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FACULDADE DE DIREITO
“TRABALHO DE CAMPO”
Código: 31210503
Código: 31210503
Fiscalização Preventiva........................................................................................................................ 6
Nos países onde o controle de constitucionalidade das leis é exercido a posteriori, questões
concernentes à natureza e aos efeitos da decisão que declara a inconstitucionalidade são
incansavelmente debatidas na doutrina e na jurisprudência. A constituição como norma suprema
do ordenamento jurídico não tem valor enquanto não houver entidades com poderes para fazer
valer essa qualidade de norma suprema do ordenamento jurídico. É justamente por esse facto que
a própria constituição estabelece várias formas destinadas a garantir que seja salvaguardada a sua
supremacia, fixando bases que garantam o cumprimento das suas normas, incluindo no processo
de feitura das normas ordinárias que devem obediência à Constituição. Juntamente com essas
bases, também foram estabelecidas várias formas de fiscalização da constitucionalidade para
garantir que normas já aprovadas possam ser submetidas ao crivo da constituição. A doutrina
distingue entre vícios formais e vícios materiais. São vícios formais aqueles que incidem sobre o
acto normativo em si, independentemente do seu conteúdo, mas atendendo apenas ao processo
seguido para a sua expressão externa. Sem entrar na discussão doutrinária profunda sobre a
matéria, pode dizer-se que a consequência necessária da inconstitucionalidade das leis é a nulidade
absoluta, pois é princípio fundamental na maioria das legislações, incluindo a moçambicana, a
prevalência das normas hierarquicamente superiores sobre as inferiores.
1.1. Justificativa
De acordo com a Constituição da Republica de Moçambique (CRM), o Conselho Constitucional tem
como competências, entre outras, apreciar e declarar, com força obrigatória geral, a
inconstitucionalidade das leis e a ilegalidade dos actos normativos dos órgãos do Estado, em
qualquer momento da sua vigência.
1.2. Objetivos
Objectivo geral
O presente trabalho tem como objetivo principal, Contribuir para a compreensão dos efeitos da
declaração de inconstitucionalidade.
Objectivo específico
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1.3. Metodologia
O presente trabalho teve como metodologia uma pesquisa bibliográfica e exploratória, onde
com auxílio da internet buscou-se manuais com intuito de ter uma visão nítida dos principais
aspetos inerentes ao tema, e com a leitura minuciosa do material adquirido no portal Google
académico, foi possível compilar o presente estudo.
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2. CAPITULO II: REVISÃO LITERÁRIA DO TRABALHO DE CAMPO
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Quando o Conselho Constitucional declara a inconstitucionalidade de uma lei em processo de
controlo preventivo, o efeito da decisão é o veto obrigatório e devolução da lei à Assembleia da
República para reapreciação (artigo 245, n.º 5 da CRM). Nestes termos, podemos afirmar que, no
quadro da separação dos poderes, o Conselho Constitucional contribui para o funcionamento do
mecanismo de interdependência ou dos checks and balances na relação entre o Poder Legislativo
e o Poder Executivo. Além disso, considerando que o Presidente da República é, por um lado, o
chefe do partido maioritário no Parlamento, por outro, chefe do Governo, percebe-se que ele, ao
solicitar a verificação preventiva da constitucionalidade, assume-se como Chefe do Estado e
garante da Constituição, distanciando-se, deste modo, do seu partido e do Poder Executivo. O
exercício reiterado, pelo Presidente da República, da iniciativa de fiscalização preventiva da
constitucionalidade de leis, aprovadas pela maioria parlamentar com que se identifica
politicamente, é um sinal não só de confiança ao Conselho Constitucional como também de um
clima de bom relacionamento entre os dois órgãos.
O Presidente da República;
O presidente da Assembleia da República;
Um terço, pelo menos, dos deputados da Assembleia da Republica;
O Procurador – Geral da República;
O Provedor de Justiça e por fim;
Dois mil cidadãos.
Pelo que, fora dos sujeitos processuais acima mencionados nenhuma outra pode solicitar
apreciação sucessiva abstraída da Constitucionalidade das normas judiciadas junto ao Conselho
Constitucional.
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2.4. Fiscalização Concreta Sucessiva
Na fiscalização sucessiva concreta, o legislador constituinte determina no artigo 213 que “ Nos
feitos submetidos ao julgamento, os tribunais não podem aplicar leis ou princípios que ofendam a
Constituição”. Esta ocorre única e exclusivamente nos tribunais no âmbito da aplicação das normas
pode juiz. O legislador proíbe aos Juízes a aplicabilidade de normas que sejam contrárias a
Constituição, devendo ser remetidos ao Conselho Constitucional sempre que assim se manifestar.
Os processos de fiscalização concreta da constitucionalidade são raros, contando-se apenas quatro
processos desde 2003, dos quais três iniciados pelo Tribunal Administrativo e o outro por um
Tribunal Aduaneiro. Em nenhum dos casos foi declarada a inconstitucionalidade ou a ilegalidade,
mas as decisões do Conselho Constitucional neste âmbito têm contribuído para clarificar a
delimitação da competência em razão da matéria entre os tribunais especializados e os tribunais
comuns.
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3. CAPITULO III: CONCLUSÃO
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4. CAPITULO IV: REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de direito constitucional. 8. ed., São Paulo: Saraiva, 1986.
Almedina, 2003.
GOUVEIA, Jorge Bacelar (2005). Manual de Direito Constitucional, Apud António Chuva, et al.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2001.
I. M.; MENDES, G. M. Curso de direito constitucional. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
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