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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

 O que é controlar a constitucionalidade?


o Significar indagar, perguntar a respeito da compatibilidade ou incompatibilidade da lei em relação à
Constituição.
o Controle de constitucionalidade ou fiscalização de constitucionalidade tem um objetivo:
 Garantir a supremacia da Constituição
 Princípio da supremacia constitucional
o Existem dois mundos: mundo do ser e mundo do dever-ser.
 Mundo do ser:
 Se há um antecedente obrigatoriamente terá uma determinada consequencia.
 As leis do mundo do ser são leis imodificáveis
 O homem através de sua inteligência não muda a consequencia.
 Ex. jogar uma caneta pra cima (antecedente). Caneta cai no chão (consequencia). Lei da
gravidade.
 Leis naturais. Leis da física, química, biologia etc.
 Mundo do dever-ser:
 Ciências sociais, ciências jurídicas.
 Regras de educação, de etiquetas, morais, jurídicas etc.
 Há um antecedente, o homem com a sua inteligência liga a consequencia que melhor lhe
interessa naquele momento.
 Ex. CP, artigo 121 – matar alguém (texto). Norma que se retira desse texto (não matar).
Matar alguém (antecedente). 121 simples 6 a 20 anos (consequencia). 121 qualificado –
outra consequencia. 121 c/c 23 (legitima defesa) – outra consequencia.
 Enquanto as regras de moral, educação etc são postadas de forma horizontal, as regras
jurídicas são postadas de forma vertical.
o Moral, educação - por que todas elas encontram-se na mesma categoria. Porque não
existem entre elas hierarquia.
o Jurídicas – existe hierarquia. Se houver um choque a Constituição deve prevalecer.
o Espécies de supremacias da Constituição
 Supremacia formal da Constituição
 A CF é uma norma suprema porque ela decorre do poder constituinte originário.
 Supremacia material da Constituição
 A CF é o documento mais importante que temos.
 Os temas tratados na CF, as matérias, são aquelas mais importantes para uma sociedade
política chamada Estado.
 Quando surgiram as CF. Todos os Estados sempre tiveram. 1789, movimento
constitucionalistas, deram aos Estados CF escrita, que Ferdinando Lassale denominou de
“Constituição folha de papel”. Para ele o que mais importava era o que ele denominava os
fatores reais de poder.
 As duas primeiras constituições escritas – americana 1787 e francesa 1791
o Neste momento histórico as matérias (temas) mais importantes para sociedade política:
 1. Direitos e garantias fundamentais
 2. Organização do Estado
 3. Divisão orgânica de Montesquieu
o Hoje:
 1. Direitos e garantias fundamentais
 2. Organização do Estado
 3. Divisão orgânica de Montesquieu
 4. Ordem econômica
 5. Direitos sociais
 6. Objetivos do Estado
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 Rigidez constitucional
o Não há que se falar em controle de constitucionalidade se a CF não for do tipo rígida.
o Constituição quanto a sua alterabilidade (estabilidade, mutabilidade, consistência)
 1. Rígida - CFRB
o É aquela que detêm um processo legislativo de alteração mais trabalhoso, mais
dificultoso, mais solene e burocrático.
o Existe diferente entre o processo legislativo comum (ordinário) e o especial.
o No mínimo 1/3 de deputados, 2 turnos, 3/5 aprovação etc.
o O Alexandre de Morais diz que a nossa CF é rígida, mas contém uma parte em que ela
é super-rígida (que não pode sofrer modificação) – cláusulas pétreas (art. 60, §4 da lei
ápice).
o LFG – a partir de um julgado do STF entende que na pirâmide constitucional tem 3
andares (1. constitucionais 2. supra legais, 3. normas legais)
 2. Flexível (plástica)
o É aquela em que a CF se modifica, se altera pelo mesmo processo legislativo de uma
norma ordinária.
o Aqui não existe diferença entre lei constitucional e ordinária.
 3. Semi-rígida (ou semi-flexível).
o É aquela em que a estabilidade é mista – algumas normas se alteram através de um
processo legislativo mais dificultoso, diferente de outras normas que podem ser
modificadas atendendo ao mesmo processo legislativo da lei ordinária.
o CF do Brasil de 1824 foi uma semi-rígida.
 Tinha dois tipos de normas
 Materialmente constitucional – exigia um processo mais dificultoso
 Formalmente constitucional – o processo de alteração era o mesmo da lei
ordinária.
 Classificação do controle de constitucionalidade
o I - Momento em que é efetuado
 1. Controle preventivo de constitucionalidade
 Objetivo – finalidade
o Impedir que a norma inacabada, portanto projeto de lei, de antemão inconstitucional
adentre no ordenamento jurídico (conjunto de normas de um Estado em um determinado
momento).
 Manifesta-se em três momentos, feito pelo:
o 1. Poder Legislativo
 CCJ – dá um parecer a respeito da constitucionalidade do PL.
 Esse parecer é terminativo (o PL é arquivado). Não é opinativo.
 Art. 58, §2
o 2. Poder Executivo
 Veto jurídico do Presidente
 Ostenta a natureza de controle preventivo
 Art. 66, §1
o 3. Poder Judiciário
 Mandado de segurança impetrado por parlamentar federal (só ele pode)
 Só parlamentar tem o direito líquido e certo ao devido processo legislativo
constitucional.
 2. Controle repressivo de constitucionalidade
 Objetivo – finalidade
o Também denominado de posterior ou a posteriori
o Expurgar, expulsar, retirar do ordenamento jurídico a norma acabada incompatível com
a Constituição
 Feito através de três órgãos (no mundo):
o Órgão político
