consumo contido na base
de consumo da tributável da linha do
linha (IECAmount) documento caso este não
esteja discriminado
em linha independente no
documento, com o «Indicador
de produto ou serviço
(ProductType)» = E.
4.1.4.20.  Totais do Não
documento Aplicável
(DocumentTotals)
4.1.4.20.1. * Valor do imposto a Monetário
pagar
(TaxPayable)
4.1.4.20.2.  Total do Este campo não deve incluir Monetário
documento sem as parcelas referentes aos
impostos impostos
(NetTotal) constantes da tabela 2.5-
Tabela de impostos
(TaxTable).
4.1.4.20.3. * Total do Este campo não deve reflectir Monetário
documento com eventuais retenções na fonte

230
impostos constantes na estrutura
(GrossTotal) 4.1.4.21 - Retenção na fonte
(WithholdingTax)
4.1.4.20.4. Moeda (Currency) Não deve ser gerada no caso Não
de emissão do documento ser Aplicável
em AOA.
4.1.4.20.4.1 * Código de moeda No caso de moeda estrangeira Texto 3
(CurrencyCode) deve ser preenchido de
acordo com a norma ISO
4217.
4.1.4.20.4.2 * Valor total em Valor do campo 4.1.4.20. 3. - Monetário
moeda estrangeira Total do documento com
(CurrencyAmount) impostos (GrossTotal) na
moeda original do documento.
4.1.4.20.4.3 * Taxa de câmbio Deve ser indicada a taxa de Decimal
(ExchangeRate) câmbio utilizada na conversão
para AOA.
4.1.4.20.4.5 Acordos Acordos ou formas de Não
(Settlement) pagamento. Existindo a Aplicável
necessidade de efectuar mais
do que uma referência, esta
estrutura poderá ser gerada
tantas vezes quantas as
necessárias.
4.1.4.20.4.5. Acordos de Deve ser preenchido com os Texto 30
1. descontos futuros acordos de descontos a
(SettlementDiscou aplicar no
nt) futuro sobre o valor presente.
4.1.4.20.4.5. Montante do Representa o valor acordado Monetário
2. desconto para desconto futuro sem
(SettlementAmoun afectar o valor presente do
t) documento indicado no
campo 4.1 .4. 20.3. -
Total do documento com
impostos (GrossTotaI).
4.1.4.20.4.5. Data acordada A informação a constar é a Data
3. para o desconto data acordada para o
(SettlementDate) pagamento com
desconto.
4.1.4.20.4.5. Acordos de A informação a constar são os Texto 100
4. pagamento acordos estabelecidos ou a
(PaymentTerms) data
limite de pagamento.
4.1.4.20.6. Pagamentos No caso de pagamentos Não
(Payment) mistos devem ser indicados os Aplicável
montantes por tipo de meio e
data de pagamento.
Existindo a necessidade de
efectuar mais do que uma
referência, esta estrutura
poderá ser gerada tantas
vezes quantas as necessárias
4.1.4.20.6.1. Meios de Deve ser preenchido com: Texto 2
pagamento «CC» - Cartão Crédito;
(PaymentMechanis «CD» - Cartão Débito;
m) «CH» - Cheque Bancário;

231
«CI» - Crédito Documentário
Internacional
«CO» - Cheque ou Cartão
Oferta;
«CS» - Compensação de Saldos
ou Conta Corrente;
«DE» - Dinheiro Electrónico,
por Exemplo Residente em
Cartões de Fidelidade ou de
Pontos;
«MB» - Referências de
pagamento para Multicaixa;
«NU» - Numerário;
«OU» — Outros Meios Aqui
não Assinalados;
«PR» - permuta de Bens;
«TB» — Transferência
Bancária ou Débito Directo
Autorizado; etc.
4.1.4.20.6.2. * Montante do Deve ser Indicado o Montante Mpnetário
pagamento por Meio de pagamento.
(PaymentAmount)
4.1.4.20.6.3. * Data do Data
pagamento
(PaymentDate)
4.1.4.21. Retenção na fonte Existindo a necessidade de Não
(WithholdingTax) efectuar mais do que uma Aplicável
referência.
esta estrutura poderá ser
gerada tantas vezes quantas
as necessárias
4.1.4.21.1. Código do tipo de Neste campo deve ser Texto 3
imposto retido indicado o tipo de imposto
(WithholdingTaxT retido, preenchendo-o com:
ype) «IRT» - Imposto sobre o
Rendimento de Trabalho;
«II» - Imposto Industrial:
«IS» - Imposto do Selo.
4.1.4.21.2. Motivo da Deve ser indicado o Texto 60
retenção na fonte normativo legal aplicável.
(WithholdingTaxD No caso do Código do tipo de
escription) imposto
(WithholdingTaxType)
IS. deve ser preenchido com o
código da verba respectiva.
4.1.4.21.3. * Montante da Deve ser indicado o montante Monetário
retenção na fonte retido de imposto.
(WithholdingTaxA
mount)

232
4.2. Documentos de Movimentação de Mercadorias
(MovementOJGoods).

Indice
do Obrigatório Nome do Campo Notas Técnicas Formato
Campo
Devem sa e<portados os
documaltos, nomeadmnente
guias de transpolte ou de
ranessa, que sirvam de
doctunalto de hanspolte. Mo
devan aqui ser exportados
Movimentos de bens Não
4.2. aqueles documentos que
(AúnementOß300ds) Aplicável
devmn constm• da tabela 4.1.
—Documentos comerciais a
clialtes (Salesbnoices) e que
também serviram de
documentos de transporte (por
exanplo facturas).
Deve conter o munero total de
linhas com releñcia fiscal dos
documentos do periodo
Número de registos das
disponibilizado, incluindo as
linhas de movimentos
4.2.1. linhas dos documentos que o Inteiro
dos bens
(NamberOßbvementLines) campo
4.23.3.1. — Estado actual do
documento (MnementStatus),
seja do tipo «A»
Deve conter a soma de
controlo do campo 4.2.3.21.5.
— Qumtidade (Quantity) dele
Total das quantidades
excluindo as linhas dos
4.2.2 movimaltadas Decimal
documentos que o cmnpo
(TotalQuantitylssued)
4.23.3.1. — EÄado actual do
documento (MnementStatus),
seja do tipo «A»
Documento de
movimentação de Não
4.23.
macadorias Aplicável
(StockAfi'ement)
EÄa identificação é composta
sequencialmente pelos
seguintes elementos: o código
Identificação única do interno do tipo de doctunalto
documalto de atlibuido pela aplicaçäo, um
42.3.1. movimentaçäo de espaço, o idaltificador da sáie Texto 60
melcadœias do doctunalto, uma bma (O e o
(LbcumentNumber) munem sequencial desse
documento dalt10 dessa sélie.
Mo podan neste cmnpo, e<istir
registos com a me*na

233
identificação. Mo pode sa
utilizado o me*no código
alterno de tipo de documalto
difaentes tipos de doctunaltos.

O cmnpo deve sa pleenchido


Código Único do Texto
42.3.2. com «0» (zelo) até é sua
Documento 100
regulamentaçäo.
4.2.3.3. Situação do documento Não
(Lbcument&atus) Aplicável
Deve sa preenchido com:
«N» — Nonnal;
«T» — Por conta de taceiros;
«A»» — Documento mulado;
«F» — Documento facturado,
ainda que pm•clalmente,
EÄado actual do quando pma este documalto
423.3.1. documento tmnbán e<iste na tabela 4.1. — Texto 1
(Mnement&atus) Documentos conu•ciais a
clialtes (&llesbnoices) o
conespondente do tipo factu•a.
«R» — Documento de resumo
doutros documaltos criados
noutras aplicações e gelado
nesta aplicação.
Data e hora do estado Data da última gravação do
actual do documalto estado do documento ao
Data e
4.2.3.3.2. (Movement.yatusl_hte) segundo.
Hora
TIPO data e hora: «AAAA-MM-
DDThh:mm:ss».
Deve ser indicada a razão que
Motivo da alteiaçäo do
4.2.3.3.3. levou à alteração de estado do Texto 50
estado (Reason)
documento.
4.2.3.3.4. Código do utilizador Utilizador responsável pelo Texto 30
(&mrceID) estado actual do documalto.
Deve sa preenchido com:
«P» — Documento produzido
na aplicação;
Origem do doctunalto «I» — Documento integrado e
4.2.3.3.5. Texto 1
(SourceBilling) produzido noutra aplicação;
«M» — Documento
proveniente de lecuperaçäo ou
de eanissäo mmual.
O cmnpo deve sa preenchido
Cliave do documento
4.2.3.4. com «0» (zelo), caso não haja 172
(Hash)
obrigatoriedade de validação.

234
xva•säo da chave privada,
utilizada na Cliaçäo da
assnatura do cmnpo
4.2.3.4. — Chave do
Cliave de controlo
4.2.3.5. documento (Hash). Texto 70
(HashControl)
O campo deve ser pleenchido
com «0» (zero), caso o
documento seja gerado por um
programa não validado.
Deve sa indicado o mês do
Paiodo contabilístico periodo de tributação de «1» a
4.2.3.6.
(Period) «12», contado desde o seu
inicio.
Data do doctunalto de
movimentação de Data de emissão do doctunalto
4.2.3.7. Data
melcadorias de trmspcnte.
(MnementDate)
Deve sa preenchido com:
«GR» — Guia de ranessa;
«GT» — Guia de transporte
(incluir aqui as guias globais);
TIPO de documento
4.2.3.8. «GA» — Guia de movimaltaçäo Texto 2
(Mnementlÿpe)
de activos fixos próprios;
«GC» — Guia de consignação;
«GD» — Guia ou nota de
devolução.
Data da gravação do registo ao
Data de gavaçäo do
segundo, no momento da Data e
4.2.3.9. doctunalto
assinatura. Tipo data e hora: Hora
(SvstemEntryLhte)

Se der oligan a registo


contabilístico, o preenchimento
é obrigatório, no caso de se
tlatm• de um sistana integlado
de contabilidade e facturação,
ainda que o tipo de ficheiro
(Tœú4ccountingBasis) não deva
conter as tabelas relativas à
Idaltificador da Contabilidade.
4.2.3.10. transacção Texto 70
Deve sa indicada a chave única
(fransactionID)
da tabela — Movimentos
contabilisticos
(GeneralIedgerEntries) onde foi
lançado este documento,
respeitando a regra ai definida
pala o campo 3.43.1 Cliave única
do movimento contabilístico
(fransactionID).

235
Cliave única da tabela 2.2 —
Tabela de clientes (Gastomer)
lespeitando a legra ai definida
para o campo
22.1 - Identificador único do
clialte (GastomerID).
No caso de guias que não se
Idaltificador do cliente
42.3.11. conhece o destinatá•io, deve ser Texto 30
(CustomerID)
utilizado o clialte genáico
previsto na tabela 2.2. — Tabela
de clientes (Gastomer).
EÄe campo também deve sa
plealcllido no caso de guias que
titulam a trmsfa•ência de bens
do próprio remetente
Cliave única da tabela 2.3 —
Tabela de fomecedores
(Supplier) lespeitando a regra ai
definida pm•a o cmnpo 23.1 —
Idaltificador único do fomecedor
Idaltificador do (SwplierID), no caso das guias
4.2.3.12. Texto 30
fomecedor (SwplierID) de devolução ou guia de
transporte de bens móveis
produzidos ou montados sob
encomenda com mataiais que o
dono da obra tenha fomecido
pala o efeito (trabalho a feitio).
423.13. Código do utilizador Utilizador que gerou o Texto 30
(&mrceID) documalto.
Deve ser indicado o código CAE
4.2.3.14. Código CAE (EACCode) da actividade relacionada com a Texto 5
emissão deste documalto.
Razão da anissäo do
4.2.3.15. documalto Texto 60
(Abvementcomments)
Informação do local e data de
descm•ga onde os mtigos são
Local de descm•ga colocados à disposição do Não
4.2.3.16.
(ShipTo) cliente, ou de quan este indicar Aplicável
no caso de operações
biangulm•es.
No caso de operações
Idaltificador da entrega trimgulares, deve ser indicado o Texto
4.2.3.16.1.
(L»liveryID) local trega e o NIF de quan 255
recebeu.
4.2.3.16.2. Data da entrega Data
(L»liven.'l_hte)
Idaltificador do
4.2.3.16.3. armazém de destino Texto 50
(WarehouselD)

236
Localização dos bals no
4.2.3.16.4. annazém de destino Texto 30
(LocationID)
4.2.3.16.5. Eldeleço (Address)

423.16.5.1. Número da porta Texto 10


(BuiHngNumber)
42.3.16.52. Nome da lua Texto
(StreetName) 200
Deve incluir o nome da lua,
Eùldeleço detalhado
42.3.16.5.3. Número da poita e mclm•, se 210
Ç4ddressLktaiI)
aplicável.
42.3.16.5.4. Cidade (Cin') Texto 50

42.3.16.5.5. Código postal Texto 20


(PostalCode)
423.16.5.6. Provincia (Province) Texto 50

Deve ser preenchido de acordo


42.3.16.5.7. Pais (Country) com a nonna ISO 3166 - 1-alpha- Texto 2
2.
Informação do local e data de
Local de cmga carga onde se Inicia a expedição Não
4.2.3.17.
(ShipFrom) dos mtigos vendidos para o Aplicável
cliente.
Deve ser indicada a matricula do
Idaltificador da entrega veiculo transportador ou do Texto
4.2.3.17.1.
(L»liveryID) meio de e<pediçäo utilizado, 255
coneio e<presso, etc.
4.2.3.17.2. Data de expedição Data
(L»liven.'l_hte)
Idaltificador do
4.2.3.17.3. armazém de pmtida Texto 50
(Warehou-
Localização dos bals no
4.2.3.17.4. annazém de pmtida Texto 30
(LocationID)
4.2.3.17.5. Endeleço (Address)

42.3.17.5.1. Número da porta Texto 10


(BuiHngNumber)
42.3.17.52. Nome da lua Texto
(StreetName) 200
42.3.17.5.3. Endeleço detalhado Deve incluir o nome da lua. Texto
Ç4ddressLktail) Número da poita e mclm•, se 210
aplicável.
42.3.17.5.4. Cidade (City) Texto 50

237
42.3.17.5.5. Código postal Texto 20
(PostalCode)
42.3.17.5.6. Piovincia (Province) Texto 50

42.3.17.5.7. Pais (Country) Deve ser preenchido de Te<to 2


acordo com a nonna ISO 3166
- 1 -alpha- 2
Data e 1101a de fim de TIPO de data e hora: «AAAA-
transporte MM- DDThh:mm:ss» que o»ss» Data e
4.2.3.18.
(MnementEndlime) pode ser «00», na ausàlcia de hcn•a
informação concreta.
Data e hora pm•a o TIPO de data e hora: «AAAA-
inicio de transporte MM- que o Data e
4.2.3.19.
(Mne- «s» pode sa «00», na ausência hcn•a
de informação concreta.
423.20. Código de identificação Código de identificação Texto 200
do documalto atribuido pela AGT quando
aplicável
423.21. Linha (Line)

As linhas devan sa exportadas


Número de linha pela me*na cn•dem em que se
4.2.3.21.1. Inteiro
(LineNumber) encontram no doctunalto
original.
Refaùlcia ao documento Existindo a necessidade de
de origem efectuar mais do que uma
Não
4.2.321.2. [OnkrReferences) refaùlcia, esta estmtura
Aplicável
poderá ser gelada tmtas vezes
quantas as necessá•ias.
Se o documalto estiver contido
Número do doctunalto
no SAFT (AO) deve sa utilizada
423.21.2.1. de origan Texto 60
a estmtura de muneraçäo do
(OriginatingOA)
campo de origan.
42.3.2122. Data do documalto de Data
origem (OrderLhte)
Idaltificador do produto Cliave do registo na tabela 2.4.
ou saviço (Prodact- — Tabela de produtos /
serviços
4.2.321.3. Texto 60
(P.'0duct), no campo 2.4.2. —
Identificador do produto ou
selviço (PIOduc
Descrição da linha da factura,
ligada à tabela 2.4. — Tabela
Descrição do produto
de pro(lutos/ selviços
4.2.321.4. ou serviço Texto 200
(Product), no cmnpo 24.4. —
(Prodactl_kscription)
Descrição do PIOduto ou
serviço (Productl_kscription).

238
4.2.321.5. Quantidade (Quantity) Decimal

4.2.321.6. Unidade de medida Preço unitário deduzido dos Texto 20


descontos de linha e
cabeçalho, san incluir
4.2.321.7. Pleço unitálio Monetá•io
(UnitPrice) impostos.
Quando não valœizado na
base de dados, deve sa
preenchido com «0.00»
4.2.321.8. Descrição da linha Descrição da linha do Texto 200
(Lkscription) doctunalto.
Número de sáie do
Não
4.2.321.9. produto
Aplicável
(Produc&rialNamber)
Deve incluir o munero de sáie
do produto que consta no
doctunalto. Ex.: uN, IMEI, ISSN,
ISAN.
Número de sáie
423.21.9.1. Existindo a necessidade de Texto 100
(SerialNumba)
efectum• mais do que uma
lefaência, este cmnpo poderá
ser gerado tantas vezes
quantas as necessárias.
Campo a pleencher no caso de
entrada de mercadoria
Mlor a débito valorizada. Quando não
4.2.3.21.10. Monetá•io
(L»bitAmouní) valœizado na base de dados,
deve sa preenchido com
«0.00»
Campo a preencher no caso de
saida de macadoria
Mlor a crédito valorizada. Quando não
4.2.3.21.11. Monetá•io
(CretitAmouní) valorizado na base de dados,
deve sa preenchido com
«0.00»
EÄa estlutula só deve sa criada
Não
4.2.3.21.12. Taxa de imposto (Tax) nos documentos valorizados
Aplicável
na base de dados.
EÄe cmnpo deve sa
preenchido com:
Código do tipo de
42.321.121. «IVA» — Imposto sobre o Texto 3
imposto (lãxlÿpe)
Valor Acrescentado.
«NS» — Mo Sujeição a IVA.
42.321.122 Pais ou região do Deve ser preenchido de Te<to 2
imposto acordo com a nonna ISO 3166-
(TaxCountryRegion) 1 - alpha-2.

239
Código da taxa na tabela de
impostos. Deve sa preenchido
com:
«NOR» — Taxa ncnmal;
Código da taxa «ISE» — Isenta;
4.2.321.12.3. Texto 10
(TaxCozk) «OUT» — Outros, aplicável
pm•a os legimes especiais de
IVA.
No caso de não sujeição deve
sa preenchido com «NS»
Pacaltagem da taxa
correspondente ao Imposto
aplicável ao campo 4.23.21.10.
— Valcn• a débito
Pacentagan da taxa de
(DebitAmount) ou ao cmnpo
4.2.321.12.4. imposto Decimal
4.2.3.21.11. — Valor a credito
(1äxPercentage)
(Cretit,4mount). No caso de
isenção ou não sujeição a
Imposto, utilizar este cmnpo
com o valor «0» (zelo).
O seu pleenchimento é
obrigatólio, quando o cmnpo
Motivo da isenção de 4.2 3.21.124 Pacaltagem da
4.2.3.21.13. imposto taxa de imposto Texto 60
(TaxExemptionReason) (TaxPercentage) é igual a «0»
(zero), devaido ser refaido o
preceito legal aplicável.
Deve ser preenchido com o
código do motivo de isalçäo ou
não liquidação.
O prealcllimalto é obrigatório,
qumdo o cmnpo 4.2.3.21.12.4
Código do motivo de
— Pelcaltagem da taxa de
4.2.3.21.14. isenção de imposto Texto 3
imposto (TaxPercentage) é
(TaxExemptionCode)
igual a zelo. Este campo deve
ser igualmente preenchido nos
casos de não sujeição aos
impostos referidos na tabela
2.5. — Tabela de impostos
(TaxTable).
Deve reflectir todos os
descontos ccmcedidos (a
propolçäo dos descontos
Montante do desconto globais para esta linha e os
Monetá•i
4.2.3.21.15. da linha específicos da mesma linha)
o
AmouW) que afectmn o valor do cmnpo
4.2.3.22.3. — Total do
documento com impostos
(GrossTotaI).
4.2.3.21.16. Informação aduaneira Não
(Gastomsb!formation) Aplicável

240
Preencha com o código
atribuido após a validação do

Código de lefaência documento administrativo.


4.2.321.16.1. administrativo Existindo a necessidade de Texto 21
(ARCAb) efectum• mais do que uma
lefaência, este cmnpo poderá
ser gerado tmtas vezes quantas
as necessárias.
Montante do imposto especial
de consumo contido na base
tributável da linha do
Montante do Imposto
doctunalto caso este não esteja Monetá•i
4.2.321.16.2. especial de consumo
discriminado linha o
da linha (IECAmount)
independente no doctunaûo,
com o «Indicadcn• de produto
ou serviço (Productlÿpe) « = E
423.22. Totais do documalto Não
(DocumentTotals) Aplicável
Quando não valorizado na base
Mlor do imposto a Monetá•i
4.2.3.22.1. de dados, deve sa preenchido
paga- (lãxpcwable) o
com «0.00».
Este cmnpo não deve incluir as
pm•celas refaentes aos
Impostos constmtes da tabela
Total do documalto
2.5 — Tabela de impostos Monetá•i
4.2.3.22.2. sem impostos
(1äxTable). Quando não o
(NetTotaI)
valœizado na base de dados,
deve sa preenchido
com «0.00».
Total do documalto Quando não valorizado na base
Monetá•i
4.2.3.22.3. com impostos de dados, deve sa preenchido
o
(GrossTotaI) com «0.00».
4.2.3.22.4. Moeda (Garrency) Mo deve sa gelada no caso da Não
anissäo do doctunalto sa Aplicável
emAOA
No caso de moeda esbangeira
Código de moeda deve sa preenchido de acordo
4.2.3.22.4.1. Texto 3
(CurrencyCotk) com
a nonna ISO 4217.
Valor total em moeda Valor do campo 4.2 3.22 —
esbangeira (Currency• Total do documalto com Monetá•i
4.2.3.22.42.
A.'"ount) impostos (GrossTotaI) na o
moeda original do doctunalto.
4.2.3.22.4.3. Taxa de câmbio Deve sa ndicada a taxa de Decimal
(ExchangeRate) cñnbio [tilizada na convasäo
pma AOA

241
4.3. Documentos de Conferência de Mercadorias ou de
Prestação de Serviços (WorWngDocuments).
Nesta tabela devem ser expoltados quaisquer outros
documentos emitidos, independentemente da sua designação,
susceptíveis de apresentação ao cliente para conferência de
mercadorias ou de prestação de serviços, mesmo que objecto de
facturação posterior.
Não devem ser expoltados nesta tabela aqueles documentos
que devam constar nas tabelas 4.1 — Documentos Comerciais a
Clientes (Saleslnvoices) ou 4.2 — Documentos de Movimentação
de (MnementOfGoods).

Índice do Obrigatório Nome do Campo Notas Técnicas Formato


Campo

4.3. Documentos de Mo
conferàlcia Aplicável
(Workingl_bcuments
)

4.3.1. Número de registos Deve conter o munero total


de documaltos de de documaltos, incluindo os
confaência doctunaltos cujo valor do
(NumberOfEntries) cmnpo.

4.34.3.1. — Inteiro
Estado actual
(WorkSatus)
seja do tipo
«A»

4.3.2 Total dos débitos Deve conter a soma de Mcmetári


(1òtalDebiO controlo do cmnpo o
43.4.14.13. —Valcn• a débito
(DebitAmount), dela
excluindo os documentos
que o campo 4.3.4.3.1. —
Estado actual do documalto
(WorkStatus) seja do tipo

4.3.3. Total dos créditos Deve conter a soma de Mcmetári


(1òtalCrediO controlo do campo o
43.4.14.14. — Valor a crédito
(CretitAmount), dela
excluindo os documentos
que o campo 4.3.4.3.1. —

242
Estado actual do documalto
(WorkStatus) seja do tipo

EÄa identificação é composta


sequencialmente pelos
seguintes elanentos: o código
altano do tipo de documalto
atribuido pela aplicação, um
espaço, o idaltificador da série
do documalto, uma bma (D e
Identificação úlûca
o munem sequencial desse
43.4.1. do doctunato Texto 60
doctunalto dent10 dessa sáie.
(LbcumentNunber)
Mo podem, neste campo,
ecistir registos com a mesma
identificaçäo.
Mo pode sa utilizado o mesmo
código intemo de tipo de
documento diferaltes tipos de
documentos.
EÄe campo deve conter o
Código do Documento. O
Código Único do
43.4.2. cmnpo deve ser pleenchido Texto 100
Documento
com «0» (zero) até à sua
regulamentação.
4.3.43. Situação do Mo
documento Aplicável
(Document&atus)
Deve sa preenchido com:
«N» — Nonnal;
«A» — Documento anulado,
«F» — Documento facturado,
Estado actual do ainda que palcialmalte,
4.3.4.3.1. documento qumdo pm•a este doctunalto Texto 1
(Work&atus) também e<iste na tabela 4.1.
— Documentos Comaciais a
clientes (Salesbnoices) o
correspondente do tipo
factura.
Data e hora do estado Data da última gravação do
actual do doctunalto estado do documalto ao
4.3.4.3.2. segundo. Data e Hora
TIPO data e hora:

Deve ser indicada a razão que


Motivo da alteiaçäo
4.3.4.3.3. levou à alteração de estado do Texto 50
de estado (Reason)
doctunento.
4.3.4.3.4. Código do utilizador Utilizador responsável pelo Te<to 30
(&mrceID) estado actual do doctunalto.

243
Deve sa preenchido com:
«P» — Documento produzido
na aplicação;
Origem do
«I» — Doctunalto integrado e
4.3.4.3.5. documento Texto 1
produzido noutra aplicação;
(SourceBilling)
«M» — Documento
pmveniente de recupelaçäo ou
de anissäo mmual.
O campo deve sa preenchido
Cliave do documento
43.4.4. com «0» (zero), caso não haja Texto 172
(Hash)
obrigatoriedade de validação.
O cmnpo deve ser preenchido
Cliave de controlo com «0» (zao), caso o
43.4.5. Texto 70
(HashControl) documalto seja gerado por um
programa não validado.
Deve sa indicado o mês do
Paiodo contabilístico periodo de tributação de «1» a
43.4.6. Inteiro
(Period) «12», contado desde o seu
inicio.
4.3.47. Data do doctunalto Data de emissão do Data
(WorkLhte) doctunalto opelativo.
Deve sa preenchido com:
«CM» — Consultas de Mesa;
«CC» — Ch•edito de
Consignação;
«GR» — Guia de Remessa;
«NR»— Nota de Renessa;
Folhas de Obra;
— Nota de Enccnnalda,
«OU»— Outros;
«OR»— Orçamaltos;
«PP»— Pró-fonna,
«DC» — Documentos
TIPO de documento anitidos que sejam
43.4.8. susceptíveis de apresentaçäo Texto 2
(Worklÿpe)
ao clialte para confaência de
macadorias ou de prestaçäo de
selviços.
Pm•a o Sector Segurador
quando pala os tipos de
documentos a seguir
idaltificados tambán deva
e<istir na tabela 4.1 —
Documentos comerciais a
clientes (&llesbnoices) a
correspondente factura ou
documento rectificativo de

244
factura, ainda pode sa
pleenchido

«RP»— Pranio ou Rec ibo de


Prémio,
Estomo ou Recibo
de Estomo;
«cs» —Imputação a Co-
Seguradoras;
Imputação a co
seguradora líder,
Resseguro aceite
43.4.9. Código do utilizador Utilizador que gerou o Te<to 30
(&mrceID) documalto.
Deve sa indicado o código
Código CAE CAE da actividade
43.4.10. Texto 5
(EACCode) relacionada com a emissão do
documento.
Data da gravação do registo
Data de gravação do ao segundo, no momento da
4.3.4.11. documalto assinatura. Data e Hora
(SystemEntryLhte) TIPO data e hora: «AAAA-
MM- DDThh:nun:ss».
Se der origan a registo
contabilístico, o
preenchimento é obrigatólio,
no caso de se tratar de um
sistema integrado de
Contabilidade e facturação,
ainda que o tipo de fichei10
(TaxAccountingBasis) não
deva conter a tabelas lelativas
Idaltificador da
à contabilidade. Deve ser
43.4.12. transacção Texto 70
indicada a chave única da
(fransactionID)
tabela 3. Movimaltos
contabilísticos
(GeneralIedgerEntries) da
transacção onde foi lmçado
este documento, lespeitando a
regra ai definida pala o campo
34.3.1 — Cliave única do
movimento contabilisticc
(TranscetionID).
Cliave única da tabela 2.2. —
Tabela de clialtes (Customer)
Idaltificador do respeitando a regra ai definida
43.4.13. Texto 30
cliente (CustomerID) pm•a o campo 2.2.1. —
Idaltificador único do cliente
(CustomerID).
43.4.14. Linha (Line)

245
As linhas devan ser
Número de linha e<portadas pela me*na ordem
4.3.4.14.1. Inteiro
(LineNumber) que se encontrmn
no documalto original.

