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THAIS DE CÁSSIA DOS SANTOS - 228.461.

998-33
Dia 31 / 1

VIII - partido político com re-


Dia 31 presentação no Congresso Na-
PRECISAM DE ADVOGADO cional;
PARA AJUIZAR ADI IX - confederação sindical ou
LEI 9868/99 – ADI
entidade de classe de âmbito
LEI 9882/99 – ADPF
nacional.
Lei 11417/06 – SV
LEI 8987/95 - SERVIÇOS PÚBLICOS
Art. 3o A petição indicará:
Controle de Leitura I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os
fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das im-
______Lei 9868/99______ pugnações;
II - o pedido, com suas especificações.

ADI Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento


de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada
em 2 vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo im-
CAPÍTULO I pugnado e dos documentos necessários para comprovar a im-
DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E DA pugnação.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre o processo e julgamento da ação di- • todas as espécies normativas
reta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constituci- do art. 59 da CF/88;
onalidade perante o Supremo Tribunal Federal. O que é lei ou ato normativo
• qualquer outro ato que tenha
para fins de ADI?
conteúdo normativo (ex.: reso-
CAPÍTULO II lução ou deliberação adminis-
DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE trativa de Tribunal).
Seção I
Da Admissibilidade e do Procedimento da Um Decreto pode ser considerado ato normativo para os fins
Ação Direta de Inconstitucionalidade do art. 102, I, da CF/88? 
Decreto que apenas regulamenta uma lei: NÃO.
Art. 2o Podem propor a ADI: (Vide artigo 103 da Constituição
Decreto autônomo: SIM.
Federal)
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Não cabe ADI contra decreto regulamentar de lei estadual. Buscador Dizer o
I - o Presidente da República; Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/
203cb085a5c2c3faf8e4f60131817256>
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; Art. 4o A petição inicial inepta, não fundamentada e a mani-
IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou a Mesa da Câmara Le- festamente improcedente serão liminarmente indeferidas
gislativa do Distrito Federal; pelo relator.
V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal; Parágrafo único. Cabe AGRAVO da decisão que indeferir a peti-
VI - o Procurador-Geral da República; ção inicial.
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
Art. 5o Proposta a ação direta, NÃO SE ADMITIRÁ DESISTÊNCIA.
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacio-
nal.
Art. 6o O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades
das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.
LEGITIMADOS ATIVOS
Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de 30
UNIVERSAIS ESPECIAIS dias contado do recebimento do pedido.

Podem propor a ADI e a ADC São aqueles dos quais se exige


Art. 7o NÃO SE ADMITIRÁ INTERVENÇÃO DE TERCEIROS no
independentemente da exis- pertinência temática como
processo de ação direta de inconstitucionalidade.
tência de pertinência temáti- requisito implícito de legitima-
ca ção § 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a repre-
sentatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrí-
I - o Presidente da República; IV - a Mesa de Assembléia Le- vel, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a
II - a Mesa do Senado Federal; gislativa ou a Mesa da Câmara manifestação de outros órgãos ou entidades.
III - a Mesa da Câmara dos De- Legislativa do Distrito Federal;
putados; V - o Governador de Estado
Art. 8o Decorrido o prazo das informações (30 dias), serão ouvi-
VI - o Procurador-Geral da Re- ou o Governador do Distrito
dos, sucessivamente, o AGU e o PGR, que deverão manifestar-
pública; Federal;
se, cada qual, no prazo de 15 dias.
VII - o Conselho Federal da Or- IX - confederação sindical ou
dem dos Advogados do Brasil; entidade de classe de âmbito
Art. 9o Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o
VIII - partido político com re- nacional.
relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julga-
presentação no Congresso Na-
mento.
cional;
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§ 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou cir- al de Direito Constitucional. 9ª ed., São Paulo: Método, 2014, p.
cunstância de fato ou de notória insuficiência das informações 476)
existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações *Informação retirada do site www.dizerodireito.com.br
adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que
emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiên- Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da
cia pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem
autoridade na matéria. social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das infor-
§ 2o O relator poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais mações, no prazo de 10 dias, e a manifestação do AGU e do PGR,
Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca sucessivamente, no prazo de 5 dias, submeter o processo direta-
da aplicação da norma impugnada no âmbito de sua jurisdição. mente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente
§ 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os pa- a ação.
rágrafos anteriores serão realizadas no prazo de 30 dias, contado
da solicitação do relator. ADI

Seção ii CAUTELAR EFEITOS DA DECISÃO


da MEDIDA CAUTELAR EM ADI EX NUNC EX TUNC
Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação
direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos
membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a Atos regulamentares
audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei Normas constitucionais originárias
ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no
prazo de 5 dias. Leis revogadas
o NÃO CABE ADI
§ 1 O relator, julgando indispensável, ouvirá o AGU e o PGR, Normas anteriores à CF/88
no prazo de 3 dias.
Súmulas
§ 2o No julgamento do pedido de medida cautelar, será faculta-
da sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e Projeto de lei ainda não promulgado
das autoridades ou órgãos responsáveis pela expedição do ato, Capítulo II-A
na forma estabelecida no Regimento do Tribunal. Da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 
§ 3o Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá defe- Seção I
rir a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das auto- Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de Incons-
ridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugna- titucionalidade por Omissão 
do. Art. 12-A.  Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade
por omissão os legitimados à propositura da ação direta de in-
Art. 11. Concedida a medida cautelar, o STF fará publicar em constitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade.
seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justi -
ça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de 10 Art. 12-B.  A petição indicará:
dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver I - a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao cum-
emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento primento de dever constitucional de legislar ou quanto à ado-
estabelecido na Seção I deste Capítulo. ção de providência de índole administrativa;
§ 1o A MEDIDA CAUTELAR, dotada de EFICÁCIA CONTRA TO- II - o pedido, com suas especificações.
DOS, será concedida com EFEITO EX NUNC, salvo se o Tribu- Parágrafo único.  A petição inicial, acompanhada de instrumento
nal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa. de procuração, se for o caso, será apresentada em 2 vias, deven-
do conter cópias dos documentos necessários para comprovar a
§ 2o A concessão da medida cautelar torna aplicável a legisla-
alegação de omissão.
ção anterior acaso existente (EFEITO REPRISTINATÓRIO), sal-
vo expressa manifestação em sentido contrário.
Art. 12-C.  A petição inicial inepta, não fundamentada, e a ma-
nifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas
EFEITO REPRISTINATÓRIO INDESEJADO: a lei revogada tam- pelo relator.
bém é eivada do vício de inconstitucionalidade. Parágrafo único.  Cabe agravo da decisão que indeferir a petição
O autor da ADI deverá impugnar a lei atual e a lei revogada (se inicial. 
esta contiver o mesmo vício) a fim de evitar uma "eficácia repris-
tinatória indesejada", ou seja, com o objetivo de evitar que Art. 12-D.  Proposta a ação direta de inconstitucionalidade por
aquela decisão do STF seja inútil. Digo inútil porque a lei atual omissão, NÃO SE ADMITIRÁ DESISTÊNCIA
será declarada inconstitucional, mas "voltará" uma lei com se-
melhante mácula. Art. 12-E.  Aplicam-se ao procedimento da ação direta de incons-
"No caso de efeito repristinatório indesejado, ou seja, quando a titucionalidade por omissão, no que couber, as disposições cons-
lei revogada também for eivada do vício de inconstitucionalida- tantes da Seção I do Capítulo II desta Lei.  
de, faz-se necessária a formulação de pedidos sucessivos de § 1o  Os demais titulares referidos no art. 2 o desta Lei poderão
declaração de inconstitucionalidade, tanto do diploma ab- manifestar-se, por escrito, sobre o objeto da ação e pedir a junta-
rogatório quanto das normas por ele revogadas. Caso a norma da de documentos reputados úteis para o exame da matéria, no
anterior não seja impugnada, a ADI não será conhecida." (Manu- prazo das informações, bem como apresentar memoriais.
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§ 2o  O relator poderá solicitar a manifestação do AGU, que liberdades constitucionais e com qualquer norma consti-
deverá ser encaminhada no prazo de 15 dias das prerrogativas inerentes à tucional de eficácia limita-
§ 3o  O PGR, nas ações em que não for autor, terá vista do nacionalidade, à soberania e à da.
processo, por 15 dias, após o decurso do prazo para informa- cidadania.
ções.
Legitimados ativos Legitimados ativos
Seção II
MI individual: pessoas naturais Os legitimados da ADI por
Da MEDIDA CAUTELAR EM ADO
ou jurídicas que se afirmam titu- omissão estão descritos no
Art. 12-F.  Em caso de excepcional urgência e relevância da ma-
lares dos direitos, das liberdades art. 103 da CF/88.
téria, o tribunal, por decisão da maioria absoluta de seus mem-
ou das prerrogativas.
bros, observado o disposto no art. 22, poderá conceder medida
MI coletivo: estão previstos no
cautelar, APÓS A AUDIÊNCIA DOS ÓRGÃOS OU AUTORIDA-
art. 12 da Lei nº 13.300/2016.
DES RESPONSÁVEIS PELA OMISSÃO INCONSTITUCIONAL, que
deverão pronunciar-se no prazo de 5 dias. Competência Competência
o
§ 1   A medida cautelar poderá consistir na suspensão da apli- A competência para julgar a Se relacionada com norma da
cação da lei ou do ato normativo questionado, no caso de ação dependerá da autoridade CF/88: STF.
omissão parcial, bem como na suspensão de processos judici- que figura no polo passivo e Se relacionada com norma da
ais ou de procedimentos administrativos, ou ainda em outra que possui atribuição para edi- CE: TJ.
providência a ser fixada pelo Tribunal. tar a norma.
§ 2o  O relator, julgando indispensável, ouvirá o PGR, no prazo de Efeitos da decisão Efeitos da decisão
3 dias. Reconhecido o estado de mora Declarada a inconstitucionali-
§ 3o  No julgamento do pedido de medida cautelar, será faculta- legislativa, será deferida a injun- dade por omissão, o Judiciá-
da sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e ção para: rio dará ciência ao Poder
das autoridades ou órgãos responsáveis pela omissão inconstitu- I - determinar prazo razoável competente para que este
cional, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal para que o impetrado promova adote as providências neces-
a edição da norma regulamenta- sárias.
Art.12-G.  Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Fe- dora; Se for órgão administrativo,
deral fará publicar, em seção especial do Diário Oficial da União II - estabelecer as condições em este terá um prazo de 30 dias
e do Diário da Justiça da União, a parte dispositiva da decisão no que se dará o exercício dos di- para adotar a medida neces-
prazo de 10 dias, devendo solicitar as informações à autoridade reitos, das liberdades ou das sária.
ou ao órgão responsável pela omissão inconstitucional, obser- prerrogativas reclamados ou, se Se for o Poder Legislativo,
vando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I for o caso, as condições em que não há prazo.
do Capítulo II desta Lei. poderá o interessado promover
ação própria visando a exercê-
Seção III los, caso não seja suprida a
Da Decisão na Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão  mora legislativa no prazo deter-
Art. 12-H.  Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com minado.
observância do disposto no art. 22, será dada ciência ao Poder Obs: será dispensada a determi-
competente para a adoção das providências necessárias. nação a que se refere o inciso I
§ 1o  Em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as quando comprovado que o im-
providências deverão ser adotadas no prazo de 30 dias, ou em petrado deixou de atender, em
prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo Tribu- mandado de injunção anterior,
nal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o ao prazo estabelecido para a
interesse público envolvido. edição da norma.
§ 2o  Aplica-se à decisão da ação direta de inconstitucionalidade * Tabela retirada do site dizerodireito.com.br
por omissão, no que couber, o disposto no Capítulo IV desta Lei.
CAPÍTULO III
DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
MANDADO DE INJUNÇÃO ADI POR OMISSÃO
Seção I
Natureza e finalidade Natureza e finalidade. Da Admissibilidade e do Procedimento da
Trata-se de processo no qual é A finalidade é declarar que Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC)
discutido um direito subjetivo. há uma omissão, já que não Art. 13. Podem propor a ação declaratória de constitucionalidade
A finalidade é viabilizar o exercí- existe determinada medida de lei ou ato normativo federal: (Vide artigo 103 da Constituição
cio de um direito. Há, portanto, necessária para tornar efetiva Federal)
controle CONCRETO de consti- uma norma constitucional. I - o Presidente da República;
tucionalidade. Estamos diante, portanto, de II - a Mesa da Câmara dos Deputados;
processo objetivo, em que III - a Mesa do Senado Federal;
há controle ABSTRATO de IV - o Procurador-Geral da República.
constitucionalidade.