 Cria-se um órgão que não faz parte do Executivo, nem Legislativo, nem judiciário
para fazer o controle de constitucionalidade.
 Não exerce jurisdição.
 Ex. França
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o Órgão judicial
 Faz parte do Poder Judiciário
 Controle jurisdicional
 No Brasil o controle repressivo é feito, em regra, pelo Poder Judiciário.
 Ex. Brasil (em regra). Exceções:
 Além de ser feito pelo Poder Judiciário pode ser feito por outros órgãos.
 1. Poder Legislativo – ex. lei delegada (o PR solicita autorização para legislar
sobre X. O Congresso autoriza X. O PR legisla X e Z. O legislativo pode sustar os
atos do PR que exorbitem o poder de delegação. A parte Z é inconstitucional e
pode ser sustada pelo Poder Legislativo. CF, Art. 49, inciso V.
 2. Poder Legislativo sustando o decreto que exorbite o poder regulamentar.
Art. 49 - É da Competência exclusiva do Congresso Nacional:
(...)
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa;
 3. Poder Legislativo - MP – O PR edita uma MP sem os requisitos constitucionais
da urgência e relevância. O Congresso pode entender que a MP é
inconstitucional.
 4. Poder Legislativo - Tribunal de contas – órgão que auxilia o legislativo – pode
reconhecer a inconstitucionalidade no caso concreto. Súmula STF 347.
STF - SÚMULA 347 - O TRIBUNAL DE CONTAS, NO EXERCÍCIO DE SUAS ATRIBUIÇÕES, PODE
APRECIAR A CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS E DOS ATOS DO PODER PÚBLICO.
 4. Poder Executivo – existe quem entenda que o chefe do Poder Executivo (PR,
GOV., PREF.) pode determinar a não aplicação da lei pelos órgãos vinculados a
ele que a lei é inconstitucional. (controvertido)
 O controle repressivo jurisdicional, no Brasil, ele é misto. Porque adota dois sistemas
ou dois modelos:
 Sistema difuso – EUA – 1803 – Juiz John Marshall
 Sistema concentrado – ÁSTRIA – Hans Kelsen
o Órgão misto
 Lei regional – controle feito por um órgão jurisdicional
 Lei nacional – controle feito por um órgão político
 Ex. Suíça
 Evolução histórica do controle de constitucionalidade nas CF’s brasileiras.
o CF 1824
 Não fez qualquer referência a controle de constitucionalidade
 Fonte inspiradora foram o constitucionalismo inglês e a constituição francesa que pregavam
a supremacia do parlamento
 A CF de 1824 adotava a teoria do poder moderador (que resolvia os conflitos entre os
poderes)
o CF 1891
 Fonte inspiradora: constituição americana de 1787
 Trouxe para o Brasil o sistema difuso
 “Qualquer juiz qualquer tribunal diante de um caso concreto pode reconhecer a
inconstitucionalidade”.
o CF 1934
 Fonte inspiradora: constituição alemã de 1829 (Constituição de Weimar)
 Manteve o sistema difuso e trouxe três inovações
 1. Tribunal – só por maioria absoluta de votos – reserva de maioria absoluta.
 2. Cria a ADI interventiva.
 3. STF no sistema difuso reconhece a inconstitucionalidade – STF remete ao Senado para
suspensão da lei. (atual art. 52, X, da CF88)
o CF 1967 e 1969
 Nada inovaram em tema de controle de constitucionalidade
o CF 1988
 Controle preventivo
 Controle repressivo em regra jurisdicional misto porque adota os dois modelos:
 Difuso
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o Juiz ou tribunal
 Concentrado (ações)
o 1. ADI genérica
o 2. ADO
o 3. ADC
o 4. ADI interventiva
o 5. ADPF
o Concentrado não é sinônimo de abstrato. Concentrado quer dizer “em um único centro”
(em um único lugar).
o Concentrado pode ser abstrato, mas também pode ser concreto. (ADI interventiva é
concreto (discussão concreta) as outras são discutidas em abstrato)
 Espécies de inconstitucionalidade
o Inconstitucionalidade formal – que recebe os apelidos de orgânica, nomodinâmica
 É aquela em que a lei ou o ato normativo infra-inconstitucional viola o devido processo legislativo
constitucional.
 Ex. quórum de maioria simples aprovando lei que a CF exige quórum de maioria absoluta.
o Inconstitucionalidade material – que recebe o apelido de nomoestática
 É aquela em que a lei ou o ato normativo infra-inconstitucional viola, desrespeita o conteúdo da
Constituição.
 Ex. edital da PF que diz que só pode fazer o concurso homens.
o Inconstitucionalidade por ofensa ao decoro parlamentar (doutrina: Pedro Lenza)
 A lei é material e formalmente constitucional, mas ofende ao decoro parlamentar.
 Ex. Casos do mensalão e do mensalinho (deputados pagos para votar favrorvalmente a projetos
do Executivo).
 Controle repressivo - SISTEMA DIFUSO
o Difuso significa espalhado em mais de um ponto. Quer dizer qualquer juízo, qualquer tribunal.
o Outros nomes:
 Indireto, incidental, interpartes, incidenter tantum, pela via da exceção ou defesa, concreto,
subjetivo.
o Incidental – a alegação da inconstitucionalidade não é pedido é causa de pedir.
o Pontos:
1. Legitimidade Qualquer pessoa física, qualquer pessoa jurídica diante de um caso concreto
pode alegar incidentalmente a inconstitucionalidade.
O juiz pode reconhecer de ofício a inconstitucionalidade.
2. Competência Qualquer juiz, qualquer tribunal diante de um caso concreto pode reconhecer
a inconstitucionalidade, inclusive de ofício.
Tribunal só por maioria absoluta de votos (CF, art. 97). Órgão fracionado
(turma, câmara, seção) não pode reconhecer a inconstitucionalidade. (pode
reconhecer a constitucionalidade). Órgão especial (de um tribunal com mais de
25 membros) também pode reconhecer a inconstitucionalidade (também pode
maioria absoluta).

