Você está na página 1de 3

DIREITO CONSTITUCIONAL

Controle de Constitucionalidade

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

INCONSTITUCIONALIDADE

Formal (chamada também de nomodinâmica): Orgânica, objetiva e subjetiva.


Material (chamada também de nomoestática)
1. Quanto à norma violada:
a. Formal:
a.1 Subjetiva:

Art. 61. § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:


II – disponham sobre:
a. criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumen-
to de sua remuneração;
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
5m

• A formal subjetiva é quando há um vício de iniciativa do sujeito. Exemplo.: um Deputado


que apresenta um projeto de lei de aumento da remuneração dos servidores públicos.
Quem deve apresentar esse projeto é o Presidente da República.
– Supondo que a iniciativa, no caso do art. 93, tenha sido do STJ. Logo, ocorreu um
vício formal subjetivo.

a.2 Objetiva:

Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.

• Na formal objetiva, o vício é no quórum. Exemplo.: em uma emenda à constituição, a


aprovação se dá por: 2 Casas + 2 turnos + 3/5. Já na lei complementar, o quórum é pela
maioria absoluta. Na lei ordinária, maioria simples. Se existir algum vício no quórum,
será chamado de inconstitucionalidade formal objetiva.

a.3 Orgânica
Se relaciona com a competência.
• Exemplo 1.: em trânsito e transporte, a competência é privativa da União. Se o Estado
legislar sobre isso, se terá uma inconstitucionalidade formal orgânica.
10m

1 www.grancursosonline.com.br
DIREITO CONSTITUCIONAL
Controle de Constitucionalidade

• Exemplo 2.: Súmula Vinculante n. 2 – dispõe que lei estadual não pode legislar sobre
consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.
• Exemplo 3.: crime de responsabilidade. Não pode o Estado legislar sobre crime de res-
ponsabilidade, porque trata-se de competência privativa da União.
• Vide art. 22 da Constituição Federal: competências privativas da União.

b. Material
• Por exclusão (se não for objetiva ou subjetiva), será material.
– Se surgir lei dispondo que território é ente, trata-se de um vício material, porque terri-
tório é uma descentralização da União e não possui autonomia política.
– Vide art. 18, § 2º, da Constituição Federal.: lei dando autonomia ao território não
é possível.

2. No Brasil, existe inconstitucionalidade superveniente?


Situação hipotética.: o Código Penal é de 1940. Supondo que seja permitido a tortura
em determinados casos. Em 1988, com a Constituição Federal, é vedado a tortura. A
pergunta é: o que era constitucional no código penal, passa a ser inconstitucional? NÃO
É POSSÍVEL. Nesse caso, esse artigo do código penal que trata da tortura, seria revo-
gado ou não recepcionado.
15m
• Não há a inconstitucionalidade superveniente. A incompatibilidade superveniente não
gera a inconstitucionalidade, mas sim a não recepção ou revogação.

3. A inconstitucionalidade pode ser parcial?


Enquanto o Poder Executivo, o Presidente, não pode vetar uma palavra, o Judiciário
pode declarar inconstitucional apenas uma palavra ou expressão.
• É possível que a inconstitucionalidade seja parcial, inclusive, pode recair em palavras
ou expressões isoladas.
• Poder Executivo: não pode vetar palavras ou expressões.
20m

4. O que é inconstitucionalidade consequencial ou por arrastamento?


• Exemplo: existe a lei do pregão e o decreto explicando sobre a lei do pregão. Se a lei
do pregão for declarada inconstitucional, o decreto também será declarado inconstitu-
cional, porque trata-se de uma norma secundária explicando uma primária.

2 www.grancursosonline.com.br
DIREITO CONSTITUCIONAL
Controle de Constitucionalidade

• Quando houver dependência entre duas normas ou mais, se a principal for declarada
inconstitucional, também a dependente será declarada inconstitucional por arrastamento.

5. Qual é o parâmetro?
25m
É a parte permanente (art. 1º ao 250) e a parte transitória (ADCT), enquanto tiver eficácia.
• Preâmbulo é parâmetro para controle de inconstitucionalidade? NÃO.
• O preâmbulo é a parte que dispõe que a Constituição está sob a “proteção de Deus”.
Então, todos os Estados o repetiram nas suas constituições estaduais. Mas o Acre fez
diferente, dispondo que está sob a “proteção dos heróis da Revolução Acreana”. Com
isso, começou a polêmica sobre o assunto e o STF entendeu que preâmbulo não possui
caráter normativo (não é norma). Logo, se preâmbulo não é norma, então não é parâ-
metro de controle de inconstitucionalidade.
• Preâmbulo não é considerado norma jurídica.
• Preâmbulo não é de observância em âmbito estadual.

– Com relação às normas constitucionais originárias, NÃO se submetem ao controle de


constitucionalidade. O que existe é uma presunção de que elas sejam constitucionais.
30m

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Ana Paula Blazute.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

3 www.grancursosonline.com.br

Você também pode gostar