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PROJUDI - Processo: 0005591-41.2022.8.16.0004 - Ref. mov. 1.

1 - Assinado digitalmente por William David Singer Faintych


23/09/2022: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

                     
WILLIAM DAVID SINGER FAINTYCH

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
                                                    
      ADVOGADO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA


___VARA DA FAZENDA PÚBLICA DO FORO CENTRAL DA

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COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA –
PARANÁ.

RACHEL PEREIRA MELLO, brasileira, solteira, advogada,


regularmente inscrita no CPF/MF sob nº 037.053.051-90, Título de Eleitor nº
022667302003, estabelecida profissionalmente no SIG – Setor de Indústrias
Gráficas, Quadra 01, Lote 386, Ed. Platinum Office, Sala 208. CEP: 70.610-480,
Brasília – Distrito Federal, em pleno gozo de seus direitos políticos, por intermédio
de seu advogado conforme procuração em anexo1 , WILLIAM DAVID SINGER
FAINTYCH, brasileiro, solteiro, advogado regularmente inscrito na OAB/PR 83.629,
com endereço eletrônico williamfaintych.adv@gmail.com e com endereço
profissional na Rua Maurício Caillet, 135 - Água Verde - CEP 80.250-110, nesta
Capital, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos
Artigos 5.° inciso LXXIII da Constituição de 1988 e na Lei Federal nº 4.717/65,
propor a presente:

AÇÃO POPULAR

Contra SÉRGIO FERNANDO MORO, brasileiro, casado, advogado,


portador da cédula de identidade RG nº 3674856-7 SSP/PR e regularmente inscrito
no CPF/MF sob o nº 863.270.629-20, podendo ser encontrado na Travessa Doutor
Flávio Luz, nº 189, apartamento nº1501, QM16, Juvevê, CEP 80.030-460, bem
como na Rua Maximino Zanon, nº 329, apartamento 71, Bacacheri, CEP: 82.510-
250, ambos endereços situados em Curitiba – Estado do Paraná, pelos seguintes
fundamentos fáticos e jurídicos:

1.PRELIMINARMENTE
1.1 DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Conforme preceitua a Constituição Federal, a Ação Popular é gratuita,


ficando isenta a Autora do recolhimento de custas ou pagamento de honorários
advocatícios:

1Instrumento de Mandato.

E-mail: williamfaintych.adv@gmail.com                                                                                                                               
                                
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WILLIAM DAVID SINGER FAINTYCH

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      ADVOGADO

Artigo.5ºLXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para


propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado

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participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente
e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor,
salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do
ônus de sucumbência;

Quanto a Gratuidade da Justiça, abarcando as custas judiciais e o ônus


da sucumbência, o Egrégio Supremo Tribunal Federal tem decidido:

1. Trata se de recursos extraordinários interpostos


contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do
Paraná, e assim do: "AÇÃO POPULAR - VICE-PREFEITO
- VERBA DE REPRESENTAÇÃO POR MANDATO
ELETIVO - EXERCÍCIO DE CARGOS COMISSIONADOS -
POSSIBILIDADE - DESEMPENHO ADMINISTRATIVO DE
FUNÇÃO GRATIFICADA - ACUMULAÇÃO DE
REMUNERAÇÕES - INOCORRENTE - INEXISTÊNCIA DE
MÁ-FÉ DO AUTOR - DIREITO DE LIVRE ACESSO AO
PODER JUDICIÁRIO - SENTENÇA REFORMADA -
APELAÇÃO PROVIDA, COM ISENÇÃO DOS ÔNUS DE
SUCUMBÊNCIA" (fl. 262). Os recorrentes, com base no
art. 102, III, a, alegam ter havido violação aos arts. 37,
XVI, e 38, II, da Constituição Federal de 1988.2.
Consistentes os recursos. Com efeito, a acumulação de
proventos e vencimentos só é admissível quando se
tratar de cargos, funções ou empregos acumuláveis na
atividade, na forma permitida pela Constituição Federal
(RE 163.204, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de
31.03.95). No caso, não há que se cogitar da
possibilidade de cumulação dos vencimentos e dos
cargos, nem sequer de seu exercício simultâneo,
conforme o disposto no art. 38, II, da Constituição
Federal, e o entendimento firmado por esta Corte, como
se pode ver à seguinte ementa exemplar:"Recurso
extraordinário. 2. Vice-Prefeito, que é titular de emprego
remunerado em empresa pública. 3. Não pode o Vice
Prefeito acumular a remuneração decorrente de
emprego em empresa pública estadual com a
representação estabelecida para o exercício do
mandato eletivo (Constituição Federal, art. 29, V). 4.
Constituição, art. 38, II. 5. O que a Constituição
excepcionou, no art. 38, III, no âmbito municipal, foi
apenas a situação do Vereador, ao possibilitar-lhe, se
servidor público, no exercício do mandato, perceber as
vantagens de seu cargo, emprego ou função sem
prejuízo da remuneração do cargo efetivo, quando
houve compatibilidade de horários, será aplicada a
norma relativa ao Prefeito (CF, art. 38, II). 6. Hipótese em
que o acórdão não reconheceu ao Vice - Prefeito, que
exercia emprego em empresa pública, o direito a

