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INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA- ISTA

Criado pelo Decreto N.º 24/07 do Conselho de Ministros, em 07 de Maio de


2007

CUSTOS PRÉ-ESTABELECIDOS

3º ANO
TURNO: MANHÃ
CURSO: CONTABILIADE E ADMINISTRAÇÃO
DOCENTE: CHIMINA CHINAVI

LUANDA, 2023
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CUSTOS PRÉ-ESTABELECIDOS

Trabalho referente a disciplina de contabilidade analítica


apresentado ao professor, como requisito de avaliação
do segundo semestre.

Professor: Chimina Chinavi

LUANDA, 2023
INTEGRANTES DO GRUPO
-Anderson João Gaspar
-clarice
-Domingos Diogo gaspar
-Edgar martins
-Marcos
-Salvio da boa morte
-Santa
-Ivanilda

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SUMÁRIO

RESUMO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 6
PROBLEMÁTICA DA PESQUISA....................................................................................... 7
OBJECTIVOS.......................................................................................................................... 7
HIPÓTESE.............................................................................................................................. 7
DELIMITAÇÃO DE PESQUISA...........................................................................................7
JUSTIFICATIVA DO TEMA................................................................................................ 8
CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEORICA................................................................ 9
1-CONCEITOS....................................................................................................................... 9
1.1-CLASSIFICAÇÃO..................................................................................................... 10
1.2-FINALIDADE DOS CUSTOS PRÉ-ESTABELECIDOS........................................10
1.3-CUSTO PADRÃO E ORÇAMENTO....................................................................... .11
1.4-CUSTOS PRÉ-ESTABELCIDOS.................................................................................. 12
1.5-PRINCÍPIOS.................................................................................................................... 13
1.5.1-CALCULO DO CUSTO-PADRÃO........................................................................ 13
1.6-ELABORAÇÃO DO PREÇO E DO CUSTO PADRÃO............................................. 15
1.7-ANÁLISE E CONTROLO DOS CUSTOS PRÉ-ESTABELECIDOS....................... 16
1.8-COMPARAÇÃO DOS CUSTOS................................................................................... 16
1.9-DESVIO GLOBAL.......................................................................................................... 17
1.9.1-DESVIO SOBRE AS MATÉRIAS-PRIMAS.........................................................19
1.9.2-CAUSAS DO DESVIO SOBRE PREÇO:.............................................................. 20
1.9.3-CAUSAS DO DESVIO SOBRE QUANTIDADE:................................................. 20
1.9.4-DESVIO SOBRE A MÃO-DE-OBRA.................................................................... 20
1.9.5-CAUSAS DO DESVIO SOBRE A TAXA HORÁRIA:........................................ 21
1.9.6-CAUSAS DO DESVIO SOBRE TEMPO:............................................................. 21
1.9.7-CUSTO PADRÃO DA MÃO-DE-OBRA PRODUTIVA...................................... 22
1.9.8-DETERMINAÇÃO DOS CUSTOS PADRÃO...................................................... 23
1.9.9-VANTAGENS DOS CUSTOS PRE-DETERMINADOS......................................27
1.9.9.1-DESVANTAGENS DOS CUSTOS PRÉ-DETERMINADOS...........................27
1.10-PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE CUSTOS-PADRÕES.. 27
CONCLUSÃO........................................................................................................................ 28
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................29
RESUMO
Com o objetivo de avaliar a eficiência na gestão dos recursos, os gestores precisam de
instrumentos que permitam o planejamento e controle dos custos incorridos na produção.
Assim, o custo-padrão tem sido utilizado pelas empresas para permitir o estabelecimento de
uma base de comparação entre os custos planejados e os realizados. Este trabalho faz uma
breve revisão sobre a utilização do custo pré-estabelecido e da análise de suas variações como
ferramenta gerencial apresentando o custo-padrão é usado para fins gerenciais e como
informação relevante para a elaboração de seu planejamento orçamentário.

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INTRODUÇÃO
A contabilidade de custos fornece informação tanto para a contabilidade financeira quanto
para a contabilidade gerencial. Quando mensura e avalia custos de acordo com as Normas de
Contabilidade, a contabilidade de custos é usada para cumprir com um objetivo da
contabilidade financeira, entretanto quando usada internamente por meio do fornecimento de
informações de custos sobre produtos, clientes, serviços, projetos, processos, atividades e
outros, satisfaz os objetivos de custeio para a contabilidade gerencial, exercendo papel
preponderante no processo de tomada de decisão. A gestão de custos identifica, mensura,
coleta, classifica e fornece informações que são úteis ao planejamento e processo decisório.

Os custos podem ser classificados em relação ao seu comportamento em decorrência


do aumento ou redução do nível de atividade. Para a verificação dessas diferenças, os custos
são classificados como variáveis ou fixos. Custos fixos são aqueles que tendem a permanecer
num determinado nível, entre certos limites no uso da capacidade de produção. Podem
continuar constantes, independentemente das alterações no nível de atividade, dentro de um
intervalo relevante, sempre respeitando a capacidade instalada. Entende-se por intervalo
relevante a faixa de atividade em que são válidas as hipóteses sobre a segregação de custos em
fixos e variáveis.
Os custos variáveis variam na razão direta das modificações no nível de atividade, que
podem ser unidades produzidas ou vendidas, leitos ocupados, exames realizados, horas
trabalhadas, etc. Em termos de planejamento, essa classificação permite ao gestor prever o que
acontecerá em sua estrutura de custos em função de variações nos níveis de atividade.

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PROBLEMÁTICA DA PESQUISA

- Para que serve o custo Pré-Estabelecido?

