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Tópicos Constitucionais
Introdução:
É utilizado para assegurar a supremacia da Constituição Federal;
Só se fala em controle de constitucionalidade quando há um escalonamento normativo
quando há uma norma em posição hierarquicamente superior dando fundamento de validade
para as demais;
Os atos inferiores à Constituição Federal (ex. Leis Complementares, Ordinárias) devem
guardar uma relação de compatibilidade vertical;
Se não for compatível, o ato será inválido e, portanto, surge a inconstitucionalidade pela
quebra da relação de compatibilidade.
CF + EC
Lei Complementar
Medida Provisória
Decretos legislativos
Resoluções
Controle de Constitucionalidade
Conceito:
Inconstitucionalidade norma que contraria a Constituição;
Fonte:
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?search=capa
+da+constitui%C3%A7%C3%A3o+do+brasil+de+1988&titl
e=Special:MediaSearch&go=Go&typ=image
I – Requisitos do controle de constitucionalidade: formal
Possui 2 tipos:
I – Requisitos do controle de constitucionalidade:
inconstitucionalidade formal
Tipos:
Subjetiva: o vício encontra-se na iniciativa do processo legislativo, ou seja, na propositura do
projeto de lei;
Ex.: segundo o Artigo 61, I da CF, é de iniciativa do presidente as leis que fixem ou
modifiquem os efetivos das Forças Armadas. Se um deputado federal apresentar este
projeto de lei, haverá um vício formal;
Objetiva: o vício não se encontra no poder de iniciativa, mas, sim, nas demais fases do
processo legislativo;
Ex.: Lei Complementar votada por um quórum de maioria relativa. Possui um vício formal
objetivo, pois deveria ser votada por maioria absoluta.
Iniciativa
Sanção/veto Publicação
Votação
Discussão Promulgação
Fonte:
https://agenciabrasil.ebc.com.
br/search?term=comiss%C3
%A3o+de+constitui%C3%A7
%C3%A3o+e+justi%C3%A7a
II – Momento de realização do controle de constitucionalidade:
Poder Judiciário no controle preventivo
Exceção: realizado pelo Poder Judiciário, desde que provocado por algum membro da casa,
normalmente, através de um mandado de segurança.
Ex.: membros do Poder Legislativo provocam o Poder Judiciário (STF) para paralisar o
andamento de uma PEC cujo a matéria fosse tendente a abolir os bens protegidos pela
cláusula pétrea.
II – Momento de realização do controle de constitucionalidade:
Poder Judiciário no controle preventivo
Mas...
Se o STF fizesse um controle do regimento interno da Câmara dos Deputados, haveria a
violação do Princípio da Separação dos Poderes, pois tal matéria é interna corporis.
OBS.: no plano abstrato, o juiz de Direito pode fazer um controle preventivo, mas não pode
fazer um controle repressivo.
Ex.: um juiz de Direito poderia paralisar o processo de formação de uma lei municipal.
Fonte:
https://commons.wikimedia.
org/wiki/File:Supremo_Trib
unal_Federal_-_vista.jpg
II – Momento de realização do controle de constitucionalidade:
preventivo X repressivo
Controle repressivo ou posterior: é aquele exercido após a formação da lei ou ato, isto é,
após a existência da lei ou do ato no mundo jurídico.
Classicamente é feito pelo Poder Judiciário, mas, com a CF/88, o controle posterior também
pode ser feito pelo Poder Legislativo.
Ex.: cabe ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem o poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa (Art. 49, V da CF).
Difuso ou aberto, concreto, incidental (via de exceção ou defesa – caso a caso) origem
norte-americana, onde todo e qualquer órgão do Poder Judiciário de qualquer grau de
jurisdição pode fazer controle de constitucionalidade.
Mas
Método misto: abrange os dois controles jurisdicionais de
constitucionalidade, tanto o concentrado como o difuso.
É o sistema brasileiro.
III – Métodos para a realização do controle repressivo
Tipo I:
Reservado, concentrado, direto, abstrato, via de ação – ADIN, ADC,ADPF:
Adota o método concentrado: STF ou TJs podem fazer o controle de constitucionalidade;
O controle não é incidental: o objeto do pedido é a questão constitucional;
O controle é abstrato: não ocorre dentro de um caso concreto, faz-se o controle de lei em
tese, para assegurar a supremacia da Constituição;
O processo é objetivo: não há lide. Visa, objetivamente, assegurar a supremacia
da Constituição;
Os efeitos da decisão são “erga omnes”, “ex tunc”
(retroagem) e vinculantes: a decisão que reconhece a
inconstitucionalidade é declaratória (torna as disposição
contrária nula desde que nasceu).
