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MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENOVAÇÃO

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE N`DALATANDO


DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE
CIÊNCIA ECONÓMICAS E SOCIAIS

FUNDAMENTO DE DIREITO

FEITURAS DAS LEIS

Orientado por: Marivaldo da Rocha

Ndalatando, Maio de 2023


MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E
ENOVAÇÃO INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE N`DALATANDO
DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE
CIÊNCIA ECONÓMICAS E SOCIAIS

FEITURAS DAS LEIS

CURSO CONTABILIDADE E GESTÃO, 1º ANO

PERÍODO: NOITE

INTEGRANTES DO GRUPO Nº02

Apolinário A. Inga
Dedaldino M. M. António
Emanuel. F. L. F. da Cruz
Ezequiel A. Tchawa (Daderante)
Francisco M. Rodrigues
Francisco Rodrigues
João B. Gerónimo
Joaquim A. J. Diogo
Letício F. Manuel
Miguel G. da Conceição
Nkanga M. k. Faria
Teresa G. Manuel
ÍNDICE

Introdução..................................................................................................1
Fundamentação Teórica............................................................................2
As fases da feitura das leis ......................................................................2
O Poder Constituinte................................................................................5
Formas de Exercício do Poder Constituinte..............................................6
Acepções do Poder Constituinte...............................................................7
Conclusão.................................................................................................8
Referências Bibliográficas
INTRODUÇÃO

Concernente as nossas pesquisas daremos uma explicação do que diz respeito ao tema
que fomos submetidos a elabora Feituras das Leis.

Assim sendo nas páginas subsequentes está contemplada as fases das feituras das leis.

Objectivo

Com o tema dado pelo senhor professor, o presente trabalho pretende


alcançar objectivo como:

Compreender como é feita uma feitura das leis.

Importância

O presente trabalho é meramente importante porque menciona


aspectos essenciais para o nosso conhecimento e de outras pessoas.

Sendo que ele nos permitirá arrecadar uma nota para implantar ao
nosso processo académico.
Ao se deparar com esta matéria, esperamos que tirem o máximo de aproveitamento do
conteúdo que por nós foi elaborado.

1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Designa-se por feituras das leis ou procedimento legislativo: A sucessão de uma


série de actos ou fases necessárias para produzir um acto legislativo, assim sendo os
actos constitutivos do procedimento legislativo sucedem-se através de uma série de
fases que em geral se reconduzem a 5 fases.
• Fase de iniciativa legislativa
• Fase da instrução
• Fase de aprovação
• Fase de promulgação
• Fase de eficácia.

1. A fase da iniciativa legislativa: que também podemos designar


simplesmente por iniciativa legislativa: Consiste no momento em que a feitura de um
acto legislativo começa a sua caminhada. Pode ser:
- Iniciativa interna e iniciativa externa, conforme a iniciativa seja desencadeada
dentro da própria Assembleia Nacional, pelos Deputados ou grupos parlamentares ou
fora do Parlamento da parte do Presidente da República ou mesmo dos cidadãos
(iniciativa legislativa popular).

A iniciativa legislativa assume a forma de projecto de lei quando a iniciativa é dos


Deputados (na prática tem sido os Grupos parlamentares), de ardo o art. 167.º, da CRA.
O Presidente da República envia ao parlamento a iniciativa legislativa que assume a
forma de proposta de lei, entende-se como proposta aprovada em Conselho de Ministro
que materialmente tenha sido delegado no Vice-Presidente da República, num Ministro
de Estado ou Ministro que dirige, coordena os departamentos ministeriais da
Administração Central do Estado, nos termos dos art. 134.º e 167.º, n.º 2, da CRA.

O Poder Judiciário: apresenta contribuições sobre matérias relativas à organização do


poder Judicial ou magistratura e o funcionamento dos tribunais, (art. 167.º, da CRA).
Os cidadãos organizados ou sociedade civil: podem apresentar propostas de iniciativa
legislativas (art. 16.,º n.º 5, da CRA).
2. A fase da instrução legislativa: traduz, após uma primeira manifestação de
vontade que acontece na iniciativa legislativa, um segundo momento de reflexão sobre
o sentido nela apresentado, sendo conveniente e também por vezes necessário obter
informações e opiniões suplementares para melhor legislar.

A instrução legislativa é protagonizada pela comissão especializada em razão da


matéria, que regra geral é permanente

A tarefa que fica a cargo do exame pela comissão especializada consubstancia-se na


apreciação aprofundada da iniciativa legislativa apresentada, trabalho que se conclui
com a apresentação de um relatório, analisando a admissibilidade constitucional da
iniciativa, bem como incorporando os contributos que se imponham no plano das
operações instrutórias específicas estabelecidas

3. A fase da aprovação legislativa: integra o momento mais relevante de todo


o procedimento legislativo, pois que é nele que se assume o clímax da expressão da
vontade de legislar, o qual acontece no seio do órgão legislativo legiferante.

