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ANA MARGARIDA FERREIRA DA SILVA

INSTITUTO POLITÉCNICO
DE VIANA DO CASTELO

DIREITO EMPRESARIAL I
Fases de elaboração de uma lei

A lei emerge do poder legislativo da Assembleia da República,


órgão legislativo por excelência.

O Governo pode também criar decretos-lei, seja no exercício do


seu poder legislativo, seja no exercício de uma autorização
legislativa dada pela Assembleia da República.
A elaboração de uma lei
contempla as seguintes fases:
1 Iniciativa
(art.ºs 156ºb), 180º nº 2g), 197º nº 1d) e 167º CRP),
2 Discussão,votação e aprovação
(artº 168º CRP)
3 Promulgação
(artº 134º b) e 136º CRP),
4 Publicação no DR
(artº 119º CRP)
5 Entrada em vigor
1 Iniciativa
As leis têm início com um projeto de lei
(apresentado pelos deputados ou pelos grupos
parlamentares) ou com uma proposta de lei
apresentada pelo Governo.

O poder de iniciativa é também reconhecido a


grupos de cidadãos.
2 Discussão, votação e aprovação

• Após parecer de uma comissão especializada, há o debate e a


votação na generalidade — relativa, como o nome indica,
aos traços gerais da lei proposta.
• Segue-se o debate e a votação na especialidade, artigo a
artigo, em plenário ou em comissão. Note-se que há matérias
cujo debate e votação têm de ser feitos em plenário (por todos
os deputados).
• O texto resultante é submetido a votação final global e, se
aprovado, é remetido ao Presidente da República para
promulgação.
3. Promulgação

O Presidente da República dispõe de:


• oito dias para requerer ao Tribunal Constitucional a apreciação preventiva
da constitucionalidade
• e 20 dias para exercer o seu direito de veto (chumbar) ou promulgar.

Qualquer que seja a razão do veto (política ou não), a Assembleia pode sempre
confirmar o texto do diploma anteriormente aprovado por maioria absoluta dos
deputados em funções.

Em caso de aprovação nestes termos, o Presidente da República tem


obrigatoriamente de promulgar o diploma no prazo de oito dias depois de o
receber.
4. Publicação
Após a promulgação segue-se a fase da publicação no jornal oficial,
denominado Diário da República.
No Art. 119.º da Constituição da República Portuguesa enumera os atos que
podem ser publicados:
a) As leis constitucionais;
b) As convenções internacionais e os respetivos avisos de ratificação, bem
como os restantes avisos a elas respeitantes;
c) As leis, os decretos-leis e os decretos legislativos regionais;
d) Os decretos do Presidente da República;
g) As decisões do Tribunal Constitucional, bem como as dos outros tribunais a
que a lei confira força obrigatória geral.
5. Entrada em vigor

A entrada e vigor marca o início da vigência da lei

Com a publicação no DR, a lei passa a ser obrigatória,


mas isso não significa que entre imediatamente em
vigor. O intervalo entre a publicação da lei e a sua
entrada em vigor denomina-se vacatio legis (período de
tempo que medeia entre a publicação de um diploma no
jornal oficial e a sua entrada em vigor no ordenamento
jurídico).
Geralmente, uma norma entra em vigor no momento de publicação do
texto legal que a veicula no Diário da República.
No entanto, pode ser estabelecido no próprio texto legislativo que a
norma só passará a vigorar após certo período de tempo contado a
partir da publicação (período denominado de vacatio legis).

Assim:

- os atos legislativos entram em vigor na data neles indicada:


- Quando o diploma não fixa a data de entrada em vigor, esta tem lugar
no 5.º dia após a sua publicação no Diário da República. O prazo conta-
se a partir da disponibilização do Diário da República.
FIM

DIREITO EMPRESARIAL I
Ana Margarida Ferreira da Silva

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