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1.

Introdução ao Direito Processual do Trabalho

É certo que os conflitos de interesses entre particulares são inerentes à vida em sociedade.
Por este motivo, o Estado, visando coibir o exercício da autotutela, isto é, resolução dos conflitos
pelas próprias partes, sem a interferência de um agente externo, avocou para si a função de ser o
mantenedor da paz social.
Podemos conceituar a atividade estatal dirigida à solução desses conflitos como jurisdição,
que pode ser definido como o poder estatal de solucionar conflitos de interesses pela aplicação da
lei ou norma jurídica ao caso concreto, concedendo para cada qual o que lhe for devido por justiça
ou por força de lei.
Logo, para solução de conflitos através da via jurisdicional é cediço que as partes dependem
da utilização de um mecanismo pelo qual as pessoas que se sintam prejudicadas possam reclamar
perante o Estado-Juiz, provocando-o a solucionar o litígio. Neste momento, surge o direito de ação.
Desta forma, ação é o direito subjetivo público de provocar o exercício da jurisdição em
busca da defesa ou tutela de um interesse, ou direito, ameaçado ou lesado por outrem.
Uma vez instituído o direito de ação, é imprescindível que também se crie um instrumento,
ou até mesmo um método, para que as partes exercitem o referido direito e obtenham a tutela
jurisdicional. Surge, então, o processo, que pode ser definido como o instrumento disciplinado por
lei, com regras e normas já preestabelecidas, para permitir o exercício da jurisdição pelo Estado.
Desta maneira, o direito processual do trabalho é um sistema de princípios e leis que
regulamentam o exercício da jurisdição quanto às lides de natureza trabalhista.

Fontes

O processo do trabalho, por estabelecer as normas e regras que definem a prestação


jurisdicional no âmbito trabalhista, deve abarcar fontes que possam preestabelecer as normas a
serem seguidas pelas partes e observadas pelo Estado-Juiz. Pode-se entender fonte como
fundamento de validade do direito objetivo, ou melhor, é a própria exteriorização desse direito. As
fontes do Processo do Trabalho são: Constituição Federal; Leis em sentido genérico (materiais e
processuais); Disposições regulamentares do Poder Executivo; Disposições regulamentares dos
órgãos corporativos; Usos e costumes processuais; Jurisprudência (especialmente enunciados de
súmulas, princípios gerais de direito); Doutrina processual do trabalho, dentre outras.
Ressalta-se que a equidade e analogia não são fontes de direito processual do trabalho,
mas tão somente métodos integrativos da legislação.
Insta frisar que, conforme disposto pelo artigo 769 da Consolidação das Leis do Trabalho,
nos casos omissos o direito processual comum (CPC) será fonte subsidiária do processo do
trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com suas normas. Já quanto aos trâmites da fase
de execução, a regra de integração é verificada junto ao artigo 889 das CLT, que traz a Lei de
Execuções Fiscais como diploma subsidiário à CLT.

Princípios

Princípios de uma ciência são as proposições básicas, fundamentais, típicas que


condicionam todas as estruturações subsequentes. São considerados os alicerces de uma dada
ciência.
Os princípios processuais podem ser gerais, aplicados a todos os ramos de direito
processual, ou então, específicos, cuja aplicação encontra-se limitada a um determinado ramo do
direito.
O processo do trabalho, além de se inspirar em princípios constitucionais e gerais expostos
acima, possui, como ciência que é, seus princípios próprios e particulares.
Enquanto os princípios gerais estruturam o tronco comum do processo, dizendo respeito a
todos os sistemas processuais, as peculiaridades apenas os completam com vistas a cada sistema,
responsabilizando-se por dar identidade própria a cada ramo interno do processo.
Senão vejamos:

a) Princípio da oralidade: no processo do trabalho, os atos devem, ao máximo, serem


simplificados e colhidos oralmente em audiência. Desse princípio decorrem inúmeros sub-
princípios, tais como, a identidade física do juiz – o juiz que colhe a prova oral deve julgar o
processo; imediação – as provas devem ser colhidas perante o juiz; simplicidade dos atos
processuais – para que a oralidade tenha campo, é preciso que o processo não seja rigoroso
quanto às formas.

b) Princípio da conciliação obrigatória: o direito do trabalho e também o processo do


trabalho procura valorizar a vontade das partes e estimular a negociação. Para esse fim,
impõe a CLT a obrigatoriedade de propostas de conciliação pelo juiz da causa, sob pena de
nulidade, podendo as partes a qualquer momento encerrar o processo por acordo – artigos
764 e 831 da CLT.
O juiz não é obrigado a homologar acordo feito entre as partes. De acordo com a súmula
418 do TST, a homologação é faculdade do juiz. Exemplo – João e a empresa XPTO apresentam
um acordo perante o juiz. Porém este entende que o acordo é uma lide simulada, e recusa-se a
homologar. Se o juiz se recusar a homologar, não cabe nenhum recurso, nem Mandado de
Segurança, tendo em vista que é ato discricionário do juiz.
Se o juiz resolveu homologar, de acordo com o art. 831, parágrafo único da CLT, a
homologação tem caráter de decisão irrecorrível entre as partes. Porém a União pode apresentar
recurso dessa decisão quanto às contribuições que lhe forem devidas.
Nos termos da OJ nº 132 SDI-2 do TST, a pessoa pode dar quitação integral ao contrato de
trabalho, e isso forma coisa julgada. Dessa forma não poderá reclamar em outra ação em
decorrência da quitação ampla.

c) Princípio da informalidade: especialmente por causa do jus postulandi o processo do


trabalho é dotado de instrumentos de simplificação, tais como a possibilidade de reclamação
verbal, defesa oral, petição inicial mais simplificada que no processo civil, recursos por
simples petição (pedido escrito) nos autos, etc.

d) Princípio do jus postulandi (artigo 791, CLT): é a capacidade que se faculta a própria
parte, sem a assistência do advogado, exercer diretamente a postulação de suas pretensões
perante o Poder Judiciário, requerendo, desta forma, a prestação jurisdicional.
Existem algumas exceções com relação ao princípio do jus postulandi, como a Ação de
Homologação de Acordo Extrajudicial – é uma ação específica, surgiu com a reforma, disposto no
art. 855-B da CLT: na justiça do trabalho, a homologação de acordo extrajudicial, cada parte tem
que ter o seu advogado. Não pode ser o mesmo advogado entre as partes. Se o trabalhador não
quiser contratar advogado, poderá ser assistido pelo Sindicato.
Outra exceção está prevista na Súmula 425 do TST: não existe jus postulandi se for:
 Mandado de Segurança
 Ação Rescisória
 Recursos aos tribunais superiores (TST e STF)

e) Princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias de imediato: as decisões


interlocutórias proferidas no processo do trabalho não são passíveis de impugnação através
de recurso de imediato. Tal adequação visa impedir, tanto quanto possível, interrupções da
marcha processual, motivadas por recursos opostos pelas partes das decisões do juiz. A
matéria fica imune à preclusão, sendo apreciada depois, pelo Tribunal.
As exceções deste princípio estão dispostas na Súmula 214 do TST:
 Se a decisão de Tribunal violar súmula do TST ou OJ do TST;
 Se há recurso para o próprio tribunal que proferiu a decisão. Ex. agravo interno.
 Decisão de acolher exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para TRT
distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado.
f) Princípio da concentração dos atos: significa que os atos processuais e toda instrução
devem resumir-se a um número mínimo de audiências, e, se possível, a uma úncia
audiência.

2. Organização da Justiça do Trabalho

Os órgãos da justiça do trabalho e as regras gerais para delimitação da competência estão


nos artigos 111 a 116 da Constituição Federal. São órgãos da Justiça do Trabalho:
a) O Tribunal Superior do Trabalho – TST;
b) Os Tribunais Regionais do Trabalho – TRT’s;
c) Os Juízes do Trabalho;

A Vara do Trabalho não é órgão da Justiça do Trabalho, mas tão somente o local que serve
de atuação do órgão jurisdicional chamado Juiz do Trabalho. A Constituição Federal afirma
expressamente no artigo 111 que o órgão é o Juiz do Trabalho, enquanto a CLT afirma que a Vara
do Trabalho é órgão – artigo 644. No entanto, diante da prevalência da norma constitucional,
prevalece o disposto no artigo 111: o juiz é órgão da Justiça do Trabalho.

Tribunal Superior do Trabalho

O TST é o órgão máximo da Justiça do Trabalho (artigo 690, CLT).


a) composição: O TST é composto por 27 Ministros, togados e vitalícios, escolhidos entre
brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após
aprovação pela maioria absoluta do Congresso Nacional. Assim, a disposição contida no artigo 693,
a, da CLT, que exige sejam brasileiros natos, não foi recepcionada pela Constituição Federal, basta
sejam brasileiros de notável saber jurídico e reputação ilibada.
Cumpre lembrar que o vitaliciamento dos Ministros do TST independe de estágio probatório,
ou seja, ocorre desde a posse no cargo.
Como em todos os tribunais judiciários do país, o TST possui em sua composição
representantes das entidades auxiliares da Justiça, OAB e Ministério Público, é o chamado quinto
constitucional, previsto no artigo 94 da Constituição Federal.
Com isso, um quinto dos Ministros (6) são advogados de notório saber jurídico e de
reputação ilibada ou membros do Ministério Público, em ambos os casos com mais de dez anos de
efetivo exercício profissional, indicados em lista sêxtupla pelas entidades de origem (vide artigo 94
da Constituição Federal).
Os demais Ministros são escolhidos entre os Juízes de carreira oriundos dos Tribunais
Regionais.
Insta frisar que o TST reduz as listas sêxtuplas em triplas, se a vaga for do MP ou da
advocacia, ou forma a lista tríplice, se a vaga for de juiz de carreira, e as remete ao Presidente da
República para escolha, nos termos do artigo 3º, II, b, da RA nº 743/2000 e artigo 111-A da CF.
b) órgãos administrativos: funcionam junto ao TST dois órgãos administrativos:
- ENAMAT – Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho
e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, que possui a competência para a formação e
aperfeiçoamento dos juízes do trabalho, além de regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e
promoção na carreira da Justiça do Trabalho.
- CSJT – Conselho Superior da Justiça do Trabalho, formado por Ministros do TST, que
compete a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho
de primeiro e segundo graus, como órgão central do Sistema. Suas decisões têm efeito vinculante.
c) organização e competência: O TST funciona em sua composição plena, ou então
dividido em seções e turmas (artigo 1º da Lei 7701/88), cabendo a seu regimento interno dispor
sobre a constituição e funcionamento das seções especializadas e das turmas.
O Tribunal Pleno é composto por todos os Ministros do Tribunal (artigo 3º, § 1º, da RA
743/2000).