Esta fase deliberativa do procedimento legislativo nacional é, a despeito de alguma


simplicidade na apresentação dos diversos momentos que compõem essa teia
procedimental, decerto a mais substancial de todas elas, ao centralizar o momento
deliberativo fundante da decisão de legislar.
A competência para a revisão, é necessária a maioria para que essas alterações sejam
aprovadas é de 2 á 3 dos Deputados à Assembleia Nacional em efectividade funções
(cf. art. 234.º, n.º 1, da CRA).

A fase da aprovação parlamentar reparte-se por três diferenciados actos, no seu efeito e,
na maior parte dos casos, nos respectivos protagonistas:
A votação na generalização: Respeita a análise pelo plenário dos princípios,
objectivos e linhas de força de cada projecto ou proposta de lei, versando a
votação na generalidade;
A votação na especialidade: Cabe à comissão especializada nas matérias que
não são da competência específica do plenário parlamentar, a votação na
especialidade versa cada artigo, número ou alínea;
A votação final global: Necessariamente da competência do plenário
parlamentar e só possível com a aprovação do texto legislativo na
especialidade – significa a definitiva e firme vontade da Assembleia Nacional
em relação ao mesmo, ao que se segue a adopção da sua redacção definitiva
por parte da comissão especializada.

4. A faze da promulgação: Significa uma apreciação positiva de mérito por


parte do Chefe de Estado a respeito do sentido da legislação aprovada pelo órgão
competente e que lhe é enviada, assim implicando a sua acordância com a mesma. Se,
porém, o Chefe de Estado entender que o diploma legislativo não merece o seu
assentimento, por razões de mérito, deverá vetá-lo politicamente, o mesmo é dizer,
rejeitar a continuação do seu procedimento.

Com o veto político, o acto carece de ser fundamentado, o decreto legislativo é


devolvido à Assembleia Nacional para efeitos de apreciação no sentido da superação do
veto político produzido.
A promulgação presidencial do Decreto de revisão constitucional não pode ser
recusada, não havendo lugar, ao contrário do que normalmente sucede, a veto político,
além de o texto da CRA, expressamente prever a respectiva fiscalização preventiva da
constitucionalidade: "O Presidente da República" não pode recusar a promulgação da
lei de revisão constitucional, sem prejuízo de poder requerer a sua fiscalização
preventiva pelo Tribunal Constitucional (cf. art.
234.º, n.º 2, da CRA).

5. A fase da eficácia legislativa: Corresponde à entrada em


vigor do diploma, para que se impõe a realização de um adequado
conjunto de procedimentos. Os actos sujeitos à publicação oficial, nos
termos da Constituição e da lei, só se tornam juridicamente eficazes
após a sua publicação no Diário da República.

A publicação das alterações à Constituição tem particularidade de ser acompanhada da


republicação codificada de todo texto constitucional já revisto, o que se explica por uma
necessidade de segurança e dignidade no conhecimento da nova versão da lei
fundamental (art.234.º n.º 3 e 4, da CRA).
O Poder Constituinte

Siéyes afirma que o poder constituinte reside na Nação e que esta é o terceiro estado,
em ruptura com as correntes medievais, que viam a Nação estratificada em clero,
nobreza, povo e acima de todos, o monarca. Para Sieyes, o poder constituinte é inicial,
autónomo e omnipotente Inicial, no sentido de que antes dele não existe qualquer outro
poder.

Siéyes escreveu um panfleto sobre “O que é o 3° estado” e aí explica que o terceiro


estado “era tudo” pois era ele o único motor da economia da França e que “não era
nada” pois não colhia nenhum proveito nem honra por isso; ao colocar o terceiro estado
em primeiro lugar, Siéyes identifica-o como titular do poder constituinte.
Definição: é a faculdade de um Povo definir o seu futuro através da feitura de uma
Constituição. É uma manifestação suprema de Soberania, pois trata-se da opção de uma
determinada colectividade em consagrar uma ordem estrutural da sua vida em comum:
uma Ordem Jurídica e uma Ordem Política.

O Poder Constituinte funda uma ordem de domínio: Jurídica e Política. Os poderes


constituídos são manifestação concreta dos órgãos do poder político. São poderes
fundados pelo Poder Constituinte, o Poder Constituinte é o poder fundador, criador, o
pai desses poderes.

Em consequência, enquanto o Poder Constituinte é uma faculdade subordinante, os


poderes constituídos são faculdades subordinadas ao primeiro.
É a Constituição, enquanto conjunto de normas jurídicas, que conforma o estatuto do
poder político e o estatuto da sociedade; é a sua relação com esse poder que determina o
modo como os diversos órgãos do poder político podem funcionar.