Refaëncia ao Existindo a necessidade de


efectum• mais do que uma
doctunalto de Mo
4.3.4.14.2. referàlcia, esta estmtura
origen poderá ser gerada tantas vezes
Aplicável
(OnkrReferences) quantas as necessá-
Se o doctunalto estiver
Núme10 do
contido no SAFT (AO) deve
documento
4.3.4.14.2.1. sa utilizada a estmtura de Texto 60
precedente
muneraçäo do campo de
(OriginatingON)
origan.
43.4.14.2.2. Data do doctunalto de Data
origem (OrderLhte)

Cliave do registo na tabela


2.4. — Tabela de produtos /
Idaltificador do
serviços (Product), no campo
4.3.4.14.3. produto ou serviço Texto 60
2.4.2. — Identificador do
(ProductCode)
produto ou serviço
(ProductCode).
Descrição da linha da factura,
ligada à tabela 2.4. — Tabela
Descrição do produto
de produtos/ saviços
4.3.4.14.4. ou serviço Texto 200
(Product), no campo 24.4 —
(P.'0ductLkscription)
Descrição do produto ou
serviço (Productl_kscription).
Quantidade
4.3.4.14.5. (Quantity)
4.3.4.14.6. Unidade de medida Te<to 20
Preço unitálio sem imposto e
deduzido dos descontos de
linha e cabeçalho.
Quando não valorizado na
base de dados, deve sa
plealcllido com «0.00»
Deve igualmente ser
preenchido com «0.00» caso
exista obrigatoriedade de
pleencher o campo 4.3.4.14.8.
Preço unitálio — Valcn• tributável unitário
4.3.4.14.7. (UnitPrice) (Tax Base). Mcmetário
Mlor tributável unitá•io que
não concon•e pala o Total do
documalto san impostos (Net
Valor tributável
4.3.4.14.8. Total). Este valcn• é o que Mcmetário
unitálio (TaxBase)
seive de base de cálculo dos
impostos da linha. O sinal
(debito ou crédito) com que o

246
imposto assim calculado
concon•e pala 0 1äxPayable,
resulta da e<istência na linha
do LkbiL4mount ou do
CpetitAmount.

Data de envio da
mercadoria ou Data de envio da macadoria
4.3.4.14.9. Data
prestação do serviço ou da prestação de serviço.
(TaxPointDate)
Refaùlcias a documaltos nos
documaltos rectificativos
destes. Existindo a
Refaùlcias a
necessidade de efectum• mais Mo
4.3.4.14.10. documaltos
do que uma referàlcia, esta Aplicável
(References)
estlutula poderá ser gerada
tantas vezes quantas as
necessá-
Refaência a documalto,
através de identificação única
Refaência do mesmo, nos sistanas que
4.3.4.14.10.1 Texto 60
(Reference) e<ista. Deve sa utilizada a
estmtura de muneraçäo do
cmnpo de origan.
4.3.4.14.10.2 Motivo (Reason) Deve sa preenchido com o Te<to 50
motivo da emissão.

4.3.4.14.11. Descrição da linha Descrição da linha do Texto 200


(Lkscription) doctunalto.

Número de sélie do
Mo
4.3.4.14.12. produto (Produc&rial
Aplicável
Number)
Deve incluir o munero de sáie
do ploduto que consta no
documalto. Ex. : VIN, IMEI,
Número de sélie ISSN, ISAN. Existindo a
4.3.4.14.12.1 Texto 100
(.VridNumber) necessidade de efectum• mais
do que uma refaùlcia, este
cmnpo poderá sa gerado tmtas
vezes quantas as necessá•ias.
Valor da linha dos doctunaltos
a débito.
Este valor é sem imposto e
Valor a débito deduzido dos descontos de
4.3.4.14.13. Monetário
(L»bitAmouní) linha e cabeçalho.
Quando não valœizado na
base de dados, deve sa
plealcllido com «0.00»

247
Valor da linha dos documaltos
a clédito.
EÄe valor é sem imposto e
Valor a credito deduzido dos descontos de
4.3.4.14.14. Mcmetário
(CreditAmouní) linha e cabeçalho.
Quando não valorizado na
base de dados, deve sa
prealchido com «0.00»
EÄa estmtura só deve ser
Taxa de imposto Mo
4.3.4.14.15. criada nos documaltos
(Tax) Aplicável
valorizados na base de dados.
Neste cmnpo deve sa indicado
o tipo de imposto.
Deve sa preenchido com:
«IVA» —
Imposto sobre o
Código do tipo de
4.3.4.14.15.1 Valor Texto 3
imposto (lãxlÿpe)
Acrescaûado,
«IS» — Imposto
de Selo;
«NS» — Mo Sujeição a IVA
ou IS.
4.3.4.14.15.2. Pais ou região do Deve ser preenchido de Tecto 2
imposto (1äxCountry acoldo com a nonna ISO 3166
Region) - 1 - alpha-2.
Código da taxa na tabela de
impostos.
No caso do campo
4.3.4.14.15.1.
Código do tipo de inposto
(Tatlÿpe) = IVA, deve sa
pleenchido com:
«NOR» — Taxa Ncnmal;
Código da taxa «ISE» — Isenta;
4.3.4.14.15.3. «OUT» — Outros, aplicável Texto 10
(TaxCozk)
pm•a os legimes especiais de
IVA. No caso do campo
4.3.4.14.15.1. — Código do
tipo de imposto (Taxlÿpe) =
IS, deve sa preenchido com: O
código da verba lespectiva;
«ISE» — Isenta.
No caso de não sujeição deve
sa preenchido com «NS»
O preenchimento é
obrigatório, no caso de se
Pacaltagem da taxa tratm• de uma pelv centagem
4.3.4.14.15.4. de imposto de imposto.
(TaxPercenttge) A pelcentagem da taxa é
con•espondalte ao imposto
aplicável ao cmnpo

248
4.3.4.14.13. — Valor a débito
(LkbitAmount) ou ao campo
43.4.14.14. —Valor a crédito
(Cretit,4mount).
No caso de isenção ou não
sujeição a imposto, utilizar

O preenchimento é
obrigatório, no caso de se
tratm• de uma velv ba fixa
Montante do imposto unitá•ia de Imposto do selo.
4.3.4.14.15.5. Mcmetário
(Tav4mouní) Este valor, multiplicado pela
quantidade (Quantity)
concon•e pm•a o valor de
imposto a paga(TaxPcwable).
O preenchimento é
obligatólio, quando os campos
4.3.4.14.15.4. — Pacaltagem
da taxa de imposto
(TaxPercentage) ou
43.4.14.15.5. — Montante do
imposto (Tav4mount) são
4.3.4.14.16. Texto 60
iguais a «0» (zero). Deve sa
referido o preceito legal
aplicável. Este campo deve sa
igualmente preenchido nos
Motivo da isenção de casos de não sujeiçäo aos
imposto (Tax impostos lefaidos na tabela
ExemptionRetF son) 2.5 — Tabela de impostos
Deve sa preenchido com o
código do motivo de isenção.
O prealchimalto é obligatólio,
quando os campos
4.3.4.14.15.4. — Pelcaltagan
da taxa de imposto
Código do motivo de (TaxPercentage) ou
4.3.4.14.17. isalçäo de imposto 43.4.14.15.5. — Montante do Texto 3
(läxExemptionCock) imposto (Tav4mount) são
iguais a za•o. EÄe campo
deve sa igualmente
preenchido nos casos de não
sujeição aos impostos lefaidos
na tabela 2.5. — Tabela de
impostos (TaxTable).
Montante do
desconto da linha
4.3.4.14.18. Mcmetário
A.'"ount)
4.3.4.14.19. Informação adumeira Mo
(Gastomsluformation Aplicável
)

249
Existindo a necessidade de
Código de lefaência efectum• mais do que uma
4.3.4.14.19.1 administrativo referàlcla, este campo poderá Texto 21
(ARCNo) ser gerado tantas vezes
quantas as necessá•ias.
Montante do imposto especial
de consumo contido na base
tributável da linha do
Montante do imposto
documento caso este não
especial de consumo
4.3.4.14.19.2 esteja discriminado em linha Monetário
da linha
independente no documalto,
(TECAmount)
com o «Indicador de produto
ou saviço (Product Zipe)» =
E.
43.4.15. Totais do doctunalto Mo
(DocumentTotals) Aplicável
Quando não valorizado na
Valor do imposto a
4.3.4.15.1. base de dados, deve ser Monetário
paga- (TaxPayable)
pleenchido com «0.00».

Este cmnpo não deve incluir


as pm•celas referaltes aos
impostos constantes da
Total do documalto tabela
4.3.4.15.2. sem impostos (Net 2 5. — Tabela de impostos Monetário
Total) (Tarläble).
Qumdo não valorizado na
base de dados, deve ser
plealcllido com «0.00».

Total do documalto Qumdo não valœizado na


4.3.4.15.3. com impostos base de dados, deve ser Monetário
(GrossTotaI) pleenchido com «0.00».
4.3.4.15.4. Moeda (Garrency) Mo deve sa gerada no caso Mo
da emissão do documente sa Aplicável
emAOA.
No caso de moeda
Código de moeda estrangeira deve sa
4.3.4.15.4.1. Texto 3
(CurrencyCotk) preenchido de acordo com
a nonna ISO 4217.
Valor total an ( Valor do cmnpo 4.3.4.15.3.
moeda estrangeila C — Total do documalto
Amount) u com impostos
4.3.4.15.4.2. Mcmetário
r (GrossTotaI) na moeda
r original do documalto
e
Deve sa Indicada a taxa de
Taxa de câmbio cñnbio utilizada na
4.3.4.15.4.3.
(ExchangeRate) convelsäo para
AOA.

250
4.4. Documentos de Recibos Emitidos (Payments)
Nesta tabela devem ser exportados os recibos emitidos, criados
após a entrada em vigor da presente estrutura.

Índice
do Obrigatóri Format
Nome do Campo Notas Técnicas
Camp o o
o
Devem sa eqyortados os
Não
Documentos de recibos documentos indicados no campo
4.4. Aplicave
anitidos (Payments) 444.6. — TIPO de lecibo
l
(Paymentlÿpe).
Deve conter o munero total de
recibos emitidos, incluindo os
Número de registos de
documaltos cujo valor do campo
4.4.1. lecibos emitidos Inteiro
4.4.4.9.1. — Estado actual do
(NumberOfEntries)
recibo (PaymentStatus) seja do
tipo
Deve conter a soma de contmlo
do cmnpo 4.4.4.14.4 — Valor a
débito (DebitAmount), dela
Total dos débitos excluindo os documentos em Monetá•i
4.4.2
(TotalLkbií) que o cmnpo 4.4.4.9.1. — o
Estado actual do recibo
(PCO'ment&atus) seja do tipo
«A».
Deve conter a soma de controlo
do cmnpo 4.4.4.14.5 — Valor a
credito (CretitAmount), dela
Total dos créditos Monetá•i
4.4.3. e«luindo os doctunaltos que o
(TotalCretií) o
campo 4.449.1. — Estado actual
do documento (PCO'ment&atus)
seja do tipo «A».
Documento de recibo Não
emitido (Payment) Aplicáve
l
Esta identificação é composta
sequencialmente pelos seguintes
elementos: o código intemo do
tipo de recibo atribuido pela
aplicação, um espaço, o
Identificação única do identificador da série do recibo,
4.4.4.1. Texto 60
recibo (PaymentRefNo) uma conta (O e o número
sequencial desse recibo daltro
dessa sáie. Mo podem e<istir
registos com a mesma
identificação. Não pode ser
utilizado o mesmo código

251
intemo de tipo de documalto
diferaltes tipos de documentos.

Deve sa indicado o mês do


Periodo contabilístico periodo de tlibutaçäo de «1» a
4.4.4.3. Inteiro
(Period) «12», contado desde a data do
seu inicio.
O prealcllimalto é obligatólio,
no caso de se bata de um sistana
integrado de Contabilidade e
facturação, ainda que o tipo de
ficheiro (TaxAccountingBasis)
não deva conter as tabelas
lelativas à contabilidade. Deve
sa indicada a chave única da
Identificador da transacção
4.4.4.4. tabela 3. Movimentos Texto 70
(franscztionID)
contabilísticos
(GeneralledgerEntries) da
transacção onde foi lmçado este
doctunalto, respeitando a regra
ai definida pm•a o cmnpo
3.4.3.1 — Chave única do
movimento contabilístico
(TransactionID).
44.4.5. Data do recibo Data de anissäo do lecibo. Data
(franscztionDate)

Deve ser pleenchido com:


«RC»— Recibo emitido;
«AR»—
Tipo de recibo Aviso de
4.4.4.6. cobrmçaheci Texto 2
(Paymentlÿpe)
bo; «RG»—
Chitros
recibos
emitidos.
Descrição do pagamento Texto
(Lkscription) 200

4.4.4.8. Numero gerado pela Número único do recibo gerado Texto 60


aplicação (SvstemID) intanamalte pela aplicação.

4.4.4.9. Situação do documento Não


(Lbcument&atus) Aplicáve
l

252
Deve ser pleenchido com:
Estado actual do recibo
4.4.49.1. «N» — Recibo nonnal e vigaite, Texto 1
(PromentStatus)
«A» — Recibo anulado.

Data e hora do estado actual Data da última gravação do


do recibo estado do recibo ao segundo. Data e
4.4.4.9.2.
(PromentStatusLhte) Tipo data e hora: «AAAA-MM- Hora
DDThh
Deve ser indicada a razão que
Motivo da alteração de
4.4.4.9.3. levou à alteiaçäo de estado do Texto 50
estado do recibo (Reason)
recibo.
Código do utilizador Utilizador responsável pelo Texto 30
(SourceID) estado actual do recibo.

Deve ser pleenchido com:


«P» — Recibo produzido na
aplicação;
Origem do documento
4.4.4.9.5. «I» — Recibo integlado e Texto 1
pmduzido noutra aplicação;
«M» — Reci)0 proveniente de
recupaaçäo ou de eanissäo
manual.
Deve sa indicado o meio de
pagamento utilizado. No caso de
pagmnentos mistos devan ser
indicados os montantes por tipo
Não
Fonna de Pagamento de meio e data de pagamento.
44.4.10. Aplicáve
(PaymentAkthod) Existindo a necessidade de
l
efectum• mais do que uma
refeiincla, esta estmtura poderá
ser gerada tmtas vezes quantas
as necessárias.
Deve ser pleenchido com:
«cc»— Cartão crédito,
«CD»— Cartão débito,
«CH»— Cheque bancá•io,
«Cl»— Crédito documentálio
intanacional;
«CO»— Cheque ou cmtäo ofata;
«cs»— Compensação de saldos
em conta con•ente•,
Meios de pagamento
4.4.4.10.1. Texto 2
(PromentAkchanism) Dinheiro electrónico,
por exemplo residaite em cm-
toes de fidelidade ou de pontos;
«MB»— Referàlcias de
pagamento pala Milticaixa;
«NU» —Numerário;
«OU» —Chibos meios aqui não
assinalados,
«PR»— Permuta de bens;

253
Transferêcia
bmcária.

4.4.4.10.2. Montante do pagamento Deve ser Indicado o montmte Monetá•i


(PaymentAmount) por meio de pagamento. o

4,4.4.10.3. Data do pagmnento Data


(PromentDate)

44.4.11. Código do utilizador Utilizador que gaou o Texto 30


(SourceID) documento.

Data da gravação do registo ao


Data de gravação do recibo segundo, TIPO data e hora: Data e
44.4.12.
(System EntryLhte) Hora

Chave única da tabela 2.2. —


Tabela de clialtes (Customer)
Identificador do cliente respeitando a regra ai definida
4.4.4.13. Texto 30
(CustomerID) pm•a o cmnpo 2.2.1. —
Identificador único do cliente
(CustomerID).
4.4.4.14. Linha (Line)

As linhas devem ser eqyortadas


Número de linha
4.4.4.14.1. pela mesma ordem em que se Inteiro
(LineNamber)
encontrmn no recibo original.
Existindo a necessidade de
efectuar mais do que uma
referência, esta estmtura poderá
ser gerada tmtas vezes quantas Não
Referàlcia ao documento de
4.4.4.14.2. as necessm•las. Aplicáve
oligan (.%urceDocumentID)
No caso da aplicação ser l
Integrada deve sa utilizada a
estilitura de muneraçäo do
campo de origem.

254
Deve sa Indicado o tipo, a série
e o munero da factura ou
documento lectificativo desta a
que respeita o pagamento.
Se o doctunalto refeiido estiver
4.4.4.14.2.1 Número do doctunalto de contido no SAFT (AO) deve sa
Texto 60
. origem (OriginatingON) utilizada a estmtlua de
munaaçäo do cmnpo 4.141 —
Idaltificaçäo única do documalto
de vaida (hnoiceAb) da Tabela
4.1. — Documentos comerciais
a clialtes (Salesbnoices).
Deve ser indicada a data da
444.14.2.2 Data do documento de factula ou doctunalto
Data
. origen (InvoiceDate) lectificativo desta a que se lefae
o pagamento.
444.14.2.3 Descrição da linha Descrição da linha de Texto
. (Description) recebimalto. 200

444.143. Montante do desconto da Descontos concedidos aquando Monetá•i


do pagamento deste doctunalto. o
linha
Valor do recibo do doctunalto
Valor a débito Monetá•i
4.4.4.14.4. lectificativo, sem impostos e
(L»bitAmouní) o
evaltuais descontos.
Valor do recibo da factura ou
Valcn• a crédito Monetá•i
4.4.4.14.5. documento rectificativo, san
(CretitAmouní) o
Impostos e eventuais descontos.
Esta estlutlua deve igualmente
sa gelada qualquer out10 tipo de
recibos que disciimine os tipos
4.4.4.14.6. Taxa de imposto (Tax)
de inpostos descritos no campo
4.4.4.14.6.1. — Código do tipo
de imposto (Tarlÿpe).
Neste campo deve ser indicado o
tipo de Imposto.
Deve ser pleenchido com:
«IVA» — Imposto
Código do tipo de imposto sobre o
4.44.14.6.1. Texto 3
(Taxlÿpe) ValorAcrescaltado;
«IS» — Imposto de
Selo,
«NS» — Não Sujeito a IVA ou
IS.
Deve sa preenchido de acordo
4.4.4.14.6.2 Pais ou região do imposto
com a nonna ISO 3166 -1alpha- Texto 2
. (TaxCountryRegion)
2.

255
Código da taxa na tabela de
impostos.
No caso do cmnpo 4.4.4.14.6.1.
— Código do tipo de imposto
(Tarlÿpe) = IVA, deve ser
preenchido com:
«NOR» — Taxa nonnal;
«ISE» — Isenta,
«OUT» — Outros, aplicável
pala os leglmes especiais de
4.44.14.6.3. Código da taxa (TaxCotk) IVA. No caso do cmnpo Texto 10
4.4.4.14.6.1.
Código do tipo de imposto
(Taxlÿpe) = IS, deve sa
plealchido com:
O código da verba respectiva;
«ISE» — Isenta.
No caso de não aplicabilidade de
imposto deve ser preenchido
com «NA»
O preenchimento é obligatólio,
no caso de se tratm• de uma
percentagem de Imposto. A
percentagem da taxa é
correspondente ao imposto
aplicável ao campo 4.4.4.14.4.
Percentagan da taxa de
4.44.14.6.4. — Valor a débito Decimal
imposto (1äxPercentage)
(LkbitAmount) ou ao cmnpo
4.4.4.14.5. — Valor a crédito
(CretitAmount).
No caso de isenção ou não
sujeição a Imposto, utilizar este
cmnpo com o valor «0» (zero).
O preenchimalto é obligatólio,
no caso de se tratm• de uma
verba fixa unitária de imposto de
4.4.4.14.6.5 Montante do imposto Monetá•i
selo. Este valor, multiplicado
. (1hv4mouní) o
pela quantidade (Quantity)
concon•e pm•a o valor de
imposto a pagm• (TaxPcwable).
O prealcllimalto é obrigatório,
quando os campos
4.4.4.14.6.4. — Pelcaltagem da
taxa de imposto
Motivo da isenção de (TaxPercentage) ou 4.4.4.14.6.5.
4.4.4.14.7. Imposto — Montante do imposto Texto 60
(1hxExemptionReason) (Tax,4mount) são iguais a za•o.
Deve ser referido o preceito
legal aplicável.
Este campo deve sa igualmente
preenchido nos casos de não

256
sujeição aos impostos refeiidos
na tabela 2 5. — Tabela de
impostos (1äxTable).

O pleenchimento é obrigatório,
quando os campos
4.4.4.14.6.4. — Percentagan da
taxa de imposto (TaxPercentage)
ou
Código do motivo de 4.44.14.6.5. — Montante do
4.4.4.14.8. isenção de imposto imposto (TaxAmount) são Texto 3
(TaxExemptionCode) Iguais a zero.
Este campo deve sa igualmente
preenchido nos casos de não
sujeição aos impostos lefaidos
na tabela 2.5. — Tabela de
impostos (TaxTable).
44.4.15. Totais do documento Não
(LbcumentTotals) Aplicáve
l
4.4.4.15.1. Valor do imposto a pagm• Monetá•i
(TaxPcwable) o
Este cmnpo não deve incluir as
pm•celas refazites aos impostos
Total do documalto san Monetá•i
4.4.4.15.2. constantes da tabela
impostos (AétTotaI) o
2 5. — Tabela de impostos
(1äxTable).
4.4.4.15.3. Total do documalto com Este campo não deve reflectir Monetá•i
impostos (Grosslòtal) eventuais retenções na fonte o
constmtes na estlutula
4.4.4.16. — Retenção na fonte
(WithholdingTax)
4.4.4.15.4. Acoldos Acordos ou fonnas de Não
pagamento. Aplicáve
4.4.4.15.4.1 Montante do desconto l
. (SettlementAmount) Total dos descontos concedidos
aquando deste pagmnento. Monetá•i
o
Não deve sa gerada no caso da Não
4.4.4.15.5. Moeda (Currency) emissão do documento ser Aplicáve
emAOA. l
No caso de moeda estrangeira
4.4.4.15.5.1 Código de moeda
deve ser preenchido de acordo Texto 3
. (GarrencyCozk)
com a nonna ISO 4217.
Valor total em moeda Valor do cmnpo 4.4415.3. —
4.4.4.15.5.2 Monetá•i
estrangena (Currency• Total do documento com
. o
Amount)

257
impostos (GrossTotal) na moeda
original do documalto.

Deve sa indicada a taxa de


4.4.4.15.5.3 Taxa de cñnbio
cânbio utilizada na conversão Decimal
. (ExchangeRate)
para AOA.
4.4.4.16. Retenção na fonte Não
(WithholdingTax) Aplicáve
l
Neste campo deve ser indicado o
tipo de Imposto retido,
preenchendo-o com:
Código do tipo de imposto
4.4.4.16.1. retido (With/nldingTax «IRT» — Imposto sobre o Texto 3
lÿpe) Raidimento de Trabalho,
«II» — Imposto sobre o
Industrial;
«IS» — Imposto do Selo.
Deve sa Indicado o
nonnativo legal aplicável. No
Motivo da retençäo na caso
fonte Código do tipo de imposto
4.4.4.16.2. Tex-to 60
(WitWnlångTŒxDescripti (Withhol(ingläxlÿpe)
on) = IS, deve ser preenchido
com o código da verba
respectiva.
Montante da retençäo na
Deve ser indicado o montmte Monetá•i
4.4.4.6.3. fonte
retido de Imposto o
(WitWnltingTaxAmount)

1. Documentos Comerciais de Fornecedores (Invoices).

Deve ser produzido um ficheiro independente de aquisição de


bens e serviços, confonne tabelo abaixo.

Indice
do Campo Obrigatório Nome do Campo Notas Técnicas Formato

Devem sa exportados os
Documentos comerciais
documentos indicados no Näo
a fomecedores
campo 1.4. — Two de aplicável
(Invoices)
documalto (Invoicelÿpe).
* Número de registos de
Deve conter o nthnero total
1.1. documentos comerciais Intei10
de documentos incluidos.
(NamberOfEntries)
* Data de anissäo do
Data do documento de
1.2. documento de compra de Data
compra (InvoiceDate)
bens e savlços.
Deve sa indicado o mês do
Período contabilistico peliodo de tlibutaçäo de «1
1.3. Intei10
(Period) » a «12», contado desde o
seu inicio.

258
* Deve ser preenchido com:
— Factura,
— FacturaRec ibo,
«VD»— Venda a
Dinheiro,
— Factum
Generica,
— Factum Global;
(CAC»—Aviso de Cobrança;
Two de documento (CAR»—Aviso de
1.4. Tex-to 2
(Invoice 13.pe) Cobrmça/Recibo;
— Rec ibo;
— Nota de Débito;
«NC»— Nota de Crédito,
Guia de Remessa,
(CAF»— Factum/Rec ibo
(Autofacturaçäo);
«rrv'»— Taläo de Valda, (a)
«rrs»— Talão de Saviços
Plestados. (a)
*
Código do utilizador Utilizador que gaou o
1.5. Tex-to 30
(&mrceID) documento

Idaltificador do Indicar o mime.'0


1.6. * Fomecedor identificaçäo fiscal do Tex-to 15
(SapplierID) Fomecedor (Sapplie"ID).
* Esta identificaçäo é
composta sequencialmente
pelos seguintes elanentos: o
código interno do tipo de
doctunalto atlibuido pela
aplicaçäo, um espaço, o
identificador da serie do
documento, ulna bmTa (O
eo nthnero sequencial
Identificaçäo do
desse documalto claitro
1.7. documalto de Compra Tex-to 60
dessa sa•ie. MO podem
(InvoiceNo)
existir registos com a
mesma identificaçäo. Näo
pode ser utiliZado o mesmo
código interno de tipo de
documalto em difel©ltes
tipos de documentos.
Estenúmero é o número
original da factura de
compra
*
Totais do doctunalto Näo
1.8.
(DocumentTotals) Aplicável

*
Valor do imposto
1.9. Imposto suportado (TVA) Monetálio
(InputTax)

* Valor tributável unltário


Valor tributável que näo concon•e para o
1.9.1 Monetálio
unitálio (TaxBase) Total do documalto sem
impostos. Este valor é o que

259
save de base de cálculo dos
impostos da linha.

* Este campo näo deve


reflectir evaltuais letençöes
Total do documalto
na fonte constantes na
1.10. com impostos Monetálio
estmtura 4.1.4.21. —
(GrossTotaI)
Retalçäo na fonte (
WithhoHngTax)
Este campo deve incluir o
Imposto dedutivel
1.11. imposto dedutivel por Monetálio
(Lkductible Tax)
factura.
# O preenchimento é
Direito de Deduçäo
1.11.1 obligatório, quando o Monetálio
(DeductiblePercenttge)
campo 1.11 for preenchido.
No caso de moeda
Código de moeda estrangeira deve sa
1.12. Tex-to 3
(CurrencyCotk) preenchido de acordo com
a nonna ISO 4217.
Valor do campo 1.10 —
Valor total em moeda Total do documalto com
1.13. estrangeira impostos (GrossTotaI) na Monetálio
(CurrencyAmouní) moeda original do
doctunalto.

O Presidente da República, JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO.

260
Diário da República I Série nº 30 de 6 de Março de 2019

Decreto Executivo nº 73/19, de 6 de Março. Regras de


Impressão Tipográfica de Facturas e Documentos Equivalentes

Ministério das Finanças

Decreto Executivo nº 73/19:


Aprova as Regras para Impressão Tipográfica de Facturas e
Documentos Equivalentes.

A reforma tributária em curso visa, dentre outros, dotar o


País de um sistema tributário moderno, eficaz e capaz de
responder aos desafios do desenvolvimento socioeconómico e
melhorar o modelo de arrecadação de receitas fiscais, evitando a
fraude e a evasão fiscal.
O Decreto Presidencial nº 292/18, de 3 de Dezembro,
regulamenta os requisitos para a emissão, conservação e
arquivamento das facturas e documentos equivalentes a que o
contribuinte deve obedecer no exercício da sua actividade
comercial, industrial, prestação de serviços, de profissão liberal,
bem como actividade civil com ou sem forma comercial.
Considerando que nem todos os agentes económicos têm
condições de cumprir com as Regras de Processamento e Emissão
de Facturas ou Documentos Equivalentes, previstas no diploma
acima indicado, que aprova o Regime Jurídico das Facturas e
Documentos Equivalentes;
Com vista a implementação de mecanismos que permitam,
por um lado, que contribuintes sem condições possam utilizar
facturas sem as exigências previstas no Regime Jurídico das
Facturas e Documentos Equivalentes, mas sobretudo que
permitam uma melhor prevenção. fiscalização e controlo de
situações de fraude resultantes da produção, comercialização e
utilização deste tipo de documentos, por outro lado, urge a
necessidade de se criar um quadro normativo que conceda
autorização as tipografias e gráficas para Impressão de Facturas
ou Documentos Equivalentes, nos termos do nº6 do artigo 8º e do

261
artigo 12º do Regime Jurídico das Facturas e Documentos
Equivalentes;
Em conformidade com os poderes delegados pelo
Presidente da República, nos termos do artigo 137º da
Constituição da República de Angola, do artigo 12ºdo Regime
Jurídico das Facturas47 e da alínea d) do nº1 do artigo 6º do
Estatuto Orgânico do Ministério das Finanças, determino:

Artigo 1º
Aprovação

São aprovadas as Regras para Impressão Tipográfica de


Facturas e Documentos Equivalentes, anexo ao presente Decreto
Executivo e que dele é parte integrante.

Artigo 2º
Dúvidas e omissões

As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e


aplicação do presente Decreto Executivo são resolvidas pelo
titular do Departamento Ministerial responsável pelas Finanças
Públicas.

Artigo 3º
Entrada em vigor

O presente Diploma entra em vigor a partir de 1 de Julho de


2019.

47 Osagentes económicos que não estejam em condições de cumprir com


as regras de processamento e emissão de facturas ou documentos
equivalentes previstas no Decreto Presidencial nº 292/18, de 3 de
Dezembro, RJFDE, podem emitir factruras ou documentos equivalentes
impressos em tipografias autorizadas no Decreto Executivo nº 73/19, de
6 de Março, sobre as Regras de Impressão Tipográfica de Facturas e
Documentos Equivalentes.
262
Publique-se.

Luanda, a 1 de Marco de 2019.

O Ministro, ARCHER MANGUEIRA.

REGRAS SOBRE A IMPRESSAO TIPOGRAFICA DE FACTURAS E


DOCUMENTO E EQUIVALENTES

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Artigo 1º
Objecto

O presente Diploma estabelece as Regras sobre a Impressão


Tipográfica s de Facturas ou Documentos Equivalentes.

Artigo 2º
Âmbito

As Regras objecto do presente Diploma aplicam-se:


a) As entidades gráficas ou tipográficas, quanto a
concessão de autorização para Impressão de Facturas
ou Documentos Equivalentes:
b) Aos contribuintes que solicitam a Impressão de
Facturas ou Documentos Equivalentes as entidades gráficas
ou tipográficas.