O TST ainda é dividido em duas seções para julgamento de recursos e ações de


competência originária, que é a de dissídios coletivos e de dissídios individuais, sendo que esta
última ainda se subdivide em Subseção I e II.
A Seção de Dissídios Coletivos (SDC) é composta de nove ministros, integrada pelo
Presidente, Vice, Corregedor-Geral e os seis ministros mais antigos do tribunal. A SDC tem
competência para julgar originalmente os dissídios coletivos de natureza econômica e jurídica e as
ações decorrentes de laudo arbitral, quando a área de abrangência da decisão exceder o limite de
um TRT; decidir conflitos de competência dos TRT’s em dissídios coletivos; julgar recursos,
incidentes e rescisórias de suas próprias sentenças normativas; julgar dissídios de greve quando a
área do conflito exceder à jurisdição dos TRT’s; julgar mandados de segurança contra atos do
Presidente ou qualquer um dos ministros que compõem a seção; e, em última instância, julga
recursos de sentenças proferidas pelos regionais em dissídios coletivos, em ações civis públicas e
de laudo arbitral; recursos em ações rescisórias e mandados de segurança relativas a dissídios
coletivos e direito sindical; agravos regimentais e embargos infringentes de dissídios coletivos;
agravos de instrumento para destrancar recursos de sua competência.
A Seção de Dissídios Individuais I (SDI-I) é composta de 11 ministros, sendo o Presidente,
o Vice, o Corregedor-Geral, os Presidentes de Turmas e o restante por ministros. Sua competência
é para julgar os embargos de decisões divergentes das turmas ou das turmas com decisão da SDI
ou com súmula do TST, bem como decisões das turmas que violarem texto expresso de lei ou da
CF. Também à SDI compete julgar os agravos regimentais de despachos dos relatores das turmas
acerca de embargos.
Já a Seção de Dissídios Individuais II (SDI-II) é composta de nove ministros: O Presidente,
o Vice, O Corregedor-Geral e seis ministros. A SDI-II é especializada em ações rescisórias de suas
próprias decisões e das decisões das turmas e em Mandados de Segurança contra atos do
Presidente do Tribunal e de seus ministros em matéria de sua competência (competência
originária); em única instância, julgar os conflitos de competência entre TRT’s ou entre Juízes do
Trabalho e Juízes de Direito vinculados a tribunais distintos em matéria de dissídios individuais; em
única instância, julgar os agravos regimentais em despachos exarados em processos de sua
competência e, em última instância, julgar os recursos ordinários interpostos contra decisões dos
TRT’s quando decidirem matéria de sua competência originária.
Por fim, o TST é dividido em Turmas, que são órgãos fracionários, compostas por três
ministros cada e presidida pelo ministro mais antigo de cada turma. Atualmente, existem 06 (seis)
turmas no TST.
Compete essencialmente às Turmas o julgamento de recursos de revista e agravos de
instrumento das decisões dos TRT’s que denegarem esses recursos, bem como agravos
regimentais quando o relator denegar seguimento a recurso de revista.
d) sessões e quorum: As sessões do TST serão públicas e realizar-se-ão entre as 14 e 17
horas, podendo ser prorrogadas pelo Presidente em caso de necessidade.
O quorum mínimo de deliberação para o Pleno é de 09 ministros e para as turmas é de 03
membros. Se houverem ministros ausentes por mais de 30 dias, o TST pode convocar
Desembargadores dos Tribunais Regionais.

Tribunal Regional do Trabalho

Os Tribunais Regionais do Trabalho exercem sua jurisdição por regiões, geralmente


constituída pela área geográfica correspondente a um ou mais estados da Federação. São Paulo,
devido à peculiaridade da região, possui dois Tribunais Regionais, um para a capital e baixada
santista (2ª Região) e outro para o interior paulista (15ª Região).
a) competência administrativa: Aos tribunais regionais compete:
- eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, dispondo sobre a
competência e funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
- organizar as Secretarias e serviços auxiliares, velando pela atividade correicional desses
órgãos;
- prover os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;
- propor a criação de novas Varas;
- prover por concurso os cargos necessários à administração da justiça;
- conceder licenças e afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem
vinculados. (artigo 96 da CF).
Compete, ainda, aos TRT’s, no âmbito de sua região, alterar e estabelecer a jurisdição das
varas do trabalho, bem como lhes transferir a sede de acordo com a necessidade da prestação
jurisdicional (artigo 28 da Lei 10.770/03).
b) composição: Os Tribunais Regionais do Trabalho são compostos de no mínimo 07 (sete)
juízes (alguns tribunais mudaram seus regimentos e passaram a denominá-los desembargadores
regionais). A Constituição Federal determina que estes juízes sejam recrutados preferencialmente
na própria região e nomeados pelo Presidente da República entre brasileiros com mais de 30 e
menos de 65 anos de idade.
Novamente, como já explanado acima, um quinto de seus membros será escolhido entre
advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, além de notável saber jurídico
e ilibada reputação, e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo
exercício (artigo 94 da CF).
Os demais serão mediante promoção de juízes do trabalho, por antiguidade e merecimento,
alternadamente.
Os juízes dos TRT’s tornam-se vitalícios desde a posse, mesmo os egressos da advocacia
(artigo 22 da Lei Complementar nº 35/79).
Na promoção de juízes devem ser observadas as seguintes normas (artigo 93, II, da CF):
- é obrigatória a promoção de juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas
em lista de merecimento;
- o merecimento será aferido conforme o desempenho e por critérios objetivos de produtividade
e presteza, bem como pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de
aperfeiçoamento;
- na apuração da antiguidade, o tribunal só pode recusar o juiz mais antigo por voto de 2/3 de
seus membros, assegurada a ampla defesa;
- não será promovido o juiz que, injustificadamente, reter autos em seu poder além do prazo
legal, não podendo devolvê-los em cartório sem o devido despacho ou decisão.

Os tribunais regionais com sete ou oito juízes funcionarão apenas em sua composição plena. Os
compostos por 12 ou mais juízes funcionarão em sua composição plena e/ou dividido em turmas.
Nos TRT’s com mais de 25 julgadores poderá ser criado um órgão especial, com o mínimo
de 11 e máximo de 25 membros, para o exercício de atribuições administrativas e jurisdicionais de
competência do tribunal pleno, provendo-se a metade por antiguidade e a metade por eleição pelo
pleno (artigo 93, XI, da CF).
Os TRT’s compostos de quatro turmas ou mais serão obrigatoriamente divididos em grupos
de turmas ou seções especializadas, com a competência que o Pleno lhes atribuir (artigo 4º Lei
7119/83).
c) quorum: O quorum para deliberação dos TRT’s é da metade mais um de seus membros,
além do Presidente.
O julgamento será pelo voto da maioria dos presentes, exceto se se tratar de declaração de
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, em que existe a chamada cláusula de reserva de
plenário contida no artigo 97 da Constituição Federal, pela qual a decisão somente pode ser tomada
pela maioria absoluta dos membros ou dos membros do órgão especial. Exceto no caso de
declaração de inconstitucionalidade e nas sessões administrativas, o Presidente só tem voto em
caso de desempate. Nas sessões administrativas o presidente votará como os demais juízes,
cabendo-lhe o voto de qualidade (artigo 672, § 3º da CLT).
As turmas somente poderão deliberar com a presença de pelo menos três juízes (artigo 672,
§ 1º, CLT).
d) sessões: O regimento interno dos tribunais é o instrumento normativo que dispõe sobre
a ordem das sessões (artigo 673 da CLT), a súmula da respectiva jurisprudência predominante e o
incidente de uniformização, inclusive os pertinentes às leis estaduais e normas coletivas (artigo 14
da Lei 7701/88).
e) competência: Os TRT’s têm a competência territorial estabelecida pelo artigo 651 da CLT
(pelo local da prestação de serviços como regra) ou, no caso de dissídio coletivo, pelo local em que
ocorrerem.
A competência funcional está no artigo 678 da CLT: em resumo, os Tribunais Regionais do
Trabalho apreciam os recursos das ações individuais decididas pelos Juízes de primeira instância
e, originariamente, decidem mandados de segurança e habeas corpus contra atos dos Juízes de
primeiro grau, ações rescisórias das decisões de primeiro grau, bem como dissídios coletivos dentro
de sua jurisdição.
Compete ainda aos TRT’s (artigo 680 da CLT):
- determinar às Varas e juízes de direito sob sua jurisdição trabalhista a realização de atos
processuais e diligências necessárias ao julgamento dos feitos sob sua apreciação;
- fiscalizar o cumprimento de suas próprias decisões;
- declarar a nulidade dos atos praticados com infração às suas decisões;
- julgar as exceções de incompetência que lhe forem opostas, entre outras
f) demais disposições: A Justiça do Trabalho hoje possui 24 Tribunais Regionais, conforme
lista do artigo 674 da CLT. A sede desses regionais é fixada pelo mesmo artigo.
O número de regiões, a jurisdição e a categoria dos tribunais somente podem ser alteradas
por lei – artigo 113 da CF. Nesse sentir, a CLT, em seu artigo 676, não foi recepcionada pela CF/88
(diz a CLT que tais podem ser alteradas pelo Presidente da República).

Determina a Constituição que os TRT’s criem a justiça itinerante para realização de


audiências dentro da jurisdição de cada regional e permite que os TRT’s funcionem
descentralizadamente, instituindo Câmaras Regionais para facilitar o acesso ao Jurisdicionado
(artigo 115, CF).
No julgamento de recursos contra decisões do Presidente, do Vice ou do Relator, se ocorrer
empate prevalecerá a decisão recorrida (artigo 672, § 4º, CLT).
Os Tribunais Regionais elegerão, entre seus juízes, o Presidente, o Vice-Presidente, o
Corregedor, o Vice-Corregedor e os Presidentes das Turmas, onde houver (artigos 96, I da CF e
670, § 7º, da CLT).
Da eleição participam apenas os membros efetivos do tribunal. A eleição, para mandato de
dois anos, deve recair sobre os juízes mais antigos, sendo proibida a reeleição (artigo 102 da LC
35/79). O Presidente e o Vice tomarão posse perante seus tribunais (artigo 681 da CLT).