Cabimento Cabimento CF/88


Cabível quando faltar norma Cabível quando faltar norma I - o Presidente da República;
regulamentadora de direitos e regulamentadora relacionada II - a Mesa do Senado Federal;
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III - a Mesa da Câmara dos Deputados; julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Le- do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definiti-
gislativa do Distrito Federal; vo.
V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Fede- Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribu-
ral; nal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da
VI - o Procurador-Geral da República; União a parte dispositiva da decisão, no prazo de 10 dias, deven-
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; do o Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo de cento
VIII - partido político com representação no Congresso Nacio- e oitenta dias, sob pena de perda de sua eficácia.
nal;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito naci- DECISÃO CAUTELAR DECISÃO DEFINITIVA
onal.
Erga omnes (art. 21, Lei n. Erga omnes (art. 28, parágrafo
9.868/99). único, Lei n. 9.868/99 e art.
Art. 14. A petição inicial indicará: 102, § 2º, CF).
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fun-
damentos jurídicos do pedido; Vinculante (art. 21, Lei n. Vinculante (art. 28, parágrafo
II - o pedido, com suas especificações; 9.868/99). único, Lei n. 9.868/99 e art.
III - a existência de CONTROVÉRSIA JUDICIAL RELEVANTE so- 102, § 2º, CF)
bre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória.
Ex nunc (suspende, a partir da Ex tunc
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento
decisão, todos os processos que
de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada
estejam tramitando sobre o as-
em 2 vias, devendo conter cópias do ato normativo questionado
sunto)
e dos documentos necessários para comprovar a procedência do
pedido de declaração de constitucionalidade. *Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br

Art. 15. A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifes- CAPÍTULO IV


tamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo DA DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
relator. E NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
Parágrafo único. Cabe AGRAVO da decisão que indeferir a peti- Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucio-
ção inicial. nalidade da lei ou do ato normativo somente será tomada se
presentes na sessão pelo menos 8 Ministros.
Art. 16. Proposta a ação declaratória, NÃO SE ADMITIRÁ DESIS-
TÊNCIA. Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constituciona-
lidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma
Art. 18. NÃO SE ADMITIRÁ INTERVENÇÃO DE TERCEIROS no impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado
processo de ação declaratória de constitucionalidade. pelo menos 6 Ministros, quer se trate de ação direta de in-
constitucionalidade ou de ação declaratória de constituciona-
Art. 19. Decorrido o prazo do artigo anterior, será aberta vista ao lidade.
PRG, que deverá pronunciar-se no prazo de 15 dias. Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária à de-
claração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, es-
Art. 20. Vencido o prazo do artigo anterior, o relator lançará o re- tando ausentes Ministros em número que possa influir no julga-
latório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julga- mento, este será suspenso a fim de aguardar-se o compareci-
mento. mento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número neces-
sário para prolação da decisão num ou noutro sentido.
§ 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou cir-
cunstância de fato ou de notória insuficiência das informações
Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á impro-
existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações
cedente a ação direta ou procedente eventual ação declarató-
adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que
ria; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á proce-
emita parecer sobre a questão ou fixar data para, em audiên-
dente a ação direta ou improcedente eventual ação declarató-
cia pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e
ria (ADI e ADC são ações de natureza dúplices ou ambivalen-
autoridade na matéria.
tes)
§ 2o O relator poderá solicitar, ainda, informações aos Tribunais
Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca
Art. 25. Julgada a ação, far-se-á a comunicação à autoridade ou
da aplicação da norma questionada no âmbito de sua jurisdição.
ao órgão responsável pela expedição do ato.
§ 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os pa-
rágrafos anteriores serão realizadas no prazo de 30 dias, contado Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconsti-
da solicitação do relator. tucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em
ação declaratória É IRRECORRÍVEL, ressalvada a interposição
Seção II de embargos declaratórios, NÃO PODENDO, igualmente, SER
Da MEDIDA CAUTELAR EM ADC OBJETO DE AÇÃO RESCISÓRIA.
Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria ab-
soluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normati-
cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente vo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excep-
na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o
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cional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por clamação constitucional. Nesse sentido: STF. Ple-
maioria de 2/3 de seus membros, restringir os efeitos daquela de- nário. Rcl. 4374/PE, rel. Min. Gilmar Mendes,
claração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsi- 18/4/2013 (Info 702).
to em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado (mo-
dulação dos efeitos da decisão) O Poder Legislativo, em sua função típica de
legislar, não fica vinculado.
Art. 28. Dentro do prazo de 10 dias após o trânsito em julgado Isso também tem como finalidade evitar a "fos-
da decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção es- silização da Constituição".
pecial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte dis- Assim, o legislador, em tese, pode editar nova lei
positiva do acórdão. com o mesmo conteúdo daquilo que foi declara-
Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de in- do inconstitucional pelo STF.
constitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Se o legislador o fizer, não é possível que o inte-
Legislativo
Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade ressado proponha uma reclamação ao STF pedin-
sem redução de texto, têm EFICÁCIA CONTRA TODOS E EFEI- do que essa lei seja automaticamente julgada
TO VINCULANTE em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à também inconstitucional (Rcl. 13019 AgR, julgado
Administração Pública federal, estadual e municipal. em 19/02/2014).
Será necessária a propositura de uma nova ADI
para que o STF examine essa nova lei e a declare
EFEITOS DA ADI
inconstitucional. Vale ressaltar que o STF pode até
Decisão cautelar Decisão definitiva mesmo mudar de opinião 
(arts. 10/12 da Lei 9.868/99) (art. 28, parágrafo único, da *Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
Lei 9.868/99)

Erga omnes  (art. 11, § 1º, da Lei Erga omnes  (art. 28, parágrafo Eficácia normativa
9.868/99). único, da Lei 9.868/99). Quando o STF, no controle concentrado de constitucionalidade
(ADI ou ADC), decide que determinada lei é constitucional ou in-
Vinculante (Rcl 3.233-AgR/SP, Vinculante  (art. 28, parágrafo
constitucional, ele gera a consequência que se pode denominar
Rcl 2.810-AgR/MG). único, Lei 9.868/99 e art. 102, §
de eficácia normativa, que significa MANTER ou EXCLUIR (de-
2º, CF).
clarar nula) a referida norma DO ORDENAMENTO JURÍDICO.
Ex nunc, em regra (pode o STF Ex tunc, em regra (nos termos
Eficácia executiva ou instrumental
decidir pelos efeitos retroativosdo art. 27, Lei n. 9.868/99, por
A sentença de mérito na ADI ou ADC provoca também um EFEI-
– art. 11, § 1º, in fine, Lei n. 2/3 de seus Ministros, o STF
TO VINCULANTE, consistente em atribuir ao julgado uma for-
9.868/99). pode modular os efeitos da
ça impositiva e obrigatória em relação aos atos administrati-
ADI)
Efeito repristinatório, em regra vos ou judiciais supervenientes. Em outras palavras, os atos
 
