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A relação jurídica fiscal é uma relação complexa que compreende quer obrigações
principais quer obrigações acessórias.
O cerne da relação jurídica fiscal e constituído pela obrigação fiscal ou de imposto que,
apesar de ser uma obrigação ou direito de crédito tem características especiais que
diferenciam das demais.
Para Betioli (1996), a relação jurídica estabelece um vínculo entre pessoas, do qual
derivam consequências obrigatórias por corresponder a uma hipótese normativa.
Para CAMPOS (1995), refere que a relação jurídica como sendo, a relação da vida
disciplinada pelo direito, vinculado o titular do direito subjectivo e obrigado, e o
obrigado, relativamente ao objecto ou bem jurídico.
No nosso ponto de vista, a relação jurídica pode ser conceituada no plano objectivo ou
subjectivo.
Sujeitos
Objectos
Facto jurídico e
Garantias
Os sujeitos são os pontos terminais da relação jurídica. O sujeito activo, que é o titular
do correspondente direito subjectivo e o sujeito passivo, que é sobre quem recai o
correspondente dever. Na obrigação fiscal, existe a particularidade como se vera de o
sujeito activo ser sempre uma entidade do direito público ou que exerce funções
públicas, que tem o direito de exigir o cumprimento da obrigação. Por sua vez, o sujeito
passivo é a pessoa singular ou colectiva ou qualquer outra entidade (património ou
organização de facto de direito, diz a lei), que nos termos legais, esta vinculada ao
cumprimento da obrigação.
Devedor de imposto é o sujeito passivo que deve satisfazer perante o credor fiscal a
obrigação de imposto.
Sujeito passivo é toda e qualquer pessoa, singular ou colectiva, a quem a lei imponha o
dever de efectuar uma prestação tributária, quer seja a prestação de imposto, quer seja
nas obrigações acessórias.
Quando a abstracção, não há duvida de que a relação jurídica e um conceito geral e
abstracto. Mas isso e próprio de qualquer ciência, por mais concreta que se queira faze̵
lá, porque e pelo pensamento, necessariamente abstracta, que o homem aprende a
realidade, sendo, portanto, abstracta a própria ideia de homem concreto.
Entretanto, algumas relações são reguladas pelo direito e outras não, o que cada vez
menor, e bom que ainda haja relações interpessoais imane a autoridade do Estado, não
havendo nenhuma concretização da maldade nesses conceitos, mas dependência em
relação a natureza do pensamento humano.
A relação jurídica e a relação entre pessoas tuteladas pelo ordenamento jurídico (BEM,
2004, pag.17). Nessa perspectiva, e importante ressaltar que dois requisitos são
essências para que se perceba a tutela pelo direito, sendo um de ordem material a
ligação intersubjectiva, e outro de certeza formal, a hipótese normativa ou laco entre as
partes, necessariamente previsto por normas. As relações do direito privado são
classificadas em quatro categorias:
Familiares;
Sucessórias;
Obrigacionais e
Essas, que representam uma semelhança em relação aos elementos externos que nelas
estão inseridos: sujeitos, objectos, factos jurídicos e garantias. Assim, toda a relação
jurídica corresponde a uma acção com intenção de assegurar a protecção de Estado aos
litigantes, como meio processual.
Sujeito de direito é aquele que participa na relação jurídica como sujeito activo, o
titular do direito ou passivo, o titular do dever. O objecto da relação é o bem, ou a
prestação em que incide o poder jurídico, com a intenção de favorecer sujeito activo.
Todo direito nasce do facto, isso é, o facto pode ter consequências jurídicas justamente
por ter sido previsto pelo direito. Tais factos com consequências jurídicas dividem-se
em factos jurídicos em sentido estrito e em actos jurídicos.
Os actos jurídicos são os acontecimentos que geram efeitos legais e que são fruto da
consciência e da vontade humana, subdividindo-se em actos lícitos-conforme o direito-e
actos ilícitos em contraposição ao direito.
Entretanto, usualmente, essa expressão tem sido utilizada em sentido estrito, como facto
independente da vontade humana que suscita efeitos jurídicos.
Para que um facto jurídico seja considerado valido, são necessários alguns elementos
determinados em lei, independente da vontade dos sujeitos de direito.
Para Amaral (1998), esses elementos são as entidades que compõem a estrutura do
negócio jurídico. Assim, são elementos primários indispensáveis para que um negócio
jurídico seja considerado valido: agente capaz, objecto lícito, possível determinado ou
indeterminável e forma prescrita ou não defesa da lei.
Interpretar o acto é determinar o sentido que ele deve ter, procurando-se compreender o
conteúdo de suas normas e as manifestações das vontades das pessoas. Inexiste negócio
ou acto jurídico sem a vontade, pressuposto, aliás, elementar, ainda que seja produzida
por meio da linguagem do silêncio.
De um modo coerente, a obrigação fiscal pode ser tida como o vinculo jurídico nascido
de verificação de situação ou das condições abstractamente previstas na lei tributaria e
cujo objectivo e a prestação do imposto.
Assim, WATY (2004), considera a obrigação fiscal como parte da relação jurídica, pós
esta e amais vasta e complexa. Para ele, a obrigação fiscal inclui todas as relações de
diferente objecto e conteúdo que resultam daquela obrigação central, na qual os sujeitos
passivos são o contribuinte e outras pessoas estranhas a essa obrigação de imposto. A
relação jurídica e composta de um núcleo constituído pelo contribuintes e pelos
terceiros que, de algum modo , estão ligados aos pressupostos do facto de tributação,
que podem ser designados de obrigação ou deveres tributários acessórios .
a relação jurídica fiscal é pós , uma relação obrigacional , embora de direito publico.
Nesse trata de uma particularidade do direito fiscal que possa interpretar se como
correspondendo à aquela conhecida orientação que visa aproximar esse ramo jurídico do
direito civil.
No plano objectivo a relação jurídica e toda a relação social disciplinada pelo direito,
enquanto no plano subjectivo ela representa o vínculo entre dois ou mais indivíduos,
dotados de obrigatoriedade. Nessa perspectiva as situações subjectivas são momentos de
uma relação jurídica fracções temporárias de uma relação interpessoal regulada pelo
direito.
Nas relações jurídicas pressupõe se um acto devindo ou permitindo, e dois sujeitos um
dito activo e outro passivo, sujeito activo não e necessariamente aquele que pratica o
acto, mas aquele que na situação jurídica encontra se na posição subordinante.
Simetricamente, a este, esta o sujeito passivo aquele que se encontra na posição
subordinada em relação a acto considerado. A subordinação é estabelecida ao direito em
beneficio de quem prática o acto, a beneficio de terceiro ou da comunidade.
Segundo Bem (2004), conceitua a relação jurídica como a ligação entre dois ou mais
sujeito, em razão de um facto previsto no ordenamento jurídico, em que um dos
sujeitos, tem o direito de exigir uma prestação e o outro, o dever de compri-lá. Assim vê
se que a exigência de uma relação jurídica pressupõe o posicionamento de duas ou mais
pessoas adoptadas de poderes e resultantes das normas jurídicas, dai porque, só
interessam ao direito as relações que estejam, de alguma forma previstas num modelo
jurídico.
Portanto, a relação jurídica é um facto geral e abstracto, por ser próprio da ciência
jurídica, sendo impossível o legislador elaborar normas sem deixar de tutelar certos
bens jurídicos, uma vez que sua interacção maior e regular a vida das pessoas naquilo
que elas tem de maior ou mais do quotidiano, (BEM, 2004).
Para a melhor compreensão da relação jurídica fiscal é necessário ter a noção dos seus
pressupostos, que constituem o conjunto de condições de que a lei faz depender o
nascimento da relação jurídica fiscal.