Artigo 3º
Impressão do Facturas ou Documentos Equivalentes

A Impressão de Facturas ou Documentos Equivalentes só


pode ser efectuada por entidades devidamente autorizadas pela
Administração Geral Tributária.

263
CAPÍTULO II
Autorização para Impressão do Facturas ou Documentos
Equivalentes

Artigo 4°
Solicitação de autorização

1. A solicitação de autorização para a Impressão de Facturas


ou Documentos Equivalentes pelas entidades gráficas ou
tipográficas é submetida electronicamente pela entidade
interessada, por intermédio do Portal da Administração Geral
Tributária, ou fisicamente por carta dirigida ao Presidente do
Conselho de Administração da AGT, entregue em qualquer
Repartição Fiscal.
2. A solicitação de autorização mencionada no número
anterior deve conter o nome, firma ou denominação social,
número de identificação fiscal, domicílio, sede ou estabelecimento
estável do solicitante, assim como deve ser acompanhada dos
seguintes documentos:
a) Certidão do Registo Comercial actualizada nos últimos
6 meses;
b) Alvará emitido pelo Ministério do Comércio para o
exercício da actividade tipográfica ou gráfica.

Artigo 5º
Concessão de autorização

Para efeitos de concessão da autorização para Impressão de


Facturas ou Documentos Equivalentes, as tipografias e gráficas
devem possuir a situação tributária regularizada.

Artigo 6º
Indeferimento do pedido de autorização

O pedido de autorização e indeferido e notificado ao


solicitante, quando este não faculte os elementos referidos no nº 2
do artigo 4º ou não possua a situação tributária regularizada.
264
Artigo 7º
Prazo para concessão da autorização

A Administração Geral Tributária concede a autorização as


entidades gráficas e tipográficas no prazo de 30 dias, a contar da
respectiva solicitação.

Artigo 8º
Suspensão e revogação da autorização para impressão

1. Em caso de indicio de fraude, evasão fiscal ou sejam


detectadas irregularidades relativamente as disposições do
presente Diploma, a Administração Geral Tributária suspende a
autorização das entidades gráficas ou tipográficas, notificando-a
para prestar esclarecimentos no prazo previsto no Código Geral
Tributário. sem prejuízo da penalização aplicável, quando for o
caso.
2. Findo o prazo referido no número anterior. Se não houver
confirmação da ocorrência de fraude, evasão fiscal ou outra
irregularidade, a suspensão e levantada.
3. Confirmada a fraude, evasão fiscal ou outras
irregularidades, nos termos do Código Geral Tributário e demais
legislação penal, a Administração Geral Tributária revoga
imediatamente a autorização e comunica a revogação as entidades
gráficas ou tipográficas que incorram em tais actos.
4. A revogação referida no número anterior impede a
entidade gráfica ou tipográfica de proceder a Impressão de
Facturas ou Documentos Equivalentes por um período de três
anos consecutivos.

Artigo 9º
Divulgação da autorização e revogação

A autorização e a revogação da autorização as entidades


gráficas ou tipográficas devem ser divulgadas trimestralmente
pela Administração Geral Tributária.
265
CAPÍTULO III
Solicitação de Facturas ou Documentos Equivalentes

Artigo 10º
Autorização para impressão

1. Por cada solicitação de Facturas ou Documentos


Equivalentes efectuada pelos agentes económicos as entidades
gráficas ou tipográficas previamente autorizadas, nos termos do
artigo 3º do presente Diploma. devem estas solicitar a autorização
da Administração Geral Tributária para sua impressão.
2. A Administração Geral Tributária autoriza
electronicamente a Impressão de Facturas ouDocu1nentos
Equivalentes no prazo máximo de 5 dias apos a solicitação das
entidades gráficas ou tipográficas, com a indicação da série
numérica sequencial que deve constar dos documentos a
imprimir, por opera dor económico.
3. No momento da solicitação para a Impressão de Facturas
ou Documentos Equivalentes, as entidades gráficas ou tipográficas
devem indicar o nome, o numero de identificação fiscal do
contribuinte. a quantidade e o tipo de documento a imprimir.
4. A Administração Geral Tributária pode autorizar a
Impressão de Facturas ou Documentos Equivalentes, com
numeração sequencial distinta, quando se trate de contribuinte
com mais de um estabelecimento comercial.
5. Nas situações em que os agentes económicos não se
encontrem cadastrados na Administração Geral Tributária para o
exercício de uma actividade comercial. industrial, prestação de
serviço, de profissão liberal, bem como actividade civil com ou sem
forma comercial, esta emite, no prazo máximo de 5 dias, no Portal
da Administração Geral Tributária. um alerta seguido de
notificação, advertindo as entidades gráficas ou tipográficas de
que não podem proceder a impressão das facturas ou documentos
equivalentes, sob pena de ser cancelada a autorização de
impressão.

266
Artigo 11º
Subcontratação

As autorizações mencionadas nos artigos anteriores são


intransmissíveis. pelo que a impressão referida no presente
Diploma não pode ser objecto de subcontratação.

Artigo 12º
Requisitos das facturas ou documentos equivalentes48

1. As facturas ou documentos equivalentes impressas pelas


entidades gráficas ou tipográficas devem preencher os requisitos
previstos no artigo 11º do Regime Jurídico das Facturas ou
Documentos Equivalentes, com excepção do constante na alínea j)
do mesmo artigo.
2. Do disposto do número anterior, só é readmitido a ser
escrito manualmente os seguintes elementos:
a) Nome, firma ou denominação social, numero de
identificação fiscal, sede ou domicilio do adquirente de
bens ou de serviços;
b) Discriminação dos bens ou serviços prestados, com
indicação das quantidades ou unidades de referência;
c) O preço unitário e total em moeda nacional; e
d) A data da emissão.
3. As Facturas ou Documentos Equivalentes impressos
devem conter, para além dos requisitos referidos nos números
anteriores, os elementos identificativos das entidades gráficas ou
tipográficas, nomeadamente nome, sede, número de identificação
fiscal e o respectivo número de autorização.

48
Regulamentado pelo Despacho nº 1340/19, de 1 de Outubro - Aprova os
modelos com os requisitos a constar das facturas e documentos
equivalentes a serem impressos tipograficamente. e conjugado artigo 11º do
Regime Jurídico das Facturas ou Documentos Equivalentes, com excepção
do constante na alínea j) do mesmo artigo.
267
CAPÍTULO IV
Obrigações das Entidades gráficas e tipográficas

Artigo 13º
Obrigações das entidades gráficas e tipográficas autorizadas

1. Sem prejuízo do previsto em disposições especiais, para a


impressão dos documentos mencionados no presente Diploma, as
entidades gráficas ou tipográficas autorizadas devem:
a) Solicitar através do portal da Administração Geral
Tributária autorização para Impressão de Facturas ou
Documentos Equivalentes a favor dos requisitantes;
b) Registar através do portal da Administração Geral
Tributária, apos a respectiva autorização, as
requisições ou notas de encomendas efectuadas pelos
contribuintes;
c) Efectuar impressão dos documentos requisitados no
território nacional;
d) Cancelar, através do portal da Administração Geral
Tributária, em caso de autorização, as quantidades não
emitidas nem entregues ao requisitante;
e) Justificar através do Portal da Administração Geral
Tributária, caso haja, as razões das diferenças entre a
quantidade solicitada e a efectivamente emitida e
entregue ao solicitante;
f) Comunicar a Administração Geral Tributária. por
transmissão electrónica de dados. ate ao decimo
quinto dia do mês seguinte, as impressões de Facturas
ou Documentos Equivalentes efectuadas no mês
anterior.
2. A comunicação mencionada na alínea f) do número
anterior deve conter, obrigatoriamente, a identificação dos
contribuintes requisitantes, o tipo de documento e a qualidade por
estes solicitados.

268
CAPÍTULO V
Penalidades e Fiscalização

Artigo 14º
Penalidades

1. Sem prejuízo dos procedimentos criminais previstos no


Código Geral Tributário e demais legislação penal, as entidades
gráficas ou tipográficas que procedam a Impressão de Facturas ou
Documentos Equivalentes sem estarem devidamente autorizadas
sujeitam-se a multa de Kz: 2 000 000.00 (dois milhões de
kwanzas).
2. As entidades gráficas ou tipográficas autorizadas sujeitam-
se a multa de Kz: 300 000.00 (trezentos mil kwanzas) por cada
Factura ou Documento Equivalente impresso se a observância do
disposto no Regime Jurídico das Factura e Documentos
Equivalentes.

Artigo 15º
Competência de fiscalização

1. A competência para a fiscalização das obrigações


decorrentes da aplicação do presente Diploma e da Administração
Geral Tributária.
2. Caso os outros órgãos de inspecção do Estado detectem o
incumprimento de quaisquer obrigações previstas no presente
Diploma, devem comunicar tal facto a Administração Geral
Tributária através do auto de noticia, contendo os requisitos
previstos no Código Geral Tributário.

O Ministro, ARCHER MANGUEIRA.

269
Diário da República I Serie nº 30 de 6 de Março de 2019

Decreto Executivo nº 74/19, de 6 de Março. Regras e


Requisitos para Validação de Sistemas de Processamento
Electrónico de Facturação dos Contribuintes

Ministério das Finanças

Decreto Executivo nº 74/19:


Aprova as regras e requisitos para Validação de Sistemas de
Processamento Electrónico de Facturação dos
Contribuintes.

Tendo sido constatada que a falta de padronização funcional


dos sistemas de processamento electrónico de facturação dos
contribuintes introduz novos riscos em termos de auditoria
tributaria, potenciando situações de fraude e evasão fiscal;
Convindo definir regras e requisitos que garantam
inviolabilidade da informação registada e, permitindo-se,
consequentemente, que apenas os programas que respeitem tais
requisitos possam ser utilizados para gerar o ficheiro SAF-T (AO)
após validação da Administração Geral Tributária, nos termos e
condições definidas pelo Regime de Submissão Electrónica dos
Elementos Contabilísticos dos Contribuintes, aprovado pelo
Decreto Presidencial nº 312/18, de 21 de Dezembro;
Em conformidade com os poderes delegados pelo
Presidente da República. enquanto Titular do Poder Executivo nos
termos do artigo 137º da Constituição da República de Angola,
conjugado com o Despacho Presidencial nº 289/17, de 13 de
Outubro, e com base nas disposições combinadas do nº2 do artigo
71º do Código Geral Tributário, da alínea d) do nº1 do artigo 6º do
Estatuto Orgânico do Ministério das Finanças, aprovado pelo
Decreto Presidencial nº 31/18, de 7 de Fevereiro, e de acordo com
a alínea 1) do artigo 7º do Regime de Submissão Electrónica dos
Elementos Contabilísticos dos Contribuintes, aprovado pelo

270
Decreto Presidencial nº 312/18, de 21 de Dezembro, determino o
seguinte:

Artigo 1º
Aprovação

São aprovadas as Regras e Requisitos para Validação de


Sistemas de Processamento Electrónico de Facturação dos
Contribuintes, anexo ao presente Diploma e que e dele parte
integrante.

Artigo 2º
Aplicação subsidiária

Aplicam-se subsidiariamente ao presente Diploma o Código


Geral Tributário, o Código Aduaneiro, Código das Execuções
Fiscais e demais legislação tributária49 em vigor.

Artigo 3º
Dúvidas e omissões

As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e


aplicação do presente Diploma são resolvidas pelo Ministro das
Finanças.

Artigo 4º
Entrada em vigor

O presente Diploma entra em vigor na data da sua


publicação.
Publique-se.
Luanda, a 1 de Marco de 2019.

O Ministro, ARCHER MANGUEIRA.

49
Legislação tributária – Aquela que tem por objectivo a tributação e suas
implicações jurídicas.
271
ANEXO I
Requisitos técnicos

Para efeito de validação, os sistemas de processamento


electrónico de facturação dos contribuintes devem garantir:
1. A exportação do ficheiro XML do SAF-T(AO), em
conformidade com o Decreto Presidencial nº 312/18, de 21 de
Dezembro, e o respectivo esquema de validação de dados «XSD»;
2. A incorporação de mecanismos que permitam identificar a
gravação de documentos, através de um algoritmo de cifra
assimétrica e de uma chave privada de conhecimento exclusivo
dos respectivos fabricantes;
3. Que não dispõem de funções e funcionalidade que, no local
ou remotamente, permitam alterar. de forma directa ou indirecta,
a informação de natureza fiscal, sem gerar evidência agregada a
informação original;
4. Que no processo de criação de documentos emitidos pelos
sistemas de processamento electrónico de facturação devem ser
observados os seguintes requisitos:
a) Os referidos sistemas devem assinar quaisquer
documentos emitidos com eficácia externa (com
excepção dos recibos), nomeadamente:
As facturas e documentos recitativos;
As guias de transporte, guias de remessa e quaisquer
outros documentos que constituam documento de
transporte; e
Quaisquer outros documentos, independentemente
da sua designação, susceptíveis de apresentação ao cliente
para conferencia de entrega de mercadorias ou da
prestação de serviços, nomeadamente as designadas
consultas de mesa.
b) A assinatura dos documentos referida na alínea
anterior deve obedecer e estar em conformidade com
os requisitos definidos no n°34 do presente anexo (s);
c) Quaisquer documentos que não sejam facturas ou
documentos rectificativos de factura, devem conter de
forma evidente a sua natureza e, se susceptíveis de
272
apresentação ao cliente, incluindo os que devam
constar nas tabelas 4.2. 4.3 e 4.4 do SAF-T(AO), conter
a expressão «Este documento não serve de factura»;
d) As facturas, documentos de movimentação de
mercadorias, documentos de conferência de entrega
de mercadorias ou de prestação de serviços
susceptíveis de apresentação ao cliente, que tiveram
origem noutros documentos emitidos,
designadamente, facturas, guias de movimentação de
mercadorias, consultas de mesa ou outros documentos
susceptíveis de apresentação ao cliente, devem conter
a identificação desses documentos, na estrutura
Referencia ao documento de origem (OrderReferences)
das tabelas 4.1 a 4.3, consoante o caso;
e) Os documentos rectificativos de factura devem conter
a identificação do (s) documento (s) rectificado (s) na
estrutura referencias a facturas (References) da tabela
4.1;
f) No caso de utilização do programa em modo de
formação, os documentos assim emitidos deverão, em
série específica, indicar sempre no cabeçalho, os dados
identificados da empresa de software, ao invés dos da
empresa cliente e terão ainda de ter impresso a
expressão: «Documento emitido para fins de
Formação», ainda que impressos em papel timbrado
do cliente;
g) Todos os tipos de documentos. identificados através
das respectivas designações. deverão ser emitidos
cronologicamente em uma ou mais série.
convenientemente referenciadas, de a cordo com as
necessidades comerciais, devendo ser datados e
inumerados de forma progressiva e contínua, dentro
de cada série, por um período não inferior a um ano
fiscal;
h) Na identificação dos documentos, não devem ser
utilizados caracteres que violem o esquema de
validação o possam ser interpretados como
273
operadores de XML. Não pode constar da sequência
numérica qualquer outra informação (como por
exemplo, o ano ou o numero do terminal informativo,
etc.) que, a existir, devera sempre constar da
identificação da série;
i) O código identificador da (s) série (s) deve ser
específico de cada um dos estabelecimentos e ou
programa (s), e nunca pode ser repetido no mesmo
contribuinte, para o mesmo tipo de documento. de
modo a identificar univocamente cada documento
emitido. mesmo que os documentos sejam emitidos
por mais do que um programa de facturação;
j) Se por uma questão técnica ou operacional. a utilização
de uma série for descontinuada, a aplicação deve inibir
a sua utilização, não podendo, de forma alguma, apagar
qualquer informação relativa a mesma;
k) Nenhum documento em estado de preparação ou em
pré-visualização poderá ser impresso em momento
anterior a sua finalização e respectiva assinatura;
l) A aplicação não pode permitir que num documento já
assinado seja alterada qualquer informação
fiscalmente relevante, designadamente os campos
definidos nas alíneas e) e g) do nº 34 do presente
anexo.
5. Que no processo de assinatura para identificação de
documentos os sistemas de processamento electrónico de
facturação observem os seguintes requisitos:
a) As facturas ou documentos rectificativos, documentos
que acompanhem mercadorias em circulação,
valorados ou não, documentos emitidos para
conferencia, entre outros, deverá sempre ser gerada
uma assinatura através do algoritmo RSA com base na
informação relativa ao documento ponto 34 do
presente anexo;
b) A assinatura referida na alínea anterior deverá ser
gravada na base de dados do sistema de
processamento electrónico de facturação (que não
274
pode estar encriptada e deve ser mantida durante o
prazo de arquivo legal). com uma associação directa ao
registo integral do documento original;
c) Deverá ser gravada adicionalmente a versão (números
inteiros sequenciais) da chave privada que foi utilizada
para gerar a assinatura do respectivo documento, nos
termos da alínea f) do nº 34 do presente anexo;
d) A mudança do par de chaves utilizado pelo sistema de
processamento electrónico de facturação só pode ser
realizada pelo fabricante após comunicação a AGT
através da Declaração Modelo 8 e respectivo envio
«upload» da respectiva chave pública;
e) Em regra, os documentos são assinados tendo em
consideração o Hash do último documento emitido da
mesma série/tipo. No caso da gravação de um
primeiro documento de uma série/tipo de documento
de facturação, o campo aplicável Chave do documento
(Hash) das tabelas 4.1 a 4.3 deve ser assumido como
não preenchido. No caso de utilização de séries
plurianuais, no início de cada exercício. O primeiro
documento poderá ser assinado tendo em
consideração o Hash do último documento emitido da
mesma série/tipo, no exercício fiscal anterior;
f) O valor a considerar nos campos Total do documento
com impostos (GrossTotal) das tabelas 4.2 e 4.3, para a
assinatura dos documentos de movimentação de
mercadorias ou documentos de conferência e o que
constar na base de dados, independentemente do
modelo utilizado na sua impressão, valorado ou não.
Na ausência de valor na base de dados, o referido
campo deve ser preenchido com «0.00» (sem aspas) e
assim considerado aquando da assinatura;
g) Caso a emissão do documento seja realizada em moeda
estrangeira, o valor a assinar deve ser o contravalor
em AOA uma vez que vai ser este o valor a exportar no
ficheiro SAF-T(AO).

275
6. Que no processo de impressão ou envio electrónico de
documentos os sistemas de processamento de facturação devem
observar os seguintes requisitos:
a) Os documentos susceptíveis de assinatura, só poderão
ser impressos depois de devidamente identifica dos
nos termos dos requisitos constantes no nº 34 do
presente anexo;
b) O documento impresso entregue ao cliente ou o
documento electrónico enviado deve conter
obrigatoriamente quatro caracteres da assinatura
[campos Chave do documento (Hash) das tabelas
subordinadas da tabela 4 –Documentos comerciais
(SorceDocuments) do SAF-T (AO)] correspondentes as
posições 1ª, 11ª, 21ª, e 31ª e separado por um «-»
(hífen) a expressão Processado por programa validado
nº «Número do certificado atribuído pela AGT»/AGT.
Exemplo: “PbRc-Processado por programa validado nº
0000/AGT" (sem aspas);
c) Qualquer documento emitido pela aplicação validada
fiscalmente, impresso ou enviado por via electrónica,
não susceptível de ser assinado nos termos do nº 5 do
presente anexo, nomeadamente os recibos, deve
conter impressos obrigatoriamente a expressão-
Emitido por programa validado nº «Número do
certificado atribuído pela AGT»/AGT. Exemplo:
«Emitido por programa validado nº 0000/AGT» (sem
aspas);
d) Os documentos referidos no nº 4 deverão na sua
impressão conter a data no formato «AAAA-MM-DD»
ou «DD-MM-AAAA» (sem aspas);
e) Nas facturas emitidas nos termos do Regime Jurídico
das Facturas e Documentos Equivalentes, entregues a
clientes que não facultem a sua identificação fiscal
(consumidores finais). deverá ser utilizada a
correspondente linha do NIF do adquirente ou
impressa a expressão «Consumidor final» (sem aspas);

276
f) Os documentos impressos pelo programa de
facturação não devem conter valores negativos.
Quando necessário, serão utilizados documentos
rectificativos de facturas (notas de débito e notas de
crédito, como documentos de correcção de operações
de compra e venda, cuja forma, conteúdo e finalidade
devem ser respeitados. Os valores negativos apenas
poderão ser impressos nos casos de anulação de
registos que já integram o documento ou para acerto
de estimativas nas prestações de serviços continuadas.
O valor negativo nunca poderá ser superior ao valor
positivo da mesma rubrica ou serviço em cada factura.
Caso o acerto. por lubrica. seja superior ao valor
positivo, estamos perante uma regularização que
obriga a emissão da respectiva nota de credito;
g) A menção de franquias, valores de garantia ou
retenções na fonte devem constar de campos próprios,
desenvolvidos para o efeito na aplicação informática,
cuja descrição não seja passível de modificação. Estes
montantes não terão qualquer influência nos totais do
documento emitido devendo ser referidos após o
apuramento do total do documento com impostos
(campo GrossTotal das tabelas 4.1 a 4.4). Em
circunstância alguma podem ser criados tipos de
produto ou serviços ou utilizar a tabela de
produtos/serviços (Product) para este fim;
h) A impressão pelo sistema integrador de documentos
nele integrado, devera fazer menção desta qualidade,
através da expressão «Copia do documento original»
(sem aspas), sem prejuízo de outras que lhe sejam
aplicáveis;
i) Os documentos criados pelo procedimento indicado
no nº 8 do presente anexo, deverão conter, quando
impressos, a expressão - «Copia do documento
original» e separada por hífen os elementos referidos
no ponto ii) da alínea e) do nº 8 do presente anexo, com
excepção do elemento relativo ao HashControl;
277
Exemplo: Cópia do documento original – FTM
abc/089;
j) Os documentos criados pelo procedimento indicado
no nº 9 do presente anexo, deverão conter, quando
impressos. a expressão - «Copia do documento
original» e separada por hífen os elementos referidos
no respectivo ponto ii) da alínea e). com excepção do
elemento relativo ao HashControl;
Exemplo: Cópia do documento original – FTD
XY2019B/092;
k) Os documentos referidos no nº 4 do presente anexo.
quando na sua impressão resultar mais do que uma
pagina, devem exibir em todas elas a designação do
tipo de documento, a respectiva numeração de acordo
com a alínea d) (do presente número), os valores
acumulados (transportados e a transportar), o
respectivo número de página e o número total de
páginas. Os apuramentos globais de base tributável,
apuramento de impostos e total do documento,
quando existirem devem constar exclusivamente na
última página;
l) Se para a impressão dos documentos referidos no nº 4
do presente anexo for utilizado papel pré-impresso, a
aplicação deve assegurar a impressão de todos os
elementos fiscalmente relevantes incluindo as
menções obrigatórias, os elementos identificativos do
sujeito passivo emitente e a natureza do documento.
Não se inclui neste contexto a impressão de logotipos.
m) A impressão dos documentos em que a transmissão de
bens ou prestação de serviços se encontrem isentos de
imposto, deve exibir a expressão legalmente prevista
que confere a isenção ou, na sua ausência, o normativo
legal aplicável. Caso não conste o motivo de isenção na
linha respectiva, deverá utilizar um qualquer tipo de
referenciação que possibilite a associação da linha
isenta ao respectivo motivo. O mesmo é válido para

278
associar qualquer taxa de imposto ao respectivo
produto/serviço;
n) A impressão de uma 2ª via de um documento deve
preservar o seu conteúdo original, ainda que deva
conter qualquer expressão que indique não se tratar
de um original. Assim, por exemplo, se o domicílio ou
denominação de um cliente for alterado na base de
dados, a reimpressão de um documento deve respeitar
os domicílios e denominação originais.
7. Que no processo de integração de documentos na base de
dados do sistema de processamento de facturação, originários de
outras aplicações informáticas devem ser observados os seguintes
requisitos:
a) Dada a existência de diversas soluções de facturação
para colmatar diferentes necessidades dos
contribuintes, nomeadamente a facturação em
sistemas descentralizados ou em sistemas móveis (as
chamadas soluções de mobilidade), devem ser tidas
em conta regras com vista a definição das condições de
integração de informação entre diferentes sistemas de
facturação.
Nestes termos, a aplicação integradora não deve
processar qualquer recálculo ou modificação do
conteúdo dos documentos integrados provindos de
outros sistemas, respeitando inclusive a identificação
única dos documentos (InvoiceNo, DocumentNumber
ou PaymentRefNo), com excepção do mencionado nos
pontos seguintes;
b) A assinatura referida no nº5 do presente anexo é, neste
caso, da responsabilidade das soluções orifinais
(soluções integradas;
c) Uma determinada série/tipo de documento de
facturação, de movimentação de mercadoria ou de
qualquer outro documento susceptível de ser entregue
ao cliente para conferência de entrega de mercadorias
ou de prestação de serviços não pode conter
documentos com diferentes origens (exemplo: conter
279
documentos criados no sistema e importados de um
sistema externo de uma série /tipo de documento de
facturação).
d) Assim, o sistema central que realiza a operação deve:
Integrar os documentos provenientes de outros sistemas
nas séries/tipos de documentos originais, distintas e autónomas
das que utiliza para a emissão própria, nas correspondentes
tabelas de documentos comerciais (4.1, 4.2 ou 4.3) sendo os
documentos integrados entendidos como cópias do documento
original, nessas tabelas;
Colocar a informação relativa ao campo Chave do
documento (Hash) igual a que foi gerada no sistema emissor, nas
correspondentes tabelas 4.1 a 4.3 em que é integrado o
documento, isto é, devem ser iguais, no sistema integrador e
integrado;
Preencher os campos Origem do documento (SourceBilling)
das tabelas 4.1 a4.3, consoante o caso, com o valor «I» (sem aspas);
Preencher o campo Chave de controlo (HashControl), das
tabelas 4.1 a4.3, consoante o caso, com o número do certificado
com o qual o documento foi assinado no sistema original e a
respectiva versão da chave;
O formato da informação a registar, nos campos Chave de
controlo (HashControl) das tabelas 4.1 a 4.3, nos termos da alínea
anterior, resultará da concatenação do número do certificado
original + um ponto + versão da chave privada utilizada na
assinatura original respectivamente dos campos Chave do
documento (Hash) das mencionadas tabelas 4.1 a4.3;
No caso da informação a integrar provir de programa não
validado pela AGT, o valor do campo Chave de controlo
(HashControl) das tabelas 4.1 a4.3, aplicável ao tipo de informação,
deve ser a menção «Não Validado pela AGT» (sem aspas). Já o valor
do campo (Hash) respectivo deve ser «0» (zero).
Os documentos nestas condições não devem ser impressos
pela aplicação integradora.
8. Que no processo de integração de documentos
processados manualmente em impressos emitidos em tipografias
autorizadas, nos casos de inoperacionalidade dos sistemas de
280
processamento de facturação, devem ser observados os seguintes
requisites:
a) A integração de facturas ou outros documentos
rectificativos e documentos de transporte, processados
manualmente deve realizar-se no programa validado em
série específica, de periodicidade anual ou superior e com
numeração sequencial própria, iniciada no nº1;
b) Para este efeito será processado um novo documento do
mesmo tipo, que recolha todos os elementos do
documento manual emitido, com observância dos
requisitos definidos no nº 34 do presente anexo;
c) Nas séries de recuperação, a data do documento
corresponde à data do documento manual sendo de todo o
interesse que se criem campos distintos, de
preenchimento obrigatório, um para acolher a
identificação da série manual e o outro para o número
manual, por forma a obviar lapsos na recolha deste tipo de
documentos, designadamente, da série. Podem ser criadas
tantas séries, quantas as existentes nos documentos
manuais ou apenas uma única série.
d) Preencher o campo de origem do documento
(SourceBilling) das tabelas 4.1 e 4.2, consoante o caso, com
o valor «M» (sem aspas).
e) Nestes casos, o campo Chave de controlo
(HashControl) das tabelas 4.1 e 4.2, consoante o caso,
deve ser aposta a seguinte informação:
i.Número da versão da chave privada (1,2, etc.) e
separado por um «-» (hífen);
ii.Registo sequencial dos seguintes elementos: a sigla
constante do campo Tipo do documento
(InvoiceType ou MovementType), corresponde ao
respectivo tipo de documento, seguida da letra M;
um espago; a série do documento manual; o carácter
«/»; o número do documento manual.
Exemplo: 1-FM «ab/0001» a série/número do
documento manual.