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perceber, cumulativamente, a retribuição estabelecida


pela Câmara Municipal. 7. Recurso extraordinário não
conhecido" (RE nº 140.296, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA,

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DJ de 01.10.1996).3. Ante o exposto, e com fundamento
no art. 557, § 1º-A, do CPC, conheço dos recursos e dou
- lhes provimento, para restabelecer a sentença de 1º
grau que julgou procedente a ação popular. Publique-
se. Int.. Brasília, 27 de abril de 2006.Ministro CEZAR
PELUSO Relator (STF - RE: 254024 PR, Relator: Min.
CEZAR PELUSO, Data de Julgamento: 27/04/2006, Data
de Publicação: DJ 15/05/2006 PP-00081) EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO ?? CARÁTER INFRINGENTE ??
EXCEPCIONALIDADE ?? INTIMAÇÃO DA PARTE
CONTRÁRIA PARA IMPUGNÁ-LOS ?? AÇÃO POPULAR
(CF, ART. 5º, LXXIII) ?? REQUISITOS DE
ADMISSIBILIDADE ?? MATÉRIA PROCESSUAL ??
AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO ??
CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE ??
PRECEDENTES ?ISENÇÃO, NO CASO, DE CUSTAS
JUDICIAIS E DOS ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA, EIS QUE
NÃO CONFIGURADA A MÁ-FÉ DO AUTOR ??
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ACOLHIDOS, EM
PARTE. (STF - AI: 830491 RJ, Relator: Min. CELSO DE
MELLO, Data de Julgamento: 11/11/2014, Segunda
Turma, Data de Publicação: ACÓRDÃO ELETRÔNICO
DJe-241 DIVULG 09- 12-2014 PUBLIC 10- 12-2014)

Portanto, diante da DISPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL e entendimento


do Supremo Tribunal Federal, quanto a Gratuidade da Ação Popular, requer a
Autora a concessão da Assistência Judiciária Gratuita.

2. DA COMPETÊNCIA PARA O JULGAMENTO

A Lei nº 4.717/1965, mostra em seu Artigo 5º, caput e §2º, que:

“Conforme a origem do ato impugnado, é competente


para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que,
de acordo com a organização judiciária de cada Estado,
o for para causas que interessem à União, ao Distrito
Federal, ao Estado ou ao Município.”

Desta forma, a competência para o julgamento da presente Ação


Popular, será da Justiça Estadual de primeira instância.

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3. DA NARRATIVA FÁTICA

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O Réu SÉRGIO FERNANDO MORO, fez o requerimento do registro de
sua candidatura ao cargo de Senador da República pelo Estado do Paraná, na data
de 10 de agosto de 2022.

Desde o início da campanha eleitoral, o Réu SÉRGIO FERNANDO


MORO, veiculou em sua propaganda eleitoral um determinado logo oficial, através
das plataformas físicas e digitais (mídia, internet, vídeo).

Ocorre que a campanha eleitoral do Réu SÉRGIO FERNANDO MORO,


incorreu em irregularidades, conforme prevê a Lei Eleitoral, em seu Artigo 36, §4º.

Não foi necessário utilizar qualquer perícia técnica para constatar que o
Réu SÉRGIO FERNANDO MORO, de forma espontânea e consciente, deixou os
nomes de seus suplentes em um tamanho muito inferior àquele que a Lei Eleitoral
recomenda.

Esta situação foi objeto da Representação Autos nº 0602169-


86.2022.6.16.00002 de autoria da FEDERAÇÃO BRASIL DA ESPERANÇA, perante
o Egrégio Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.

No que diz respeito ao material de campanha confeccionado de forma


irregular, a Justiça Eleitoral determinou que fosse devidamente apreendido, bem
como, vários links fossem removidos da Internet, conforme se extrai da r. decisão3

Naturalmente, a Justiça Eleitoral não determinaria que o material de


campanha fosse apreendido, se estivesse tudo em conformidade com a Lei
Eleitoral. Saliente-se que quando falamos em material de campanha, nos
referimos a tudo que é impresso e digital (Redes Sociais, Plataformas, etc.)

