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UNISANTA
ARTIGO CIENTÍFICO
SANTOS
2022
INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR UNIVERSIDADE SANTA CECÍCLIA –
UNISANTA
ARTIGO CIENTÍFICO
SANTOS
2022
RESUMO:
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................5
1. CONTEXTO HISTÓRICO:............................................................................................5
1.1 NATUREZA FORMALÍSTICA DA SÚMULA VINCULANTE..........................6
1.1.1 Defesa da análise normativa da norma................................................................6
2. CAUSAS...............................................................................................................................8
2.1. CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS DE SEU MAU USO............................................................9
2.2. REFLEXOS ECONÔMICOS..........................................................................................13
3. PROPOSITURA INTERVENCIONISTAS PARA O PROBLEMA..............................................14
CONCLUSÃO............................................................................................................................17
INTRODUÇÃO
A súmula vinculante é um instrumento amplamente utilizado para unificar de forma
absoluta o entendimento dos tribunais, estipulados diretamente ou indiretamente (via ADI),
sendo de competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal, seu objetivo visa centralizar
linhas de entendimento em matérias dispersas ou inexistentes, das quais a norma não
esclarece de forma unânime o norte a se seguir; ou seja, preencher lacunas das quais o
legislativo pode estabelecer claramente posteriormente.
O estudo visa analisar o impacto desse dispositivo dentro do universo social brasileiro,
observando a perspectiva econômica e jurídica, evidenciando os problemas de seu mau uso,
agravados pelas últimas composições ministeriais da corte suprema. O autor levanta um
questionamento sobre eventuais consequências que isso poderá seguir dentro da atual
fragilidade brasileira e, ademais, buscar uma reflexão que vise uma solução para a
problemática. 1
1. CONTEXTO HISTÓRICO:
Historicamente a administração central brasileira sempre desenvolveu seu
ordenamento jurídico com um parecer centralista, não deixando muito espaço para os estados
tutelarem suas leis com base na regionalidade, excluindo a possibilidade de formação de seus
respectivos códigos civis ou penais; gerando lacunas das quais somente o
legislativo/executivo (o último em casos de ditaduras) não conseguem preencher. Esse
embaraço normativo gerou dificuldades resolutivas das quais as respostas dependiam
extremamente do entendimento empírico de cada magistrado, deixando uma fraca “solução”
naturalmente contraditória nas lides em diferentes esferas e instâncias.
Houve sempre uma tentativa de implementação do instituto na ordenança legal no
país, aparecendo inicialmente a cogitação de sua criação desde a época do Império do Brasil.
Mas somente no ano de 2004 que o Congresso aprova a Emenda Constitucional nº 45/04, que
insere no art. 103- A da Constituição Federal os seguintes:
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1.1 NATUREZA FORMALÍSTICA DA SÚMULA VINCULANTE
Não há uma doutrina que fixa definitivamente uma via única em sua classificação
formalística interpretativa, então o autor dividiu em duas linhas didáticas, para melhor
sintetização da matéria, sendo elas:
Forma aplicativa estrita:
Estabelecida a partir das súmulas discutidas em plenário de natureza positivista, tem
como característica a natureza de civil law; ou seja, seu desenvolvimento é ligado pela análise
técnica normativa, dando pouco espaço para interpretações extravagantes, sendo elas
contrárias a previsão original real. Pode ser consultada diretamente e serve como amparo nas
brechas que a legislação apresenta. É a via direta e pragmática que foi pretendida desde o
momento de sua propositura enquanto emenda constitucional, por parte do poder legislativo.
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- Houve interferência ilegal sobre as prerrogativas do Congresso em alterar, incluir ou excluir
tema no código penal;
- A delimitação do STF é a análise constitucional, não a discussão de matérias criminais.
- Ataque direto e autoritário ao princípio da legalidade, que define a locução nullum crimen
nulla poena sine previa lege; ou seja, não há crime sem lei anterior que o defina, nem há pena
sem prévia cominação legal;
-Conversão de tema extremamente delicado em um embrolho jurídico4.