III – Métodos para a realização do controle repressivo
Tipo II:
Difuso, aberto, concreto, incidental (via de exceção ou defesa – caso a caso):
Adota o método difuso, aberto ou norte-americano: qualquer juiz ou tribunal, diante da
questão prejudicial (arguição de inconstitucionalidade incidental), pode fazer o controle
de constitucionalidade;
O controle é incidental: o objeto do pedido não é a declaração da inconstitucionalidade, mas
esta questão prejudicial está ligada à causa de pedir. A forma que o juiz decidir a prejudicial
decidirá o mérito;
O controle é concreto: ocorre dentro de um caso concreto e os efeitos são entre as partes;
O processo é subjetivo: há um conflito entre as partes
(pretensões e resistências contrapostas) e envolve a
questão constitucional;
Os efeitos da decisão são “inter partes” e
“ex tunc” (retroagem).
Mas...
Atenção!!!
O STF poderá analisar o processo julgado por qualquer juiz ou tribunal, após o trânsito em
julgado pela via difusa, via recurso extraordinário.
Recurso
STF
extraordinário
Aplica os efeitos que são inerentes
ao controle abstrato-concentrado:
“Erga omnes”, “ex tunc” (retroagem) Tribunais superiores
e vinculantes.
Tribunais
Turmas recursais
Juízes
Ainda...
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros
do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade
de lei, ou ato normativo do Poder Público.
Impede que os órgãos fracionários que não tenham a maioria absoluta dos integrantes de
um tribunal afastem a incidência total ou parcial de lei ou ato normativo do Poder Público.
Tal decisão, apenas, será possível pela maioria absoluta dos membros ou dos membros do
órgão especial.
Resumindo
Controle repressivo, judicial, ou a posteriori realizado pelo Poder Judiciário, pois é ele quem
realiza o controle de leis editadas para que seja feita a sua retirada do ordenamento jurídico:
Exceção Poder Legislativo.
Interatividade
O desembargador pode:
Introdução:
É a ação controle concentrado/abstrato de normas. O seu processamento e julgamento é
de competência exclusiva do STF;
Objetivo é defender a ordem jurídica através da apreciação da constitucionalidade, em tese,
de lei ou ato normativo federal ou estadual, ante as regras e os princípios da CF, desde que
editados, posteriormente, à sua promulgação;
Visa defender a ordem constitucional, extirpando a lei ou o ato normativo inconstitucional do
nosso ordenamento jurídico.
Atenção!
Introdução:
Não cabe a ADIN de atos políticos – discricionários. Ex.: veto do presidente da República;
STF não admite a ADIN de leis ou atos normativos municipais em face à CF (impossibilidade
jurídica do pedido);
Como resolver?
?
Controle difuso podendo chegar ao STF por via de recurso extraordinário produzindo o
efeito entre as partes;
Legitimidade:
Ativa: pessoas relacionadas no Art. 103, I a IX e no Art. 2 da Lei 9868/99;
Autores especiais ou interessados reservados: mesas das Assembleias Legislativas e
Câmaras Legislativas, governadores dos estados e DF, confederações sindicais ou entidade
de classe de âmbito nacional devem demonstrar uma pertinência temática (interesse)
para propor a ação;
Autores universais ou neutros: presidente da República, mesa do Senado e Câmara,
Procurador-geral da República, Conselho Federal da OAB e Partido Político com
representação no Congresso Nacional não precisam demonstrar o interesse especial.
Necessidade de advogado:
Efeito:
Declarada da inconstitucionalidade a lei torna-se inaplicável fazendo a decisão coisa
julgada, com efeito erga omnes e vinculante, e “ex tunc” (a lei é fulminada desde a sua
edição, retroativo);
Mas o Art. 27, da Lei n. 9.868/99 autorizou o STF a declarar a inconstitucionalidade da lei ou
do ato a partir de momento diverso daquele da edição da lei ou do ato modulação dos
efeitos ou modulação temporal;
Obs.:
Desobediência à decisão proferida em uma ADIN: Recurso de Reclamação (Art. 102, I “l” e
Regimento Interno do STF);
Aqueles que desafiarem a decisão estarão sujeitos a responder por um crime contra a
Administração Pública, responsabilidade civil e infração administrativa (esta precedida do
regular processo administrativo).
Interatividade
Nos termos da Constituição Federal, possui legitimidade ativa para a propositura de ação direta
de inconstitucionalidade, sem a necessidade de ser acompanhado de advogado, dentre outros:
Nos termos da Constituição Federal, possui legitimidade ativa para a propositura de ação direta
de inconstitucionalidade, sem a necessidade de ser acompanhado de advogado, dentre outros: