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DIREITO CONSTITUCIONAL

Direito Constitucional
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DIREITO CONSTITUCIONAL

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
SUGESTÃO DE LEITURA

Nesta aula, trataremos de controle de constitucionalidades, assunto que costuma cair


sempre em prova (podemos dizer que, pelo menos, uma questão cai).
Vamos começar com algumas sugestões de leitura sobre esse tema:
CF: Cláusula de Reserva de Plenário: Art 97 da CF
ADI, ADC: 102, I, a, 102, “p” / 102, § 2º, da CF
Legitimados controle concentrado: Art. 103 da CF
125, § 2º, da CF
CPC: 949
Lei n. 9.868/1999
Lei n. 9.882/1999
Súmula Vinculante n. 10
Primeiro ponto quando se fala de controle de constitucionalidade: quando o STF declara
ser inconstitucional uma lei ou um ato normativo, por exemplo, essa inconstitucionalidade
pode ser formal, material ou formal e material.
Veja melhor abaixo:

1) Quanto a norma violada:

a) Formal:
A inconstitucionalidade formal é aquela que envolve vício no processo de produção das
leis, editadas em desconformidade com as normas previstas constitucionalmente no que
tange ao modo ou à forma de elaboração.
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A formal pode ser:
Orgânica (vício na competência, quando um ente legisla matéria de outro ente. Por exem-
plo: quando a lei fere um princípio constitucional);
Subjetiva (vício na iniciativa, quando a proposta de lei parte de um ente, mas deveria
partir de outro. Por exemplo: quando um deputado federal faz a proposta de uma lei, mas tal
proposta cabe apenas ao Presidente da República); e
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Objetiva (qualquer outro vício. Por exemplo: uma lei que precisa de maioria absoluta ser
aprovada com maioria simples).
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a.1) subjetiva:

Art. 61. § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:


II – disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou au-
mento de sua remuneração;
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:

a.2) objetiva: “outros aspectos referentes ao procedimento de elaboração das leis.”


Ex.: violação ao Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.
a.3) Orgânica Competência – Exemplo: violação ao art. 22 da CF.

b) Material:

A inconstitucionalidade material refere-se ao conteúdo da lei ou norma. A inconstituciona-


lidade ocorre devido à matéria tratada contrariar os princípios ou violar os direitos e garantias
fundamentais assegurados em nossa Constituição Federal.
Ex.: a lei introduz a pena de morte em circunstâncias normais – Violação ao art. 5º, XLVII.
Ex. 2: a lei dando autonomia ao território – violação ao Art. 18. A organização político-ad-
ministrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

2) Inconstitucionalidade Total X Parcial

Além de tudo visto acima, a inconstitucionalidade pode ser total ou parcial. A total atinge a
integralidade da norma, enquanto a parcial atinge um trecho, um artigo ou, até mesmo, uma
expressão ou palavra mal colocada, eivando a norma de vício constitucional.
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 Obs.: o STF pode considerar uma única palavra como inconstitucional. Isso seria incons-
titucionalidade parcial. É diferente do veto presidencial: o Presidente da República
pode vetar uma lei, um artigo, uma alínea, um parágrafo, porém não pode vetar uma
palavra ou expressão, diferente do judiciário. O veto, portanto, é mais amplo.
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Não confunda:

Art. 66. § 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de in-
ciso ou de alínea.

3) Inconstitucionalidade por arrastamento?


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Também existe a inconstitucionalidade por arrastamento, que na teoria é uma declaração


de inconstitucionalidade de uma norma impugnada e, portanto, se estende às normas que
apresentam com ela uma relação de dependência.
Por exemplo: uma lei e um decreto que explica essa lei. Se tal lei for determinada como
sendo inconstitucional, o decreto também o será por consequência. Ou seja, o decreto será
inconstitucional por arrastamento.

4. Parâmetro de Controle

• Preâmbulo? Serve como parâmetro de controle. Na CF, acima do art. 1º, está escrito
que a Constituição foi promulgada e está sob a proteção de Deus. Este é um preâm-
bulo, que não necessariamente precisa ser apreciada pelas Constituições Estaduais,
uma vez que não possui força normativa.
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• Parte permanente (art 1º ao 250 da CF). Ou seja, se for contrário a qualquer um dos
250 artigos da CF, será inconstitucional.
• As normas constitucionais originárias se submetem ao controle de constitucionalidade?
Lembrando que normas constitucionais originárias são aquelas elaboradas pelo Poder
Constituinte Originário (é o poder que desenvolve uma nova constituição). Tais normas
estão na Constituição da República Federativa do Brasil desde sua promulgação em
1988. E não, não se submetem ao controle de constitucionalidade, pois possuem pre-
sunção absoluta de constitucionalidade.
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Inclusive, o STF pode declarar emendas à CF como inconstitucionais, que possuem pre-
sunção relativa de constitucionalidade, mas não às normas originárias.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Ana Paula Blazute.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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