CF, Art. 97 - Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros


ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público.

Exceção:
CPC, 481 - Parágrafo único - Os órgãos fracionários dos tribunais não
submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a arguição de
inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou do
plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão. (Acrescentado
pela L-009.756-1998)
3. Objeto de Só pode ser lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal.
controle
4. Parâmetro (ou “Eu alego que a lei é inconstitucional em face do que?”
paradigma) de Norma regra e normas princípio constitucional (inclusive princípios
controle constitucionais não expressos).
“O que é bloco de constitucionalidade?”
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Questões de concurso:
1. Preâmbulo pode ser parâmetro de controle? Não. Porque o preâmbulo
não se encontra no campo jurídico e sim político (não tem força
normativa).
2. ADCT pode ser parâmetro de controle? Pode, desde que não tenha se
exaurido.
5. Efeitos da Produz efeitos:
decisão Interpartes (limite subjetivo da coisa julgada)
Ex tunc – a lei é inconstitucional desde a sua promulgação (retroage)
O reconhecimento da inconstitucional não estará na parte dispositiva da
sentença e sim na fundamentação.

IPTU – majoração em 70%. A e B. A não concorda e entra com mandado de


segurança. Decisão não alcança B. O que A quer é não pagar o IPTU. A
inconstitucionalidade é fundamento (causa de pedir). Município recorre ao TJ.
TJ pode decidir a inconstitucionalidade por maioria absoluta. Município recorre
extraordinariamente ao STF. STF reconhece. (decisão não favorece B). STF
remete a decisão para o senado (art. 52, X). O Senado suspende a execução
da lei (agora favorece B – erga omnes, ex nunc).

CF, Art. 52 - Compete privativamente ao Senado Federal:


...
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada
inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;

Questões de concurso:
1. O STF pode modular os efeitos da decisão no sistema difuso?
Excepcionalmente sim. (art. 27 da lei 9868/99)
2. O STF está obrigado a remeter a sua decisão ao Senado? Sim. O STF ou o
PGR deve remeter. Para que o Senado suspenda a execução da lei.
3. Hoje o STF ainda está obrigado a remeter a decisão ao Senado? Sim. (e a
abstrativização do sistema difuso? Voto do ministro Gilmar Mendes?)
4. O Senado pode suspender a execução de uma lei municipal? Sim. Não
interessa a natureza do ato normativo (federal, estadual ou municipal).
5. O Senado está obrigado a suspender a execução da lei? O ato do Senado é
vinculado ou discricionário? O ato é discricionário. Não se pode obrigar um
agente político a decidir de uma forma ou de outra.
6. O Senado suspende a execução de lei através de que? Através de uma
resolução.
7. A participação do Senado só se dá no sistema difuso? Ou também no
concentrado? Só no difuso.
8. Se o STF reconheceu toda a lei inconstitucional, o Senado pode suspender
apenas parte da lei? Não. O senado se tiver que suspender, deve suspender na
forma da decisão do STF.
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 Controle repressivo - SISTEMA CONCENTRADO


o ADI – ação direta de inconstitucionalidade
o 1920 – Áustria – por isso chamado sistema austríaco
o Incorporada no Brasil em 1965 pela EC16
PONTOS DA ADI
1. Legitimidade De 1965 a 1988 – apenas 1 (um) legitimado: PGR
CF88 – Art. 103 – Alargamento dos legitimados (democracia participativa –
alargamento da participação do cidadão na organização do Estado).

CF, Art. 103 - Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação


declaratória de constitucionalidade: (Alterado pela EC-000.045-2004)
I - o Presidente da República; [Legitimado universal] - CPC
II - a Mesa do Senado Federal; [Legitimado universal] - CPC
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; [Legitimado universal] - CPC
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
(Alterado pela EC-000.045-2004) [Autor interessado] - CPC
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Alt. EC-000.045-2004) [Autor
interessado] - CPC
VI - o Procurador-Geral da República; [Legitimado universal] - CPC
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; [Legitimado
universal] - CPC
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; [Legitimado
universal] - ADV
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. [Autores
interessados] - ADV

1999 – Promulgada lei 9868/99 – regulamenta a ADI em seu artigo 7º, §2,
incorpora no Brasil o “amigo da corte” (não é legitimado, é um terceiro especial).
Democracia participativa – alargamento dos legitimados - sociedade aberta de
interpretes constitucionais. A CF é o documento mais importante que temos.
Então a sociedade deve debater a constituição e não só o STF e o PGR. (amigo
da corte, audiências públicas etc).
A CF não diferencia legitimados. Entretanto o STF trás diferenças:
1. Legitimados universais ou neutros (I, II, III, VI, VII, VIII)
- não necessitam demonstrar a pertinência temática
2. Autores interessados ou autores especiais (IV, V, IX)
- estes necessitam demonstrar a pertinência temática
Pertinência temática - necessidade de comprovação do interesse na propositura
da ação. Objeto da ação e a sua finalidade institucional.

Questões de concurso:
1. Vice presidente pode ajuizar ADI? Não. A não ser que esteja substituindo,
exercendo a função de presidente.
2. Mesa do Congresso não pode ajuizar ADI? Não.
3. Os legitimados precisam de advogados para ajuizamento de ADI? A maioria
deles possui capacidade postulatória constitucional, não precisando de
advogado. Alguns deles precisam de advogado: partido político e confederação
sindical.
4. O GOV do Estado do RN pode questionar uma lei do Estado do RS? Em regra
não pode, pois falta pertinência temática. Em regra a lei não repercute no
patrimônio jurídico do RN.
5. Partido político deve ter no mínimo um Deputado Federal ou um Senador. [se
o partido perder a representação no CN o que acontece com a ação? Continua
normalmente (STF)].
6. IX – A UNE tem legitimidade para ADI? Não. Estudante não é profissão.
Classe é categoria laboral. Confederação: reunião de associações (associação
de DPC do RN, da PB, de SP etc, formam a Associação nacional dos DPCs) –
Associação de associações pode ajuizar ADI.

2. Competência Quem pode conhecer e julgar a ADI? STF. Art. 102, inciso I, A.
Art. 102 - Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a
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guarda da Constituição, cabendo-lhe:


I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal
ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato
normativo federal;
STF tem duas turmas de 5 ministros. O Presidente do STF não participa das
turmas. O julgamento tem que ser pelo pleno por maioria absoluta (6 ministros).
Só existe sessão no STF se no mínimo 8 estiverem presentes. Se 8 estão
presentes e 5 votam pela inconstitucionalidade e 3 não. Está aprovada a
inconstitucionalidade? Não. Suspende-se a votação e quando os outros
estiverem presentes votam.
3. Objeto de
controle Lei ou ato normativo federal ou estadual.
Lei municipal não pode ser objeto de controle pela ADI.

O que é lei?
Lei no artigo 102, inciso I, “a”, está em sentido genérico. Significa todas as
espécies normativas elencadas no artigo 59 da CF.

