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RESUMO PROVA - CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

segunda-feira, 7 de maio de 2018 18:16

- Conceito e Objetivo Visa garantir a supremacia e a defesa das normas constitucionais, frente a possíveis
usurpações.

Deve ser entendido como a verificação de compatibilidade de leis ou atos normativos em


relação a uma constituição.

Pressupostos 1) Existência de uma constituição formal e rígida

2) A Constituição vista como uma Norma Jurídica Fundamental

3) A existência de pelo menos um órgão dotado de competência para realização da


atividade de controle

4) Uma sanção para a conduta (positiva ou negativa) realizada contra a Constituição

Tipos de Conduta a) Inconstitucionalidade por Ação: diz respeito a uma conduta positiva que vai de
encontro às normas constitucionais, ou seja, o Poder Público produz atos normativos
em desacordo com a normatividade constitucional.

b) Inconstitucionalidade por Omissão: decorre de uma conduta negativa dos Poderes


Públicos. Ou seja, o mesmo não atua (non facere), resta em inércia e com isso
inviabilizam direitos previstos na Constituição. A Omissão pode ser dividida em:

- Omissão Total (Absoluta): Ocorre na hipótese de ausência de norma que viabilize


direitos previstos na Constituição.

- Omissão Parcial: Existe o ato legislativo, porém o mesmo é insuficiente para a


viabilização adequada a direitos previstos na Constituição.

Tipo de Vício a) Inconstitucionalidade Formal: Envolve um vício no processo de produção das normas
Ocorrido jurídicas, na medida em que as leis ou os atos normativos são editados em discordância
com os requisitos formais estabelecidos na constituição (Jurisdição Constitucional). →
Inconstitucionalidade Total, já que o ato é viciado na sua gênese

b) Inconstitucionalidade Material: Quando o conteúdo de leis ou atos normativos


contrariar o conteúdo da constituição. Pode ser Total ou Parcial (mais comum).

Quanto ao Momento a) Originária: uma lei ou ato normativo nasce após o início da vigência de uma
constituição ( é adotada no Brasil)

b) Superveniente: a lei ou ato normativo (que já existe) se torna inconstitucional com o


surgimento de uma nova constituição ou com a promulgação de emenda que não
coadune com tal norma infraconstitucional. Para a Doutrina brasileira e para o STF, não
se trata de inconstitucionalidade, mas sim de "não recepção" ou revogação.

OBS: Não cabe ADI sobre lei ou ato normativo anterior à constituição, caberá
atualmente a ADPF - Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental.

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c) Imediata (Direta): resulta da incompatibilidade direta de um lei ou ato normativo. Não
havendo outra lei ou ato normativo intermediário entre a norma inadequada e a
constituição.

d) Indireta: O ato normativo inconstitucional não se relaciona diretamente com a


constituição. Há a inconstitucionalidade de um norma intermediária entre o ato
normativo que se relaciona diretamente com a Constituição e a própria Constituição.

Matrizes de Controle - Matriz Americana (1803): Controle Difuso, feito por todos os membros do Poder
de Judiciário, de modo incidental, com efeitos apenas interpartes e ex tunc
Constitucionalidade
- Matriz Austríaca (1920): Controle Concentrado, delineado por Hans Kelsen. Há um
órgão próprio e específico de controle de constitucionalidade, denominado Corte ou
Tribunal Constitucional. Não há um caso concreto. Possui efeito Erga Omnes e ex nunc.

- Matriz Francesa (1958): Não tem o poder judiciário como órgão de controle, mas sim um
órgão de cunho político, intitulado Conselho Constitucional (Com membros indicados por
políticos) e com mandato de 9 anos.

Quanto ao Momento a) Controle Preventivo: Realiza-se antes do aperfeiçoamento do ato normativo. Ex:
Controle realizado através das CCJs e veto presidencial. Não é a regra no Brasil.

b) Controle Repressivo: É realizado quando já existe lei ou ato normativo. É a regra no


Brasil.

