Você está na página 1de 8

Petição escrita em parceria com as estudantes de Direito Ruama Assunção Rocha e

Jully Anne Rebouças Linhares.

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) PRESIDENTE DAS TURMAS


RECURSAIS DO ESTADO DO CEARÁ

NOME COMPLETO, nacionalidade, estado civil, profissã o, e-mail, RG e CPF, residente e


domiciliada no endereço, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por
intermédio de seu procurador subscrito, impetrar:

MANDADO DE SEGURANÇA

Em face da autoridade coatora, Excelentíssimo (a) Senhor (a) Doutor (a) Juiz (a) da _ª
Unidade do Juizado Especial Cível, nome da autoridade, pelos motivos de fato e de direito a
seguir expostos:
DA JUSTIÇA GRATUITA
Requer o impetrante os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, por ser hipossuficiente na forma
da lei, conforme declara no instrumento procurató rio, nã o podendo, portanto, arcar com as
custas processuais e honorá rios advocatícios sem prejuízo do pró prio sustento e de sua
família.
O acesso à justiça é direito de todos, e quem nã o tem condiçõ es de arcar com as custas
processuais nã o pode ser privado desse direito, assim preceitua o princípio constitucional
da inafastabilidade da jurisdiçã o, artigo 5º, inciso XXXV da Constituiçã o de 1988 e art. 98 e
SS. do novo Có digo de Processo Civil.
DO CABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA
Informa o art. 1º da Lei nº 12.016/2009, a qual disciplina o Mandado de Segurança
Individual e Coletivo, bem como dá outras providências, que o referido remédio
constitucional possui como objeto proteger direito líquido e certo do cidadã o brasileiro,
desde que o mesmo nã o esteja amparado pelos remédios constitucionais do habeas corpus
e do habeas data, senã o vejamos:
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, nã o
amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de
poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violaçã o ou houver justo receio de sofrê-la
por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funçõ es que
exerça.