(art. 11, § 2º, Lei n. 9.868/99) administrativos e judiciais que forem praticados depois do julga-
*Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br do do STF deverão respeitar aquilo que foi decidido. A isso o
Min. Teori Zavascki chama de eficácia executiva ou instrumen-
tal (eficácia vinculante). Em caso de descumprimento dessa
Eficácia SUBJETIVA das decisões proferidas pelo STF em ADI,
eficácia executiva ou instrumental, a parte prejudicada poderá
ADC e ADPF
ajuizar no STF uma reclamação (art. 102, I, “l” da CF/88).
Ficam vinculados.
Particulares Eficácia normativa = efeitos EX TUNC
Caso haja desrespeito, cabe reclamação.
A eficácia normativa (declaração de constitucionalidade ou de
Os órgãos e entidades do Poder Executivo ficam inconstitucionalidade) opera de forma “ex tunc” (retroativa).
Executivo vinculados. Eficácia executiva = efeitos EX NUNC
Caso haja desrespeito, cabe reclamação. A eficácia executiva (efeito vinculante) produz efeitos “ex nunc”.
Assim, o termo inicial da eficácia executiva é o dia de publicação
Os demais juízes e Tribunais ficam vinculados.
Judiciário do acórdão do STF no Diário Oficial (art. 28 da Lei 9.868/1999).
Caso haja desrespeito, cabe reclamação.
Não se admite controle concentrado ou difuso de constituciona-
STF A decisão vincula os julgamentos futuros a serem
lidade de normas produzidas pelo poder constituinte originário”
efetuados monocraticamente pelos Ministros ou
(ADI 4.097 AgR/DF).
pelas Turmas do STF. Essa decisão não vincula,
contudo, o Plenário do STF. Assim, se o STF de- Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br
cidiu, em controle abstrato, que determinada lei é
constitucional, a Corte poderá, mais tarde, mudar
seu entendimento e decidir que esta mesma lei é
______Lei 9882/99______
ADPF
inconstitucional por conta de mudanças no cená-
rio jurídico, político, econômico ou social do país.
Isso se justifica a fim de evitar a "fossilização da
Constituição".
Art. 1o A argüição prevista no § 1 o do art. 102 da Constituição Fe-
Esta mudança de entendimento do STF sobre a
deral será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá
constitucionalidade de uma norma pode ser deci-
por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, re-
dida, inclusive, durante o julgamento de uma re-
sultante de ato do Poder Público.
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Parágrafo único. Caberá também ADPF: § 2o O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsá-
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia consti- veis pelo ato questionado, bem como o AGU ou o PGR, no prazo
tucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou MU- comum de 5 dias.
NICIPAL, INCLUÍDOS OS ANTERIORES À CONSTITUIÇÃO; § 3o A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e
o
Art. 2 Podem propor ADPF: I - os legitimados para a ADI; tribunais suspendam o andamento de processo ou os efeitos
§ 1o Na hipótese do inciso II, faculta-se ao interessado, mediante de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apre-
representação, solicitar a propositura de argüição de descumpri- sente relação com a matéria objeto da argüição de descumpri-
mento de preceito fundamental ao Procurador-Geral da Repúbli- mento de preceito fundamental, salvo se decorrentes da coisa jul-
ca, que, examinando os fundamentos jurídicos do pedido, decidi- gada.
rá do cabimento do seu ingresso em juízo.
Art. 6o Apreciado o pedido de liminar, o relator solicitará as infor-
PRECEITOS FUNDAMENTAIS mações às autoridades responsáveis pela prática do ato questio-
(ADPF 405 MC/RJ ) nado, no prazo de 10 dias.
§ 1o Se entender necessário, poderá o relator ouvir as partes nos
•a separação e independência entre os Poderes;
processos que ensejaram a argüição, requisitar informações adici-
•o princípio da igualdade; onais, designar perito ou comissão de peritos para que emita
parecer sobre a questão, ou ainda, fixar data para declarações, em
•o princípio federativo;
audiência pública, de pessoas com experiência e autoridade na
•a garantia de continuidade dos serviços públicos; matéria.
§ 2o Poderão ser autorizadas, a critério do relator, sustentação
•os princípios e regras do sistema orçamentário (art. 167, VI e X,
oral e juntada de memoriais, por requerimento dos interessados
da CF/88)
no processo.
•o regime de repartição de receitas tributárias (arts. 34, V e 158,
III e IV; 159, §§ 3º e 4º; e 160 da CF/88; Art. 7o Decorrido o prazo das informações, o relator lançará o re-
•a garantia de pagamentos devidos pela Fazenda Pública em latório, com cópia a todos os ministros, e pedirá dia para julga-
ordem cronológica de apresentação de precatórios (art. 100 da mento.
CF/88). Parágrafo único. O Ministério Público, nas argüições que não
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Cabimento de ADPF contra conjunto de decisões judiciais que determinaram
houver formulado, terá vista do processo, por 5 dias, após o
a expropriação de recursos do Estado-membro. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https:// decurso do prazo para informações.
www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/f0873a91b499e265ff6d78ff6e8985a0>

Art. 8o A decisão sobre a argüição de descumprimento de precei-


Art. 3o A petição inicial deverá conter:
to fundamental somente será tomada se presentes na sessão
I - a indicação do preceito fundamental que se considera vio-
pelo menos 2/3 dos Ministros.
lado;
II - a indicação do ato questionado;
Art. 10. Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades
III - a prova da violação do preceito fundamental;
ou órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados,
IV - o pedido, com suas especificações;
FIXANDO-SE AS CONDIÇÕES E O MODO DE INTERPRETAÇÃO
V - SE FOR O CASO, a comprovação da existência de contro-
E APLICAÇÃO DO PRECEITO FUNDAMENTAL.
vérsia judicial relevante sobre a aplicação do preceito funda-
mental que se considera violado. § 1o O presidente do Tribunal determinará o imediato cumpri-
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento mento da decisão, lavrando-se o acórdão posteriormente.
de mandato, se for o caso, será apresentada em 2 vias, devendo § 2o Dentro do prazo de 10 dias contado a partir do trânsito em
conter cópias do ato questionado e dos documentos necessários julgado da decisão, sua parte dispositiva será publicada em seção
para comprovar a impugnação. especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União.
§ 3o A decisão terá EFICÁCIA CONTRA TODOS E EFEITO VIN-
o CULANTE relativamente aos demais órgãos do Poder Público.
Art. 4 A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo rela-
tor, quando não for o caso de ADPF, faltar algum dos requisi-
tos prescritos nesta Lei ou for inepta. Art. 11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normati-
o
§ 1 Não será admitida ADPF quando houver qualquer outro vo, no processo de argüição de descumprimento de preceito fun-
meio eficaz de sanar a lesividade (a ADPF é subsidiária). damental, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de
excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal,
§ 2o Da decisão de indeferimento da petição inicial caberá
por maioria de 2/3 de seus membros, restringir os efeitos daquela
AGRAVO, no prazo de 5 dias.
declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu
trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado
Art. 5o O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria abso-
(modulação dos efeitos da decisão)
luta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar
na argüição de descumprimento de preceito fundamental.
Art. 12. A decisão que julgar procedente ou improcedente o
§ 1o Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, pedido em argüição de descumprimento de preceito funda-
ou ainda, em período de recesso, poderá o relator conceder a mental É IRRECORRÍVEL, NÃO podendo ser objeto de AÇÃO
liminar, ad referendum do Tribunal Pleno. RESCISÓRIA.
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Art. 13. Caberá reclamação contra o descumprimento da deci- ADPF O ajuizamento requer necessariamente refe-
são proferida pelo Supremo Tribunal Federal, na forma do seu INCIDENTAL rência a processo judicial em andamento.
Regimento Interno.
*Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br

