Você está na página 1de 16

Introdução

O Direito pode ser definido como um conjunto de princípios universais, imutáveis,


superiores ou normas jurídicas inerentes à própria condição humana; anterior ao homem
e situa-se acima dele. É eterno; não é racional; é fundamento do direito positivo.

Direito Tributário ou Fiscal é o conjunto das leis reguladoras da arrecadação dos


tributos, bem como de sua fiscalização. Regula as relações jurídicas estabelecidas entre
o Estado e o contribuinte, no que se refere à arrecadação dos tributos. Cuida dos
princípios e normas relativas à imposição e à arrecadação dos tributos, analisando a relação
jurídica tributária, em que são partes o ente público e os contribuintes, bem como o fato
jurídico gerador dos tributos. O objecto é a obrigação tributária, que pode consistir numa
obrigação de dar (levar o dinheiro aos cofres públicos) ou uma obrigação de fazer ou não fazer.

Devido a sua intensa actividade financeira envolvendo despesas e em contrapartida


receitas, a conservação dos bens públicos, o património, o controle monetário, o
orçamento público, demandam a necessidade de arrecadação de tributos para garantir o
seu meio de subsistência, para dirigir a economia e direccioná-la para o bem-estar
social.
Abordagem do principal tema

A relação jurídica fiscal é uma relação complexa que compreende quer obrigações
principais quer obrigações acessórias.

O cerne da relação jurídica fiscal e constituído pela obrigação fiscal ou de imposto que,
apesar de ser uma obrigação ou direito de crédito tem características especiais que
diferenciam das demais.

Segundo (TEXEIRA,1995), constitui obrigação o vínculo que nasce entre o estado e o


particular através do imposto.

Para Betioli (1996), a relação jurídica estabelece um vínculo entre pessoas, do qual
derivam consequências obrigatórias por corresponder a uma hipótese normativa.

Para CAMPOS (1995), refere que a relação jurídica como sendo, a relação da vida
disciplinada pelo direito, vinculado o titular do direito subjectivo e obrigado, e o
obrigado, relativamente ao objecto ou bem jurídico.

No nosso ponto de vista, a relação jurídica pode ser conceituada no plano objectivo ou
subjectivo.

Elementos da relação jurídica fiscal

Os elementos da relação jurídica fiscal são 4:

 Sujeitos

 Objectos

 Facto jurídico e

 Garantias

Os sujeitos são os pontos terminais da relação jurídica. O sujeito activo, que é o titular
do correspondente direito subjectivo e o sujeito passivo, que é sobre quem recai o
correspondente dever. Na obrigação fiscal, existe a particularidade como se vera de o
sujeito activo ser sempre uma entidade do direito público ou que exerce funções
públicas, que tem o direito de exigir o cumprimento da obrigação. Por sua vez, o sujeito
passivo é a pessoa singular ou colectiva ou qualquer outra entidade (património ou
organização de facto de direito, diz a lei), que nos termos legais, esta vinculada ao
cumprimento da obrigação.

O sujeito activo da relação jurídica fiscal

Em relação a sujeitos activos da relação jurídica fiscal importa distinguir:

Poder tributário: poder conferido constitucionalmente para a criação, incidência,


instituição, estabelecimento do imposto e a definição do seu regime;

Competência tributaria: a administração ou gestão de imposto e que se traduz no


lançamento, liquidação e cobrança dividindo se esta competência entre a administração
fiscal e os particulares (contribuintes ou terceiros).

Capacidade tributária activa: qualidade do sujeito activo da relação de crédito em que


a relação jurídica fiscal se consubstancia. Ѐ a titularidade de crédito de imposto e outros
direitos tributários e é inerente a personalidade tributária activa ou susceptibilidade de
ser sujeito activo da relação jurídica fiscal e é imposto;

Titularidade de receita de imposto: verifica se nos casos em que as receitas


provenientes de certos impostos estão consignadas a determinadas entidades que não
tenham todas ou algumas das titularidades fiscais activas.

Sujeito passivo da relação jurídica fiscal

A doutrina costuma distinguir as seguintes: contribuintes, devedor de imposto e sujeito


passivo da relação jurídica fiscal.

Contribuinte é a pessoa em relação em qual se verifica o facto tributário, o pressuposto


de facto ou facto gerador do imposto, isto é, o titular da manifestação na capacidade
contributiva que a lei visa atingir e que por esse efeito ira suportar d desfalque
patrimonial que o imposto provoca.