Informa o pará grafo segundo da referida lei que nã o cabe mandado de segurança contra os
atos de gestã o comercial praticados pelos administradores de empresas pú blicas, de
sociedade de economia mista e de concessioná rias de serviço pú blico. O art. 5º e incisos
também informam que nã o se considerará mandado de segurança:
a. de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente
de cauçã o;
b. de decisã o judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;
c. de decisã o judicial transitada em julgado.
Veja-se que a propositura do presente mandamus para que haja o deferimento da Justiça
Gratuita (direito líquido e certo dos impetrantes) nã o é objeto de entendimento de nenhum
dos comandos acima citados.
A Jurisprudência hodierna, de forma pacífica, entende que o MS é veículo judicial apto para
discutir indeferimento de Justiça Gratuita quando nã o há outro recurso a ser utilizado,
como é no presente caso, em que há negativa por parte do Juízo Singular na Justiça Gratuita
requerida pelos impetrantes. Vejamos inteiro teor da negativa:
(colocar decisã o negando o deferimento de Justiça Gratuita)
Seguem Jurisprudências que autorizam a impetraçã o de mandado de segurança no
presente mandamus, vejamos:
RECURSO ORDINÁ RIO EM AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA DO
LITISCONSORTE PASSIVO NECESSÁ RIO 1 - PEDIDO DE CONCESSÃ O DOS BENEFÍCIOS DA
JUSTIÇA GRATUITA. PESSOA FÍSICA. 1.1 - De acordo com a Orientaçã o Jurisprudencial 269
da SBDI-1, "o benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo ou grau
de jurisdiçã o, desde que, na fase recursal, seja o requerimento formulado no prazo alusivo
ao recurso". Ademais, os benefícios da justiça gratuita à s pessoas físicas orientam-se
unicamente pelo pressuposto do estado de miserabilidade da parte, comprová vel a partir
de o salá rio percebido ser inferior ao dobro do mínimo, ou mediante simples declaraçã o
pessoal do interessado. 1.2 - Na hipó tese, o pedido foi efetuado dentro do prazo recursal,
com declaraçã o do estado de miserabilidade em conformidade com a lei. Pedido deferido. 2
- EXECUÇÃ O. PENHORA DE CRÉ DITOS PERANTE TERCEIRO. CABIMENTO. ORIENTAÇÃ O
JURISPRUDENCIAL 93 DA SBDI-2 . LIMITAÇÃ O. 2.1 - O litisconsorte passivo postula, no
recurso ordiná rio, o restabelecimento do bloqueio de créditos perante terceiro, até o limite
do valor exequendo. 2.2 - A penhora sobre créditos que a executada possua perante outras
empresas assemelha-se à penhora sobre faturamento. Portanto, deve-se agir com cautela
ao proceder à constriçã o dos bens, a fim de nã o inviabilizar o empreendimento. 2.3 -
Observa-se que a impetrante nã o colacionou provas de modo a permitir conclusã o segura a
respeito de que o bloqueio determinado pudesse inviabilizar a atividade empresarial.
Soma-se a isso o fato de que a execuçã o se faz em benefício do credor. Assim, o princípio da
efetividade da execuçã o e a plena garantia de satisfaçã o do crédito trabalhista prevalecem
sobre o princípio da execuçã o menos gravosa ao devedor. 2.4 - Nã o se reconhece a
existência de ilegalidade no ato coator tampouco a configuraçã o de direito líquido e certo
da impetrante. 2.5 - No entanto, a fim de que a execuçã o se processe de forma menos
gravosa para a executada e, ao mesmo tempo, seja garantido ao exequente o recebimento
dos créditos trabalhistas que lhe sã o devidos, deve ser limitada a penhora a 5% (cinco por
cento) dos créditos perante terceiros, consoante a Orientaçã o Jurisprudencial 93 da SBDI-2.
Recurso ordiná rio do litisconsorte passivo conhecido e parcialmente provido.
(TST - RO: 7196020165050000, Relator: Delaíde Miranda Arantes, Data de Julgamento:
20/11/2018, Subseçã o II Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicaçã o: DEJT
23/11/2018)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – MANDADO DE SEGURANÇA – ASSISTÊ NCIA JUDICIÁ RIA
GRATUITA – Decisã o que indeferiu o benefício da justiça gratuita – Pleito de reforma da
decisã o – Cabimento – Agravante que pode ser enquadrado na condiçã o de necessitado a
que alude o art. 98 do CPC – Declaraçã o de pobreza e documentos juntados aos autos que
sã o suficientes para demonstrar a hipossuficiência – Decisã o reformada – AGRAVO DE
INSTRUMENTO provido para conceder os benefícios da justiça gratuita ao agravante.
(TJ-SP 20900435620178260000 SP 2090043-56.2017.8.26.0000, Relator: Kleber Leyser de
Aquino, Data de Julgamento: 20/02/2018, 3ª Câ mara de Direito Pú blico, Data de
Publicaçã o: 22/02/2018)
RECURSO ORDINÁ RIO. MANDADO DE SEGURANÇA. CABIMENTO. DECISÃ O QUE INDEFERE
BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA. DECISÃ O INTERLOCUTÓ RIA PROFERIDA NA FASE DE