Questão de concurso:
1. É possível uma norma constitucional ser inconstitucional? Uma norma
constitucional não pode ser inconstitucional por que ambas decorrem do
poder constituinte originário. No Brasil não adotamos a tese de norma
constitucional inconstitucional (tese do direito constitucional alemão).
2. Uma EC pode ser inconstitucional? Sim, em face do art. 60, §4 (cláusulas
pétreas). EC é obra do PCDR. Emenda pode ser objeto de controle.
3. Só pode ser objeto de controle concentrado pela ADI após 5.10.88 (data
de promulgação da CF88). As leis anteriores não podem ser objeto de
controle concentrado. Pode no difuso.
4. Súmula pode ser objeto? Não. Pois não é obrigatória.
5. Súmula vinculante? Não. Porque a súmula vinculante tem um processo
próprio de revisão.
6. TI pode ser objeto? Sim.

TI
O artigo 4, inciso I, trata da independência nacional. Esta independência
fundamenta o dualismo jurídico: uma ordem jurídica nacional e uma
internacional. A internacional só produz efeitos dentro do nosso território se
for recepcionada conforme os comandos constitucionais. [no Brasil não
vigora o princípio da recepção automática]
Como se recepciona um TI? Fases:
1. O PR (como Chefe de Estado) deve assinar o TI. (art. 84, inciso VIII)
2. O CN deve aprovar, referendar o TI (art. 49, inciso I) através de um
decreto legislativo. (dualismo mitigado)
3. O TI precisa ser promulgado por um decreto do PR.
Em regra os TI tem a natureza de LO. Ostentando a natureza de lei ordinária
pode ser objeto de controle.
Se o TI tiver por objeto direito humanos a CF afirma que eles serão equivalentes
a EC, desde que seja recepcionado com quórum de emenda, podendo ser objeto
de controle concentrado, porque em tese pode ferir uma cláusula pétrea.

4. Parâmetro (ou A lei viola, ofende o que?


paradigma) de
controle Preâmbulo não pode.
Só ser parâmetro normas constitucionais regras e princípios, inclusive princípios
não expressos.
ADCT pode ser parâmetro. Desde que seja uma norma não exaurida.
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EC pode ser parâmetro. Em regra a EC é incorporada no texto. No entanto


existem alguns artigos da emenda que não se incorporam no texto
constitucional. Aquele artigo da EC não incorporado pode ser parâmetro? Sim.
(EC 32. O art. 2º não foi incorporado ao texto constitucional).

No Brasil nós adotamos o chamado bloco de constitucionalidade restritivo. O


STF entende que normas supraconstitucionais (acima da CF), suprapositivas
não podem ser parâmetro de controle. (valores supraconstitucionais: justiça,
valor, pgd)

TI sobre DH como parâmetro - Controle de convencionalidade


A lei precisa de um duplo controle. Um controle de consti. e de
convencionalidade.
TI DH podem ostentar duas naturezas:
- Se o TIDH não for recepcionado com quorum de EC ele não será equivalente
a EC. Ele é uma norma supra legal (acima da lei e abaixo da constituição). Ex.
Pacto de São Jose da Costa Rica. Pode ser parâmetro no sistema difuso. Como
não é equivalente a EC não pode ser parâmetro no sistema concentrado.
- Se o TIDH for recepcionado com quorum de EC ele será equivalente a EC.
Em sendo assim ele será formal e materialmente constitucional. Pode ser
parâmetro de controle difuso e concentrado.

Autor alega que a lei x atinge o artigo 200 da CF.


O PCDR revoga ou muda o texto do artigo 200 da CF.
Modificação do parâmetro de controle.
A ação perde o seu objeto.
5. Efeitos da Em regra erga omnes, vinculante e ex tunc.
decisão
A decisão que reconhece a inconstitucionalidade declara a lei nula (decisão
declaratória). Por isso a decisão retroage (ex tunc) à data de promulgação da lei.
Essa decisão tem efeito repristinatório. Z que revoga X. X é declarada
inconstitucional. Z ressuscita.
O STF pode reconhecer a inconstitucionalidade de uma palavra, de uma
expressão. Princípio da parcelaridade. Ex. palavra desacato na lei da OAB.
A decisão no sistema concentrado deve obediência ao princípio da congruência.
O autor alega que a lei X ofende o artigo 200 da CF. O STF só pode reconhecer
a inconstitucionalidade do que foi objeto do pedido. Exceção:
inconstitucionalidade por arrastamento ou consequencial. Ex. Pedido artigo 100
da lei x. Se o artigo 102 for decorrente do artigo 100 o STF está autorizado a
declarar a inconstitucionalidade do 102 por arrastamento. Ocorre também com o
decreto que regulamenta a lei.

O que significa cognição aberta no controle concentrado?


Cognição = conhecimento.
O STF pode reconhecer que a lei X é inconstitucional com parâmetro diferente
do alegado pelo autor.

A decisão em ADI possui efeito dúplice. ADI e ADC são ações ambivalentes
(com sinal trocado). Art. 24 da lei 9868/99.
Lei 9868/99 - Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á
improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e,
proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta
ou improcedente eventual ação declaratória.
Erga omnes e vinculante:
Vinculante é mais amplo que o efeito erga omnes. O efeito vinculante obriga os
demais órgãos do Poder Judiciário e do Poder Executivo, inclusive no que tange
aos fundamentos da decisão. [caráter transcendente da decisão]. O STF pode
futuramente mudar a sua posição. Portanto, não vincula o STF.
O efeito vinculante obriga o Poder Legislativo? Não. O legislativo pode votar uma
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lei com o mesmo objeto. Chamado liberdade de conformação legislativa.

Modulação ou manipulação dos efeitos da decisão pelo STF:


Lei 9868/99 - Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de
excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por
maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela
declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em
julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
Requisitos para modulação dos efeitos:
1 – razões de segurança jurídica ou excepcional interesse social.
2 – maioria qualificada de 2/3 dos ministros.
Consequencias da modulação:
- restringir os efeitos da decisão declaratória
- dar eficácia ex nunc. (a partir do trânsito em julgado) ou pro futuro.

Esta modulação dos efeitos pode ser aplicada no sistema difuso? A regra é que
só se aplica ao sistema concentrado, pois está na lei 9868/99. No entanto
excepcionalmente o STF permite a modulação no sistema difuso.