MEDIDA CAUTELAR ADPF autônoma e atos impugnáveis


A liminar poderá consistir na determina- Podem ser impugnados Não podem ser impugnados
ção de que se suspenda o andamento de
REPRESENTAÇÃO processo ou os efeitos de decisões judici- a) atos omissivos e comissivos; De acordo com a jurisprudên-
INTERVENTIVA ais ou administrativas ou de qualquer b) atos do Poder Público de cia do STF:
outra medida que apresente relação com qualquer esfera da Federação; i) veto de prefeito municipal a
a matéria objeto da representação inter- c) atos de efeitos concretos ou projeto de lei;
ventiva. singulares; ii) súmula do STF sem caráter
d) atos normativos secundários; vinculante;
A MEDIDA CAUTELAR, dotada de EFICÁ-
e) atos anteriores à Constituição iii) projetos legislativos (o
CIA CONTRA TODOS, será concedida com
de 1988 (atos pré-constitucio- caso versou sobre proposta
EFEITO EX NUNC, salvo se o Tribunal en-
nais); de emenda constitucional);
ADI tender que deva conceder-lhe eficácia re-
f) atos normativos já revogados; iv) lei editada para determinar
troativa.
g) ato normativo de eficácia já o cumprimento de acordo co-
A concessão da medida cautelar torna
exaurida. letivo de trabalho;
aplicável a legislação anterior acaso exis-
v) lei orçamentária cuja eficá-
tente (EFEITO REPRISTINATÓRIO), salvo
cia já se exaurira;
expressa manifestação em sentido con-
vi) súmula vinculante, quando
trário.
a pretensão da ADPF for re-
A medida cautelar poderá consistir na visá-la, interpretá-la ou can-
suspensão da aplicação da lei ou do ato celá-la.
normativo questionado, no caso de omis- Fonte: Bernardes e Ferreira, 2019, p. 628.
ADO são parcial, bem como na suspensão de *Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
processos judiciais ou de procedimentos
administrativos, ou ainda em outra pro-
vidência a ser fixada pelo Tribunal. ______Lei 11417/06______
O Supremo Tribunal Federal, por decisão da
maioria absoluta de seus membros, pode-
Súmula Vinculante
rá deferir pedido de medida cautelar na
ADC ação declaratória de constitucionalidade, Art. 1o  Esta Lei disciplina a edição, a revisão e o cancelamento
consistente na determinação de que os juí- de enunciado de súmula vinculante pelo STF e dá outras provi-
zes e os Tribunais suspendam o julgamen- dências.
to dos processos que envolvam a aplica-
ção da lei ou do ato normativo objeto da
Art. 2o  O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por pro-
ação até seu julgamento definitivo.
vocação, após reiteradas decisões sobre matéria constitucio-
A liminar poderá consistir na determina- nal, editar enunciado de súmula que, a partir de sua publicação
ção de que juízes e tribunais suspendam o na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais
andamento de processo ou os efeitos de órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e in-
ADPF decisões judiciais, ou de qualquer outra direta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proce-
medida que apresente relação com a ma- der à sua revisão ou cancelamento, na forma prevista nesta Lei.
téria objeto da argüição de descumprimen- § 1o  O enunciado da súmula terá por objeto a VALIDADE, a IN-
to de preceito fundamental, salvo se decor- TERPRETAÇÃO e a EFICÁCIA de normas determinadas, acerca
rentes da coisa julgada. das quais haja, entre órgãos judiciários ou entre esses e a admi-
nistração pública, controvérsia atual que acarrete grave inse-
gurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre
ESPÉCIES DE ADPF
idêntica questão.
ADPF Ocorre o ajuizamento independentemente § 2o  O PGR, nas propostas que não houver formulado, mani-
AUTÔNOMA de estar em andamento outro processo judi- festar-se-á previamente à edição, revisão ou cancelamento de
cial. enunciado de súmula vinculante.
  § 3o  A edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de
Modalidades: súmula com efeito vinculante dependerão de decisão tomada
a) PREVENTIVA: evita a concretização de le- por 2/3 dos membros do STF, em sessão plenária.
são a preceito fundamental;
§ 4o  No prazo de 10 dias após a sessão em que editar, rever ou
b) REPRESSIVA: repara a higidez objetiva do
cancelar enunciado de súmula com efeito vinculante, o STF fará
ordenamento jurídico, diante da indevida
publicar, em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial
subsistência de atos do Poder Público a des-
da União, o enunciado respectivo.
cumprir algum preceito fundamental.
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Art. 4o  A súmula com efeito vinculante tem eficácia imediata,


o
Art. 3   São legitimados a propor a edição, a revisão ou o cance- mas o STF, por decisão de 2/3 dos seus membros, poderá restrin-
lamento de enunciado de súmula vinculante: gir os efeitos vinculantes ou decidir que só tenha eficácia a partir
I - o Presidente da República; de outro momento, tendo em vista razões de segurança jurídica
II - a Mesa do Senado Federal; ou de excepcional interesse público (modulação dos efeitos da
III – a Mesa da Câmara dos Deputados; decisão).
IV – o Procurador-Geral da República;
V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; Art. 5o  Revogada ou modificada a lei em que se fundou a edi-
VI - o Defensor Público-Geral da União; ção de enunciado de súmula vinculante, o STF, de ofício ou
VII – partido político com representação no Congresso Nacional; por provocação, procederá à sua revisão ou cancelamento,
VIII – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito naci- conforme o caso.
onal;
IX – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa Art. 6o  A proposta de edição, revisão ou cancelamento de enun-
do Distrito Federal; ciado de súmula vinculante NÃO AUTORIZA A SUSPENSÃO DOS
X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; PROCESSOS em que se discuta a mesma questão.
XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados
ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais Regionais Fe-
Art. 7o  Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar
derais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regi-
enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo
onais Eleitorais e os Tribunais Militares.
indevidamente CABERÁ RECLAMAÇÃO ao STF, sem prejuízo dos
recursos ou outros meios admissíveis de impugnação.
LEGITIMADOS ADI/ADC/ LEGITIMADOS SV
§ 1o  CONTRA OMISSÃO ou ATO da administração pública, o
ADPF
uso da reclamação SÓ SERÁ ADMITIDO APÓS ESGOTAMENTO
I - o Presidente da República; I - o Presidente da República; DAS VIAS ADMINISTRATIVAS.
II - a Mesa do Senado Federal; II - a Mesa do Senado Federal; § 2o  Ao julgar procedente a reclamação, o STF anulará o ato
III - a Mesa da Câmara dos De- III – a Mesa da Câmara dos De- administrativo ou cassará a decisão judicial impugnada, deter-
putados; putados; minando que outra seja proferida com ou sem aplicação da sú-
IV a Mesa de Assembléia Legis- IV – o Procurador-Geral da Re- mula, conforme o caso.
lativa ou da Câmara Legislativa pública;
do Distrito Federal; V - o Conselho Federal da Or- Art. 8o  O art. 56 da Lei n o 9.784, de 29 de janeiro de 1999, passa
V o Governador de Estado ou dem dos Advogados do Brasil;
a vigorar acrescido do seguinte § 3o:
do Distrito Federal; VI - o Defensor Público-Geral
“Art. 56. § 3o  Se o recorrente alegar que a decisão administrativa
VI - o Procurador-Geral da Re- da União;
contraria enunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade
pública; VII – partido político com re-
prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar,
VII - o Conselho Federal da Or- presentação no Congresso Na-
antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões
dem dos Advogados do Brasil; cional;
da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o
VIII - partido político com re- VIII – confederação sindical ou
caso.” (NR)
presentação no Congresso Na- entidade de classe de âmbito
cional; nacional;
IX - confederação sindical ou IX – a Mesa de Assembléia Le- Art. 9o  A Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, passa a vigorar
entidade de classe de âmbito gislativa ou da Câmara Legisla- acrescida dos seguintes arts. 64-A e 64-B:
nacional. tiva do Distrito Federal; “Art. 64-A.  Se o recorrente alegar violação de enunciado da sú-
X - o Governador de Estado ou mula vinculante, o órgão competente para decidir o recurso expli-
do Distrito Federal; citará as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula,
XI - os Tribunais Superiores, conforme o caso.”
os Tribunais de Justiça de Es- “Art. 64-B.  Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação
tados ou do Distrito Federal e fundada em violação de enunciado da súmula vinculante, dar-se-
Territórios, os Tribunais Regi- á ciência à autoridade prolatora e ao órgão competente para o
onais Federais, os Tribunais julgamento do recurso, que deverão adequar as futuras decisões
Regionais do Trabalho, os Tri- administrativas em casos semelhantes, sob pena de responsabili-
bunais Regionais Eleitorais e zação pessoal nas esferas cível, administrativa e penal.”
os Tribunais Militares.
Art. 10.  O procedimento de edição, revisão ou cancelamento de
o
enunciado de súmula com efeito vinculante obedecerá, subsidiari-
§ 1   O Município poderá propor, incidentalmente ao curso de amente, ao disposto no Regimento Interno do STF.
processo em que seja parte, a edição, a revisão ou o cancelamen-
to de enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a sus-
pensão do processo. ______Lei 8987/95______
§ 2o  No procedimento de edição, revisão ou cancelamento de
enunciado da súmula vinculante, o relator poderá admitir, por Serviços Públicos
decisão irrecorrível, a manifestação de terceiros na questão,
nos termos do Regimento Interno do STF.
Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
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        Art. 1o As concessões de serviços públicos e de obras pú- concessão ou permissão, caracterizando seu objeto, área e pra-
blicas e as permissões de serviços públicos reger-se-ão pelos zo.
termos do art. 175 da Constituição Federal, por esta Lei, pelas
normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis Capítulo II
contratos. DO SERVIÇO ADEQUADO
        Parágrafo único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os         Art. 6o TODA concessão ou permissão pressupõe a presta-
Municípios promoverão a revisão e as adaptações necessárias de ção de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários,
sua legislação às prescrições desta Lei, buscando atender as pecu- conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no
liaridades das diversas modalidades dos seus serviços. respectivo contrato.
        Art. 2o Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:         § 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de
        I - poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Fede- regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade,
ral ou o Município, em cuja competência se encontre o serviço generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das ta-
público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto rifas.
de concessão ou permissão;         § 2o A atualidade compreende a modernidade das técni-
        II - CONCESSÃO de serviço público: a delegação de sua cas, do equipamento e das instalações e a sua conservação,
prestação, feita pelo poder concedente, mediante LICITAÇÃO, na bem como a melhoria e expansão do serviço.
modalidade de CONCORRÊNCIA, à pessoa jurídica ou consór-         § 3o NÃO SE CARACTERIZA COMO DESCONTINUIDADE
cio de empresas que demonstre capacidade para seu desempe- do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou
nho, por sua conta e risco e por prazo determinado; após prévio aviso, quando:
        III - CONCESSÃO de serviço público PRECEDIDA DA EXE-         I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança
CUÇÃO DE OBRA PÚBLICA: a construção, total ou parcial, con- das instalações; e,
servação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer         II - por inadimplemento do usuário, considerado o inte-
obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, me- resse da coletividade.
diante LICITAÇÃO, na modalidade de CONCORRÊNCIA, à pessoa         § 4º  A interrupção do serviço na hipótese prevista no inciso
jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade II do § 3º deste artigo não poderá iniciar-se na sexta-feira, no
para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o in- sábado ou no domingo, nem em feriado ou no dia anterior a
vestimento da concessionária seja remunerado e amortizado feriado. (LEI 14015/ 2020)
mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo deter-
minado;
É constitucional lei estadual que proíbe que as empresas con-
        IV - PERMISSÃO de serviço público: a delegação, a TÍTULO
cessionárias façam o corte do fornecimento de água e luz por
PRECÁRIO, mediante licitação, da prestação de serviços públicos,
falta de pagamento, em determinados dias. STF (Info 928).
feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que de-
monstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e ris- O corte de serviços essenciais, tais como água e energia elétrica,
co. pressupõe o inadimplemento de conta regular, sendo inviável,
portanto, a suspensão do abastecimento em razão de débitos
CONCESSÃO PERMISSÃO antigos. STJ. AgRg no Ag 1320867/RJ

