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Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ
SENTENÇA
Decido.
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Neste sentido: “a presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com
a lei; em decorrência desse atributo, presumem-se, até prova em contrário, que os
atos administrativos foram emitidos com observância da lei” (Di Pietro, Maria Sylvia
Zanella. Direito Administrativo. 14ª ed. Atlas. 2002. P. 189).
“(...) Para o particular, ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão
em virtude de lei (aqui em sentido amplo ou material, referindo-se a qualquer
espécie normativa), diante de sua autonomia da vontade. Já quanto ao
administrador, deverá ser adotado o princípio da legalidade em sentido estrito, pois
só é possível fazer o que a lei autoriza ou determina. (...).”
Partindo-se das premissas elencadas, tem-se o art. 7º, VIII, c/c art. 39, §3º, da
Constituição Federal o qual dispõe que é direito do servidor público o “décimo
terceiro salário com base na remuneração integral...”. Tal norma é reproduzida
fielmente no art. 34, IV, da Constituição do Estado do Paraná.
Conforme precedentes do TJPR, por força do art. 7º, VIII e XVII, e do art. 39, §3º,
da CF e do art. 34, IV e X, da Constituição do Estado do Paraná, normas
constitucionais hierarquicamente superiores que devem nortear a interpretação
da legislação ordinária (frente ao princípio da Supremacia da Constituição), as
gratificações recebidas pelo servidor devem ser consideradas na base de cálculo
do décimo terceiro salário e do adicional de férias para fins de mensuração da
remuneração integral:
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NOTURNO. IMPOSSIBILIDADE DE SE INCLUIR O AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO NA
BASE DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. CABIMENTO DE REFLEXOS NO
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO, NAS FÉRIAS E NO TERÇO CONSTITUCIONAL.
SENTENÇA ILÍQUIDA. AUSÊNCIA DE RECURSO VOLUNTÁRIO DA
MUNICIPALIDADE. REMESSA NECESSÁRIA ORDENADA PELO JUÍZO A QUO.
Sendo assim, julgo procedente a pretensão inicial para o fim de condenar o ESTADO
DO PARANÁ ao pagamento dos valores de R$ 530,44 (quinhentos e trinta reais e
quarenta e quatro centavos) e de R$ 816,35 (oitocentos e dezesseis reais e trinta e
cinco centavos), referentes ao reflexo das horas extras no 13º salário da autora dos
anos de 2014 e 2015, atualizados monetariamente pelo IPCA-E/IBGE a partir dos
respectivos vencimentos e acrescidos de juros moratórios calculados com base nos
reajustes incidentes sobre aplicações em caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei
9.494/1997 c/c art. 12, caput, I e II, da Lei 8.177/1991 – REsp 1270439 do STJ e RE
870947 do STF), desde a data da citação.
PROJUDI - Processo: 0031398-19.2019.8.16.0182 - Ref. mov. 26.1 - Assinado digitalmente por Leticia Marina Conte:10003
09/04/2020: JULGADA PROCEDENTE A AÇÃO. Arq: Sentença
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Sem custas e honorários (art. 54 e art. 55 da Lei 9.099/1995).
P.R.I.
Juíza de Direito