281
f) Para referenciar um documento manual recolhido na
aplicação, deve ser utilizada a série e o número do
documento manual original, e não a identificação única
do documento (InvoiceNo ou DocumetNumber)
atribuído pela aplicação ao documento recuperado.
(Exemplo: A emissão de uma nota de crédito deve
referenciar o número da factura original, emitida de
modo manual.)
g) Quando, houver necessidade de integrar outros tipos
de documentos manuais, utilizar-se-ão os campos
aplicáveis da tabela qua os enquadra, procedendo de
maneira idêntica a já referida nos números anteriores.
9. Que no processo de integração de documentos através de
duplicados que não integram a cópia de segurança (backup),
quando houver necessidade de reposição de dados por
inoperacionalidade do sistema, devem ser observados os
seguintes requisitos:
a) Quando ocorrer uma situação de erro ou anomalia do
programa, devem ser encerradas as séries em
utilização e criadas novas, para prosseguir com a
emissão de documentos, após a reposição da última
cópia de segurança efectuada;
b) A integração de documentos emitidos que não
constam da cópia de segurança reposta, deve realizar-
se no programa certificado, através dos duplicados
desses documentos, em série específica anual e com
numeração sequencial própria, iniciada no nº1;
c) Para este efeito, será processado um novo documento
do mesmo tipo do duplicado que recolha todos os
elementos deste documento emitido, com observância
dos requisitos definidos no nº34 do presente anexo;
d) O capo Origem do documento (SouceBillling) das
tabelas 4.1 a 4.2, consoante o caso, deve ser
preenchido com o valor «M» (sem aspas).
e) Nestes casos, o campo Chave de controlo
(HashControl) das tabelas 4.1 a 4.2, consoante o caso,
deve ser aposta a seguinte informação:
282
iii.Número da versão da chave privada (1,2, etc.) e
separado por um «-» (hífen);
iv.Registo sequencial dos seguintes elementos: a sigla
constante do campo Tipo do documento
(InvoiceType ou MovementType conforme aplicável),
que deve corresponder ao tipo de documento a
recuperar através do duplicado, seguida da letra D;
um espago e a identificação única do documento
(InvoiceNo ou DocumentNumber; consoante o caso).
Exemplo: 1- FTD KM2019A/0099, sendo
«KM2019A/0099» a identificação única do documento
integrado.
f) Nas séries de recuperação de dados, a data do
documento corresponde a do duplicado do
documento. é de todo o interesse que se criem campos
distintos, de preenchimento obrigatório, para acolher
o código interno do tipo de documentos,
designadamente, do código interno do tipo de
documento e da série. Poder-se-ão criar tantas séries,
quantas as existentes nos duplicados dos documentos,
ou apenas uma série única;
g) Para referenciar um documento original recolhido na
aplicação, deve ser utilizado o código interno do tipo
de documento original, e não a identificação única do
documento (InvoiceNo ou DocumentNumber)
atribuído pela aplicação ao documento.
h) Quando, houver necessidade de integrar outros
duplicados de outros tipos de documentos, utilizar-se-
ão os campos aplicáveis e os procedimentos dos
números anteriores.
10. Que no processo de exportação do ficheiro XML do SAF-T
(AO), para além do referido no pontoo 1, são respeitadas as
seguintes condições:
a) No referido ficheiro de dados SAF-T (AO), devem
constar todos os elementos dos índices dos campos
definidos como obrigatórios das tabelas aplicáveis ao
tipo de ficheiro, bem como todos os campos que
283
embora não sejam obrigatórios tenham valores na
base de dados;
b) Deve ser respeitada a regra de garantir valores únicos
para os elementos indicados nas notas técnicas da
estrutura de dados, dentro das tabelas respectivas, de
modo a manter a integridade do conteúdo do ficheiro
XML de SAF-T (AO). Os ekementos referidos nas
tabelas de documentos comerciais (2.1 a 4.3) devem
existir nas respectivas tabelas mestres (2.2 a 2.5);
c) O utilizador não deverá ter qualquer tipo de
possibilidade de definir quais os tipos de documentos
ou a informação a registar na base de dados que são
susceptíveis de extracção para o ficheiro SAF-T (AO);
d) O acima referido ficheiro deverá conter nos campos
das tabelas 4.1 a 4.3, dos documentos comerciais
(SourceDocuments), relativos a Chave do documento
(Hash) e nos relativos a Chave de controlo
(HashControl) de cada estrutura, respectivamente, a
assinatura e a versão (números inteiros sequenciais)
da chave privada utilizada, ambas gravadas
previamente na base de dados, quando se
desencadeou o processo de emissão do documento;
e) No caso de documentos que constem na base de dados,
mas que foram originalmente criados num outro
sistema, devem estes ser objecto de extracção para o
ficheiro XML SAF-T (AO) com os campos Chave do
documento (Hash) e Chave de controlo (HashControl)
das respectivas tabelas 4.1 a 4.3, preenchidos nos
termos das alíneas b), c) e d) do nº7 do presente anexo
e, cumulativamente, devem também ser exportados a
partir da solução original, com os referidos campos
devidamente preenchidos, em conformidade;
f) Os valores dos campos Total do documento com
impostos (GrossTotal) das tabelas 4.1 a 4.3 devem ser
extraídos com o mesmo valor que foi considerado na
assinatura, isto é, arredondado duas casas decimais.

284
11. O controlo de acessos ao aplicativo deve obrigar o
utilizador a alterar a palavra passe periodicamente. A nova
palavra passe não pode ser vazia e o administrador não a pode
conhecer ou visualizar as palavras passe dos utilizadores.
12. A incorporação se uma política de cópias de segurança, de
periodicidade obrigatória.
13. O controlo da base de dados que utiliza e o registo do
número de reposições de cópias de segurança efectuadas.
14. A total protecção da chave privada.
15. A numeração sequencial em função da evolução da data e
hora de emissão dos documentos.
16. Que não existe mais de que um documento activo (com os
campos Estado actual do documento- InvoiceStatus,
MovementStatus WokStatus ou PaymentStatus- de valor «N»)
proveniente da recolha do mesmo documento manual ou do
procedimento mencionado no nº9 do presente anexo.
17. A actualização para efeito de cálculo, de valor com mais do
que 2 casas decimais para evitar erros de arredondamento.
18. Nas soluções de mobilidade, a numeração sequencial, bem
como a informação relativa a assinatura dos últimos documentos
emitidos por série, após estas terem exportado os dados para a
aplicação de integração;
19. A exigibilidade ao utilizador do motivo do não apuramento
do imposto, quando tal se verificar.
20. O controlo de emissão de notas de crédito parciais, face as
quantidades e valores das respectivas facturas a rectificar.
21. Que quando aplicado descontos, estes devem estar
compreendidos entre 0 e 100%.
22. Que a parametrização e desenho dos formulários de
impressão dos documentos seja efectuada pelo fabricante do
software ou, caso seja facultado ao utilizador a possibilidade de
criação de novos tipos de documentos, estes sejam
obrigatoriamente validados pelo fabricante através de assinatura
digital, ou outro qualquer mecanismo que produza os mesmos
efeitos.
23. O averbamento da data em que os bens foram colocados a
disposição do adquirente ou em que os serviços forma prestados,
285
por forma a permitir o correcto preenchimento do campo
TaxPoinDate.
24. Que o utilizador não possa definir quais os tipos de
documentos que são assinados e/ou exportáveis para o ficheiro
XML SAF-T (AO).
25. Que não é efectuado o reprocessamento de qualquer
cálculo sobre documentos recolhidos ou resultantes de integração
de outros sistemas.
26. Que o Número de Identificação Fiscal (NIF), constante
numa ficha de cliente já existente e com documentos emitidos, não
seja alterado. Apenas poderá ser averbado o NIF em falta, no caso
de o campo não estar preenchido com o NIF em falta, no caso de o
campo não estar preenchido, como o NIF do cliente genérico
«999999999».
27. Que o nome numa ficha de cliente já existente e com
documentos emitidos, mas cujo NIIF não foi fornecido, seja
alterado. esta limitação cessa, quando na ficha do cliente for
averbado o respectivo NIF.
28. Que numa ficha de produto já existente e com documentos
emitidos, seja alterada a informação do campo Descrição do
produto ou serviço (ProductDescrition) constante na tabela 2.4.
29. Que não permite a reutilização de códigos de utilizador
(SourceId) após o respectivo utilizador ter procedido a
reutilização de movimentos fiscalmente relevantes.
30. Que não permite a criação de notas de crédito relativas a
documentos anteriormente anulados ou já totalmente
rectificados.
31. Que não permite a anulação de documentos sobre os quais
já tenha sido emitido documento rectificativo (nota de crédito ou
débito) ainda que parcial, sem a prévia anulação do respectivo
documento rectificativo.
32. Que não permite a aceitação de devoluções de documentos
de venda ou transmissões em documentos de rectificação.
33. Os desvios alertas aos utilizadores, nomeadamente:
a) Se algum dos campos obrigatórios do SAF-T (AO) não
for preenchido pelo utilizador, aquando do
processamento de documentos;
286
b) Quando a emissão do documento possuir data
posterior a actual, ou esta é superior a data do sistema.
Neste caso, após esta emissão, não poderá ser emitido
um novo documento com a data actual ou anterior,
dentro da mesma série;
c) Caso a data e hora de sistema seja inferior a do último
documento emitido, deve ser pedida a confirmação,
antes da emissão, de que a data e hora de sistema se
encontra correcta. Esta validação deve ser feita
utilizando a data/hora do SistemEntryDate de
qualquer tipo de documento emitido,
independentemente da sua série;
d) Outros que os fabricantes de softwares julguem
pertinentes e que não violem a legislação em vigor.
34. Os seguintes requisitos técnicos a que se refere o ponto 2
do presente anexo:
a) Deve ser utilizado o algoritmo RSA (algoritmo de
criptografia de dados que usa o sistema de chaves
assimétricas, chave pública e chave privada);
b) A chave pública a fornecer juntamente com a
declaração modelo 8 deve resultar da sua extracção a
partir da chave privada, em formato PEM- base 6 e
deve ser criado o respectivo ficheiro com a extensão
«txt»;
c) 4.3- O fabricante de software deverá assegurar que a
chave privada utilizada para a criação da assinatura
que é do seu exclusivo conhecimento e deverá estar
devidamente protegida no software;
d) 4.4- O texto a assinar relativo ao documento deverá
conter os dados concatenados no formato indicado nas
notas técnicas para cada campo, separados por «;»
(ponto e vírgula);
e) Os documentos emitidos e englobados na tabela 4.1-
Documentos comerciais a clientes (SalesInvoices)
referidos no campo Tipo de documento (InvoiceType),
devem usar (para a assinatura dos respectivos
documentos) os seguintes campos:
287
i.A data de criação do documento de venda [campo
4.1.4.7- data do documento de venda (InvoiceDate)
do SAF-T (AO)];
ii.A data e hora de criação do documento de venda
[campo 4.1.4.12- data de gravação do documento
(SistemEntryDate) do SAF-T (AO)];
iii.O número do documento de venda [campo 4.1.4.1-
identificação única do documento de venda
(InvoiceNo) do SAF-T (AO)];
iv.O valor do documento de venda [campo 4.1.4.20.3-
total do documento com impostos (GrossTotal) do
SAF-T (AO)];
v.A assinatura gerada no documento anterior, do
mesmo tipo e série de documento [campo 4.1.4.4-
chave do documento (Hash) do SAF-T (AO)].
f) A assinatura resultante do disposto na alínea anterior
e a versão da chave privada de encriptação devem ficar
guardadas na base de dados do programa de
facturação.

Campo do SAFT- Formato Dados Dados Exemplo


(AO)
InvoiceDate AAAA-MM-DD 2019-01-01
Sistem Entry Date AAAA-MM-DDTHH:MM:SS 2019-01-11T11:27:08
InvoiceNo Composto pelo código interno de FAC 001/9
documento, seguido de um espaço,
seguido de um identificador da
série do documento, seguido de
uma barra (/) e de um número
seqüencial do documento dentro
da série ([a-zA-Z0-9. /_-])+ ([a-zA-
ZO-9] * /[0-9] +)
GrossTotal Campo numérico com duas casas 1200.00
decimais, separador decimal
(ponto) e sem nenhum separador
de milhares.
Hash, campo do Base-64 mYEJv4GwLenQbR-
documento anterior D7dPs2uDlmX08XjXIKe
na mesma série, vazio Gg3GEHmwMhmmGYus
quando se trata do flJjTdSITLX+uujTwzqmL
primeiro documento /U5nvt6S9s8ijN3LwkJX
da série ou do siEpt099elMET/j8y3+Yl
exercício) nN+KYPJQiVmlQSOfXET

288
sOPo8SwUZdBALtOvTol
VhUZKejACcjEYJ9G6nl I
Exemplo da mensagem a assinar:
2019-01-11;2019-01-11T11:27:08;FAC
001/9;1200.00;mYEJv4GwLenQbR-
D7dPs2uDlmX08XjXIKeGg3GEHmwMhmmGYusflJjTdSITLX+uujT
wzqmL/U5nvt6S9s8ijN3LwkJXsiEpt099elMET/j8y3+YlnN+KYPJ
QiVmlQSOfXETsOPo8SwUZdBALtOvTolVhUZKejACcjEYJ9G6nl
g) Os documentos emitidos e englobados na tabela 4.3-
Documentos de conferência de entrega de
mercadorias ou da prestação de serviços
(WorkingDocuments) referidos no campo Tipo de
documento (WorkType), devem, usar (para a
assinatura dos respectivos documentos) os seguintes
campos):
i.A data de criação do documento de conferência
[campo 4.3.4.7- data do documento (WorkDate) do
SAF-T (AO)];
ii.A data e hora da criação do documento de
conferência [campo 4.3.4.11- data da gravação do
documento (Sistem Entry Date) do SAF-T (AO)];
iii.O número do documento de conferência[campo
4.3.4.1- identificação única do documento
(DocumentNumber) do SAF-T (AO)];
iv.O valor do documento de conferência [campo
4.3.4.15.3- total do documento com impostos
(GrossTotal) do SAF-T (AO)];
v.A assinatura gerada no documento anterior, do
mesmo tipo e série de documento [campo 4.3.4.4-
chave do documento (Hash) do SAF-T (AO)].
A extracção do Ficheiro do tipo facturação, deve conter as
seguintes tabelas do SAF-T (AO) e os respectivos elementos
definidos na estrutura de dados.
1 - Cabeçalho (Header);
2.2 - Tabela de Clientes (Customer);
4.1 - Documentos Comerciais de Clientes (SalesInvoices);

289
4.3 - Documentos de conferência de mercadorias ou de
prestação de serviços (WorkingDocuments);
4.4 - Documentos de recibos emitidos (Payments).
O ficheiro remetido mensalmente deve conter apenas:
Os Documentos Comerciais emitidos no período (Mês, Dia);
Os Clientes que tenham referência dos Documentos
Comerciais, excluindo-se aqueles que não efectuaram transacções
comerciais naquele período.
Dependendo do volume de facturas emitidas, a extracção e
envio poderá ser fraccionada em períodos mais curtos, por
exemplo, por semana ou por dia.

ANEXO II
Informações relevantes exemplificativas:
1.Criação do par de chaves privada/pública
Para exemplificar a criação do par de chaves RSA, foi utilizada
a apliacação OpenSSL, que [e executada directamente na linha de
comandos com argumentos (Windows/Linux, entre outros), e
pode ser obtida em www.openssl.org.
Permite, entre outras funcionalidades, criar chaves RSA, DH e
DAS, criar certificados X.509, CSR e CRLs, assinar digitalmente,
criptografar e decriptografar, etc.
Na análise dos exemplos apresentados, deve ter-se em conta
que:
São meramente ilustrativos, não significando de maneira
alguma que o fabricante se Software tenha ou deva utilizar a
aplicação OpenSSL;
As linhas de comando respectivas foram preparadas e
ensaiadas quer com base em Linux quer em Windows, tendo-se
obtido o mesmo resultado final;
A utilização do comando ECHO, aplicado na linha de
comandos do Windows/Dos, pode apresentar resultados
diferentes dos obtidos em Linux pelo que não deverá ser utilizado
para efeito de testes;
São realizados com o formato PEM
Para criar a chave privada:

290
Basta executar o comando OpenSSL com os seguintes
argumentos:
cmd> openssl genrsa-out Chaveprivada.pem 1024
Onde <<Chaveprivada.pem>> é o nome do ficheiro que irá
conter a chave privada e <<1024>> e o tamanho em bits
Como resultado foi obtida, neste caso a informação de que se
apresenta uma parte:
Para criar chave pública com base na chave privada
anterior:
Deve executar o comando OpenSSl com seguintes
Cmd> openssl rsa – in ChavePrivada.pem-out chave-
Publica.pem – outform PEM – pubout
Onde <<ChavePublica.pem>> é o ficheiro que contem a
Chave pública.
Para fazer o upload da mesma juntamente com a
Declaração modelo 8 basta renomear a sua extensão de
<<. Pem “ para >>. txt” (sem as aspas).
Como resultado foi obtida, neste caso, a informação
Seguinte de que se apresentauma parte:
-----BEGIN PUBLIC KEY-----MIGfMA0GCS q G S Ib 3 D Q E
B A Q U A A 4 G N A D C B i- Q K B g Q D W D X 9w
Vqj6ZqNZU1ojwBpyK KkuzHTCmfk39xx/T9vWkqpcV7h3sx++Z
Ov2KhhNkle/114OCWDPCXRE4g0ul1Qr0N29Vmip3aHHayy76+
1bBCNVcHFxM0ggjrelacnD0qUpXZ6Vza7F+PPCyuypD2V/pkL1n
X9Z6zuYyqcOXaSFdw1DAQAB
-----END PUBLIC KEY----
Para verificar a chave pública: basta executar o comando
openSSL com os seguintes argumentos: cmd> openssl rsa- in
chave publica.pem –noout- text – pubin
2. Criação do certificado
O par de chaves utilizado não requer a emissão de um
certificado por parte de uma entidade credenciada. O fabricante
de software poderá gerar o certificado auto-assinado para efeio da
certificação e dele extrair a chave pública para fornecer á AGT, com
a extensão txt.

291
Para a criação do certificado a partir da chave privada, o
algoritmo RSA deverá ser utilizado com as seguintes
especificações nos parâmetros:
Formato =x.509
Charsel=UTF
Encoding= Little Endian
OAEP padding= PKCS1 v1. 5 padding
Tamanho da chave privada= 1024 bits
Formato do hash da mensagem =SHA-1
3.Exemplo prático de aplicação do mecanismo e assinatura
a documentos englobados na tabela
3.1 Criação da assinatura digital com a chave privada
Independentemente da implementação do RSA que for
adoptada e que se melhor adeqúe a cada solução deve ser
garantido que as assinaturas contêm 172 bytes, sem quaisquer
caracteres separadores de linhas.
Invoce Date 18-05-2018 18-05-2018
System Entry Date 2018-05-18T11:22:19 2018-05-18T11:43:25
Invice NO Fac 001/ 18 Fac 001/ 19
Gross Total 53.00 75.00
Hash Ver 1. º Registo Ver 2. º Registo
Os elementos a assinar (Invoicedate, systemEntryDate,
invoiceNo, grossTotale hash) devem ser contactenados apenas com
o separador «;» entre cada um dos campos, não devendo conter
aspas nem qualquer carácter de fim de linha, quando objecto de
encriptação, com vista á obtenção da assinatura.
1º Registo
Tratando-se do primeiro registo, o campo (Hash) é preenchido
com hash resultante da aplicação da chave privada anteriormente
criada, para assinar digitalmente os campos (Invoice Date,
SystemEntryDate, InvoiceNo e GrossTotal)
O texto a assinar será:
2018-05-18;2018-05-18T11:22:19;FAC 001/18;53.002
1 º Passo:
Guardar a mensagem a assinar2018-05-18;2018-05-
18T11:22:19;FAC 001/ 18;53 00;

292
Num ficheiro de texto (que neste exemplo designaremos
Registo1.txt), certificando-se que no fim da mensagem não fica
qualquer quebra de linha o «;» sem aspas.
2 º Passo:
Assinar a mensagem contida no ficheiro Registo1.txt com o
seguinte comando:
Openssl dgst-shal – sign ChaePrivada.pem- outRegistol.
Shal Registo 11.txt O ficheiro Registo1. Shal conterá o hash em
Binário gerado pela aplicação OpenSSL.
3º Passo:
Seguidamente é necessário efectuar o encoding para base 64 do
ficheiro Registo. Shal:
Openssl enc – base b64- in Registol.Shal – out Registol.
b64-A.
O ficheiro designado por Registol.b64 é que contém os 172
caracteres em e mais tarde exportados para o campo (Hash) do
SAF-T (PT)
O parâmetro- A serve apenas para a aplicação OpenSSL gerar a
assinatura numa única linha evitando as quebras de linha
adicionais.
Como resultado o ficheiro Registo1.b64 conterá uma
assinatura do tipo:
oso2FoOw4V941CwKTrv6xwzUrOtxBWCwU0yL-
VAqKwFOCNKZHMETGIXZZC4spRSybluDXBggplogr18gHnvevA0
0UEoAvGJo9Fa3DOA0MhZNDa9/rNvu71pp+0zHmN2ra51WpiHe
gmUYxm5qamLBk49rkgv17lmyKCYBKqgu60=
A qual deverá ficar registada no campo HASH da tabela anterior
e na posição correspondente ao
1.º Registo
2º Registo
Procedendo de forma idêntica, agora com os dados do 2º
registo hash do registo anterior teríamos como mensagem a
assinar no ficheiro Registo2.txt
2019-07-18;2019-05-18T15:25:25;FAC
001/19,75. C)0;oso2FoOw4V941CwKTrv6xwzUrOt
XZZC4spR5ybyluDXBggplogr18gHnve-vA00UE
oAVGjo9Fa3DOA0MhZNDa/
293
rNvu71pp+0zHmN2ra51wpiHcgmUY
xm5qamLBk49rkgv17h1myKCYBKqgu60=
Utilizando os procedimentos acima descritos para o 1. º, Passos
q a 3, criaram-se os ficheiros2.
Shal e Registo2.b64.
Como resultado, este último ficheiro, Registo2.b64 ira conter a
assinatura digital do 2.º registo do género deste tipo:
Y2og\/AC9rcmm9hilZCGGlxjpkZP9NHn5sllllp9pll
BIVWIn+Ta2zKf+
O+05brA6VUOLULtMQP98P29q+vcSwVtxSzLDb
mlnkHMt416llQmh
91 QaOJwPpz2uMqtR3aMkWYPK4NtciyfilXpY1 c-SeUGb
QkqAsJOFSidRE4+DibJa C7WMpw=
A qual deverá ficar registada no campo (Hash) da tabela
anterior e na posição correspondente ao 2. º Registo.
3.2 Validação da assinatura digital criada
Para confirmar a validade das assinaturas basta executar o
comando:
Openss/dgst-shal – verify chavepublican. Pem –sgnature
resisto1.shal registo1.txt Webservice (Estrutura de dados).
O pedido é efectuado segundo o protocolo SOAP e é constituído
por duas secções:
 SOAP:Header
 SOAP:Body
 O Header inclui todos os campos de autenticação do
utilizador;
 O Body contém os dados do documento comercial SOAP.
Header obrigatório: S – Sim; N- não
Tipo Dados: A validar na especificação WSDL (eb service
definition language) do serviço SOAP: body
Parâmetro Obrig Descrição Tipo
Dados
1-NiF Emitente (Tax Sim NIF do eminenteNúmero de String
RgistrationNumber) Identificação Fiscal (sem qualquer
prefixo do pais).

294
2-Número Documento Sim Identificação única do documento de String
(InvoiceNo) venda Deve ser idêntico ao que
Consta no ficheiro SAF-T (AO),
Quando gerado a partir sistema de
Facturação que emitiu este
documento Composto pelo código
interno do Documento, seguido de um
espaço, Seguido do identificador da
série do Do documento, seguido de
uma barra (/), e de um número
sequencial do Documento dentro da
série
Não podem existir registos com a
Mesma identificação
3- Data Emissão Sim Data de emissão do documento Date
(InvoiCeDate)
4- Tipo (Invoice type) Sim Tipo de documento: String
FT- Factura; NC-Nota de crédito
ND- Nota de débito
4.1- Estado (Invoice Sim Estado de documento: String
Status) N- Normal
A- Anulada
5- NIF Adquirente NIF do adquirente nacional Número String
(Customer tax l D) de Identificação Fiscal (sem qualquer
Prefixo do país); Deve ser preenchido
sempre que se Trate de um
adquirente nacional; Quando não
tenha sido recolhido no sistema de
facturação do emissor, deve ser
preenchido com 999999990
6 NIF Adquirente Este campo e mutuamente exclusivo string
Estrangeiro Com o campo «5 -NIF Adquirente
(Internacional Customer (CustomerTaxID)». Deve ser obriga
TaxlD) Toriamente preenchido um, e apenas
um dos campos.
Deve ser preenchido sempre que se
Trate de um adquirente estrangeiro,
Cujo NIF tenha sido recolhido no siste
Ma de facturação do emissor
7- Linhas do documento Resumo das linhas da factura por taxa
Por Taxa (Line) De imposto, e motivo de isenção ou ou
na liquidação.
Deve existir uma, e uma só linha, por
Cada taxa (TaxType, TaxCode) e motiv
De isenção ou não liquidação
(TaxExemptionReason)

295
7.1 – Valor a Débito Somatório do valor das linhas, sem
(Debit Amount) imposto, deduzido dos descontos de
linha e cabeçalho, onde foi aplicada a
taxa e/ou motivo de isenção descritos
em «7.3- Taxa (Tax)».
Obrigatório . Nos restantes tipos de
documentos, deve ser preenchido
apenas o campo «7.2-Valor a Credito
(CreditAmount)»
7.2- Valor a Crédito Somatório do valor das linhas, sem
(credit Amount) imposto, deduzido dos descontos de
linha e cabeçalho, onde foi aplicada a
taxa e/ou motivo de isenção descritos
em «7.3- Taxa ( Tax)».
Obrigatório para as facturas e Notas
de débito, deve ser preenchido apenas
o campo «7.1 – Valor a débito (Debit
amount)»
7.3.- Regime de Imposto
(Tax)
7.3.1-Regime de
Imposto (Tax type)

Parâmetro Obrig Descrição Tipo


Dados
7.3.2- Motivo de Motivo de isenção de IVA Campo
Isenção(TaxExemption De preenchimento obrigatório
Reason) quanDo se trate de uma transmissão
ou prestação de serviço isenta ou em
que, justificadamente, não ocorra
liquidação de IVA.
Deve ser preenchido com códigos da
tabela Motivos de Isenção ou não
liquidação de IVA.
8- Totais do
Documento
(DocumentTotals)
8.1- Valor do Impostor Valor do imposto a pagar. Deve
(Tax payable) incluir apenas os impostos
contemplados nas linhas de resumo
por taxa em «7- Linhas do documento
por taxa ( Line )»
8.2- Valor tributável Total do documento sem imposto.
(Net Total)
8.3- Montante Total Total do documento com imposto.
(Gross Total) Deve incluir o valor tributável e todos
os impostos aplicáveis ao documento,
mesmo que não contemplados nas
linhas de resumo por taxa em «7-

296
Linhas do documento por taxa
(Line)».

297
Diário da República I Série nº 96 de 22 de Julho de 2019

Decreto Presidencial nº 231/19, de 22 de Julho. Altera o


artigo 14º do Decreto Presidencial nº 312/18, de 21 de
Dezembro - sobre o Regime Jurídico da Submissão Electrónica
dos Elementos Contabilísticos dos Contribuintes.

Ministério das Finanças

Considerando que através do Decreto Presidencial nº


312/18, de 21 de Dezembro, foi aprovado o Regime Jurídico da
Submissão Electrónica dos Elementos Contabilísticos dos
Contribuintes, com o objectivo de regular a tramitação e registo
dos actos e formalidades dos processos e procedimentos
tributários passiveis de realização com recursos a meios
tecnológicos e informáticos necessários para modernização e
eficiência do sistema tributário;
Considerando a necessidade de garantir um controlo mais
eficaz dos dados electrónicos das facturas dos agentes
económicos. na medida em que o Regulamento do IVA dispõe que
a apresentação do ficheiro SAF-T/AO é condição para o
reembolso;
Havendo necessidade de se proceder a alteração do período
para o início de aplicação do Regime da Submissão Electrónica dos
Elementos Contabilísticos dos Contribuintes com vista a criação
das melhores condições para sua integral implementação, em
conformidade com o nº 2 do artigo 71º do Código Geral Tributário,
aprovado pela Lei 21/14, de 22 de Outubro.
O Presidente da República decreta, nos termos da alínea l)
do artigo 120º e do nº 3 do artigo 125º, ambos da Constituição da
República de Angola, o seguinte:

298
Artigo 1º
Alteração do Regime Jurídico de Submissão Electrónica dos
Elementos Contabilísticos dos Contribuintes

É alterado o artigo 14º do Regime Jurídico de Submissão


Electrónica dos Elementos Contabilísticos dos Contribuintes,
aprovado pelo Decreto Presidencial nº 312/18, de 21 de
Dezembro, que passa a ter a seguinte redacção:

«Artigo 14º
Disposições transitórias
1. O disposto no presente Diploma aplica-se com carácter
obrigatório aos contribuintes do regime geral e do regime
transitório de tributação do Imposto sobre o Valor Acrescentado,
a partir de 1 de Janeiro de 2020.
2. Sem prejuízo do estatuído no numero anterior, os
contribuintes do regime geral de tributação do Imposto sobre o
Valor Acrescentado são obrigados a enviar até ao final do mês de
Janeiro de 2020 os ficheiros referidos no nº 1 do artigo 3º do
presente Diploma, relativos aos meses de Outubro, Novembro e
Dezembro de 2019.»

Artigo 2º
Dúvidas e omissões
As dúvidas e omissões suscitadas da interpretação e
aplicação do presente Diploma são resolvidas pelo Presidente da
República.

Artigo 3º
Entrada em vigor
O Decreto Presidencial entra em vigor na data da sua
publicação.
Publique-se.
Luanda. aos 12 de Julho de 2019.

O Presidente da República, JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO.

299
Diário da República I Série nº 96 de 22 de Julho de 2019

Decreto Presidencial nº 232/19, de 22 de Julho. Aprova o


Regime Jurídico da Comunicação e Tramitação Electrónica dos
Elementos Contabilísticos dos Contribuintes.

Ministério das Finanças

Considerando que a Administração Geral Tributária, os


contribuintes e demais agentes económicos, no âmbito das
relações tributárias, comunicam-se primacialmente por meio de
notificações e citações que revestem uma importância crucial na
eficácia dos actos tributários e na eficiência dos procedimentos
tributários;
Tendo em conta que a legislação fiscal vigente em Angola
introduz processos e procedimentos tributários passíveis de
utilização de meios electrónicos e informáticos, necessários à
modernização e eficiência do sistema tributário, de acordo com os
novos regimes fiscais aprovados no âmbito da Reforma Tributária
em curso no país;
Com vista a regular o registo e a tramitação dos
procedimentos tributários, e enquadrar legalmente a submissão
electrónica de determinadas declarações de imposto e ao mesmo
tempo estabelecer os critérios de utilização e protecção de dados
associados às tecnologias de informação, visando propiciar a
desmaterialização do sistema e a comodidade dos contribuintes;
Em conformidade com as disposições combinadas do nº2 do
artigo 77º, os nº 13 e 14 do artigo 93º do Código Geral Tributário,
aprovado pela Lei 21/14 de 22 e Outubro;
O Presidente da República decreta, nos termos da alínea l)
do artigo 120º e do nº3 do artigo 125º, ambos da Constituição da
República de Angola, o seguinte:

300
Artigo 1º
Aprovação

É aprovado o Regime Jurídico da Comunicação Electrónica


dos Procedimentos Tributários, anexo ao Decreto Presidencial de
que é parte integrante.