Juízes do Trabalho

Novamente, cumpre ressaltar que a vara do trabalho é apenas o local que serve de atuação
do órgão jurisdicional chamado Juiz do Trabalho.
A Constituição Federal afirma expressamente que o órgão é o Juiz do Trabalho (artigo 111),
enquanto a CLT afirma que a Vara do Trabalho é órgão (artigo 644). Todavia, diante da prevalência
da norma constitucional, adota-se o disposto no artigo 111: o juiz é órgão da Justiça do Trabalho.
Cada Vara terá pelo menos um Juiz do Trabalho, que será o seu presidente ou titular.
É importante salientar que todas as referências existentes na CLT a partir do artigo 643 a
vogais ou classistas são tidas como não escritas, à vista da EC nº 24/99, que os extinguiu.
A jurisdição das Varas será todo o território ou comarca em que se situar, podendo ser
estendida ou restringida por lei federal. Depois de criada uma Vara, pode o TRT, no âmbito de sua
Região, alterar e estabelecer a jurisdição das Varas, bem como lhes transferir a sede (artigo 28 da
Lei 10770/2003).
Cada vara terá uma Secretaria (artigo 710, CLT), que será dirigida por um servidor
designado pelo Juiz Titular, que será denominado Diretor ou Chefe de Secretaria, o qual receberá
o salário efetivo mais Gratificação de função.
a) distribuição: O recebimento de processos, petições, a autuação desses documentos, a
guarda e conservação dos processos, bem como toda a tramitação e registro, inclusive serviços
auxiliares de expedição e arquivamento, será feito pela Secretaria (artigo 711).
Nas localidades em que houver mais de uma Vara, haverá um Distribuidor, que cuidará da
distribuição, pela ordem de entrada e sucessivamente a cada Vara, os feitos que forem
apresentados (artigo 714).
Ressalta-se que, conforme o disposto no artigo 256 do Código de Processo Civil, as partes
e seus advogados podem fiscalizar a distribuição de processos.
b) juizes de direito: Nas cidades não abrangidas pelas Varas do Trabalho, a jurisdição
trabalhista será exercida por um Juiz de Direito (artigo 112, CF) e de cujas decisões caberá recurso
aos TRT’s. Nesse caso, os cartórios das varas de direito terão as mesmas atribuições das
Secretarias de Vara.
c) competência: Aos Juízes do Trabalho compete processar e julgar os dissídios individuais
em primeira instância, nos termos dos artigos 652 e 653 da Consolidação das Leis do Trabalho.

3. Competência da Justiça do Trabalho

Conforme já explanado, a Jurisdição é a atividade pela qual o Estado, com eficácia


vinculativa plena (coerção), soluciona as lides que lhe apresentadas, declarando ou realizando o
direito em concreto.
Em outras palavras, é a função (poder-dever) de resolver os conflitos que a ela sejam
dirigidos, seja por pessoas naturais, jurídicas ou entes despersonalizados (v. g. espólio), em
substituição a estes segundo as possibilidades normatizadoras do Direito.
No entanto, não seria lógico que todos os membros do judiciário tivessem a possibilidade de
resolver todo e qualquer litígio – a partir dessa idéia de dividir racionalmente as lides é que surge a
noção de competência.
Existem diversas formas de se estabelecer a competência, quais sejam:
- Valor da causa - segundo o valor econômico da relação jurídica, objeto da demanda.
- Matéria – segundo a natureza da relação jurídica, objeto da causa.
- Pessoas – segundo a condição dos sujeitos em lide.
- Território – segundo o lugar onde se encontram os sujeitos ou o objeto da relação jurídica
que constitui objeto do processo.
- Função – segundo a função que o órgão jurisdicional é chamado a exercer em relação a
uma determinada demanda.
A competência funcional corresponde à parcela de jurisdição atribuída por lei a cada órgão
daquela esfera do Judiciário. Em relação à Justiça do Trabalho, cada órgão que a compõe (artigo
111 da CRFB) tem sua competência específica. Os artigos 652 e 653 delimitam a competência
funcional das Varas do Trabalho (órgãos de primeira instância trabalhista).
Em linhas gerais, julgam as ações e reclamações trabalhistas movidas por trabalhadores em
geral (empregados ou não) e seus tomadores de serviços (empregadores ou não), podendo fixar
multas e demais penalidades relacionadas aos atos de sua competência.
A Lei 13.467/17 inseriu o inciso “f” no artigo 652 da CLT, para acrescentar às Varas do
Trabalho a competência para “decidir quanto á homologação de acordo extrajudicial em matéria de
competência da Justiça do Trabalho”. Referido procedimento de jurisdição voluntária está
regulamentado, de forma mais detalhada, nos artigos 855-B a 855-E da CLT.

a) competência material: A competência em razão da matéria é fixada tendo em conta a


natureza da relação jurídica em litígio, que se define pelo pedido e pela causa de pedir (os fatos
alegados).
A competência material da Justiça do Trabalho é definida pelo artigo 114 da Constituição
Federal.
- conflitos das relações de trabalho;
- ações que envolvam direito de greve;
- ações envolvendo sindicatos (com outros sindicatos, com empresas ou com trabalhadores);
- mandados de segurança, habeas corpus ou habeas data relacionados a matéria
trabalhista;
- conflitos de competência entre órgãos trabalhistas;
- ações de indenização por danos patrimoniais e morais;
- ações relativas às penalidades administrativas;
- execução das contribuições previdenciárias das sentenças que proferir.

Senão vejamos os temas mais relevantes para as provas da OAB:


a) ações oriundas da relação de trabalho: com a EC 45/2004, além das ações
relacionadas a relação de emprego, a Justiça do Trabalho é competente para analisar
outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho em sentido amplo (art. 114, IX,
CF). Assim, agora a Justiça do Trabalho não é competente apenas para analisar as
ações de trabalhador avulso e pequena empreitada, mas também as ações de
trabalhador autônomo, trabalhador eventual, parceiros, meeiros, arrendatários, etc,
exceto as relações de consumo.
Atenção: os trabalhadores dos entes de direito público externo e da administração
pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: diz
respeito aos trabalhadores empregados pelo regime da CLT.
Na ADIn 3395-6 o STF afastou a possibilidade de o estatutário ingressar com a ação
na Justiça do Trabalho. Assim, o estatutário terá que ingressar com a ação na Justiça
Estadual Comum.

b) processar e julgar ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos
e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores: pela nova redação do artigo com a
Emenda nº 45, o inciso III permite ações dos sindicatos em causa própria. Assim é de
competência da Justiça do Trabalho a análise de todos os processos que envolva
sindicatos, até mesmo eleição sindical.

c) ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes do trabalho:

Em relação às ações indenizatórias já distribuídas perante a Justiça Comum, antes da


promulgação da EC 45/04, o STF reconheceu, através da Súmula Vinculante 22, que também são
da competência da Justiça do Trabalho, desde que não possuam sentenças de mérito em primeiro
grau já proferidas.

d) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos


de fiscalização: com a Emenda 45 a Justiça do Trabalho é competente para analisar as
ações onde o empregador foi autuado pela fiscalização do Ministério do Trabalho (artigo
114, VII, CF). Desta forma, agora é possível impetrar mandado de segurança na Vara
do Trabalho para esses processos de penalidades aplicadas de forma ilegal/abusiva ao
empregador pela fiscalização do trabalho.

e) executar de ofício as contribuições sociais previstas no art. 195, I, “a” e II, da CF: são as
contribuições previdenciárias e fiscais das sentenças trabalhistas e serão executadas
nos próprios autos pela Justiça do Trabalho (art. 114, VIII, CF e artigo 876, parágrafo
único da CLT e Súmula 368 do TST)).

Sobre as contribuições previdenciárias, a competência da justiça do trabalho está limitada


às sentenças condenatórias que proferir (não abrange o período de mera declaração de vínculo de
emprego), conforme súmula 368 do TST.

f) dissídio coletivo: Com a Emenda 45/2004, além dos sindicatos (art. 857 da CLT), o
Ministério Público também tem legitimidade para ajuizar dissídio coletivo na Justiça do
Trabalho, em caso de greve em atividade essencial com possibilidade de lesão do
interesse público (artigo 114, §3º, da CF).

A justiça do trabalho não é competente para conhecer as seguintes ações:


a) Acidentes do Trabalho em face do INSS (art. 109, I, CF) visando a concessão de auxílio-
acidente: competência da Justiça Comum (art. 109, I, CF);
b) Previdência Social: competência da Justiça Federal para pedidos de benefícios
previdenciários comuns.
c) Relações de consumo: competência da Justiça Comum em virtude do Código de Defesa
do Consumidor (Lei nº 8.078/90).
d) Autorização do trabalho do menor;
e) Trabalho do presidiário;
f) Honorários de profissional autônomo;

De outro lado, a competência territorial (local onde deve ser proposta a ação) é fixada pelo
artigo 651 da CLT. A regra geral é que a ação deve ser proposta no lugar onde houve a prestação
dos serviços, ainda que a contratação tenha ocorrido em outro local.
Nos parágrafos do artigo 651 da CLT estão previstas as exceções, como é o caso do
viajante comercial, onde a competência será da Vara do Trabalho em que a empresa tenha
agência ou filial e que, a esta, o trabalhador esteja subordinado. Na falta, será competente a Vara
do Trabalho do domicílio do trabalhador.
A regra será outra em caso de empregador itinerante. Em se tratando de empregador que
promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado
apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos
serviços. Neste caso, a opção será do empregado.
Aliás, cabe expor que a competência das Varas do Trabalho no Brasil estende-se aos
dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não
haja convenção internacional dispondo em contrário.
Na Justiça do Trabalho não se admite o foro de eleição (artigo 63 do CPC/15), que é a
opção previamente contratada pelas partes, do local onde irão propor eventual ação acerca de
eventual divergência sobre o contrato, uma vez que se aplica a regra do local da prestação de
serviços, observadas as suas particularidades e exceções.
A competência absoluta é a que não se prorroga, deve ser reconhecida pelo Juiz ou
Tribunal de ofício, independentemente de provocação das partes e, também, a qualquer tempo
(antes do trânsito em julgado). São absolutas as competências em razão da função, da pessoa e
da matéria.
A competência relativa é aquela que pode se prorrogar, caso não arguida de forma
tempestiva e adequada pela parte interessada. O Juiz ou Tribunal não pode reconhecer eventual
incompetência relativa de ofício. É o que ocorre com a competência em razão do lugar ou territorial.
Em caso de conflito de competência, dois dispositivos básicos são de necessária
assimilação pelo candidato. São os artigos 105, d e 114, V da Constituição Federal, que tratam,
respectivamente, da competência do STJ e da Justiça do Trabalho para a solução de conflitos de
competência.
Os conflitos de competência, entre órgãos com jurisdição trabalhista, são dirimidos
diretamente pela Justiça do Trabalho, conforme artigo 114, V da Constituição Federal. Lembre-se
que o juiz de direito, quando atua excepcionalmente na seara trabalhista (nas localidades onde
ainda não há Vara do Trabalho instalada), exerce a jurisdição trabalhista.
De outra parte, o STJ é competente para a solução de conflitos entre órgãos de jurisdições
diversas, conforme disciplina o artigo 105, d da Constituição Federal. Assim, o STJ será competente
para dirimir conflito entre um juiz do trabalho e um juiz de direito (desde que este esteja atuando em
sua competência típica).

