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VIANA – LUANDA
2024
EVASÃO E ELISÃO FISCAL
VIANA – LUANDA
2024
INTEGRANTES DO GRUPO
NOME COTAÇÃO
Anderson João Gaspar
Zumira Pires Manuel
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................... 5
1.3.Hipóteses................................................................................................................... 6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 15
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1. INTRODUÇÃO
Ao início desse trabalho prentendemos abordar sobre a evasão e a elisão fiscal, suas
dinâmicas de funcionamento, ou seja, denotar quando estamos perante de uma ou de outra das
distintas situações.
O Estado depende de receitas para o financiamento de suas atividades. É por meio delas
que se presta o atendimento das necessidades colectivas da população. Estas receitas são
denominadas de tributos e são consideradas elementos próprios à existência do Estado, pois
financiam a prestação de serviços públicos, infraestruturas que melhoram a produtividade e a
redistribuição dos rendimentos. Por serem utilizados para financiar bens de consumo público.
A elisão é uma forma segura e legal de reduzir os tributos devidos por uma entidade. Já
a evasão é a sonegação fiscal, que usa falsas declarações, omite informações e outros artifícios
ilícitos para evitar o pagamento de tributos; a evasão, consiste na adoção de manobras ilegais
para não fazer os pagamentos devidos e é um grande problema enfrentado pelo sector tributário.
Um gestor de uma empresa que não declara as vendas reais efectuadas, para evitar elevar o
valor dos impostos ou ultrapassar o limite do seu enquadramento tributário, está praticando a
evasão fiscal.
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➢ Até que ponto é prejudicial as praticas de elisão e evasão fiscal para uma economia?
1.2. Objectivos:
Geral
➢ Explicar quando é que estamos diante de uma evasão e de uma elisão fiscal.
Específico
1.3.Hipóteses
H0: As praticas de evasão e elisão fiscal não prejudicam o sistema de planeamento do governo,
porque possibilitam o estado arrecadar o real imposto, e isso não mexe com o orçamento a ser
feito pelo estado, assim como também não causa um defice de informações para constar nos
relatórios económicos de determinado pais.
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O presente trabalho nos mostra o quão importante é o estudo sobre o tema em causa .
Nos dias de hoje compreender a fiscalidade se tornou importante para todo mundo de uma
forma assustadora, causando um interesse maior nas entidades em se aperfeiçoarem mais no
que diz respeito ao conhecimento do mundo fiscal, tal conhecimento fez muitos descobrirem n
maneiras de burlar o sistema fiscal com essas práticas descritas no trabalho.
O tema em causa tem uma gama de actuação direcionada, desta feita a nossa pesquisa
delimitar-se-há nas empresas e em entidades singulares(trabalhadores). Porque são essas as
entidades usais em matérias de impostos.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A evasão fiscal é uma forma ilegal de redução fiscal e que representa um grande desafio
para as entidades governamentais em relação a sua identificação e eliminação. Por conseguinte,
ainda que seja considerada ilegal e esteja sujeita à punição, não impede a transgressão das leis
(MIHÓKOVÁ; DRÁB; KRALIK, 2018).
A evasão fiscal consiste em práticas que infringem as leis, como o não pagamento de
algum imposto ou fraude por parte do contribuinte, a decisão de evadir aos impostos
não é determinada apenas por considerações racionais avaliando o custo-benefício,
mas também por fatores e influências sociais e morais, que por sua vez, podem ser
moldados pela percepção que os contribuintes têm em relação aos outros contribuintes
cumprirem as obrigações fiscais.
A elisão fiscal consiste na redução de impostos de uma forma não esperada pelos
legisladores, mas que não foi expressamente prevista e proibida pela lei. Consiste basicamente
em escolher a forma legal menos onerosa de reduzir os impostos (CARVALHO et al., 2013).
Para compreender o impacto total da evasão fiscal, é importante encarar a evasão fiscal
sobre duas perspectivas: o ponto de vista governamental e o ponto de vista do sonegador fiscal
(OZILI, 2020). A evasão fiscal é uma forma ilegal de redução fiscal e que representa um grande
desafio para as entidades governamentais em relação a sua identificação e eliminação. Por
conseguinte, ainda que seja considerada ilegal e esteja sujeita à punição, não impede a
transgressão das leis.
