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UNIVERSIDADE KATYAVALA BWILA

FACULDADE DE ECONOMIA
CURSO DE ECONOMIA E GESTÃO
DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE ECONOMIA

TRABALHO INVESTIGATIVO APRESENTADO COMO REQUISITO PARA


OBTENÇÃO DE NOTA NA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO
DIREITO

UNIDADE II: AS FONTES DO DIREITO


&
UNIDADE III: TEORIAS DO DIREITO OBJECTIVO E DA RELAÇÃO JURÍDICA

DOCENTE:

Dr. Manuel Jacinto Pedro

CATUMBELA, ABRIL DE 2023


UNIVERSIDADE KATYAVALA BWILA
FACULDADE DE ECONOMIA
CURSO DE ECONOMIA E GESTÃO
DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE ECONOMIA

TRABALHO INVESTIGATIVO APRESENTADO COMO REQUISITO PARA


OBTENÇÃO DE NOTA NA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO
DIREITO

UNIDADE II: AS FONTES DO DIREITO


&
UNIDADE III: TEORIAS DO DIREITO OBJECTIVO E DA RELAÇÃO JURÍDICA

Apresentado pelo Grupo nº 01


1- Adriano Lopes
2- Afonso Hossi
3- Alcides Chiquete
4- António Finda
5- Tolentino dos Santos
6- Tomás Ngungui

Trabalho investigativo apresentado à Faculdade de


Economia da Universidade Katyavala Bwila como
requisito parcial para obtenção de nota na cadeira
de Introdução ao Estudo do Direito, em
Contabilidade e Auditoria, regime pós laboral

CATUMBELA, ABRIL DE 2023


INDÍCE

Unidade II: As fontes do Direito………………………………………………………...1

2. Fontes do Direito ……………………………………………………………...1


2.1. Noção de lei …………………………………………………………………2
2.1.1. O processo de formação e/ou elaboração de uma lei ………………..2
2.1.2. A hierarquia das leis ……………………………………………………...3
2.1.3. A interpretação da lei …………………………………………………….4
2.1.4. A integração da lei ………………………………………………………..4
2.1.5. Aplicação das leis no tempo e no espaço ……………………………..4
2.2. O Costume …………………………………………………………………..5
2.3. A Jurisprudência ……………………………………………………………5
2.4. A Doutrina …………………………………………………………………...6
2.5. Os Tratados internacionais………………………………………………...7

Unidade III: Teorias do Direito Objectivo e da Relação Jurídica…..…………...….8


3.1. As teorias do Direito Objectivo ………...……………..……………………8
3.1.1. Noção do Direito Objectivo ………………………………………….......8
3.1.2. Outros sentidos do termo Direito………………………………………..8
3.1.2.1. Direito Natural …………………………………………………………..9
3.1.2.2. Direito Positivo ………………………………………………………...10
3.1.2.3. Direito Subjectivo…………………………………….…..………..…..10
3.1.2.3.1 Direito subjectivo Público e Privado ……….……..……..…….......11

CONCLUSÃO …………………………………………………………..12
Referências Bibliográficas …………………………………………….13
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
UNIVERSIDADE KATYAVALA BWILA
FACULDADE DE ECONOMIA
Telefone: 222728430
Complexo Universitário da Catumbela
Benguela, Angola

TEXTOS DE APOIO PARA OS ESTUDANTES


UNIDADE CURRICULAR: INTRIDUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
LICENCIATURA EM: ECONOMIA E GESTÃO
ESPECIALIDADE: CONTABILIDADE E AUDITORIA
TURMA: 1º ANO
REGIME: NOTURNO

UNIDADE II: AS FONTES DO DIREITO

INTRODUÇÃO

Neste artigo busca-se, de forma resumida, discorrer a respeito do tema Fontes do


Direito, que encontra-se inserido dentro da disciplina de Introdução ao Estudo do
Direito, que é uma das disciplinas iniciais mais importantes da graduação
(Licenciatura), isso porque a ela cabe o papel de despertar o interesse do estudante
pelo Direito, pois fornece as noções básicas e dar uma visão ampla do Direito,
resumindo, é uma disciplina que possibilita a criação de uma base sólida para o
futuro estudo do direito positivado.

