PROCESSO LEGISLATIVO

Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:

 Emendas à Constituição (espécie normativa primária)

 Leis complementares (espécie normativa primária)
 Leis ordinárias (espécie normativa primária)
 Leis delegadas (espécie normativa primária)
 Medidas provisórias (espécie normativa primária)
 Decretos legislativos (espécie normativa primária)
 Resoluções. (espécie normativa primária)

Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração

e consolidação das leis.
CLASSIFICAÇÕES DO PROCESSO LEGISLATIVO
1) Quanto às formas de organização política:

AUTOCRÁTICO:
 Expressão do próprio governante, que se atribui a competência de editar leis,
em detrimento da participação dos cidadãos, seja essa direta ou indireta.
DIRETO
 Discutido e votado pelo próprio povo, diretamente.
SEMIDIRETO
 É aquele que exige concordância do eleitorado, por meio de referendo popular, para
se concretizar.
INDIRETO OU REPRESENTATIVO
 É aquele em que o povo elege seus representantes, que recebem poderes para
decidir sobre assuntos de competência constitucional.
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2) Quanto às sequências de fases procedimentais:

COMUM

 Leis ordinárias

ESPECIAL

 Emendas à Constituição
 Leis Complementares
 Leis Delegadas
 Medidas provisórias
 Decretos Legislativos
 Resoluções
 Leis Financeiras (PPA, LDO, LOA, abertura de créditos adicionais)
 CONTROLE JUDICIAL PREVENTIVO DE CONSTITUCIONALIDADE

 O desrespeito ao processo legislativo constitucional implica em vício insanável

da norma, que resultará em inconstitucionalidade formal ou nomodinâmica.

REPRESSIVO

 Incide sobre norma pronta e acabada.

 É feito por qualquer Tribunal do País (diante de casos concretos) ou pelo STF
(no controle abstrato da norma, ao apreciar uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade ou uma Ação Declaratória de Constitucionalidade).

PREVENTIVO

 Incidir sobre norma que ainda não entrou em vigor.

 Poder Legislativo (quando, por exemplo, as Comissões da Câmara e do Senado
apreciam a constitucionalidade dos projetos de lei)
 o Poder Executivo (quando o Presidente veta um projeto de lei por considerá-lo
inconstitucional)
 Poder Judiciário

PROCEDIMENTOS LEGISLATIVOS

 Sucessão de atos necessários para a elaboração das normas do art. 59., CF/88
 Trâmite para a elaboração de cada ato normativo primário.

PROCEDIMENTO LEGISLATIVO COMUM

 Destinado à elaboração de Leis Ordinárias.

Se se subdivide em:
1. Procedimento legislativo ordinário
2. Procedimento legislativo sumário
3. Procedimento legislativo abreviado

PROCEDIMENTO LEGISLATIVO ORDINÁRIO

 Procedimento mais completo.

 Não há prazos definidos para o encerramento das fases de discussão e votação.
 Estudo mais aprofundado sobre as matérias objeto do projeto de lei.

PROCEDIMENTO LEGISLATIVO SUMÁRIO

 Possui as mesmas fases do ordinário, mas há imposição de prazo para o

encerramento da fase de discussão e votação.

PROCEDIMENTO LEGISLATIVO ABREVIADO

 É o procedimento que se aplica a projetos de lei que dispensam a discussão e votação

em plenário.
 Os PLs são aprovados diretamente pelas Comissões, sem necessidade de irem a
Plenário.
 PROCEDIMENTO LEGISLATIVO ESPECIAL

 Destinado à elaboração das outras espécies normativas primárias:

- Leis Complementares
- Leis Delegadas
- Medidas Provisórias
- Emendas Constitucionais
- Decretos Legislativos
- Resoluções

FASES DO PROCEDIMENTO LEGISLATIVO ORDINÁRIO

Possui 3 fases:
1. Fase Introdutória: Iniciativa
 Apresentação do projeto de lei ao Congresso Nacional

2. Fase Constitutiva
 Deliberação sobre o PL
 Votação do PL
 Manifestação do Chefe do Poder Executivo (sanção ou veto)
 Apreciação do veto presidencial pelo Poder Legislativo

3. Fase Complementar
 Promulgação
 Publicação

FASE INTRODUTÓRIA: INICIATIVA

 O processo legislativo é instaurado por meio da apresentação do projeto de lei por

um dos legitimados a fazê-lo.

LEGITIMADOS:

1. Qualquer membro ou comissão da CD, do SF ou do CN

2. Presidente da República
3. Supremo Tribunal Federal
4. Tribunais Superiores
5. Procurador-Geral da República
6. Cidadãos

*Rol taxativo: TCU e DP tbm podem.

INICIATIVA (EXCLUSIVA OU RESERVADA)

 Apenas determinados órgãos ou agentes políticos gozam do poder para propor leis
sobre uma matéria específica.
 Não se admite delegação.

Ex:

STF – lei complementar sobre o Estatuto da Magistratura

PR – regime jurídico dos servidores públicos federais
PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES – o poder legislativo não pode fixar prazo para
que o detentor da iniciativa reservada apresente projeto de lei sobre determinada matéria,
ressalvados os casos em que o prazo for definido pela própria Constituição.

 Não cabe ao Judiciário obrigar órgão ou autoridade de outro Poder a exercer tal
iniciativa.

 Entretanto, devido à previsão expressa da Constituição, pode o Poder Judiciário, por

meio de mandado de injunção ou ação direta de inconstitucionalidade (ADI) por
omissão, reconhecer a mora do detentor da iniciativa reservada e, em
consequência disso, declarar a inconstitucionalidade de sua inércia.