OBJECTIVOS
Objectivos Gerais
❖ Simplificar a matéria de modos a permitir uma compreensão maior por parte do publico
alvo.
Objectivos Específico
❖ Explicar como funcionam os custos Pré-Estabelecido
❖ Enquadrar os desvios na determinação dos custos Pré-Estabelecido
HIPÓTESE:
Afirmativa
Os custos pré-estabelecidos, servem para permitir á Empresa prever os resultados de
periodos futuros. Assim sendo, analisa os desvios entre as provisões e as realizações para assim
permitir aos dirigentes da empresa decidirem sobre as estratégias a adaptar.
Nula:
Os custos pré-estabelecidos, não servem para permitir á Empresa prever os resultados
de periodos futuros. Assim sendo,não analisa os desvios entre as provisões e as realizações
para permitir aos dirigentes da empresa decidir sobre as estratégia a adaptar.
DELIMITAÇÃO DE PESQUISA:
Por ser um tema tanto quanto exploratório e prático, delimitamos a nossa pesquisa as
Empresas, e para sua elaboração foi usado livros online, livros fisicos e algumas materias nos
web sites, permitindo assim a sua maior constituição.

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JUSTIFICATIVA DO TEMA
Dizer que, a escolha do tema não foi vontade intima do grupo. Mas mesmo assim não
deixa de tirar o seu enfoque principal. Esse tema permite perceber a importância da elaboração
dos custos pré-estabelecidos para toda e qualquer empresa.
Queremos com esse tema mostrar que com uma boa elaboração dos custos os
dirigentes conseguem ter uma ideia dos resultados futuros da empresa, e ajudar assim a traçar
as politicas internas da mesma.
O nosso tema é importante porque como contabilistas ou gestores nos da base de
previsão e usando os conceitos de desvios, nos ajuda a se acautelar, para assim pudermos traçar
estratégias internas mais robustas.

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CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
1-CONCEITOS
Teoricamente, se tratando de Contabilidade de Custos, padrão significa aquilo
que serve de base ou norma para a avaliação de qualidade ou quantidade. É um termo
que, por suas muitas implicações, determinaria, em longo prazo, o custo ideal de
fabricação de um item específico.
Matz (1987, pag 532), custo-padrão é o custo cientificamente predeterminado
para a produção de uma única unidade, ou um número de unidades do produto, durante
um período específico no futuro imediato. Custo-padrão é o custo planejado de um
produto, segundo condições de operação correntes e/ou previstas. Baseia-se nas
condições normais ou ideais de eficiência e volume, especialmente com respeito à
despesa indireta de produção.
Custos-padrão são, parâmetros baseados em padrões
projetados para a quantidade de recursos que devem ser
consumidos por um produto e o preço desses recursos.
Com base nos padrões estabelecidos para quantidades e
preços é possível estimar os custos para os diferentes
níveis de produção. Segundo os autores, o uso de um
sistema de custo padrão tem aplicabilidade na (1)
estimativa dos custos do produto, (2) na elaboração de
orçamentos de custos e despesas e (3) no controle dos
custos relativos aos padrões.
Atkinson et al (2000, p.151),

De fato, uma vez estabelecidas as quantidades-padrão e os preços-padrão dos


recursos utilizados na elaboração do produto, é possível prever os custos e as despesas que
serão incorridas em função dos níveis planejados de produção. Estas informações são a base
para a elaboração dos orçamentos que servirão de base para a comparação com os custos
realizados. Os gestores devem, então, proceder a análise das variações entre custo-padrão e
custo realizado indicando as causas de tais variações e propondo ações que visem minimizá-
las. Segundo Iudícibus (1991, pag 190), custo-padrão é um sistema de custeamento de
produtos e tem filosofia de controle das operações da empresa. O custo-padrão é baseado
nas condições normais ou ideais de eficiência e volume, sendo o custo planejado de um
produto destas condições (principalmente com respeito aos custos indiretos de fabricação).
Quando comparado aos custos reais, através da análise das diferenças verificadas, permite o
controle e avaliação de desempenho, sendo desta forma reconhecido como medida de
eficiência de produção.

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1.1-CLASSIFICAÇÃO
Segundo Matz (1987, pag 533), existem dois tipos de custo-padrão: o básico e o
corrente. O custo-padrão básico compara os desempenhos previstos com os reais, uma medida
padrão; o corrente é um padrão para um determinado período, condições e circunstâncias. No
custo-padrão básico, os resultados posteriores são comparados a um número-índice, medida
que só será modificada se mudarem os métodos de produção, produto ou componentes básicos
importantes. O custo-padrão corrente toma o lugar de um custo real sendo as variações entre
os custos (reais e padrão), considerados como lucros ou perdas. Gerencialmente, permite a
análise das eficiências ou ineficiências relativas, sendo por isso adotado pela maioria das
empresas.
Segundo Martins (2001, pag 230) são três os tipos de custo padrão: ideal, estimado e
corrente. Custo-padrão ideal. Seria o custo obtido em condições ideais onde a empresa operaria
com 100% de eficiência. Esta situação configura-se inatingível, pois pressupõe as melhores
matérias primas, os melhores equipamentos e colaboradores e menores índices de perdas. O
custo-padrão ideal é pouco utilizado por ser um custo demasiado teórico. Custo-padrão
estimado. É um custo projetado com base em dados históricos e que não leva muito em
consideração as ineficiências dos processos como desperdícios, produtividade, preços e
insumos. Custo-padrão corrente. É um custo planejado levando em consideração a deficiência
existente na produção no que se refere principalmente a desperdícios devido a qualidade dos
materiais, mão-de-obra, equipamentos etc. É um custo que deveria ser alcançado se fossem
obtidas certas melhorias no desempenho. O custo-padrão corrente é um meio termo entre o
custo-padrão ideal e o custo-padrão estimado sendo um bom valor para ser utilizado como
objetivo a ser perseguido pela empresa devido a ser mais desafiador que o custo-padrão
estimado, e mais factível que o custo-padrão ideal.