Licitação: modalidade Licitação A obrigação de pagar por serviço de natureza essencial,


concorrência tal como água e energia, não é propter rem, mas pessoal, isto
é do usuário que efetivamente se utiliza do serviço. STJ. 1ª Tur-
Pessoa jurídica ou consórcio de Pessoa física ou jurídica ma. AgRg no AREsp 45.073/MG
empresas
Precário Na hipótese de débito estrito de recuperação de consumo efeti-
vo por fraude no aparelho medidor atribuída ao consumidor,
LEI 8666/93 LEI 8987/95 LEI 11079/04 desde que apurado em observância aos princípios do con-
traditório e da ampla defesa, é possível o corte administrati-
Risco da execução é Risco da execução é Risco da execução vo do fornecimento do serviço de energia elétrica, mediante
da ADMINISTRAÇÃO do CONCESSIONÁ- é COMPARTILHA- prévio aviso ao consumidor, pelo inadimplemento do consu-
PÚBLICA RIO ou PERMISSIO- DO entre a Admi- mo recuperado correspondente ao período de 90 dias ante-
NÁRIO nistração Pública e rior à constatação da fraude, contanto que executado o corte
o concessionário em até 90 dias após o vencimento do débito, sem prejuí-
zo do direito de a concessionária utilizar os meios judiciais
        Art. 3o As concessões e permissões sujeitar-se-ão à fiscali- ordinários de cobrança da dívida, inclusive antecedente aos
zação pelo poder concedente responsável pela delegação, com mencionados 90 dias de retroação. STJ. (Info 634).
a cooperação dos usuários.
É legítima a interrupção do fornecimento de energia elétrica por
razões de ordem técnica, de segurança das instalações, ou ain-
        Art. 4o A concessão de serviço público, precedida ou não da da, em virtude do inadimplemento do usuário, quando houver o
execução de obra pública, será formalizada mediante contrato, devido aviso prévio pela concessionária sobre o possível corte
que deverá observar os termos desta Lei, das normas pertinentes no fornecimento do serviço. STJ. REsp 1270339/SC
e do edital de licitação.
A suspensão do serviço de energia elétrica, por empresa
concessionária, em razão de inadimplemento de unidades
        Art. 5o O poder concedente publicará, previamente ao edi-
públicas essenciais - hospitais; pronto-socorros; escolas; cre-
tal de licitação, ato justificando a conveniência da outorga de
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CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É possível o corte da energia elétrica por fraude no medidor, desde que
ches; fontes de abastecimento d'água e iluminação pública; cumpridos alguns requisitos. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodi-
reito.com.br/jurisprudencia/detalhes/58d2d622ed4026cae2e56dffc5818a11>
e serviços de segurança pública como forma de compelir o
usuário ao pagamento de tarifa ou multa, despreza o inte- Capítulo III
resse da coletividade. STJ. AgRg no AREsp DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS USUÁRIOS
A legitimidade do corte no fornecimento do serviço de telefonia         Art. 7º. Sem prejuízo do disposto na Lei n o 8.078, de 11 de
quando inadimplentes entes públicos, desde que a interrupção setembro de 1990, são direitos e obrigações dos usuários:
não atinja serviços públicos essenciais para a coletividade,         I - receber serviço adequado;
tais como escolas, creches, delegacias e hospitais.         II - receber do poder concedente e da concessionária infor-
STJ. EDcl no REsp 1244385/BA mações para a defesa de interesses individuais ou coletivos;
        III - obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre
Por ser a interrupção no fornecimento de energia elétrica medi- vários prestadores de serviços, quando for o caso, observadas as
da excepcional, o art. 6º, § 3º, II, da Lei nº 8.987/95 deve ser in- normas do poder concedente.
terpretado restritivamente, de forma a permitir que o corte         IV - levar ao conhecimento do poder público e da concessio-
recaia apenas sobre o imóvel que originou o débito, e não nária as irregularidades de que tenham conhecimento, referentes
sobre outros imóveis de propriedade do inadimplente. STJ. ao serviço prestado;
REsp 662.214/RS         V - comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos
A divulgação da suspensão no fornecimento de serviço de praticados pela concessionária na prestação do serviço;
energia elétrica por meio de emissoras de rádio, dias antes         VI - contribuir para a permanência das boas condições dos
da interrupção, satisfaz a exigência de aviso prévio, prevista bens públicos através dos quais lhes são prestados os serviços.
no art. 6º, § 3º, da Lei nº 8.987/95. STJ. (Info 598).
        Art. 7º-A. As concessionárias de serviços públicos, de di-
reito público e privado, nos Estados e no Distrito Federal, são
POSSIBILIDADE DE CORTE DE ENERGIA ELÉTRICA EM VIRTU- obrigadas a oferecer ao consumidor e ao usuário, dentro do
DE DE INADIMPLEMENTO DO CONSUMIDOR mês de vencimento, o mínimo de 6 datas opcionais para esco-
DÉBITOS DECORRENTES DO Não se admite o corte para lherem os dias de vencimento de seus débitos.  
CONSUMO REGULAR (ATRA- débitos antigos (consolidados)
SO NORMAL DE PAGAMEN- Capítulo IV
A obrigação de pagar a conta DA POLÍTICA TARIFÁRIA
TO)
de energia elétrica é de nature-
        Art. 9o A tarifa do serviço público concedido será fixada
za pessoal (não é propter rem)
pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pe-
DÉBITOS RELACIONADOS COM RECUPERAÇÃO DE CONSU- las regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato.
MO POR RESPONSABILIDADE DA CONCESSIONÁRIA         § 1o A tarifa NÃO será subordinada à legislação específica
RECUPERAÇÃO DE CONSU- A responsabilidade do consu- anterior e SOMENTE NOS CASOS EXPRESSAMENTE PREVIS-
MO POR RESPONSABILIDA- midor pela fraude deverá ser TOS EM LEI, sua cobrança poderá ser condicionada à existên-
DE ATRIBUÍVEL AO CONSU- devidamente apurada, confor- cia de serviço público alternativo e gratuito para o usuário.
MIDOR (CORTE ADMINIS- me procedimento estipulado         § 2o Os contratos poderão prever mecanismos de revisão
TRATIVO POR FRAUDE NO pela ANEEL (agência regulado- das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro.
MEDIDOR) ra), assegurando-se ampla de-         § 3o Ressalvados os impostos sobre a renda (IR), a cria-
fesa e contraditório. ção, alteração ou extinção de quaisquer tributos ou encargos
legais, após a apresentação da proposta, quando comprovado
Deverá ser concedido um aviso
seu impacto, IMPLICARÁ A REVISÃO da tarifa, para mais ou para
prévio ao consumidor;
menos, conforme o caso.
A suspensão administrativa do         § 4o Em havendo alteração unilateral do contrato que afete
fornecimento do serviço deve o seu inicial equilíbrio econômico-financeiro, o poder conce-
ser possibilitada quando não dente deverá restabelecê-lo, concomitantemente à alteração.
forem pagos débitos relativos         § 5º  A concessionária deverá divulgar em seu sítio eletrôni-
aos últimos 90 dias da apura- co, de forma clara e de fácil compreensão pelos usuários, tabela
ção da fraude, sem prejuízo do com o valor das tarifas praticadas e a evolução das revisões ou re-
uso das vias judiciais ordinárias ajustes realizados nos últimos cinco anos.     
de cobrança. Isso porque o re-
conhecimento da possibilidade         Art. 10. SEMPRE que forem atendidas as condições do
de corte do serviço de energia contrato, considera-se mantido seu equilíbrio econômico-
elétrica pelas concessionárias financeiro.
deve ter limite temporal de
apuração retroativa.         Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço
Deve ser fixado prazo razoável público, poderá o poder concedente prever, em favor da con-
de, no máximo, 90 dias após o cessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras
vencimento da fatura de recu- fontes provenientes de receitas alternativas, complementares,
peração de consumo, para que acessórias ou de projetos associados, com ou sem exclusividade,
a concessionária possa suspen- com vistas a favorecer a modicidade das tarifas, observado o dis-
der o serviço. posto no art. 17 desta Lei.
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Dia 31 / 11

