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FORMAÇÃO DA POLÍCIA DE TRÂNSITO.

PRIMEIROS SOCORROS.

“TRABALHO DE CAMPO”

HEMORRAGIA.

Formandos:

Celso Daniel

Dioclêncio Augusto Nhamposse

Gabriel Manjate

George Jonas Pedro Mariquele

Laimon Silvano da Silva

Rodrigues Alberto Júlio Ubisse

Xai-xai, Fevereiro de 2023

“TRABALHO DE CAMPO”
HEMORRAGIA.

Formandos:

Celso Daniel

Dioclencio Augusto Nhamposse

Gabriel Manjate

George Jonas Pedro Mariquele

Laimon Silvano da Silva

Rodrigues Alberto Júlio Ubisse

Trabalho de campo de Primeiros Socorros,

a ser submetido ao curso de Formação da

Polícia de trânsito no Comando Provincial

da PRM de Gaza.

Xai-xai, Fevereiro de 2022


ÍNDICE.

1.1.CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO……………………………………………………………4
1.2.Objectivo…………………………………………………………………………………...4
1.3.Metodologia………………………………………………………………………………..4
1.4.CAPÍTULO II: REVISÃO LITERÁRIA DO TRABALHO DE CAMPO………………..5
1.5.Hemorragia………………………………………………………………………………...5
1.6.Classificação das hemorragias em relação a sua origem…………………………………..5
1.7.Hemorragia arterial………………………………………………………………………...5
1.8.Hemorragia Venosa………………………………………………………………………..5
1.9.Hemorragia Capilar………………………………………………………………………..6
1.10. Classificação das Hemorragias em relação a localização……………………………...6
1.11. Hemorragia Externa.…………………………………………………………………...6
1.12. Hemorragia interna…………………………………………………………………….6
1.13. Causas da Hemorragia interna…………………………………………………………7
1.14. Sintomas e sintomas da Hemorragia no geral………………………………………….8
1.15. Métodos de controlo de Hemorragia…………………………………………………...8
1.16. Pressão directa………………………………………………………………………….9
2. Como proceder à compressão manual direta……………………………………………….9
2.1. Pressão a indirecta ou digital a distancia…………………………………………………..9
2.2.Métodos de hemostasias(contenção da Hemorragia)………………………………………10
2.3.Torniquete…………………………………………………………………………………..10
2.4.Aplicação de Garrote…………………………………………………………………….....10
2.5.Métodos auxiliares para controlar a Hemorragia…………………………………………...11
2.6.Aplicações frias……………………………………………………………………………..11
2.7.Elevação do membro………………………………………………………………………..11
2.8.Imobilização………………………………………………………………………………...11
2.9.CAPÍTULO III: CONCLUSÃO………………………………………………………….....12
2.10. CAPÍTULO IV: BIBLIOGRAFIA……………………………………………………...13
CAPITULO I: INTRODUÇÃO.

Sempre que existe o rompimento de um vaso sanguíneo, o sangue sai do seu circuito normal. Esta
situação designa-se por hemorragia. As hemorragias sendo uma emergência necessitam de um
socorro rápido e imediato. A perda de grande quantidade de sangue é uma situação perigosa que
pode rapidamente causar a morte. Somente a paragem ventilatória e a paragem cardíaca têm
prioridade sobre esta. Uma hemorragia abundante, originada por uma ferida ou lesão que,
habitualmente, não justificaria tal hemorragia, deverá alertar o socorrista para possibilidade do
acidentado ser hemofílico (isto é, possuir uma doença em que o sangue tem dificuldade em
coagular). Normalmente essas pessoas são portadoras de um cartão que as identifica como tal.
Nesses cartões são indicados os cuidados imediatos a prestarem à pessoa em causa. Um adulto com
75 Kg de peso tem cerca de 5,5 litros de sangue. A perda de 1 litro de sangue no adulto, de ½ litro
na criança ou de 25 a 30 ml num recém-nascida pode levar rapidamente ao choque. A gravidade da
hemorragia depende de vários fatores, como o tipo de vaso atingido (artéria, veia, capilar), da sua
localização e do seu calibre. O corte do principal vaso sanguíneo do pescoço, braço ou coxa pode
causar uma hemorragia tão abundante que a morte pode surgir dentro dos primeiros três minutos.