4. Partes e procuradores

Cumpre, em primeiro lugar, lembrar do instituto do jus postulandi, previsto no artigo 791 da
CLT, que autoriza a postulação judicial diretamente pela parte, sem a constituição de advogado.
O jus postulandi está restrito à tramitação do feito junto às Varas do Trabalho e Tribunais
Regionais do Trabalho, conforme súmula 425 do TST.
Foram também expressamente excluídos do alcance do jus postulandi, as ações rescisórias,
cautelares, os mandados de segurança e os recursos de competência do TST. A limitação é
bastante razoável, já que para tais ações e recursos é necessário o preenchimento de pressupostos
processuais específicos, de necessário manejo por profissional do direito habilitado.
Além disso, a regularidade da representação do advogado subscritor de um recurso pode
interferir no conhecimento do próprio apelo (já que é pressuposto extrínseco de admissibilidade
recursal).
Se a parte juntou nova procuração nos autos, para patrono diverso daquele anteriormente
constituído, sem a ressalva quanto aos poderes conferidos ao antigo patronal, entende-se por
tacitamente revogado o mandato anterior. Trata-se de hipótese sedimentada pela OJ 349 da SDI-1
do TST.
Em relação à tutela do menor de 18 anos na justiça do trabalho, a intenção da legislação
trabalhista foi garantir um rol amplo de legitimados. Assim, o artigo 793 da CLT autorizou que a
reclamação trabalhista do menor seja feita por seus representantes legais e, na falta destes, pela
Procuradoria da Justiça do Trabalho (Ministério Público do Trabalho), pelo sindicato, pelo Ministério
Público Estadual ou curador nomeado em Juízo.
Com a lei 13.467/17 ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% e o máximo de 15% sobre o valor que
resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-
lo, sobre o valor atualizado da causa, conforme artigo 791-A da CLT.
Os honorários são devidos também nas ações contra a fazenda pública e nas ações em que
a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria, nos termos artigo 791-A, §1º
da CLT.
Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca,
vedada a compensação entre os honorários.
Neste caso, vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo,
ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes
de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser
executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o
credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a
concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
Muito importante lembrar que são devidos honorários de sucumbência na reconvenção.
Com relação à concessão de gratuidade de justiça, nos termos do artigo 790 da CLT, o § 3º,
dispõe que é facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de
qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive
quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% do limite
máximo dos benefícios do regime geral de previdência social.
Porém, o artigo 790, § 4º, da CLT estabelece que o benefício da justiça gratuita será
concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do
processo.

Capítulo 5 – Atos, termos e prazos processuais

Com a edição da lei 13.467/17 os prazos processuais serão contados em dias úteis, com
exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, conforme previsão do artigo 775 da
CLT.
Caso intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil
imediato e a contagem, no subsequente. o recesso forense e as férias coletivas dos ministros do tst
suspendem os prazos recursais.
suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e
20 de janeiro, inclusive, pois foram estabelecidas as férias forenses no artigo775-a da CLT. Neste
caso, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento.
A notificação postal (citação) presume-se recebida em 48 horas depois da sua postagem
(Súmula 16 do TST).
Não havendo acordo na audiência o reclamado terá o prazo de 20 minutos para aduzir a sua
defesa (art. 847 da CLT).
A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até a
audiência. (novo parágrafo único do art. 847 da CLT).
Encerrada a instrução e antes de o Juiz da Vara prolatar a sentença existe o prazo de 10
minutos para cada parte aduzir razões finais (art. 850 da CLT).
o prazo para os recursos típicos trabalhistas é de 8 dias (recurso ordinário, recurso de
revista, agravo de petição, agravo de instrumento e embargos para o Pleno-SDI do TST).
Para a Fazenda Pública o prazo para o recurso é em dobro (art. 1º do Decreto-lei nº 779/69).
Entre a data da notificação/citação e da audiência deve ser respeitado o prazo de 5 dias
para o reclamado preparar a sua defesa (art. 841 da CLT). Para a Fazenda Pública esse prazo é
em quádruplo (art. 1º do Decreto-lei nº 779/69).

Capítulo 6 – Nulidades processuais

A teoria das nulidades, no processo do trabalho, deve ser analisada em consonância com
os princípios da simplicidade, informalidade e instrumentalidade das formas. A disciplina do tema,
na CLT, está nos artigos 794 a 798.
Em síntese, a declaração de nulidade deverá ultrapassar os seguintes filtros:
• do “prejuízo” (ou da transcendência);
• da “preclusão” (arguição em primeira oportunidade, daí os “protestos” cristalizados de
forma consuetudinária);
• da possibilidade de “convalidação” dos atos viciados (naturalmente que apenas em
casos de nulidades relativas).

É natural, contudo, que nulidades absolutas sejam declaradas de ofício, por se tratarem
de matéria de ordem pública, não sujeitas à preclusão ou à necessidade de provocação pelas
partes.
A arguição de nulidade por quem lhe tiver dado causa também não será pronunciada pelo
Juízo (artigo 796, b da CLT). Trata-se de regra voltada a preservar o princípio da boa-fé (ou da
lealdade, no âmbito processual), evitando-se que a parte se beneficie de sua própria torpeza.
Capítulo 7 – Reclamação trabalhista

O processo do trabalho, como já pontuado acima, pauta-se por normas processuais simples
e informais (princípios da simplicidade e da informalidade), voltadas a garantir um maior acesso da
parte, que pode estar em Juízo desacompanhada de advogado, usando do jus postulandi previsto
no artigo 791 da CLT. Nesta linha de informalidade e simplicidade, temos que a reclamação
trabalhista pode ser verbal (naturalmente reduzida a termo pelo serventuário responsável) ou
escrita.
Segundo artigo 786 da CLT, após a distribuição, o reclamante tem prazo de cinco dias para
comparecimento ao cartório ou secretaria, visando que se deduza a termo sua postulação.
Analisando o rito ordinário, a petição inicial deve observar os requisitos do artigo 840 da
CLT:
• endereçamento;
• qualificação das partes;
• breve exposição dos fatos;
• pedido certo e com valor;
• data;
• assinatura.

A partir da vigência da Lei 13.467/17, com a nova redação do artigo 840 da CLT, mesmo no
rito ordinário, os pedidos devem ser certos, determinados e com a indicação do respectivo valor.
Os pedidos que não atendam ao disposto acima serão julgados extintos sem resolução do
mérito (§3º do artigo 840 da CLT).
Não há exigência, na CLT, sequer para que a inicial tenha fundamentação jurídica. Aplica-
se, de forma subsidiária, o artigo 319 do CPC/15, em relação ao valor da causa, por exemplo, até
porque é essencial para fixação do rito e da alçada.
Reduzida a inicial a termo, a parte reclamada será citada, sendo-lhe garantido um prazo
mínimo de 5 dias para defesa (artigo 841 da CLT).
O processo do trabalho utiliza-se com frequência da notificação postal, inclusive para a
citação inicial. Neste caso, não há aviso ou confirmação de recebimento juntada aos autos e
prevalece a impessoalidade em relação ao destinatário, já que não importa saber se quem recebeu
a notificação, no endereço do destinatário, tinha poderes para tanto (basta que se encaminhe para
o correto endereço, para que o ato processual se aperfeiçoe).
Segundo súmula 16 do TST, presume-se recebida a notificação 48 horas depois da
postagem. A presunção é apenas relativa e admite prova em contrário pelo destinatário.
A exceção de incompetência territorial deve ser apresentada no prazo de cinco dias a contar
da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, nos termos
do artigo 800 da CLT.
Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência até que se
decida a exceção, sendo que os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o
reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias.
Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o
direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este
houver indicado como competente.
Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a
designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo
competente.
Muito importante expor que a decisão que acolhe a exceção de incompetência territorial tem
natureza interlocutória e em regra não cabe recurso (artigo 799, §2º da clt), podendo, no entanto,
as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final.
Todavia, cabe exceção à regra acima, na hipótese de decisão que acolhe exceção de
incompetência territorial, com a remessa dos autos para tribunal regional distinto daquele a que se
vincula o juízo excepcionado. (súmula 214 do TST)
A audiência deverá ser una, mas diante de ações complexas alguns juízes dividem em inicial
e instrução, por força do artigo 765 da CLT.
Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado,
independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias
Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo
Sindicato de sua categoria.
Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for
possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro
empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
Já a empresa pode se fazer representar por preposto, que tenha conhecimento dos fatos. O
preposto não precisa ser empregado da empresa.
Se o reclamante faltar em audiência una ou inicial ocorrerá o arquivamento, nos termos do
artigo 844 da CLT. Se a reclamada faltar em audiência una ou inicial ocorrerá a revelia com a
consequente pena de confissão, conforme previsão do mesmo artigo consolidado.
Se faltarem em audiência de instrução (prosseguimento) ocorrerá a confissão (Súmula 74
do TST), porém se as 2 partes faltarem na audiência de instrução ocorrerá o julgamento da lide de
acordo com as regras de ônus da prova (arts.355 e seguintes do NCPC/2015).
Na hipótese de ausência do reclamante na primeira audiência, este será condenado ao
pagamento das custas, ainda que beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de
quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável.
O pagamento das custas acima é condição para a propositura de nova demanda.
Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a
contestação e os documentos eventualmente apresentados. A revelia não produz o efeito se: i-
havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação; ii- o litígio versar sobre direitos
indisponíveis; iii- a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere
indispensável à prova do ato; e iv- as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem
inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.
Na audiência, a reclamada deverá apresentar a sua contestação, seja por escrito com
inserção anterior no sistema eletrônico ou no prazo de 20 minutos, de forma oral. Dentro da
contestação, a empresa Reclamada poderá apresentar a sua reconvenção.
Em seguida, o juiz promove a instrução do processo, com a produção de todas as provas
possíveis.
No rito ordinário, cada parte poderá ouvir até 3 testemunhas, sendo desnecessária a sua
intimação pois comparecerão espontaneamente. As que não comparecerem serão intimadas (art.
825 da CLT), não havendo necessidade de comprovar o seu convite no rito ordinário.
Muita atenção porque não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou
de ter litigado contra o mesmo empregador (súmula 357 do TST).
Caso haja prova pericial, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da
parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita, nos
trmos do artigo 790-B da CLT.
Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo
estabelecido pelo conselho superior da justiça do trabalho, sendo que o juízo poderá deferir
parcelamento dos honorários periciais, conforme previsto no artigo 790-B, § 3º da CLT.
De toda forma, é muito importante expor que o juízo não poderá exigir adiantamento de
valores para realização de perícias. Caberá mandado de segurança visando a realização da perícia
sem pagar nada (orientação jurisprudencial nº 98 da SDI-2 do TST)
Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos
capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a união responderá
pelo encargo.