ADI inaugura o que se denomina o processo objetivo. (o difuso é subjetivo).


Processo objetivo é aquele marcado pela generalidade, pela abstração, pela
impessoalidade. Processo sem partes no sentido formal. Não existe litígio
referente a questões concretas individuais.

Inconstitucionalidade chapada
Expressão utilizada pelo ministro Pertence. Inconstitucionalidade evidente,
absurda. Teratologia. “bosta jurídica”.
6. Procedimento A lei 9868/99 diz o rito que segue a ADI.
O PGR obrigatoriamente deve se manifestar na ADI.
O AGU obrigatoriamente deve fazer a defesa de presunção de
constitucionalidade do objeto da ação.
CF, Artigo 103, § 3º - Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a
inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará,
previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto
impugnado.
Se o ato impugnado for lei estadual? Sempre será o AGU.
Hoje o STF permite, excepcionalmente, que o AGU deixe de fazer a defesa do
ato impugnado. Ex. quando o próprio STF já firmou entendimento que aquela lei
é inconstitucional.
O artigo 97 também se aplica ao STF. Maioria absoluta.
Não existe prazo decadencial ou prescricional para ajuizar ADI. Ação que não se
sujeita a prazo. (desde que seja lei após 88)
Não é possível desistência da ação. Art. 5 da lei.
Art. 5o Proposta a ação direta, não se admitirá desistência.
Não é possível intervenção de terceiros em ADI. Art. 7 da lei.
Lei 9868/99 - Art. 7o - Não se admitirá intervenção de terceiros no
processo de ação direta de inconstitucionalidade.

§ 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a


representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível,
admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação
de outros órgãos ou entidades.
O §2º do artigo 7º permite o amigo da corte.
Qual é a natureza jurídica do amigo da corte? Terceiro especial, terceiro
singular, terceiro sui generis.
O amigo da corte é um movimento pela democratização do controle
concentrado. A sociedade deve discutir a Constituição. Sociedade aberta de
intérpretes constitucionais.
Quem defere ou indefere a participação do amigo da corte será o relator da ADI
em despacho irrecorrível.
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Quando será possível o amigo da corte:


- em razão da relevância da matéria e tendo em vista a representatividade do
postulante.
A discussão se dará em audiências públicas marcadas pelo relator.
Ex. Discussão sobre células tronco.
O colaborador do tribunal pode inclusive fazer sustentação oral.
Até quando pode ingressar o amigo da corte? Até que o relator peça pauta para
julgamento da ADI.

A decisão que reconhece a inconstitucionalidade ou constitucionalidade é


irrecorrível.
Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a
inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em
ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos
declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória.
Pode apenas embargos de declaração.
Não cabe ação rescisória em ADI.

Comparativo entre ADI federal e ADI estadual:


ADI FEDERAL ADI ESTADUAL
Artigo da CF Art. 102, inciso I, “a” Art. 125, §2º
Competência STF TJ
Objeto de controle Lei ou ato normativo federal ou Lei ou ato normativo estadual ou
estadual municipal
Parâmetro de Constituição Federal Constituição Estadual
controle
Conclusões 1. Lei municipal não pode ser objeto de controle concentrado no STF pela
ADI;
2. Lei federal não pode ser objeto de controle concentrado no âmbito
estadual;
3. Lei estadual pode ser objeto de controle concentrado no STF e no TJ.
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ADI INTERVENTIVA
- Não existe hierarquia entre pessoas jurídicas com capacidade política (União, Estados, DF e Municípios)
existe uma divisão constitucional de competências.
- Competências: União art. 21 e 22. Municípios art. 29 e 30. Estados art. 25. DF possui competências dos
Estados e dos Municípios.
- Regra: A União não pode intervir nos Estados e os Estados não podem intervir nos municípios.
CF, Art. 34 - A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

- A União nunca pode intervir nos municípios dos Estados. Não existe exceção.
- Exceções: A união poderá excepcionalmente intervir nos Estados e nos municípios localizados nos seus
territórios. A União pode excepcionalmente intervir no DF. Os Estados podem intervir em seus municípios.

Intervenção é uma das espécies de síncopes constitucionais (legalidade extraordinária ou sistema


constitucional de crises) juntamente com Estado de Sítio e Estado de Defesa.

Também chamada pela doutrina de representação interventiva.

De 1998 até hoje só foi ajuizada uma ADI interventiva. (1989 para 1990). Seqüestrador preso. PMs e
tocaram fogo no seqüestrador. PGR ajuizou com base no art. 34, VII, “b”. O STF julgou improcedente o
pedido por entender que foi um caso isolado. Não requisitou a intervenção.

Única ação no modelo concentrado em que a discussão é concreta.


1. Legitimidade PGR – art. 36, inciso III
Art. 36 - A decretação da intervenção dependerá:
(...)
III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do
Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de
recusa à execução de lei federal; (Alterado pela EC-000.045-2004)

2. Competência STF – art. 36, inciso III

3. Objeto de Defesa dos princípios constitucionais sensíveis que estão elencados


controle taxativamente no art. 34, inciso VII
Art. 34 - A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto
para:
...
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
[p. constitucionais sensíveis]
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos
estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção
e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
(Alterado pela EC-000.029-2000)

São aqueles facilmente percebidos. São aqueles que devem ser obedecidos pelos
Estados membros, sob pena de intervenção do todo na parte. Não podem ser
tocadas pelos Estados.
Na representação interventiva existe uma crise federativa.
Os Estados membros podem tudo? Possuem autonomia, poder de auto-
constituição e auto-organização, no entanto estes poderes sofrem limites. Os
limites estão presentes do artigo 25 da lei fundamental.
CF, Art. 25 - Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e
leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
[significa dizer que existem determinadas normas constitucionais que
devem ser respeitadas pelos Estados membros].

O prof. Raul Machado Orta dá o nome a estas normas que os Estados membros
devem obedecer de “normas centrais federais”.
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As normas centrais federais são aquelas previstas na CF que limitam a autonomia


organizativa dos Estados membros. Dentre estas normas estão os “princípios
constitucionais sensíveis” previstos no art. 34, inciso VII da CF. Outro exemplo:
regras a respeito do devido processo legislativo constitucional devem
obrigatoriamente devem ser atendidas pelos Estados membros.