1.1.Objetivo.

Definir e classificar a hemorragia;

Identificar o quadro clínico da vítima com a quantidade de sangue perdida e a velocidade do


sangramento;

Descrever a conduta para cada tipo de hemorragia.

1.2. Metodologia.
O presente trabalho teve como metodologia uma pesquisa bibliográfica e exploratória, onde com
auxílio da internet buscou-se manuais com intuito de ter uma visão nítida dos principais aspetos
inerentes ao tema, e com a leitura minuciosa do material adquirido no portal Google académico,
foi possível compilar o presente estudo.

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CAPITULO II: REVISÃO LITERARIA DO TRABALHO DE CAMPO.

HEMORAGIA.
É a perda de sangue através de ferimentos, pelas cavidades naturais como nariz, boca e ferimentos.
Ela pode ser também, interna, resultante de um traumatismo.
O controle de hemorragia faz parte da abordagem primária da vítima.
Uma hemorragia severa impede a distribuição de oxigênio aos tecidos, colocando assim a vida em
risco pela grande perda de sangue.

CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS EM RELAÇÃO À ORIGEM.

 Hemorragia arterial.

É aquela hemorragia em que o sangue sai em jacto pulsátil e se apresenta com coloração vermelho
vivo. Resulta do rompimento de uma artéria. O sangue é vermelho vivo e sai em jato, em
simultâneo com cada contração do coração. É uma hemorragia muito abundante e de difícil
controlo.

 Hemorragias venosa.

É aquela hemorragia em que o sangue é mais escuro e sai continuamente e lentamente, escorrendo
pela lesão. Resulta do rompimento de uma veia. O sangue é vermelho escuro e sai de uma forma
regular e mais ou menos constante. Não obstante não ser tão dramática como a arterial, a
hemorragia venosa poderá ser fatal se não for detetada. De um modo geral, estas hemorragias são
mais fáceis de controlar.

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 Hemorragias capilar.

Ocorre devido à rutura dos minúsculos vasos capilares de uma ferida. Esta hemorragia é de fácil
controlo, podendo parar espontaneamente.

CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS EM RELAÇÃO À LOCALIZAÇÃO.

As hemorragias são também classificadas quanto á sua localização, podendo dividir-se em:

 Hemorragia externa.

É aquela na qual o sangue é eliminado para o exterior do organismo, como acontece em qualquer
ferimento externo, ou quando se processa nos órgãos internos que se comunicam com o exterior,
como o tubo digestivo, os pulmões ou as vias urinárias. É visível ao exame físico. A hemorragia
nem sempre é visível, podendo estar oculta pela roupa ou posição do acidentado. Por exemplo, uso
de roupas grossas, onde a absorção do sangue é completa ou hemorragias causadas por ferimentos
nas costas quando o acidentado estiver deitado de costas. O sangue pode ser absorvido pelo solo
ou tapetes, lavado pela chuva, dificultando a avaliação do socorrista. Por este motivo o acidentado
deve ser examinada completamente para averiguar se há sinais de hemorragias. Muitas hemorragias
pequenas podem ser contidas e controladas por compressão directa na própria ferida e penso
compressivo. Uma hemorragia grande não controlada, especialmente se for uma hemorragia
arterial, pode levar o acidentado à morte em menos de 5 minutos, devido à redução do volume
intravascular e hipóxia cerebral. As hemorragias externas podem ser observadas e são facilmente
reconhecidas.

 Hemorragia interna.