        Parágrafo único. As fontes de receita previstas neste artigo         § 2o Inclui-se nas vantagens ou subsídios de que trata este
serão obrigatoriamente consideradas para a aferição do inicial artigo, qualquer tipo de tratamento tributário diferenciado,
equilíbrio econômico-financeiro do contrato. ainda que em consequência da natureza jurídica do licitante,
que comprometa a isonomia fiscal que deve prevalecer entre to-
        Art. 13. As tarifas poderão ser diferenciadas em função das dos os concorrentes.
características técnicas e dos custos específicos provenientes do
atendimento aos distintos segmentos de usuários.         Art. 18. O edital de licitação será elaborado pelo poder con-
cedente, observados, no que couber, os critérios e as normas ge-
Capítulo V rais da legislação própria sobre licitações e contratos e conterá,
DA LICITAÇÃO especialmente:
        Art. 14. TODA CONCESSÃO de serviço público, precedida ou         I - o objeto, metas e prazo da concessão;
não da execução de obra pública, será objeto de prévia licita-         II - a descrição das condições necessárias à prestação ade-
ção, nos termos da legislação própria e com observância dos quada do serviço;
princípios da legalidade, moralidade, publicidade, igualdade,         III - os prazos para recebimento das propostas, julgamento
do julgamento por critérios objetivos e da vinculação ao ins- da licitação e assinatura do contrato;
trumento convocatório.         IV - prazo, local e horário em que serão fornecidos, aos inte-
ressados, os dados, estudos e projetos necessários à elaboração
        Art. 15. No julgamento da licitação será considerado um dos dos orçamentos e apresentação das propostas;
seguintes critérios:         V - os critérios e a relação dos documentos exigidos para a
        I - o menor valor da tarifa do serviço público a ser presta- aferição da capacidade técnica, da idoneidade financeira e da re-
do; gularidade jurídica e fiscal;
        II - a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder con-         VI - as possíveis fontes de receitas alternativas, complemen-
cedente pela outorga da concessão; tares ou acessórias, bem como as provenientes de projetos asso-
        III - a combinação, dois a dois, dos critérios referidos nos in- ciados;
cisos I, II e VII;         VII - os direitos e obrigações do poder concedente e da con-
        IV - melhor proposta técnica, com preço fixado no edital; cessionária em relação a alterações e expansões a serem realiza-
        V - melhor proposta em razão da combinação dos critérios das no futuro, para garantir a continuidade da prestação do servi-
de menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado com ço;
o de melhor técnica;         VIII - os critérios de reajuste e revisão da tarifa;
        VI - melhor proposta em razão da combinação dos critérios         IX - os critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros a serem
de maior oferta pela outorga da concessão com o de melhor utilizados no julgamento técnico e econômico-financeiro da pro-
técnica; ou posta;
        VII - melhor oferta de pagamento pela outorga após qua-         X - a indicação dos bens reversíveis;
lificação de propostas técnicas.         XI - as características dos bens reversíveis e as condições em
        § 1o A aplicação do critério previsto no inciso III SÓ será ad- que estes serão postos à disposição, nos casos em que houver
mitida quando previamente estabelecida no edital de licita- sido extinta a concessão anterior;
ção, inclusive com regras e fórmulas precisas para avaliação         XII - a expressa indicação do responsável pelo ônus das de-
econômico-financeira. sapropriações necessárias à execução do serviço ou da obra pú-
        § 2o Para fins de aplicação do disposto nos incisos IV, V, VI e blica, ou para a instituição de servidão administrativa;
VII, o edital de licitação conterá parâmetros e exigências para for-         XIII - as condições de liderança da empresa responsável, na
mulação de propostas técnicas. hipótese em que for permitida a participação de empresas em
        § 3o O poder concedente recusará propostas manifesta- consórcio;
mente inexequíveis ou financeiramente incompatíveis com os         XIV - nos casos de concessão, a minuta do respectivo contra-
objetivos da licitação. to, que conterá as cláusulas essenciais referidas no art. 23 desta
Lei, quando aplicáveis;
        § 4o Em igualdade de condições, será dada preferência à
        XV - nos casos de concessão de serviços públicos precedida
proposta apresentada por empresa brasileira.
da execução de obra pública, os dados relativos à obra, dentre os
quais os elementos do projeto básico que permitam sua plena ca-
        Art. 16. A outorga de concessão ou permissão NÃO TERÁ
racterização, bem assim as garantias exigidas para essa parte es-
CARÁTER DE EXCLUSIVIDADE, salvo no caso de inviabilidade
pecífica do contrato, adequadas a cada caso e limitadas ao valor
técnica ou econômica justificada no ato a que se refere o art. 5o da obra;
desta Lei.         XVI - nos casos de permissão, os termos do contrato de ade-
são a ser firmado.
        Art. 17. Considerar-se-á desclassificada a proposta que,
para sua viabilização, necessite de vantagens ou subsídios que         Art. 18-A. O edital poderá prever a inversão da ordem das
não estejam previamente autorizados em lei e à disposição de fases de habilitação e julgamento, hipótese em que:
todos os concorrentes.         I - encerrada a fase de classificação das propostas ou o
        § 1o Considerar-se-á, também, desclassificada a proposta oferecimento de lances, será aberto o invólucro com os docu-
de entidade estatal alheia à esfera político-administrativa do mentos de habilitação do licitante mais bem classificado, para
poder concedente que, para sua viabilização, necessite de verificação do atendimento das condições fixadas no edital;
vantagens ou subsídios do poder público controlador da referi-         II - verificado o atendimento das exigências do edital, o lici-
da entidade. tante será declarado vencedor;
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        III - inabilitado o licitante melhor classificado, serão analisa-         VII - à forma de fiscalização das instalações, dos equipamen-
dos os documentos habilitatórios do licitante com a proposta tos, dos métodos e práticas de execução do serviço, bem como a
classificada em segundo lugar, e assim sucessivamente, até que indicação dos órgãos competentes para exercê-la;
um licitante classificado atenda às condições fixadas no edital;         VIII - às penalidades contratuais e administrativas a que se
        IV - proclamado o resultado final do certame, o objeto será sujeita a concessionária e sua forma de aplicação;
adjudicado ao vencedor nas condições técnicas e econômicas por         IX - aos casos de extinção da concessão;
ele ofertadas.         X - aos bens reversíveis;
        XI - aos critérios para o cálculo e a forma de pagamento das
        Art. 19. Quando permitida, na licitação, a participação de indenizações devidas à concessionária, quando for o caso;
empresas em consórcio, observar-se-ão as seguintes normas:         XII - às condições para prorrogação do contrato;
        I - comprovação de compromisso, público ou particular,         XIII - à obrigatoriedade, forma e periodicidade da prestação
de constituição de consórcio, subscrito pelas consorciadas; de contas da concessionária ao poder concedente;
        II - indicação da empresa responsável pelo consórcio;         XIV - à exigência da publicação de demonstrações financei-
        III - apresentação dos documentos exigidos nos incisos V e ras periódicas da concessionária; e
XIII do artigo anterior, por parte de cada consorciada;         XV - ao foro e ao modo amigável de solução das divergên-
        IV - impedimento de participação de empresas consorcia- cias contratuais.
das na mesma licitação, por intermédio de mais de um con-         Parágrafo único. Os contratos relativos à concessão de servi-
sórcio ou isoladamente. ço público precedido da execução de obra pública deverão, adici-
        § 1o O licitante vencedor fica obrigado a promover, antes onalmente:
da celebração do contrato, a constituição e registro do con-         I - estipular os cronogramas físico-financeiros de execução
sórcio, nos termos do compromisso referido no inciso I deste ar- das obras vinculadas à concessão; e
tigo.         II - exigir garantia do fiel cumprimento, pela concessionária,
        § 2o A empresa líder do consórcio é a responsável perante o das obrigações relativas às obras vinculadas à concessão.
poder concedente pelo cumprimento do contrato de concessão,
sem prejuízo da responsabilidade solidária das demais consorcia-         Art. 23-A. O contrato de concessão poderá prever o empre-
das. go de mecanismos privados para resolução de disputas decor-
rentes ou relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem, a
        Art. 20. É facultado ao poder concedente, desde que pre- ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei
visto no edital, no interesse do serviço a ser concedido, determi- no 9.307, de 23 de setembro de 1996.
nar que o licitante vencedor, no caso de consórcio, se constitua
em empresa antes da celebração do contrato.         Art. 25. Incumbe à concessionária a execução do serviço
concedido, cabendo-lhe responder por todos os prejuízos cau-
        Art. 21. Os estudos, investigações, levantamentos, projetos, sados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que
obras e despesas ou investimentos já efetuados, vinculados à a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou ate-
concessão, de utilidade para a licitação, realizados pelo poder nue essa responsabilidade.
concedente ou com a sua autorização, estarão à disposição dos         § 1o Sem prejuízo da responsabilidade a que se refere este
interessados, devendo o vencedor da licitação ressarcir os dispên- artigo, a concessionária poderá contratar com terceiros o de-
dios correspondentes, especificados no edital. senvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complemen-
tares ao serviço concedido, bem como a implementação de proje-
        Art. 22. É assegurada a qualquer pessoa a obtenção de certi- tos associados.
dão sobre atos, contratos, decisões ou pareceres relativos à licita-         § 2o Os contratos celebrados entre a concessionária e os
ção ou às próprias concessões. terceiros a que se refere o parágrafo anterior reger-se-ão pelo
direito privado, não se estabelecendo qualquer relação jurídica
Capítulo VI entre os terceiros e o poder concedente.
DO CONTRATO DE CONCESSÃO         § 3o A execução das atividades contratadas com terceiros
        Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de concessão pressupõe o cumprimento das normas regulamentares da moda-
as relativas: lidade do serviço concedido.
        I - ao objeto, à área e ao prazo da concessão;
        II - ao modo, forma e condições de prestação do serviço;         Art. 26. É ADMITIDA A SUBCONCESSÃO, nos termos pre-
        III - aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros defini- vistos no contrato de concessão, desde que expressamente au-