A homofobia é um problema sério, sua resolução precisa ser buscada de forma
definitiva, os nossos representantes legislativos federativos precisam apreciar um caminho
liberal para consagrar a igualdade das garantias individuais mais básicas, baseando-se no rito
dos processos democráticos. Definitivamente não é pauta do judiciário tal decisão, visto que
não são consagrados em seus cargos para a representação popular, nem mesmo são
empossados para um mandato via votação direta, a realidade é que houve uma gambiarra
jurídica que infelizmente poderá ser mudada com uma simples aprovação de Emenda
Constitucional caso algum deputado demagogo queira apelar para as camadas mais
reacionárias da sociedade, tornando a legítima reivindicação em palanque político.
Um caso emblemático foi grotesco “inquérito das Fake News”, que foi instaurado para
teoricamente analisar frases, afirmações e opiniões expressamente contrárias a suprema corte
ou seus integrantes. Naturalmente um ataque expresso contra a liberdade de expressão, é de
natureza retrógada, invoca um sistema penal já ultrapassado e ainda por cima é absolutamente
vicioso, vejamos:
- O sustentáculo do inquérito se baseia em uma norma do regimento interno, “assassinando” o
devido processo legal;
- Não há base constitucional nenhuma para sua implementação;
- Utilização de um sistema processual inquisitório; isto é, onde quem denuncia é o mesmo que
investiga e julga, ultrapassado desde a Idade Média;
- Mesmo se houver condutas criminosas por parte dos envolvidos, não é de competência do
STF instaurar investigações;
- Abre margem para utilização dessa “quimera” jurídica como censura prévia sobre opiniões
contrárias “ao rei”;
- Absolutismo tirânico na indicação de investigados aleatoriamente, sendo o ponto mais
ultrajante a investigação de um comediante;
- Falta de materialidade formal para desenvolvimento de eventuais decisões.
Esse é o exemplo recente mais alarmante de ataque a democracia, uma vez que não há
respeito a nenhum dos pilares morais, éticos e constitucionais. Brilhantemente o economista
Murray N. Rothbard levanta uma afirmação concreta, que evidencia um comportamento:
“O que o Estado teme acima de tudo, obviamente, é
qualquer ameaça fundamental ao seu próprio poder e à
sua própria existência”.
ROTHBARD, Murray N. Anatomia do Estado. p.61.
Dando continuidade de seu pensamento, com base na perspectiva normativa:
Podemos testar a hipótese de que o Estado está amplamente interessado em proteger a
si próprio, e não seus súditos, ao questionar: qual categoria de crimes que o Estado persegue e
pune de forma mais dura – aqueles contra cidadãos privados ou aqueles contra ele próprio? Os
crimes mais graves no vocabulário do Estado são quase invariavelmente não agressões contra
indivíduos privados ou propriedades, mas sim ataques contra seu próprio bem-estar.
ROTHBARD, Murray N. Anatomia do Estado. p.63.
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Outro caso sobre uso de provas ilícitas para fundamentar decisão sobre suspeição do
ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro.
Podemos até discutir vícios cometidos pela Operação Lava Jato (embora em sua
totalidade, foi o único acerto das últimas décadas contra a corrupção), mas a decisão de
declarar a suspeição de Moro no caso do ex-presidente Lula foi um erro irreparável, pois o
ônus da decisão ficou a critério de prints publicados em um veículo de imprensa, violando
absolutamente a cadeia de custódia, o que leva aos seguintes pontos:
- Houve uso de prova inválida e ilícita, como não houve o rito técnico necessário, o corpo de
mensagens não somente não deveria produzir efeitos, mas sequer deveriam ser analisadas
dentro de um processo. Reconhecidamente indevida até pelo defensor da decisão ministro
Lewandowski quando afrontado sobre a absoluta imoralidade de seu voto:
“Podem ser ilícitas, mas, enfim, foram amplamente veiculadas e não foram contestadas “.
- Atentado violento a estabilidade social, pois o resultado dessa decisão deu possibilidade a
outros réus condenados a partir da operação requerer por analogia a anulação das sentenças
extremamente fundamentadas.
- Deu o golpe final na já cambaleante Lava jato, sacramentando assim a infâmia tão
combatida pelos anseios sociais, dando ar de “Mãos Limpas” na luta contra a corrupção.