Devedor de imposto é o sujeito passivo que deve satisfazer perante o credor fiscal a
obrigação de imposto.

Sujeito passivo é toda e qualquer pessoa, singular ou colectiva, a quem a lei imponha o
dever de efectuar uma prestação tributária, quer seja a prestação de imposto, quer seja
nas obrigações acessórias.
Quando a abstracção, não há duvida de que a relação jurídica e um conceito geral e
abstracto. Mas isso e próprio de qualquer ciência, por mais concreta que se queira faze̵
lá, porque e pelo pensamento, necessariamente abstracta, que o homem aprende a
realidade, sendo, portanto, abstracta a própria ideia de homem concreto.

Entretanto, algumas relações são reguladas pelo direito e outras não, o que cada vez
menor, e bom que ainda haja relações interpessoais imane a autoridade do Estado, não
havendo nenhuma concretização da maldade nesses conceitos, mas dependência em
relação a natureza do pensamento humano.

Teoria da relação jurídica

A relação jurídica e a relação entre pessoas tuteladas pelo ordenamento jurídico (BEM,
2004, pag.17). Nessa perspectiva, e importante ressaltar que dois requisitos são
essências para que se perceba a tutela pelo direito, sendo um de ordem material a
ligação intersubjectiva, e outro de certeza formal, a hipótese normativa ou laco entre as
partes, necessariamente previsto por normas. As relações do direito privado são
classificadas em quatro categorias:

 Familiares;

 Sucessórias;

 Obrigacionais e

Essas, que representam uma semelhança em relação aos elementos externos que nelas
estão inseridos: sujeitos, objectos, factos jurídicos e garantias. Assim, toda a relação
jurídica corresponde a uma acção com intenção de assegurar a protecção de Estado aos
litigantes, como meio processual.

Sujeito de direito é aquele que participa na relação jurídica como sujeito activo, o
titular do direito ou passivo, o titular do dever. O objecto da relação é o bem, ou a
prestação em que incide o poder jurídico, com a intenção de favorecer sujeito activo.

O facto jurídico é todo e qualquer acontecimento gera uma relação jurídica


contribuindo com criação, modificação ou extinção de direitos.

Para DINIZ (2002), o facto jurídico é um acontecimento previsto em que a norma do


direito, em razão do qual nascem, se modifica, suscitem ou se extinguem as relações
jurídicas.
Teoria dos fatos jurídicos

Todo direito nasce do facto, isso é, o facto pode ter consequências jurídicas justamente
por ter sido previsto pelo direito. Tais factos com consequências jurídicas dividem-se
em factos jurídicos em sentido estrito e em actos jurídicos.

Os factos jurídicos em sentido estrito representam todos os fenómenos actuantes sobre o


mundo exterior que, não obstante gerem efeitos jurídicos, não são frutos da vontade
humana. Segundo AMARRO (1999), o facto jurídico é ”o facto ou complexo de factos
sobre o qual incidiu a regra jurídica.”

Os actos jurídicos são os acontecimentos que geram efeitos legais e que são fruto da
consciência e da vontade humana, subdividindo-se em actos lícitos-conforme o direito-e
actos ilícitos em contraposição ao direito.

Aqui serão abordados, apenas, os factos jurídicos decorrentes da consciência e da


vontade humanas, tanto na modalidade lícita como na modalidade ilícita, uma vez que,
como afirma FALCÃO (1959), todos os factos que não produzem, pela norma, efeitos
jurídicos serão irrelevantes para o direito.

Nessa perspectiva, conceitua-se facto jurídico, em sentido lato, todo acontecimento


natural ou humano, susceptível de produzir efeitos jurídicos.

Entretanto, usualmente, essa expressão tem sido utilizada em sentido estrito, como facto
independente da vontade humana que suscita efeitos jurídicos.

Os factos jurídicos, em sentido estrito ou factos naturais independem da vontade


humana, mas apenas da natureza humana, e podem ser classificados como factos,
trazem em si uma posição jurídica, produzindo efeitos como a aquisição e a extinção de
direitos, como é o caso do nascimento e da morte que são os termos iniciais e finais da
personalidade.