1.2-FINALIDADE DOS CUSTOS PRÉ-ESTABELECIDOS


Para Martins (1998, pag 333), a grande finalidade do custo-padrão é o controle de
custos.
Para Matz (1987,pag 534), “a eficácia do controle e redução de custos e da promoção
e medição de eficiências depende da qualidade dos padrões”. Analisando o que ocorreu do que
deveria ter ocorrido, a partir da fixação de uma base de comparação, a administração torna-se
consciente das variações dos custos, tomando as decisões necessárias à condução dos negócios.
O padrão é uma base de comparação para o real. Desta forma, constitui-se uma técnica auxiliar

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de contabilização de custos, onde há uma comparação com o custo real. Segundo Martins
(1998,pag 334), “a implantação do Padrão só pode ser bem sucedida onde já exista um bom
sistema de Custo Real”.
Para Padoveze (1996, pag 286), o custo-padrão só fornece informações preciosas se
estiver acoplado a outro sistema de custeamento com base em custos reais.
Segundo Matz (1987:534), usa-se o custo-padrão para:
Promover e medir eficiências., Controlar e reduzir custos., Simplificar os procedimentos de
custo., Avaliar inventários., Fixar preços de venda.
Na fixação do custo-padrão, deve ser definido o que são variações grandes e pequenas,
a fim de que a sua comparação com o custo real possa ser feita de forma prudente, e não haja
decisões precipitadas. Isto é feito pela própria administração, em conjunto com contadores de
custo e o pessoal de operações. O organograma a seguir ilustra os passos e os departamentos
envolvidos na construção do custo-padrão de um produto.

1.3-CUSTO PADRÃO E ORÇAMENTO


A grande arma global de controle de uma empresa é o orçamento. Para Martins (1998,
pag336), o custo-padrão não deixa de ser uma espécie de orçamento. Como visto
anteriormente, o custo padrão também serve de instrumento psicológico de motivação, o que
pode ser estendido ao próprio orçamento global, razão pela qual estão intimamente ligados.
Com o custo-padrão, torna-se fácil a elaboração do orçamento da parte relativa à produção,
sendo necessária somente a definição dos volumes de vendas. Desta forma, torna-se ferramenta
de base na própria construção do orçamento, tornando-a mais simplificada. Contudo, por ser
mais rigoroso que o Real, não se vale totalmente para a elaboração de orçamentos de preços
de venda.
Procedimentos Contabilisticos do Custo-Padrão
Segundo Leone (1985, pag 276), existem vários métodos para a contabilização dos
custos padronizados, sendo que seu emprego depende das necessidades da empresa, dos
processos de fabricação e de seus recursos burocráticos em termos de equipamentos, pessoal e
organização. De acordo com o mesmo autor, os dois métodos mais empregados de
contabilização de custos padronizados se fundamentam na conta de Produtos em Processo, que
é a conta mais importante para acumulação dos custos, sendo o centro de qualquer sistema de
custos industriais. Ei-los:

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- Débito à conta Produtos em Processo, pelos custos reais, e crédito pelos custos-padrão.
- Débito a crédito à conta Produtos em Processo pelos custos-padrão.
O custo-padrão não precisa ser obrigatoriamente inserido na contabilidade. Sua comparação
com os valores reais seria feita extracontabilisticamente, em relatórios especiais.
Segundo Matz (1987, pag 559), o custo-padrão se incorpora ao sistema contabilistico
regular, mas algumas empresas preferem mantê-lo apenas para efeito estatístico, de modo que
em qualquer caso as variações podem ser analisadas. Quando o custo-padrão for inserido na
contabilidade, serão criadas contas que registrarão as variações entre Real e Padrão, as quais
terão de ser eliminadas pela sua distribuição, de modo que, para Balanço, os valores de
Estoques e de Custo de Produtos Vendidos voltem a valores reais.

1.4-CUSTOS PRÉ-ESTABELCIDOS
Os métodos de custeio custo completo, custeio variável, etc.) permitem calcular os
custos a posterior para determinar os resultados da Empresa segundo o sector da sua actividade
e a sua evolução no tempo. Quer dizer os diferentes métodos não permitem avaliar se os
resultados analíticos observados correspondem aos objectivos que a Empresa espera atingir.
Para responder a esta preocupação, surge a necessidade de elaborar normas e calcular custos
padrao (pre-estabelecidos ou previsionais).
Os Custos Padrão permitem à Empresa prever os resultados de períodos futuros. Assim sendo,
a análise dos desvios entre as previsões e as realizações permitem aos dirigentes da Empresa
decidir sobre a estratégia a adaptar na Empresa.
Isto quer dizer que, para as empresas que trabalham por encomendas, tendo a obrigação
de apresentar as propostas de preços (facturas pró-forma), o conhecimento, apenas, dos custos
do período anterior não é suficiente para a elaboração dos orçamentos a serem apresentados,
visto que várias perturbações podem surgir no ambiente económico no qual vive a Empresa.
Por exemplo: nos custos fixos (mesmo variáveis) da Empresa, sobretudo quando existe uma
varia- ção da actividade da Empresa. É por isso que a elaboração das previsões é vital para as
empresas, qualquer que seja o seu sector de actividade.
Assim sendo, para uma melhor avaliação dos programas de produção na Empresa, é
necessário a elaboração dos custos padrão.
Quer dizer que este custo permite uma avaliação rápida da produção obtida
multiplicando o custo unitario padrão pelas quantidades produzidas:
Valor da produção = Custo unitario padrao* Quantidades produzidas

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1.5-PRINCÍPIOS
-O cálculo dos custos padrões é imposto pela valorização do programa de produção.
-Os custos padrão são custos avaliados "a priori".

