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MANDADO DE SEGURANÇA
Por outro lado, o mandado de segurança não é cabível contra decisão transitada em
julgado, assim como nenhum outro recurso, conforme OJ 99 SDI-II do TST e Súmula 33 do
TST.
Embora seja um prazo decadencial, pode ser prorrogado até o 1º dia útil
imediatamente subsequente, no caso de expirar no dia que não houver expediente forense,
conforme MS 14828/DF².
AÇÃO RESCISÓRIA
O art. 836 da CLT dispõe que a ação rescisória é cabível mediante o depósito prévio
de 20% (salvo se comprovada a hipossuficiência). Este depósito tem natureza de multa, em
favor da parte contrária, quando, por unanimidade, a ação rescisória foi inadmissível ou
improcedente, conforme art. 968, II, do NCPC.
Podem propor a ação rescisória: a) quem for parte no processo ou seus sucessores,
a título universal ou singular; b) o terceiro juridicamente interessado; c) o participante
obrigatório e d) o Ministério Público, nas hipóteses do NCPC, art. 967, alíneas “a” a “c”, e
também do art. 966 do NCPC, haja vista que as alíneas do art. 967 do NCPC são meramente
exemplificativas (vide Súmula 407 do TST).
O art. 966 do NCPC dispõe um rol exemplificativo das hipóteses de cabimento da
ação rescisória, para rescindir a decisão quando: a) a decisão for proferida por prevaricação,
concussão ou corrupção do juiz; b) for proferida por juiz impedido ou absolutamente
incompetente; c) resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida (Súmula
403 do TST), ou de colusão/simulação entre as partes, para fraudar a lei; d) ofender a coisa
julgada (ex. quando o empregado procura um advogado e perde a ação, e depois procura outro
advogado e ganha ação, cabe ação rescisória contra esta segunda ação para desconstituir este
segundo julgado); e) violar dispositivo de lei; f) se fundar em prova falsa, que tenha sido
apurada em processo criminal ou provada na própria ação rescisória; g) for obtido documento
novo, existente na época dos fatos, mas que não se tinha conhecimento (Súmula 402 do TST);
e h) fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.
Por outro lado, será de competência do TST a decisão ou acórdão do próprio TST,
que é julgado pela SDI-II ou pela SDC. A Lei nº 7.701/88 prevê, no art. 3º, I, alínea “a”, que a
ação rescisória será julgada pela SDI-II quando estiver relacionada a dissídios individuais, e o
no art. 2º, I, alínea “c”, que a ação rescisória será julgada pela SDC quando estiver relacionada
a dissídios coletivos.
Embora seja um prazo decadencial, pode ser prorrogado até o 1º dia útil
imediatamente subsequente, no caso de expirar no dia que não houver expediente forense,
conforme §1º do art. 975 do NCPC, Súmula 100, IX, do TST e REsp 1112864/MG4.
BIBLIOGRAFIA
[3] FURLAN, Alessandra Cristina. Coisa Julgada nas Ações Coletiva. Dissertação
(Mestrado) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2000, p. 79. Disponível em: <
http://www.dominiopublico.gov.br/download/teste/arqs/cp136007.pdf>. Acesso em: 05. abr.
2021.