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Requisitos: (a) requerimento de um terço dos membros da Casa; (b) apuração de fato
determinado; (c) prazo certo de duração.
Direito subjetivo das minorias - STF(MS 26.441): essa exigência do requerimento
deve ser examinada no momento do protocolo do pedido perante a mesma Casa
Legislativa, não sendo necessária uma posterior ratificação.
Inclusive, recentemente(STF, MS 37760): não se submete a instauração ao juízo
discricionário seja do Presidente da casa legislativa, seja do plenário da casa
legislativa.
CONSTITUCIONAL
2) CPI
Art. 37,
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica’’.
Lei nunca foi editada.
Por meio de Mandado de Injunção, o STF (STF Plenário. MI 708, Rel. Min. Gilmar
Mendes, julgado em 25/10/2007) decidiu que os servidores públicos podem fazer
greve, devendo ser aplicadas as leis que regulamentam a greve para os trabalhadores
da iniciativa privada (Lei nº 7.701/88 e Lei nº 7.783/89).
CONSTITUCIONAL
5) Direito de greve de servidor público
STF(ADI 3.235):
Decreto que diferencia servidores estáveis e não estáveis padece de
inconstitucionalidade. Inicialmente, na medida em que a greve é um direito
constitucional, e não se pode considerar de forma automática como sendo falta grave
para ensejar exoneração mediante procedimento administrativo.
Ademais, revela inaceitável ofensa ao princípio da isonomia, uma vez que assegura
tratamento diferenciado entre servidores estáveis e não estáveis - diferenciação essa
que não possui previsão constitucional.
CONSTITUCIONAL
5) Direito de greve de servidor público
O Supremo Tribunal Federal (ARE 654432/GO, Rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/
o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 5/4/2017 - repercussão geral - Info 860)
fixou tese em sede de repercussão geral que o exercício do direito de greve, sob
qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os servidores
públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. É obrigatória a
participação do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das
carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do CPC, para vocalização dos
interesses da categoria.
CONSTITUCIONAL
5) Direito de greve de servidor público
STF (Plenário RE 693456/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 27/10/2016 -
repercussão geral): como exerce seu direito de greve com base na lei do setor privado,
servidor está sujeito aos ônus que disso decorre - descontos dos dias parados, já que a
movimento paredista suspende o contrato de trabalho segundo o art. 7º da Lei
7.783/89.
Pode haver acordo para a compensação das horas de trabalho. Sendo que a
Administração Pública não é obrigada a aceitar. (STF Plenário. RE 693456/RJ, Rel.
Min. Dias Toffoli, julgado em 27/10/2016 - repercussão geral - Info 845).
Caso o Poder Público dê causa à greve com comportamento ilícito, o desconto dos dias
não trabalhados será indevido.(STF Plenário. RE 693456/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli,
julgado em 27/10/2016 - repercussão geral - Info 845).
CONSTITUCIONAL
6) Mutação constitucional
Obs: além de se dar pela via da jurisprudência, pode-se dar também pela via
legislativa(Daniel Sarmento).
a) Eficácia plena:
“… são as que receberam do constituinte normatividade suficiente à sua incidência imediata. Situam-se
normativa ulterior para sua aplicação. Criam situações subjetivas de vantagem ou de vínculo, desde logo
“As normas constitucionais de eficácia contida ou prospectiva têm aplicabilidade direta e imediata, mas
possivelmente não integral . Embora tenham condições de, quando da promulgação da nova Constituição
(ou diante da introdução de novos preceitos por emendas à Constituição, ou na hipótese do art. 5.º, § 3.º),
produzir todos os seus efeitos, poderá a norma infraconstitucional reduzir a sua abrangência”
CONSTITUCIONAL
7) Eficácia das normas constitucionais
C) normas de eficácia limitada. Segundo Pedro Lenza:
“São aquelas normas que, de imediato, no momento em que a Constituição é promulgada (ou diante da
introdução de novos preceitos por emendas à Constituição, ou na hipótese do art. 5.º, § 3.º), não têm o
condão de produzir todos os seus efeitos, precisando de uma lei integrativa infraconstitucional. São,
portanto, de aplicabilidade mediata e reduzida , ou, segundo alguns autores, aplicabilidade diferida”
Quanto a essas últimas, são divididas ainda em normas de princípio institutivo(contêm regras gerais de
Nesse sentido, José Afonso da Silva, em sede conclusiva, observa que referidas normas têm, ao menos, eficácia jurídica
imediata, direta e vinculante já que: a) estabelecem um dever para o legislador ordinário; b) condicionam a legislação
futura, com a consequência de serem inconstitucionais as leis ou atos que as ferirem; c) informam a concepção do Estado
e da sociedade e inspiram sua ordenação jurídica, mediante a atribuição de fins sociais, proteção dos valores da justiça
social e revelação dos componentes do bem comum; d) constituem sentido teleológico para a interpretação, integração e
aplicação das normas jurídicas; e) condicionam a atividade discricionária da Administração e do Judiciário; f) criam
situações jurídicas subjetivas, de vantagem ou de desvantagem.” (Pedro Lenza, Direito Constitucional Esquematizado)
CONSTITUCIONAL
7) Eficácia das normas constitucionais
Pedro Lenza: “Três são as posições apontadas pela doutrina e sistematizadas por
Jorge Miranda: a) tese da irrelevância jurídica: o preâmbulo situa-se no domínio
da política, sem relevância jurídica; b) tese da plena eficácia: tem a mesma
eficácia jurídica das normas constitucionais, sendo, porém, apresentado de
forma não articulada; c) tese da relevância jurídica indireta: ponto
intermediário entre as duas, já que, muito embora participe “das características
jurídicas da Constituição”, não deve ser confundido com o articulado.”
CONSTITUCIONAL
8) Natureza jurídica do préâmbulo
Prevalece no Brasil a tese da irrelevância jurídica.
- O art. 28, parágrafo único, da Lei da ADI e ADC, traz que as decisões
proferidas nessas ações possuem efeito “erga omnes” e vinculante. “Erga
omnes” porque se aplica a todos, indistintamente. A questão da eficácia
vinculante pode ser olhada sob 2 óticas:
- a) objetiva: a respeito do conteúdo guardado pela decisão judicial
- B) subjetiva: em relação a quem está vinculado a tal decisão. Limitada pela
própria parte final do artigo - no caso, em relação aos órgãos do Poder
Judiciário e à Administração Pública.
CONSTITUCIONAL
9) Backlash
Cabe destacar que não estão submetidas ao efeito vinculante o próprio
STF(que pode decidir posteriormente em contrário à decisão que inicialmente
prolatou, caso as circunstâncias alterem) e o Poder Legislativo no exercício de
sua função típica de legislar, sob pena de ocasionar a fossilização da
Constituição.
Ocorre que tal regra possui diversas exceções. Muitas delas nem deveriam ser
chamadas de exceções, uma vez que nem se enquadram na regra geral.