O acto jurídico em sentido amplo, ou acto humano, é um acontecimento que depende da


vontade humana. Estando essa vontade de acordo com o direito, a moral e os bons
costumes, tem-se um facto lícito e tem defeitos esperados pelo agente humano.

A vontade é o elemento principal do negócio jurídico, portanto, ela determina a criação,


a modificação ou a extinção da expressão do ser humano.
Para RODRIGUES (1966) define a vontade como, o substrato do negócio jurídico.

A finalidade do negócio jurídico é a satisfação da vontade de criar, conversar, modificar


ou extinguir direitos. Sem essa interacção, caracteriza-se, apenas, um acto jurídico,
conforme a compreensão de GONSALVES (2003) assim expressa: a existência do
negócio jurídico depende da manifestação da vontade, com a finalidade negocial.

Para que um facto jurídico seja considerado valido, são necessários alguns elementos
determinados em lei, independente da vontade dos sujeitos de direito.

Para Amaral (1998), esses elementos são as entidades que compõem a estrutura do
negócio jurídico. Assim, são elementos primários indispensáveis para que um negócio
jurídico seja considerado valido: agente capaz, objecto lícito, possível determinado ou
indeterminável e forma prescrita ou não defesa da lei.

Interpretar o acto é determinar o sentido que ele deve ter, procurando-se compreender o
conteúdo de suas normas e as manifestações das vontades das pessoas. Inexiste negócio
ou acto jurídico sem a vontade, pressuposto, aliás, elementar, ainda que seja produzida
por meio da linguagem do silêncio.

No negócio jurídico ou acto jurídico benéfico se sobrepõem a natureza da benevolência,


da generosidade, da liberdade, que traduz a disposição do agente em ofertar um direito
ou um benefício em favor de outrem, sem contrapartida. Nesse negócio, quer o agente
conferir, voluntariamente, a outrem, uma vantagem friável juridicamente por quem
passa a tê-la, na condição de titular de um direito, nascido em face a dádiva.
Obrigação Fiscal

De um modo coerente, a obrigação fiscal pode ser tida como o vinculo jurídico nascido
de verificação de situação ou das condições abstractamente previstas na lei tributaria e
cujo objectivo e a prestação do imposto.

Assim, WATY (2004), considera a obrigação fiscal como parte da relação jurídica, pós
esta e amais vasta e complexa. Para ele, a obrigação fiscal inclui todas as relações de
diferente objecto e conteúdo que resultam daquela obrigação central, na qual os sujeitos
passivos são o contribuinte e outras pessoas estranhas a essa obrigação de imposto. A
relação jurídica e composta de um núcleo constituído pelo contribuintes e pelos
terceiros que, de algum modo , estão ligados aos pressupostos do facto de tributação,
que podem ser designados de obrigação ou deveres tributários acessórios .

a relação jurídica fiscal é pós , uma relação obrigacional , embora de direito publico.
Nesse trata de uma particularidade do direito fiscal que possa interpretar se como
correspondendo à aquela conhecida orientação que visa aproximar esse ramo jurídico do
direito civil.

A primeira obrigação, nuclear, é a obrigação fiscal que se traduz no pagamento do


imposto. O segundo tipo de obrigações – as obrigações acessórias – definem-se como
aquelas que auxiliam o cumprimento da obrigação central de pagamento do imposto.
Dentro destas encontram-se, assim, as obrigações criadas pelo legislador a propósito da
contabilidade.

No plano objectivo a relação jurídica e toda a relação social disciplinada pelo direito,
enquanto no plano subjectivo ela representa o vínculo entre dois ou mais indivíduos,
dotados de obrigatoriedade. Nessa perspectiva as situações subjectivas são momentos de
uma relação jurídica fracções temporárias de uma relação interpessoal regulada pelo
direito.
Nas relações jurídicas pressupõe se um acto devindo ou permitindo, e dois sujeitos um
dito activo e outro passivo, sujeito activo não e necessariamente aquele que pratica o
acto, mas aquele que na situação jurídica encontra se na posição subordinante.
Simetricamente, a este, esta o sujeito passivo aquele que se encontra na posição
subordinada em relação a acto considerado. A subordinação é estabelecida ao direito em
beneficio de quem prática o acto, a beneficio de terceiro ou da comunidade.