2. CAUSAS
Neste capítulo vamos abordar alguma das preocupantes eventualidades criadas pela
vertente relativista, começando inicialmente pelos efeitos jurídicos:
-Desigualdade de direitos
Visto na época como um marco histórico, principalmente pelo demora por parte do
Legislativo de atender o anseio de direitos civis iguais pleiteados pela sociedade, o que pouco
se questionou foi a fragilidade da conquista, já que pode ser radicalmente anulada com uma
mudança do quadro ministerial para integrantes mais reacionários, também se a posteriori
houver uma emenda constitucional ou mesmo um entrave normativo que impeça expansão
das liberdades individuais gerados por demagogias populistas e conservadoras por parte dos
legisladores.
O ponto questionado não é a defesa das liberdades individuais civis, até pelo fato da
pretensão ser valorosa, mas não deu base de sustentação contra eventuais retaliações, o que
por felicidade ainda não aconteceu, mas quando tratamos de legalidade, quanto maior a
segurança e especificações melhor.
Isso é causado pela incapacidade dos ministros de observar o quão prejudicial está
sendo esse relativismo no uso do dispositivo, é extremamente razoável a insatisfação da
população, visto que há uma distorção real da previsão normativa que irá gerar a longo prazo
a fundamentação para a tão temida crise.
Desde o início das grandes manifestações de 2013, abriu-se uma margem para que
vertentes radicais de ambos os lados políticos crescessem, iniciando um período de
polarizações e conflitos diretos nas diversas camadas da sociedade, muito disso se deve a
insatisfações das leis, agravadas principalmente pela impunibilidade criada pelas diversas
mudanças do entendimento constitucional do STF; um dos exemplos mais caricatos é a
mudança de entendimento sobre a prisão em 2ª instância, que no período de 10 anos a
temática foi pautada quatro vezes em plenário e com isso houve mudanças de compreensão
três vezes, sendo uma das decisões de caráter vinculante mais criticadas atualmente.
Cícero já previa isso antes da transição do Senatus Populus Que Romanus para o
Imperii Romani:
Para conclusão da temática social, o autor irá analisar o relativismo legal histórico, que
alterou diretamente a percepção do direito como um todo, sendo na maior parte deles fatos
extremamente negativos perante a contemporaneidade dos quais faziam parte e a necessidade
de reparo posterior:
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mudança de uma monarquia cambaleante para o despotismo imperial de Napoleão
Bonaparte6.
Esse período pode ser analisado pela progressão da argumentação política jacobina,
que a priori buscava um igualitarismo similar aos girondinos, mas posteriormente
contornaram a virtude liberal para um genocídio liderado pelo autocrata Robespierre, a
alcunha não é irreal, fundamentada principalmente pelo desrespeito prático das normas
positivadas na Carta Magna de 1789, onde nasceram as garantias fundamentais na perspectiva
jurídica normativa. Tal degeneração se deu principalmente pela tese da pacificação social feita
a decretos arbitrários, onde o simples questionamento resultaria em uma condenação sumária
à guilhotina, inclusive o próprio líder político foi vítima de sua própria filosofia.
O país passou por diversas crises durante sua existência, consequentemente nunca
houve de fato a possibilidade de real solução para os problemas existentes, acentuados nos
seguintes tópicos:
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existente. Após a morte do presidente Hindenburg, Hitler se autoproclama Führer e assume o
poder total da Alemanha, instituindo o 3º Reich, sendo “amparado” pela decrépita legislação,
não irei abordar de forma profunda as consequências desse erro histórico pois fugiria do foco
do estudo.
Tudo foi possível graças ao relativismo jurídico que visava uma evolução social para a
fragilizada população alemã, dando a possibilidade da implosão nazista no âmago
institucional. Copiamos esse sistema na Carta Magna de 1989, sem perceber que viveríamos
momentos obscuros na atualidade, com uma evolução gradual da insatisfação genuína da
população e uma eventual progressão ipsis litteris do processo alemão.
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Outro problema foi o desenvolvimento forçado das vias rodoviárias, desfalcando o
natural crescimento da malha ferroviária, fazendo que com isso as commodities (principal
parte da economia nacional) subissem de preço devido a dificuldade de transporte e
dificultando a balança comercial. As consequências ainda são sentidas, principalmente
manifestadas no transporte precário das mercadorias e aumento dos custos de venda.