POIS, BEM!!!!

É evidente que todo este material de campanha foi produzido através da


prestação de serviços de alguém, ou seja, houve dispêndio de dinheiro!

Dinheiro público, oriundo do Fundo Partidário.

Os gastos referentes a produção e veiculação do material de campanha


do Réu SÉRGIO FERNANDO MORO, encontram-se disponíveis no Site do Superior
Tribunal Eleitoral4.

Adiante indicaremos quais gastos apresentam fortes indícios de ligação


com o material de campanha declarado irregular.
2Representação Autos nº 0602169-86.2022.6.16.0000
3Decisão Judicial determinando apreensão do material irregular.
4https://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/candidato/2022/2040602022/PR/160001621846/integra/despesas.

E-mail: williamfaintych.adv@gmail.com                                                                                                                               
                                
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Tipo Despesa: Produção de programas de rádio, televisão ou vídeo.


Destinatário: FELIPE SANT ANA DA SILVA, CNPJ: 12.588.029/0001-15

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Valor: R$ 452.850,00 (quatrocentos e cinquenta e dois mil, oitocentos e
cinquenta reais).

Tipo Despesa: Produção de programas de rádio, televisão ou vídeo.


Destinatário: LUCAS PUPPI RACHINSKI, CNPJ: 13.388.044/0001-82
Valor: R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais).

E-mail: williamfaintych.adv@gmail.com                                                                                                                               
                                
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Tipo Despesa: Publicidade por Adesivos.
Destinatário: GRÁFICA NOVA FÁTIMA LTDA, CNPJ: 79.448.676/0001-00
Valor: R$ 97.250,00 (noventa e sete mil, duzentos e cinquenta reais).

Tipo Despesa: Produção de jingles, vinhetas e slogans.


Destinatário: CLUBE ESQUEMA NOVO PRODUÇÕES, CNPJ: 21.712.563/0001-
82
Valor: R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais).

E-mail: williamfaintych.adv@gmail.com                                                                                                                               
                                
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      ADVOGADO

Tipo Despesa: Coordenação Executiva de Produção.


Destinatário: MOViEOM FILMES LTDA, CNPJ: 31.759.010/0001-39

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Valor: R$ 30.000,00 (trinta mil reais).

Tipo Despesa: Produção de programas de rádio, televisão ou vídeo.


Destinatário: DANIEL SAMESHIMA SANTORO 04841630945, CNPJ:
32.456.223/0001-54
Valor: R$ 27.000,00 (vinte e sete mil reais).

Tipo Despesa: Produção de programas de rádio, televisão ou vídeo.

E-mail: williamfaintych.adv@gmail.com                                                                                                                               
                                
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      ADVOGADO

Destinatário: CERVUS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA, CNPJ:


42.607.745/0001-63

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Valor: R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).

Tipo Despesa: Produção de programas de rádio, televisão ou vídeo.


Destinatário: LEANDRO VECTORI ROCHA, CNPJ: 27.220.483/0001-96
Valor: R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

E-mail: williamfaintych.adv@gmail.com                                                                                                                               
                                
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      ADVOGADO

Tipo Despesa: Produção de programas de rádio, televisão ou vídeo.


Destinatário: GIOVANE CORREA PREZOTTI 09817109992, CNPJ:

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34.805.514/0001-36
Valor: R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

Tipo Despesa: Produção de programas de rádio, televisão ou vídeo.


Destinatário: JULIANO HENRIQUE BATISTEL 12135541958, CNPJ:
40.559.976/0001-13
Valor: R$ 20.000,00 (vinte mil reais)

E-mail: williamfaintych.adv@gmail.com                                                                                                                               
                                
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Os extratos colacionados correspondem ao período entre o início da
campanha eleitoral e a data em que houve a declaração de irregularidade do
material confeccionado.

Há que se considerar que tais gastos não tiveram sua destinação correta,
pois, dizem respeito a material de campanha produzido de forma irregular.

A somatória destes gastos perfaz o montante de R$ 887.100,00


(oitocentos e oitenta e sete mil e cem reais).

Portanto, o Réu SÉRGIO FERNANDO MORO causou dano ao erário


na proporção de R$ 887.100,00 (oitocentos e oitenta e sete mil e cem reais).

Diante de todas as explanações, não restam dúvidas de que esta


iniciativa por parte do Réu SÉRGIO FERNANDO MORO acarretou em prejuízo aos
cofres públicos, que deverá ser ressarcido.

Portanto, é cabível a presente Ação Popular.