Sangramento não perceptível, na qual o sangue extravasa em uma cavidade pré-formada do


organismo, como o peritoneu, pleura, pericárdio, meninges, cavidade craniana e glóbulo ocular.
Nas hemorragias internas, o reconhecimento e identificação tornam-se mais difíceis. Este tipo de
hemorragia pode ocorrer devido a situações de trauma ou de doença. Por vezes as hemorragias
internas são divididas em:

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Visíveis, Quando o sangue acaba por se exteriorizar por um orifício natural do corpo (boca, nariz,
ânus, vagina, ouvido)

Invisíveis, Quando não à saída de sangue param o exterior. Suspeitamos da hemorragia interna
em função dos mecanismos de lesão e dos sinais e sintomas que a vítima apresenta.

Os casos de hemorragia interna são também de muita gravidade, devido ao grau de dificuldade de
sua identificação por quem está socorrendo.

Devemos sempre suspeitar de hemorragia interna se o acidentado estiver envolvido em:

 Acidente violento, sem lesão externa aparente;


 Queda de altura;
 Contusão contra volante ou objetos rígidos;
 Queda de objetos pesados sobre o corpo

CAUSAS DA HEMORRGAIA INTERNA.

Mesmo que o acidentado não reclame de nada e tente dispensar socorro, é importante observar
alguns sinais e sintomas

O mecanismo da lesão possa provocar um impacto forte ao nível do abdómen provocando


por exemplo lesões no fígado e no baço.
Lesões torácicas, com suspeita de fratura de costelas;
Em queda de altura superior à do corpo da vítima;
Feridas penetrantes provocadas por armas de fogo ou por armas brancas (facas, navalhas,);
Pulso fraco e rápido;
Pele fria;
Sudorese (transpiração excessiva);
Palidez intensa e mucosas descoradas;
Apreensão e medo;
Vertigens;

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Náuseas
Hematêmese;
Calafrios;
Estado de choque;
Confusão mental e agitação;
Abdômen em tábua (duro não compressível);
Desmaio

SINAIS E SINTOMAS DA HEMORRAGIA NO GERAL.

A hemorragia poderá apresentar os sinais e sintomas abaixo descritos podendo, no entanto, só


estarem presentes alguns deles:

Saída evidente de sangue (nas externas ou internas visíveis)


Respiração rápida e superficial
Pulso rápido e fino
Pele pálida e suada;
Hipotermia (pele fria)
Mal – estar geral ou enfraquecimento;
Sede;
Ansiedade e agitação;
Alterações do estado de consciência ou inconsciência

ATUAÇÃO.

MÉTODOS DE CONTROLO DE HEMORRAGIAS:

Em todas as emergências que envolvam hemorragias devem ser tomadas medidas decisivas e
rápidas. Para o seu controlo existem três métodos: pressão direta (compressão manual direta),
pressão indireta (compressão digital á distância) e garrote e três métodos auxiliares: aplicação de
frio, elevação do membro e imobilização.

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 Pressão direta.

Também designada por compressão manual direta. É o método escolhido para controlo da maioria
das hemorragias externas – cerca de 90%.

NOTA: A técnica da pressão direta não poderá ser utilizada quando:

 A hemorragia está localizada sobre uma fratura;

 No local da hemorragia existirem objetos empalados (objetos estranhos como facas, vidros,
ferros, etc.). Neste caso, aplique outros dos métodos de controlo de hemorragias.

Como proceder à compressão manual direta.

 Comprimir com uma compressa esterilizada;


 Nunca retirar a 1ª compressa;
 Colocar outras por cima desta;
 Manter a compressa segurando a/as compressa com uma ligadura.

PRESSÃO INDIRETA OU DIGITAL À DISTÂNCIA.

Consiste em comprimir uma artéria contra um músculo ou um osso, entre o local da hemorragia e
o coração. A pressão exercida nas artérias contra um músculo ou um osso, na raiz dos membros,
levará ao controlo de hemorragias nos territórios irrigados pela artéria em causa, uma vez que
impede a progressão da corrente sanguínea para além do local da compressão. Os locais mais
frequentes de compressão são a nível da artéria umeral (face interna do braço) ou artéria femoral
(ao nível da virilha).

Recordamos que este método é usado essencialmente em situações em que haja um objeto estranho
empalado ou suspeita de fratura no local. Será portanto, um método alternativo à compressão direta,
quando esta não puder ser efetuada.