Objectivos ou subjectivos;
Genéricos ou específicos.
No que se refere aos pressupostos genéricos da relação jurídica fiscal pode se apontar a
personalidade jurídica, a capacidade jurídica (subjectivos) e matéria colectável
(objectivo).
Obrigação Tributaria
A obrigação pode ser entendida de duas formas, a primeira pela relação jurídica entre
credor (sujeito activo), e o devedor (sujeito passivo), tendo o primeiro o direito ao
recebimento de determinada prestação.
Ainda pode ser conceituada a obrigação como, a relação entre pessoas que pode ser
gerada em razão da vontade o em razão da lei.
A obrigação tributaria, decorre da lei, sendo por tanto, exemplos legais, não
necessitando da vontade do agente.
Basta a ocorrência de facto previamente descrito na lei para que surja a obrigação.
Sendo assim ocorrido o facto gerador nasce a relação tributária compreendida entre o
dever de alguém (sujeito passivo), e o direito do Estado sujeito passivo.
Obrigação tributária
O contribuinte, pode ainda ser Estado a fazer coisas no interesse do fisco, ou deixar de
praticar algum acto de acordo com a lei.
Descumprimento da obrigação
A obrigação principal e acessória, são autónomas, por tanto, diante de uma unidade esta
só atingira a principal, diferentemente de direito civil não desobrigando o seu
cumprimento.
O objecto da obrigação, deve ser determinado ou, ao menos, determinável
indeterminado relativamente ou susceptível de determinação no momento da execução.
Admite-se, pois a venda da coisa incerta, indicada ao menos pelo género e pela
quantidade, que será determinada pela escolha, bem como a venda alternativa, cuja
indeterminação cessa com a concentração.
Lei: acto que cria ou institui o tributo, determina aumento de alíquotas, outorga
isenções, vedações, não incidência, define o fato gerador e tudo mais que for
desta obrigação e estrutura- se pela hipótese, o mandamento e a sanção.
Objecto: e o valor devido que pode ser definido como principal ou acessório
Esta obrigação de imposto, como as demais, resulta de: um facto, uma realidade, um
acto que se subsume integral e precisamente a hipótese de uma norma. Contudo, o que
se pretende analisar e o momento em que a obrigação fiscal se constitui, quando o
rendimento e percebido pelo sujeito passivo ou pelo contrario, no final do ano fiscal.
Nesta primeira fase, primeiramente deve ocorrer a constituição de crédito tributário que
pode ser lançado em três formas, que são:
Por declaração: quando o ocorre devido a entrega de uma declaração a
autoridade administrativa competente;
Por outro lado, o imposto pode ser realizado a pronto pagamento ou em prestações.
(WATY 2004). Para além do pagamento que é a forma ou norma de extinção de
obrigação fiscal, a outras formas dignas, de menção pelas quais esta pode se distinguir.
Doação em comprimento, a lei pode pode admitir que no lugar da prestação pecuniária
seja entregue a outra de valor idêntico.
Neste presente trabalho podemos concluir que , a relação jurídica pode ser conceituada
no plano objectivo ou subjectivo.
a relação jurídica fiscal é pós , uma relação obrigacional , embora de direito publico.
Nesse trata de uma particularidade do direito fiscal que possa interpretar se como
correspondendo à aquela conhecida orientação que visa aproximar esse ramo jurídico do
direito civil.
Entretanto, algumas relações são reguladas pelo direito e outras não, o que cada vez
menor, e bom que ainda haja relações interpessoais imane a autoridade do Estado, não
havendo nenhuma concretização da maldade nesses conceitos, mas dependência em
relação a natureza do pensamento humano.
Referências bibliográficas
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil. 18 Ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves,
1917.
FACHIN, Luiz Edson. Parte Geral do Código Civil. Rio Janeiro. Renovar, 2002.