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PROCESSUAL DO
TRABALHO
Pro.ª Ma. Luciana R Chaves da Silva
Turma: DIR6N
Evolução histórica do direito processual do
trabalho
• A primeira fase histórica do direito processual do trabalho diz
respeito à sua institucionalização.
• Os primeiros órgãos criados para solucionar conflitos trabalhistas
foram os Conselhos Permanentes de Conciliação e Arbitragem,
instituídos pela Lei n. 1.637, de 5 de novembro de 1907, mas que
não chegaram a ser efetivamente implantados.
Evolução histórica do direito processual do
trabalho
• Posteriormente surgem os Tribunais Rurais de São Paulo, criados
pela Lei n. 1.869, de 10 de outubro de 1922, com competência
para decidir litígios decorrentes da interpretação e execução dos
contratos de serviços agrícolas, no valor de até 500 mil réis.
Evolução histórica do direito processual do
trabalho
• Em 1932, surgiram as Comissões Mistas de Conciliação, com
competência para conciliar os dissídios coletivos, e as Juntas de
Conciliação e Julgamento, a quem competia conciliar e julgar os
dissídios individuais entre trabalhadores e empregadores,
• Instâncias únicas de julgamento, cujas decisões valiam como título
de dívida líquida e certa para execução judicial.
Evolução histórica do direito processual do
trabalho
• A segunda fase- constitucionalização da Justiça do Trabalho.
• As Constituições brasileiras de 1934 e 1937 passaram a dispor, expressamente,
sobre a Justiça do Trabalho, embora como órgão não integrante do Poder
Judiciário.
• A Justiça do Trabalho somente surgiu como órgão autônomo em 01/05/1941, quando
entrou em vigor o Decreto-lei 1.237/1939, e seu respectivo regulamento.
• Mesmo não integrando o Poder Judiciário, a Justiça do Trabalho passou a exercer
função jurisdicional, com poder de executar suas próprias decisões, sendo dividida em
três instâncias: Juntas de Conciliação e Julgamento, Conselhos do Trabalho e
Conselho Nacional do Trabalho.
Evolução histórica do direito processual do
trabalho
• A terceira fase - Justiça do Trabalho como órgão integrante do Poder Judiciário.
• A Justiça do Trabalho foi reconhecida como integrante do Poder Judiciário através do
Decreto-Lei n. 9.777/1946, que dispôs sobre sua organização.
• Tais disposições foram recepcionadas pela Constituição de 1946, que estruturou a
Justiça do Trabalho através dos seguintes órgãos (art. 122):
• I – Tribunal Superior do Trabalho;
• II – Tribunais Regionais do Trabalho;
• III – Juntas ou Juízes de Conciliação e Julgamento.
Autonomia do Direito Processual do Trabalho
• Súmula n. 425 do TST. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791
da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do
Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de
segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
12- Jus Postulandi
• A Súmula n. 425 do TST merece atualização para prever a necessidade de advogado na
homologação de acordo extrajudicial, sendo que voltaremos ao tema mais à frente no curso.
• Jus postulandi- Aplica-se apenas as varas do trabalho e nos TRTs
• NÃO SE APLICA:
• Recursos de competência do TST;
• Ação rescisória;
• Ação cautelar;
• Mandado de segurança;
• Homologação de acordo extrajudicial (reforma trabalhista).
13- Extrapetição
• O princípio da extrapetição permite, contudo, que o juiz, nos casos
expressamente previstos em lei, condene o réu em pedidos não contidos
na petição inicial
• CLT.
Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o
art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração.
• § 2º -. A sentença cominará pena diária de 5% (cinco por cento) do salário
mínimo da região, devida ao empregado até que seja cumprida
13- Extrapetição
• (..) Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo
controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é
obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do
Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las
acrescidas de cinqüenta por cento.
•
(..) Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for
desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio,
especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho
poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do
artigo seguinte.
13- Extrapetição
• Súmula n. 396 do TST. (...) II. Não há nulidade por julgamento “extra petita”
da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados
os termos do art. 496 da CLT.