dores da qualidade do serviço; torizada pelo poder concedente.
        IV - ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para
        § 1o A outorga de subconcessão será SEMPRE precedida de
o reajuste e a revisão das tarifas;
concorrência.
        V - aos direitos, garantias e obrigações do poder concedente
e da concessionária, inclusive os relacionados às previsíveis neces-         § 2o O subconcessionário se sub-rogará todos os direitos e
sidades de futura alteração e expansão do serviço e consequente obrigações da subconcedente dentro dos limites da subconces-
modernização, aperfeiçoamento e ampliação dos equipamentos e são.
das instalações;
        VI - aos direitos e deveres dos usuários para obtenção e utili-         Art. 27. A transferência de concessão ou do controle soci-
zação do serviço; etário da concessionária sem prévia anuência do poder conce-
dente IMPLICARÁ A CADUCIDADE da concessão.
        § 1o Para fins de obtenção da anuência de que trata o caput
deste artigo, o pretendente deverá:
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        I - atender às exigências de capacidade técnica, idoneidade         I - o contrato de cessão dos créditos deverá ser registra-
financeira e regularidade jurídica e fiscal necessárias à assunção do em Cartório de Títulos e Documentos para ter eficácia pe-
do serviço; e rante terceiros;
        II - comprometer-se a cumprir todas as cláusulas do contrato         II - sem prejuízo do disposto no inciso I do caput deste arti-
em vigor. go, a cessão do crédito não terá eficácia em relação ao Poder
Público concedente senão quando for este formalmente noti-
Art. 27-A.  Nas condições estabelecidas no contrato de concessão, ficado;
o poder concedente autorizará a assunção do controle ou da         III - os créditos futuros cedidos nos termos deste artigo se-
administração temporária da concessionária por seus financia- rão constituídos sob a titularidade do mutuante, independente-
dores e garantidores com quem não mantenha vínculo societário mente de qualquer formalidade adicional;
direto, para promover sua reestruturação financeira e assegu-         IV - o mutuante poderá indicar instituição financeira para
rar a continuidade da prestação dos serviços. efetuar a cobrança e receber os pagamentos dos créditos cedidos
§ 1o  Na hipótese prevista no caput, o poder concedente exigirá ou permitir que a concessionária o faça, na qualidade de repre-
dos financiadores e dos garantidores que atendam às exigências sentante e depositária;
de regularidade jurídica e fiscal, podendo alterar ou dispensar os         V - na hipótese de ter sido indicada instituição financeira,
demais requisitos previstos no inciso I do parágrafo único do art. conforme previsto no inciso IV do caput deste artigo, fica a con-
27. cessionária obrigada a apresentar a essa os créditos para cobran-
§ 2o  A assunção do controle ou da administração temporária ça;
autorizadas na forma do caput deste artigo NÃO ALTERARÁ AS         VI - os pagamentos dos créditos cedidos deverão ser depo-
OBRIGAÇÕES da concessionária e de seus controladores para sitados pela concessionária ou pela instituição encarregada da co-
com terceiros, poder concedente e usuários dos serviços públicos. brança em conta corrente bancária vinculada ao contrato de mú-
tuo;
§ 3o  Configura-se o controle da concessionária, para os fins
        VII - a instituição financeira depositária deverá transferir os
dispostos no caput deste artigo, a propriedade resolúvel de
valores recebidos ao mutuante à medida que as obrigações do
ações ou quotas por seus financiadores e garantidores que
contrato de mútuo tornarem-se exigíveis; e
atendam os requisitos do art. 116 da Lei n o 6.404, de 15 de de-         VIII - o contrato de cessão disporá sobre a devolução à con-
zembro de 1976. cessionária dos recursos excedentes, sendo vedada a retenção do
§ 4o  Configura-se a administração temporária da concessioná- saldo após o adimplemento integral do contrato.
ria por seus financiadores e garantidores quando, sem a transfe-         Parágrafo único. Para os fins deste artigo, serão considera-
rência da propriedade de ações ou quotas, forem outorgados dos contratos de longo prazo aqueles cujas obrigações tenham
os seguintes poderes: prazo médio de vencimento superior a 5 anos.
I - indicar os membros do Conselho de Administração, a serem
eleitos em Assembleia Geral pelos acionistas, nas sociedades regi- Capítulo VII
das pela Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976; ou administrado- DOS ENCARGOS DO PODER CONCEDENTE
res, a serem eleitos pelos quotistas, nas demais sociedades;         Art. 29. Incumbe ao poder concedente:
II - indicar os membros do Conselho Fiscal, a serem eleitos pe-         I - regulamentar o serviço concedido e fiscalizar permanen-
los acionistas ou quotistas controladores em Assembleia Geral; temente a sua prestação;
III - exercer poder de veto sobre qualquer proposta submetida à         II - aplicar as penalidades regulamentares e contratuais;
votação dos acionistas ou quotistas da concessionária, que repre-         III - intervir na prestação do serviço, nos casos e condições
sentem, ou possam representar, prejuízos aos fins previstos no previstos em lei;
caput deste artigo;         IV - extinguir a concessão, nos casos previstos nesta Lei e na
IV - outros poderes necessários ao alcance dos fins previstos no forma prevista no contrato;
caput deste artigo.         V - homologar reajustes e proceder à revisão das tarifas na
§ 5o  A administração temporária autorizada na forma deste ar- forma desta Lei, das normas pertinentes e do contrato;
tigo NÃO ACARRETARÁ RESPONSABILIDADE aos financiado-         VI - cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares
res e garantidores em relação à tributação, encargos, ônus, do serviço e as cláusulas contratuais da concessão;
sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, inclusive         VII - zelar pela boa qualidade do serviço, receber, apurar e
com o poder concedente ou empregados. solucionar queixas e reclamações dos usuários, que serão cientifi-
§ 6o  O Poder Concedente disciplinará sobre o prazo da adminis- cados, em até trinta dias, das providências tomadas;
tração temporária.         VIII - declarar de utilidade pública os bens necessários à exe-
cução do serviço ou obra pública, promovendo as desapropria-
        Art. 28. Nos contratos de financiamento, as concessioná- ções, diretamente ou mediante outorga de poderes à conces-
rias poderão oferecer em garantia os direitos emergentes da sionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas in-
concessão, até o limite que não comprometa a operacionalização denizações cabíveis;
e a continuidade da prestação do serviço.         IX - declarar de necessidade ou utilidade pública, para fins
de instituição de servidão administrativa, os bens necessários à
        Art. 28-A. Para garantir contratos de mútuo de longo pra- execução de serviço ou obra pública, promovendo-a diretamente
zo, destinados a investimentos relacionados a contratos de con- ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que
cessão, em qualquer de suas modalidades, as concessionárias será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis;
poderão ceder ao mutuante, em caráter fiduciário, parcela de         X - estimular o aumento da qualidade, produtividade, pre-
seus créditos operacionais futuros, observadas as seguintes servação do meio-ambiente e conservação;
condições:         XI - incentivar a competitividade; e
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        XII - estimular a formação de associações de usuários para         Art. 34. Cessada a intervenção, se não for extinta a conces-
defesa de interesses relativos ao serviço. são, a administração do serviço será devolvida à concessionária,
precedida de prestação de contas pelo interventor, que respon-
        Art. 30. No exercício da fiscalização, o poder concedente terá derá pelos atos praticados durante a sua gestão.
acesso aos dados relativos à administração, contabilidade, recur-
sos técnicos, econômicos e financeiros da concessionária. Capítulo X
        Parágrafo único. A fiscalização do serviço será feita por inter- DA EXTINÇÃO DA CONCESSÃO
médio de órgão técnico do poder concedente ou por entidade         Art. 35. Extingue-se a concessão por:
com ele conveniada, e, periodicamente, conforme previsto em         I - advento do termo contratual;
norma regulamentar, por comissão composta de representantes         II - ENCAMPAÇÃO;
do poder concedente, da concessionária e dos usuários.         III - CADUCIDADE;
        IV - rescisão;
Capítulo VIII         V - anulação; e
DOS ENCARGOS DA CONCESSIONÁRIA         VI - falência ou extinção da empresa concessionária e fa-
        Art. 31. Incumbe à concessionária: lecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa indi-
        I - prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei, nas vidual.
normas técnicas aplicáveis e no contrato;         § 1o Extinta a concessão, retornam ao poder concedente
        II - manter em dia o inventário e o registro dos bens vincula- todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao
dos à concessão; concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no
        III - prestar contas da gestão do serviço ao poder conceden- contrato.
te e aos usuários, nos termos definidos no contrato;         § 2o Extinta a concessão, haverá a imediata assunção do
        IV - cumprir e fazer cumprir as normas do serviço e as cláu- serviço pelo poder concedente, procedendo-se aos levanta-
sulas contratuais da concessão; mentos, avaliações e liquidações necessários.
        V - permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em
        § 3o A assunção do serviço autoriza a ocupação das insta-
qualquer época, às obras, aos equipamentos e às instalações inte-
lações e a utilização, pelo poder concedente, de todos os bens
grantes do serviço, bem como a seus registros contábeis;
reversíveis.
        VI - promover as desapropriações e constituir servidões
autorizadas pelo poder concedente, conforme previsto no         § 4o Nos casos previstos nos incisos I e II deste artigo, o po-
edital e no contrato; der concedente, antecipando-se à extinção da concessão, proce-
        VII - zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação derá aos levantamentos e avaliações necessários à determinação
do serviço, bem como segurá-los adequadamente; e dos montantes da indenização que será devida à concessionária,
        VIII - captar, aplicar e gerir os recursos financeiros necessá- na forma dos arts. 36 e 37 desta Lei.
rios à prestação do serviço.
        Parágrafo único. As contratações, inclusive de mão-de-obra,         Art. 36. A reversão no advento do termo contratual far-se-
feitas pela concessionária serão regidas pelas disposições de di- á com a indenização das parcelas dos investimentos vincula-
reito privado e pela legislação trabalhista, não se estabelecendo dos a bens reversíveis, ainda não amortizados ou deprecia-
qualquer relação entre os terceiros contratados pela concessi- dos, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a
onária e o poder concedente. continuidade e atualidade do serviço concedido.