Artigo 2º
Revogação

É revogada toda a legislação que contrarie o disposto no


presente Diploma, nomeadamente o Decreto Executivo nº 363/17,
de 26 de Julho.

Artigo 3º
Aplicação subsidiária

Aplicam-se subsidiariamente ao presente Diploma o Código


Geral Tributário, o Código Aduaneiro, o Código das Execuções
Fiscais e demais legislação em vigor.

Artigo 4º
Norma transitória

Mantêm-se aplicáveis aos procedimentos de comunicação e


de cumprimento de Obrigações Declarativas existentes à data de
entrada em vigor do presente Diploma, sempre que não sejam
disponibilizados os meios necessários para a sua submissão
electrónica.

Artigo 5º
Dúvidas e Omissões

As dúvidas e omissões resultantes da interpretação do


presente Diploma são resolvidas pelo Presidente da República.

301
REGIME JURÍDICO DA COMUNICAÇÃO E TRAMITAÇÃO
ELECTRÓNICA DOS PROCEDIMENTOS TRIBUTÁRIOS

CAPÍTULO I
Disposições. Gerais

Artigo 1º
Objecto

1. O presente Regime Jurídico define as regras aplicáveis às


notificações e demais comunicações do procedimento tributário
por meio electrónico.
2. O Presente Diploma define, igualmente, os actos e
formalidades na apresentação electrónica das declarações dos
contribuintes e dos documentos que as devam acompanhar nos
termos do presente Regime de diplomas específicos.

Artigo 2º
Âmbito

1. O Regime Jurídico previsto no presente Diploma aplica-se


a todas as pessoas singulares e colectivas que se relacionem com a
Administração Geral Tributária.
2. O presente Diploma aplica-se, igualmente, à troca de
informações entre a Administração Geral Tributária
3. e outras instituições públicas ou privadas, pessoas
singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras nos termos da
legislação aplicável.
4. O disposto no presente Diploma não é aplicável às citações
remetidas pelos Tribunais ou quaisquer outras entidades
competentes nos termos da lei, bem como às citações ou
comunicações por estas emitidos.

Artigo 3º
Definições

Para efeitos do presente Regime, considera-se:


302
a) «Actos de Natureza Tributária», quaisquer actos
praticados pela Administração Geral Tributária no
desempenho da sua actividade que produzam efeitos
na esfera jurídica do contribuinte e que, nos termos da
lei, devam ser transmitidos ao respectivo destinatário
ou ao seu representante;
b) «Assinatura Digital», processo de assinatura
electrónica baseada no sistema criptográfico
assimétrico, composto por um algoritmo ou série de
algoritmos, mediante o qual é gerado um par de chaves
assimétricas, exclusivas e complementares, uma das
quais privada e outra pública e que permite ao titular
do documento electrónico e à entidade detentora da
chave pública correspondente, verificar a sua
autenticidade e integridade;
c) «Assinatura Digitalizada», reprodução da assinatura,
efectuada por próprio punho, como imagem, atavés de
equipamento adequado;
d) «Meios Electrónicos», qualquer forma de
armazenamento ou tráfego de documentos e arquivos
digitais;
e) «Transmissão Electrónica», toda a forma de
comunicação à distância com utilização a redes de
comunicação;
f) «Usuário», pessoa a quem é conferido o acesso ao
serviço, mediante registe, a qual é atribuído um perfil
de acesso, que inclui um código de utilizador e senha
necessários para aceder ao Portal do Contribuinte.

Artigo 4º
Regime obrigatório

1. Estão obrigatoriamente sujeitos ao presente Regime os


contribuintes inscritos na Repartição Fiscal dos Grandes
Contribuintes.
2. O Regime previsto no presente Diploma é igualmente
aplicável aos contribuintes que, no âmbito da sua actividade
303
comercial, industrial ou de prestação de serviços possuam um
volume anual de negócios, ou operações de importação de
mercadorias, com valores superiores a Kz: 50.000.000,00
(cinquenta milhões de Kwanzas), apurado com base na declaração
de rendimentos relativa ao exercício fiscal do ano anterior.
3. Estão igualmente sujeitos ao regime obrigatório os
representantes fiscais de entidades não residentes a partir do
momento da entrega da declaração de nomeação de representante
fiscal.
4. Para efeitos do presente Regime, os contribuintes
referidos nos nº 1 e 2, ou os seus representantes, devem proceder
à actualização do cadastro nos 30 (trinta) dias posteriores à
entrada em vigor do presente Diploma.
5. Sempre que um Grupo de sociedades opte pelo Regime de
Tributação de Grupos de Sociedades nos termos da legislação
aplicável, todas as entidades que integram o perímetro do
respectivo grupo ficam sujeitas ao regime previsto no presente
Diploma, independentemente de se encontrarem inscritas na
Repartição Fiscal dos Grandes Contribuintes.

Artigo 5º
Regime facultativo

1. Os contribuintes cadastrados em outras Repartições


Fiscais que no âmbito da sua actividade comercial, industrial,
prestação de serviços, de profissão liberal, bem como actividade
civil com ou sem forma comercial possuam um volume anual de
negócios ou operações de importação de mercadorias, com
valores inferiores a Kz: 50.000.000,00 (cinquenta milhões de
Kwanzas), bem como às microempresas devidamente certificadas
pelo INAPEM, podem aderir ao regime previsto no presente
Diploma.
2. O volume de facturação a que se refere o número anterior
é apurado com base na declaração de rendimentos relativa ao
exercício fiscal do ano anterior.
3. Na falta da declaração referida no nº anterior ou nos casos
de início de actividade, o apuramento é efectuado com base na
304
estimativa do sujeito passivo de Imposto sobre o Rendimento, sem
prejuízo de apuramento oficioso por parte da Administração Geral
Tributária.
4. A adesão ao presente Regime de Comunicação de
contribuintes obrigados nos termos do artigo 4º do presente
Diploma e depende sempre da iniciativa do contribuinte,
manifestada através da actualização do respectivo cadastro de
contribuintes, nomeadamente de fidelização de um contacto
telefónico e endereço de correio electrónico válido no momento
da criação do registo no Portal dos contribuintes para as
comunicações electrónicas.
5. O serviço de notificações electrónicas abrangidos pelo
presente Regime estão igualmente sujeitos às obrigações e
Penalidades previstas nos diplomas específicos, pela falta de
entrega ou entrega fora do prazo das declarações fiscais, mapas e
formulários.

CAPÍTULO II
Adesão e Utilização

Artigo 6º
Comunicações electrónicas

A Administração Geral Tributária recebe e submete as


comunicações electrónicas por meio do Portal do Contribuinte.

Artigo 7º
Adesão voluntária à comunicação electrónica

Sem prejuízo do disposto no nº4, a adesão ao presente


Regime é voluntária, e depende sempre da iniciativa do
contribuinte manifestada no respectivo cadastro.

305
Artigo 8º
Acesso ao Portal do Contribuinte

1. O acesso ao Portal do Contribuinte implica prévio registo


de acesso junto da Administração Geral Tributária, a quem
compete atribuir a respectiva conta de utilizador e a senha.
2. O registo de acesso é solicitado por uma das seguintes vias:
a) Pelo website da Administração Geral Tributária;
b) Nas Repartições Fiscais e Estâncias Aduaneiras.
3. O registo a que se refere o nº1 deste artigo deve ser
realizado mediante procedimento no qual esteja assegurada a
adequada identificação do interessado, ou seu representante.
4. Ao usuário é atribuído o registo e meio de acesso ao Portal
do Contribuinte, de modo a preservar o sigilo, a identificação e a
autenticidade das suas comunicações.
5. O perfil de acesso, que inclui o utilizador e senha
necessários para aceder ao Portal do Contribuinte, é
disponibilizado ao usuário no momento da inscrição ou
actualização do cadastro, devendo ser lavrado registo da entrega
e respectivo termo de recepção, devendo constar a assinatura do
contribuinte ou de quem o represente.
6. O contribuinte fica sujeito ao regime previsto nos artigos
seguintes a partir do momento da atribuição do perfil de acesso.

Artigo 9º
Domicílio electrónico do contribuinte

1. Para efeitos do previsto no presente Diploma, o domicílio


fiscal do contribuinte corresponde à área do Portal do
Contribuinte destinada à recepção das comunicações.
2. O domicílio fiscal electrónico integra, para todos os efeitos,
o conceito de domicílio fiscal50.

50
Domicílio fiscal das pessoas singulares é o lugar da sua residência habitual
(Artigo 37º, nº 1 da Lei nº 21/14 de 22 de Outubro); Domicílio fiscal das
pessoas colectivas ou entidades fiscalmente equiparadas é o lugar da
direcção efectiva. Onde funciona normalmente a sua administração
306
Artigo 10º
Aviso de comunicações por meios electrónicos

1. A comunicação de actos de natureza tributária pode ser


acompanhada do envio de aviso, através de correio electrónico ou
de mensagem escrita para o endereço ou número telefónico,
constantes do cadastro do contribuinte, alertando para existência
de comunicações no Portal do Contribuinte.
2. O aviso por transmissão electrónica de dados, prevista no
número anterior contém apenas o objectivo da comunicação, e
deve remeter expressamente para a fundamentação completa
disponível no Portal do Contribuinte.
3. A falta de aviso não pode, em nenhuma circunstância, ser
invocada nem prejudica a validade da comunicação de actos de
natureza tributária através de meios electrónicos, sendo da
responsabilidade do contribuinte aceder periodicamente ao
Portal do Contribuinte e consultar os actos tributários de que seja
destinatário.

Artigo 11º
Eficácia das notificações

1. Consideram-se realizados os actos processuais por meio


electrónico no dia e hora da sua disponibilização no Portal do
Contribuinte.
2. As notificações efectuadas nos termos do presente Regime
presumem-se efectuadas conforme o número anterior, servindo
de prova, respectivamente, a cópia do aviso gerado pelo sistema
onde conste a menção de que a mensagem foi efectuada com
sucesso, bem como o conteúdo da própria mensagem, que devem
ser incluídas no processo.
3. Para os devidos efeitos legais, designadamente de
contagem dos prazos previstos na lei para a prática de actos por

principal, na ausência de designação estatutária, nos termos do (Artigo 38º,


nº 1 da Lei nº 21/14 de 22 de Outubro).
307
parte dos contribuintes, considera-se que o contribuinte tomou
conhecimento do acto tributário de que é destinatário no
momento do acesso ao Portal do Contribuinte.
4. Caso o usuário não aceda ao Portal do Contribuinte,
considera-se notificado decorridos que estejam 10 (dez) dias após
a disponibilização do acto tributário no Portal do Contribuinte.
5. A presunção do nº2 só pode ser ilidida pelo notificado
quando não lhe seja imputável o facto de a notificação ocorrer em
data posterior à presumida, devendo, para o efeito, a
Administração Geral Tributária, mediante pedido do interessado,
verificar a data da efectiva consulta na base de dados.
6. Caso o contribuinte constate que a comunicação
disponibilizada no Portal do Contribuinte está incompleta, deve
levantar o acto tributário directamente, junto do serviço da
Administração Geral Tributária que o praticou.

Artigo 12º
Erro na notificação

1. Sempre que se verificar qualquer falha de sistema


imputável a Administração Geral Tributária e por esta
reconhecida, que impeça o acesso ao Portal do Contribuinte, fica o
caso previsto no nº4 do artigo anterior suspenso até que o acesso
esteja restabelecido.
2. O disposto no número anterior não obsta a que o
contribuinte opte por levantar o acto tributário integral,
directamente, no serviço da Administração geral Tributária que o
praticou, sem prejuízo do cumprimento dos prazos previstos
neste regime e no Diploma específico aplicável.

Artigo 13º
Dever de sigilo e confidencialidade

Os funcionários públicos ou agentes administrativos


responsáveis pelo tratamento de dados pessoais, bem como todas
as pessoas que, no exercício das suas funções, tomem
conhecimento de informações objecto do presente Regime, ficam
308
vinculadas ao dever de sigilo e confidencialidade, nos termos do
Código Geral Tributário.

CAPÍTULO III
Comunicação Electrónica dos Procedimentos

Artigo 14º
Procedimentos fiscais

1. O regime objecto do presente Diploma Legal compreende,


quanto aos procedimentos fiscais, o envio de declarações, notas,
relações ou outros documentos a apresentar nas Repartições
Fiscais51 competentes, conforme previsto no Código Geral
Tributário.
2. Sem prejuízo do disposto na lei, quanto aos procedimentos
e processos fiscais a tramitar electronicamente compreendem
nomeadamente:
a) Acções prévias de informação dos contribuintes e
outras obrigações tributárias;
b) A determinação da matéria colectável;
c) A liquidação de tributos, quando efectuada pela
Administração Geral Tributária;
d) A revisão de liquidação de tributos, por iniciativa do
contribuinte ou da Administração Geral Tributária;
e) A obtenção de certidão de não devedor;
f) As reclamações e recursos hierárquicos;
g) A cobrança das obrigações tributárias, salvo no que for
regulado no Código das Execuções Fiscais;

51
O Contribuinte pode evitar deslocar-se as Repartições Fiscais, Delegações
Aduaneiras e respectivos Postos usando:
 Central de Apoio ao Contribuinte 923167275;
 agt.callcenter@minfin.gov.ao;
 www.portaldocontribuinte.minfin.gov.ao;
 enpa.funcional@minfin.gov.ao;
 enpa.tecnica@minfin.gov.ao
 agtmobile
309
h) Acções prévias de informação dos contribuintes e
outras obrigações tributárias;
i) Pedidos de informação vinculativa;
j) Reconhecimento ou revogação dos benefícios fiscais;
k) As acções de transgressões fiscais;
l) Inspecção tributária.

Artigo 15º
Submissão electrónica de declarações fiscais

1. O regime de apresentação electrónica de declarações


fiscais consiste na submissão obrigatória, por parte dos
contribuintes previstos no artigo 4º, de quaisquer declarações
previstas na legislação fiscal através de meios electrónicos.
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, os demais
contribuintes podem, com carácter facultativo, submeter as suas
declarações fiscais através de meios electrónicos.

Artigo 16º
Submissão electrónica de outros documentos

Todos os contribuintes obrigados ao presente Regime


devem obrigatoriamente proceder à entrega electrónica das
declarações fiscais, mapas e formulários, bem como de todos os
documentos de suporte, nos prazos previstos na legislação
aplicável.

Artigo 17º
Prazo para prática de actos pelos contribuintes

Quando o acto processual tiver sido praticado em


determinado prezo por meio electrónico, serão considerados
tempestivos os efectuados até as 24 horas do último dia definido
para o efeito na notificação ou nos diplomas específicos.

Artigo 18º
310
Validade jurídica dos documentos

1. Os documentos emitidos e os actos praticados


electronicamente pela Administração Geral Tributária e pelos
contribuintes têm o mesmo valor probatório dos documentos
autênticos emitidos e dos actos praticados em suporte de papel,
desde que a sua certificação siga os termos legais regulamentares.
2. A disponibilização electrónica dos actos tributários, nos
termos do presente Diploma substitui qualquer outro meio de
notificação oficial, para quaisquer efeitos legais.

Artigo 19º
Assinatura electrónica

1. Sem prejuízo do previsto em diploma específico, todos os


documentos emitidos ou actos praticados electronicamente pela
Administração Geral Tributária devem conter assinatura digital.
2. Sempre que, por qualquer motivo, for inviável a utilização
da assinatura digital, poderá, em alternativa, ser utilizada a
assinatura digitalizada.

Artigo 20º
Conservação dos dados

As informações constantes do registo informático ou


electrónico relativas ao procedimento ou processo tributário são
conservadas pelo período mínimo de cinco anos após a respectiva
extinção.

Artigo 21º
Procedimentos aduaneiro

Sem prejuízo do disposto na lei, os actos e formalidades


relativos aos procedimentos aduaneiros a tramitar e registar
electronicamente compreendem:
a) O envio, recepção e controle dos manifestos de carga e
respectivos documentos de transporte;
311
b) O registo, envio e recepção de certificados, licenças e
autorizações legalmente exigidos na tramitação do
procedimento aduaneiro, emitidos pela Administração
Geral Tributária ou outra instituição competente;
c) A submissão, registo, processamento e controlo das
declarações e circulação de mercadorias e meios de
transporte no território aduaneiro;
d) O registo, cálculo, pagamento dos direitos aduaneiros
e demais imposições, reembolso e contabilização do
valor das Isenções ou aplicação de regimes
suspensivos;
e) A fixação de marcas, selos, etiquetas ou qualquer outro
meio ou dispositivo electrónico para acompanhar o
movimento e/ou a armazenagem das mercadorias e
dos meios de transporte;
f) A emissão de documentos, incluindo os relacionados
com a liquidação das obrigações aduaneiras, inspecção
e desalfandegamento de mercadorias.

Artigo 22º
Intercâmbio electrónico de dados

1. A troca de informações entre a Administração Geral


Tributária e outras instituições, incluindo os operadores
económicos, conforme disposto no nº2 do artigo 2º, obedece aos
padrões nacionais e internacionais aplicáveis.
2. O regime de troca de informações referidos no número
anterior compreende, designadamente:
a) Aceitação, em formato electrónico, dos manifestos de
carga, das declarações e demais informações
apresentadas para efeitos de cumprimento das
formalidades aduaneiras, incluindo qualquer
documento de suporte;
b) A transferência de mensagens electrónicas,
informações ou documentos.

312
c) A emissão de notificações, avisos e aletas incluindo as
referidas na alínea f) do artigo 21º do presente Decreto
Presidencial;
d) O envio e recepção de informação estatística e demais
dados às Instituições autorizadas nos termos do nº2 do
presente artigo;
e) A emissão e envio de relatórios decorrentes do uso de
dispositivos de digitalização, com o objectivo de
examinar pessoas, mercadorias e meios de transporte,
nomeadamente contentores, volumes de qualquer tipo
ou tamanho e bagagens;
f) A inclusão e envio de imagens, multimédia ou qualquer
outro documento em suporte digital ou electrónico;
g) A utilização de uma pauta aduaneira de serviço,
incluindo respectivos anexos e informações; e
h) A aceitação e ou rejeição de licenças, certificados e
outros documentos emitidos por entidades públicas e
ou privadas, exigíveis para o cumprimento das
formalidades aduaneiras;
i) A troca de informação com outras Administrações
Tributárias nos termos dos Acordos Internacionais de
que a República de Angola seja parte.
3. A utilização de tecnologias de informação e comunicação
no cumprimento de formalidades aduaneiras deve proceder às
disposições legais aplicáveis à segurança dos dados, ao controlo da
fonte de informação e à protecção contra o risco de acesso não
autorizado, perdas, modificações e destruições.

CAPÍTULO IV
Entidade Competente

Artigo 23º
Implementação e supervisão

1. Compete a Administração Geral Tributária assegurar a


implementação do regime de tramitação e registo electrónico,
bem como instruir e acompanhar o procedimentos e processos
313
tributário, no âmbito das suas atribuições e de harmonia com a
legislação fiscal e aduaneira vigente.
2. Para efeitos do disposto nº2 do artigo 2º do presente
Diploma, compete a Administração Geral Tributária designar
nomeadamente:
a) Os formatos e padrões compatíveis co o modelo de
dados com a Organização Mundial das Alfândegas
(OMA) e outras Organizações Internacionais de que a
República de Angola faça parte;
b) Os requisitos para a autenticação da origem da
informação transferida, incluindo a submissão de
manifestos de carga e ou declarações, bem como a
respectiva documentação complementar;
c) Os requisitos para a autenticação da origem da
informação e dos demais meios electrónicos de
autenticação de dados;
d) Os requisitos e as condições de aprovação de infra-
estruturas adequadas e autorizar o intercâmbio de
dados entre utilizadores do sistema;
e) Os certificados digitais destinados à protecção de
dados, de documentos e imagens electrónicas usados
nos procedimentos ligados ao desalfandegamento de
mercadorias, bem como o modelo adequado para a
encriptação e desencriptação de mensagens e
documentos enviados e recebidos via electrónica;
f) Garantir junto da entidade competente, a certificação
necessária para que os documentos electrónicos
tenham validade, eficácia e valor probatório.

O Presidente da República, JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO

314
Diário da República II Série nº 124 de 30 de Setembro de 2019

Despacho52 nº 1339/19, de 30 de Setembro. Aprova as


instruções de preenchimento das declarações, mapas, modelos e
formulários a que se refere o artigo 3.º do Decreto Executivo nº
134/19, de 10 de Junho, que aprova os modelos declarativos do
Imposto sobre o Valor Acrescentado.

Administração Geral Tributária

Considerando a aprovação dos modelos declarativos do


Imposto sobre o Valor Acrescentado, pelo Decreto Executivo nº
134/19, de 10 de Junho.
Havendo necessidade de se proceder à aprovação das
instruções de preenchimento das declarações, mapas, modelos e
formulários do Imposto sobre o Valor Acrescentado, conforme
determina o artigo 3.º do referido Diploma.
Em conformidade com o disposto nas alíneas n) do nº 1 do
artigo 13.º do Estatuto Orgânico da Administração Geral
Tributária, aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 324/14, de 15
de Dezembro, determino:
1º - São aprovadas as instruções de preenchimento das
declarações, mapas, modelos e formulários a que se refere o artigo
3.º do Decreto Executivo n.º 134/19, de 10 de Junho, que aprova
os modelos declarativos do Imposto sobre o Valor Acrescentado,
anexos ao presente Despacho e que dele são parte integrante,
nomeadamente:
a) Instruções de preenchimento da declaração de início,
alteração e cessação de actividade;
2º - As instruções de preenchimento a que se refere o artigo
anterior são disponibilizadas electronicamente pela
Administração Geral Tributária.

52
Despacho – S.m. Anotação lançada por uma autoridade, pedindo,
requerendo, deferindo ou indeferindo alguma coisa.
315
3º - As dúvidas e omissões resultantes da interpretação do
presente Despacho são resolvidas pelo Presidente do Conselho da
Administração Geral Tributária.
4º - O presente Despacho entra em vigor na data da sua
publicação.
Publique-se.
Luanda, aos 26 de Setembro de 2019.
O Presidente do Conselho de Administração, SÍLVIO FRANCO
BURITY.

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO DE INÍCIO,


ALTERAÇÃO OU CESSAÇÃO DE ACTIVIDADE PARA INSCRIÇÃO
NO REGISTO GERAL DE CONTRIBUINTES
[Artigo 43.º e 45.º do CIVA, artigo 11.º do CII e artigo 23.º do CIRT]
Indicações Gerais
As pessoas singulares ou colectivas que exerçam actividades económicas
estão obrigadas a submeter, por transmissão electrónica de dados, a
declaração de início de actividade
15 dias antes do respectivo início de actividade, para o cadastro no Registo
Geral de Contribuintes. No caso de alteração em qualquer elemento constante
da declaração de início de actividade, as pessoas singulares ou colectivas são
obrigadas a submeter, por transmissão electrónica de dados, uma declaração
de alteração para efeitos de actualização do cadastro no Registo Geral de
Contribuintes.
Número de declarações a submeter - Ainda que a obrigatoriedade da
submissão da declaração surja por força das disposições contidas em mais do
que um dos Códigos
referidos, haverá apenas lugar à submissão de uma única declaração
independentemente do número de estabelecimentos e ou tipo de actividade.
Local - A Declaração deve ser submetida electronicamente através do portal
do contribuinte.
Quando - Antes do início de actividade.

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO DE INÍCIO,


ALTERAÇÃO OU CESSAÇÃO DE ACTIVIDADE PARA INSCRIÇÃO
NO REGISTO GERAL DE CONTRIBUINTES
[Artigo 43.º e 45.º do CIVA, artigo 11.º do CII e artigo 23.º do CIRT]
Indicações Gerais
Quadro 1 Tipo de Declaração
Indicar o tipo de declaração a submeter:
Campo 1: seleccionar este campo se pretende submeter a declaração de início
de actividade, caso ainda não tenha submetido;

316
Campo 2: seleccionar este campo se pretende submeter a declaração de
alteração de qualquer elemento constante do seu cadastro;
Campo 3: seleccionar este campo se pretende submeter a declaração de
cessação de actividade;
Campo 4: Seleccionar este campo se pretende suspender o seu número de
identificação fiscal por não estar a exercer actividade.
Quadro 2 Número de Identificação Fiscal
Indicar o Número de Identificação Fiscal de pessoa singular ou colectiva
(tratando-se de um sujeito passivo não residente, com sede, estabelecimento
estável ou domicílio
fora do território nacional, deve indicar o NIF do representante fiscal).
Quadro 3 Repartição Fiscal de Domicílio
Campo 1: Indicar a Repartição Fiscal da área da sede, estabelecimento estável
ou domicílio do contribuinte.
Campo 2: Este campo é de preenchimento automático, destina-se a indicar o
Código da Repartição Fiscal indicada no Campo 1 do Quadro 3.
Quadro 4 Identificação do Contribuinte
Campo 1: Indicar o nome ou denominação social, igual ao que consta do
documento de cadastro atribuído pelos serviços da Administração Geral
Tributária.
Campos 2 a 21: Indicar a localização da sede, estabelecimento estável ou
Domicílio fiscal, e os contactos telefónicos e de e-mail.
Quadro 5 Caracterização do Contribuinte
Campo 1: seleccionar este campo, se for uma pessoa singular.
Campo 2: Seleccionar este campo se for uma pessoa colectiva.
Quadro 6 Tipo de Entidade
Indicar a natureza jurídica correspondente:
Campo 2.1: Seleccionar este campo se for uma sociedade por quotas;
Campo 2.2: Seleccionar este campo se for uma cooperativa;
Campo 2.3: Seleccionar este campo se for um órgão do Estado;
Campo 2.4: Seleccionar este campo se for uma autarquia local ou ente
equiparado;
Campo 2.5: Seleccionar este campo se for uma entidade sem fins lucrativos;
Campo 2.6: Seleccionar este campo se for uma empresa em nome individual;
Campo 2.7: Seleccionar este campo se for uma sociedade civil sob forma
comercial;
Campo 2.8: Seleccionar este campo se for uma sociedade anónima;
Campo 2.9: Seleccionar este campo se for uma empresa do Sector Empresarial
Público;
Campo 2.10: Seleccionar este campo se for um instituto público;
Campo 2.11: Seleccionar este campo se for uma sociedade unipessoal por
quota;
Campo 2.12: Seleccionar este campo se for uma associação e indicar o tipo de
associação;

317
Campo 2.13: Seleccionar este campo se for uma entidade que não esteja
prevista nos pontos acima e indicar o tipo de entidade.
Quadro 7 Tipo de Contribuinte
Campo 1: Seleccionar este campo se for residente fiscal em Angola;
Campo 2: Seleccionar este campo caso não seja residente fiscal em Angola;
Campo 2.1: Seleccionar este campo se exerce a sua actividade num
estabelecimento estável;
Campo 2.2: Seleccionar este campo caso não tenha estabelecimento estável
onde exerce a sua actividade.
Quadro 8 Caracterização das Actividades e Códigos de Actividade
Económica
Campo 1: Indicar a actividade principal.
Campo 1.1: Indicar o Código de Actividade Económica — CAE.
Campo 1.2: Indicar o número do alvará comercial.
Campo 1.3: Indicar outras actividades, caso exerça mais do que uma actividade
económica.
Quadro 9 Identificação dos Representantes Legais
Campo 1: Indicar o nome do representante legal.
Campo 2: Indicar o Número de Identificação Fiscal do representante legal.
Campo 3: Indicar a função do representante legal.
Campo 4: Indicar o contacto telefónico do representante legal.
Campo 5: Indicar o endereço electrónico do representante legal.
Nota: os campos subsequentes só são preenchidos caso exista mais do que um
representante legal.
Quadro 10 Volume de Negócio
Campo 1: Seleccionar este campo se o volume de negócio a declarar é o
constante da declaração Modelo 1 do Imposto Industrial referente ao exercício
económico do ano
anterior, neste caso, deve anexar a respectiva declaração.
Campo 2: Seleccionar este campo se o volume de negócio a declarar resulta de
uma previsão efectuada para o ano;
Campo 3: Indicar o volume de vendas efectuadas no ano anterior ou a efectuar
no próximo exercício económico;
Campo 4: Indicar o valor total das prestações de serviços efectuadas no
exercício económico do ano anterior, ou a efectuar no próximo exercício
económico;
Campo 5: Indicar o valor total das vendas e das prestações de serviços
efectuadas no exercício económico do ano anterior, ou a efectuar no próximo
exercício económico;
Campo 6: Indicar o ano a que reporta o volume de vendas ou das prestações
de serviços indicadas nos campos 3, 4 e 5.
Quadro 11 Grupo de Tributação em Sede do Imposto Sobre o
Rendimento
Indicar o grupo de tributação em sede do Imposto sobre o Rendimento:

318
Campo 3.1: Seleccionar este campo se estiver enquadrado no Grupo A de
tributação do Imposto Industrial;
Campo 3.2: Seleccionar este campo se estiver enquadrado no Grupo B de
tributação do Imposto Industrial;
Campo 4.1: Seleccionar este campo se estiver enquadrado no Grupo B de
tributação do Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho;
Campo 4.2: Seleccionar este campo se estiver enquadrado no Grupo C de
tributação do Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho.
Quadro 12 Tipo de Operações Realizadas pelo Contribuinte
Campo 1: Seleccionar este campo se no exercício da sua actividade efectuar
apenas transmissões de bens e/ou prestações de serviços que conferem o
direito à dedução.
Campo 2: Seleccionar este campo se no exercício da sua actividade efectuar
apenas transmissões de bens e/ou prestações de serviços que não conferem o
direito à dedução.
Campo 3: Seleccionar este campo se no exercício da sua actividade efectuar
transmissões de bens e/ou prestações de serviços que conferem o direito à
dedução, bem como
transmissões de bens e/ou prestações de serviços que não conferem o direito
à dedução.
Campo 4: Seleccionar este campo caso seja uma entidade obrigada a cativar o
IVA nas suas aquisições de bens e serviços, nos termos previstos no artigo 21.º
do CIVA.
Campo 5: Indicar se no exercício da sua actividade realizará importações de
bens.
Campo 6: Indicar se no exercício da sua actividade realizará exportações de
bens e/ou serviços.
Quadro 13 Enquadramento em Imposto sobre o Valor Acrescentado
Campo 1: Seleccionar este campo se reúne os pressupostos para o
enquadramento no regime geral de tributação do Imposto sobre o Valor
Acrescentado, ou quando esteja
enquadrado em outro regime e deseja optar pelo regime geral de tributação
do IVA, desde que reúna todos os requisitos para o seu enquadramento, com
excepção ao volume
de negócios.
Campo 2: Seleccionar este campo se reúne os pressupostos para o
enquadramento no regime geral de tributação do Imposto sobre o Valor
Acrescentado e deseja optar pelo
Regime de IVA de Caixa, nos termos previstos no artigo 66.º do CIVA.
Campo 3: Seleccionar este campo se reúne os pressupostos para o
enquadramento no regime de não sujeição do Imposto sobre o Valor
Acrescentado, nos termos previstos no artigo 60.º do CIVA e não deseje optar
pelo regime geral de tributação do IVA.