O procedimento sumaríssimo está previsto nos artigos 852-A e seguintes da CLT. Ele se
aplica aos processos cujo valor da causa não ultrapasse 40 salários mínimos, ficando excluídas as
demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional (art. 852-A da
CLT).
Nestes casos, o pedido deve ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente
(art. 852-B, I, CLT), sob pena de arquivamento da ação e condenação em custas sobre o valor da
causa.
No rito sumaríssimo não se fará citação por edital (art.852-B, II, da CLT).
Nestes casos, a audiência deve ser realizada em até 15 dias do ajuizamento. Sendo que as
consequências para ausência das partes são as mesmas do rito ordinário.
No rito sumaríssimo cada parte poderá ouvir 2 testemunhas. Porém, as que não
comparecerem somente serão intimadas se a parte comprovar que a testemunha foi convidada
(art.852-H, §3º, CLT).
Na sentença proferida no rito sumaríssimo será dispensado o relatório (art.852-I da CLT).
Após a distribuição no Tribunal, passa apenas pelo relator, que deverá liberá-lo no prazo
máximo de 10 (dez) dias (art. 895, §1º, II, da CLT).
Só cabe por contrariedade a Súmula de jurisprudência uniforme do TST e violação direta da
Constituição Federal (art. 896, §9º, CLT).

Por fim, há o rito sumário, previsto na Lei nº 5.584/70, cujo valor da causa não ultrapasse
dois salários mínimos. Neste caso, só cabe recurso por ofensa a Constituição Federal.

Capítulo 8 – Sentença e Coisa Julgada

A coisa julgada representa uma garantia fundamental do artigo 7º, XXXVI da Constituição
Federal. Possui relação com o instituto da segurança jurídica. A definição de coisa julgada foi dada
pelo artigo 6º § 3º da LINDB: “chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já
não caiba recurso”.
São sentenças terminativas, as que produzem apenas coisa julgada formal. Suas
hipóteses estão enumeradas no artigo 485 do CPC/15.
Denominam-se, por outro prisma, sentenças definitivas, as que analisam o mérito da causa
e que produzem a coisa julgada material. Suas hipóteses estão fixadas no artigo 487 do CPC/15.
É importante destacar o dispositivo celetista que trouxe hipótese de relativização da coisa
julgada. Trata-se do artigo 884, § 5º da CLT, segundo o qual considera-se inexigível o título judicial
fundado em lei ou ato normativo declarado inconstitucional pelo STF, ou em aplicação ou
interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal.
A decisão homologatória de acordo judicial faz coisa julgada material imediata para as
partes, salvo para a previdência social (artigo 831, § único da CLT).
Importante lembrar que o TST, através da súmula 418, já sedimentou entendimento de que
a parte não tem direito líquido e certo à homologação do acordo, já que se trata de uma
prerrogativa do Juiz a decisão homologatória (ou não) da avença. Não cabe mandado de segurança,
nesta hipótese.
Cumpre reiterar que, com a Lei 13.467/17, foram introduzidos os artigos 855-B a 855-E, que
regulamentaram o processo de jurisdição voluntária para homologação de acordo extrajudicial,
inclusive com suspensão do prazo prescricional a partir da apresentação da petição de acordo.
As decisões interlocutórias trabalhistas são irrecorríveis de imediato (artigo 893, § 1º
da CLT).
A ação rescisória é cabível no âmbito da Justiça do Trabalho, nos termos do artigo 836 da
CLT. Trata-se de ação de competência originária dos Tribunais (normalmente TRT), que visa
desconstituir a decisão de mérito com trânsito em julgado. Não é recurso, mas ação de
conhecimento, autônoma, de natureza constitutiva negativa (da coisa julgada material).
Não cabe ação rescisória diante de sentenças terminativas, que extinguem o processo sem
resolução de mérito (OJ 150, SDI-II, TST).
O depósito prévio de 20% é exigência expressa do artigo 836 da CLT para a interposição da
ação rescisória, porém “salvo prova de miserabilidade jurídica do autor”.

Capítulo 9 – Recursos trabalhistas

A previsão recursal atende ao princípio do duplo grau de jurisdição, que está implícito no
artigo 5º, LV da Constituição Federal.
Deve-se observar, no estudo dos recursos, o princípio da taxatividade, segundo o qual
apenas os recursos previstos na CLT podem ser utilizados pelas partes. São eles:
• recurso ordinário;
• recurso de revista;
• embargos para o TST;
• agravo de instrumento;
• agravo de petição;
• embargos de declaração (neste ponto, há divergência doutrinária sobre ser recurso,
ou não);
• agravo regimental;
• pedido de revisão de valor atribuído à causa (artigo 2º, § 1º da Lei 5.584/70).

Além disso, a doutrina também admite o princípio da unirrecorribilidade, que nos remete
ao cabimento de apenas recurso para cada decisão. Cumpre lembrar que a exceção a tal princípio,
em esfera especial – recursos extraordinário e especial – não é aplicável na seara trabalhista.
Também é relacionado como princípio próprio dos recursos, o da remessa obrigatória.
Trata-se do recurso de ofício, previsto no artigo 496 do CPC/15.
Por fim, o princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias, previsto
no artigo 893, § 1º da CLT, que é um dos mais questionados em provas objetivas de concursos. Há
decisões interlocutórias tratadas de forma excepcional (ou seja, que autorizam recurso ordinário
imediato), devidamente especificadas na súmula 214 do TST, quais sejam: a) de Tribunal Regional
do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b)
suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de
incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que
se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. Em relação aos
efeitos dos recursos trabalhistas, o artigo 899 da CLT fixa, como regra, apenas a observância do
efeito devolutivo.
Lembre-se que o recurso ordinário possui o chamado efeito devolutivo em profundidade
(artigo 1013, § 1º do CPC/15).
Para que se outorgue efeito suspensivo aos recursos trabalhistas, deve a parte valer-se de
tutela cautelar, direcionada ao Tribunal de destino do recurso ajuizado (aplicação subsidiária do
artigo 1.029, § 5º do CPC/15, conforme súmula 414 do TST).

Os pressupostos intrínsecos de admissibilidade recursal são:


• cabimento (adequação do recurso à decisão recorrida);
• legitimidade (partes, terceiros que integraram a lide, MPT);
• interesse (necessidade ou utilidade do recurso).

Os pressupostos extrínsecos de admissibilidade recursal são:


• tempestividade (a regra geral é o prazo de oito dias, unificado pela Lei 5.584/70);
• preparo (custas equivalentes a 2% sobre o valor da condenação ou, se inexistente
esta, sobre o valor da causa, além do depósito recursal);
• regularidade formal (peça escrita, fundamentada, assinada, subscrita por advogado
regularmente constituído, etc.).

Algumas peculiaridades atreladas aos pressupostos recursais merecem ser lembradas:


O preparo recursal, a partir da Lei 13.467/17, deixa de ser realizado na conta vinculada do
FGTS e passa a ser recolhido em guia de depósito judicial, em conta disponível ao Juízo, corrigida
pelos índices da poupança.
A mesma lei também determinou a redução pela metade do valor do depósito recursal para
as empresas sem fim lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais,
micro e pequenas empresas. Tornou isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita,
as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial. Autorizou a substituição do
depósito recursal por fiança bancária ou seguro garantia judicial (artigo 899, §s 4º, 9º, 10 e 11). Em
relação às custas, a reforma trabalhista fixou limite máximo equivalente a quatro vezes o valor do
teto dos benefícios do regime geral da previdência social (artigo 789 da CLT).

Os prazos recursais trabalhistas foram unificados em oito dias pela Lei 5.584/70.
Em razão de previsão específica – e também por não se tratarem de recursos típicos
trabalhistas – os prazos de embargos de declaração e recurso extraordinário são de 5 e 15 dias,
respectivamente.