3. REFLEXOS ECONÔMICOS
Agora podemos tratar diretamente dos efeitos econômicos já presentes, podendo ser
agravados pela intervenção do Poder Judiciário:
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Além disso deve providenciar para que seus cidadãos possam exercitar quietamente as
suas atividades, no comércio e na agricultura e em todas as outras atividades humanas; e que
não tema o cidadão de prover as suas possessões por temor de que lhe sejam tomadas, e o
outro de abrir um negócio por medo dos impostos, mas deve o príncipe propor prêmios a
quem queira fazer essas coisas e a qualquer um que pense, qualquer que seja o modo, em
ampliar a sua cidade ou o seu Estado.
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. P. 102 e 103
- Nos casos em que pode haver mudanças sociais urgentes, pode-se haver a criação da
Carta Conselho, sendo um novo artifício interventivo moderado dos poderes. O STF
discutirá sobre determinada pauta e se aprovada por maioria simples, o assunto e respectivo
entendimento deverá ser explicitado em carta, sendo despachada para a Câmara dos
deputados, sendo acolhida pelo presidente da casa, passará por comissão legislativa e
posteriormente por plenário, que se aprovar por maioria absoluta será encaminhada para o
Senado Federal, devendo haver votação por maioria absoluta para a entrar em vigor.
2) Extinção do dispositivo
A proposta é a mais defendida pelo autor, pois dependeria somente do Legislativo para
acontecer, sendo a forma mais tranquila de progressão, justamente por esses configuram-se
como os verdadeiros atuantes dos anseios sociais, haja visto que são eleitos em um sistema
democrático, havendo representação de diversas camadas da sociedade e seus respectivos
anseios.
Não haveria em vias de fato tamanha mudança nas estruturas do judiciário, como
argumentado acima, temos pilares dos quais nunca serão ultrapassados nas compreensões
monocráticas ou colegiadas, podendo haver queda de determinada decisão quando esta
destonar da legislação vigente via Mandado de segurança ou doutrina quando a parte lesada
recorrer para tribunal superior.
3) Nova constituição
Sendo a ideia mais ousada, seria possível após aprovação por meio de plebiscito e
convocação de Assembleia Constituinte, sendo posteriormente promulgada. Embora a mais
difícil de ocorrer, seria sem sombra de dúvidas é a melhor resolução de diversos problemas
existentes judicialmente e extrajudicialmente, visto que há inúmeros conceitos abstratos sobre
diversas normas, retenção de temas normalmente infraconstitucionais e desenvolvimento
centralista do poder nas mãos das autoridades superiores.
-Proposição sobre função social da propriedade, nenhum país sério no mundo dispõe sobre tal
bizarrice;
CONCLUSÃO
Existem olhares caldados pelas raízes patrimonialistas que formaram nossa história
sobre o que seria o bem coletivo, as demandas de progresso que a sociedade precisa e
principalmente o dever de agir para resolver tais lides. A súmula vinculante (que como já
estudado, é um dispositivo legítimo) há muito se transformou em verdadeira aberração usada
para tais pretensões, evidenciando o tão flagrante devaneio de atuação de alguns ministros
com pensamento pequeno e limitado, que querem consertar os intermináveis problemas do
Brasil jogando gasolina em cima de uma mesa pegando fogo e esperando que este se apague.
Após diversas abordagens do estudo, o autor do artigo ressalta que não defende
rupturas institucionais ou abordagens políticas apelativas, o pretendido é a reflexão profunda
há tempos postergadas por parte dos operadores do direito, poder exacerbado e seu mau uso
sempre abrem feridas das quais as camadas da sociedade não costumam perdoar, escolhendo
diversos meios de retaliação, sendo pelas vias institucionais ou não. O questionamento pode
ser levado como alarmismo, mas não nos esqueçamos que em 2020 houve um pequeno
protesto contra o STF que culminou em queima de fogos de artifício na direção do prédio da
Corte Suprema, coisa que nunca havia acontecido por parte de camadas civis na história do
nosso país, mesmo que atos isolados, todos os processos revolucionários nasceram em
pequenos grupos de agitadores; sendo assim, para evitar tamanha mancha na história
geracional, precisamos extinguir privilégios ultrajantes do nosso universo jurídico.
