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 Inconstitucionalidade por ação x por omissão

Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) foi


criada e é utilizada para sanar problemas relativos à
efetivação de direitos constitucionais em função da
inatividade – omissão da atividade do Poder Público.

A ADO deve ser utilizada para apontar a omissão legislativa


quanto a determinada norma constitucional de eficácia
limitada ( art 37 VII CF), que não foi editada apesar de
determinação constitucional, inviabilizando a concretização
de direitos.

De acordo com o art. 103, § 2º, CF/88, “declarada a


inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar
efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder
competente para a adoção das providências necessárias e,
em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em
trinta dias”.

A ADO é instrumento de controle abstrato (concentrado) do


Poder Judiciário, através de processo constitucional objetivo
para fins de assegurar a supremacia da Constituição.

Inconstitucionalidade por ação: se apresenta por meio de


uma conduta positiva do Poder Público. Ocorre com a edição
de uma lei ou resolução, por exemplo, que afrontem a
sistemática constitucional.

Identifica-se por uma conduta que viola a Constituição


Federal, corresponde à grande maioria das
inconstitucionalidades, subdivide-se em:

Inconstitucionalidade formal - Conhecida como


NOMODINÂMICA: vício de procedimento previsto na
Constituição Federal, inobservância de certo procedimento,
um exemplo seria a violação do procedimento de criação de
uma lei pelo Poder Legislativo, ou a violação da competência
legislativa. Um exemplo é o pressuposto de relevância e
urgência da Medida Provisória, constantemente
desrespeitado hodiernamente. (VÍCIO NO PROCEDIMENTO D
ELABORAÇÃO)

Inconstitucionalidade material – Conhecido como


NOMOESTÁTICO: ofende um fundamento, postulado da
Constituição Federal, por exemplo, violação do princípio da
isonomia. Ex: Uma norma que, por exemplo, permitisse a
exploração do trabalho em condições próximas à degradante
seria materialmente inconstitucional por afronta ao conteúdo
de um dos fundamentos da República, qual seja o valor social
do trabalho. (VÍCIO NO SEU CONTEÚDO)

 MOMENTOS DO CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE

O controle de constitucionalidade pode ser:

O controle poderá ser preventivo (no momento de criação da


norma jurídica, para evitar que nasça ofendendo a
supremacia constitucional) ou repressivo (após o surgimento
da norma- quem exerce: Legislativo, Executivo e Judiciário)).

1. preventivo (aquele realizado durante o processo legislativo


de formação do ato normativo e antes do projeto de lei
ingressar no ordenamento jurídico)

Ex: Projeto de lei apreciado pelo a Comissão de Constituição


e Justiça ou pelo Executivo, Quando o Presidente veta o
Projeto de Lei, ou ainda, pelo o Judiciário, quando o
parlamentar impetra o mandado de segurança preventivo
violação ao devido processo legislativo.

Controle Judicial Preventivo:

a) PEC ( Projeto de Emenda à Constituição) – Ofensiva a


cláusula pétra; artigo 60, § 4º, da Constituição

b) Projeto de Lei ou PECem cuja tramitação se verifique


manifesta ofensa a cláusula constitucional correspondente
processo legislativo.

ou

2. repressivo, que será realizado sobre a lei e não mais sobre


o projeto de lei, após o término de seu processo legislativo e
seu ingresso no ordenamento jurídico. Ex: não aprova uma
medida provisória por entendê-la constitucional.

Ele pode ser feito pelo Judiciário, pelo Executivo e pelo


Legislativo.
Existem dois sistemas ou métodos de controle judiciário de
constitucionalidade repressivo:

A) controle concentrado, abstrato ou reservado ou de via de


ação;

B) controle difuso, concreto ou aberto ou de via de exceção.

 Sistemas e vias de controle judicial

CONTROLE DIFUSO encontra-se em um caso concreto e a


declaração de inconstitucionalidade implementa-se de forma
incidental prejudicando ao exame de mérito

CONTROLE CONCENTRADO Precipuamente direcionada ao


STF, quando o paradigma é a CF e aos respectivos Tj dos
Estados, quando o paradigma é a Constituição Estadual.

 Modelos de controle –

CONTROLE DIFUSO OU CONCRETO(Via de defesa)- art 97 CF

Feito por todos os órgãos do Judiciário, observadas as regras


de competência, para realizar o controle de
constitucionalidade.

Regra: Todo juízo e tribunal, inclusive o STF e TJ.

ORIGEM: NORTE AMERICANO – Estados Unidos

CONTROLE CONCENTRADO OU ABSTRATO (via de Ação) – art


103 cf
Realizado exclusivamente por um órgão do Judiciário

No Brasil, o STF (parâmetro: CF/88) e os Tribunais de Justiça


(parâmetro: Constituições Estaduais).

ORIGEM: SISTEMA EUROPEU

EX: ADI, ADO, ADC, ADPF e ADI Interventiva

Regra: ex tunc (anulam a lei desde a sua criação), erga omnes


(valem para todos) e vinculante para todo o Poder Judiciário
e para todos os órgãos da Administração Pública, direta e
indireta, não abrangendo, apenas, o Poder Legislativo
 Conceito Controle de Constitucionalidade

Controle de constitucionalidade de normas seria verificação


por um órgão competente de compatibilidade de uma
determinada espécie normativa, levando-se em consideração
uma Constituição, que fundamenta a validade daquela norma
e, portanto, não podendo ser contrariada pela aquela norma
inferior.

No Brasil, embora o controle de constitucionalidade seja


essencialmente jurisdicional, o Executivo e o Legislativo
também dispõem da prerrogativa de promover o controle de
constitucionalidade de normas, nos casos e na forma
permitida pela Constituição Federal.

 Vício de Inconstitucionalidade

O vício de inconstitucionalidade formal refere-se ao


procedimento ou forma de elaboração da norma. A
inconstitucionalidade ocorre pelo desrespeito das regras
previstas na constituição para a criação de uma Lei ou norma
(processo legislativo).

O vício formal que ocorre com mais frequência é o vício de


iniciativa, no qual o projeto de lei sobre matéria privativa ou
reservada a uma determinada autoridade é proposto por
pessoa que não tem a competência exigida. Ex: parlamentar
que propõe lei de competência privativa do governador do
Estado.

a) Vício formal subjetivo: a palavra “subjetivo” já remete a


sujeito, certo? Pois é, lembrese disso para memorizar que o
vício está na fase de iniciativa. Nesse caso, quem propõe o
projeto de lei não é a pessoa certa

b) Vício formal objetivo: o vício está nas demais fases do


processo legislativo. Ou seja, ocorre em um momento
posterior à fase de iniciativa. Novamente vou usar exemplo
para facilitar a com

O vício de inconstitucionalidade material refere-se ao


conteúdo da lei ou norma. A inconstitucionalidade ocorre
devido à matéria tratada contrariar os princípios ou violar os
direitos e garantias fundamentais assegurados em nossa
Constituição Federal. Ex: lei que venha a instituir pena de
morte no Brasil. Ex: um Deputado Federal, apresente
proposta de emenda à Constituição (PEC), prevendo pena de
morte para crimes hediondos, após os votos ela é
promulgada. Contudo, é inconstitucional, pois é um
obstáculo para a nova EC promulgada, por estar inserida no
artigo 5º da Constituição, É que uma das limitações materiais
ao poder de emenda (cláusulas pétreas) se refere aos direitos
e garantias individuais.

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