No caso de reclamadas condenadas de forma solidária, o depósito recursal de uma


aproveitará à outra, desde que a empresa que efetuou o depósito não pleiteie sua exclusão da lide
(súmula 128, III do TST). A situação é facilmente compreensível, pois se a depositante tiver acolhido
seu pleito de exclusão da lide, a litisconsorte passiva que não realizou o depósito, terá se
beneficiado, indevidamente, da oportunidade recursal.
Vejamos, então, os recursos trabalhistas, um a um:
O recurso ordinário (artigo 895 da CLT) é o cabível diante da primeira decisão definitiva ou
terminativa do feito. Se o feito teve início em primeira instância, será cabível diante da sentença ao
final proferida, remetendo-se os autos ao TRT respectivo. Se o feito foi distribuído diretamente no
TRT (competência originária), será cabível diante da decisão colegiada proferida ao final,
remetendo-se os autos ao TST.
Após o julgamento do recurso ordinário, o respectivo acórdão regional pode ser objeto de
recurso de revista (artigo 896 da CLT), que pedirá a reanálise da matéria de direito perante uma
das turmas do TST (não cabe revolvimento fático-probatório – súmula 126 do TST).
O recurso de revista, previsto no artigo 896 da CLT, tem função básica de uniformização da
jurisprudência e, também, de preservação da lei (legislação federal e Constituição Federal).
Quando o fundamento da revista é a divergência jurisprudencial, cabe à parte recorrente a
demonstração do entendimento diverso de outro TRT ou do TST. No caso de decisão divergente
do TRT, pode ser de seu Pleno ou Turma. No caso de divergência diante de decisão do TST, está
restrita às de sua SDI ou mesmo súmula do referido Tribunal. Não serve, para o fim aqui analisado,
a divergência diante de acórdão de Turmas do TST (artigo 896, “a” da CLT).
A transcendência, como requisito específico de admissibilidade do recurso de revista, teve
seus parâmetros regulamentados nos §s 1º a 6º do artigo 896-A da CLT (incluídos pela Lei
13.467/17). Assim, dentre outros fatores, são indicadores de transcendência: econômica, o elevado
valor da causa; política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal
Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal; social, a postulação, por reclamante-
recorrente, de direito social constitucionalmente assegurado; e jurídica, a existência de questão
nova em torno da interpretação da legislação trabalhista.
O recurso de embargos, previsto no artigo 894 da CLT, tem tramitação horizontal, dentro
do próprio TST. Assim, diante de decisões colegiadas de suas Turmas, a parte pode, em hipóteses
de cabimento específicas, recorrer ao Pleno (de foram específica para a Subseção competente).
A lei 11.496/07 suprimiu a parte final, da alínea “b”, do inciso III, do artigo 3º, da Lei 7.701/88,
que previa os chamados “embargos de nulidade” (fundamentados em ofensa à Lei Federal ou à
Constituição Federal).
É plenamente possível que, por decisão monocrática, valendo-se da prerrogativa do artigo
932, III do CPC/15, o relator negue seguimento ao recurso de Embargos, quando for
manifestamente inadmissível (por exemplo, quando a decisão recorrida está em consonância com
súmula ou OJ do TST). Tal possibilidade de decisão monocrática foi incluída, na CLT, pela Lei
13.467/17 (§ 14 do artigo 896). Neste caso, o recurso cabível diante da decisão monocrática do
relator, é o agravo interno (artigo 1021 do CPC/15), que tem como objetivo obter o julgamento
colegiado obstado. Segundo disciplinado pela IN 39/16 do TST, o artigo 1021 do CPC/15 é aplicável
ao processo do trabalho, salvo quanto ao seu prazo.
O agravo de instrumento (artigo 897, “b” da CLT) é o recurso cabível para atacar a decisão,
em sede de primeiro juízo de admissibilidade, que denega seguimento a recurso, autorizando sua
reforma junto à instância superior. Com a Lei 12.275/10, foi acrescentado o parágrafo 7º ao artigo
899 da CLT, passando a ser obrigatório, quando da interposição do agravo de instrumento, o
depósito recursal equivalente a 50% do valor do depósito do recurso que se pretende destrancar.
Tal comprovação passou também a constar do rol de peças obrigatórias do agravo de instrumento
(artigo 897, § 5º, I da CLT).
O agravo de petição (artigo 897, “a” da CLT) é o recurso cabível diante das decisões do
juiz na execução. A especificação dos itens e valores objetos de discordância é pressuposto para o
conhecimento do agravo de petição, até para que se viabilize a execução imediata da parcela da
dívida que não está controvertida. Matéria já sedimentada pela súmula 416 do TST.
O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho, seguindo o prazo recursal
unificado de oito dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, agravo de petição, recurso
de revista e de embargos. Não há exigência de compatibilidade da matéria, em relação ao recurso
principal (súmula 283, TST).
Os embargos de declaração, na Justiça do Trabalho, estão regulamentados no artigo 897-
A da CLT. O prazo de interposição é de cinco dias.
É possível que o julgamento dos embargos declaratórios proporcione efeito modificativo no
julgado, hipótese em que deverá ser respeitado o contraditório, no prazo de 5 dias, antes do
julgamento de tal medida (artigo 897-A, § 2º da CLT e OJ 142 da SDI-1 do TST).
O efeito modificativo na decisão embargada é plenamente possível, conforme já
sedimentado pela súmula 278 do TST. É que, a depender da natureza do vício sanado, bem como
da matéria ali apreciada, o resultado antes proclamado pode ser outro, após o julgamento dos
embargos e do saneamento do vício.
O erro material pode ser sanado a qualquer tempo, inclusive de ofício pelo Juízo. Porém,
também poderá ser objeto de embargos de declaração das partes, conforme prerrogativa
expressamente garantida no parágrafo único do artigo 897-A da CLT.
A remessa obrigatória, também na Justiça do Trabalho, segue os parâmetros do artigo 496
do CPC/15. O TST, através de sua súmula 303, ratificou a aplicação do duplo grau de jurisdição
obrigatório nas decisões contrárias à Fazenda Pública. É importante observar os novos limites para
a inaplicabilidade do citado duplo grau obrigatório, trazidos pelo CPC/15 e que constam da recente
redação do citado verbete do TST: “I – Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário,
mesmo na vigência da Constituição Federal de 1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo
quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a: a) 1.000 (mil) salários mínimos
para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; b) 500 (quinhentos) salários
mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito
público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; c) 100 (cem) salários mínimos para
todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público. II – Também
não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em: a) súmula ou orientação
jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal
Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em julgamento de recursos repetitivos; c)
entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de
competência; d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito
administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula
administrativa.”

Capítulo 10 – Execução trabalhista


A lei 11.232/05 trouxe a ideia do processo sincrético (ainda na vigência do CPC/73), segundo
o qual o cumprimento espontâneo da sentença e, se o caso, a execução forçada, são meras fases
do mesmo processo de conhecimento. Referida sistemática foi mantida no atual CPC/15 (artigo 523
e seguintes). Não há mais o “processo autônomo” de execução.
Neste contexto, a previsão do artigo 880 da CLT – com a determinação de “citação” do
executado para pagamento – não mais se coaduna com o sincretismo processual e com os
princípios da eficiência (art. 37, caput da Constituição Federal) e da duração razoável do processo
(art. 5º, LXXVIII da Constituição Federal).
Em se tratando de execução trabalhista, devemos fazer a análise conjunta das regras de
integração do artigo 769 da CLT (omissão e compatibilidade com princípios do processo do
trabalho) e do artigo 889 da CLT (aplicação preferencial da lei 6.830/80 – lei de executivos fiscais).
São princípios próprios da execução, segundo Carlos Henrique Bezerra Leite:
• igualdade de tratamento das partes (formal);
• natureza real da execução;
• limitação expropriatória;
• utilidade para o credor;
• não-prejudicialidade ao devedor;
• especificidade (entrega de coisa, fazer, não fazer);
• responsabilidade pelas despesas processuais (artigo 789-A, CLT – sempre pelo
executado e pagas ao final);
• não-aviltamento do devedor (limitação quanto à penhora de alguns bens, para
garantida de sua dignidade – artigo 833 do CPC/15);
• livre disponibilidade do processo pelo credor (impulso oficial – artigo 878 da CLT);
• riscos da execução provisória a cargo do credor;
• respeito à coisa julgada; e
• credor com preferência diante dos bens penhorados (artigo 797 do CPC/15).

A Lei 13.467/17 alterou o artigo 878 da CLT, para limitar o impulso oficial na execução
apenas aos casos de jus postulandi. Novamente surgiu discussão sobre a possível ofensa ao artigo
114, VIII da Constituição Federal, que impõe a execução, de ofício, das contribuições
previdenciárias acessórias da condenação. Nestes termos, não é razoável imaginar a execução, de
ofício, apenas da verba acessória, sem que o mesmo impulso oficial seja viável a condenação
principal.
São títulos executivos trabalhistas, previstos no artigo 876, CLT, as decisões passadas
em julgado, as decisões sem recurso com efeito suspensivo, os acordos não cumpridos; os TAC
(termos de ajustamento de conduta) firmados perante o MPT, e os termos de conciliação
formalizados perante CCP (comissão de conciliação prévia).
As decisões trabalhistas, como regra, não são líquidas. Há uma fase própria para
liquidação da sentença, com a prolação de uma decisão homologatória de cálculos (sentença de
liquidação), que é impugnável, pelo executado, através de embargos à execução, após a garantia
do Juízo e, pelo exequente, através de impugnação à sentença de liquidação. O prazo de ambos é
de 5 dias (artigo 884 da CLT).
Da decisão de primeira instância, que julga os embargos à execução ou a impugnação à
sentença de liquidação, cabe agravo de petição para o TRT.
A liquidação por simples cálculos é utilizada quando a apuração da condenação depender
apenas de operações aritméticas (artigo 509, § 2º do CPC/15).
No que se refere à liquidação por arbitramento, deve ser utilizada quando for necessária a
nomeação de perito pelo Juízo (artigo 510 do CPC/15).
Por último, a liquidação por artigos justifica-se quando houver necessidade de prova de um
fato novo, nos termos previsto no artigo 509, II do CPC/15.
Elaborada a conta e tornada líquida, o juiz deverá abrir as partes prazo comum de oito dias
para impugnação fundamentada, com indicação dos itens e valores objeto de discordância, sob
pena de preclusão (artigo 879, § 2º da CLT, com nova redação dada pela Lei 13.467/17). Antes tal
contraditório prévio era facultativo, o prazo era sucessivo e de dez dias.
É importante atentar que não se admite qualquer impugnação genérica, mas sim a
fundamentada e com indicação pormenorizada dos itens e valores discordantes. A preclusão da
oportunidade de discussão acerca da conta homologada estende-se aos embargos à execução e,
de forma sequencial, à eventual agravo de petição.
Sobre os embargos à execução, registramos o seguinte:
• têm natureza de ação incidental, com viés constitutivo negativo do título executivo
(registramos a divergência por parte da doutrina que considerada sua natureza de mera
impugnação);
• autoriza, em tese, dilação probatória;
• o prazo para embargos à execução é de 5 dias, conforme artigo 844 da CLT
(ressalvando que, para a Fazenda Pública, o prazo é de 30 dias;
• a matéria pode referir-se ao cumprimento da decisão ou acordo, a quitação ou a
prescrição da dívida (artigo 844, § 2º da CLT), admitindo-se a aplicação supletiva das
hipóteses dos artigos 525 e 917 do CPC;