É possível rei estadual? Não. Porque republicanismo é um princípio constitucional


sensível. [a forma republica não é uma cláusula pétrea].
4. Efeitos da O STF requisita ao PR que decrete a intervenção.
decisão Requisição é pedido? Não. Requisição é determinação, que é diferente de ordem.
Na determinação não há subordinação hierárquica.

O PR recebendo a determinação pode trilhar 1 de 2 caminhos:


- 1. Determina a suspensão do ato que ensejou a intervenção. Não
necessariamente nomeará interventor.
- 2. Nomeará um interventor. [se o primeiro caminho não bastar ele está obrigado
a nomear um interventor].

A intervenção se materializa em um decreto que suspende o ato ou nomeando o


interventor.

Qual é natureza jurídica da decisão do STF neste caso? Político administrativa.

Algumas espécies de intervenção exige o controle prévio, concomitante ou


posterior que é feito pelo CN. Nesta espécie de intervenção não existe o controle
político do CN. Art. 36, §3º
CF, Art. 36 - A decretação da intervenção dependerá:
...
§ 3º - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do Art. 35, IV, dispensada a
apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o
decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa
medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
Lei 4335/64 – regulamenta a intervenção.
Se for decretada a intervenção haverá uma limitação circunstancial ao poder
constituinte derivado reformador. Art. 60, §1º
CF, Art. 60
...
§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção
federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
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ADO – Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão


 A CF é uma norma jurídica. Não é um pedido, não é um aviso. É uma ordem, um comando.
 A CF é uma norma jurídica com imperatividade reforçada que recebe a denominação de “força normativa
própria”. Significa que a CF deve ser obedecida.
 A incompatibilidade com a CF pode se dar por ação ou por omissão.
o Esta incompatibilidade por omissão existe porque algumas normas constitucionais necessitam de
integração por uma lei ordinária ou lei complementar.
o Se esta LO ou LC não vem ao mundo jurídico significa que esta omissão é inconstitucional.
 Espécies de normas constitucionais:
o Quanto à eficácia:
 1. Norma constitucional de eficácia plena.
 Também conhecida como norma bastante em si mesma ou auto-aplicável ou auto-
executável.
 Estas produzem efeitos imediatos, diretos, independentemente de normatização futura.
 Elas não precisam de LO ou LC para que tenham efetiva operatividade.
 Artigo 5º, §1º
CF, Art. 5º
...
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
 2. Norma constitucional de eficácia contida
 Estas produzem efeitos direitos imediatos.
 Não necessitam de normatização futura.
 No entanto elas podem ter o seu campo de atuação reduzido, restringido.
 Artigo 5º, inciso XIII
CF, Art. 5º, XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer;
 3. Norma constitucional de eficácia limitada
 Também conhecida como norma não bastante em si mesma ou não auto-aplicável ou não
auto-executável.
 Elas não produzem efeitos diretos, nem efeitos imediatos porque eles necessitam
obrigatoriamente de integração por uma LO ou LC para que tenham efetiva operatividade.
 Se não existir a LC ou LO ocorre inconstitucionalidade denominada de “síndrome de inefetividade”. Falta
de regulamentação quando a CF manda.
o Esta patologia possui dois remédios constitucionais:
 ADO
 Mandado de injunção – art. 5, inciso LXXI
CF, Art. 5º, LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania;

1. Legitimidade Aqueles taxativamente elencados no art. 103.


Portanto os mesmos da ADI.

2. Competência STF

3. Objeto de A inconstitucionalidade se revela na falta de regulamentação de qualquer norma


controle constitucional de eficácia limitada.

4. Efeitos da Em sendo reconhecida a omissão (procedência da ação) o STF dará ciência a


decisão autoridade encarrega por regulamentar a norma constitucional.

Efeitos estão no artigo 103, §2º

CF, Art. 103


...
§ 2º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar
efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para
a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão
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administrativo, para fazê-lo em trinta dias.


Se o órgão encarregada de regulamentar a norma constitucional for Poder o STF
apenas dará ciência da inconstitucionalidade morosa.

Se o órgão encarregada de regulamentar a norma constitucional for um órgão


administrativo, o STF dará um prazo de 30 dias para regulamentação.

O STF pode dar prazo para o Poder Legislativo para regulamentar a norma
constitucional? Em regra não. No entanto já ocorreu um caso na ADO 3682 em
que o STF fixou o prazo de até 180 para o Legislativo regulamentar.

Caso – criação de municípios por Estados membros:


CF, Art. 18, § 4º - A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento
de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado
por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da
lei. (Alterado pela EC-000.015-1996)
Essa LC nunca veio ao mundo jurídico. Ocorreu uma inconstitucionalidade por
omissão.
No dia 18.12.08 o CN não havia regulamentado ainda o art. 18. Neste dia foi
promulgada a EC57/08. Esta EC acrescentou ao ADCT o artigo 96.
CF, ADCT - Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão,
incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido
publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos
estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação.
(Acrescentado pela EC-000.057-2008)

5. Procedimento Está na lei 9868/99.


É praticamente o mesmo da ADI por ação.
O PGR deve ser obrigatoriamente ouvido como fiscal da Constituição.
O AGU não é citado. Não é necessária a citação porque não existe ato a ser
defendido.
Não há concessão de medida liminar em ADO.
Não existe prazo para o ajuizamento da ADO.
A decisão produz efeitos erga omnes, ex tunc.
A decisão tem caráter mandamental.
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DIFERENCAS ENTRE MANDADO DE INJUNÇÃO E ADO


Mandado de Injunção ADO
1. Legitimidade Qualquer pessoa física ou jurídica Art. 103 da CF.
MP pode ajuizar na defesa de direitos e liberdades
constitucionais de terceiros. Regulamentado pela lei
Mandado de injunção coletivo – partidos políticos, 9868/99
associações e sindicatos.
Pessoas jurídicas de direito público como os entes
federados (União, Estados, DF, municípios) não
podem ajuizar mandado de injunção (STF MI 727
RO).
Não existe lei que regulamente o MI (o STF entende
que é uma norma auto-aplicável que deve seguir a lei
que regulamenta o mandado de segurança).
2. Competência Depende de autoridade encarregada de regulamentar Ultra-concentrada:
a norma constitucional. STF, art. 103, §2
Será determinada pelo sujeito passivo do MI.
Existe quem entenda que a competência é difusa
limitada pela CF.

