Você está na página 1de 4

PROCESSO LEGISLATIVO

Trata-se do processo para criação de normas. É o conjunto de atos que deve ser observado para
criação de leis.

Tipos de Leis: Art. 59, CF: I- Emenda Constitucional; II- Leis Complementar; III- Lei
Ordinária; IV- Lei Delegada; V- Medida Provisória; VI- Decreto Legislativo; VII- Resoluções.

1- Espécies de Processo Legislativo:

a) Ordinário
b) Sumário
c) Especial

a) Processo Legislativo Ordinário:


. Para elaborar leis ordinárias.

Fases e atos

1ª Fase: Introdutória  1º Ato: Iniciativa

2ª Fase: Deliberativa

. Parlamentar  2º Ato: Discussão


3º Ato: Votação

. Executiva  4.º Ato: Sanção ou Veto

3ª Fase: Complementar  5º Ato: Promulgação

6.º Ato: Publicação

1º Ato – Iniciativa (Art. 61, CF):

Legitimados:
. No congresso Nacional: I- Deputado Federal; II- Comissão da Câmara dos Deputados; III-
Senador; IV- Comissão do Senado Federal; V- Comissão Mista (Comissão do Congresso
Nacional).

. Fora do Congresso: VI- Presidente da República; VII- Supremo Tribunal Federal; VIII-
Tribunais Superiores (STJ, STM, TSE, TST); IX- Procurador Geral da República; X- Cidadãos.

X- Cidadãos (Iniciativa Popular) – Leis Ordinárias e Complementares:

150,3
1- 1% do eleitorado nacional;
5- Divididos em pelo menos 5 estados da Federação;
0,3- 0,3% dos eleitores de cada estado.
E nos Estados e Municípios?
. Nos Estados a iniciativa popular será regulada por Lei.
. Nos municípios: Assinaturas de 5% do eleitorado municipal.

2º e 3º Ato – Discussão e Votação

* O projeto de Lei Ordinária será discutido e votado nas duas casas do Congresso Nacional em
turno único, sendo aprovado pelo quórum de maioria simples (relativa) – Obs: Maioria dos
presentes *
. Turno único nas duas casas.
. Maiorias Simples (ou relativa) – Maioria dos presentes.

*As rediscussões da lei: Se um projeto for rejeitado, ele não pode ser reapreciado na mesma
sessão legislativa, salvo se houver recurso de maioria absoluta da casa respectiva.

IPC  A casa iniciadora sempre tem força maior, haja vista que, a casa revisora, rejeita, aprova
ou emenda o projeto de lei. Nesse sentido, a partir do momento que é proposta uma emenda no
projeto de lei inicial, o respectivo projeto fica com o status de aceito/aprovado, de maneira que
somente as emendas voltam para análise da primeira casa. Concluindo, na referida situação, a
primeira casa deve dizer se concorda ou não com as emendas e repassar para o Presidente da
República para sanção ou veto.

Obs: As alterações mínimas (de erro de português), não precisam retornar pra casa iniciadora.

4º Ato – Sanção ou Veto

É a concordância do Presidente com o projeto de lei.


É o ato pelo qual o projeto de lei se transforma em lei.

. Prazo de 15 dias úteis para vetar ou sancionar.


- Sanção expressa  O Presidente assina o projeto.
- Sanção tácita  O Presidente deixa o prazo de 15 dias para vetar. (Quem cala consente).

Motivos para vetar:


1- Inconstitucionalidade do projeto (Veto jurídico).
2- Contrariedade ao interesse público (Veto político).

Pode haver veto total ou parcial.


Veto parcial: Não pode vetar palavras isoladas. Deve abranger texto integral de artigo, inciso,
alínea ou parágrafo.

. Havendo veto, deve ser comunicado ao Presidente do Congresso Nacional (Presidente do


Senado) no prazo de 48 horas.

- Derrubada do Veto: O Congresso pode derrubar o veto.


Regras
. Prazo de 30 dias;
. Sessão conjunta;
. Escrutino aberto (voto visto);
. Quórum de maioria absoluta nas 2 casas.
5º e 6º Ato – Promulgação e Publicação

Promulgação  É o ato que atesta a existência de uma nova lei.


Quem promulga? Em regra, é o Presidente. Em caso de derrubada de veto, é o Congresso.
E se o Presidente da República não promulgar no prazo de 48h? Cabe ao Presidente do Senado
promulgar dentro de 48h.
E se o Presidente do Senado não promulgar no prazo de 48h? Cabe ao Vice-presidente do
Senado promulgar no prazo de 48h.

Ao promulgar, manda-se ao Diário Oficial da União para publicação.

Publicação É o ato que dá aos destinatários da Lei o conhecimento de sua existência, que será
feito pelo Diário Oficial da União.

Vacância: Prazo para a lei entrar em vigor.


Se a Lei não fala nada, o prazo é de 45 dias no Brasil e 3 meses no exterior.

b) Processo Legislativo Sumário (Regime de Urgência) – Leis Ordinárias:

Seguem as mesmas fases a atos do processo Ordinário.


O único detalhe é o PRAZO.
Prazo máximo de 100 dias.
Poderá ficar o projeto de lei nas respectivas casas pelo prazo máximo de 45 dias.
Em caso de emendas, a câmera iniciadora tem 10 dias pra analisar as emendas.

Requisitos:
- Deve ser de iniciativa do Presidente da República;
- Deve solicitar urgência;
- Não pode ser projeto de código ou de lei complementar.

b) Processo Legislativo Especial:

Responsável por fazer a Lei Complementar; Lei Delegada; Medidas Provisórias; Resoluções e
Emendas Constitucionais.

I- Lei Complementar
Segue as mesmas fases e atos do processo legislativo ordinário, com apenas uma diferença:
Depende do quórum de maioria absoluta.
Obs: Maioria absoluta  É contabilizado o número total do colegiado nessa conta.

Exemplos de Leis Complementárias: para Divisão de estados, Criação de territórios,


consolidação de leis.

II- Lei Delegada


Conceito: É uma espécie normativa editada pelo Presidente da República que solicita ao
congresso nacional a delegação.
Forma da delegação: Por meio de Resolução que estabelece os limites da delegação.
1- Lei Delegada Típica: O Congresso autoriza a delegação e não estabelece um controle prévio
para a publicação da Lei Delegada.
Obs: Neste caso, se o Presidente da República exorbitar os limites da delegação, cabe ao
Congresso Nacional, por meio de Decreto Legislativo, sustar os atos excedentes da delegação.

2- Lei Delegada Atípica: O Congresso autoriza a delegação, mas determina que o projeto deve
ser por ele apreciado antes da publicação da Lei Delegada, que o fará em votação única sendo
vedada quaisquer emendas.

IPC Limites materiais da Lei Delegada – Art. 68, § 1.º, CF:


I- Organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros;
II- Nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III- Planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.

Você também pode gostar