A massa falida não precisa garantir a execução para apresentação de embargos à execução,
pois seus bens estão comprometidos com a universalização objetiva junto ao Juízo falimentar
(súmula 86 do TST).
Com a Lei 13.467/17, a garantia do juízo deixou de ser exigida para as entidades
filantrópicas e a respectiva diretoria, caso apresentem embargos à execução (§ 6º do artigo 884 da
CLT).
Na fase de execução trabalhista, todas as possibilidades de discussão ou recurso ficam limitadas.
Afinal, já que definiu o objeto da condenação e cabe, ao Judiciário, dar efetividade àquela decisão.
A parte executada, por exemplo, apenas pode exercer qualquer defesa ou recurso após a garantia
integral do Juízo.
Lembre-se que, hoje, em razão do chamado sincretismo processual, já mencionado
anteriormente, a execução é uma mera fase do processo, de modo que a exigência de “citação”,
mencionada no artigo 880 da CLT, vem sendo superada pela jurisprudência majoritária.
A exceção de pré-executividade é cabível no processo do trabalho. Trata-se, em verdade,
de uma objeção (matéria de ordem pública), passível de conhecimento de ofício pelo Juízo e a
qualquer tempo. Através de tal medida, a parte faz a arguição de vícios graves, de nulidade
absoluta, sem que se precise garantir o Juízo.
É importante consignar que tal objeção é excepcional e a decisão que a rejeita é apenas
interlocutória, ou seja, é irrecorrível desde logo (apenas pode ser reiterada a discussão da matéria
após o julgamento dos embargos à execução, através de agravo de petição). Algumas decisões em
objeção autorizarão agravo de petição imediato, a matéria não mais puder ser discutida
posteriormente (por exemplo, quando acolhido o pedido do executado de extinção da execução por
pagamento).
O recebimento de dívidas judiciais em face da Fazenda Pública sujeita-se à ordem
cronológica de apresentação de precatórios (artigo 100 da Constituição Federal).
Assim, após o trânsito em julgado da sentença condenatória, cabe ao presidente do Tribunal
a requisição do pagamento, mediante inclusão do valor da condenação no orçamento, para
pagamento no exercício seguinte.
A constituição Federal, no parágrafo 3º do artigo 100, fixa que a regra dos precatórios não
se aplica ao pagamento das obrigações “definidas em leis” como de pequeno valor. Assim, em se
tratando de concurso público municipal, é importante a verificação e estudo da lei municipal que
regulamentou o teto das requisições de pequeno valor.
O Presidente do Tribunal, nos termos do parágrafo 6º do artigo 100 da Constituição Federal,
poderá ordenar o sequestro dos valores relativos às obrigações oriundas de precatórios não
incluídos no orçamento ou preteridos em sua precedência. A medida é extrema e, naturalmente, a
oitiva da Procuradoria fica justificada.
Artigos e Leis indispensáveis para a prova da OAB

1) Constituição da República Federativa do Brasil e ADCT

- Art. 1º, incisos III e IV, da CRFB – fundamentos da República Federativa do Brasil
- Art. 5º da CRFB – direitos individuais
- Art. 6º da CRFB – direitos sociais
- Art. 7º da CRFB – direitos trabalhistas básicos
- Art. 8º da CRFB – regras de direito coletivo
- Art. 9º da CRFB – direito de greve
- Art. 11 da CRFB – representação de empregados nas empresas
- Art. 111 da CRFB – organização da Justiça do Trabalho
- Art. 111-A da CRFB – organização do Tribunal Superior do Trabalho
- Art. 114 da CRFB – competência da Justiça do Trabalho
- Art. 115 da CRFB – organização dos Tribunais Regionais do Trabalho
- Art. 10, inciso II, alínea a, do ADCT – estabilidade provisória do cipeiro eleito
- Art. 10, inciso II, alínea b, do ADCT – estabilidade provisória da gestante
- Art. 10, § 1º, do ADCT – licença paternidade

2) Consolidação das Leis do Trabalho

- Art. 2º da CLT – definição de empregador


- Art. 2º, § 1º da CLT – empregadores por equiparação
- Art. 2º, § 2º da CLT – definição da responsabilidade do grupo econômico
- Art. 2º, § 3º da CLT – definição de grupo econômico
- Art. 3º da CLT – definição de empregado
- Art. 4º da CLT – definição de jornada de trabalho
- Art. 4º, § 1º da CLT – período de contagem de tempo de serviço
- Art. 4º, § 2º da CLT – períodos que não considerados tempo à disposição
- Art. 6º da CLT – trabalho domiciliar
- Art. 8º da CLT – fontes de direito do trabalho
- Art. 9º da CLT – nulidade de atos em caso de fraude
- Art. 10 da CLT – alteração da empresa
- Art. 10-A da CLT – responsabilidade do sócio retirante
- Art. 11 da CLT – prescrição trabalhista
- Art. 11, § 1º, da CLT – inexistência de prescrição para anotação da CTPS
- Art. 11, § 2º, da CLT – prescrição de ato único do empregador
- Art. 11, § 3º, da CLT – interrupção da prescrição
- Art. 11-A da CLT – prescrição intercorrente
- Art. 29 da CLT – anotação da CTPS
- Art. 29, § 4º, da CLT – proibição de notações desabonadoras
- Art. 47-A da CLT – multa por falta de registro de empregado
- Art. 58 da CLT – limite da jornada de trabalho
- Art. 58-A da CLT – regime de tempo parcial
- Art. 59 da CLT – horas extras
- Art. 59, § 2º, da CLT – banco de horas
- Art. 59, § 5º e 6º, da CLT – compensação individual
- Art. 59-A da CLT – jornada 12x36
- Art. 60 da CLT – necessidade de autorização administrativa
- Art. 62 da CLT – excluídos das horas extras
- Art. 66 da CLT – intervalo interjornada
- Art. 67 da CLT – descanso semanal remunerado
- Art. 71 da CLT – intervalo intrajornada
- Art. 71, § 3º, da CLT – redução do intervalo por ato da secretaria do trabalho
- Art. 71, § 4º, da CLT – pagamento pela não concessão do intervalo
- Art. 72 da CLT – descanso para datilografia
- Art. 73 da CLT – trabalho noturno
- Art. 74, § 2º, da CLT – obrigação de cartão de ponto
- Art. 74, § 4º, da CLT – ponto por exceção
- Art. 75-A até 75-E da CLT – regras de teletrabalho
- Art. 129 até 149 da CLT – regras de férias anuais
- Art. 165 da CLT – estabilidade do cipeiro eleito
- Art. 166 da CLT – obrigação no fornecimento de EPI´s
- Art. 169 da CLT – obrigação de abertura da CAT
- Art. 189 até 192 da CLT – adicional de insalubridade
- Art. 193 da CLT – adicional de periculosidade
- Art. 195, § 2º, da CLT – necessidade de perícia ambiental
- Art. 223-A até 223-G – regras de danos extrapatrimoniais
- Art. 224 da CLT – jornada do bancário (caixa)
- Art. 224, § 2º, da CLT – jornada do bancário (gerentinho / chefe de departamento)
- Art. 235-A até 235-G da CLT – regras do motorista profissional
- Art. 244, § 2º, da CLT – horas de sobreaviso
- Art. 244, § 3º, da CLT – horas de prontidão
- Art. 253 da CLT – serviços em frigoríficos
- Art. 320, § 3º, da CLT – faltas justificadas do professor
- Art. 373-A da CLT – regras de proteção do trabalho da mulher
- Art. 391-A da CLT – estabilidade gestante no aviso prévio
- Art. 391-A, § único, da CLT – estabilidade para adotante
- Art. 392 da CLT – regras da licença maternidade para gestante
- Art. 392-A da CLT – regras da licença maternidade para adotante
- Art. 394-A da CLT – proibição de trabalho em ambiente insalubre para gestante e lactante
- Art. 395 da CLT – descanso em caso de aborto espontâneo
- Art. 396 da CLT – período de amamentação
- Art. 402 até 414 da CLT – regras gerais do trabalho do menor
- Art. 424 até 433 da CLT – regras do contrato de aprendizagem
- Art. 442 da CLT – definição de contrato de trabalho
- Art. 442-A da CLT – limite que pode ser exigido de experiência prévia
- Art. 442-B da CLT – possibilidade de contratação de autônomo
- Art. 443 da CLT – formas de contrato de trabalho
- Art. 443, § 2º, da CLT – possibilidades de contrato por prazo determinado
- Art. 443, § 3º, da CLT – definição de trabalho intermitente
- Art. 444 da CLT – possibilidade estabelecer regras do contrato de trabalho
- Art. 444, § único, da CLT – definição do empregado hipersuficiente
- Art. 445 da CLT – duração máxima do contrato por prazo determinado
- Art. 448 da CLT – mudança na empresa
- Art. 448-A da CLT – responsabilidade na sucessão de empresas
- Art. 451 da CLT – prorrogação do contrato por prazo determinado
- Art. 452 da CLT – intermitência do contrato por prazo determinado
- Art. 452-A da CLT – regras do contrato intermitente
- Art. 454 da CLT – propriedade das invenções
- Art. 455 da CLT – contrato de subempreitada
- Art. 456, § único, da CLT – limites das funções
- Art. 456-A da CLT – regras de uniforme de empregado
- Art. 457 da CLT – regras de natureza salarial
- Art. 458 da CLT – regras de salário in natura
- Art. 459 da CLT – limite para pagamento de salário
- Art. 461, caput e § 1º, da CLT – requisitos para equiparação salarial
- Art. 461, § 2º e § 3º, da CLT – quadro de carreiras impede a equiparação
- Art. 461, § 4º, da CLT – paradigma readaptado impede a equiparação
- Art. 461, § 5º, da CLT – impossibilidade de equiparação em cascata
- Art. 462 da CLT – regras de descontos salariais
- Art. 466 da CLT – regras de comissões
- Art. 467 da CLT – multa pelo não pagamento em 1ª audiência
- Art. 468 da CLT – requisitos para alteração do contrato de trabalho
- Art. 468, § 1º e § 2º, da CLT – reversão ao cargo anterior
- Art. 469 da CLT – regras de transferência de empregados
- Art. 469, § 3º, da CLT – adicional de transferência
- Art. 470 da CLT – despesas da transferência de empregados
- Art. 473 da CLT – faltas justificadas dos empregados
- Art. 474 da CLT – limite de suspensão disciplinar
- Art. 475 da CLT – regras para aposentadoria por invalidez
- Art. 476-A da CLT – regras da suspensão para requalificação profissional (lay-off)
- Art. 477, § 6º, da CLT – prazo para pagamento das verbas rescisórias
- Art. 477, § 8º, da CLT – multa para pagamento extemporâneo das verbas rescisórias
- Art. 477-A da CLT – equiparação das rescisões de contrato de trabalho
- Art. 477-B da CLT – quitação geral pela adesão ao PDV ou PDI
- Art. 479 da CLT – indenização pela rescisão antecipada do contrato por prazo determinado
- Art. 480 da CLT – indenização pela rescisão antecipada do contrato por prazo determinado
- Art. 481 da CLT – cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão
- Art. 482 da CLT – motivos de dispensa por justa causa
- Art. 483 da CLT – motivos para rescisão indireta do contrato de trabalho
- Art. 484 da CLT – hipótese de rescisão por culpa recíproca
- Art. 484-A da CLT – regras para rescisão do contrato por mútuo consentimento
- Art. 486 da CLT – rescisão do contrato pelo factum principis
- Art. 487 até 491 da CLT – regras de aviso prévio
- Art. 496 da CLT – conversão de reintegração em indenização
- Art. 501 até 504 da CLT – força maior
- Art. 507-A da CLT – cláusula de arbitragem
- Art. 507-B da CLT – termo de quitação anual de obrigações trabalhistas
- Art. 510-A at´510-D da CLT – regras da comissão de empregados
- Art. 511 da CLT – organização sindical
- Art. 511, § 3º, da CLT – categoria diferenciada
- Art. 522 da CLT – composição da diretoria do sindicato
- Art. 543, § 3º, da CLT – estabilidade do dirigente sindical
- Art. 545 da CLT – responsabilidade por desconto de contribuições
- Art. 611 da CLT – definição de convenção coletiva de trabalho
- Art. 611, § 1º, da CLT – definição de acordo coletivo de trabalho
- Art. 611-A da CLT – direitos que podem ser negociados em norma coletiva
- Art. 611-A, § 2º e § 4º, da CLT – cláusula compensatória na norma coletiva
- Art. 611-A, § 3º, da CLT – estabilidade para redução salarial
- Art. 611-A, § 5º, da CLT – necessidade de litisconsórcio
- Art. 611-B da CLT – direitos que não podem ser reduzidos ou suprimidos por norma coletiva
- Art. 614, § 3º, da CLT – validade máxima das normas coletivas – vedação da ultratividade
- Art. 617 da CLT – acordo plúrimo
- Art. 620 da CLT – prevalência das regras de ACT sobre as regras de CCT
- Art. 625-A até 625-H da CLT – regras da comissão de conciliação prévia
- Art. 642-A da CLT – regras do BNDT – banco nacional dos devedores trabalhistas
- Art. 651 da CLT – competência territorial da Justiça do Trabalho
- Art. 652 e 659 da CLT – competência dos juízes do trabalho
- Art. 659, inciso IX, da CLT – liminar para barrar transferência abusiva
- Art. 659, inciso X, da CLT – liminar para reintegrar dirigente sindical
- Art. 674 da CLT – Tribunais Regionais do Trabalho e suas regiões
- Art. 677 da CLT – competência territorial de dissídios coletivos
- Art. 731 e 732 da CLT – perempção temporária
- Art. 764 da CLT – obrigação na tentativa de conciliação
- Art. 764, § 3º, da CLT – possibilidade de conciliação em qualquer momento processual
- Art. 765 a CLT – livre condução do processo pelo juiz
- Art. 767 da CLT – compensação é matéria exclusiva da defesa
- Art. 769 da CLT – aplicação subsidiária do CPC na fase de conhecimento e recursos
- Art. 770 da CLT – atos processuais públicos
- Art. 775 da CLT – contagem de prazos em dias úteis
- Art. 775-A da CLT – suspensão dos prazos nas férias forenses
- Art. 789 da CLT – pagamento das custas processuais
- Art. 790, § 3º e § 4º, da CLT – benefícios da justiça gratuita
- Art. 790-A da CLT – isenção de custas processuais
- Art. 790-B da CLT – regras de honorários periciais
- Art. 791 da CLT – regras do jus postulandi
- Art. 791-A da CLT – regras de honorários advocatícios
- Art. 793-A até 793-D da CLT – regras do dano processual
- Art. 794 até 798 da CLT – regras de nulidades processuais
- Art. 800 da CLT – regras da exceção de incompetência
- Art. 801 e 802 da CLT – regras da exceção de suspeição
- Art. 815, § único, da CLT – tolerância para atraso do juiz
- Art. 818 da CLT – regras de ônus da prova
- Art. 819 até 829 da CLT – regras para depoimento das testemunhas
- Art. 830 da CLT – declaração de autenticidade
- Art. 831, § único, da CLT – acordo homologado gera decisão irrecorrível para as partes
- Art. 836 da CLT – cabimento da ação rescisória
- Art. 840 até 852 da CLT – regras da Reclamação Trabalhista pelo rito ordinário
- Art. 852-A até 852-I da CLT - regras da Reclamação Trabalhista pelo rito sumaríssimo
- Art. 853 até 855 da CLT – regras do Inquérito Judicial para Apuração de Falta Grave
- Art. 855-A da CLT – regras do Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica
- Art. 855-B até 855-E da CLT – regras da Homologação de Acordo Extrajudicial
- Art. 856 até 872 da CLT – regras do Dissídio Coletivo
- Art. 876 até 892 da CLT – regras da Fase de Execução
- Art. 893 até 900 da CLT – regras da Fase Recursal e recursos em espécie