Pode ser:
STF – art. 102, inciso I, “q”
STJ – art. 105, inciso I, “h”
TSE – art. 121, §4º, inciso V
TJ – dependendo da previsão da Constituição
estadual
3. Objeto de Art. 5, inciso LXXI A falta de regulamentação
controle de qualquer norma
CF, Art. 5º, LXXI - conceder-se-á mandado de injunção constitucional de eficácia
sempre que a falta de norma regulamentadora torne limitada. Art. 103, §2
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais
e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania
e à cidadania; CF, Art. 103
...
§ 2º - Declarada a
Aqui no MI temos uma restrição do objeto de controle: inconstitucionalidade por
falta de regulamentação de determinadas normas omissão de medida para
constitucionais. tornar efetiva norma
constitucional, será dada
ciência ao Poder competente
Nem sempre caberá MI. para a adoção das
providências necessárias e, em
Quais normas constitucionais: se tratando de órgão
administrativo, para fazê-lo em
- o exercício dos direitos e liberdades constitucionais
trinta dias.
- das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania
Sempre será possível a
ADO em caso de omissão.
Correntes:
Manoel Gonçalves Ferreira Filho:
- artigos 5º, 12º, 14º e 17º.

José Afonso da Silva - STF


- são direitos, liberdades, prerrogativas quaisquer
direitos.
- adota interpretação extensiva de parâmetro.
- STF MI 361
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4. Efeitos da O STF vem mudando sua decisão em relação aos A decisão é mandamental.
decisão efeitos da decisão no MI.
Em sendo reconhecida a
STF, posições: omissão (procedência da
1. Corrente não concretista ação) o STF dará ciência a
- MI 284 autoridade encarrega por
- O Poder Judiciário deve apenas reconhecer a regulamentar a norma
omissão e dar ciência ao órgão encarregado pode constitucional.
regulamentar a norma constitucional. (não difere dos
efeitos da ADO) Poder – dá ciência da mora
Esta tese ela é acolhida pelo STF em quase todos os (com exceção)
MI. Órgão administrativo – 30
dias
2. Corrente concretista intermediária
- O STF reconhece a omissão e fixa prazo para o
órgão encarregado de regulamentar a norma
constitucional.
- MI 232
- e se ocorrer o transcurso do prazo? O interessado
poderá exercer o direito.

3. Corrente concretista individual


- O STF entende que o Poder Judiciário pode criar a
norma para o caso específico.
- a decisão produz efeitos inter partes.
- defendido pela maior parte da doutrina.
- MI 721 em 30.08.07 – aposentadoria especial para
servidores públicos

4. Corrente concretista geral


- O STF entende que o Poder Judiciário possa suprir
a omissão. Não apenas para o impetrante mais para
todos que se encontrem na mesma situação fática.
- decisão erga omnes.
- MI 708 - 19.09.07 (relator min. Joaquim Barbosa)
- STF determinou a aplicação da legislação que trata
do direito de greve a iniciativa privada aos servidores
públicos.
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AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE – ADC


 Não existia originariamente em 1988. Foi introduzida pela EC03/94.
 Tem o objetivo de transformar a presunção relativa de constitucionalidade em presunção absoluta.
 50% IRPF. Juiz Federal. TRF. STF. Senado. Alguns julgados davam liminares outros não. 10 a 12 anos
de insegurança jurídica ocasionada pela controvérsia constitucional. ADC – uma única ação supera a
insegurança trazida por decisões contraditórias.

1. Legitimidade De 94 a 2004 apenas quatro legitimados:


- PR, Mesa da CD, Mesa do Senado e PGR.
EC45/04 – deu a essa ação os mesmos legitimados do artigo 103.
Mesmos da ADI.

2. Competência STF
Competência ultra-concentrada. Art. 102, I, “a”

3. Objeto de Lei ou ato normativo federal. (sistema difuso: lei federal, estadual e municipal.
controle Sistema concentrado ADI: lei federal ou estadual)
CF, Art. 102 - Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a
guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal
ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato
normativo federal;

4. Efeitos da Erga omnes, vinculante, ex tunc


decisão Obriga os demais órgãos do Poder Judiciário e a administração pública federal,
estadual ou municipal.

É possível a concessão de provimento cautelar. Este provimento suspende por


até 180 dias todas as decisões dos mandados de segurança em curso no Brasil
até que o STF decida se é constitucional ou não.

5. Procedimento Previsto na lei 9868/99


É um procedimento quase que totalmente unilateral.
Não existe contraditório, não existem partes.
Existe um requerente, mas não existe um requerido.
A petição inicial deve demonstrar a existência de controvérsia jurídica relevante.
(deve juntar cópias das várias liminares em sentido divergente). Requisito
específico da inicial da ADC.
PGR deve ser ouvido.
AGU não precisa ser citado.
Não existe intervenção de terceiros.
Decisão irrecorrível e não cabe ação rescisória.
ADI e ADC são ações com sinal trocado. Ações ambivalentes. Art. 24 da lei
9868/99.
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ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL – ADPF


CF, Art. 102
...
§ 1º - A argüição de descumprimento de preceito fundamental decorrente desta Constituição será
apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.
 Norma constitucional de eficácia limitada. Precisa de complementação futura de LO ou LC para que
tenha operatividade.
 Em 1999 veio a lei 9882/99. Regulamentou o §1º do art. 102 e aí passou a ser possível o ajuizamento da
ADPF.

1. Legitimidade O PL a ADPF dava legitimidade a qualquer cidadão. O PR vetou.
Legitimado ativo: Na lei só os elencados no artigo 103.
Devem ser levadas em conta as espécies de legitimados (leg. universais e
autores interessados (pertinência temática)).
Lei 9882/99 - Art. 2o Podem propor argüição de descumprimento de
preceito fundamental:
I - os legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade;
II - (VETADO)
§ 1o Na hipótese do inciso II, faculta-se ao interessado, mediante
representação, solicitar a propositura de argüição de descumprimento de
preceito fundamental ao Procurador-Geral da República, que, examinando
os fundamentos jurídicos do pedido, decidirá do cabimento do seu
ingresso em juízo.