2. FONTES DO DIREITO
As fontes do Direito é nada mais do que a origem do Direito, suas raízes
históricas, de onde se cria (fonte material) e como se aplica (fonte formal), ou seja, o
processo de produção das normas. As fontes do Direito são os meios pelos quais o
Direito se manifesta em um ordenamento jurídico. De forma geral, podemos dividir
as fontes do Direito em Materiais e Formais.

a) Fontes Materiais

As fontes materiais do Direito são todas as autoridades, pessoas, grupos e


situações que influenciam na criação do Direito em determinada sociedade. Ou

1
seja, fonte material é aquilo que acontece no âmbito social, nas relações
comunitárias, familiares, religiosas, políticas, que servem de fundamento para a
formação do Direito. Assim, fonte material é de onde vem o Direito (GARCIA 2015).

b) Fontes Formais

Fontes formais por outro lado, é o meio pelo qual as normas jurídicas se
exteriorizam, tornam-se conhecidas. São, portanto, os canais por onde se
manifestam as fontes materiais (GARCIA 2015).

2.1.Noção de lei
As leis são preceitos (normas de conduta) normalmente de carácter geral e
abstrato, ou seja, voltam- se “a todos os membros da colectividade”. Sendo esta a
fonte mais importante para o nosso ordenamento jurídico.

Podemos classificar a Lei em sentido amplo: que é uma referência genérica


que atinge à lei propriamente, à medida provisória e ao decreto.

Lei em sentido restrito: Emanada do poder legislativo no âmbito de sua


competência – lei ordinária, lei complementar e lei delegada (GARCIA 2015).

2.1.1. Processo de formação e/ou elaboração de uma lei

A fase de elaboração consiste num processo relactivamente complexo e


bastante trabalhoso a que se submeterá um projecto de lei até vir a se transformar
em uma lei”. (Orlando Seco).

O processo de formação de lei é um conjunto de actos realizados pelos


órgãos legislativos visando a formação das leis constitucionais, complementares,
resoluções e decretos legislativos ”. (José Afonso da Silva)

As fases do processo de formação da lei são: Iniciativa; Discussão; Votação;


Aprovação; Sanção ou Veto; Promulgação; Publicação

Fase iniciativa: é a faculdade que se atribui a alguém ou a um órgão para


apresentar projectos de lei ao Legislativo.

Discussão: o parecer emitido pelas Comissões é lido e a matéria do referido


projecto será submetida a deliberações em Plenário.

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Votação: é um acto colectivo das casas do congresso. Geralmente é precedida de
estudos e pareceres de comissões técnicas (permanentes ou especiais) e de
debates em plenário.

Na fase de aprovação poderá ocorrer três situações:

a) O projecto de lei já aprovado pela câmara iniciadora vem a ser rejeitado pela
Câmara revisora. Ocorre o arquivamento.

b) O projecto vem a sofrer emendas, apresentadas pela câmara revisora. Retornará


a casa iniciadora para a apreciação do teor das emendas.

c) O projecto já aprovado pela Câmara iniciadora também é aprovado na Câmara


revisora. Segue para a fase seguinte.

Sanção e veto: são actos de competência exclusiva do Presidente da República.


Sanção e veto somente recaem sobre projectos de lei.

Promulgação e publicação: é a declaração da existência da lei ou seja, é a


condição para que a lei entra em vigor, tornando-se eficaz (ou efetiva).

2.1.2. A hierarquia das leis

Para Hans Kelsen (2009), as leis podem se dividir quanto a sua hierarquia
em:

a) Leis Constitucionais: são as normas mais importantes do ordenamento


jurídico nacional, sendo o fundamento de validade das demais normas de Direito,
limitando o poder, organizando o Estado e definindo os direitos e garantias
fundamentais;

b) Leis Infraconstitucionais: são as leis complementares, as leis ordinárias,


as leis delegadas e as medidas provisórias são hierarquicamente inferiores,
devendo, por isso, ser produzidas de acordo com o devido processo legislativo, bem
como ter o seu conteúdo em consonância com a constituição;

c)Tratados e convenções internacionais: os tratados provêm de acordos


firmados entre as vontades dos Estados, e as convenções através de organismos
internacionais.

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2.1.3. Interpretação da lei

A interpretação responde à pergunta “Como é que uma lei deve ser


interpretada?”, daí o seu carácter normativo. Ao carácter normativo da
interpretação geral da lei acresce o recurso a regras específicas de interpretação da
lei. A finalidade da interpretação é a reconstituição da intenção do legislador
subjacente à produção da lei.

Os elementos de interpretação da lei são:

 Elemento gramatical (ou sentido literal da lei);


 Elemento lógico (ou a construção lógica lei);
 Elemento sistemático (ou a conexão sistemática existente entre as diversas
regras que constam da lei);
 Elemento histórico (circunstância que motivou a elaboração da lei).

2.1.4. A integração da lei

Integração de norma jurídica é a utilização de ferramentas para a correcção da


analogia, costumes ou princípios gerais do direito.

Analogia: consiste na aplicação de uma norma prevista para uma hipótese


distinta, porém semelhante.

Costume: deriva da prática reiterada, constante, pública e geral de


determinado acto com a convicção de sua obrigatoriedade.

Princípios gerais de Direito: são regras jurídicas norteadoras e


universalmente aceitas.

2.1.5. Aplicação das leis no tempo e no espaço

A eficácia da lei no tempo e no espaço trata-se de um critério puramente temporal.


Uma norma estará em vigência até que ocorra a sua revogação. Em muitos casos a
lei traz no seu texto o prazo de sua vigência. Difere de vigor, pois este é a força
vinculante da norma.

A eficácia e vigência da lei dependem se ela tem prazo fixado o seu tempo de
duração após este perde sua eficácia e vigência. Em caso de não ter prazo

4
determinado permanece actuando no mundo jurídico até que seja modificada ou
revogada por outra igual ou superior. A revogação. Pode estabelecer por outra lei
expressa ou tácita, que dispõe de maneira incompatível e regula inteiramente o
assunto. Pode estabelecer pelo decurso do tempo preestabelecido ou pelo discurso
matéria controvertida. A norma que atinge os efeitos de atos jurídicos praticados sobre
o império da lei revogada é retroativa, tem eficácia pretérita. Aplica em qualquer
situação jurídica constituída é irretroativa.

2.2. O Costume

O Costume consiste na prática de uma determinada forma de conduta,


repetida de maneira uniforme e constante pelos membros da comunidade. A
doutrina costuma exigir a concorrência de dois elementos para a caracterização do
costume jurídico. O elemento objectivo corresponde à prática, universal, de uma
determinada forma de conduta. O elemento subjectivo consiste no consenso, na
convicção da necessidade social daquela prática. (GARCIA 2015).

Trata-se de uma fonte com menos certeza e segurança jurídica pelo fato de,
ao contrário do que ocorre no processo de elaboração das leis, sua formulação não
segue um rito formal, sua origem segue processos difusos, mas há a exigência da
observância de dois elementos, o relacional ou subjectivo, onde se tem a certeza
da necessidade social da prática, e o substancial, ou objetivo, que é a sua prática
permanente no decurso do tempo.

2.3. A Jurisprudência

A jurisprudência é o resultado de um conjunto de decisões judiciais no mesmo


sentido sobre uma mesma matéria proferidas pelos tribunais. É formada por
precedentes, vinculantes e persuasivos, desde que venham sendo utilizados como
razões do decidir em outros processos, e de meras decisões.

A jurisprudência pode ser conceituada tanto em termos gerais quanto pela


óptica do caso particular. Sob a primeira perspetiva é definida como o conjunto das
soluções dadas pelos tribunais as questões de direito. Para a segunda, denomina-se

5
jurisprudência o movimento decisório constante e uniforme dos tribunais sobre
determinado ponto do Direito.

Quando se fala em jurisprudência, não se está referindo a apenas duas ou


três decisões tomada por juízes, mas sim, a um conjunto de julgamentos que
contenham uma coerência entre si, que compartilhem de uma mesma ideia.
Doutrinadores defendem que o papel da jurisprudência é “adequar o sistema a
uma nova conjugação de forças” (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2012, p.66),
isso porque é exatamente a jurisprudência que proporciona uma maior flexibilidade
ao estático ordenamento jurídico. Ela, em algumas situações, acaba por inovar a
matéria não se limitando ao que está estritamente escrito nas leis, mas sim,
buscando uma melhor adequação das normas ao contexto contemporâneo. São as
mesmas palavras, mas com um sentido novo para a sociedade.

2.4. A Doutrina

A Doutrina é uma das fontes do Direito que advém do estudo científico-


jurídico realizado pelos juristas, ou seja, é a análise, sistematização, interpretação e
elaboração das normas jurídicas.

A doutrina também é entendida como conjunto da produção intelectual dos


juristas, que se empenham no conhecimento teórico do Direito.

São muitos, aqueles que não aceitam a doutrina como uma fonte do Direito
alegando que os ensinamentos dado pelos juristas, por mais sábio que fossem,
não teriam força para determinar a norma jurídica que deva ser cumprida pelos
juízes, pois tais argumentos podem sempre serem contrapostos com argumentos
contrários, não dando uma certeza jurídica.

A doutrina mantem-se sempre atual, ela segue o curso do tempo, não fica
estático como a letra das leis, ela traz ideias novas pois está sempre em mutação,
ela organiza melhor o direito, para que com isso possa haver um melhor
entendimento dele, desenvolve um papel critico perante as normas, essencial para
se ter uma visão mais clara da norma a ser aplicada.

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2.5. Os tratados internacionais

Tratado internacional é a formalização de um pacto celebrado entre países ou


grupos étnicos com o propósito de instituir a paz e o equilíbrio econômico, definir
fronteiras físicas, organizar atividades comerciais, estabelecer regras ambientais ou
promover a paz.

O tratado internacional basicamente se caracteriza pelo interesse de duas


nações em estabelecer os termos de um entendimento comum.

O atendimento às demandas conjuntas é comparado com a análise das


restrições internas presentes nos países e, então, se busca um termo possível que
satisfaça os requisitos essenciais de cada parte.

Por esse motivo, entende-se que, desde os tempos mais remotos da história
humana, os povos criaram estruturas análogas aos modernos sistemas de relações
exteriores para comercializar bens, edificar obras ou terminar guerras.

2.5.1. Etapas de um tratado internacional

A partir do início até sua conclusão, o processo solene de um tratado passa


por quatro fases:

1. Negociações iniciais e assinatura: nessa primeira fase, com o auxílio do corpo


diplomático, os representantes das nações discutem os termos e apresentam
as demandas de cada parte
2. Aprovação no parlamento de cada nação: finalizada a primeira parte, o texto é
submetido à aprovação parlamentar, que não poderá incluir alterações no
texto original.
3. Ratificação ou adesão ao texto: por meio da autorização do Poder Legislativo,
o texto é ratificado e o país adere aos termos estabelecidos
4. Decreto e promulgação do texto na Imprensa Oficial do Estado: última etapa
do processo, é por meio dela que o tratado internacional passa a ter vigência
interna e externa.

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UNIDADE III: TEORIAS DO DIREITO OBJECTIVO E DA RELAÇÃO JURÍDICA

INTRODUÇÃO:

Neste capítulo busca-se de forma resumida, certas abordagens no tema


TEORIAS DO DIREITO OBJECTIVO E DA RELAÇÃO JURÍDICA, dentre elas
destacamos a noção do direito objectivo, outros sentidos relacionados ao termo do
Direito, Direito natural, positivo e subjectivo. Conceitos que dão uma certa
sustentabilidade ao estudo do Direito.

3.1. TEORIAS DO DIREITO OBJECTIVO

O Direito objectivo é considerado uma norma de agir (norma agendi) que


visa regular as relações na sociedade . O Direito objectivo é tudo que está previsto
na lei, como por exemplo, o caso da gestante que tem Direito a licença à
maternidade, esse Direito está previsto na lei, na constituição

3.1.1. Noção do Direito Objectivo

Direito objcetivo são as normas criadas pelo Estado, cujos seus


descumprimentos, geralmente, acarretam em uma sanção. É o conjunto de normas
que o estado mantém em vigor.

Constitui uma entidade objectiva frente aos sujeitos de direitos, que se


regem segundo ele. Sendo assim, é o conjunto de normas que obrigam a pessoa a
ter um comportamento condizente com a ordem social. Ou seja, através das
normas, determina-se a conduta que os membros da sociedade devem seguir.

3.1.2. Outros sentidos do termo Direito

Por mais que se faça um estudo sobre o Direito, existe um conjunto de


distinção sobre o termo em causa. Eis as distinções fundamentais:

Direito subjectivo: é um poder atribuído a um sujeito, ou seja, o Direito


objectivo atribui a faculdade ou o poder do titulara poder usar a norma para proteger
os seus interesses. Por exemplo:

a) João tem direito a pedir uma indemnização;


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b) Isabel tem direito a contrair matrimónio;
c) Raquel pode adotar o apelido do marido.

Direito objectivo: são normas jurídicas, regras de direito ou o conjunto de normas.


Por exemplo:

a) O Direito do Trabalho foi alterado;


b) O Direito Penal prevê uma indemnização para estes casos.

Vejamos outras possibilidades:

O Diogo entrou na faculdade de Direito. Aqui o Direito aparece como um


ramo do conhecimento humano. Como uma ciência, como um saber,
O Joaquim tem direito a fazer exame na 2.ª fase. Aqui o Direito significa
uma faculdade, um poder que é atribuída a um sujeito.
O Direito Penal sofreu alterações. Aqui o Direito surge como direito objetivo
Acabaram com o autocarro das 20.00h: não há direito! O Direito aqui
aparece associado à noção de Justiça. Direito é o que é justo, correto, certo, válido.
Assim, o Direito pode equivaler à Justiça.

3.1.2.1. Direito Natural


O Direito natural é a ideia universal de justiça. É o conjunto de normas e
direitos que já nascem incorporados ao homem, como o direito à vida.

Pode ser entendido como os princípios do Direito e é também chamado


de jusnaturalismo.

Diferente do que se entende pelo nome, não são apenas as leis da natureza
que fazem parte do conjunto das normas jurídicas naturais. O Direito Natural tem
seus valores estabelecidos por ordem divinos, assim como pela razão.

As principais características do direito natural são a estabilidade e


imutabilidade. Ou seja, não sofre alterações ao longo da história e do
desenvolvimento da sociedade.

O Direito Natural antecede todas as outras teorias do direito, deve ser maior
até que o poder do Estado, e nenhuma lei pode ir contra este ordenamento.

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3.1.2.2. Direito Positivo

O Direito Positivo é o conjunto de leis instituídas por um Estado, considera as


variações da vida social e dos Estados como influenciadoras das leis criadas pelos
homens, fundamentadas no Direito natural.

O Direito positivo consiste no conjunto de todas as regras e leis que regem a


vida social e as instituições de determinado local e durante certo período de tempo.

Também conhecido por juspositivismo, o Direito positivo é mutável, uma vez


que as leis que regem o funcionamento de determinada nação podem ser alteradas
ao longo do tempo, levando em consideração fatores que condizem com a realidade
vivida por esta sociedade específica.

O positivismo jurídico surgiu em meados do século XIX na Europa, como uma


corrente que defendia o Direito como a lei de único valor e emanada a partir do
Estado. Este pensamento se contrapunha ao modelo do Direito Natural, que
acreditava na ideia de justiça universal baseada nas leis da natureza, nas leis de
Deus (sob a perspetiva da Igreja) ou pela razão humana (Iluminismo).

Em síntese, o Direito Positivo vai regulamentar as questões intrínsecas a uma


determinada sociedade.

3.1.2.3. Direito Subjectivo

O direito subjectivo se refere aos direitos que são efetivamente garantidos ao


indivíduo pela lei. É a forma concreta de um Direito que foi determinado pela lei e
pode ser usufruído por uma pessoa.

Assim, o Direito subjectivo ou facultas agendi, pode ser definido como


o direito de exigir, é o poder que uma pessoa possui de fazer valer um direito
individual que foi previamente garantido pela lei.

Portanto, é o direito subjectivo que permite que uma pessoa invoque a


previsão da lei para garantir o cumprimento de um direito.

O direito subjectivo recebe este nome, pois é uma referência ao sujeito de


direito, ou seja, a quem possui o direito.

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3.1.2.3.1 Direito Subjectivo Público e Privado

O Direito subjectivo pode ser subdivido em Direito subjectivo público e Direito


subjectivo privado.

O Direito subjectivo público é o direito de ação, de petição, direito de


liberdade e direitos políticos. É referente ao Estado, assim, é relacionado com
direitos que devem ser prestados (garantidos) aos cidadãos pelo Estado, através
dos governos.

São alguns exemplos: Direito à saúde, à educação, ao transporte público,


entre outros.

Já o Direito subjectivo privado se refere aos direitos patrimoniais e não


patrimoniais. É relacionado com as pessoas de direito privado.

São exemplos: Direito sobre um imóvel, Direito de herança, propriedade intelectual,


pagamento de pensão alimentícia, entre outros.

Além do Direito subjectivo ser dividido em público e privado, ele também


possui outras classificações. Veja quais são:

 Disponíveis: são direitos que o titular pode abrir mão, se assim desejar.

 Indisponíveis: são direitos que o indivíduo não pode abrir mão, mesmo que queira.

 Reais: direitos que são relacionados a uma coisa ou bem.

 Pessoais: direitos relacionados a uma cobrança de valor ou de um cumprimento.

 Acessórios: são os direitos que dependem de um outro direito, chamado de


principal.

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CONCLUSÕES

Resumo: A compreensão da natureza e eficácia das normas jurídicas


pressupõe o conhecimento da sua origem ou fonte. Desse modo, não só autoridade
encarregada de aplicar o Direito como também aqueles devem obedecer os seus
ditames precisam as suas fontes, que são de várias espécies. Podemos dizer, de
forma sintética, que fonte de direito é o meio técnico de realização do Direito
objetivo.

Podemos dizer que a lei por sua vez é emanada pelo estado para organizar e
regularizar o comportamento do cidadão e ela para ser considerada lei,
propriamente dita, passa por conjunto de fase que vai desde as iniciativas até a sua
promulgação.

Relativamente aos tratados internacionais é que elas surgem na perspetiva de


garantir a paz entre as nações e trabalharem de forma unida para que os seus
objetivos sejam efetivados. Por sua vez o tratado internacional passa por conjunto
de fases que passa pelas negociações, aprovação, ratificação e promulgação do
texto na imprensa oficial do estado.

No que diz respeito a teoria do direito objetivo, compreendemos tudo que tudo
está previsto na lei é chamado de direito objetivo ou seja conjuntos de normas que
visam regularizar o comportamento social e que está visado na constituição. Os
tipos de direitos estudados como por exemplo o direito objetivo, natural, positivo e
subjetivo alguns deles possuem características próprias. No caso direito natural
também chamado de jusnaturalismo, tem a estabilidade e imutabilidade como
elementos que lhe caracterizam. Já o direito positivo é mutável e aplicado nas
questões intrínseca da sociedade, também é conhecido de juspositvismo.

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Referencias Bibliográficas

Gracia (2015). Fontes do Direito, Noção de lei, Costume.

Gonçalves Carlos Roberto. Direito Civil – Esquematizado, Volume 1 São


Paulo…Saraiva 2011.

Venosa, Sílvio de Sousa, Introdução ao estudo do Direito, Primeira Linha 5 ed. Ver.
e actual São Paulo, Atlas 2016.

Orlando Seco, José Afonso da Silva. PROCESSO DE FORMAÇÃO DE LEIS.

Hans Kelson (2009). Hierarquia das leis.

Blog.mackenzie.br - Classificação das fontes do Direito

FlávioTartuce.jusbrasil.com.br

https://fia.com.br/blog/tratados-internacionais/

https://www.infoescola.com/direito/direito-subjetivo/

https://bloggercomtododireito.blogspot.com/2016/10/os-diversos-sentidos-do-termo-
direito.html

https://www.significados.com.br/direito-natural/

https://www.significados.com.br/direito-positivo/

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