-É difícil de prever o motivo específico sobre a ineficácia dessas leis, mas um dos pontos
em que mais se debate é sobre a falta de consentimento social sobre tamanha brutalidade,
chegando ao ponto de muitas mulheres desistirem da ação pela indiferença de algumas
autoridades perante os casos, resultando em agressões psicológicas e físicas que poderiam
ter sido evitadas, fora nos casos em que essas vítimas são assassinadas.
-A Teoria Tridimensional pode ser invocada para mostrar uma falha, Reale fundamentou o
valor como um dos pilares fundamentais para os fenômenos jurídicos, e no caso não houve
ainda a presença do requisito para a pacificação do problema social.
Por mais bem intencionado que seja o intermediário normativo, ele precisará
compreender os fenômenos culturais, sociais, étnicos e geopolíticos que envolve
determinada sociedade para atingir a pretensão legal. O Estado Democrático de Direito é
uma consequência histórica da busca de equidade e estabilidade social, que demandou
dezenas de séculos para ser finalmente compreendido nas diversas democracias europeias,
seria uma esquizofrenia intelectual exigir que um país aristocrático patrimonialista como o
Brasil avance diversas pautas em “uma só canetada”, principalmente pela formação do
nosso país, nosso processo de formação nacional tem 521 anos, sendo eles:
- 67 anos de império;
- Golpe republicano e dois mandatos ditatoriais com Deodoro e Floriano, somando 5 anos
no total;
- Golpe militar e 21 anos de ditadura, com as primeiras eleições diretas sendo realizadas
em 1989;
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- 32 anos de democracia extremamente fragilizada com diversos escândalos de corrupção
e descrédito das leis.
Só por uma simples constatação percebe-se que nosso país precisa de calma e
ponderação quando o assunto é formação cívica, principalmente entender as demandas e
problemáticas regionais. Podemos até fazer uma análise comparativa sobre o que Cícero
chama de arte e a filosofia do relativismo normativo impositivo:
Mas não é bastante ter uma arte qualquer sem praticá-la. Uma arte qualquer, pelo
menos, mesmo quando não se pratique, pode ser considerada como ciência; mas a virtude
afirma-se por completo na prática, e seu melhor uso consiste em governar a República e
converter em obras as palavras que se ouvem nas escolas.
Por fim, o autor finaliza sua colocação invocando algumas figuras históricas que
evidenciaram o quão discrepante era os interesses de suas instituições face à verdadeira
virtude, não demonstrando fragilidade na contraposição do establishment, abstendo-se do
comodismo de aceitar a segurança da conivência, rompendo com fervura com a
aristocracia intelectual à época, mudando a história do mundo apenas com as suas
palavras, seus nomes:
- Jesus Cristo;
- Saulo de Tarso;
- Sócrates;
- Matinho Lutero;
- João Calvino;
- Nicolau Copérnico;
- Charles Darwin;
- Nikola Tesla.
BIBLIOGRAFIA:
MISES, Ludwig von. Crítica ao intervencionismo: estudo sobre a política econômica e a
ideologia atuais/ Ludwig Von Mises; tradução Arlette Franco. 3ª ed. São Paulo, SP: LVM Editora,
2019.
ROTHBARD, Murray N. Anatomia do Estado/ Murray N. Rothbard; tradução de Matheus
Pacini. 1ª ed. Campinas, SP: Vide Editorial, 2019.
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe/ tradução de Hingo Weber. 6 ed. 7ª reimpressão.
Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2019.
THOREAU, Henry. A Desobediência Civil/ Henry Thoreau; tradução de Sérgio Karam. 1ª ed.
1ª reimpressão. Porto Alegre, RS: L&PM, 2019.
ROTHBARD, Murray N. Esquerda e direita: perspectivas para a liberdade/ Murray Rothbard;
tradução de Alexandre S. 1ª ed. Campinas, SP: Vide Editorial, 2016.
CÍCERO, Marco Túlio. Da República/ Marco Túlio Cícero; tradução e notas Amador
Cisneiros. 2ª ed. São Paulo, SP: EDIPRO, 2011.
Abril S.A. Cultural e Industrial. História do Século 20. São Paulo, 1973.Volume 4.