1.5.1-CALCULO DO CUSTO-PADRÃO
O calculo do custo-padrão é efectuado da mesma maneira que o do custo Real.
Ele compreende:
- Os encargos variáveis (MP, MOD, etc.) ou
- Fixas (amortizações, remuneração do pessoal, etc.)
- Encargos indirectos que são reagrupados nos centros de análise
tipos de encargos elementos formulas exemplos custo padrão
total
custo unitario Materias
pré primas.Se o custo
materias primas estabelecido x unitario padrao é 5 x 30 = 150
quantidades pré de 5, as
estabelecidas quantidades sao
encargos directos 30kg
Taxa horaria 1hora custa 100
MOD Padrão x kz., 100 horas 100 x 100=
numero de custam? 10000
horas padrão
custo de esta analise é feita nos centros
unidade de de custos
obra padrão x
numero de
encargos indirectos Outros encargos unidade de
obra pré-
estabelecida

Fig.1
Pode se dizer que em geral, que para calcular o custo padrão de Matéria Prima e o de
mão de obra directa é obtido da seguinte forma:
Custo total padrão= Custo unitario padrão x Quantidade padrão
A determinação dos custos padrão das matérias-primas incorporadas nos produtos e das
mão-de-obra directas são geralmente feitas a partir dos custos padrão estabelecidos por meio
de estudos dos processos de produção elaborados dentro da empresa. Trata-se de:
- Estabelecimento do padrão técnico que defina as quantidades de matérias-primas e da mão-
de-obra directa necessária para a produção de uma unidade de produto

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- Estabelecimento dos "custos" a aplicar às quantidades padrão.
Sublinha-se que os padrões técnicos são definidos pelo Departamento Técnico da
Empresa e os custos unitários padrão são estabelecidos pelo departamento de compra, ou de
contabilidade. Ou ainda é o Departamento Comercial que tem contacto com os custos aplicados
pelos fornecedores.
Salienta-se que os desvios sobre os custos são sempre calculados ao nível da Produção
Real.
Análise dos Encargos Variáveis Directos
Trata-se dos encargos sobre as matérias-primas e da mão-de-obra directas utilizadas e
engajadas para a produção de produtos.
Matéria-prima
Sobre as matérias-primas, são feitas duas previsões:
Trata-se da determinação:
-Da quantidade das matérias-primas necessária para fabricar um produto acabado. Neste caso
temos Standard Técnico. Para esta previsão, a Empresa deve considerar as quebras e as perdas
resultantes do processo de fabricação.
- Do custo unitário provisional aplicado sobre os das matérias-primas. Este custo é determinado
considerando os valores posteriores e futuros.
Exemplo: A produção de uma peça passa em duas fábricas. Na primeira fábrica a matéria-
prima perde 10%, na segunda fábrica ela perde 15%.
Em 100 kg de MP perdemos: 10% de 100 na fábrica 1= 10 Kg e Na segunda fábrica 15% de
90=13,5 kg.
Finalmente temos 76,5 kg das matérias-primas úteis.
Com estes dados, para fabricar uma peça de 200 kg precisamos de:
100/76,5(200)= 1,3071895 x 200 = 261,42 kg de matérias-primas.
Mão-de-obra Directa
Para a determinação dos encargos da mão-de-obra directa também temos duas
previsões formuladas. Trata-se:
- Do tempo médio necessário a cada fase da fabricação para realizar um produto acabado
(considerando o tempo de pausas autorizado; alimentação de maquinas; regulação, etc.).
- Do custo horário previsto (incluindo encargos sociais), se existir uma mão-de-obra
extraordinária, deve-se considerar o custo horário suplementar das horas extras.

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Encargos Fixos Directos
O montante dos encargos fixos será avaliado. Para calcular o custo de um produto,
deve-se dividir este custo total pelo número de produtos que se pensa produzir. Isto é, conforme
a previsão da Produção.
Encargos Indirectos
Em geral, os encargos indirectos são analisados nos centros de análise ou centro
homogéneos. Para cada centro, deve-se calcular os encargos provisionais em função do seu
carácter fixo ou variável. Neste caso, o nível de actividade do centro deve ser previsto.
Depois, proceder-se à repartição secundária para chegar ao custo de unidade de obra e
à repartição entre os produtos que passam para o centro principal.

1.6-ELABORAÇÃO DO PREÇO E DO CUSTO PADRÃO


Trata-se de determinar o custo das matérias-primas, da mão-de-obra e dos custos da
unidade de obra.
Matérias-primas
O preço padrão pode ser:
-O preço do último ano do período em análise, incluindo os encargos (directos e indirectos) da
compra.
- Ou o preço provisional que considera a conjuntura nacional e ou internacional.
O custo padrão= Preço padrão x Quantidades padrão
Esta custo padrão deve considerar os desperdiçios e os refugos.
Mão-de-obra
O custo unitário a considerar é um custo horário ou outro que inclui a totalidade dos
encargos sobre os salários. Trata-se de férias e os encargos sociais suportados pela empresa.
Trata-se da parte patronal.
𝑆𝑎𝑙𝑎𝑟𝑖𝑜 𝑒 𝑒𝑛𝑐𝑎𝑟𝑔𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠
Taxa Horária=𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠𝑎𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜

Custo da Unidade de Obra


O seu cálculo é baseado sobre a elaboração de um orçamento do centro de análise
correspondente a um nível normal de actividade.