3) Código Civil Brasileiro

- Art. 186, 187 e 927 do CCB – regras da responsabilidade civil


- Art. 949 do CCB – indenização por danos materiais – danos emergentes e lucros cessantes
- Art. 950 do CCB – pensão mensal em caso de redução da capacidade de trabalho
- Art. 1003 e 1032 – responsabilidade do sócio retirante

4) Código de Processo Civil

- Integralidade dos CPC;

5) Legislação Complementar

- Lei Federal nº 605/49 – descanso semanal remunerado


- Lei Federal nº 4.090/62 e 4.749/65 – décimo terceiro salário
- Lei Federal nº 5.584/70 – regras de processo do trabalho
- Lei Federal nº 5.889/73 – regras de trabalho rural
- Lei Federal nº 6.019/74 – regras do trabalho temporário
- Lei Federal nº 6.858/80 – pagamento de verbas rescisórias quando do falecimento do empregado
- Lei Federal nº 7.064/82 – regras dos brasileiros transferidos para o exterior
- Lei Federal nº 7.102/83 – regras sobre a profissão de vigilante
- Lei Federal nº 7.418/85 – regras do vale-transporte
- Lei Federal nº 7.783/89 – regras para exercício do direito de greve
- Lei Federal nº 7.998/90 – regras do seguro-desemprego
- Lei Federal nº 8.009/90 – regras de bem de família
- Lei Federal nº 8.036/90 – regras do FGTS
- Lei Federal nº 8.213/91 – regras dos benefícios previdenciários
- Lei Federal nº 9.029/95 – regras para dispensa discriminatória
- Lei Federal nº 9.601/98 – regras do contrato coletivo de trabalho
- Lei Federal nº 9.608/98 – regras de trabalho voluntário
- Lei Federal nº 10.101/00 – regras de participações nos lucros e resultados
- Lei Federal nº 10.820/03 – regras de desconto em folha de pagamento
- Lei Federal nº 11.419/06 – regras de processo judicial eletrônico
- Lei Federal nº 11.770/08 – regras do programa empresa-cidadã
- Lei Federal nº 11.788/08 – regras do estágio de estudantes
- Lei Federal nº 11.901/09 – regras do trabalho de bombeiro civil
- Lei Federal nº 12.016/09 – regras do mandado de segurança
- Lei Federal nº 12.506/11 – regras do aviso prévio proporcional
- Lei Federal nº 13.015/15 – Código de Processo Civil
- Lei Complementar nº 146 – estabilidade em caso de falecimento da genitora
- Lei Complementar nº 150 – regras do trabalho doméstico

Bibliografia básica

CORREIA, Henrique. Direito Do Trabalho – Coleção Técnico e Analista de Tribunais, 12a


edição, Ed. Juspodivm. Salvador, 2018.
BASILE, Cesar Reinaldo Offa. Direito do Trabalho: Coleção Sinopses Jurídicas Volume 28,
9ª Edição, Ed. Saraiva. São Paulo, 2019.
SARAIVA, Renato. Como se preparar para o Exame de Ordem, 1ª fase. 12ª edição, Ed.
Método. São Paulo, 2013.
SARAIVA, Renato; TONASSI, Rafael; LINHARES, Aryanna. Direito e Processo Do Trabalho
OAB 1ª e 2ª Fases. 21ª edição, Ed. Juspodivm. São Paulo, 2019.
MARTINS, Sergio Pinto. Direito Processual do Trabalho. 41ª edição, Ed. Saraiva, 2019.
MIESSA, Élisson. Direito do trabalho e processo do trabalho – para os concursos de analista
do TRT e do MPU. 5ª edição, Ed. Juspodivm, 2020.
FILHO, Ives Gandra da S. Martins. Manual esquemático de direito e processo do trabalho.
27ª edição, Ed. Saraiva, 2019.
SAAD, Eduardo Gabriel; SAAD, José Eduardo Duarte; BRANCO, Ana Maria Saad C. CLT
Comentada. 51ª edição, Ed. LTR, 2019.
OLIVEIRA, Francisco Antonio de. CLT - Comentários à Consolidação Das Leis Do Trabalho.
5ª edição, Ed. LTR, 2019.
PINTO, Raymundo Antonio Carneiro. Súmulas Do TST Comentadas. 15ª edição, Ed. LTR,
2017.
OLIVEIRA, Francisco Antonio de. Comentários aos Precedentes Normativos e às
Orientações Jurisprudenciais Do TST. 3ª edição, Ed. LTR, 2014.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro; NASCIMENTO, sônia Mascaro. Iniciação ao Direito do
Trabalho. 42ª edição, Ed. LTR, 2019.
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. Atualizado por Jesse Claudio
Franco de Alencar. 11ª edição, Ed. LTR, 2017.
ARAÚJO, Francisco Rossal de; COIMBRA, Rodrigo. Direito do Trabalho – I. Ed. LTR, 2014.
SARAIVA, Renato. Consolidação das Leis do Trabalho. 26ª edição, Ed. Juspodivm, 2020.

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