319
Campo 4: Seleccionar este campo se reúne os pressupostos para o
enquadramento no regime transitório do Imposto sobre o Valor Acrescentado
e não deseja optar pelo regime geral de tributação do IVA.
Quadro 14 Opção para o Regime Geral de Tributação do IVA e Renúncia
à Isenção
Campo 1: Seleccionar este campo se pretende renunciar o regime de não
sujeição e optar pelo enquadramento no regime geral de tributação do IVA.
Campo 2: Seleccionar este campo se pretende renunciar o regime transitório
e optar pelo enquadramento no regime geral de tributação do IVA.
Campo 3: Seleccionar este campo se pretende renunciar a isenção nos termos
previstos no n.º 2 do artigo 12.º do CIVA, optando pela aplicação do Imposto
sobre o Valor Acrescentado.

Quadro 15 Regime de Dedução para Actividades Mistas


Campo 1: Seleccionar este campo caso seleccionou o campo 3 do
Quadro n.º 12.
Campo 2: Este campo é preenchido pelos serviços da Administração
Geral Tributária ou pelo contribuinte quando notificado pelos serviços
da Administração Geral Tributária para o efeito.
Quadro 16 Informações Relativas à Contabilidade
Campo 1: Seleccionar este campo caso possui ou é obrigado a possuir,
contabilidade organizada.
Campo 1.1: Seleccionar este campo se possui por opção, contabilidade
organizada.
Campo 1.2: Seleccionar este campo se possui por exigência legal,
contabilidade organizada.
Campo 2: Seleccionar este campo se não possui contabilidade
organizada.
Campo 3: Indicar o endereço onde se encontra centralizada a
contabilidade do contribuinte.
Campo 4: Seleccionar este campo caso pretenda que as declarações
electrónicas sejam submetidas apenas com indicação da senha do
contabilista.
Quadro 17 Identificação do Contabilista
Campo 1: Indicar o nome completo do contabilista inscrito na Ordem
dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola (OCPCA).
Campo 2: Indicar o número de identificação fiscal do contabilista.
Campo 3: Indicar o contacto telefónico do contabilista.
Campo 4: Indicar o número de contabilista atribuído pela OCPCA.
Campo 5: Indicar o correio electrónico do contabilista.
Campo 6: Indicar o correio electrónico alternativo do contabilista.

320
Quadro 18 Indicar Todos os Locais em que Exerce a Actividade
Campo 1: Indicar as províncias em que exerce actividade.
Campo 2: Indicar os Municípios em que exerce actividade.
Campo 3: Indicar o/s Distrito Urbano ou Cidade/s em que exerce
actividade.
Campo 4: Indicar a/s Autarquia/s em que exerce actividade.
Campo 5: Indicar o número de estabelecimentos comerciais que
possui.
Quadro 19 Número da Identificação Bancária para Efeitos de
Reembolsos
Campo 1: Indicar a instituição bancária para efeitos de pagamento de
reembolsos.
Campo 2: Indicar o número da conta bancária onde pretende receber
os reembolsos.
Campo 3: Indicar o Número de Identificação Internacional (IBAN)
relacionado ao número da conta bancária mencionado no campo
anterior.
Campo 4: Indicar o código swift da instituição bancária mencionada no
campo 1 do Quadro 19.
Quadro 20 Estabelecimento Principal ou Local do Exercício de
Actividade (Caso seja diferente do Domicílio fiscal)
Este campo deve ser preenchido unicamente para os Sujeitos passivos
do Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho enquadrados no Grupo
B e C, quando o estabelecimento principal ou local do exercício da
actividade não coincida com o seu domicílio fiscal, referido no campo
2 a 17 do Quadro 4 da declaração.
Quadro 21 Representante(s) de Entidade Não Residente Sem
Estabelecimento Estável
Campo 1: Indicar o nome ou designação social da pessoa (singular ou
colectiva) a quem irá representar para efeitos do Imposto Sobre o
Rendimento.
Campo 2: Indicar o Número de Identificação Fiscal do representado no
país de origem.
Campo 3: Indicar o país de origem da pessoa singular ou colectiva a
quem irá representar para efeitos do Imposto Sobre o Rendimento.
Campo 4: Indicar o nome ou designação social da pessoa (singular ou
colectiva) a quem irá representar para efeitos do Imposto sobre o
Valor Acrescentado.
Campo 5: Indicar o Número de Identificação Fiscal do representado no
país de origem.

321
Campo 6: Indicar o país de origem da pessoa (singular ou colectiva) a
quem irá representar para efeitos do Imposto sobre o Valor
Acrescentado.
Quadro 22 Alterações
Seleccionar os quadros a serem alterados, caso pretenda efectuar
qualquer alteração da informação que conste do cadastro. Só poderá
preencher um dos campos caso anterior-
mente já tenha submetido à declaração de início de actividade.
Quadro 23 Suspensão ou Cessação de Actividade
Campo 1: Detalhar os factos que determinaram a suspensão ou
cessação da actividade.
Campo 2: Indicar o Número de Identificação Fiscal (NIF) do
cessionário do estabelecimento e caso de cessação por força da alínea
c) do n.º 2 do artigo 46.º do CIVA.
Campo 3: Indicar o nome ou denominação social do cessionário do
estabelecimento e caso de cessação por força da alínea c) do n.º 2 do
artigo 46.º do CIVA.
Campo 4: Indicar a data em que se verificou a cessação que obriga à
submissão da declaração.
Quadro 24 Identificação da Pessoa que Submete a Declaração
Campo 1: Indicar o nome da pessoa que submete a declaração.
Campo 2: Indicar o número de identificação fiscal da pessoa que
submete a declaração.
Campo 3: Indicar a função da pessoa que submete a declaração.
Campo 4: Indicar o contacto telefónico da pessoa que submete a
declaração.

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO PERIÓDICA


DO IVA
NOTA INTRODUTÓRIA
Os Sujeitos passivos do IVA estão obrigados ao envio, por transmissão
electrónica de dados, da declaração periódica a que se refere a alínea
c) do n.º 1 do artigo 32.º do Código
do IVA, bem como dos respectivos anexos, nos prazos referidos no n.º
1 do artigo 44.º do mesmo Código. Para o efeito, o sujeito passivo e o
contabilista inscrito na OCPCA
são identificados por senhas atribuídas pela AGT.
Quadro 1 Regime do IVA
Campo 1: Seleccionar este campo, caso esteja enquadrado no regime
geral de tributação do IVA.

322
Campo 2: Seleccionar este campo, caso esteja enquadrado no regime
geral e tributação do IVA e optou pelo regime de IVA de caixa.
Quadro 2 Declaração
Campo 1: indicar este campo, se a declaração é submetida dentro do
prazo legal.
Campo 2: Indicar este campo, se a declaração é submetida fora do
prazo legal.
Campo 3: Indicar este campo, se a declaração destinar-se a substituir
uma declaração previamente submetida dentro ou fora do prazo legal.
Quadro 3 Mapas Anexo
Campo 1: Indicar este campo, se no período em referência adquiriu
bens e serviços em que suportou o IVA, devendo submeter o anexo de
fornecedores (aquisição de bens e serviços).
Campo 2: Indicar este campo, se no período em referência efectuou
regularizações de clientes pelas transmissões de bens e prestações de
serviços efectuadas, devendo submeter o anexo de regularizações de
clientes.
Campo 3: Indicar este campo, se no período em referência efectuou
regularizações de fornecedores pelas aquisições de bens e serviços
efectuadas, devendo submeter o anexo de regularizações de
fornecedores.
Quadro 4 Número de Identificação Fiscal
Indicar o Número de Identificação Fiscal que consta do Registo Geral
de Contribuintes, e que é atribuído pela Administração Geral
Tributária
Quadro 5 Período da Declaração
Campo 1: Indicar o Ano a que se refere a declaração.
Campo 2: Indicar o período de imposto (mês) a que se refere a
declaração.
Quadro 6 Repartição Fiscal de Domicílio
Indicar o código numérico e a identificação da sua Repartição Fiscal de
domicílio.
Quadro 7 Identificação do Contribuinte
Campo 1: Indicar o nome ou designação social do sujeito passivo.
Campo 2: Indicar o nome ou designação social do representante fiscal,
quando nomeado para o efeito e consta do Registo Geral de
Contribuintes.
Campo 3: Seleccionar este campo caso esteja a submeter a declaração
na qualidade de representante fiscal, situação em que deve preencher

323
o seu nome ou denominação social do representado no campo 1 do
Quadro 7.
Campo 4: Seleccionar este campo caso tenha alteração a efectuar no
Cadastro do Registo Geral de Contribuintes.
Quadro 8 Existência de Operações
Campo 1: Seleccionar este campo se, no período a que se refere a
declaração, o sujeito passivo não realizou qualquer operação
tributável e submeta de seguida a declaração.
Campo 2: Seleccionar este campo se, no período a que se refere a
declaração, o sujeito passivo realizou operações tributável, devendo
passar para o Quadro 9.
Quadro 9 Apuramento do Imposto Referente ao Período a que
Respeita a Declaração
Este quadro destina-se ao apuramento do imposto do período a que
respeita a declaração e deve ser preenchido com base nos elementos
constantes da Contabilidade do sujeito
passivo.
Campo 1: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
importâncias que serviram de base ao imposto liquidado pelo sujeito
passivo nas operações de transmissões de bens e prestações de
serviços por si realizadas.
Campo 2: Indicar os valores correspondentes ao somatório do imposto
liquidado pelo sujeito passivo nas transmissões de bens e prestações
de serviços por ele efectuadas.
Campo 3: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
importâncias recebidas que serviram de base ao imposto liquidado
pelo sujeito passivo nas operações de transmissões de bens e
prestações de serviços abrangidas pelo Regime de IVA de Caixa por si
realizadas.
Campo 4: Indicar os valores correspondente ao somatório do imposto
liquidado pelo sujeito passivo e que foram efectivamente recebidos,
das operações de transmissões de bens e prestações de serviços
abrangidos pelo Regime de IVA de Caixa por si realizadas.
Campo 5: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
importâncias que serviram de base ao imposto liquidado pelos
fornecedores de bens e serviços em facturas ou documento
equivalente, cujo sujeito passivo tem a obrigação de cativar o
respectivo imposto, nos termos previstos no artigo 21.º do CIVA.
Campo 6: Indicar os valores correspondentes ao somatório do imposto
liquidado pelo fornecedor de bens e serviços que consta de facturas ou

324
documento equivalente, incluindo as notas de crédito, cujo imposto foi
cativo pelo sujeito passivo declarante (a favor do sujeito passivo). As
sociedades investidoras petrolíferas devem indicar neste campo
apenas o Imposto cativo e dedutível.
Campo 7: Indicar os valores correspondentes ao somatório do imposto
liquidado pelo fornecedor de bens e serviços que consta de facturas ou
documento equivalente, cujo imposto foi cativo pelo sujeito passivo
declarante (a favor do Estado).
Campo 8: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
importâncias que serviram de base ao imposto liquidado pelo sujeito
passivo nas operações de transmissões de bens e prestações de
serviços por si realizadas, cujo imposto que conste da factura ou
documento equivalente foi cativo pelo seu cliente por força do artigo
21.º do CIVA.
Campo 9: Indicar os valores correspondentes ao somatório do imposto
liquidado pelo sujeito passivo nas transmissões de bens e prestações
de serviços por ele efectuadas,
cujo imposto foi cativo pelo seu cliente.
Campo 10: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
transmissões de bens e prestações de serviços isentos com direito à
dedução nos termos da alínea b) do n.º 3 do artigo 22.º do CIVA, com
excepção da prestação de serviços localizados fora do território
nacional nos termos previstos no artigo 10.º do CIVA
Campo 11: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
transmissões de bens e prestações de serviços isentos sem direito à
dedução nos termos do n.º 1 do artigo 12.º do CIVA, com excepção da
alínea a).
Campo 12: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
prestações de serviços efectuadas pelo sujeito passivo, nas situações
em que esta não ocorra no território nacional tal como determina o
artigo 10.º do CIVA.
Campo 13: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
importâncias que serviram de base ao imposto liquidado pelo sujeito
passivo pelos serviços adquiridos a prestadores sem sede,
estabelecimento estável ou domicílio no território nacional.
Campo 14: Indicar os valores correspondentes ao somatório do
imposto dedutível pela aquisição dos serviços fornecidos por
prestadores de serviços sem sede, estabelecimento estável ou
domicílio em Angola.
Campo 15: Indicar os valores correspondentes ao somatório do
imposto liquidado pelo sujeito passivo na aquisição dos serviços
325
fornecidos por prestadores sem sede, estabelecimento estável ou
domicílio em Angola (inversão de sujeito passivo).
Campo 16: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
importâncias que serviram de base ao imposto dedutível relativo a
aquisição de Meios Fixos e Investimentos.
Campo 17: Indicar os valores correspondentes ao somatório do
imposto dedutível relativo a aquisição de Meios Fixos e Investimentos.
Campo 18: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
importâncias que serviram de base ao imposto dedutível relativo a
aquisição de Existências e/ou inventários.
Campo 19: Indicar os valores correspondentes ao somatório do
imposto dedutível relativo a aquisição de Existências e/ou
inventários.
Campo 20: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
importâncias que serviram de base ao imposto dedutível relativo a
aquisição de outros bens de consumo.
Campo 21: Indicar os valores correspondentes ao somatório do
imposto dedutível relativo a aquisição de outros bens de consumo.
Campo 22: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
importâncias que serviram de base ao imposto dedutível relativo a
aquisição de serviços a prestadores com sede, estabelecimento estável
ou domicílio em Angola.
Campo 23: Indicar os valores correspondentes ao somatório do
imposto dedutível relativo a aquisição de serviços a prestadores com
sede, estabelecimento estável ou domicílio em Angola.
Campo 24: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
importâncias que serviram de base ao imposto dedutível relativo a
importação de bens efectuado pelo sujeito passivo, mencionado no
documento alfandegário.
Campo 25: Indicar os valores correspondentes ao somatório do
imposto dedutível relativo a importação de bens efectuado pelo
sujeito passivo, mencionado no documento alfandegário.
Campo 26: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
regularizações mensais de imposto cativo a favor do sujeito passivo
(anulação ou rectificação da factura com Imposto cativo).
Campo 27: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
regularizações mensais de Imposto cativo a favor do Estado (anulação
ou rectificação da factura com imposto cativo).
Campo 28: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
regularizações mensais ou anuais de imposto em favor do sujeito

326
passivo, com excepção das efectivadas pela Administração Geral
Tributária.
Campo 29: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
regularizações mensais ou anuais de imposto em favor do Estado, com
excepção das efectivadas pela Administração Geral Tributária.
Campo 30: Indicar a percentagem estimada para efeitos de dedução
parcial ou pro rata. A percentagem definitiva de um ano é provisória
para o ano seguinte.
Campo 31: Indicar o resultado da soma dos campos
1,3,5,8,10,11,12,13,16,18, 20,22 e 24, referente a base tributável
Campo 32: Indicar o resultado da soma dos campos 6,9,14,17,19, 21,
23, 25, 26 e 28, referente ao imposto a favor do sujeito passivo
Campo 33: Indicar o resultado da soma dos campos 2,4,7,15, 27 e 29,
referente ao imposto a favor do Estado
Campo 34: Campo de preenchimento automático, corresponde a
diferença entre o campo 32 e 33, sempre que o imposto a favor do
sujeito passivo seja superior ao imposto a favor do Estado.
Campo 35: Campo de preenchimento automático, corresponde a
diferença entre o campo 32 e 33, sempre que o imposto a favor do
sujeito passivo seja inferior ao imposto a favor do Estado.
Campo 36: Campo de preenchimento automático, corresponde ao
valor do imposto a reportar constante no campo 39 da última
declaração submetida, ainda que esta seja submetida dentro fora do
prazo ou o montante tenha sido alterado por uma declaração de
substituição do período anterior.
OBS: As Sociedades Investidoras Petrolíferas estão excluídas do
preenchimento dos campos 16,17,18,19, 20, 21, 22, 23, 24 e 25.
Quadro 10 Imposto a Pagar ao Estado
Neste quadro o sujeito passivo deve indicar o nome da entidade com
competência de receber o imposto.
Campo 37: Campo de preenchimento automático, corresponde a
diferença entre o campo 35 e 36 sempre que o valor do campo 35 seja
superior ao campo 36, revelando o imposto que o sujeito passivo deve
entregar ao Estado. Sempre que este campo seja preenchido, o sistema
informático da Administração Geral Tributária gera um Documento de
Cobrança pelo montante constante no campo 37.
Quadro 11 Imposto a Recuperar
Campo 38: Campo de preenchimento automático corresponde ao
somatório dos campos 34 e 36.

327
Campo 39: Campo de preenchimento automático corresponde ao
valor a reportar para o período seguinte, caso o sujeito passivo
pretenda que o crédito transite para o período seguinte.
Campo 40: Indicar neste campo, o valor que o sujeito passivo pretenda
ser reembolsado pelo crédito de imposto gerado. Este campo estará
inactivo sempre que as condições para solicitação de reembolso não
estejam preenchidas. O sujeito passivo só pode solicitar reembolso até
ao montante inscrito no campo 39, pelo que, o sistema da
Administração Geral Tributária actualiza automaticamente o
montante inscrito no campo 39.
Quadro 12 Desenvolvimento do Quadro 9
Campo 41: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
importâncias que serviram de base ao imposto liquidado pelo sujeito
passivo nos adiantamentos recebidos referente as transmissões de
bens e prestações de serviços.
Campo 42: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
importâncias que serviram de base ao imposto liquidado pelo sujeito
passivo nas amostras e ofertas efectuadas para além do limite legal.
Campo 43: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
importâncias que serviram de base ao imposto liquidado pelo sujeito
passivo nas operações sujeitas a tributação da margem.
Campo 44: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
importâncias que serviram de base ao imposto liquidado pelo sujeito
passivo nas operações efectuadas ao abrigo das alíneas e) e f) do n.º 3
do artigo 5.º e do n.º 2 do artigo 6.º, ambos do CIVA.
Campo 45: Indicar o valor das transmissões de bens destinadas à
exportação previstas no artigo 15.º do CIVA.
Campo 46: Indicar o valor das transmissões de bens em que não
liquidou o IVA por estarem isentos ao abrigo da alínea a) do n.º 1 do
artigo 12.º do CIVA - Bens alimentares.
Campo 47: Indicar o somatório dos valores facturados pelo sujeito
passivo, referente a transmissão de bens e prestação de serviços
abrangidos pelo Regime de IVA de Caixa.
Campo 48: Indicar os valores correspondentes ao somatório das
importâncias recebidas pelo sujeito passivo, referente a transmissão
de bens e prestação de serviços abrangidas pelo Regime de IVA de
Caixa.
Quadro 13 Apresentação da Declaração
Neste quadro, o sujeito passivo deve indicar a data da submissão da
declaração, bem como o local (província) da sua submissão.

328
Quadro 14 Identificação do Contabilista
Neste quadro, o sujeito passivo deve indicar o nome completo do
contabilista inscrito na Ordem dos Contabilistas e Peritos
Contabilistas de Angola (OCPCA),o número de
identificação fiscal do contabilista e o número de contabilista
atribuído pela OCPCA.
Quadro 15 Observações
Quadro de preenchimento facultativo, para as situações em que o
sujeito passivo queira reportar observação relacionada com as
operações constantes da declaração
Quadro 15 Observações

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DO ANEXO DE REGULARIZAÇÃO DE


CLIENTES
Alíneas c) e e) do n.º 1 artigo 32.º, conjugado com o artigo 44.º do CIVA
NOTA INTRODUTÓRIA
Os contribuintes enquadrados em sede do IVA no regime geral de tributação
estão obrigados ao envio, por transmissão electrónica de dados, do anexo de
regularizações de clientes, o qual é parte integrante da Declaração Periódica,
contendo as operações de regularizações ou rectificação das facturas ou
documento equivalente referente a transmissão de bens ou realização dos
serviços, conforme referido nas alíneas c) e e) do n.º 1 do artigo 32.º,
conjugado com o artigo 44.º, ambos do Código do IVA.
Quadro 1 Período de Tributação
Indicar o ano e o mês a que se refere a declaração
Quadro 2 Número de Identificação Fiscal
Indicar o Número de Identificação Fiscal do sujeito passivo
Quadro 3 Identificação do Contribuinte
Indicar o nome ou designação social do sujeito passivo
Quadro 4 Regularizações do IVA Liquidado
N.º de Ordem: Campo de preenchimento automático, destina-se a numeração
sequencial das facturas ou documento equivalente declaradas pelo sujeito
passivo para regularização.
Operações: Campo de preenchimento automático, destina-se a indicar as
operações de regularização e as operações constante na declaração periódica
no qual o sujeito passivo pretende regularizar.
Número de identificação fiscal: Indicar o número de identificação fiscal da
pessoa singular ou colectiva que adquiriu os bens e serviços objecto de
regularização.
Nome ou Designação Social: Indicar o nome ou a designação social da pessoa
singular ou colectiva que adquiriu os bens e serviços objecto de regularização.

329
Tipo de documento: Indicar o tipo de documento emitido para a regularização
da transacção realizada, bem como o tipo de documento emitido aquando da
venda de bens e serviços.
Data do Documento: Indicar a data do documento emitido que serviu de
suporte ao registo da operação de regularização, bem como a data do
documento emitido aquando da venda de bens e serviços.
Número do Documento: Indicar o número do documento que serviu de
suporte ao registo da operação de regularização, bem como o número de
documento emitido aquando da venda de bens e serviços.
Valor da factura ou documento equivalente: Indicar o valor global da factura
ou documento equivalente da operação de regularização, bem como o valor
global do documento emitido aquando da venda de bens e serviços.
Valor tributável: Indicar o valor sujeito a tributação do documento emitido
que atesta a regularização da operação, bem como o valor sujeito a tributação
que consta da factura emitida aquando da venda de bens e serviços.
IVA liquidado: Indicar o valor do IVA liquidado por conta da operação
realizada, o qual é objecto de regularização, bem como o IVA liquidado que
consta da factura emitida
aquando da venda de bens e serviços.
IVA cativo: Indicar o valor do IVA cativo pelas entidades referidas n artigo 21.º
do CIVA, que consta da factura emitida aquando da venda de bens e serviços.
IVA regularizado: Indicar o valor do IVA objecto de regularização.
Período de referência: Indicar o período em que registou na declaração
periódica a transacção objecto de regularização (ano e mês).
Linha de destino no modelo: Indicar o número do campo de preenchimento da
declaração periódica em que procedeu o registo da operação de regularização.

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DO ANEXO DE FORNECEDORES -


AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
Alínea c) do n.º 1 artigo 32.º, conjugado com o artigo 44.º do CIVA
INDICAÇÕES GERAIS
Os contribuintes enquadrados em sede do IVA no regime geral de tributação
estão obrigados ao envio, por transmissão electrónica de dados, do anexo de
fornecedores, o qual é parte integrante da Declaração Periódica, contendo as
operações de aquisição de bens e serviços realizadas, conforme referido na
alínea c) do n.º 1 do artigo 32.º, conjugado com o artigo 44.º, ambos do Código
do IVA.
Quadro 1 Período de Tributação e Número de Identificação Fiscal
Indicar o ano e o mês referente ao período de tributação, bem como o número
de identificação fiscal do sujeito passivo
Quadro 2 Nome ou Designação Social do Sujeito Passivo e do
Representante Legal
Indicar o nome ou designação social do sujeito passivo ou do representante
Quadro 3 Operações Efectuadas com Fornecedores de Bens e Serviços
Sujeitas a IVA
330
N.º de Ordem: Campo de preenchimento automático, destina-se a numeração
sequencial das facturas ou documento equivalente declaradas pelo sujeito
passivo.
Número de identificação fiscal: Indicar o número de identificação fiscal do
fornecedor de bens e serviços.
Nome ou Designação Social: Indicar o nome ou a designação social do
fornecedor de bens e serviços.
Tipo de documento: Indicar o tipo de documento emitido pelo fornecedor de
bens e serviços.
Data do documento: Indicar a data do documento emitido pelo fornecedor de
bens e serviços.
Número do documento: Indicar o número da factura ou documento
equivalente emitido pelo fornecedor de bens e serviços.
Valor da factura ou documento equivalente: Indicar o valor global da factura
ou documento equivalente emitido pelo fornecedor de bens e serviços.
Valor tributável: Indicar o valor sujeito a tributação que consta da factura ou
documento equivalente emitida pelo fornecedor de bens e serviços.
IVA suportado: Indicar o valor do IVA suportado que consta da factura ou
documento equivalente emitido pelo fornecedor de bens e serviços.
IVA dedutível (%): Campo de preenchimento automático, destina-se a registar
a percentagem dedução derivado da aplicação do método pro rata (método de
dedução por percentagem).
IVA dedutível (Valor): Indicar o IVA dedutível que consta da factura ou
documento equivalente emitido pelo fornecedor de bens e serviços.
IVA Cativo (%): Campo de preenchimento automático, destina-se a registar a
percentagem do Imposto cativo pelo sujeito passivo aquando da aquisição de
bens e serviços.
IVA Cativo (Valor): Indicar o montante do imposto cativo pelo sujeito passivo
aquando da aquisição de bens e serviços.
Tipologia: Indicar o tipo de operação do IVA dedutível no qual deve constar do
quadro 6, 7 e 8 da Declaração Periódica do IVA.
Campo de destino no modelo: Indicar o número do campo de preenchimento
da declaração periódica em que consta esta transacção.

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DO ANEXO DE REGULARIZAÇÃO DE


FORNECEDORES - AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
Alíneas c) e e) do nº l artigo 32.º, conjugado com o artigo 44.º do CIVA
INDICAÇÕES GERAIS
Os contribuintes enquadrados em sede do IVA no regime geral de tributação
estão obrigados ao envio, por transmissão electrónica de dados, do anexo de
regularizações de fornecedores, que é parte integrante da Declaração
Periódica, contendo as operações de regularizações ou rectificação efectuada
pelos fornecedores de bens e serviços, conforme
referido nas alíneas c) e e) do n.º 1 do artigo 32.º, conjugado com o artigo 44.º,
ambos do Código do IVA.
331
Quadro 1 Período de Tributação e Número de Identificação Fiscal
Indicar o ano e o mês referente ao período de tributação, bem como o número
de identificação fiscal do sujeito passivo
Quadro 2 Nome ou Designação Social do Sujeito Passivo e do
Representante Legal
Indicar o nome ou designação social do sujeito passivo ou do representante
Quadro 3 Operações Efectuadas com Fornecedores de Bens e Serviços
Sujeitas a IVA
N.º de Ordem: Campo de preenchimento automático, destina-se a numeração
sequencial das facturas ou documento equivalente declaradas pelo sujeito
passivo, bem como
dos documentos de regularização ou rectificação.
Número de Identificação Fiscal: indicar o Número de Identificação Fiscal do
fornecedor de bens e serviços.
Nome ou Designação Social: Indicar o nome ou a designação social do
fornecedor de bens e serviços.
Tipo de documento: Indicar o tipo de documento emitido pelo fornecedor
aquando da venda de bens e serviços, bem como o tipo de documento emitido
para efeitos de
regularização ou rectificação.
Data do Documento: Indicar a data do documento emitido pelo fornecedor
aquando da venda de bens e serviços, bem como a data do documento emitido
para efeitos de regularização ou rectificação.
Número do Documento: Indicar o número da factura ou documento
equivalente emitido pelo fornecedor de bens e serviços, bem como o número
da nota de crédito emitida para efeitos de regularização ou rectificação.
Valor da Factura ou Documento Equivalente: Indicar o valor global da factura
ou documento equivalente emitido pelo fornecedor de bens e serviços, bem
como o valor global da nota de crédito emitida para efeitos de regularização.
Valor Tributável: Indicar o valor sujeito a tributação que consta da factura ou
documento equivalente emitida pelo fornecedor de bens e serviços, bem como
o valor tributável que consta da nota de crédito.
IVA Suportado: Indicar o valor do IVA suportado que consta da factura ou
documento equivalente emitido pelo fornecedor de bens e serviços.
IVA Regularizado: Indicar o valor do IVA regularizado que consta da nota de
crédito emitida pelo fornecedor de bens e serviços.
IVA Cativo (%): Campo de preenchimento automático, destina-se a registar a
percentagem do Imposto cativo pelo sujeito passivo aquando da aquisição de
bens e serviços.
IVA Cativo (Valor): Indicar o montante do imposto cativo pelo sujeito passivo
aquando da aquisição de bens e serviços.
IVA dedutível (%): Campo de preenchimento automático, destina-se a registar
a percentagem dedução derivada da aplicação do método pro rata (método de
dedução por percentagem).