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1.7-ANÁLISE E CONTROLO DOS CUSTOS PRÉ-ESTABELECIDOS
Para melhor analisar e controlar os custos padrão deve-se distinguir a noção de
produção da noção de actividade. Assim, pode-se analisar os desvios observados na empresa.
Produção
A Produção de uma empresa corresponde ao que ela fabrica ou fornece com o objectivo
de ser vendido ou para satisfazer as necessidades humanas. Para a indústria temos o produto
final.
Actividade
Ela não concerne forçosamente a empresa no seu conjunto, ou na sua globalidade. Ela
é um dado interno à Empresa. Ela é um elemento da empresa. Exemplos: a energia, a
administração, a manutenção, os Recursos Humanos, etc, são actividades que permitem à
empresa atingir o seu objectivo. Os encargos destas actividades podem ser analisados nos
centros de análise ou centros de custos.
A unidade que mede esta actividade pode ser unidade de obra para os encargos do
centro de análise.

1.8-COMPARAÇÃO DOS CUSTOS


Os custos padrões são determinados para uma Produção considerada como normal.
Os custos reais correspondem a uma Produção real da empresa que pode ser diferente
ou igual à produção normal. Porque é possível que a Empresa produza realmente a produção
prevista. Neste caso, a produção normal será igual à produção prevista.
Como também a produção real pode ser diferente da produção normal. Ela pode ser
superior ou inferior à previsão. Assim sendo, um produto tem um custo padrão ou previsional
e um custo real.
Custo padrão= preço padrão x Quantidade padrão
Custo real= preço real x quantidade real
Os custos padrão servem de base para determinação dos desvios.
Os desvios entre os consumos (MP, MOD, encargos de custo) têm sentido quando elas
resultam da comparação de custos correspondentes à Produção do mesmo nível. Quer dizer, as
quantidades comparadas devem ser iguais entre elas, para que não haja falsificação dos custos.
Isto implica que não se pode comparar dois custos (padrão e real) quando as quantidades que
permitiram a sua determinação são diferentes.
Exemplo: Pr= 5 Qr=50 Cr= Pr * Qr= 5*50=250

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Pp=3 Qp=30 Cp=Pp*Qp=3*30=90

Neste exemplo a comparação de Cp e do Cr não pode ser levada a conclusão , porque


as quantidades aplicadas aos preços são diferentes.Os desvios devem ser sempre calculados ao
nivel da produção Real.
Pr= Produção real
Pp= Produção padrão
Cr= Custo real de uma unidade de produção
Cp= Custo padrão de uma unidade padrão

Custo real da produção Real=Cr x Produção Real


Custo padrão da produção padrão= Cp x Produção padrão

Sublinha-se que o desvio sobre a produção é a variação da produçao. Assim, temos que
procurar as causas dos desvios de custo da produção Real Observada.

1.9-DESVIO GLOBAL
Uma fabrica produz um tipo de produto P. Segundo as provisões do Departamento
Técnico da empresa o orçamento para esta produção é o seguinte:
Previsão das matérias primas em quantidades e em valores para uma produção de
1000 unidades

Montante
Qt P.U
Elementos unitário 1000 U Quantidades em matérias primas
Padrão Padrão
padrão

Técido 1,2 m 80 96 96000 1200 metros= 1000 u * 1,2 metros


Mão de obra directa 5minutos 3 15 15000 5000minutos=1000 u * 5 minutos
total 111 111000
Fig 2

O tecido e a mão de obra são considerados como encarhos variaveis.


Produção prevista no periodo(ex, por semana) é de 1000 unidades.
Orçamento previsto em custo variavel = 1000 x 111= 111000.
Os elementos reais semanais são: Produção real =1050
Oa encargos reais para a mesma produção sao os seguintes:

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Mapa dos encargos reais Materia prima em quantidade e em valor para produção
de 1050 unidades

elementos Quantidade PU Real Montante para uma produção Real de 1050u


tecido 1320 metros 82 108240
mao de obra directa 5 minutos 3 15500
total 123740
Fig 3
Se considerarmos que:
Desvio= custo real-Custo padrão, no exemplo acima:
O desvio global é: 123740-111000= + 12740
Como se trata de custos, este desvio pode ser qualificadocom o desfavoravel, isso
significa que previu uma despesa de 111000 e gastamos 123740, ou seja, temos que procurar
a diferença para poder cumprir com a producao real. No entanto, quando considerarmos :
Desvio= Custo padrão-custo real, isso significa que o resultado negativo é desfavoravel.
Os dois montantes 111000 e 123740 não se aplicam á mesma produção
111000 é referente a produção igual a 1000 unidades
123740 é referente a prdução igual a 1050 unidades.
Para uma melhor analise temos que ajustar as previsões a producão real, multiplicando
o custo unitario padrão pelas quantidades reais.
Assim , Pp=111
Qr= 1050 unidades
Cp ajustado a produção real=Pp * Qr= 111 x 1050=116550
Este montante representa o custo total padrão da produção ajustada a produção real.
O desvio global sobre o custo é igual= 123740-1050=7190
È este desvio que deve ser analisado, procurando suas causas, A diferença para comparar com
o orçamento será:116550-111000=5550
Esses 5550 são chamados Desvio sobrr o volume de actividade, porque a sua origem é o
aumento da produção.
Em principio, trata-se do desvio sobre o volume de produção, desvio sobre o volume.

