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UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DE ANGOLA

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO


Curso de Finanças e Contabilidade

AUDITORIA FINANCEIRA PARCIAL NAS IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS DA


EMPRESA CHASQ, LDA.

Trabalho de Auditoria Interna e Externa

Março, 2020
UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DE ANGOLA
FACULDADE DE ECONOMIA
Curso de Finanças e Contabilidade

AUDITORIA FINANCEIRA PARCIAL NAS IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS DA


EMPRESA CHASQ, LDA.

Trabalho de Auditoria Interna e Externa

Estudante
Rosário Quiteque ................................................................................................... 181513

3º Ano de Finanças e Contabilidade


Turma: A1
Docente: Dr. Luis Abilio da Silva Joaquim

Maio, 2021
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1

1.1. PROBLEMÁTICA ............................................................................................ 1

1.2. HIPÓTESES ...................................................................................................... 1

1.3. OBJECTIVO GERAL ....................................................................................... 1

1.4. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................... 1

1.5. JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 2

1.6. METODOLOGIA .............................................................................................. 2

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 3

2.1. CONCEITOS ..................................................................................................... 3

2.2. A INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA ...................................... 3

2.3. SISTEMA FISCAL ANGOLANO .................................................................... 4

2.4. IMPOSTO COMO FONTE DE FINANCIAMENTO DO ESTADO ............... 5

2.5. POLÍTICA FISCAL E ECONOMIA SUSTENTÁVEL ................................... 5

3. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 7

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 8


1. INTRODUÇÃO

A relação entre desenvolvimento económico e meio ambiente se tornou mais


explícita a partir da década de 1970, quando pesquisadores passaram a examinar quais
seriam os limites do crescimento em um contexto onde os recursos naturais são finitos.

Segundo Romeiro (2011) O conceito de desenvolvimento sustentável em sua


roupagem mais recente como economia verde reflete a problemática do aquecimento
global, desertificação, proliferação de pragas e doenças, e outros, na medida em que
incorpora a necessidade de adoção de parâmetros de sustentabilidade tendo em conta o
risco ambiental. Em relação ao suposto “trade-off entre crescimento económico e meio
ambiente”, reafirma-se sua inexistência, mas reforça especialmente os argumentos que
justificam essa premissa com base em expectativas sobre os avanços na geração de
tecnologias triplamente ganhadoras, isso é, no quesito social, económico e ambiental.

A verdadeira economia sustentável é aquela que se dirige a depender menos


possível do uso direto do poder do dinheiro, e coloca em pauta ações que não necessitem
realmente da moeda corrente, mas sim da geração de riqueza e abundância, que acentue
uma primorosa autossuficiência, com um norte, uma meta que seja mais profundamente
alcançada, com isso, nos leva a seguinte questão problemática:

1.1.PROBLEMÁTICA
De que maneira os impostos contribuem para uma economia sustentável?

1.2.HIPÓTESES
H1: Através de criação de Política de Sustentabilidade das Finanças Públicas;

H2: Através de Arrecadação de receitas, procurando melhorar a previsibilidade da


tesouraria do Estado;

H3: Através da afectação eficiente dos recursos públicos.

1.3.OBJECTIVO GERAL
• Compreender o impacto dos impostos e sua importância para uma economia
sustentável.

1.4.OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
• Apresentar uma abordagem conceitual;
• Descrever a intervenção do Estado e o sistema tributário angolano;

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• Estabelecer relações entre política fiscal e economia sustentável.

1.5.JUSTIFICATIVA

1.6.METODOLOGIA
Para o desenvolvimento do trabalho, a metodologia utilizada quanto a sua
finalidade será pesquisa qualitativa. Quanto aos procedimentos, serão utilizadas as
técnicas: bibliográfica e documental.

A técnica bibliográfica, conforme explica Marconi & Lakatos (1999, p. 73)


“abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde
publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografia, teses,
material cartográfico etc. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto direito com
tudo o que foi escrito”.

Já a pesquisa documental, segundo Gil (2010) é muito parecido com a


bibliográfica, tendo em vista que os dois tipos de pesquisa utilizam dados já existentes,
porém a diferença está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica é
baseada em obras de autores para um público específico, a pesquisa documental é baseada
em documentos elaborados para diversos fins. Vergara (2010) destaca como principais
documentos utilizados: balancete, ofícios, memorando, entre outros.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1.CONCEITOS
“Economia é a ciência que estuda o emprego de recursos escassos entre diferentes
usos possíveis, com o fim de obter os melhores resultados, seja na produção de bens, ou
na prestação de serviços” (Souza, 2007, p.2).