Segundo Bem (2004), conceitua a relação jurídica como a ligação entre dois ou mais
sujeito, em razão de um facto previsto no ordenamento jurídico, em que um dos
sujeitos, tem o direito de exigir uma prestação e o outro, o dever de compri-lá. Assim vê
se que a exigência de uma relação jurídica pressupõe o posicionamento de duas ou mais
pessoas adoptadas de poderes e resultantes das normas jurídicas, dai porque, só
interessam ao direito as relações que estejam, de alguma forma previstas num modelo
jurídico.

Segundo Fashin (2002, p.4), a relação jurídica se constitui o elemento unificador de


código civil, padecendo dos vices da abstracção e da generalidade que conduzem a uma
exclusão social. Neste sentido o autor afirma que, há divisão entre as relações sociais
abrangidas pelo manto jurídico e aquelas que estão excluídas no âmbito de relação, os
modelos de relações juridicamente relevantes não poderiam se ater as vicissitudes das
relações fácticas, o código civil e visto como um sistema pre̵t a̶ porter, mais do que isso
o direito se reduz a essas soluções prévias, se reduz a modelos.

Portanto, a relação jurídica é um facto geral e abstracto, por ser próprio da ciência
jurídica, sendo impossível o legislador elaborar normas sem deixar de tutelar certos
bens jurídicos, uma vez que sua interacção maior e regular a vida das pessoas naquilo
que elas tem de maior ou mais do quotidiano, (BEM, 2004).

Para a melhor compreensão da relação jurídica fiscal é necessário ter a noção dos seus
pressupostos, que constituem o conjunto de condições de que a lei faz depender o
nascimento da relação jurídica fiscal.

Quanto a sua natureza os pressupostos podem ser:

 Objectivos ou subjectivos;

Quanto ao seu âmbito podem ser:

 Genéricos ou específicos.
No que se refere aos pressupostos genéricos da relação jurídica fiscal pode se apontar a
personalidade jurídica, a capacidade jurídica (subjectivos) e matéria colectável
(objectivo).

Obrigação Tributaria

A obrigação pode ser entendida de duas formas, a primeira pela relação jurídica entre
credor (sujeito activo), e o devedor (sujeito passivo), tendo o primeiro o direito ao
recebimento de determinada prestação.

A obrigação tributária de uma relação jurídica estabelecida entre as pessoas jurídicas de


direito público, competentes para instituir sobre tributos, e as pessoas, físicas ou
jurídicas, que praticam o facto previsto a lei, ou seja, e um dever de fazer um
contribuinte prestar determinada prestação.

Ainda pode ser conceituada a obrigação como, a relação entre pessoas que pode ser
gerada em razão da vontade o em razão da lei.

A obrigação tributaria, decorre da lei, sendo por tanto, exemplos legais, não
necessitando da vontade do agente.

O nascimento da obrigação não depende de nenhuma manifestação de vontade das


partes, que passam a ocupar os polos passivos e activos do vínculo jurídico.

Basta a ocorrência de facto previamente descrito na lei para que surja a obrigação.
Sendo assim ocorrido o facto gerador nasce a relação tributária compreendida entre o
dever de alguém (sujeito passivo), e o direito do Estado sujeito passivo.

Obrigação tributária

Obrigação tributária é toda a obrigação que surge quando se consuma um facto


impossível previsto na legislação tributaria. Ѐ considerado como um vínculo que une o
credor (activo) e o devedor (passivo), para o pagamento de uma divida. Também pode
ser considerada como obrigação tributaria a própria prestação que o devedor tem que
cumprir, sendo assim, ocorrido o facto gerador, sempre decorrente de lei, e assim nasce
a obrigação tributaria.

Formação da obrigação tributaria

A imposição de pagar o tributo surge do vinculo que se estabelece entre o particular


sujeito passivo contribuinte, quando há ocorrência de um facto gerador, a situação
prevista em lei, que faz com que surja o vinculo, entre o particular e o Estado ( a
obrigação tributaria).

O particular fica determinado a pagar uma prestação de fundo particular prevista na


legislação.

A prestação pode servir para pagar tributo, ou penalidade dependendo de como e


definido pela lei praticado pelo particular.

O contribuinte, pode ainda ser Estado a fazer coisas no interesse do fisco, ou deixar de
praticar algum acto de acordo com a lei.

Descumprimento da obrigação

Caso contribuinte não cumpra a obrigação tributaria espontaneamente, poderá ser


objecto de lançamento de oficio de crédito inadinplido, sendo que o processo de
determinação e exigências de créditos tributários da união.