Capítulo IX         Art. 37. Considera-se ENCAMPAÇÃO a retomada do serviço


DA INTERVENÇÃO pelo poder concedente durante o prazo da concessão, POR
        Art. 32. O poder concedente poderá intervir na concessão, MOTIVO DE INTERESSE PÚBLICO, mediante lei autorizativa es-
com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço, pecífica e APÓS PRÉVIO PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO, na
bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regula- forma do artigo anterior.
mentares e legais pertinentes.
        Parágrafo único. A intervenção FAR-SE-Á POR DECRETO do         Art. 38. A INEXECUÇÃO total ou parcial do contrato acar-
poder concedente, que conterá a designação do interventor, o retará, a critério do poder concedente, a declaração de CADUCI-
prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida. DADE da concessão ou a aplicação das sanções contratuais, res-
peitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas con-
        Art. 33. Declarada a intervenção, o poder concedente de- vencionadas entre as partes.
verá, no prazo de 30 dias, instaurar procedimento administra-         § 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada
tivo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar pelo poder concedente quando:
responsabilidades, assegurado o direito de ampla defesa.         I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada
        § 1o Se ficar comprovado que a intervenção não obser- ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e
vou os pressupostos legais e regulamentares será declarada parâmetros definidores da qualidade do serviço;
sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente devolvido à         II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou
concessionária, sem prejuízo de seu direito à indenização. disposições legais ou regulamentares concernentes à conces-
são;
        § 2o O procedimento administrativo a que se refere o ca-
        III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para
put deste artigo deverá ser concluído no prazo de até 180 dias,
tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou
sob pena de considerar-se inválida a intervenção.
força maior;
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        IV - a concessionária perder as condições econômicas, téc-         Parágrafo único. Aplica-se às permissões o disposto nesta
nicas ou operacionais para manter a adequada prestação do ser- Lei.
viço concedido;
        V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas Capítulo XII
por infrações, nos devidos prazos; DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
        VI - a concessionária não atender a intimação do poder         Art. 41. O disposto nesta Lei não se aplica à concessão,
concedente no sentido de regularizar a prestação do serviço; permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sono-
e ra e de sons e imagens.
        VII - a concessionária não atender a intimação do poder
concedente para, em 180 dias, apresentar a documentação re-         Art. 42. As concessões de serviço público outorgadas anteri-
lativa a regularidade fiscal, no curso da concessão, na forma ormente à entrada em vigor desta Lei consideram-se válidas pelo
do art. 29 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 prazo fixado no contrato ou no ato de outorga, observado o dis-
        § 2o A declaração da caducidade da concessão deverá ser posto no art. 43 desta Lei.
precedida da verificação da inadimplência da concessionária         § 1o  Vencido o prazo mencionado no contrato ou ato de ou-
em processo administrativo, assegurado o direito de ampla de- torga, o serviço poderá ser prestado por órgão ou entidade do
fesa. poder concedente, ou delegado a terceiros, mediante novo con-
        § 3o Não será instaurado processo administrativo de ina- trato.        
dimplência antes de comunicados à concessionária, detalha-         § 2o As concessões em caráter precário, as que estiverem
damente, os descumprimentos contratuais referidos no § 1º com prazo vencido e as que estiverem em vigor por prazo in-
deste artigo, dando-lhe um prazo para corrigir as falhas e determinado, inclusive por força de legislação anterior, per-
transgressões apontadas e para o enquadramento, nos termos manecerão válidas pelo prazo necessário à realização dos le-
contratuais. vantamentos e avaliações indispensáveis à organização das li-
        § 4o Instaurado o processo administrativo e comprovada a citações que precederão a outorga das concessões que as
inadimplência, a CADUCIDADE será DECLARADA POR DECRETO substituirão, prazo esse que não será inferior a 24 meses.
do poder concedente, INDEPENDENTEMENTE DE INDENIZA-         § 3º  As concessões a que se refere o § 2 o deste artigo, inclu-
ÇÃO PRÉVIA, calculada no decurso do processo. sive as que não possuam instrumento que as formalize ou que
        § 5o A indenização de que trata o parágrafo anterior, será possuam cláusula que preveja prorrogação, terão validade máxi-
devida na forma do art. 36 desta Lei e do contrato, desconta- ma até o dia 31 de dezembro de 2010, desde que, até o dia 30 de
do o valor das multas contratuais e dos danos causados pela junho de 2009, tenham sido cumpridas, cumulativamente, as se-
concessionária. guintes condições:
        § 6o Declarada a caducidade, NÃO RESULTARÁ para o po-         I - levantamento mais amplo e retroativo possível dos ele-
der concedente QUALQUER espécie de RESPONSABILIDADE mentos físicos constituintes da infra-estrutura de bens reversíveis
em relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos com e dos dados financeiros, contábeis e comerciais relativos à presta-
terceiros ou com empregados da concessionária. ção dos serviços, em dimensão necessária e suficiente para a rea-
lização do cálculo de eventual indenização relativa aos investi-
mentos ainda não amortizados pelas receitas emergentes da con-
ENCAMPAÇÃO CADUCIDADE
cessão, observadas as disposições legais e contratuais que regula-
Retomada durante o prazo da Inexecução total ou parcial vam a prestação do serviço ou a ela aplicáveis nos 20 anos anteri-
concessão, por motivo de in- do contrato ores ao da publicação desta Lei;
teresse público         II - celebração de acordo entre o poder concedente e o con-
cessionário sobre os critérios e a forma de indenização de eventu-
Mediante lei autorizativa Declarada por decreto
ais créditos remanescentes de investimentos ainda não amortiza-
específica
dos ou depreciados, apurados a partir dos levantamentos referi-
Prévio pagamento da Independentemente de dos no inciso I deste parágrafo e auditados por instituição especi-
indenização Indenização prévia alizada escolhida de comum acordo pelas partes; e 
        III - publicação na imprensa oficial de ato formal de autori-
        Art. 39. O contrato de concessão poderá ser rescindido por dade do poder concedente, autorizando a prestação precária dos
iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das serviços por prazo de até 6 meses, renovável até 31 de dezembro
normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação ju- de 2008, mediante comprovação do cumprimento do disposto
dicial especialmente intentada para esse fim. nos incisos I e II deste parágrafo.
        Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput deste artigo,         § 4o  Não ocorrendo o acordo previsto no inciso II do § 3 o
os serviços prestados pela concessionária não poderão ser in- deste artigo, o cálculo da indenização de investimentos será feito
terrompidos ou paralisados, até a decisão judicial transitada com base nos critérios previstos no instrumento de concessão an-
em julgado. tes celebrado ou, na omissão deste, por avaliação de seu valor
econômico ou reavaliação patrimonial, depreciação e amortização
Capítulo XI de ativos imobilizados definidos pelas legislações fiscal e das so-
DAS PERMISSÕES ciedades por ações, efetuada por empresa de auditoria indepen-
        Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada dente escolhida de comum acordo pelas partes.
mediante CONTRATO DE ADESÃO, que observará os termos         § 5o  No caso do § 4 o deste artigo, o pagamento de eventual
desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, indenização será realizado, mediante garantia real, por meio de 4
inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral parcelas anuais, iguais e sucessivas, da parte ainda não amortiza-
do contrato pelo poder concedente. da de investimentos e de outras indenizações relacionadas à pres-
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tação dos serviços, realizados com capital próprio do concessio- 7) É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos
nário ou de seu controlador, ou originários de operações de fi- essenciais por débitos de usuário anterior, em razão da
nanciamento, ou obtidos mediante emissão de ações, debêntures natureza pessoal da dívida.
e outros títulos mobiliários, com a primeira parcela paga até o úl- 8) É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica em
timo dia útil do exercício financeiro em que ocorrer a reversão. razão de débito irrisório, por configurar abuso de direito e
        § 6o  Ocorrendo acordo, poderá a indenização de que trata o ofensa aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade,
§ 5o deste artigo ser paga mediante receitas de novo contrato sendo cabível a indenização ao consumidor por danos morais.
que venha a disciplinar a prestação do serviço. 9) É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos
essenciais quando o débito decorrer de irregularidade no
        Art. 43. Ficam extintas todas as concessões de serviços hidrômetro ou no medidor de energia elétrica, apurada
públicos outorgadas sem licitação na vigência da Constituição unilateralmente pela concessionária.
de 1988. 10) O corte no fornecimento de energia elétrica somente pode
        Parágrafo único. Ficam também extintas todas as conces- recair sobre o imóvel que originou o débito, e não sobre
sões outorgadas sem licitação anteriormente à Constituição outra unidade de consumo do usuário inadimplente.
de 1988, cujas obras ou serviços não tenham sido iniciados ou
que se encontrem paralisados quando da entrada em vigor
desta Lei.

        Art. 44. As concessionárias que tiverem obras que se encon-


trem atrasadas, na data da publicação desta Lei, apresentarão ao
poder concedente, dentro de 180 dias, plano efetivo de conclu-
são das obras.
        Parágrafo único. Caso a concessionária não apresente o pla-
no a que se refere este artigo ou se este plano não oferecer con-
dições efetivas para o término da obra, o poder concedente po -
derá declarar extinta a concessão, relativa a essa obra.

        Art. 45. Nas hipóteses de que tratam os arts. 43 e 44 desta


Lei, o poder concedente indenizará as obras e serviços realizados
somente no caso e com os recursos da nova licitação.
        Parágrafo único. A licitação de que trata o caput deste artigo
deverá, obrigatoriamente, levar em conta, para fins de avaliação,
o estágio das obras paralisadas ou atrasadas, de modo a permitir
a utilização do critério de julgamento estabelecido no inciso III do
art. 15 desta Lei.

JURISPRUDÊNCIA EM TESES DO STJ


EDIÇÃO N. 13: CORTE NO FORNECIMENTO DE SERVIÇOS PÚ-
BLICOS ESSENCIAIS
1) É legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos
essenciais quando inadimplente o usuário, desde que precedido
de notificação.
2) É legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos
essenciais por razões de ordem técnica ou de segurança das
instalações, desde que precedido de notificação.
3) É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica
quando puder afetar o direito à saúde e à integridade física
do usuário.
4) É legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos
essenciais quando inadimplente pessoa jurídica de direito
público, desde que precedido de notificação e a interrupção
não atinja as unidades prestadoras de serviços
indispensáveis à população.
5) É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos
essenciais quando inadimplente unidade de saúde, uma vez
que prevalecem os interesses de proteção à vida e à saúde.
6) É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos
essenciais quando a inadimplência do usuário decorrer de
débitos pretéritos, uma vez que a interrupção pressupõe o
inadimplemento de conta regular, relativa ao mês do
consumo.
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