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Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ
4ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS - PROJUDI
Voto.
Art. 74 Nenhum servidor poderá perceber vencimento básico inferior ao salário mínimo
em vigor para o Estado do Paraná.
Pois bem. É certo que o piso salarial estabelecido em legislação estadual não vincula os
entes municipais, conforme dispõe o art. 1º, §1º, II, da Lei Complementar nº 103/2000.
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O piso salarial após previsto pelo município em legislação específica (Estatuto dos
Servidores Públicos de Guaraqueçaba/PR) gera efeitos concretos, encerrando-se a discricionariedade que
o pertence, tornando-se sua aplicação um ato vinculado.
Igualmente, não há que se falar em ofensa à previsão orçamentária. Isso porque presume-se
que quando da criação da Lei Complementar Municipal nº 023/2015, foram observadas as diretrizes
Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 será
realizada ao final de cada quadrimestre.
Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por
cento) do limite, são vedados ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido
no excesso:
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CONSTITUCIONAL SOBRE 30 DIAS DE FÉRIAS. ILEGALIDADE PRATICADA
PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. AUTORA QUE FAZ JUS AO
RECEBIMENTO DAS DIFERENÇAS ENTRE O VALOR PAGO E O VALOR
EFETIVAMENTE DEVIDO. REVOGAÇÃO POSTERIOR DA LEI QUE NÃO
IMPEDE A APLICAÇÃO DURANTE SUA VIGÊNCIA. ATO VINCULADO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CONCESSÃO DE REAJUSTES E VANTAGENS
De outra sorte, no que tange ao dano moral, entendo que a parte autora não comprovou fato
constitutivo de seu direito (art. 373, I, do CPC) em demonstrar que a situação vivenciada de alguma forma
foi humilhante, vexatória ou violou seus direitos de personalidade.
A condenação deverá ser acrescida de correção monetária pelo índice IPCA-E, a partir da
data dos respectivos vencimentos, bem como incidência dos juros de mora a partir da citação,
correspondendo aos juros aplicáveis à caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com redação
alterada pela Lei nº 11.960/09), não incidindo no período de graça (Súmula Vinculante 17, STF).
Logrando êxito parcial em seu recurso, deve a parte recorrente arcar com o pagamento de
50% as custas processuais e honorários de sucumbência, os quais fixo em 10% sobre o valor atualizado da
condenação, nos termos do art. 55 da Lei nº 9.099/95. Sendo beneficiário da justiça gratuita, deverá ser
observado o disposto no artigo 98, §3º do CPC.
Dispositivo
Ante o exposto, esta 4ª Turma Recursal dos Juizados Especiais resolve, por unanimidade dos
votos, em relação ao recurso de ISABEL CUNHA MARTINS, julgar pelo(a) Com Resolução do
Mérito - Provimento em Parte nos exatos termos do voto.
O julgamento foi presidido pelo (a) Juiz(a) Leo Henrique Furtado Araújo (relator), com voto, e
dele participaram os Juízes Marco Vinícius Schiebel e Aldemar Sternadt.
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Leo Henrique Furtado Araújo
Juiz Relator
na/ib