4. DA HIPÓTESE DE CABIMENTO DA AÇÃO POPULAR


4.1 DA LEGITIMIDADE ATIVA

O cabimento da Ação Popular encontra-se esculpido no Artigo 5º, LXXIII,


da Constituição Federal:

Art. 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor


ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado parcitipe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus
de sucumbência;

E o Artigo 1º da Lei nº 4.717/1965, corrobora que:

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Art 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear


a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos
ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos

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Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de
sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, §
38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União
represente os segurados ausentes, de empresas
públicas, de serviços sociais autônomos, de
instituições ou fundações para cuja criação ou custeio
o tesouro público haja concorrido ou concorra com
mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da
receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio
da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos
Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou
entidades subvencionadas pelos cofres públicos.

O § 3º, do Artigo. 1º, mostra que:

§ 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será


feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele
corresponda.

A Requerente encontra-se em dia, com as suas obrigações eleitorais,


conforme documento eleitoral5 portanto é cidadão, em pleno gozo de seus direitos
políticos.

E assim, possui legitimidade ativa para a propositura da presente Ação


Popular.

5. DA LEGITIMIDADE PASSIVA

Como preceitua o Artigo 6º da Lei nº 4.717/1965, os legitimados passivos


são:

Art. 6º A ação popular será proposta contra as pessoas


públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º,
contra as autoridades, funcionários ou administradores
que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou
praticado o ato impugnado, ou que, por omissão, verem
dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários
diretos do mesmo.

No caso em tela, o Réu é responsável por destinar dinheiro público


oriundo do fundo eleitoral para a confecção de material de campanha que
claramente estava em desconformidade com a Lei Eleitoral.

5Documento Eleitoral.

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Tanto que tal fato ocasionou em Busca e Apreensão do referido material


por determinação da Justiça Eleitoral.

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É nítido que a conduta do Réu SÉRGIO FERNANDO MORO, certamente
gerou danos ao erário, bem como ao patrimônio público.

6. DA TEMPESTIVIDADE

O Artigo 21 da Lei 4.717/65, expressa:

Art. 21. A ação prevista nesta lei prescreve em 05


(cinco) anos. Como já fora citado, o ato lesivo teve
início recentemente e perdurou até pouco tempo.
Assim, a presente Ação Popular, é tempestiva,
atendendo a determinação do Artigo 21 da Lei
4.717/1965

Como já fora citado, o ato lesivo teve início recentemente no mês de


agosto do corrente ano e perdurou até pouco tempo.

Assim, a presente Ação Popular, é tempestiva, atendendo a determinação


do Artigo 21 da Lei nº 4.717/1965.

7. DA VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS

Ao optar por destinar dinheiro público através do fundo eleitoral na


confecção de material de campanha em desconformidade com a Lei Eleitoral, o Réu
SÉRGIO FERNANDO MORO, violou importantes princípios administrativos, dentre
eles:

Legalidade, Impessoalidade e Moralidade.

Assim, sem qualquer sombra de dúvida, resta comprovado que a conduta


do Réu SÉRGIO FERNANDO MORO contribuiu para a ocorrência de ato que feriu a
moralidade administrativa.

Houve claro desvio de finalidade, pois, o dinheiro foi gasto em material


irregular, contrariando a Legislação Eleitoral.

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8. DOS REQUERIMENTOS

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Diante do exposto, requer-se:

a) A citação do Requerido SÉRGIO FERNANDO MORO para


contestar a presente Ação, no prazo de 20 (vinte) dias, sob pena de revelia,
conforme o Artigo 7º, IV, da Lei 4.717/65;

b) A intimação do Ilustre Representante do Ministério Público,


conforme o Artigo 6º, § 4º, da Lei 4.717/65;

c) A produção de todos os meios de provas admitidos em direito


especialmente a prova documental, depoimento pessoal das partes, prova
testemunhal e prova pericial;

d) A condenação do Requerido ao pagamento em perdas e danos


sofridos pela população brasileira, em especial, a paranaense, por conta do ato
lesivo que corresponde a quantia de R$ 887.100,00 (oitocentos e oitenta e sete
mil e cem reais),.em material de campanha que estava em total desconformidade
com a Lei Eleitoral.

e) A concessão dos benefícios da Gratuidade da Justiça, em virtude


de disposição Constitucional;

f) A condenação do Requerido ao pagamento de custas processuais


e honorários de sucumbência, conforme o Artigo 12 da Lei nº 4.717/65.

Dá-se o valor da causa, o importe de R$ 887.100,00 (oitocentos


e oitenta e sete mil e cem reais).

Nestes Termos
Pede Deferimento.

Curitiba, 23 de setembro de 2022.

WILLIAM DAVID SINGER FAINTYCH


OAB/PR 83.629

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