OBS: No Brasil, regra é o controle judicial repressivo, de cunho misto (difuso e


concentrado)

Características - Controle Difuso:

a) Realizado por todos os juízes


b) Em um Caso Concreto
c) De modo incidental
d) Efeitos ex tunc e interpartes (em regra)

- Controle Concentrado:

a) Somente pelo STF


b) Via Ação Específica
c) Em Abstrato, pois não há caso concreto, não há partes e não há lide (em regra)
d) Análise de uma lei em tese (ou falta de Lei, no caso de um ADI por omissão - ADO)

ADI - Ação Direta de - Controle concentrado no STF


Inconstitucionalidade
Não pode ser usado como parâmetro para ADI:
a) O preâmbulo da Constituição
b) Normas Constitucionais já revogadas
c) Normas constitucionais do ADCT que tiveram sua eficácia exaurida
d) Normas das constituições anteriores

- O objeto da ADI será a lei ou o ato normativo federal ou estadual

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- O objeto da ADI será a lei ou o ato normativo federal ou estadual

ADI - Legitimados Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de
constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I - o Presidente da República; (LAU)

II - a Mesa do Senado Federal; (LAU)

III - a Mesa da Câmara dos Deputados; (LAU)

IV a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;


(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (LANU)

V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda


Constitucional nº 45, de 2004) (LANU)

VI - o Procurador-Geral da República; (LAU)

VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; (LAU)

VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; LANU)

IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. (LANU)

§ 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de


inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal
Federal.

§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma


constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.

§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de


norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que
defenderá o ato ou texto impugnado.

§ 4.º (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Legitimados Ativos - Não necessitam demonstrar o interesse de agir


Universais
- Têm caráter público

São Eles:

1 - Presidente da República
2 - Mesa da Câmara e do Senado ( A mesa do congresso NÃO tem legitimidade ativa para
propositura de ADI)
3 - Partido Político com representação no Congresso
4 - Conselho Federal da OAB
5 - Procurador Geral da República

Legitimados Ativos - Devem demonstrar interesse específico de agir


NÃO Universais - Pertinência Temática

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São eles:

1 - Governadores
2 - Mesa das Assembleias
3 - Confederação Sindical
4 - Entidade de Classe

Julgamento - Se a ADI é julgada procedente, a lei é inconstitucional


- Se a ADI é julgada improcedente, a lei é constitucional. Não precisará de uma ADC sobre
a mesma lei

OBS: Já a ADC, se julgada procedente, a lei é considerada Constitucional.


ADC improcedente, a lei é inconstitucional. Não há necessidade de ADI sobre a mesma
lei
Processamento - Em regra, não é exigido advogado para ajuizar ADI. Exceções: partido político e
Confederação Sindical ou Entidade de Classe.

Efeitos Ex Tunc e Erga Omnes (Há exceções)

Efeito Vinculante

Não Cabem 1 - Intervenção de Terceiros

2 - Recursos, salvo embargos de declaração

3 - Ação Rescisória

4 - Não há a possibilidade de alegação de prescrição e decadência para ajuizamento de


ADI, em relação a uma lei ou ato normativo.

5-

PROCESSO CONSTITUCIONAL

O processo constitucional se mostra como mecanismo essencial para a


aplicação da constituição, como ensina Paulo Roberto de Figueiredo Dantas
(2013, p.9), que diz:

(...) o direito processual constitucional tem por objetivo o estudo


sistematizado dos princípios e regras constitucionais que tratam do processo.
Estão incluídos, nessa disciplina, os princípios constitucionais de cunho
processual, as normas que tratam da organização do Poder Judiciário, bem
como o conjunto de normas que tratam da chamada jurisdição constitucional,
e que tutelam as liberdades públicas e disciplinam o controle de
constitucionalidade de leis e atos normativos instituídos pelo Poder Público.

É o processo constitucional, portanto, que disciplina a aplicação das regras


constitucionais visando a manutenção da supremacia da Constituição, por
meio de mecanismos, como por exemplo, a jurisdição constitucional e o
controle de constitucionalidade.

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controle de constitucionalidade.

A denominada Jurisdição Constitucional não constitui uma modalidade


distinta de jurisdição. Trata-se, na realidade, da mesma atividade jurisdicional
do Estado, só que realizada tendo em vista o regramento constitucional, e
destinada a combater os atos e omissões praticados pelas pessoas naturais e
jurídicas, notadamente Poder Público, que contrariem os princípios e regras
fixados pela Lei Maior.

Segundo Peter Häberle (Apud ABBOUD, 2016, P.110), “a função da jurisdição


constitucional consiste na limitação, racionalização e controle do poder
estatal e social, na proteção das minorias e dos débeis e na reparação dos
novos perigos para a dignidade humana”.

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