Uma vez que os recursos são escassos e o mau uso do meio ambiente torna-os
cada vez mais escassos, perigando o bem-estar das gerações futuras, (Relatório
Brundtland, 1987) define economia sustentável como sendo um sistema que procura
satisfazer as necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade das
gerações futuras, através do uso de recursos com menor grau de poluição ambiental
possível.

“Os tributos Prestações patrimoniais, pecuniárias ou susceptíveis de


avaliação pecuniária, sem carácter de sanção, impostas pelo Estado ou outras
entidades de direito público ou concessionárias de serviços públicos, com vista
à satisfação das necessidades colectivas e à prossecução do interesse público”
(Código Geral Tributário, artigo 2º, § b)

“Os tributos podem ser, impostos incluindo direitos aduaneiros, taxas ou


contribuições especiais. E impostos os tributos com natureza unilateral, em virtude da
sua obrigação não constituir a contrapartida de qualquer prestação individualizada do
Estado e demais ente públicos.” (Código Geral Tributário, artigo 3º, § 4 & 5)

2.2.A INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA


O estado intervém na economia de diversas maneiras de lembrar que é o estado
que tem por função criar políticas que levem a economia adiante. E então ai entra o estado
com a função de regularizar, organizar e fiscalizar a economia a nível do país. (Vladimir
Marcos Lopes, 2005)

A intervenção do Estado na economia visa promover a eficiência, a equidade e a


estabilidade. Para concretizar esta política tem de gastar recursos.

Para promover a eficiência, o Estado constrói estradas, caminhos-de-ferro,


barragens, hospitais, escolas, leis regulamentares etc.

Para conseguir maios equidade, o Estado constitui sistemas de segurança social, o


aparelho fiscal para tirar dos ricos e dar aos pobres.

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Assim, para a estabilidade, o Estado decide fazer subsídios, cria incentivos fiscais,
e fornece bens e serviços com preços a baixo do mercado.

2.3.SISTEMA FISCAL ANGOLANO


Segundo a Lei constitucional de 2010, artigo 101º “O sistema fiscal visa satisfazer
as necessidades financeiras do Estado e outras entidades públicas, assegurar a realização
da política económica e social do Estado e proceder a uma justa repartição dos
rendimentos e da riqueza nacional.”

Em Angola os impostos só podem ser criados por lei, que determina a sua
incidência, a taxa, os benefícios fiscais e as garantias dos contribuintes (CRA, Art.º 102º,
nº 1). O sistema fiscal deve ser encarado como uma realidade dinâmica, em interacção
com o meio envolvente, mas sem perca do seu quadro geral de referência.

Já na Lei Constitucional de 1975, consagrava as bases elementares para o sistema


fiscal angolano, hoje, a Lei Constitucional de 2010, artigo 88º estabelece de forma clara
o dever de contribuir.

Para Santos Cláudio, Barbosa Denis et al. (2020) atualmente o Sistema Fiscal
Angola é constituído por três regimes:

1. Regime Geral De Tributação;


• Imposto industrial
• Imposto sobre os rendimentos do trabalho
• Imposto sobre aplicação de capitais
• Imposto sobre o valor acrescentado
• Imposto especial de consumo
• Imposto de selo
• Imposto predial
• Imposto sobre sucessões e doações
• Imposto sobre veículos motorizados
• Regime aduaneiro
2. Regimes Especiais De Tributação;
• Regime fiscal aplicável ao sector petrolífero
• Incentivos fiscais aplicáveis as empresas nacionais na indústria petrolífera
• Regime fiscal aplicável à indústria mineira
3. Regime Das Micro, Pequenas E Médias Empresas, Investimento
Privado, Mecenato, Jogos, Facturas E Documentos Equivalentes E
Autofacturação.
• Regime fiscal das micro, média e pequenas empresas
• Lei do investimento privado

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• Regulamento do procedimento para a realização do investimento privado
• Lei do mecenato
• Regime fiscal da actividade dos jogos
• Regime jurídico das facturas e documentos equivalentes
• Regime jurídico da autofacturação
2.4.IMPOSTO COMO FONTE DE FINANCIAMENTO DO ESTADO
Rocha, Daves & Delgado (2019) O Estado se financia por empréstimos, emissão
de moeda, preço de mercado (empresas publicas, alienação, taxas, etc.) e com os
impostos, sendo o imposto a principal fonte de financiamento do Estado.