Basicamente, temos três tipos de evasão penal, que pode ser apenas tributária, apenas
penal ou ambas. Vejamos o que pode vir a ser cada uma delas:
Como exemplo prático, podemos pensar em uma empresa cujo tipo de atividade na
legislação se enquadre em uma alíquota de 5% para recolhimento da matéria colectável. No
entanto, na apuração do tributo, essa empresa aplica a alíquota de apenas 3%, na tentativa de
ludibriar as autoridades fiscais.
3-Tributária e penal: A evasão fiscal quando é tributária e penal é a mais grave de todas,
pois acarreta dois tipos de sanções diferentes, chega a niveis de pagamento de multas, reclusão,
e até de réu primário. As leis para o devido tratamento encontram-se tipicadas nos decretos
nacionais, assim como na propria lei geral tributária Angolana.
A evasão fiscal também pode ser vista de duas formas: como sendo o objectivo
prioritário do recurso aos offshores; ou como sendo uma consequência lateral de um objectivo
prioritário relacionado com a concretização de operações cujo prioridade é o branqueamento
dos lucros do crime organizado transnacional.
Uma das formas mais frequentes da evasão fiscal nos dias de hoje é a utilização de
paraísos fiscais, com finalidades de: armazenamento de investimentos passivos, através de
depósitos de capital; fixação fictícia de rendimentos específicos; e colocação dos negócios dos
contribuintes (designadamente das contas bancárias) fora do alcance e escrutínio das
administrações fiscais do país de origem.
Paraísos fiscais, podem ser normalmente definidos como: território que atribua a
pessoas físicas ou coletivas vantagens fiscais susceptíveis de evitar a tributação no seu país de
origem ou de beneficiar de um regime fiscal mais favorável que o desse país, sendo que
possuem plataformas jurídicas, políticas, económicas e financeiras que são estáveis e seguras.
Não existe uma definição única de paraíso fiscal, tratando-se de uma questão doutrinária que
levanta algumas dificuldades quando transposta para o quadro legislativo. O que importa é que
quando falamos em paraísos fiscais estamos a falar de países ou territórios que possibilitam a
minimização da carga fiscal, assegurando a confidencialidade das operações financeiras,
podendo também ser utilizados para outros fins como ocultar rendimentos e branqueamento de
capitais, e onde existe um sistema financeiro fracamente regulado, um tratamento fiscal
preferencial para os não-residentes, regras de incorporação simples para os mesmos, e estritas
leis de sigilo bancário que protegem os titulares da conta.
outras fontes de receita, inclusive fiscais, visto que, não só por razões políticas como por força
do princípio do não retrocesso social, é difícil ao Estado obter uma redução de custos que
compense a redução, que não resulte ou de uma medida que ultrapasse o crivo do não retrocesso
social, ou de ganhos de eficiência em sede fiscal ou qualquer outra sede com impacto
orçamental.
A evasão fiscal, quando resulte na obtenção de uma vantagem fiscal injustificada, por
abusiva ou ilícita, introduz uma distorção na economia e na sociedade. Esta gera uma
concorrência desigual, decorrente da desigualdade nas condições do exercício das atividades
económicas. Num cenário macroeconómico, as práticas evasivas, ilícitas e abusivas, impedem
a diminuição do défice e da dívida pública, e prejudicam o equilíbrio da balança comercial, já
que bloqueiam as políticas corretivas que sejam adotadas nesse sentido. Alimenta igualmente a
economia paralela, representa um entrave à livre concorrência, e implica uma erosão
significativa das receitas fiscais, não apenas pelo não pagamento de impostos devidos, como
pelo “reembolso” de impostos que nunca foram entregues ao erário público.
Reduzir a carga tributária da sua empresa sem infringir nenhuma lei é possível por meio
da elisão fiscal. Com essa metodologia, você pode evitar a incidência de tributos, adiar
recolhimentos ou reduzir a base de cálculo com segurança e eficiência.