CONHECIMENTO. EXISTÊ NCIA DE RECURSO PRÓ PRIO. ORIENTAÇÃ O JURISPRUDENCIAL
Nº 92 DA SBDI-2. 1. Trata-se de mandado de segurança interposto em face da decisã o
interlocutó ria por meio da qual foi indeferido o pedido de justiça gratuita formulado nos
autos da reclamaçã o trabalhista. 2. É cediço que o Direito Processual do Trabalho orienta-
se pelo princípio da irrecorribilidade imediata das decisõ es interlocutó rias, de modo que
somente poderã o ser reapreciadas no recurso interposto contra a decisã o definitiva,
conforme se depreende do § 1º do artigo 893 da CLT, que, in casu , é o recurso ordiná rio. 3.
Desse modo, existindo recurso pró prio capaz de provocar a revisã o do ato inquinado como
ilegal, qual seja, o recurso ordiná rio, deve ser reconhecida a existência de ó bice
intransponível ao cabimento do mandamus . Inteligência da Orientaçã o Jurisprudencial nº
92 da SBDI-2. 4. Recurso ordiná rio a que se nega provimento.
(TST - RO: 149810220115010000 14981-02.2011.5.01.0000, Relator: Guilherme Augusto
Caputo Bastos, Data de Julgamento: 13/08/2013, Subseçã o II Especializada em Dissídios
Individuais, Data de Publicaçã o: DEJT 23/08/2013)
Entã o, é sabido que pode o mandado de segurança ser interposto contra atos judiciais
quando se tratar de uma decisã o teratoló gica (como é o presente caso), mas desde que nã o
haja ofensa à coisa julgada e que sobre a decisã o atacada nã o caiba recurso com efeito
suspensivo.
DOS FATOS
O impetrante ingressou com duas açõ es judiciais no _º Juizado Especial Cível de
Fortaleza/CE, em desfavor de Fulano (processo nº xxxxxxxxxxxxxxx) e de Sicrano
(processo nº xxxxxxxxxxxxxxx) (processos em anexo).
Em sede de audiência de instruçã o, no processo de nº xxxxxxxxxxxxxxx, o magistrado (a)
coator (a) determinou a vinculaçã o da decisã o de um processo para com o outro, pois, de
acordo com a mesma, possuem objetos aná logos.
No processo acima indicado, foi julgado improcedente os pedidos formulados em sede
Inicial, sem que fosse observado o pró prio despacho da autoridade coatora no processo de
nº xxxxxxxxxxxxxxx (decisã o em anexo).
Foi apresentado recurso inominado, sendo deferidas as benesses da Justiça Gratuita
(processo que se encontra com o relator Irandes Bastos Sales).
No processo de nº xxxxxxxxxxxxxxx, mesmo o requerido sendo revel, a magistrada
competente julgou improcedente os pedidos formulados, baseada no depoimento
unilateral do requerido Fulano, em prestaçã o de informaçõ es do mesmo no inquérito de nº
xxxxxxxx, negando os erros materiais indicados em sede de embargos de declaraçã o, bem
como indeferindo a Justiça Gratuita requerida pelos ora impetrantes (há de se lembrar que
a pró pria autoridade coatora vinculou os dois processos, e em um deles, deferiu a Justiça
Gratuita, e no outro, nã o).
Sem que haja qualquer outro recurso para que se impugne o indeferimento das benesses da
Justiça Gratuita, os impetrantes vêm impetrar o presente mandado de segurança por terem
seus direitos líquidos e certos lesionados, quais sejam:
- Art. 98 do Có digo de Processo Civil, que dispõ e que a pessoa natural ou jurídica, brasileira
ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais
e os honorá rios advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei;
- Art. 93, IX da CRFB/1988, que estabelece que todos os julgamentos dos ó rgã os do Poder
Judiciá rio serã o pú blicos, e fundamentadas todas as decisõ es, sob pena de nulidade,
podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, à s pró prias partes e a seus
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservaçã o do direito à intimidade
do interessado no sigilo nã o prejudique o interesse pú blico à informaçã o (Princípio da
motivaçã o das decisõ es judiciais);
- Art. 5º da LINDB, que informa que na aplicaçã o da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que
ela se dirige e à s exigências do bem comum;
- Art. 8º do CPC, que dispõ e que ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins
sociais e à s exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa
humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a
eficiência; e
- Afronta aos princípios gerais do Direito, como a Boa-Fé.
DO DIREITO
DO DIREITO À JUSTIÇA GRATUITA
Informa o art. 98 do CPC que a pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com
insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorá rios
advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. Os impetrantes sã o
servidores pú blicos municipais, possuem renda compatível para que haja deferimento dos
pedidos de Justiça Gratuita. Segue Jurisprudência que corrobora com o pensamento acima