Legitimado passivo: a ação deve recair sobre a autoridade responsável pelo ato
questionado.
2. Competência STF, artigo 102, §1º

3. Cabimento da A lei 9882 faz referencia a duas espécies de ADPF:


ADPF - 1. Arguição autônoma: art. 1º da lei 9882
- 2. Arguição incidental: art. 1º da lei 9882, §único, inciso I
Lei 9882/99 - Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da
Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e
terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante
de ato do Poder Público. [ADPF autônoma]

Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito


fundamental:
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre
lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores
à Constituição; [ADPF incidental]

- é possível ADPF incidental discutindo controvérsia de lei municipal, inclusive


leis anteriores a CF88.

O veto do chefe do Executivo não é ato que possa ser discutido em ADPF.
Porque este veto se encontra no campo político.
4. ADPF ADPF autônoma tem por objetivo evitar ou reparar lesão a preceito fundamental
autônoma resultante de ato do poder público. Pode ser preventiva (evitar) ou repressiva
(reparar).

O que é preceito fundamental? É muito mais que princípio fundamental. Cabe ao


STF decidir o que é preceito fundamental. Ele ainda não disse o que é, mas já
disse o que não é preceito fundamental. A doutrina não é pacífica.

Títulos I (artigos do 1º ao 4º) e título II (artigo 5º) da CF seriam preceitos


fundamentais de acordo com a doutrina majoritária.

Gilmar Mendes defende que os além dos citados, os artigos 34, inciso VII (p.
constitucionais sensíveis) e o art. 60, §4 (cláusulas pétreas) seriam preceitos
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fundamentais.

Ato do poder público (dos três poderes)


- Não necessariamente uma lei. Pode ser uma decisão judicial, um ato
administrativo etc.
- Qualquer ato do poder público que venha ofender preceito fundamental.
- Ofensa a preceito fundamental é diferente de inconstitucionalidade.

É possível ADPF para ato particular que ofende preceito fundamental? Não,
porque a lei exige ato do poder público. Muitas vezes o particular está investido de
autoridade pública (concessionários e permissionários do poder público). Neste
caso é possível ADPF.

Sistema concentrado abstrato. Processo objetivo – processo sem partes, onde


não existe lide.

5. ADPF incidental ADPF por equiparação ou ADPF incidental


Lei 9882/99 - Art. 1o
...
Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito
fundamental:
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre
lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores
à Constituição; [ADPF incidental]

Quando houver controvérsia constitucional sobre a aplicação de lei ou ato


normativo federal, estadual ou municipal, inclusive lei anterior à Constituição de
1988.

O que é controvérsia constitucional? É aquela que trás insegurança jurídica a


respeito da aplicação da lei ou trás dúvidas a respeito da constitucionalidade
desta lei. Não é controvérsia doutrinária ou jurisprudencial. É requisito de
admissibilidade da ADPF.

Mandado de segurança discutindo a aplicação de uma lei estadual num caso


concreto. Uns juízes aplicam outros não. É possível levar essa discussão pode
ser levada diretamente ao STF pela via da ADPF.

Necessário se faz uma controvérsia constitucional num caso concreto. As partes


do processo não detêm legitimidade para ingressar com a ADPF, mesmo na
argüição incidental.

Finalidade da ADPF incidental: antecipar a posição do STF a respeito de questões


constitucionais relevantes e discutidas concretamente.
6. Princípio da Princípio da subsidariedade ou complementaridade
subsidariedade - só será cabível a ADPF quando não existir outro meio, outro instrumento do
controle de constitucionalidade.
Lei 9882/99 – Art. 4º
...
§ 1o Não será admitida argüição de descumprimento de preceito
fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a
lesividade.

Pelo p. da fungibilidade das ações constitucionais - o STF recebe a petição como


ADI genérica caso não seja o caso de ADPF.

7. Efeitos da Decisão irrecorrível.


decisão Lei 9882/99 - Art. 12. A decisão que julgar procedente ou improcedente o
pedido em argüição de descumprimento de preceito fundamental é
irrecorrível, não podendo ser objeto de ação rescisória.
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Erga omnes, vinculante, ex tunc.


Art. 10
...
§ 3o A decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente
aos demais órgãos do Poder Público.
É possível a manipulação ou modulação dos efeitos.
Lei 9882/99 - Art. 11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo, no processo de argüição de descumprimento de preceito
fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de
excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por
maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela
declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em
julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

É possível a concessão de medida liminar em ADPF.


Lei 9882/99 - Art. 5o O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria
absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar na
argüição de descumprimento de preceito fundamental.
§ 1o Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em
período de recesso, poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do
Tribunal Pleno.
§ 2o O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato
questionado, bem como o Advogado-Geral da União ou o Procurador-
Geral da República, no prazo comum de cinco dias.
§ 3o A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais
suspendam o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais,
ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto
da argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se
decorrentes da coisa julgada. (Vide ADIN 2.231-8, de 2000)
§ 4o (VETADO)
Art. 6o Apreciado o pedido de liminar, o relator solicitará as informações às
autoridades responsáveis pela prática do ato questionado, no prazo de dez
dias.

8. Procedimento Petição inicial


Art. 3o A petição inicial deverá conter:
I - a indicação do preceito fundamental que se considera violado;
II - a indicação do ato questionado;
III - a prova da violação do preceito fundamental;
IV - o pedido, com suas especificações;
V - se for o caso, a comprovação da existência de controvérsia judicial
relevante sobre a aplicação do preceito fundamental que se considera
violado.
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de
mandato, se for o caso, será apresentada em duas vias, devendo conter
cópias do ato questionado e dos documentos necessários para comprovar
a impugnação.

Indeferimento da inicial
Art. 4o A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, quando
não for o caso de argüição de descumprimento de preceito fundamental,
faltar algum dos requisitos prescritos nesta Lei ou for inepta.
§ 2o Da decisão de indeferimento da petição inicial caberá agravo, no
prazo de cinco dias.

Quórum para julgamento


Art. 8o A decisão sobre a argüição de descumprimento de preceito
fundamental somente será tomada se presentes na sessão pelo menos
dois terços dos Ministros.

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