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Mapa comparativo de custo real ao custo padrão
elementos custo real custo padrão ajustado a prod real
Qr Pr montante Qr Pr Qp Pp Qp Pp
tecido 1320 82 108240 1260 80 100800
mão de obra 5000 3,1 15500 5250 3 15750
total custo
indirecto 123740 116550
Fig 4
Observação:
As quantidades reais (ajustadas) de tecido são obtidas multiplicando a quantidade
unitária (1,2 metros por cada unidade) pelas quantidades realmente produzidas (1.050).
Assim:
1,2 x 1.050= 1.260 (quantidade padrão de tecido a multiplicar pela Produção Real) e
- O tempo obtém-se multiplicando o tempo necessário para produzir uma unidade (5 minutos
segundo o mapa previsível) pelas quantidades realmente produzidas (1.050).
Assim, 5 minutos x 1.050= 5.250 minutos.
Para o estudo dos DESVIOS, o mais importante é analisar o DESVIO
DESFAVORÁVEL que traduz uma produção ou uma realização menos boa que previsão.
Para ganhar tempo, podemo-nos limitar aos DESVIOS importantes em valor absoluto ou em
valor relativo. Isto quer dizer que quando o desvio é insignificante não chama a atenção dos
analistas.
Para melhor ilustrar a nossa análise, analisemos separadamente os dois desvios.

1.9.1-DESVIO SOBRE AS MATÉRIAS-PRIMAS


Trata-se do desvio sobre o Preço e sobre as quantidades das matérias-primas
referenciadas.
Na realidade, o desvio sobre as matérias primas é igual a diferença entre de um lado o
Custo Real de Matérias Primas menos o Custo Padrão das mesmas matérias primas.
Desvio sobre as matérias primas= MP = Pr Qr - Pp Qp.
Considerando que estamos a trabalhar no sentido de (Custo Reais - Custos Padrões) (Pr- Pp ),
quando o resultado é negativo, quer dizer tem um sinal negativo, considerando que estamos a
falar de custos, o resultado é considerado assim favorável. Isto significa que prevemos um
Custo Padrão superior ao Custo Realmente suportado. O Custo real das Matérias-Primas mais
barato que o Custo Padrão previsto sobre as Matérias Primas.

19
1.9.2-CAUSAS DO DESVIO SOBRE PREÇO:
São causas principais do desvio preços elevados resultantes da conjuntura externo que
pode ser a modificação das tarifas.
Neste caso, uma verificação da relação entre qualidade e preço é necessário.
1) Flutuação de preços no mercado de matérias;
2) Políticas de aprovisionamento, no que se refere à quantidade e ritmo de compras;
3) Coordenação dos serviços de comerciais e fabris, não conseguindo uma relação estável
entre compras, produção e vendas;
4) Organização dos serviços de aprovisionamento, admitindo sobrecargas excessivas de
gastos de compra;

1.9.3-CAUSAS DO DESVIO SOBRE QUANTIDADE:


- má qualidade das Matérias Primas,
- uma grande quantidade de quebras ou de refugos,
- falta de controlo na utilização das Matérias primas,
- falta de formação do pessoal que utiliza as maquinas,
- mesmo da má qualidade de maquinas,
- falta de manutenção das máquinas;
- tipo do inventário permanente aplicado na empresa. O Custo das Matérias-Primas consumidas
pode variar quando o Método de avaliação é LIFO ou FIFO.

1.9.4-DESVIO SOBRE A MÃO-DE-OBRA


A determinação dos Custos de Mão-de-obra subdivide-se em duas partes. Trata-se de
Mão-de-obra Directa e a Mão-de-obra indirecta. A primeira participa na produção a última não
participa directamente na produção. Assim sendo, a repartição da mão de obra directa é feita
directamente no momento do cálculo de custos de produção; quando a mão de obra indirecta é
tratada no mapa de repartição dos encargos indirectos.
O custo de mão-de-obra é determinado da seguinte maneira:
Custo de mão de obra directa=Numero de trabalhadores x numero de dia de trabalho no periodo
x numero de hora de trabalho por dia x taxa horaria paga aos trabalhadores
Sublinha-se que o Custo sobre a MOD é diferente do número de hora de Mão-de-obra total. A
formula acima apresentado permite determinar o Custo da MOD.

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Para a determinação do Número de Horas de Mão-de-obra directa deve-se seguir o seguinte
raciocino:
Numero de horas de mão de obra directa= Numero de trabalhadores que participam
directamente na produção x numero de dia de trabalho no periodo x numero de hora de trabalho
por dia x taxa horaria paga aos trabalhadores.
Na realidade, os elementos importantes para a determinação de custo de Mão-de-obra
são: o Tempo (T) e a taxa horária (t). Sublinha-se que a taxa horária é o custo de uma hora de
trabalho.
Assim, o desvio sobre a mão de obra directa é igual a diferença entre de um lado o
Custo Real em Hora de Mão de obra directa menos o Custo Padrão das mesmas mão de obra
direita.
Considerando que estamos a trabalhar no sentido de (Custo Reais - Custos Padrões)
(Tr-Tp), quando o resultado é negativo, quer dizer tem um sinal negativo, considerando que
estamos a falar de CUSTOS, o resultado é considerado assim favo- rável. Isto significa que
prevemos um Custo Padrão superior ao Custo Realmente suportado. O Custo real da Mão-de-
obra Directa são mais baratos que os Custos Padrões previstos sobre a Mão-de-obra.

1.9.5-CAUSAS DO DESVIO SOBRE A TAXA HORÁRIA:


São causas principais do desvio sobretaxa a conjuntura externo que pode ser a
modificação da taxa horária fixada pelo Governo. Neste caso deve haver controlo de admissão
de trabalhadores.
As modificações legais ou contratuais dos salários ou dos encargos sociais; ou ainda o
recurso às horas suplementares que aumentam a taxa real média; ou o recurso ao pessoal sobre
qualificado que é muito dispendioso (custoso) para o mesmo trabalho.