esposado:
EMENTA: APELAÇÕ ES PRINCIPAL E ADESIVA. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE. JUSTIÇA
GRATUITA. SERVIDOR PÚ BLICO ESTADUAL. CRISE FINANCEIRA. FATO NOTÓ RIO.
DEFERIMENTO DO BENEFÍCIO. AÇÃ O DECLARATÓ RIA DE INEXISTÊ NCIA DE DÉ BITO.
CRÉ DITO CONSIGNÁ VEL. OBRIGAÇÃ O QUESÍVEL. INEXISTÊ NCIA DE MORA. REPETIÇÃ O
DO INDÉ BITO. ART. 42, PARÁ GRAFO Ú NICO, DO CDC. AUSÊ NCIA DE PAGAMENTO A
MAIOR. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. - É de se deferir a gratuidade a servidor
pú blico que teve afetada sua capacidade financeira pelos atrasos de pagamentos de
subsídios e vencimentos por parte do Estado - A despeito do atraso apontado na
consignaçã o das parcelas, se ele nã o pode ser imputado ao servidor pú blico - eis que a
obrigaçã o é quesível -, nã o há falar em inadimplência - Uma vez que o tomador do crédito
nã o pagou quantia indevida, inaplicá vel a dobra prevista no art. 42, pará grafo ú nico, do
CDC. Da mesma forma, lastreada a cobrança judicial em interpretaçã o razoá vel - embora
equivocada - do contrato, nã o há falar em má -fé, o que impede a aplicaçã o do art. 940 do
CC/2002.
(TJ-MG - AC: 10024142083070001 MG, Relator: José Marcos Vieira, Data de Julgamento:
11/04/2018, Data de Publicaçã o: 20/04/2018)
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUSTIÇA GRATUITA. SERVIDOR
PÚ BLICO. HIPOSSUFICIÊ NCIA ECONÔ MICA. PRESUNÇÃ O RELATIVA. CUSTAS
PROCESSUAIS. RECOLHIMENTO AO FINAL DA DEMANDA. POSSIBILIDADE. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. 1) Ausente demonstraçã o inequívoca de que o recolhimento
das custas processuais interferirá no sustento pró prio, presume-se a condiçã o de arcar com
as despesas do processo. 2) O pagamento das custas processuais, como regra geral, deve
ser efetuado na data do ajuizamento da açã o, entretanto, se a parte, ao buscar a intervençã o
do Poder Judiciá rio para solucionar um pretenso direito violado, declara nã o se encontrar
em condiçõ es financeiras de arcar com a integralidade das custas do processo sem que
importe em prejuízo da manutençã o pró pria e de seus familiares, pode o Juiz, diante da
inexistência de vedaçã o legal, autorizar que as custas processuais sejam recolhidas ao final
da demanda, como forma de garantir o direito de acesso à justiça constitucionalmente a
todos assegurado. 3) Recurso parcialmente provido.
(TJ-AP - AI: 00025773420168030000 AP, Relator: Desembargador JOAO LAGES, Data de
Julgamento: 09/05/2017, Tribunal)
Assim, possui o impetrante direito líquido e certo relativo à Justiça gratuita prevista no
ordenamento pá trio.
DO PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAS – DA IMPOSSIBILIDADE DE
ATOS CONTRÁRIOS
Como é sabido, o art. 93, IX da CRFB/1988, dispõ e que todos os julgamentos dos ó rgã os do
Poder Judiciá rio serã o pú blicos, e fundamentadas todas as decisõ es, sob pena de nulidade,
podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, à s pró prias partes e a seus
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservaçã o do direito à intimidade
do interessado no sigilo nã o prejudique o interesse pú blico à informaçã o.
Douto relator, a autoridade coatora vinculou os processos de nºs xxxxxxxxxxxxxxx e
xxxxxxxxxxxxxxx, logo, é inimaginá vel pensar que haja deferimento da Justiça Gratuita para
um, e nã o haja para o outro, sob pena afronta ao comando constitucional acima citado.
Ademais, a Jurisprudência nacional informa que em casos aná logos, deverá ser mantida a
Justiça Gratuita, senã o vejamos:
MANDADO DE SEGURANÇA. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA GRATUITA. EXISTÊNCIA DE AÇÃO ANTERIOR RECONHECENDO A
ALEGADA HIPOSSUFICIÊNCIA. SEGURANÇA CONCEDIDA. os Juízes de Direito integrantes
da 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Estado do Paraná , à
unanimidade, em conceder a segurança nos termos do voto da relator (TJPR - 3Â ª Turma
Recursal em Regime de Exceà §Ã £o - 0000135-98.2016.8.16.9000/0 - Cornélio Procó pio -
Rel.: GIANI MARIA MORESCHI - - J. 16.06.2016)
(TJ-PR - MS: 000013598201681690000 PR 0000135-98.2016.8.16.9000/0 (Acó rdã o),
Relator: GIANI MARIA MORESCHI, Data de Julgamento: 16/06/2016, 3Â ª Turma Recursal
em Regime de Exceà §Ã £o, Data de Publicaçã o: 22/06/2016) (grifos nossos)
Já nã o basta a autoridade coatora julgar processos de forma separada (desobedecendo seu
pró prio despacho), a mesma ainda nega o pedido de justiça gratuita no processo de nº
xxxxxxxxxxxxxxx, violando o comando constitucional acima citado.
O que queremos informar é que nasceu um direito líquido e certo aos impetrantes,
mediante despacho da pró pria autoridade coatora.

