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Nota de Aula 7
1. NOÇÕES INICIAIS:
- No Brasil, temos o modelo misto de controle de constitucionalidade, quanto à
competência judicial para o seu exercício:
► Controle Difuso:
- O controle é feito de forma INCIDENTAL, pois o processo não trata de uma ação
específica direcionada à verificação da constitucionalidade de norma, mas a questão
da inconstitucionalidade surge incidentalmente no processo.
- O controle é feito por VIA INDIRETA, já que o objetivo do processo não é a verificação
da constitucionalidade de norma, mas tal verificação ocorre indiretamente, no curso
de um processo.
O processo em que se declara a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo de
forma incidental tem a finalidade de resolver um caso concreto entre partes
antagônicas, buscando a proteção de direito subjetivo.
► Controle Concentrado:
- Trata-se de um CONTROLE EM ABSTRATO da lei em si (em tese), cuja ação não tem
como objeto a resolução de um caso concreto litigioso.
Ação Direta de Inconstitucionalidade, que pode ser por Ação (denominada ADI)
ou por Omissão (conhecida por ADO);
Tal lei possibilitou ao STF definir, caso a caso, a modulação dos efeitos da sua
decisão (eficácia ex nunc, ex tunc), ou seja, de que forma será a extensão do seu
julgado.
- Verificamos que o ato municipal não foi incluído no campo material da ADI. Caso a
lei municipal venha a ferir a Constituição Federal, deverá ser discutida no controle
difuso ou no concentrado por ADPF.
- A petição inicial deve conter cópia da lei ou do ato normativo que está sendo
questionado.
Presidente da República;
Mesa do Senado Federal;
Mesa da Câmara dos Deputados;
Procurador-Geral da República;
Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
Governador de Estado ou do Distrito Federal;
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
- Por não haver lide, não há que se falar em réu na ADI, havendo, no entanto, a
necessidade de serem prestadas informações por parte dos órgãos ou autoridades, das
quais emanou o ato normativo impugnado.
- O procedimento da ADI encontra-se previsto no artigo 103, § 1º e 3º da CRFB/88 e no
Regimento Interno do STF, nos artigos 169 e 178.
2.4. Efeitos:
- De acordo com a Lei n. 9.868/99, é possível que ocorra a modulação dos efeitos da
decisão que declara a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo através de ADI.
- É importante destacar que, caso ocorra a modulação temporal, ela poderá ser
restrita (exclui a retroatividade de um período determinado anterior ao processo),
prospectiva (origina declaração ex nunc) ou pro futuro (efeitos sejam produzidos em
momento posterior à sentença, a ser definido pelo STF, de acordo com o caso).
- Não são partes dos processos; atuam apenas como interessados na causa.
- A base legal para sua aceitação é o artigo 7º, § 2º, da Lei nº 9.868/99:
- A ADC possui um regime jurídico similar ao da ADI, sendo também disciplinada pela
Lei nº 9.868/99, apresentando, contudo, diferenças quanto à finalidade e ao objeto.
- A ADC tem como objeto afirmar que a lei ou o ato normativo federal está de acordo
com a Constituição, quando a lei ou o ato normativo estiver sendo questionado em
decisões judiciais por juízes singulares e tribunais inferiores.