1.9.6-CAUSAS DO DESVIO SOBRE TEMPO:


Sobre-consumo pode provir:
-má qualidade de trabalhadores,
-eficiência de trabalhadores,
-falta de qualificação do pessoal,
- falta de formação do pessoal,
-má qualidade de maquinas utilizadas,
- falta de manutenção das máquinas utilizadas pelos trabalhadores,

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-Greves
- falta da energia,
- outros problemas de rendimento que pode ser justificado pela qualidade do pessoal que labora
na empresa. Quando ela é de má qualidade, a empresa gasta uma grande quantidade de
Matérias-primas e de horas de máquinas.
A Importância desta análise
A detecção ou a procura dos desvios, sobretudo das suas causas permite evitar a
repetição do erro na gestão e conduz à reconsideração dos padrões para os próximos períodos.
No entanto, a decomposição em desvio sobre quantidade e desvio sobre custo apenas
tem sentido se aplicado sobre os elementos dos custos variáveis. Como por exemplo, as
matérias-primas.
Ele é menos significativo para a mão-de-obra directa quando esta última constitui o
essencial dos encargos fixos.

1.9.7-CUSTO PADRÃO DA MÃO-DE-OBRA PRODUTIVA


No caso dos salários serem em peças, o custo padrão é dado pela tarifa à peça, ou ainda
pela tarifa horária correspondente a um número de peças padrão.
No caso de salário horário, o custo padrão é obtido multiplicando o tempo padrão pela
tarifa horário padrão.
No caso do salário a prémio, o custo padrão a unidade é calculado a partir das provisões
de produções.
Temos que considerar os encargos sociais. Depois, o custo padrão da mão-de-obra é
sempre estabelecido por equipas de trabalho; temos que incluir os encargos das secções; tudo
isto simplifica a análise do desvios. Neste caso, a variação de custo de mão-de-Obra não é
proporcional ás variações da produção.
Desvio sobre encargos indirectos
Os encargos indirectos (El) que são analisados e tratados nos centros de análise contêm
sempre uma parte de elementos fixos e de encargos fixos directos, que devem merecer uma
outra atenção.
Deve-se sublinhar a sub imputação ou a sobre imputação de encargos fixos que estão
ligados às variações de actividade.

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1.9.8-DETERMINAÇÃO DOS CUSTOS PADRÃO
A avaliação dos custos padrão leva á apresentação dos orçamentos que explicam os
pormenores ou as particularidades das previsões.
Os orçamentos dos centros de análise tém duas funções:
- Eles permitem calcular o custo padrão da unidade de obra.
- Eles são instrumentos de controlo dos encargos de um Centro comparando previsões e as
realidades.
Eles estabelecem-se determinando:
-A produção a obter, expressa em número de unidade de produtos.
-A actividade a fornecer (para obter a tal produção), expressa em número de unidade de obra.
Sublinha-se que, para um centro de produção, a unidade de obra é geralmente um tempo
de trabalho que pode ser:
- O tempo de emprego da mão-de-obra, ou
- O tempo de marcha da máquina.
Situação da Empresa que produz apenas um tipo de produto
A distinção entre os encargos fixos e encargos variáveis obriga a introduzir a noção de
orçamento flexível.
Quer dizer, orçamento que nos permite definir os custos provisórios sobre o nível da
produção real.
O Orçamento Flexível é um documento pelo qual os encargos de um centro
determinado são avaliados em diferentes níveis possíveis de actividades.
Nestas condições, pode-se considerar que os encargos fixos deveriam ser suportados
da mesma maneira, mas que os encargos variáveis deveriam ser proporcionais à actividade.
Exemplo:
O orçamento mensal de uma empresa considera os seguintes elementos: os elementos fixos e
os elementos variáveis.
Como elementos fixos, a empresa tem:
4 Trabalhadores na fábrica remunerados à base de 12.000 Kz/mês para 169 horas de presença;
Os encargos sobre salários suportados pela empresa são de 50% deste valor.;
4 máquinas são utilizadas na fábrica;
O tempo da marcha normal para a máquina é de 140 horas por més.;
O custo unitário da máquina é de 4.400.000 Kz, elas são amortizáveis em 4 anos sobre 11
meses de produção por ano.

23
Os outros elementos fixos (manutenção, seguro, etc.) elevam-se à 11.200 Kz por mês.
Como elementos variáveis, a empresa tem:
-Energia, matérias de consumo, fornecimento exteriores que representam 200 Kz por hora de
máquinas, a hora de máquina sendo a unidade de obra da fábrica.
-A Produção normal é de 1.120 unidades por mês.
Trabalho:
Determina o custo unitario
Solução:
Encargos de pessoal: 4 x 12000 x 1,5=72000, multiplicados por 1,5 considerados que os
encargos sociais representam 50% de salários
4 ∗ 440000
Amortização= =40000
4 ∗ 11𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
Trata-se de multiplicar as 4 máquinas pelo custo unitário de compra (4 x 440.000 =
1.760.000). Como as máquinas serão amortizadas em 4 anos, o montante de 1.760.000 deve
ser dividido por 4, para se encontrar a amortização anual. Sabemos que as máquinas trabalham
11 meses por ano, este resultado deverá também ser dividido por 11 para acharmos a
amortização mensal das 4 máquinas. Assim teremos:
4 ∗ 440000
Amortização mensal= =40000
4 ∗ 11
Sublinha-se que os encargos sobre o pessoal e as máquinas (amortizações) são encargos
fixos.
Os elementos variáveis são: 200 x 140 x 4=112.000.
Trata-se de 200 Kz de hora de máquina que se multiplicam às 140 horas, que é o tempo normal
da marcha por mês, que no fim se multiplicam pelas 4 máquinas que estarão em marcha.