332
IVA dedutível (Valor): Indicar o IVA dedutível que consta da factura ou
documento equivalente emitido pelo fornecedor de bens e serviços.
Tipologia: Indicar o tipo de operação do IVA dedutível no qual deve constar do
quadro 6, 7 e 8 da Declaração Periódica do IVA do período em que foi
reportado a factura ou
documento equivalente.
Campo de Destino no Modelo: Indicar o número do campo de preenchimento
da declaração periódica em que consta esta transacção objecto de
regularização ou rectificação.

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DO ANEXO DE FORNECEDORES -


AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
SECTOR PETROLÍFERO
N.º 1 do artigo 31.º, conjugado com a alínea c) do nº 1 artigo 32.º e o
artigo 44.º, todos do CIVA
INDICAÇÕES GERAIS
Os contribuintes enquadrados em sede do IVA no regime geral de tributação
e classificados como Sociedades Investidoras Petrolíferas estão obrigados ao
envio, por transmissão electrónica de dados, do anexo de fornecedores, que é
parte integrante da Declaração Periódica, contendo as operações de aquisição
de bens e serviços realizadas,
bem como as operações no qual o IVA foi cativo, conforme referido no n.º 1 do
artigo 30.º, conjugado com a alínea c) do artigo 32.º e o artigo 44.º, todos do
Código do IVA.
Quadro 1 Período de Tributação e Número de Identificação Fiscal
Indicar o ano e o mês referente ao período de tributação, bem como o número
de identificação fiscal do sujeito passivo.
Quadro 2 Nome ou Designação Social do Sujeito Passivo e do
Representante Legal
Indicar o nome ou designação social do sujeito passivo ou do representante
Quadro 3 Operações Efectuadas Com Fornecedores de Bens e Serviços
Sujeitas a IVA
N.º de Ordem: Campo de preenchimento automático, destina-se a numeração
sequencial das facturas ou documento equivalente declaradas pelo sujeito
passivo.
Número de Identificação Fiscal: Indicar o número de identificação fiscal do
fornecedor de bens e serviços.
Nome ou Designação Social: Indicar o nome ou a designação social do
fornecedor de bens e serviços.
Tipo de Documento: Indicar o tipo de documento emitido pelo fornecedor de
bens e serviços.
Data do Documento: Indicar a data do documento emitido pelo fornecedor de
bens e serviços.

333
Número do Documento: Indicar o número do documento gerado pelo sistema
informático do sujeito passivo pelo registo contabilístico da aquisição de bens
e serviços.
Número da Factura ou Documento Equivalente: Indicar o número da factura
ou documento equivalente emitido pelo fornecedor de bens e serviços.
Residente/Não Residente/Importação: Indicar se a operação de aquisição de
bens e serviços foi efectuada por entidade residente, não residente no caso de
serviços ou
importação de bens.
Directo/Comum/Próprio: Indicar se a operação de aquisição de bens e
serviços refere-se a custo directo (associado a um bloco específico), comum
(associado a mais de um bloco) ou próprio.
Tipo de Despesas Não Dedutível (artigo 25.º do CIVA): Indicar o tipo de custo
não dedutível previsto no artigo 25.º do CIVA.
Valor da Factura: Indicar o valor total da factura ou documento equivalente
emitido pelo fornecedor de bens e serviços.
Valor Tributável: Indicar o valor sujeito a tributação de IVA que consta da
factura ou documento equivalente emitido pelo fornecedor de bens e serviços.
IVA Cativo/Autoliquidado: Indicar o montante do IVA cativo pelo sujeito
passivo aquando da aquisição de bens e serviços nos termos previstos no
artigo 21.º do CIVA, bem como o IVA autoliquidado dos serviços adquiridos a
entidades não residentes, sem domicilio, sede ou estabelecimento estável no
território nacional.
IVA Dedutível: Indicar o montante do IVA dedutível que consta da factura ou
documento equivalente emitido pelo fornecedor de bens e serviços,
independentemente da classificação ou alocação do custo (pesquisa,
desenvolvimento, produção e abandono), com excepção do IVA suportado
referente aos serviços previstos no artigo 25.º do CIVA.
IVA antes da Alocação: Indicar o IVA suportado que consta da factura ou
documento equivalente emitido pelo fornecedor de bens e serviços referente
aos serviços previstos no artigo 25.º do CIVA, independentemente da
classificação ou alocação do custo (pesquisa, desenvolvimento, produção e
abandono).
Bloco Petrolífero: Indicar o bloco de exploração petrolífera.
Alocação do IVA Não Dedutível/Não Dedutível todos os Custos: Indicar o
montante do IVA suportado e não dedutível referente aos serviços previstos
nas alíneas a), b) e
c) do n.º 1 do artigo 25.º do CIVA, independentemente da alocação do custo.
Alocação do IVA não dedutível / Produção: Indicar o montante do IVA
suportado e não dedutível referente aos serviços previstos nas alíneas d) a i)
do n.º 1 do artigo 25.º do CIVA, classificados ou alocados como custo de
produção.
Alocação do IVA dedutível/Pesquisa, Desenvolvimento, Abandono: Indicar o
montante do IVA suportado e dedutível referente aos serviços previstos nas

334
alíneas d) a i) do n.º 1 do artigo 25.º do CIVA, classificados ou alocados como
custo de pesquisa, desenvolvimento e abandono.

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DO ANEXO DE REGULARIZAÇÃO DE


FORNECEDORES - AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
SECTOR PETROLÍFERO
Alíneas c) e e) do n.º 1 artigo 32.º, conjugado com o artigo 44.º do CIVA
INDICAÇÕES GERAIS
Os contribuintes enquadrados em sede do IVA no regime geral de tributação
e classificadas como Sociedades Investidoras Petrolíferas estão obrigados ao
envio, por transmissão electrónica de dados, do anexo de regularizações de
fornecedores, que é parte integrante da Declaração Periódica, contendo as
operações de regularizações ou rectificações efectuada pelos fornecedores de
bens e serviços, conforme referido nas alíneas c) e e) do artigo 32.º do Código
do IVA.
Quadro 1 Período de Tributação e Número de Identificação Fiscal
Indicar o ano e o mês referente ao período de tributação, bem como o número
de identificação fiscal do sujeito passivo
Quadro 2 Nome ou Designação Social do Sujeito Passivo e do
Representante Legal
Indicar o nome ou designação social do sujeito passivo ou do representante
Quadro 3 Operações Efectuadas Com Fornecedores de Bens e Serviços
Sujeitas a IVA
N.º de Ordem: Campo de preenchimento automático, destina-se a numeração
sequencial das facturas ou documento equivalente declaradas pelo sujeito
passivo, bem como
dos documentos de regularização ou rectificação.
Número de Identificação Fiscal: Indicar o Número de Identificação Fiscal do
fornecedor de bens e serviços.
Nome ou Designação Social: Indicar o nome ou a designação social do
fornecedor de bens e serviços.
Tipo de Documento: Indicar o tipo de documento emitido pelo fornecedor de
bens e serviços, bem como o tipo de documento emitido para efeitos de
regularização ou rectificação.
Data do Documento: Indicar a data do documento emitido pelo fornecedor
aquando da venda de bens e serviços, bem como a data do documento emitido
para efeitos de regularização ou rectificação.
Número do Documento: Indicar o número do documento gerado pelo sistema
informático do sujeito passivo pelo registo contabilístico da aquisição de bens
e serviços, bem como o registo contabilístico referente a rectificação.
Número da factura ou documento equivalente: Indicar o número da factura
emitido pelo fornecedor de bens e serviços, bem como o número da nota de
crédito emitida para efeitos de regularização ou rectificação.

335
Residente/Não Residente/Importação: Indicar se a operação de aquisição de
bens e serviços objecto de regularização foi efectuada por entidade residente,
não residente no caso de serviços ou importação de bens.
Directo/Comum/Próprio: Indicar se a operação de aquisição de bens e
serviços refere-se a custo directo (associado a um bloco específico), comum
(associado a mais de um bloco) ou próprio.
Tipo de Despesas Não Dedutível (artigo 25.º do CIVA): Indicar o tipo de custo
não dedutível previsto no artigo 25.º do CIVA.
Valor da Factura: Indicar o valor total da factura ou documento equivalente
emitido pelo fornecedor de bens e serviços, bem como o valor total da nota de
crédito emitida
para efeitos de regularização ou rectificação.
Valor tributável: Indicar o valor sujeito a tributação de IVA que consta da
factura ou documento equivalente emitido pelo fornecedor de bens e serviços,
bem como o valor tributável que consta da nota de crédito.
IVA Regularizado: Indicar o valor do IVA regularizado que consta da nota de
crédito emitida pelo fornecedor de bens e serviços.
IVA Cativo/Autoliquidado: Indicar o montante do IVA cativo pelo sujeito
passivo aquando da aquisição de bens e serviços nos termos previstos no
artigo 21.º do CIVA, bem como o IVA autoliquidado dos serviços adquiridos a
entidades não residentes, sem domicílio, sede ou estabelecimento estável no
território nacional. Indicar ainda neste campo, o IVA cativo que consta da nota
de crédito objecto de regularização ou rectificação.
IVA dedutível: Indicar o montante do IVA dedutível que consta da factura ou
documento equivalente emitido pelo fornecedor de bens e serviços,
independentemente da classificação ou alocação do custo (pesquisa,
desenvolvimento, produção e abandono), com excepção do IV A suportado
referente aos serviços previstos no artigo 25.º do CIVA.
IVA antes da Alocação: Indicar o IVA suportado que consta da factura ou
documento equivalente emitido pelo fornecedor de bens e serviços referente
aos serviços previstos no artigo 25.º do CIVA, independentemente da
classificação ou alocação do custo (pesquisa, desenvolvimento, produção e
abandono).
Bloco petrolífero: Indicar o bloco de exploração petrolífera
Alocação do IVA não dedutível / Não dedutível todos os custos: Indicar o
montante do IVA suportado e não dedutível referente aos serviços previstos
nas alíneas a), b) e c) do n.º 1 do artigo 25.º do CIVA, independentemente da
alocação do custo.
Alocação do IVA não dedutível / Produção: Indicar o montante do IVA
suportado e não dedutível referente aos serviços previstos nas alíneas d) a i)
do n.º 1 do artigo 25.º do CIVA, classificados ou alocados como custo de
produção
Alocação do IVA dedutível / Pesquisa, Desenvolvimento, Abandono: Indicar o
montante do IVA suportado e dedutível referente aos serviços previstos nas

336
alíneas d) a i) do n.º 1 do artigo 25.º do CIVA, classificados ou alocados como
custo de pesquisa, desenvolvimento e abandono.

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DO PEDIDO DE SOLICITAÇAO DE


RESTITUIÇÃO DO IVA
Artigo 15.º do CIVA e artigo 13.º do Regulamento do Reembolso.

A presente declaração destina-se a apresentação do pedido de restituição do


Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) dos bens e serviços adquiridos
exclusivamente para
consumo próprio, por organismos internacionais e pelas Representações
Diplomáticas, Consulares e seu pessoal não nacional, quando se verificarem
condições de reciprocidade de tratamento no que concerne a restituição do
IVA no seu próprio país.
Quadro 1 Data do Pedido
Campo de preenchimento automático, destina-se a indicar a data da
solicitação do pedido de restituição do IVA
Quadro 2 Número do Pedido
Campo de preenchimento automático, destina-se a indicar o número do
pedido de restituição do IVA
Quadro 3 Identificação da Missão ou Agente Diplomático ou
Organismo Internacional
Campo 1: Indicar o Número de Identificação Fiscal da missão ou agente
diplomático ou do organismo internacional que solicita a restituição do IVA.
Campo 2: Indicar o nome da Missão ou agente diplomático ou organismo
internacional que solicita a restituição do IVA.
Campo 3: Actualizar os dados do Registo Geral dos Contribuintes em caso de
não indicação da conta bancária para restituição do IVA.
Quadro 4 Relação das Facturas ou Documento Equivalente
Campo 1: Indicar o nome ou designação social do fornecedor dos bens e
serviços.
Campo 2: Indicar o Número de Identificação Fiscal do fornecedor dos bens e
serviços.
Campo 3: Indicar o número da factura ou documento equivalente.
Campo 4: Indicar a data da emissão da factura ou documento equivalente.
Campo 5: Indicar o tipo de despesa efectuada no qual solicita a restituição do
IVA.
Campo 6: Indicar o valor total da factura ou documento equivalente sem IVA.
Campo 7: Indicar o valor total do IVA suportado.
Campo 8: Indicar o valor IVA a receber ou a ser restituído.
Quadro 5 Observações
Indicar neste quadro qualquer informação que queira reportar relacionada as
operações constantes da presente declaração
Quadro 6 Visto do Chefe da Missão Diplomática

337
Campo 1: Indicar o Número de Identificação Fiscal do chefe da Missão
Diplomática ou Consular.
Campo 2: Indicar o nome do Chefe da Missão Diplomática ou Consular.
Campo 3: Neste Campo o chefe da Missão Diplomática ou Consular deve
confirmar a qualidade de agente diplomático requerente, caso a restituição do
IVA seja a favor do seu pessoal não nacional.
Campo 4: Neste Campo o Chefe da Missão Diplomática ou Consular não
confirma a qualidade de agente diplomático do requerente, caso a restituição
do IVA seja a favor do seu pessoal não nacional.

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO DO REGIME


TRANSITÓRIO
Artigo 5.º, n.º 4 da Lei que Aprova o Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado
INDICAÇÕES GERAIS
Os contribuintes enquadrados em sede do IVA no regime transitório estão
obrigados ao envio, por transmissão electrónica de dados, de uma declaração
simplificada, contendo as operações de vendas e serviços efectivamente
recebidos, bem como os serviços efectivamente pagos contratados a entidades
não residentes sem domicílio, sede ou estabelecimento estável no território
nacional, conforme previsto nos nº 3, 4, 5 e 6 do artigo 5.º da Lei que aprova o
Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
Quadro 1 Número de Identificação Fiscal
Indicar o número de identificação fiscal do sujeito passivo atribuído pela AGT
e que consta do cadastro do Registo Geral de Contribuintes
Quadro 2 Identificação do Contribuinte
Indicar o nome ou denominação social do sujeito passivo
Quadro 3 Tipo e Período da Declaração
Campo 1: Seleccionar este campo, se a declaração é submetida dentro do prazo
legal.
Campo 2: Seleccionar este campo, se a declaração é submetida fora do prazo
legal.
Campo 3: Seleccionar este campo, se a declaração destinar-se a substituir uma
declaração previamente submetida dentro ou fora do prazo legal.
Campo 4: Seleccionar este campo, se a declaração corresponde ao ano de
2019.
Campo 5: Seleccionar este campo, se a declaração corresponde ao ano de
2020.
Campo 6: Seleccionar este campo, se a declaração que pretende submeter
corresponde as operações realizadas no primeiro trimestre do ano.
Campo 7: Seleccionar este campo, se a declaração que pretende submeter
corresponde as operações realizadas no segundo trimestre do ano.
Campo 8: Seleccionar este campo, se a declaração que pretende submeter
corresponde as operações realizadas no terceiro trimestre do ano.

338
Campo 9: Seleccionar este campo, se a declaração que pretende submeter
corresponde as operações realizadas no quarto trimestre do ano.
Quadro 4 Sector de Actividade e Apuramento do Imposto Devido
Indústria: Se o sujeito passivo encontra-se inserido neste sector de actividade,
indicar o somatório das operações sujeitas e isentas de imposto, o valor
tributável das operações sujeitas, a taxa do imposto e o imposto devido,
relativo as operações realizadas no período corresponde a declaração.
Comércio: Se o sujeito passivo encontra-se inserido neste sector de actividade,
indicar o somatório das operações sujeitas e isentas de imposto, o valor
tributável das operações sujeitas, a taxa do imposto e o imposto devido,
relativo as operações realizadas no período corresponde a declaração.
Prestação de Serviço: Se a actividade do sujeito passivo corresponde a
prestação de serviço, indicar o somatório das operações sujeitas e isentas de
imposto, o valor tributável das operações sujeitas, a taxa do imposto e o
imposto devido, relativo as operações realizadas no período corresponde a
declaração.
Serviços Contratados no Estrangeiro: Se o sujeito passivo contratou serviços
a entidades não residentes, sem domicílio, sede ou estabelecimento estável no
território nacional, indicar o somatório das serviços sujeitas e isentos de
imposto, o valor tributável dos serviços sujeitos, a taxa do imposto e o imposto
devido, relativo aos serviços contratados no período corresponde a
declaração.
Outros: Se o sujeito passivo não estiver inserido em nenhum sector de
actividade acima indicado, indicar o somatório das operações sujeitas e
isentas de imposto, o valor tributável das operações sujeitas, a taxa do imposto
e o imposto devido, relativo as operações realizadas no período corresponde
a declaração.
Quadro 5 Imposto a Pagar ao Estado ou Crédito a Reportar para o
Período Seguinte
Campo 1: Campo de preenchimento automático, corresponde ao somatório do
imposto devido declarado no Quadro 4.
Campo 2: Campo de preenchimento automático, corresponde ao montante de
4% do somatório do imposto suportado e declarado pelo sujeito passivo no
mapa de fornecedores contendo as operações de aquisição de bens e serviços.
Campo 3: Campo de preenchimento automático, corresponde ao crédito de
imposto de períodos anteriores.
Campo 4: Campo de preenchimento automático, corresponde a diferença
quando positiva, entre o valor total do imposto devido, o valor da dedução do
IVA suportado e o montante do excesso de crédito de períodos anteriores.
Campo 5: Campo de preenchimento automático, corresponde a diferença
quando negativa, entre o valor total do imposto devido, o valor da dedução do
IVA suportado e o montante do excesso de crédito de períodos anteriores.

339
NSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DO MAPA DE FORNECEDORES
REGIME TRANSITÓRIO & REGIME DE NÃO SUJEIÇÃO
NOTA INTRODUTÓRIA
Os contribuintes enquadrados em sede do regime transitório do IVA e no
regime de não sujeição estão obrigados ao envio, por transmissão electrónica
de dados, do mapa de fornecedores contendo as operações de aquisição de
bens e serviços realizadas a Sujeitos passivos enquadrados no regime geral do
IVA, conforme referido o n.º 4 do artigo 4.º da Lei que aprova o Código do IVA,
bem como o n.º 2 do artigo 64.º do mesmo Código.
Quadro 1 Período da Declaração
Indicar o ano e o mês a que se refere a declaração
Quadro 2 Regime de Tributação
Indicar o regime de tributação em que está enquadrado (regime transitório ou
regime de não sujeição)
Quadro 3 Número de Identificação Fiscal
Indicar o Número de Identificação Fiscal da entidade declarante
Quadro 4 Identificação do Contribuinte
Indicar o nome ou designação social da entidade declarante
Quadro 5 Operações Efectuadas com Fornecedores Sujeitos a IVA
Origem: Indicar o país em que a operação foi realizada.
Número de Identificação Fiscal: Indicar o número de identificação fiscal do
fornecedor de bens e serviços.
Nome ou Designação Social: Indicar o nome ou a designação social do
fornecedor de bens e serviços.
Tipo de documento: Indicar o tipo de documento utilizado como registo da
transacção realizada nos termos do Regime Jurídico das Facturas e
Documentos Equivalentes, incluindo dos documentos alfandegários.
Data do Documento: Indicar a data do documento que serviu de suporte ao
registo da operação realizada.
Número do Documento: Indicar o número do documento que serviu de
suporte ao registo da operação realizada.
Valor da factura ou documento equivalente: Indicar o valor global da factura
ou documento equivalente emitido pelo fornecedor de bens e serviços, que
atesta a realização da operação.
Valor tributável: Indicar o valor sujeito a tributação da factura ou documento
equivalente emitido pelo fornecedor de bens e serviços, que atesta a
realização da operação.
IVA Suportado: Indicar o valor do IVA suportado pela entidade declarante no
âmbito da operação realizada.

340
INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DO PEDIDO DE REGULARIZAÇÃO DO
IVA
CRÉDITOS DE COBRANÇA DUVIDOSA E INCOBRÁVEIS

A presente declaração, destina-se à apresentação do pedido de autorização


prévia a que se refere o artigo 49.º do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado, para efeito de regularização do imposto associado a créditos
considerados de cobrança duvidosa e créditos incobráveis por execução ou
falência. O pedido de regularização do crédito deve ser apresentado
electronicamente pelo sujeito passivo ou pelo contabilista certificado pela
OCPCA a quem tenha sido atribuído poderes para o efeito.
Quadro 1 Tipo de Crédito
Campo 1: Seleccionar este campo em caso de regularização de créditos
considerados de cobrança duvidosa.
Campo 2: Seleccionar este campo em caso de créditos considerados
incobráveis em resultado de processo de execução ou falência
Quadro 2 Número do Pedido de Regularização do IVA
Campo de preenchimento automático, destina-se a indicar o número do
pedido de regularização dos créditos de cobrança duvidosa e incobráveis.
Quadro 3 Identificação do Sujeito Passivo
Campo 1: Indicar o nome ou designação social do requerente.
Campo 2: Indicar o Número de Identificação Fiscal do requerente
Quadro 4 Relação das Facturas ou Documentos Equivalentes
Campo 1: Indicar o número da factura ou documento equivalente objecto de
regularização, considerado crédito de cobrança duvidosa ou incobráveis.
Campo 2: Indicar a data da emissão da factura ou documento equivalente
objecto de regularização.
Campo 3: Indicar o nome do adquirente dos bens e serviços.
Campo 4: Indicar o Número de Identificação Fiscal do adquirente dos bens e
serviços.
Campo 5: Indicar o número da declaração periódica e período da declaração
em que deduziu o imposto.
Campo 6: Indicar o valor da factura ou documento equivalente sem IVA (valor
tributável).
Campo 7: Indicar o valor do IVA liquidado que conste da factura ou documento
equivalente.
Campo 8: Indicar o valor do IVA objecto de regularização por parte do sujeito
passivo.
Quadro 5 Fundamentação do Pedido de Regularização
Indicar os fundamentos e diligências efectuadas para a recuperação dos
créditos considerados de cobrança duvidosa ou incobráveis
Quadro 6 Identificação do Contabilista

341
Campo 1: Indicar o nome do contabilista certificado pela Ordem dos
Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola (OCPCA).
Campo 2: Indicar o número de identificação fiscal do contabilista.
Campo 3: Indicar o número de contabilista atribuído pela OCPCA.
Quadro 7 Documentos Anexos ao Pedido de Regularização do IVA
Campo 1: Seleccionar este campo, para anexar o extracto da conta
contabilística dos clientes de cobrança duvidosa ou das dívidas incobráveis.
Campo 2: Seleccionar este campo, para anexar o parecer do perito contabilista
certificado pela OCPCA sobre os créditos de cobrança duvidosa ou
incobráveis.
Quadro 8 Identificação do Representante Legal
Campo 1: Indicar o nome do representante legal do sujeito passivo.
Campo 2: Indicar o Número de Identificação Fiscal do representante legal do
sujeito passivo.
Campo 3: Indicar a função do representante legal.
Campo 4: Indicar a data em que submete o pedido de regularização (Ano, mês
e dia).

O Presidente do Conselho de Administração, SÍLVIO FRANCO


BURITY.

342
Diário da República II Série nº 125 de 1 de Outubro de 2019

Despacho53 nº 1340/19, de 1 de Outubro. Aprova os modelos


com os requisitos a constar das facturas e documentos
equivalentes a serem impressos tipograficamente.

Administração Geral Tributária

Despacho nº 1340/19:
Aprova os modelos com os requisitos a constar das facturas e
documentos equivalentes a serem impressos tipograficamente.

Considerando a aprovação das Regras para Impressão


Tipográfica de Facturas e Documentos Equivalentes, pelo Decreto
Executivo nº 73/19, de 6 de Março;
Havendo necessidade de se proceder à aprovação dos
modelos com os requisitos a constar das facturas e documentos
equivalentes a serem impressos tipograficamente, conforme
determina o artigo 12º do referido Diploma;
Em conformidade com o disposto na alínea n) do nº 1 do
artigo 13º do Estatuto Orgânico da Administração Geral
Tributária, aprovado pelo Decreto Presidencial nº 324/14, de 15
de Dezembro, determino:
1. São aprovados os modelos com os requisitos a constar das
facturas e documentos equivalentes a serem impressos
tipograficamente, conforme determina o artigo 12º54 do Decreto

53
Artigo 13º, nº 1, alínea n) do Decreto Presidencial nº 324/14, de 15 de
Dezembro, Estatuto Organico da Administração Geral Tributária. O
Presidente do Conselho de Administração é o representante legal e o órgão
executivo singular de gestão permanente da AGT e tem a competencia de
assinar contratos e emitir despachos, circulares, instritivos e ordens de
serviços sobre a organização e funcionamento dos serviços da AGT.
54
Artigo 12º, do Decreto Executivo nº 73/19, de 6 de Março, com remissão
ao Artigo 11º do Regime Jurídico das Facturas ou Documentos Equivalentes,
com excepção do constante na alínea j) a identificação do sistema
informático utilizado para a emissão da factura ou documento equivalente,
bem como sempre que aplicável, o respectivo número da certificação.
343
Executivo nº 73/19, de 6 de Março, que aprova Regras para
Impressão Tipográfica de Facturas e Documentos Equivalentes,
nomeadamente:
a) Factura (FT);
b) Recibo (RE);
c) Factura/Recibo (FR);
d) Factura Global (FG);
e) Nota de Crédito (NC).
2. Os documentos constantes do número anterior integram
os anexos ao presente Despacho.
3. As dúvidas e omissões resultantes da interpretação do
presente Despacho são resolvidas pelo Presidente do Conselho da
Administração Geral Tributária.
4. O presente Diploma entra em vigor na data da sua
publicação.

Publique-se.

Luanda, a 1 de Outubro de 2019.

O Presidente do Conselho de Administração, SÍLVIO FRANCO


BURITY.

344
345
346
347
348
Diário da República II Série nº 148 de 21 de Novembro de 2019

Decreto Presidencial nº 343/19, de 21 de Novembro. Regime


de Liquidação e Pagamento do Imposto sobre o Valor
Acrescentado Aplicável ao Projecto Angola LNG.

Presidente da República

A reforma tributária em curso no país visa, dentre outros,


dotar um sistema tributário moderno, eficaz e capaz de responder
aos desafios do desenvolvimento socioeconómico, bem como
melhorar o modelo de arrecadação de receitas fiscais, evitando a
fraude e evasão fiscal;
Face as especificidades do Sector Petrolífero, caracterizada
pelo facto de ser um sector de capital intensivo, adoptou-se, em
sede do IVA, um regime diferenciado para as Sociedades
Investidoras Petrolíferas que exerçam operações em áreas de
concessões, com base na classificação dos custos de pesquisa,
desenvolvimento, produção, e de operações de abandono,
garantindo e salvaguardando, assim, a estabilidade e viabilidade
económica dos investimentos;
Considerando que o regime de liquidação e pagamento do
IVA, designadamente na esfera das Empresas Executoras do
Projecto Angola LNG, a aplicação das regras gerais do Código do
IVA, aprovado pela Lei nº 7/19, de 24 de Abril, ou até mesmo as
regras específicas contidas neste mesmo Código, aplicáveis às
Sociedades Investidoras Petrolíferas55, obriga a que se estenda
o regime de liquidação e pagamento previsto para as Empresas
Executoras do Projecto Angola LNG, no que aos serviços previstos
nos artigos 24º e 25º do Código do IVA diz respeito;

55
Sociedades Investidoras Petrolíferas - São as entidades com vínculo
contratual com a Concessionária Nacional, nos termos da Lei das Actividades
Petrolíferas (Lei nº 10/04, de 12 de Novembro, ou que, não tendo o referido
vínculo, estejam sujeitas ao regime especial de tributação das actividades
petrolíferas (Artigo 2º, alínea f) do Código do Imposto sobre o Valore
Acrescentado).
349
Com base no disposto no nº5 do artigo 25º da Lei nº 7/19,
de 24 de Abril, sobre o Regime do IVA aplicável as Sociedades
Investidoras Petrolíferas sem vínculo contratual com a
Concessionária Nacional, mas sujeitas ao regime especial de
tributação das actividades petrolíferas;
O Presidente da República decreta, nos termos da alínea l)
do artigo 120º e do nº3 do artigo 125º, ambos da Constituição da
República de Angola, o seguinte:

Regime de Liquidação e Pagamento do Imposto sobre o


Valor Acrescentado Aplicável ao Projecto Angola LNG.

Artigo 1º
Objecto

O presente Diploma estabelece o regime de liquidação e


pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado aplicável ao
Projecto Angola LNG, aprovado pelo Decreto-Lei nº 10/07, de 3 de
Outubro, que Aprova a Implementação do Projecto Angola LNG e
define o respectivo regime jurídico com as alterações introduzidas
pelo Decreto Legislativo Presidencial nº 4/12, de 10 de Maio.

Artigo 2º
Âmbito de aplicação

1. O presente Diploma aplica-se às aquisições de bens e


serviços efectuadas pelas Empresas Executoras que se destinem
exclusiva e directamente à execução das operações do Projecto
Angola LNG nas quais se suporte o Imposto Sobre o Valor
Acrescentado
2. O presente Diploma não se aplica às aquisições de bens e
serviços efectuadas pelas Empresas Executoras, que sejam
relacionadas com às actividades de avaliação, desenvolvimento e
produção de Gás Não- Associado do Projecto Angola LNG.

350
Artigo 3º
Imposto cativo

1. A Empresas Executoras do Projecto Angola LNG devem


cativar a totalidade do imposto contido na factura ou documento
equivalente emitido pelo sujeito passivo aquando da transmissão
de bens ou prestação de serviços, nos termos do disposto no
Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
2. Sem prejuízo do disposto no nº anterior, as normas
previstas no artigo 21º do Código do Imposto Sobre o Valor
Acrescentado, alterado pelo artigo 2º da Lei nº 17/19, de 13 de
Agosto, aplicam-se para as Empresas Executoras do Projecto
Angola LNG.