É o poder que em sentido amplo abrange a produção de todas as normas


constitucionais, incluindo as de origem consuetudinária.

O poder constituinte é o poder mais elevado, é o poder em que a soberania se realiza


mais plenamente, uma vez que o órgão que o detém determina pelo seu exercício a sua
opção global quanto ao futuro.
Pode ser:
• Originário
• Derivado ou poder de revisão
O poder constituinte originário: É o poder de criar constituição ex novo pelo um
Estado que nunca a teve, ou seja, não a tem em virtude de uma desagregação social.

O poder constituinte derivado ou poder de revisão: Terá de se mover dentro dos


quadros constitucionais e é a faculdade concedida pela constituição, decorre dela, como
tal, é um poder constituinte tal como são todos os restantes poderes criados pelo poder
constituinte originário: o legislativo, o executivo e o judicial.

É o poder de rever a constituição existe para corrigir imperfeições ou colmatar lacunas


ou para adoptar á evolução da sociedade. Não é um poder soberano absoluto está sujeito
a limites.

Natureza e Características: O poder constituinte originário resultará da atribuição de


poderes de feitura de um texto constitucional a uma entidade emergente de uma
revolução ou de um golpe de Estado.

Inicial: Por não existir antes dele qualquer poder que lhe serva de fundamento;

Autónomo: Por ser independente, só a ele competirá decidir-se como e quando elaborar
a Constituição;
Omnipotente: Por não estar subordinado a nenhuma regra do fundo ou de forma;

Formas de Exercício do Poder Constituinte

Democrática: O povo exerce o poder intervindo directamente ou indirectamente na


feitura da constituição;
Ditatorial ou autocrática: O poder é exercido por um indivíduo ou por um grupo de
indivíduos;
Mista ou pactuada: Em que a constituição resulta de um acordo ou pacto entre o povo
(ou seus representantes).
Acepções do Poder Constituinte:

O poder constituinte material espelha as opções de conteúdo que explicitam a nova


Ordem Constitucional que se quer implantar, de acordo com o projecto de Direito que
se produziu, por oposição ao pré-existente, "ideia de Direito" que assim se espraia no
conjunto da Ordem Jurídica;

O poder constituinte formal: representa a formalização desse conteúdo através da


redacção da Constituição e dos actos constituintes em que a respectiva aprovação se vai
consumando.

Há um determinado valor com consequências jurídicas que está subjacente ao Poder


Constituinte, é a moldura jurídica que vai traduzir em normas constitucionais essa
mesma ideia de Direito, esse mesmo valor jurisdicional.

Ele emerge sempre em momentos de ruptura que suplicam uma Carta com a forma
Constitucional. Esta Carta pode ser de natureza diversa:

1. Ligada à fundação de um Estado;


2. Ligada a uma ruptura revolucionária, a um momento revolucionário;
3. Ligada à ruptura da própria ordem constitucional;

Transição constitucional (passagem para uma nova ordem constitucional). Portanto,


procura-se dar corpo à ideia de Direito gerada pelo Poder Constituinte material.

É um processo, visto existirem uma ou mais autoridades competentes para a génese das
normas constitucionais e essas autoridades acabarem por desenvolver um conjunto de
actos que se sucedem de forma encadeada e lógica e que desembocam num acto final.

Este acto final é o chamado acto constituído.


Este processo específico é denominado Processo Constitucional, isto é, trata-se
de uma sequência de actos com uma lógica própria e com um fim determinado.
A Constituição acaba muitas vezes por ser legitimada através do próprio processo
constituinte.
Os processos constituintes contemporâneos acabam por ser formas procedimentais de
legitimação do estatuto do poder político.
CONCLUSÃO

Em profundidade do que foi feita as nossas pesquisas, demos a intender nas


páginas anteriores que feituras das leis ou procedimento legislativo é a sucessão de
uma série de actos ou fases necessárias para produzir um acto legislativo.
Onde vimos as fases para dar o procedimento legislativo que são:
 A fase da iniciativa legislativa
 A fase da instrução legislativa
 A fase da aprovação legislativa
 A faze da promulgação
 A fase da eficácia legislativa

Onde a iniciativa legislativa pode ser exercida pelos Deputados, Grupos


Parlamentares e pelo Presidente da República, assim sendo os órgãos do poder
judicial podem apresentar contribuições sobre matérias relacionadas com a
organização judicial, o estatuto dos magistrados e o funcionamento dos tribunais.
(Artigo 167.º)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Constituição da República de Angola (2010)


Assembleia Constituinte

Antônio José Teixeira; Novo dicionário legislativo. 1ª ed. Angolana, 2005.


PENA, Rodolfo F. Alves. "feituras das leis"; Angola, academia, punível.
Disponível em: https://todamateria.uol.com.br/lei-direito-constitucional.htm.
Acesso em 15 de fevereiro de 2019.

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