Tipos de obrigações tributárias

As obrigações tributárias são dois, que são:

Obrigação tributária principal, é a obrigação de pagar o tributo devido (pecuniária).

Obrigação tributária acessória, consiste em acção ou missão que facilita a acção do


fisco, como por exemplo a obrigação de emitir nota fiscal, e a de não rasurar os livros
fiscais da empresa.

São chamadas também de prestações negativas ou positivas.

A obrigação principal e acessória, são autónomas, por tanto, diante de uma unidade esta
só atingira a principal, diferentemente de direito civil não desobrigando o seu
cumprimento.
O objecto da obrigação, deve ser determinado ou, ao menos, determinável
indeterminado relativamente ou susceptível de determinação no momento da execução.
Admite-se, pois a venda da coisa incerta, indicada ao menos pelo género e pela
quantidade, que será determinada pela escolha, bem como a venda alternativa, cuja
indeterminação cessa com a concentração.

O objecto da obrigação deve ser economicamente apreciável. Obrigações jurídicas, mas


sem conteúdo patrimonial, como dever de fidelidade reciproca entre os conjugue e
outros meios do direito ou família, são excluídas do direito das obrigações.

Elementos da Obrigação Tributaria

Constitui se por quatro elementos:

 Lei: acto que cria ou institui o tributo, determina aumento de alíquotas, outorga
isenções, vedações, não incidência, define o fato gerador e tudo mais que for
desta obrigação e estrutura- se pela hipótese, o mandamento e a sanção.

 Fato gerador: elemento nuclear da obrigação tributaria ou sua própria natureza


jurídica, sem o qual não há que se falar em obrigação;

 Sujeito activo: é lado credor da obrigação fiscal, Sujeito passivo: e o lado


devedor da relação obrigacional tributário contribuinte;

 Objecto: e o valor devido que pode ser definido como principal ou acessório

Momentos da constituição da obrigação de imposto

Esta obrigação de imposto, como as demais, resulta de: um facto, uma realidade, um
acto que se subsume integral e precisamente a hipótese de uma norma. Contudo, o que
se pretende analisar e o momento em que a obrigação fiscal se constitui, quando o
rendimento e percebido pelo sujeito passivo ou pelo contrario, no final do ano fiscal.

Para WATY (1997), os momentos da constituição da obrigação de imposto são os


seguintes:

Constituição do crédito tributário

Nesta primeira fase, primeiramente deve ocorrer a constituição de crédito tributário que
pode ser lançado em três formas, que são:
 Por declaração: quando o ocorre devido a entrega de uma declaração a
autoridade administrativa competente;

De ofício: este e feito por iniciativa de autoridade administrativo, competente


independente da colaboração do devedor;

 Por homologação: também conhecimento como auto lançamento. Esse tipo de


lançamento tributário e efectuado em relação aos tribos cuja, a legislação atribui
ao devedor de antecipar o pagamento dos mesmos sem previa exame de
autoridade administrativa competente.

Extinção da obrigação fiscal

A forma normal de extinção de obrigação fiscal é o comprimento ou pagamento, que


constitui a execução da prestação do imposto. Assim, importa referir que na extinção do
imposto pelo pagamento há necessidade de determinar por quem deve e pode ser feito
autor do pagamento; a quem deve ser feito refere se ao destinatário; o que deve pagar se
refere se ao objecto; como deve pagar se refere se a forma; onde deve pagar se refere se
ao lugar; e quando deve pagar se refere ao tempo.

Desta feita o comprimento da se com pagamento pontual do imposto pelo sujeito


passivo. No pagamento, pode se apontar o voluntário e o coercivo. O voluntário pode
ser feito a boca do cofre, que se efectua durante um certo prazo de vencimento, fixado
para cada imposto (em regra um mês); ou antes do relaxe ou com juros de mora,
realizado após este período e durante os prazos que precedem o relaxe.

Por outro lado, o imposto pode ser realizado a pronto pagamento ou em prestações.
(WATY 2004). Para além do pagamento que é a forma ou norma de extinção de
obrigação fiscal, a outras formas dignas, de menção pelas quais esta pode se distinguir.

Formas de extinção de obrigação tributária

Doação em comprimento, a lei pode pode admitir que no lugar da prestação pecuniária
seja entregue a outra de valor idêntico.