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O ORÇAMENTO DO CENTRO
Natureza dos encargos Montante total
Encargos fixos 72000
pessoal 123200
Amortizações 11200
outros encargos 112000
encargos variaveis 112000
total 235200
Actividade...................................................................................................560 h
Custo padrão por hora..................................................................................420
Estes 420 podem ser dividivos em:
-Custo fixo..................................................................220
-Custo variavel............................................................200
A producao da empresa é de..........................................................................1120 unidades
Custo unitário(235200 : 1120)........................................................................210
Este orçamento mostra que o custo padrão da unidade de obra é de 420, baseando-se
na hipótese de actividade de 560 horas que é a actividade normal
Para uma actividade igual a X o orçamento flexível f (x) pode ser assim representado:
F(x)=123200+200x
Que explica 123200 custos fixos mais 200 x custos variaveis.
Assim, o custo previsional da unidade obra= custo de produção
123200
Unidade de obra = + 200
𝑥
Este custo, quando x aumenta, baixa, e quando x baixa, ele aumenta.
Se as actividades forem 520, 560 e 600 horas marcha, a situação será:
Actividade em hora de marcha
520 560 600
encargos fixos 123200 123200 123200
encargos variaveis 104000 112000 120000
orçamento flexivel 227200 235200 243200
custo unidade de obra 436923 420 405,33
Obs: A partir deste quadro iremos considerar como custo padrão da unidade de obra o custo
correspondente à actividade normal que é de 560 Horas de máquinas.
A actividade prevista foi 560 H para uma Produção de 1.120 unidade:
560
=0,5 hora por unidade
1120
500 horas são para 1000 unidades de actividades normal, sendo = 560
Custo unitario hora = 420
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Para 500h = 420 x 500 =210000
Esta situação mostra que temos orçamentos flexíveis. São orçamentos que se adaptam
à actividade da empresa. Assim, para 560 horas temos 1.120 unidades de produção e como
orçamento temos 235.200. Para 500 Horas temos 1.000 unidades, com um orçamento igual à
210.000. Estes cálculos podem ser repetidos para qualquer nível de actividade da empresa.

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1.9.9-VANTAGENS DOS CUSTOS PRE-DETERMINADOS
1. Antecipação no fornecimento dos dados;
2. Simplificação considerável das verificações e dos cômputos cálculos feitos
periodicamente;
3. Fornecem uma base objectiva para orientar racionalmente as políticas de venda;
4. Constiruem uma unidade de medida dos serviços obtidos, porque são determinados com
base em condições típicas de funcionamento;
5. Reduzem os consumos de mão-de-obra e de gastos da fábrica, uma vez que o seu
estabelecimento é normalmente acompanhado da estandardização das operações fabris e
dos próprios procedimentos administrativo-contabilísticos.

1.9.9.1-DESVANTAGENS DOS CUSTOS PRÉ-DETERMINADOS


1. Dificuldades na determinação do grau de precisão no cálculo dos custos padrões nos
diversos sectores da empresa;
2. Nos casos em que as revisões dos custos padrões não forem efectuadas periodicamente
tornam-se, às vezes, desajustados à realidade;
3. No caso de haver alterações dos padrões, isto implica a redução da sua eficácia;

1.10-PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE CUSTOS-PADRÕES


1. Determinam-se, para cada alínea elementar de custos, matérias, mão-de-obra, despesas
indirectas industriais, os respectivos padrões e registam-se numa ficha de custopadrão;
2. Empregam-se modelos e documentos propositadamente estudados e aptos para
verificar os custos-padrões, os custos reais e os desvios;
3. Para além dos registos de Contabilidade propriamente distos, efectuam-se verificações
estatísticas com o objectivo de agrupar os dados mais significativos e analisar os
desvios desfavoráveis;
4. Para os vários níveis directivos, preparam-se relatórios e mapas que sintetizam ou
analisam de vários modos os resultados alcançados e os desvios relativamente aos
padrões.

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CONCLUSÃO
Ao elaborarmos este trabalho, um dos principais objectivos era demonstrar o que são
custos pré-estabelecidos, na área de contabilidade de Gestão, para as empresas, em particular
as que se situam na área industrial. A intervenção da Contabilidade de Custos ao nível da
determinação do custo unitário de produção, que se pretende o mais rigoroso e fiel à realidade
possível, permite às empresas definirem com mais propriedade o seu preço de venda, tendo em
atenção a sua posição no mercado.
Para além disso, possibilita o apuramento do grau de eficiência na utilização dos
recursos. Quer isto dizer que auxilia as empresas na maximização das suas condições de
exploração.

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BIBLIOGRAFIA
Professor Doutor Capela D.Tepa, contabilidade analítica pormenorizada 2

George S. G. Leone: Curso de contabilidade de Custo, Editora Atlas, 2ª Edição, Sao Paulo-
Brasil, 2000

Carlos Figueiredo dos Santos: Contabilidade Analitica - Um Apoio à Gestão, Editora, Rei dos
Livros, Imprensa Portuguesa, Porto, Setembro de 1998.

António Borges - Revisor Oficial de Contas e Martins Ferrão-Economista: Manual de Casos


Práticos, 8ª Edição, Editora Rei dos Livros, Novembro de 1999, Lisboa.

Prof. Dr. Júlio Mendes: Contabilidade Analitica e de Gestão, Gestão Orçamental Plano de
Contas, Plátano Editora, 1ª Edição, ano 1996, Lisboa

C. Goujet C. Raulet C. Raulet: Comptabilité analytique et contrôle de Gestion, 4" édition,


Dunod, Paris, 1997.

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