DO ART. 5º DA LINDB E DO ART. 8º DO CPC


Os comportamentos perpetrados pela autoridade coatora, em especial a negativa da Justiça
Gratuita, por todos os motivos acima elencados, sã o contrá rios ao que foi disposto no art.
5º da LINDB e no art. 8º do CPC, bem como aos princípios gerais do Direito, em especial a
Boa-Fé.
DO PEDIDO DE LIMINAR
A LIMINAR ora requerida é por demais necessá ria, pois o RECURSO INOMINADO interposto
por inconformaçã o dos impetrantes da sentença da magistrada do _º Juizado Especial Civil
da Comarca de Fortaleza, está sem subir para apreciaçã o da COLENDA TURMA RECURSAL
do Estado do Ceará .
O pedido de liminar faz-se necessá rio também, tendo em vista ser transparente o direito
líquido e certo dos impetrantes em ter os Benefícios da Justiça Gratuita, mesmo tendo
advogado particular, conforme garantido em lei e entendimento da Jurisprudência
Nacional.
O impetrante está em um momento delicado, pois quer ter um reexame do julgamento feito
pela Impetrada através de uma Turma Recursal do Estado do Ceará . O ato da Impetrada
está prejudicando esta apreciaçã o, presentes assim: perigo da demora e probabilidade do
direito, sendo relevante os motivos e possibilidade da ocorrência de lesã o irrepará vel aos
direitos dos Impetrantes se o Recurso Inominado nã o for apreciado pela Colenda Turma
Recursal.
Sã o graves os prejuízos que possam ser causados pela nã o observâ ncia da magistrada do _º
Juizado Especial Civil da Comarca de Fortaleza em nã o deferir os Benefícios da Justiça
Gratuita, por tudo isto, A LIMINAR É DE CARÁ TER ESSENCIAL.
DOS PEDIDOS
Pelo exposto, presente a violaçã o do direito líquido e certo dos Impetrantes, qual seja, o de
deferimento dos Benefícios da Justiça Gratuita, configurando-se abuso de poder da
autoridade coatora em nã o o conceder, com base no que já foi informado acima, requer-se a
Vossa Excelência que:
a) A concessã o do benefício da assistência judiciá ria gratuita ao impetrante, por nã o
poderem arcar com as custas processuais e honorá rios, sem privar-se dos meios
necessá rios à s suas subsistências e aos de seus familiares;
b) Que seja deferida medida LIMINAR, pois estã o presentes a probabilidade do direito e o
perigo da demora, tendo em vista que se nã o for concedida a subida do Recurso ao juízo ad
quem causará danos aos impetrantes de ordem irrepará vel;
c) Seja notificada a autoridade apontada como coatora, dentro do prazo legal, para que
informem sobre o ato ilegal, e, que também seja intimado o digno representante do
Ministério Pú blico; e
d) O processamento do presente mandamus e, apó s ouvida a autoridade coatora no prazo
legal e ouvido os demais interessados na forma da lei, seja julgado procedente o PEDIDO do
presente MANDADO DE SEGURANÇA para, concedendo a segurança, determinar que a
autoridade coatora proceda em definitivo a liminar pleiteada e seja deferido pedido de
Justiça Gratuita.
Dá -se a causa o valor de R$ 50,00, apenas para efeitos fiscais.
Termos em que,
Pede Deferimento
Cidade/UF, dia/mês/ano.
Nome do Advogado
OAB/UF Nº XXXX

Você também pode gostar