Artigo 4º
Exclusão do direito à dedução

1. A exclusões do direito à dedução previstas no artigo 24º do


Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado não se aplicam
para Empresas Executoras do Projecto Angola LNG.
2. As Empresas Executoras do Projecto Angola LNG que
tenham adquirido bens ou serviços sujeitos ao Imposto sobre o
Valor Acrescentado a empresas não executoras, estão excluídas do
direito à dedução nas operações previstas no nº1 do artigo 25º do
Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
3. Estão ainda excluídas do direito à dedução as despesas
relativas a aquisição de bens e serviços que não se destinem
exclusiva e directamente à execução das operações do Projecto
Angola LNG, assim como as despesas de recepção, incluindo as
relativas ao acolhimento de pessoas estranhas à empresa e as
despesas relativas a imóveis ou parte de imóveis e seu
equipamento, destinados a tais recepções.
4. O imposto suportado pelas Empresas Executoras do
Projecto Angola LNG nas operações referidas nos nºs 2 e3 do
presente artigo constitui custo fiscalmente aceite em sede do
Imposto Sobre o Rendimento, com excepção das despesas
relativas à aquisição de bens e serviços que não se destinem
351
exclusiva e directamente à execução das operações do Projecto
Angola LNG.

Artigo 5º
Pagamento do Imposto cativo e submissão electrónica da
declaração periódica

1. As Empresas Executoras efectuam a entrega do Imposto


cativo e submetem a declaração periódica, nos termos do disposto
nos artigos 31º, alterado pelo artigo 2º da Lei nº 17/19, de 13 de
Agosto, e 44º, ambos do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado.
2. As Empresas Executoras estão obrigadas a entregar
apenas o montante do imposto cativo das operações que não
conferem direito à dedução, nos termos do artigo anterior.

Artigo 6º
Legislação subsidiária

Para efeitos do presente Diploma, as palavras e expressões


relacionadas ao Projecto Angola LNG têm significado atribuído
pelo Decreto-Lei nº 10/07, de 3 de Outubro, com as alterações
introduzidas pelo Decreto Legislativo Presidencial nº 4/12, de 10
de Maio.

Artigo 7º
Dúvidas e omissões

As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e


aplicação do presente Decreto Presidencial são resolvidas pelo
Presidente da República

352
Artigo 8º
Entrada em vigor

O presente Diploma entra em vigor a partir de 1 de Outubro


de 2019.
Apreciado pela Comissão Económica do Conselho de
Ministros, em Luanda, aos 16 de Outubro de 2019.

Publique-se

Luanda, aos 30 de Outubro de 2019

O Presidente da República, JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO.

353
NOTAS E COMENTÁRIOS

Verba nº 15, da tabela, a que se refere o nº 2 do Artigo 7º da Lei


7/19, de 24 de Abril

Sujeitos passivos e não sujeitos, do Imposto sobre o Valor


Acrescentado

Imposto cativo. O que é; quem deve cativar; quando deve ser


cativo; competência para liquidação; Pagamento do
Imposto cativo

Verba nº 23.3 da tabela, a que se refere o nº 1 do Artigo 7º da Lei


7/19, de 24 de Abril

Verbas nºs 16, 17, 21 e 22 da tabela, a que se refere o nº 2 do


Artigo 7º da Lei 7/19, de 24 de Abril

Missões Diplomáticas, a restituição do Imposto sobre o Valor


Acrescentado

354
Verba nº 15, da t abela, a que se refere o nº 2 do
Artigo 7º da Lei 7/19, de 24 de Abril

Diário da República I Série – Nº 191, de 21 de Outubro de 2014


Decreto Legislativo Presidencial nº 3/14, de 21 de Outubro. Revisão e
Republicação do Código do Imposto de Selo
TABELA ANEXA AO CÓDIGO DO IMPOSTO DE SELO
(Que se refere o artigo 1º)

Nº Actos/Documentos/Contracto/Operações/Títulos Taxas
15 Operações aduaneiras:
15.1 Sobre o valor aduaneiro da importação 1%
15.2 Sobre o valor aduaneiro das exportações 0,5%
15.2.2 Exportações de marfins o seus pelos o 0,5%
desperdícios; Marfim, osso, carapaça do tartaruga,
Chipre, coral, madrepérol e outras matérias animais
para entalhar, trabalhados e suas obras (incluindo as
obras obtidas por moldagem); De peles com pêlo em
bruto; peles de vision, inteiras mesmo sem cabeça,
cauda ou patas; peles de cordeiro denominadas
astracã, Breitschwanz, caracul, persianer ou
semelhantes, de cordeiros da Índia, da China, da
Mongólia ou do Tibete, de raposas e de outros animais,
inteiras mesmo sem cabeça, cauda ou patas; Peles com
pêlo curtidas ou acabadas (incluindo as cabeças,
caudas patas, e outras partes, desperdícios e aparas),
montadas ou não, sem adição de outras matérias;
Vestuário e seus acessórios e outros artefactos de
peles com pêlo; peles com pêlos artificiais e suas obras;

355
Sujeitos passivos e não sujeitos

SÃO SUJEITOS PASSIVOS DO IVA:


As entidades que exerçam operações petrolíferas em território
nacional (Artigo 8º, da Lei nº 7/19, de 24 de Abril)
Qualquer pessoa singular, colectiva ou entidade que exerça, de modo
independente, actividades económicas, incluindo de produção,
comércio, ou de prestação de serviços, profissões liberais,
actividades extractivas, agrícola, aquícola, apícola, avícola,
pecuária, piscatória e silvícola (Artigo 4º, nº 1, alínea a) do CIVA)
As pessoas singulares, colectivas ou entidades que realizem
importações de bens nos termos da legislação aduaneira (Artigo
4º, nº 1, alínea b) da Incidência subjectiva da Lei nº 7/19, de 24 de
Abril)
As pessoas singulares, colectivas ou entidades que mencionem
indevidamente o IVA em factura ou documento equivalente
(Artigo 4º, nº 1, alínea c) do CIVA)
As pessoas singulares, colectivas ou entidades, que sejam
adquirentes de serviços de entidades não residentes sem
domicílio, sede ou estabelecimento estável no território nacional,
nos termos do nº 2 do artigo 29º (Artigo 4º, nº 1, alínea d) do CIVA)
O Estado, as entidades governamentais e outros organismos
públicos, incluindo, Institutos Públicos, Autarquias,
Instituições Públicas de previdência e segurança social,
excepto quando actuem dentro dos poderes de autoridade e daí
não resultem distorções de concorrência (Artigo 4º, nº 2, alínea a)
do CIVA)
Os partidos e coligações políticas, os sindicatos e instituições
religiosas legalmente constituídas, na medida em que se
efectuem operações tributáveis (Artigo 4º, nº 2, alínea b) do CIVA)

NÃO SÃO SUJEITOS PASSIVOS DO IVA


Os assalariados e outras pessoas, na medida em que se encontrem
vinculados a entidade patronal por um contrato de trabalho, ou
por contrato que, não sendo um contrato de trabalho, estabeleça
vínculos de subordinação no que diz respeito às condições de
trabalho e de remuneração e à responsabilidade da entidade
patrona (Artigo 4º, nº 3 do CIVA)

356
Impost o cativo

O QUE É
Imposto cativo – o montante retido, a título de IVA para entrega ao
Estado, por parte do adquirente de bens ou serviços, que conste
de factura ou documento equivalente nas condições previstas no
Artigo 21º do CIVA (Artigo 2º, alínea b) do CIVA)

QUEM DEVE CATIVAR


Cativam 100% - Sociedades Investidoras petrolíferas; Estado, bem
como quaisquer dos seus serviços, estabelecimentos e
organismos, ainda que personalizados; Autarquias locais
Cativa 50% - Banco Nacional de Angola; Bancos Comerciais;
Seguradoras; Resseguradoras; Operadoras de telecomunicações

QUANDO DEVE SER CATIVO


No momento da recepção da respectiva factura ou documento
equivalente por parte das entidades (Artigo 21º, nº 3 do CIVA)

COMPETÊNCIA PARA LIQUIDAÇÃO


Aos Sujeitos passivos referidos nas alíneas a), c) e d) do nº 1 e do nº 2,
ambos do artigo 4º (Artigo 20ºdo CIVA)
Aos serviços aduaneiros, no caso de importação de bens (Artigo 20º,
alínea b) do CIVA)
À Administração Geral Tributária, no caso de liquidação oficiosa do
imposto (Artigo 20º, alínea b) do CIVA)

PAGAMENTO DO IMPOSTO CATIVO


O Banco Nacional de Angola, os bancos comerciais, as seguradoras
e resseguradoras e as operadoras de telecomunicações são
obrigadas a entregar o montante do imposto cativo, até ao último
dia do mês seguindo às operações cujo imposto foi cativo.
As Sociedades Investidoras Petrolíferas apenas são obrigadas a
entregar o montante do imposto cativo das operações que não
conferem direito à dedução nos termos do artigo 25º, através dos
meios de pagamento legalmente permitidos, até ao último dia do
mês seguindo às operações cujo imposto foi cativo.
Estado e as autarquias locais sendo que o imposto cativo deve ser
transferido para a Conta Única do Tesouro no momento do
pagamento da factura ou documento equivalente.
357
Verba nº 23.3 da tabela, a que se refere o nº 1 do
Artigo 7º da Lei 7/19, de 24 de Abril
Nº Actos/Documentos/Contracto/Operações/Títulos Taxas
23 Títulos de crédito e recibos de quitação:
23.3 Recibo de quitação pelo efectivo recebimento de 1%
créditos resultantes do exercício da actividade comercial ou
industrial, em dinheiro ou em espécie, com excepção dos
resultantes exclusivamente do arrendamento habitacional
feito por pessoas singulares

Verbas n ºs 16, 17, 21 e 22 da t abela, a que se


refere o nº 2 do Artigo 7º da Lei 7/19, de 24 de
Abril
Nº Actos/Documentos/Contractos/Operações/Título Taxas
16 Operações de financiamento:
16.1 Pela utilização de créditos, sob a forma de fundos,
mercadorias e outros valores em virtude da concessão de
crédito a qulquer tíitulo, incluíndo o crédito doumentário, a
cessão de créditos, factoring e as operações de tesouraria
quando envolvam qualquer tipo de financiamneto, salvo, em
caso de prorrogação do prazo do contrato, que o imposto é
recalculandoem função da duração total do contrato e
deduzindo no montante anteriormente liquidado sobre o
respectivo valor, em função do prazo:
16.1.1 Crédito de prazo igual ou inferior a um ano. 0,5%
16.1.2 Crédito de prazo superior a um ano. 0,4%
16.1.3 Crédito de prazo igual ou superior a anos. 0,3%
16.1.4 Crédito utilizado sob a forma de conta corrente, 0,1%
descoberto bancário ou qualquer outra forma em que o prazo
de utilização não seja determinado ou determinável, sobre a
média mensal obtida através sa soma dos saldos em dívida
apurados diariamente durante o mês dividido po 30
16.1.5 Crédito habitação, sobre o valor. 0,1%
16.2 Operações realizadas por ou com intermediação de
instituições de crédito, sociedades financeiras ou outras
entidades legalmente equiparadas e quaisquer outras
instituições financeiras- sobre o valor cobrado:
16.2.1 juros por, designadamente, descinto de letras e por 0,2%
empréstimo , por contas de créditos e por créditos sem
liquidação.

358
16.2.2 Prémos e juros por letras tomadas, de letras a receber 0,5%
por conta alheia, saque emitidos sobre ou de qualquer
trasferência.
16.2.3 Comissões por garantias prestadas.
16.2.4 Outras comissões e contraprestações por serviços 0,7%
financeiros, incluindo comissões pela angariação de créditos e
garantias intermediadas por entidades não financeiras
16.3 Outras operações:
16.3.1 Saque sobre o estrangeiro, guias emitidas, ouro e fundos 1%
públicos ou títulos negociáveis vendidos, sobre o respectivo
valor.
16.3.2 Títulos de dívida pública, emitidos por governos 0,5%
estrangeiros, quando sejam postos a venda no país- sobre o
valor nominal.
16.3.3 Câmbio de notas em moedas estrangeiras , conversão de 0,1%
moeda nacional em moeda estrangeira a favor de pessoas
singulares.
17 Operações de locação financeira:
17.1 Operaç]oes de locaç]ao financeira de bens imóveis,sobre o 0,3%
montante de cotraprestação
17.2 Operações de locação financeira e operacional de bens 0,%
imóveis, sobre o montante da contraprestação.
21 Reporte- sobre o valor contrato
22 Seguros:
Apólice de seguros, sobre a soma dos prémios do seguro, do
custo da apólice e de quaisquer outras importâncias que
constituam reita das empresas seguradoras, cobradas
juntamente com esse prémio ou em documento separado:
22.1.1 Seguro do ramo caução 0,3%
22.1.2 Seguro do ramo marítimo e fluvial que inclui 0,3%
transporte, embaracações e responsabilidade civil.
22.1.3 Seguro do ramo aéreo que inclui aeronave, 0,2%
responsabilidadecivil, mercadorias e pessoas transportadas.
22.1.4 Seguro do ramo mercadorias transportadas, não 0,1%
previstas nos ramos marítimos, fluviais e aéreos.
22.1.5 Seguros de qualquer outros ramos 0,3%
22.2 Comissões cobradas pela actividadede mediação, sobre o 0,4%
respectivo valor

359
Missões D iplomáticas e isenção fiscal

A restituição do IVA às missões diplomáticas, resulta do


artigo 33º da Convenção de Viena sobre Relações Consulares,
conjugado com os Artigos 11º, 14º e 15º do Código do Imposto
sobre o Valor Acrescentado.

«Excerto»
CONVENÇÃO DE VIENA SOBRE RELAÇÕES CONSULARES

CAPÍTULO II
Facilidades, Privilégios e Imunidades relativos às Repartições
Consulares, aos Funcionários Consulares de Carreira e a outros
Membros da Repartição Consular

SECÇÃO I
Facilidades, Privilégios e Imunidades relativas às Repartições
Consulares

Artigo 32
Isenção Fiscal dos Locais Consulares

1. Os locais consulares e a residência do chefe da repartição


consular de carreira de que for proprietário o Estado que envia ou
pessoa que actue em seu nome, estarão isentos de quaisquer impostos
e taxas nacionais, regionais e municipais, exceptuadas as taxas
cobradas em pagamento de serviços específicos prestados.
2. A isenção fiscal prevista no parágrafo 1º do presente artigo não
se aplica aos impostos e Taxas que, de acordo com as leis e
regulamentos do Estado receptor, devam ser pagos pela pessoa que
contratou com o Estado que envia ou com a pessoa que actue em seu
nome.

Feito em Viena, aos vinte e quatro de Abril de mil novecentos e


sessenta e três.

360
ÍNDICE SISTEMÁTICO

SUMÁRIO EXECUTIVO 10

INDICE GERAL 16

IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO (IVA) 18

LEI Nº 7/19, DE 24 DE ABRIL. Lei que Aprova o Código do 19


Imposto sobre o Valor Acrescentado

CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO 27


Capítulo I Disposições Gerais 27
Capítulo II Incidência e Facto Gerador 30
Capítulo III Isenções 39
Secção I Isenções nas Operações Internas 39
Secção II Isenções na Importação 41
Secção III Isenções na Exportação, Operações
Assimiladas e Transporte Internacionais 42
Capítulo IV Valor Tributável 45
Capítulo V Taxas 48
Capítulo VI Liquidação e Pagamento do Imposto 48
Secção I Competência para a liquidação e Imposto
cativo 48
Secção II Direito a Dedução
50
Secção III Pagamento do Imposto 57
Secção IV Obrigações do Sujeito Passivo 59
Secção V Obrigações Declarativas 67
Secção VI Disposições Comuns 69
Capítulo VII Receitas para Reembolso do Imposto 73
Capítulo VIII Fiscalização e Determinação Oficiosa do
Imposto 74
Capítulo IX Garantias dos Contribuintes 77
Capítulo X Regimes Especiais 78
Secção I Regime de Não Sujeição 78
Secção II Regime de Caixa 82
Capítulo XI Penalidades 86
Capítulo XII Disposições Finais 87
ANEXO I

361
Transmissão de bens diversos 88
ANEXO II
As transmissões de produtos petrolíferos 89
ANEXO III
As operações de intermediação financeira 92
ANEXO IV
Símbolo do Imposto sobre o Valor
Acrescentado 92
Lei nº 17/19, de 13 de Agosto. Lei que Altera a Lei que Aprova
o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado 93
ANEXO I
Transmissão de bens diversos 100

Decreto Presidencial nº 180/19, de 24 de Maio,


Regulamento do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado 102
Capítulo I Disposições Gerais 104
Capítulo II Do Reembolso 105
Secção I Obtenção do Reembolso 105
Secção II Meios do Pagamento 109
Secção III Restituição do Imposto as Missões
Diplomáticas e Consulares e a Organizações
Internacionais com Estatuto Diplomático 112
Capítulo II Das Operações Activas e Passivas do Imposto
sobre o Valor Acrescentado 117
Secção I Plano Geral de Contabilidade 117
Capítulo IV Disposições Finais 121
ANEXO I
A que se refere o nº 3 do artigo 22º do
Regulamento 122
ANEXO II
A que se refere o nº 2 do artigo 25º 129

Despacho Presidencial nº 85/19, de 24 de Maio. Delegada


competência ao Ministro das Finanças para aprovar os modelos
declarativos do Imposto sobre o Valor Acrescentado 137

Decreto Executivo nº 134/19, de 10 de Junho. Modelos


declarativos do Imposto sobre o Valor Acrescentado 139

362
Decreto Legislativo Presidencial Provisório nº 1/19, de 28
de Junho. Suspensão da entrada em vigor do Imposto sobre o
Valor Acrescentado 154

Decreto Presidencial nº 215/19, de 15 de Julho. Alteração do


nº 3 do Artigo 9º e o aditamento do artigo 35º-B ao Estatuto
Orgânico da Administração Geral Tributária.
156

LEGISLAÇÃO AVULSA E CONEXA AO IVA 162

DECRETO EXECUTIVO Nº 363/17, DE 26 DE JULHO. Regime


Jurídico da Tramitação e Registo Electrónico dos
Procedimentos e Processos Tributários 164

REGIME JURÍDICO DA TRAMITAÇÃO E REGISTO


ELECTRÓNICO DOS PROCEDIMENTOS E PROCESSOS
TRIBUTÁRIOS 166
Capítulo I Disposições Gerais 166
Capítulo II Registo Electrónico dos Procedimentos e
Processos Fiscais e Aduaneiros 169
Capítulo III Entidade Competente 172
Capítulo IV Registo e Utilização 173
Capítulo V Dos Formulários e Impressos 174

DECRETO PRESIDENCIAL Nº 292/18, DE 3 DE DEZEMBRO,


Regime Jurídico das Facturas e Documentos Equivalentes 176

REGIME JURÍDICO DAS FACTURAS E DOCUMENTOS


EQUIVALENTES 176
Capítulo I Disposições gerais 176
Capítulo II Regras de facturação 179
Capítulo III Penalidades 187
Capítulo IV Disposições Finais 189

DECRETO PRESIDENCIAL Nº 312/18, DE 21 DE DEZEMBRO,


sobre o Regime Jurídico da Submissão Electrónica dos
Elementos Contabilísticos dos Contribuintes (SAF-T AO) 190

363
REGIME JURÍDICO DE SUBMISSÃO ELECTRÓNICA DOS
ELEMENTOS CONTABILÍSTICOS DOS CONTRIBUINTES 192
Capítulo I Disposições gerais 192
Capítulo II Validação do Sistema de Processamento
Electrónico de Dados dos Contribuintes 194
Capítulo III Disposições Finais 198
ANEXO
Estrutura dos Dados 199

DECRETO EXECUTIVO Nº 73/19, DE 6 DE MARÇO, as Regras


de Impressão Tipográfica de Facturas e Documentos
Equivalentes 260

REGRAS SOBRE A IMPRESSAO TIPOGRAFICA DE FACTURAS


E DOCUMENTO E EQUIVALENTES 262
Capítulo I Disposições gerais 262
Capítulo II Autorização para Impressão do Facturas ou
Documentos Equivalentes 263
Capítulo III Solicitação de Facturas ou Documentos
Equivalentes 265
Capítulo IV Obrigações das Entidades gráficas e
tipográficas 267
Capítulo V Penalidades e Fiscalização 268

DECRETO EXECUTIVO Nº 74/19, DE 6 DE MARÇO, sobre as


Regras e Requisitos para Validação de Sistemas de
Processamento Electrónico de Facturação dos Contribuintes 269

ANEXO I
Requisitos técnicos 271
Anexo II
Informações relevantes exemplificativas 289

DECRETO PRESIDENCIAL Nº 231/19, DE 22 DE JULHO, Altera


o artigo 14º do Decreto Presidencial nº 312/18, de 21 de
Dezembro, sobre o Regime Jurídico da Submissão Electrónica
dos Elementos Contabilísticos dos Contribuintes. 297

364
DECRETO PRESIDENCIAL Nº 232/19, DE 22 DE JULHO,
Aprova o Regime Jurídico da Comunicação e Tramitação
Electrónica dos Elementos Contabilísticos dos Contribuintes. 298

REGIME JURÍDICO DA COMUNICAÇÃO E TRAMITAÇÃO


ELECTRÓNICA DOS PROCEDIMENTOS TRIBUTÁRIOS 301
Capítulo I Disposições gerais 301
Capítulo II Adesão e Utilização 304
Capítulo III Comunicação Electrónica dos Procedimentos 308
Capítulo IV Entidade Competente 312

DESPACHO Nº 1339/19, DE 30 DE SETEMBRO, Aprova as


instruções de preenchimento das declarações, mapas, modelos
e formulários a que se refere o artigo 3.º do Decreto Executivo
nº 134/19, de 10 de Junho, que aprova os modelos declarativos
do Imposto sobre o Valor Acrescentado 314

DESPACHO Nº 1340/19, DE 1 DE OUTUBRO, Aprova os


modelos com os requisitos a constar das facturas e documentos
equivalentes a serem impressos tipograficamente. 342

DECRETO PRESIDENCIAL Nº 343/19, DE 21 DE NOVEMBRO,


Regime de Liquidação e Pagamento do Imposto sobre o Valor
Acrescentado Aplicável ao Projecto Angola LNG. 349

NOTAS E COMENTÁRIOS 353

ÍNDICE SISTEMÁTICO 360

ÍNDICE REMISSIVO 365

365
ÍNDICE REMISSIVO
CIVA: Lei nº 17/19, de 13 de Agosto (Lei que Altera a Lei que Aprova o Código do Imposto
sobre o Valor Acrescentado)
CIVA: Lei nº 7/19, de 24 de Abril (Lei que Aprova o Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado)
EOAGT: Decreto Presidencial nº 215/19, de 15 de Julho (Alteração do nº 3 do Artigo 9º e o
aditamento do artigo 35º-B ao Estatuto Orgânico da Administração Geral Tributária)
IPDMMFIVA: Despacho nº 1339/19, de 30 de Setembro (Aprova as instruções de
preenchimento das declarações, mapas, modelos e formulários a que se refere o
artigo 3.º do Decreto Executivo nº 134/19, de 10 de Junho, que aprova os modelos
declarativos do Imposto sobre o Valor Acrescentado)
MDIVA: Decreto Executivo nº 134/19, de 10 de Junho (Modelos declarativos do Imposto
sobre o Valor Acrescentado)
MDIVA: Despacho Presidencial nº 85/19, de 24 de Maio (Delegada competência ao
Ministro das Finanças para aprovar os modelos declarativos do Imposto sobre o
Valor Acrescentado)
MRFDEIT: Despacho nº 1340/19, de 1 de Outubro (Aprova os modelos com os requisitos a
constar das facturas e documentos equivalentes a serem impressos
tipograficamente)
OGE: Lei nº 30/19, de 27 de Dezembro (Lei que aprova o Orçamento Geral do Estado para
o exercício económico de 2020)
RCIVA: Decreto Presidencial nº 180/19, de 24 de Maio (Regulamento do Código do Imposto
sobre o Valor Acrescentado)
RITFDE: Decreto Executivo nº 73/19, de 6 de Março (Regras de Impressão Tipográfica de
Facturas e Documentos Equivalentes)
RJCTEECC: Decreto Presidencial nº 232/19, de 22 de Julho (Regime Jurídico da
Comunicação e Tramitação Electrónica dos Elementos Contabilísticos dos
Contribuinte)
RJFDE: Decreto Presidencial nº 292/18, de 3 de Dezembro (Regime Jurídico das Facturas e
Documentos Equivalentes)
RJSEECC: Decreto Presidencial nº 231/19, de 22 de Julho (Alteração do Regime Jurídico de
Submissão Electrónica dos Elementos Contabilísticos dos Contribuintes)
RJSEECC: Decreto Presidencial nº 312/18, de 21 de Dezembro (Regime Jurídico da
Submissão Electrónica dos Elementos Contabilísticos dos Contribuintes SAF-T AO)
RJTREPPT: Decreto Executivo nº 363/11, de 26 de Julho (Regime Jurídico Tramitação e
Registo Electrónico dos Procedimentos e Processos Tributários)
RLPIVAAPALNG: Decreto Presidencial nº 343/19, de 21 de Novembro (Regime de
Liquidação e Pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado Aplicável ao
Projecto Angola LNG)
RRVSPEFC: Decreto Executivo nº 74/19, de 6 de Março (Regras e Requisitos para Validação
de Sistemas de Processamento Electrónico de Facturação dos Contribuintes)
SEVIVA: Decreto Legislativo Presidencial Provisório nº 1/19, de 28 de Junho (Suspensão
da entrada em vigor do Imposto sobre o Valor Acrescentado)

366
Incidência subjectiva, 32, 356
A Isenções, 40, 42, 43, 168, 312, 361

Administração Geral Tributária, 10,


L
17, 19, 26, 30, 34, 41, 46, 49, 55, 56,
59, 64, 68, 70, 72, 73, 75, 77, 79, 80, Liquidação do Imposto, 30, 49, 59, 76,
81, 83, 84, 103, 107, 110, 111, 113, 78, 115, 185
115, 116, 117, 126, 127, 129, 134,
135, 136, 137, 141, 157, 158, 159, M
165, 167, 173, 174, 175, 182, 184,
187, 189, 191, 193, 194, 195, 196, Missões Diplomáticas, 106, 113, 354,
197, 263, 264, 265, 268, 269, 270, 360, 362
300, 302, 303, 305, 306, 308, 309,
311, 312, 313, 315, 317, 320, 323, O
327, 343, 344, 357, 363, 366
Obrigações Declarativas, 68, 82, 160,
301, 361
C

Conta Única do Tesouro, 16, 60, 75, P


112, 161, 176, 357
Pagamento do Imposto, 18, 24, 49, 58,
Contabilidade, 13, 14, 61, 64, 70, 72,
60, 62, 64, 73, 78, 83, 86, 95, 100,
76, 81, 118, 184, 187, 194, 200, 201,
107, 115, 164, 349, 350, 352, 354,
202, 204, 205, 207, 211, 214, 224,
361, 365, 366
235, 245, 252, 320, 324, 362
Penalidades, 87, 188, 198, 199, 269,
305, 361, 363, 364
D

Deduções, 57, 67, 83 S


Domicílio fiscal, 306, 317, 321
Sujeitos passivos, 10, 13, 22, 23, 24, 25,
26, 27, 32, 41, 47, 49, 51, 52, 55, 56,
I 57, 58, 60, 61, 62, 64, 67, 68, 70, 72,
Imposto cativo, 29, 49, 50, 58, 59, 98, 73, 74, 75, 76, 77, 79, 81, 82, 83, 84,
99, 100, 127, 128, 134, 325, 326, 331, 86, 88, 95, 103, 105, 106, 107, 109,
332, 351, 352, 354, 357, 361 111, 112, 123, 124, 131, 132, 141,
Imposto sobre o Valor Acrescentado, 155, 160, 161, 201, 321, 322, 340,
10, 12, 13, 16, 19, 20, 21, 22, 24, 25, 354, 356, 357
26, 29, 30, 31, 32, 47, 48, 89, 93, 94,
95, 96, 103, 104, 105, 106, 107, 109, T
110, 111, 112, 113, 115, 116, 118,
Taxas, 10, 11, 30, 47, 48, 49, 166, 185,
120, 123, 125, 127, 128, 130, 131,
186, 212, 215, 355, 358, 360, 361
132, 134, 135, 137, 138, 140, 141,
155, 156, 157, 158, 159, 162, 163,
216, 228, 239, 299, 315, 319, 320, U
321, 337, 338, 341, 350, 351, 352, UCF, 35, 55, 87, 106, 112, 116, 175
354, 360, 361, 362, 365, 366
Incidência objectiva, 31

367
CENTRO DE ESTUDOS KANJAYA

932 401 223


kanjaya.lda@outlook.com
www.kanjaya.net

Nossa MISSÃO
Orientar as Organizações
e formar pessoas e melhorar a humanidade

Nossa VISÃO
ser um grupo de referência internacional
e excelência contábil para as Organizações

Nossos VALORES
Ética, Qualidade, Cooperação

Temos como OBJECTIVO


impulsionar o desempenho e o sucesso de cada cliente
através de soluções personalizadas e inovadoras
contribuindo para o desenvolvimento das organizações

Nossa CULTURA
orientação para o cliente

DOCUMENTOS LEGAIS & CERTIFICAÇÕES


ALV. 002019230795 •INAPEM 9236 • INEFOP 115.01/LA/2015 • OCPCA
E20170045 • CRC. 2.418-14 • CRE 00139069 • CSS. 1768351 • DR III Nº 155-
13.08.2014 • DR III Nº 35-22.2.2018 • DR IIIª Nº 110-22.8.2019

368
LEGISLAÇÃO SOBRE O IVA E CONEXOS. ANGOLA

369

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