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Afinal, todo contribuinte tem o direito de buscar os caminhos menos onerosos para
cumprir suas obrigações. Ainda mais em um país com um sistema tributário complexo e
ineficiente como o nosso.
Para aplicar a elisão fiscal, é preciso ter amplo conhecimento sobre a legislação
tributária do país e suas diversas interpretações. Dessa forma, é possível utilizar os próprios
mecanismos previstos em lei para reduzir o custo com impostos e tributos.
Elisão fiscal não é crime, pois é direito do contribuinte buscar formas menos onerosas
de cumprir suas obrigações tributárias. Na verdade, o contribuinte tem o direito de economizar
no pagamento de tributos. Ele não é obrigado a adotar a forma jurídica mais onerosa para
conduzir seus negócios, ou seja, pode estruturar os seus atos ou negócios jurídicos de maneira
a pagar menos ou até nenhum tributo.”
4-Adiamento da data de pagamento do tributo sem multas (forma de ganhar tempo e respiro no
fluxo de caixa).
1-Baseada na própria legislação: é o tipo mais simples, porque você utiliza a própria
determinação da lei para reduzir ou suprimir o tributo;
Além disso, a elisão fiscal também é uma maneira eficiente de reduzir despesas
variáveis, ou seja, os custos que dependem diretamente do volume facturado. Naturalmente, os
impostos são os principais representantes desses gastos e fazem a diferença no orçamento do
negócio.
3-Melhora a margem EBITDA — relação entre o lucro da empresa antes dos juros, impostos,
depreciação e amortização, e sua receita líquida, um indicador fundamental de lucratividade.
Embora tenham fonética similar, evasão e elisão fiscal são conceitos jurídicos distintos.
Como vimos, a evasão fiscal consiste na fuga do pagamento de impostos, realizada por
meio de práticas ilícitas, como a fraude de documentos, a omissão de informações, entre outros.
Outra diferença entre as duas práticas diz respeito ao momento em que elas ocorrem.
Na evasão, a fuga se dá quando o factor gerador do tributo já está constituído. Na elisão, meios
são utilizados para evitar que o factor gerador ocorra, ou para reduzi-lo.
Entre os exemplos de elisão fiscal mais comuns, está a escolha de um regime tributário
em que a taxação seja menor. Ou ainda, a mudança de endereço da empresa, de um estado ou
município para outro, com vistas à redução da carga tributária(temos como exemplos claros a
redução de alguns impostos nas província de cabinda). Como se vê, nenhuma dessas medidas
é ilícita mas, ao fim e ao cabo, elas acabam produzindo um efeito similar ao do crime de evasão:
a redução do montante pago pela empresa em forma de tributos.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao fim das diversas pesquisas realizadas pelo grupo, conseguimos ver de uma forma
mais precisa e clara o impacto que essas causas ocasionam aos paises.
A evasão fiscal e a elisão para além de causar uma redução das receitas fiscais limitando
a capacidade de ação dos Estados e promovendo o endividamento público, provoca ainda um
agravamento significativo da injustiça fiscal não só porque se viola o princípio da igualdade (os
que têm mais capacidade para pagar, pagam menos ou não pagam), mas também porque a
estratégia de resposta dos Estados tem sido o aumento da carga fiscal sobre os contribuintes
cumpridores para compensar as perdas com os evasores, agravando ainda mais a iniquidade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CRISTEA, L. A.; VODĂ, A. D.; CIOCANEAM B.; LUCA, M. Is the Tax Burden a Generating
Factor of Fiscal Evasion in South-East Europe? Kne Social Sciences, p. 153-169, 2020.
MIHÓKOVÁ, L; DRÁB, R.; KRALIK, A. Assessing the Impact of Tax Evasion on LongTerm
Fiscal Imbalance: a sensitivity analysis application. Prague Economic Papers, v. 27, n. 3, p.
331-350, 1 jun. 2018. University of Economics.
OZILI, P. Tax evasion and financial instability. Journal Of Financial Crime, [S. L.], v. 27, n.
2, p. 531-539, nov. 2020.