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MÉTODOS DE HEMOSTASIAS (CONTENÇÃO DE HEMORRAGIA).

 Torniquete.

É um garrote mais firme, pois além do material anterior, usa-se um objeto como uma caneta para
aumentar a compressão.

 Aplicação de Garrote.

Garrote: utilizado quando os dois métodos anteriores não surtirem efeito. Utiliza-se um pedaço
tecido, fita de borracha ou qualquer material semelhante para envolver o segmento, apertando
firmemente até cessar a hemorragia. O garrote só deve ser utilizado em situações extremas, quando
todos os outros métodos de controlo das hemorragias não são eficazes, como nos casos de
destruição completa de um membro ou amputação com grave hemorragia. Trata-se do último
recurso a ser utilizado sendo que, mesmo no caso de amputação, a metodologia preconizada é a
compressão direta desde que seja possível. Também poderá ser utilizado em situações de múltiplas
vítimas, quando existem insuficiência de meios humanos.

Quando aplicar o garrote deve retirar a roupa do membro amputado não esquecendo que uma vez
aplicado, não deve ser aliviado. Por segurança deverá sempre deixar o membro garrotado bem à
vista e marcar a hora da garrotagem. O garrote não deve ser elástico e deve ser sempre largo.

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MÉTODOS AUXILIARES PARA CONTROLAR HEMORRAGIAS:

São três os métodos auxiliares para controlar as hemorragias e que, quando possível, deverão ser
utilizados em conjunto com os métodos principais de controlo das hemorragias.

Os métodos auxiliares são:

 Aplicações frias;
 Elevação do membro;
 Imobilização.

 Aplicações frias.

O uso de compressas frias, sacos de gelo ou gelo químico. Protegidos por uma toalha ajuda a
diminuir a perda de sangue, uma vez que provoca a vasoconstrição dos vasos. Nas contusões e
outros tipos de lesões traumáticas, as aplicações frias diminuem a dor, o edema e o aparecimento
de processos inflamatórios locais. A aplicação de frio deve ser efetuada durante 10 minutos de cada
vez. O uso prolongado de sacos de gelo não deve ser feito, pois, dificulta a circulação e leva a
lesões dos tecidos (queimaduras pelo frio).

 Elevação do membro.

Nas feridas ou lesões de um membro, deve aplicar uma compressa sob pressão e elevar o membro,
caso não haja fratura. A força da gravidade contrária a corrente sanguínea, a manutenção do
membro elevado auxiliará o controlo da hemorragia.

Imobilização.

A completa imobilização do membro ou área afetada, ajuda a diminuir a quantidade de sangue


que o organismo necessita de enviar para manter as funções dessa zona e, por consequência,
poderá diminuir a hemorragia.

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CAPÍTULO III: CONCLUSÃO.

Sendo assim finalizado o trabalho de campo, podemos concluir que a hemorragia seja ela interna
ou externa apresenta grande risco de morte para uma vitima, sendo necessário que se estabeleça o
atendimento de primeiros socorros de forma imediata e adequada para que as chances de
recuperação sem demais complicações sejam maiores.

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CAPÍTULO: BIBLIOGRAFIA.

SANTINI, Gislaine. PRIMEIROS SOCORROS E PREVENÇÃO DE ACIDENTES APLICADOS


AO AMBIENTE ESCOLAR. Campo de Mourão: [s. n.], 2008.

BRASIL, Ministério da Saúde.Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro. Fundação Oswaldo


Cruz, 2003.

UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO – UNIFENAS (org.). Manual de Primeiros


Socorros Lute pela vida, seja um socorrista. MG: [s. n.], 2007.

REIS, Isabel. Manual de Primeiros Socorros. [S. l.: s. n.], 2010.

TOLDO, Paulo. Primeiros Socorros de Emergência. SP: [s. n.], 2016.

BORBA, Dorico; BAUMEL, Luiz. SOCORROS DE URGÊNCIA. PR: [s. n.], 2013.

BAPTISTA, Nelson. Manual de Primeiros Socorros. Portugal: [s. n.], 2008.

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