O Estado tira através dos impostos receitas dos agentes económicos, e devolve
através das despesas públicas.

Para uma melhor resposta das necessidades colectiva, a política orçamental,


dispões das seguintes funções fiscais: Função alocativa ou afectiva, função distributiva,
função estabilizadora e a função coordenadora de conflito de funções.

2.5.POLÍTICA FISCAL E ECONOMIA SUSTENTÁVEL


Uma economia sustentável tem como ponto de partida da sua acção a promoção
do equilíbrio na produção de bens e serviços sempre com vista ao desenvolvimento social,
sem prejudicar o ambiente, contribuindo assim para o aumento da qualidade de vida dos
cidadãos, garantindo sempre o acesso de todos à alimentação, vestuário, habitação,
educação, informação, garantindo de igual modo iguais condições às gerações futuras.

Como vimos no paragrafo acima, o Estado para dar resposta a estas situações,
utiliza a política fiscal, financia-se por meio de impostos para fazer face as necessidades
colectivas.

Para Túlio Rosembuj, o Estado de forma a promover o bem-estar da população e


proteção do meio abiente, pode criar tributo que se internaliza em cada um dos cidadãos,
em proporção da sua capacidade de contaminação, os custos ambientais de prevenção e
restauração, assim como a compensação de certos sujeitos passivos pelo prejuízo
concreto, de modo a incentivar a minimização da actividade danosa do bem ambiental.

Por sua vez, Gago Rodrigues e Labandeira Villot, dizem eu os tributos conta danos
ambientais, são pagamentos obrigatório de uma importância monetária por parte dos
agentes que emitem substâncias poluentes, sendo calculado, pela aplicação de uma taxa
fixa ou variável a uma base tributável relacionada com o nível de descargas poluentes

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efetuadas no ambiente. Por este motivo, muitos defendem existir um trade-off entre
crescimento económico e meio ambiente, visto que quanto mais as empresas produzem,
mais danificam o meio ambiente.

O imposto é o instrumento da política orçamental mais eficiente para o Estado


intervir na economia, de forma, a criar políticas fiscais (Impostos, taxas) e extrafiscais
(benefícios fiscais) para garantir uma economia cada vez mais sustentável.

Tributos com carácter fiscal em sentido estrito que visam promover a economia
sustentável:

Impostos: O Estado, através da Assembleia Nacional, pode criar tributos


aplicados a bens ou a actividade, que de algum modo provocam um certo tipo de poluição,
ou influenciam de modo negativo o meio ambiente. Visa-se através deles a alteração
relativa dos preços dos bens/custos associados a estas actividades, no sentido da obtenção
de receitas para promoção e financiamento de programas para proteção e recuperação
ambiental.

Taxas: Pagamentos coativos com carácter bilateral em contrapartida de benefícios


concretos e individualizados resultantes do aproveitamento de serviços públicos
específicos ou de utilização de bens do domínio público, em contrapartida do
levantamento de obstáculos jurídicos ao exercício de certas actividades pelos particulares
com uma finalidade ambiental.

Tributos com carácter extrafiscal que visam promover a economia sustentável:

Os tributos com carácter extrafiscal, frequentemente recorre-se a estes


instrumentos com o objectivo de alterar a mentalidade dos cidadãos para que estes por
sua vez alterem o modo como se comportam perante o meio ambiente, para que desta
forma se atinja uma “sociedade mais amiga do ambiente”.

Benefícios fiscais: O Estado pode criar benefícios que são medidas de carácter
excecional, que de certa forma atribuem uma certa vantagem ou simplesmente um
desagravamento fiscal perante o regime normal, assumindo-se como uma forma de
isenção, redução de taxas, deduções à matéria coletável, amortizações e/ou outras
medidas fiscais. Podemos afirmar que estes são uma ferramenta bastante poderosa e
efectiva no combate à poluição e promoção de uma economia cada vez mais sustentável,
se forem utilizados de maneira consciente e ponderada.

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3. CONCLUSÃO

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GIL, A. C., (2010) Como elaborar projetos de pesquisa. (5ª ed.). São Paulo: Atlas.

Lei nº19/14 de 22 de outubro (2014). Lei que aprova o Código do Imposto Industrial
Angolano. Diário da República 4612.

Marconi, M. A., & Lakatos, E. M. (1999) Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas.

Vegara, S. C., (2010) Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. (12ª ed.). São
Paulo: Atlas.

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