Prescrição, conta se do início do ano seguinte aquele em que tiver ocorrido o fato


tributário ou a partir da actuação do processo executivo. No entanto, a reclamação, a
impugnação, o recurso e a execução interrompe a prescrição.
Compreensão, ocorre quando o contribuinte compensa com crédito representando um
título que tiver constituído noutra obrigação do mesmo imposto.

Confusão, quando o sujeito activo em simultaneamente o sujeito passivo do imposto ou


quando o estado é chamado para suceder para um contribuinte.

 Anulação do imposto, só quando a lei prevê e é feita através de um titulo de anulação


(WARY 2004). Se o contribuinte não efectuar o pagamento do imposto dentro do prazo
legalmente prescrito, pratica um acto ilícito, colocando se em situação de não
comprimento.

Este facto resulta em algumas consequências desfavoráveis ao devedor, cuja gravidade e


onerosidade se acentua a medida que prolonga o tempo. Desta feita pode se apontar o
acréscimo dos juros de mora, se o imposto não for pago dentro do prazo legalmente
estabelecido, começa se a dever juros de mora.

Relaxe é uma operação preliminar da cobrança coerciva através do processo executivo.


Cobrança coerciva, quando o pagamento não se efectua dentro do prazo, instaura se um
procedimento executivo com base na certidão de relaxe.
Conclusão

Neste presente trabalho podemos concluir que , a relação jurídica pode ser conceituada
no plano objectivo ou subjectivo.

A relação jurídica e composta de um núcleo constituído pelo contribuinte e pelos


terceiros que, de algum modo, estão ligados aos pressupostos do facto de tributação, que
podem ser designados de obrigação ou deveres tributários acessórios.

a relação jurídica fiscal é pós , uma relação obrigacional , embora de direito publico.
Nesse trata de uma particularidade do direito fiscal que possa interpretar se como
correspondendo à aquela conhecida orientação que visa aproximar esse ramo jurídico do
direito civil.

A primeira obrigação, nuclear, é a obrigação fiscal que se traduz no pagamento do


imposto. Os segundos tipos de obrigações, as obrigações acessórias – definem-se como
aquelas que auxiliam o cumprimento da obrigação central de pagamento do imposto.

Quando a abstracção, não há duvida de que a relação jurídica e um conceito geral e


abstracto. Mas isso e próprio de qualquer ciência, por mais concreta que se queira faze̵
lá, porque e pelo pensamento, necessariamente abstracta, que o homem aprende a
realidade, sendo, portanto, abstracta a própria ideia de homem concreto.

Entretanto, algumas relações são reguladas pelo direito e outras não, o que cada vez
menor, e bom que ainda haja relações interpessoais imane a autoridade do Estado, não
havendo nenhuma concretização da maldade nesses conceitos, mas dependência em
relação a natureza do pensamento humano.

Referências bibliográficas

BEM, Leonardo Schmidt. Teria da Relação jurídica: análise da parte geral do novo


Código Civil. Corimbo: JM, 2004. I

Carvalho, Paulo de Barros, curso de Direito tributário. São Paulo, Saraiva, 1997.


KPEMJ 3. Legislação fiscal de Moçambique. Maputo, plural editora, S.D.

DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil. 18 Ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves,
1917.

FACHIN, Luiz Edson. Parte Geral do Código Civil. Rio Janeiro. Renovar, 2002.

GOLÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade Civil. São Paulo: Saraiva, 1994.


Direito Civil. 10. Ed. São Paulo: Saraiva 2003.

IBRAIMO, I. O Direito e a Fiscalidade: Um Contributo para o Direito Fiscal


Moçambicano. Maputo: ART C, 2002.

PRAT, Ana. A tutela constitucional da autonomia privada. Coimbra: Almedina


1982.
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE. Decreto- Lei que Aprova a Criação da
Universidade Católica de Moçambique. Boletim da República: 43/95. de 14 de
Setembro de 1995.

WATY, Teodoro Andrade. Introducao ao Direito Fiscal, 2ºed. Maputo, W e W –


editora, 2004. Manual da Educação Fiscal e Aduaneira para disseminadores, Maputo,
Outubro, 2010.

WATY, T.A. Introdução ao Direito Fiscal. Catembe: W e W Editora, 2002.

Você também pode gostar